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LÍNGUA PORTUGUESA

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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Interpretação de texto.................................................................................................................................. 2

2. Sinônimos e antônimos............................................................................................................................... 11

3. Sentido próprio e figurado das palavras ................................................................................................... 13

4. Ortografia oficial .......................................................................................................................................... 14

5. Acentuação gráfica ...................................................................................................................................... 21

6. Pontuação..................................................................................................................................................... 24

7. Classes e emprego de palavras Morfologia..: ........................................................................................... 29

8. Concordância verbal e nominal .................................................................................................................. 52

9. Crase ............................................................................................................................................................. 55

13. Regência Nominal e Verbal. ...................................................................................................................... 48

14. Análise Sintática: coordenação e subordinação........................................................................................63

15. Morfologia e Sintaxe ....................................................................................................................................65

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2. Comparar – é descobrir as relações de
semelhança ou de diferenças entre as situações do
texto.
A leitura é o meio mais importante para 3. Comentar - é relacionar o conteúdo
chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos apresentado com uma realidade, opinando a
aprender a ler e não apenas “passar os olhos sobre respeito.
algum texto”. Ler, na verdade, é dar sentido à vida e 4. Resumir – é concentrar as ideias
ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.
seja literário, informativo, persuasivo, narrativo,
possibilidades que se misturam e as tornam 5. Parafrasear – é reescrever o texto com
infinitas. outras palavras.
É preciso, para uma boa leitura, Condições básicas para interpretar
exercitar-se na arte de pensar, de captar ideias, de Fazem-se necessários:
investigar as palavras… Para isso, devemos
entender, primeiro, algumas definições importantes. a) Conhecimento histórico–literário
(escolas e gêneros literários, estrutura do texto),
É muito comum, entre os candidatos a leitura e prática;
um cargo público, a preocupação com a
interpretação de textos. Isso acontece porque lhes b) Conhecimento gramatical, estilístico
faltam informações específicas a respeito desta (qualidades do texto) e semântico;
tarefa constante em provas relacionadas a Observação – na semântica (significado
concursos públicos. das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos,
Por isso, vão aqui alguns detalhes que denotação e conotação, sinonímia e antonímia,
poderão ajudar no momento de responder às polissemia, figuras de linguagem, entre outros.
questões relacionadas a textos. c) Capacidade de observação e de
Texto – é um conjunto de ideias síntese e d) Capacidade de raciocínio.
organizadas e relacionadas entre si, formando um Interpretar X compreender
todo significativo capaz de produzir interação
comunicativa (capacidade de codificar e Interpretar significa:
decodificar).
- explicar, comentar, julgar, tirar
Contexto – um texto é constituído por conclusões, deduzir.
diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa
- Através do texto, infere-se que...
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou
com a posterior, criando condições para a - É possível deduzir que...
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa
- O autor permite concluir que...
interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que
o relacionamento entre as frases é tão grande que, - Qual é a intenção do autor ao afirmar
se uma frase for retirada de seu contexto original e que...
analisada separadamente, poderá ter um
Compreender significa:
significado diferente daquele inicial.
- intelecção, entendimento, atenção ao
Intertexto - comumente, os textos
que realmente está escrito.
apresentam referências diretas ou indiretas a outros
autores através de citações. Esse tipo de recurso - o texto diz que...
denomina-se intertexto.
- é sugerido pelo autor que...
Interpretação de texto - o primeiro
objetivo de uma interpretação de um texto é a - de acordo com o texto, é correta ou
identificação de sua ideia principal. A partir daí, errada a afirmação...
localizam-se as ideias secundárias, ou - o narrador afirma...
fundamentações, as argumentações, ou
explicações, que levem ao esclarecimento das Erros de interpretação
questões apresentadas na prova. É muito comum, mais do que se imagina,
Normalmente, numa prova, o candidato a ocorrência de erros de interpretação. Os mais
é convidado a: frequentes são:

1. Identificar – é reconhecer os a) Extrapolação (viagem)


elementos fundamentais de uma argumentação, de Ocorre quando se sai do contexto,
um processo, de uma época (neste caso, procuram- acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
se os verbos e os advérbios, os quais definem o conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
tempo).
b) Redução
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É o oposto da extrapolação. Dá-se Dicas para melhorar a interpretação de
atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um textos:
texto é um conjunto de ideias, o que pode ser
Para interpretar bem
insuficiente para o total do entendimento do tema
desenvolvido. Todos têm dificuldades com interpretação
de textos. Encare isso como algo normal, inevitável.
c) Contradição
Importante é enfrentar o problema e, com segurança,
Não raro, o texto apresenta ideias progredir. Aliás, progredir muito. Leia com atenção os
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar itens abaixo.
conclusões equivocadas e, consequentemente,
1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia
errando a questão.
de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários,
Observação - Muitos pensam que há a listas telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo
ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção,
existam, mas numa prova de concurso, o que deve tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal
ser levado em consideração é o que o autor diz e é “ler por ler”, para se livrar.
nada mais.
2) Aumente o seu vocabulário. Os
Coesão - é o emprego de mecanismo de dicionários são amigos que precisamos consultar.
sintaxe que relacionam palavras, orações, frases Faça exercícios de sinônimos e antônimos. (Consulte
e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a o nosso Redação para Concursos, que tem uma
coesão dá-se quando, através de um pronome seção dedicada a isso.)
relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome
3) Não se deixe levar pela primeira
oblíquo átono, há uma relação correta entre o que
impressão. Há textos que metem medo. Na
se vai dizer e o que já foi dito.
realidade, eles nos oferecem um mundo de
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros informações que nos fornecerão grande prazer
de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau interior. Abra sua mente e seu coração para o que o
uso do pronome relativo e do pronome oblíquo texto lhe transmite, na qualidade de um amigo
átono. Este depende da regência do verbo; aquele silencioso.
do seu antecedente. Não se pode esquecer
4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o
também de que os pronomes relativos têm, cada
texto duas ou três vezes, atentamente, antes de
um, valor semântico, por isso a necessidade de
tentar responder a qualquer pergunta. Primeiro, é
adequação ao antecedente.
preciso captar sua mensagem, entendê-lo como um
Os pronomes relativos são muito todo, e isso não pode ser alcançado com uma
importantes na interpretação de texto, pois seu uso simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A
incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve- cada leitura, novas ideias serão assimiladas. Tenha a
se levar em consideração que existe um pronome paciência necessária para agir assim. Só depois
relativo adequado a cada circunstância, a saber: tente resolver as questões propostas.
que (neutro) - relaciona-se com qualquer 5) As questões de interpretação podem
antecedente, mas depende ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um
determinado trecho) ou referir-se ao conjunto, às
das condições da frase.
ideias gerais do texto. No primeiro caso, leia não
qual (neutro) idem ao anterior. apenas o trecho (às vezes uma linha) referido, mas
todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se:
quem (pessoa) quanto mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo é
cujo (posse) - antes dele aparece o uma questão de costume, e você vai acostumar-se a
possuidor e depois o objeto agir dessa forma. Então - acredite nisso - alcançará
seu objetivo.
possuído.
6) Há questões que pedem conhecimento
como (modo) fora do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma
onde (lugar) determinada personalidade da história ou da
atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o
quando (tempo) nome dessa pessoa ou algo que ela tenha feito. Por
quanto (montante) isso, é importante desenvolver o hábito da leitura,
como já foi dito. Procure estar atualizado, lendo
exemplo: jornais e revistas especializadas.
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes
do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O).

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COMPREENSÃO DO TEXTO perca. Por isso se faz necessária a compressão da
coesão e coerência.
Há duas operações diferentes no
entendimento de um texto. A primeira é a Coesão
apreensão, que é a captação das relações que
É a amarração entre as várias partes do
cada parte mantém com as outras no interior do
texto. Os principais elementos de coesão são os
texto. No entanto, ela não é suficiente para
conectivos e vocábulos gramaticais, que estabelecem
entender o sentido integral. Uma pessoa que
conexão entre palavras ou partes de uma frase. O
conhecesse todas as palavras do texto, mas não
texto deve ser organizado por nexos adequados, com
conhecesse o universo dos discursos, não
sequência de ideias encadeadas logicamente,
entenderia o significado do mesmo. Por isso, é
evitando frases e períodos desconexos.
preciso colocar o texto dentro do universo
discursivo a que ele pertence e no interior do qual Para perceber a falta de coesão, a melhor
ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo atitude é ler atentamente o seu texto, procurando
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas estabelecer as possíveis relações entre palavras que
chamaremos essa operação de compreensão. formam a oração e as orações que formam o período
e,
E assim teremos:
finalmente, entre os vários períodos que
Apreensão + Compreensão =
formam o texto.
Entendimento do texto
Um texto bem trabalhado sintática e
Para ler e entender um texto é preciso
semanticamente resulta num
atingir dois níveis de leitura, sendo a primeira a
informativa e a segunda à de reconhecimento. A texto coeso.
primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o
Coerência
primeiro contato com o texto, extraindo-se
informações e se preparando para a leitura A coerência está diretamente ligada à
interpretativa. Durante a interpretação grife possibilidade de estabelecer um sentido para o texto,
palavras-chave, passagens importantes; ou seja, ela é que faz com que o texto tenha sentido
para quem lê. Na avaliação da coerência será levado
tente ligar uma palavra à ideia central de
em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo,
cada parágrafo.
será avaliada a capacidade de relacionar os
A última fase de interpretação argumentos e de organizá-los de forma a extrair
concentra-se nas perguntas e opções de respostas. deles conclusões apropriadas; num texto narrativo,
Marque palavras como não, exceto, será avaliada sua capacidade de construir
respectivamente, etc., pois fazem diferença na personagens e de relacionar ações e motivações.
escolha adequada.
Tipos de Composição:
Retorne ao texto mesmo que pareça ser
Narrar é contar uma história. A Narração
perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior
é uma sequência de ações que se desenrolam na
para ter ideia do sentido global proposto pelo autor.
linha do tempo, umas após outras. Toda ação
Um texto para ser compreendido deve pressupõe a existência de um personagem ou
apresentar ideias seletas e organizadas, através actante que a prática em determinado momento e em
dos parágrafos que é composto pela ideia central, determinado lugar, por isso temos quatro dos seis
argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão componentes fundamentais de que um emissor ou
do texto. narrador se serve para criar um ato narrativo:
personagem, ação, espaço e tempo em
A alusão histórica serve para dividir o
desenvolvimento. Os outros dois componentes da
texto em pontos menores, tendo em vista os narrativa são: narrador e enredo ou trama.
diversos enfoques.
Descrever é pintar um quadro, retratar
Convencionalmente, o parágrafo é um objeto, um personagem, um ambiente. O ato
indicado através da mudança de linha e um descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por
espaçamento da margem esquerda. não se preocupar com a sequência das ações, com a
Uma das partes bem distintas do sucessão dos momentos, com o desenrolar do
parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central tempo. A descrição encara um ou vários objetos, um
extraída de maneira clara e resumida. ou vários personagens, uma ou várias ações, em um
determinado momento, em um mesmo instante e em
Atentando-se para a ideia principal de uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de
cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos um instante.
levará à compreensão do texto.
A descrição pode ser estática ou
Produzir um texto é semelhante à arte dinâmica.
de produzir um tecido, o fio deve ser trabalhado
com muito cuidado para que o trabalho não se A descrição estática não envolve ação.

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Exemplos: "Uma velha gorda e suja." próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido
ensinado!
"Árvore seca de galhos grossos e
retorcidos." Na verdade, nunca lhes havia passado
pela cabeça que alguém pudesse se interessar por
A descrição dinâmica apresenta um
aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia
conjunto de ações concomitantes, isto é, um
passado pela cabeça que os seus pensamentos
conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo
pudessem ser importantes.
tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir
do momento em que o operador para as máquinas (Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br.
projetoras, todas as ações que se veem na tela Adaptado)
estão ocorrendo simultaneamente, ou seja, estão
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 21 - De acordo
compondo uma descrição dinâmica. Descrição
com o texto, os candidatos
porque todas as ações acontecem ao mesmo
tempo, dinâmica porque inclui ações. (A) não tinham assimilado suas leituras.
Dissertar diz respeito ao (B) só conheciam o pensamento alheio.
desenvolvimento de ideias, de juízos, de
(C) tinham projetos de pesquisa
pensamentos.
deficientes.
Exemplos:
(D) tinham perfeito autocontrole.
"As circunstâncias externas determinam
(E) ficavam em fila, esperando a vez.
rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o
homem..." (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 22 - O autor
entende que os candidatos deveriam
"Nem a vontade, nem a razão podem
agir independentemente de seu condicionamento (A) ter opiniões próprias.
passado."
(B) ler os textos requeridos.
QUESTÕES DE CONCURSOS
ANTERIORES (C) não ter treinamento escolar.

exercícios de Interpretação de texto II (D) refletir sobre o vazio.

Leia o texto para responder às próximas (E) ter mais equilíbrio.


3 questões. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 23 - A
Sobre os perigos da leitura expressão “um vazio imenso” (3.º parágrafo) refere-
se a
Nos tempos em que eu era professor da
Unicamp, fui designado presidente da comissão (A) candidatos.
encarregada da seleção dos candidatos ao (B) pânico.
doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse
entra, esse não entra é uma responsabilidade (C) eles.
dolorida da qual não se sai sem sentimentos de (D) reação.
culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir
sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas (E) esse campo.
não havia alternativas. Essa era a regra. Os Leia o texto para responder às
candidatos amontoavam-se no corredor recordando próximas 3 questões.
o que haviam lido da imensa lista de livros cuja
leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei No fim da década de 90, atormentado
brilhante. Combinei com os meus colegas que pelos chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine
faríamos a todos os candidatos uma única resolveu fazer um levantamento em grandes cidades
pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o de 31 países para descobrir como diferentes culturas
candidato entrava trêmulo e se esforçando por lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que
parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais os brasileiros estão entre os povos mais atrasados –
deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você do ponto de vista temporal, bem entendido – do
gostaria de falar!”. [...] mundo. Foram analisadas a velocidade com que as
pessoas percorrem determinada distância a pé no
A reação dos candidatos, no entanto, centro da cidade, o número de relógios corretamente
não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros
como se esse campo, aquilo sobre o que eles pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No
gostariam de falar, lhes fosse totalmente ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. O
desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais
pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles pontual. Já as oito últimas posições no ranking são
haviam sido treinados durante toda a sua carreira ocupadas por países pobres.
escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os

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O estudo de Robert Levine associa a
administração do tempo aos traços culturais de um
país. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de
que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os
brasileiros, em comparação, dão mais importância
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar
atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de entrevistas
com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria
considera aceitável que um convidado chegue mais
de duas horas depois do combinado a uma festa de
aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros
são obrigados a ser mais flexíveis com os horários
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser
pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode
confiar no transporte público?
(Veja, 02.12.2009)
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 24 - De
acordo com o texto, os brasileiros são piores do que
outros povos em
(A) eficiência de correios e andar a pé.
Zelosa com sua imagem, a empresa
(B) ajuste de relógios e andar a pé. multinacional Gillette retirou a bola da mão, em uma
(C) marcar compromissos fora de hora. das suas publicidades, do atacante francês Thierry
Henry, garoto-propaganda da marca com quem tem
(D) criar desculpas para atrasos. um contrato de 8,4 milhões de dólares anuais. A
(E) dar satisfações por atrasos. jogada previne os efeitos desastrosos para vendas
de seus produtos, depois que o jogador trapaceou,
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 25 - Pondo tocando e controlando a bola com a mão, para ajudar
foco no processo de coesão textual do 2.º no gol que classificou a França para a Copa do
parágrafo, pode-se concluir que Levine é um Mundo de 2010. (...)
(A) jornalista. Na França, onde 8 em cada dez franceses
(B) economista. reprovam o gesto irregular, Thierry aparece com a
mão no bolso. Os publicitários franceses acham que
(C) cronometrista. o gato subiu no telhado. A Gillette prepara o
(D) ensaísta. rompimento do contrato. O serviço de comunicação
da gigante Procter & Gamble, proprietária da Gillette,
(E) psicólogo. diz que não.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 26 - A Em todo caso, a empresa gostaria que o
expressão chá de cadeira, no texto, tem o jogo fosse refeito, que a trapaça não tivesse
significado de acontecido. Na impossibilidade, refez o que está ao
(A) bebida feita com derivado de pinho. seu alcance, sua publicidade.

(B) ausência de convite para dançar. Segundo lista da revista Forbes, Thierry
Henry é o terceiro jogador de futebol que mais lucra
(C) longa espera para conseguir com a publicidade – seus contratos somam 28
assento. milhões de dólares anuais. (...)
(D) ficar sentado esperando o chá. (Veja, 02.11.2009. Adaptado)
(E) longa espera em diferentes (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 27 - A palavra
situações. jogada, em – A jogada previne os efeitos desastrosos
para venda de seus produtos... – refere-se ao fato de
Leia o texto para responder às próximas
4 questões. (A) Thierry Henry ter dado um passe com
a mão para o gol da França.
(B) a Gillette ter modificado a publicidade
do futebolista francês.
(C) a Gillete não concordar com que a
França dispute a Copa do Mundo.
(D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de
dólares anuais com a propaganda.
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(E) a FIFA não ter cancelado o jogo em se entre os mais lidos de seu website. O autor nos
que a França se classificou. brinda agora com The Shallows: What the internet
is doing with our brains, um livro instrutivo e
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 28 - A
provocativo, que dosa linguagem fluida com a melhor
expressão o gato subiu no telhado é parte de uma
tradição dos livros de disseminação científica.
conhecida anedota em que uma mulher, depois de
contar abruptamente ao marido que seu gato tinha Novas tecnologias costumam provocar
morrido, é advertida de que deveria ter dito isso aos incerteza e medo. As reações mais estridentes nem
poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente,
telhado, depois, que tinha caído e, depois, que tinha no caso da internet, os verdadeiros fundamentos
morrido. No texto em questão, a expressão pode científicos deveriam, sim, provocar reações muito
ser interpretada da seguinte maneira: estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos
científicos sobre o funcionamento do cérebro
(A) foi com a “mão do gato” que Thierry
humano. Conclui que a internet está provocando
assegurou a classificação da França.
danos em partes do cérebro que constituem a base
(B) Thierry era um bom jogador antes de do que entendemos como inteligência, além de nos
ter agido com má fé. tornar menos sensíveis a sentimentos como
compaixão e piedade.
(C) a Gillette já cortou, de fato, o
contrato com o jogador francês. O frenesi hipertextual da internet, com
seus múltiplos e incessantes estímulos, adestra
(D) a Fifa reprovou amplamente a nossa habilidade de tomar pequenas decisões.
atitude antiesportiva de Thierry Henry. Saltamos textos e imagens, traçando um caminho
(E) a situação de Thierry, como garoto- errático pelas páginas eletrônicas. No entanto, esse
propaganda da Gillette, ficou instável. ganho se dá à custa da perda da capacidade de
alimentar nossa memória de longa duração e
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 29 - A estabelecer raciocínios mais sofisticados. Carr
expressão diz que não, no final do 2.º parágrafo, menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de
significa que anos de exposição à internet, agora experimentam
(A) a Procter & Gamble nega o diante de textos mais longos e elaborados: as
rompimento do contrato. sensações de impaciência e de sonolência, com base
em estudos científicos sobre o impacto da internet no
(B) o jogo em que a França se cérebro humano. Segundo o autor, quando
classificou deve ser refeito. navegamos na rede, "entramos em um ambiente que
(C) a repercussão na França foi promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e
bastaPnte negativa. um aprendizado superficial."
(D) a Procter & Gamble é proprietária da A internet converteu-se em uma
Gillette. ferramenta poderosa para a transformação do nosso
cérebro e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela
(E) os publicitários franceses se opõem carga gigantesca de informações, imersos no mundo
a Thierry. virtual, mais nossas mentes são afetadas. E não se
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 30 - trata apenas de pequenas alterações, mas de
Segundo a revista Forbes, mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa
dispersão da atenção vem à custa da capacidade de
(A) Thierry deverá perder muito dinheiro concentração e de reflexão.
daqui para frente.
(Thomaz Wood Jr. Carta capital, 27 de
(B) há três jogadores que faturam mais outubro de 2010, p. 72, com adaptações)
que Thierry em publicidade.
(MP/RS – 2010 – FCC) 31 - O assunto do
(C) o jogador francês possui contratos texto está corretamente resumido em:
publicitários milionários.
(A) O uso da internet deveria motivar
(D) o ganho de Thierry, somado à reações contrárias de inúmeros especialistas, a
publicidade, ultrapassa 28 milhões. exemplo de Nicholas Carr, que procura descobrir as
(E) é um absurdo o que o jogador ganha conexões entre raciocínio lógico e estudos científicos
com o futebol e a publicidade. sobre o funcionamento do cérebro.

As 2 questões a seguir baseiam-se no (B) O mundo virtual oferecido pela internet


texto abaixo. propicia o desenvolvimento de diversas capacidades
cerebrais em todos aqueles que se dedicam a essa
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em
revista The Atlantic, o polêmico artigo "Estará o termos científicos.
Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a
capa da revista e, desde sua publicação, encontra- (C) Segundo Nicholas Carr, o uso
frequente da internet produz alterações no
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funcionamento do cérebro, pois estimula leituras congestionamentos e apesar dos alertas das
superficiais e distraídas, comprometendo a autoridades sobre os danos provocados ao meio
formulação de raciocínios mais sofisticados. ambiente pelo aumento da frota.
(D) Usar a internet estimula funções Além disso, carro continua a ser sinônimo
cerebrais, pelas facilidades de percepção e de de status para milhões de brasileiros de todas as
domínio de assuntos diversificados e de formatos regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em
diferenciados de textos, que permitem uma leitura segundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo
dinâmica e de acordo com o interesse do usuário. o país, um crescimento de 66% nos últimos nove
anos. Não por acaso oito Estados já registram mais
(E) O novo livro de Nicholas Carr, a ser
mortes por acidentes no trânsito do que por
publicado, desperta a curiosidade do leitor pelo
homicídios.
tratamento ficcional que seu autor aplica a
situações concretas do funcionamento do cérebro, (O Estado de S. Paulo, Notas e
trazidas pelo uso disseminado da internet. Informações, A3, 11 de setembro de 2010, com
adaptações)
(MP/RS – 2010 – FCC) 32 -
Curiosamente, no caso da internet, os verdadeiros (MP/RS – 2010 – FCC) 33 - Não por
fundamentos científicos deveriam, sim, provocar acaso oito Estados já registram mais mortes por
reações muito estridentes. O autor, para embasar a acidentes no trânsito do que por homicídios. A
opinião exposta no 2o parágrafo, afirmativa final do texto surge como
(A) se vale da enorme projeção (A) constatação baseada no fato de que
conferida ao pesquisador antes citado, ironicamente os brasileiros desejam possuir um carro, mas perdem
oferecida pela própria internet, em seu website. muito tempo em congestionamentos.
(B) apoia-se nas conclusões de Nicholas (B) observação irônica quanto aos
Carr, baseadas em dezenas de estudos científicos problemas decorrentes do aumento na utilização de
sobre o funcionamento do cérebro humano. carros, com danos provocados ao meio ambiente.
(C) condena, desde o início, as novas (C) comprovação de que a compra de um
tecnologias, cujo uso indiscriminado vem carro é sinônimo de status e, por isso, constitui o
provocando danos em partes do cérebro. maior sonho de consumo do brasileiro.
(D) considera, como base inicial de (D) hipótese de que a vida nas cidades
constatação a respeito do uso da internet, que ela menores tem perdido qualidade, pois os brasileiros
nos torna menos sensíveis a sentimentos como desses municípios passaram a utilizar seus carros
compaixão e piedade. até para percorrer curtas distâncias.
(E) questiona a ausência de (E) conclusão coerente com todo o
fundamentos científicos que, no caso da internet, desenvolvimento, a partir de um título que poderia
[...] deveriam, sim, provocar reações muito ser: Carro, problema que se agrava.
estridentes.
(MP/RS – 2010 – FCC) 34 - As ideias
As 2 questões a seguir baseiam-se no mais importantes contidas no 2o parágrafo constam,
texto abaixo. com lógica e correção, de:
Também nas cidades de porte médio, (A) A facilidade de crédito e a isenção de
localizadas nas vizinhanças das regiões impostos são alguns elementos que tem colaborado
metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as para a realização do sonho de ter um carro nas
pessoas tendem cada vez mais a optar pelo carro cidades menores, e os brasileiros desses municípios
para seus deslocamentos diários, como mostram passaram a utilizar seus carros para percorrer curtas
dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em distâncias, além dos congestionamentos e dos
consequência, congestionamentos, acidentes, alertas das autoridades sobre os danos provocados
poluição e altos custos de manutenção da malha ao meio ambiente pelo aumento da frota.
viária passaram a fazer parte da lista dos principais
(B) Cidades menores tiveram suas frotas
problemas desses municípios.
aumentadas em progressão geométrica nos últimos
Cidades menores, com custo de vida anos em razão da facilidade de crédito e da isenção
menos elevado que o das capitais, baixo índice de de impostos, elementos que têm colaborado para a
desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram aquisição de carros que passaram a ser utilizados até
suas frotas aumentadas em progressão geométrica mesmo para percorrer curtas distâncias, apesar dos
nos últimos anos. A facilidade de crédito e a congestionamentos e dos alertas das autoridades
isenção de impostos são alguns dos elementos que sobre os danos provocados ao meio ambiente.
têm colaborado para a realização do sonho de ter
(C) O menor custo de vida em cidades
um carro. E os brasileiros desses municípios
menores, com baixo índice de desemprego e poder
passaram a utilizar seus carros até para percorrer
aquisitivo mais alto, aumentaram suas frotas em
curtas distâncias, mesmo perdendo tempo em
progressão geométrica nos últimos anos, com a
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LÍNGUA PORTUGUESA
facilidade de crédito e a isenção de impostos, que render-se às propostas do “ecologicamente correto” –
são alguns dos elementos que têm colaborado para ele era duramente criticado porque dava aval à
a realização do sonho dos brasileiros de ter um utilização de mercúrio, altamente prejudicial ao meio
carro. ambiente, na produção de seus iPods e laptops.
Preocupado em não perder espaço, Jobs lançou a
(D) É nas cidades menores, com custo
nova linha do Macbook Pro com estrutura de vidro e
de vida menos elevado que o das capitais, baixo
alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer
índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto,
chegou à sofisticação de criar uma impressora que,
que tiveram suas frotas aumentadas em progressão
em vez de tinta, se vale de borra de café ou de chá
geométrica nos últimos anos pela facilidade de
no processo de impressão. Basta que se coloque a
crédito e a isenção de impostos são alguns dos
folha de papel no local indicado e se despeje a borra
elementos que tem colaborado para a realização do
de café no cartucho – o equipamento não é ligado em
sonho de ter um carro.
tomada e sua energia provém de ação mecânica
(E) Os brasileiros de cidades menores transformada em energia elétrica a partir de um
passaram até a percorrer curtas distâncias com gerador. Se pensarmos em quantos cafezinhos são
seus carros, pela facilidade de crédito e a isenção tomados diariamente em grandes empresas, dá para
de impostos, que são elementos que têm satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.
colaborado para a realização do sonho de tê-los, e
(Luciana Sgarbi, Revista Época,
com custo de vida menos elevado que o das
22.09.2009. Adaptado)
capitais, baixo índice de desemprego e poder
aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas (CREMESP – 2011 - VUNESP) 35 - Leia
aumentadas em progressão geométrica nos últimos o trecho: Vai bem a convivência entre a indústria de
anos. eletrônica e aquilo que é politicamente correto na
área ambiental. É correto afirmar que a frase inicial
Leia o texto para responder às próximas
do texto pode ser interpretada como
4 questões.
(A) a união das empresas Motorola e RITI
Os eletrônicos “verdes”
Coffee Printer para criar um novo celular com fibra de
Vai bem a convivência entre a indústria bambu.
de eletrônica e aquilo que é politicamente correto
(B) a criação de um equipamento
na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde”
eletrônico com estrutura de vidro que evita a emissão
que a Motorola anunciou o primeiro celular do
de dióxido de carbono na atmosfera.
mundo feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se
chama W233 Eco e é também o primeiro telefone (C) o aumento na venda de celulares
com certificado Carbon Free, que prevê a feitos com CarbonFree, depois que as empresas
compensação do carbono emitido na fabricação e nacionais se uniram à fabricante taiwanesa.
distribuição de um produto. Se um celular pode ser
(D) o compromisso firmado entre a
feito de garrafas, por que não se produz um laptop
empresa Apple e consultoria Gartner Group para criar
a partir do bambu? Essa ideia ganhou corpo com a
celulares sem o uso de carbono.
fabricante taiwanesa Asus: trata-se do Eco Book
que exibe revestimento de tiras dessa planta. (E) a preocupação de algumas empresas
Computadores “limpos” fazem uma importante em criarem aparelhos eletrônicos que não agridam o
diferença no efeito estufa e para se ter uma noção meio ambiente.
do impacto de sua produção e utilização basta olhar
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 36 - Em –
o resultado de uma pesquisa da empresa
Computadores “limpos” fazem uma importante
americana de consultoria Gartner Group. Ela revela
diferença no efeito estufa... – a expressão entre
que a área de TI (tecnologia da informação) já é
aspas pode ser substituída, sem alterar o sentido no
responsável por 2% de todas as emissões de
texto, por:
dióxido de carbono na atmosfera.
(A) com material reciclado.
Além da pesquisa da Gartner, há um
estudo realizado nos EUA pela Comunidade do (B) feitos com garrafas plásticas.
Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde”
permitirá adotar mais máquinas com o mesmo (C) com arquivos de bambu.
consumo de energia elétrica e reduzir os custos de (D) feitos com materiais retirados da
orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da natureza.
Fundação da Comunidade do Vale do Silício,
acredita que as tecnologias “verdes” também (E) com teclado feito de alumínio.
conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, (CREMESP – 2011 - VUNESP) 37 - A
conta pontos junto ao consumidor ter-se uma partir da leitura do texto, pode-se concluir que
imagem de empresa sustentável.
(A) as pesquisas na área de TI ainda
O estudo da Comunidade chegou às estão em fase inicial.
mãos do presidente da Apple, Steve Jobs, e o fez

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LÍNGUA PORTUGUESA
(B) os consumidores de eletrônicos não desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa.
se preocupam com o material com que são feitos. Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros
têm resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar
(C) atualmente, a indústria de
lá. Esses excessos, isoladamente, não são tão
eletrônicos leva em conta o efeito estufa.
prejudiciais, porque em geral não ultrapassam os
(D) os laptops feitos com fibra de bambu limites que o corpo humano aguenta. O maior
têm maior durabilidade. problema é que eles se somam – ninguém come
apenas um tipo de alimento.
(E) equipamentos ecologicamente
corretos não têm um mercado de vendas (Francine Lima, Revista Época,
assegurado. 09.08.2010)
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 38 - O (CREMESP – 2011 - VUNESP) 40 - Com
presidente da Apple, Steve Jobs, a leitura do texto, pode-se afirmar que
(A) preocupa-se com o carbono emitido (A) segundo testes feitos em animais, os
na fabricação de produtos eletrônicos. agrotóxicos causam intoxicações.
(B) pesquisa acerca do uso de bambu (B) a produção em larga escala de
em teclados de laptops. pesticidas sintéticos tem ocasionado doenças
incuráveis.
(C) descobriu que impressoras cujos
cartuchos são de borra de chá não duram muito. (C) as pessoas que ingerem resíduos de
agrotóxicos são mais propensas a terem doenças de
(D) responsabiliza a fabricação de estômago.
celulares pelas emissões de dióxido de carbono no
meio ambiente. (D) os resíduos de agrotóxicos nos
alimentos podem causar danos ao organismo.
(E) está de acordo com outras empresas
a favor do uso de materiais recicláveis em (E) os cientistas descobriram que os
eletrônicos. alimentos in natura têm menos resíduos de
agrotóxicos.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 39 - No
texto, o estudo realizado pela Comunidade do Vale GABARITO
do Silício
21 – B
(A) é o primeiro passo para a
22 – A
implantação de laptops feitos com tiras de bambu.
23 – E
(B) contribuirá para que haja mais lucro
nas empresas, com redução de custos. 24 – B
(C) ainda está pesquisando acerca do 25 – E
uso de mercúrio em eletrônicos.
26 – E
(D) será decisivo para evitar o efeito
27 – B
estufa na atmosfera.
28 – E
(E) permite a criação de uma impressora
que funciona com energia mecânica. 29 – A
Leia o texto para responder à questão a 30 – C
seguir.
31 – C
Quanto veneno tem nossa comida?
32 – B
Desde que os pesticidas sintéticos
33 – E
começaram a ser produzidos em larga escala, na
década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a 34 – B
saúde humana. No campo, em contato direto com
agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais 35 – E
apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o 36 – A
risco de gente que apenas consome os alimentos,
cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, 37 – C
alimentados com doses altas desses venenos. A 38 – E
partir do resultado desses testes e da análise de
alimentos in natura (para determinar o grau de 39 – B
resíduos do pesticida na comida), a Agência 40 - D
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece
os valores máximos de uso dos agrotóxicos para
cada cultura. Esses valores têm sido
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LÍNGUA PORTUGUESA
 Bruxa e feiticeira
 Calmo e tranquilo
Os sinônimos e os antônimos designam
palavras (substantivos, adjetivos, verbos,  Carinho e afeto
complementos, etc.), que segundo seu significado,  Carro e automóvel
ora se assemelham (sinônimos) e ora são opostas
(antônimos).  Cão e cachorro

A semântica é o ramo da linguística  Casa e lar


encarregada de estudar as palavras e seus  Contraveneno e antídoto
significados. Para tanto, enfoca nos estudos dos
seguintes conceitos: sinônimos, antônimos,  Diálogo e colóquio
parônimos e homônimos.
 Encontrar e achar
Para saber mais: Semântica e Homônimos
e Parônimos  Enxergar e ver

 Sinônimos  Extinguir e abolir

Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é  Gostar e estimar


formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia”  Importante e relevante
(nome), ou seja, no modo literal significa aquele que
está com o nome ou mesmo semelhante a ele. Não  Longe e distante
obstante, a sinonímia é o ramo da semântica que  Moral e ética
estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que
possuem significado ou sentido semelhante, sendo  Oposição e antítese
muito utilizadas nas produções dos textos, uma vez
que a repetição das palavras empobrece o  Percurso e trajeto
conteúdo.  Perguntar e questionar
 Tipos de Sinônimos  Saboroso e delicioso
Embora, muito estudiosos da área advogam  Transformação e metamorfose
sobre a inexistência de palavras sinônimas (com
valor semântico idêntico), posto que para eles, cada  Translúcido e diáfano
palavra possui um significado distinto; de acordo  Antônimos
com a aproximação semântica entre as palavras
sinônimas, elas são classificadas de duas Do grego, o termo antônimo corresponde a
maneiras: união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e
“onymia” (nome). A antonímia é o ramo da semântica
 Sinônimos Perfeitos: são as que se debruça nos estudos sobre as palavras
palavras que compartilham significados idênticos, antônimas. Do mesmo modo que os sinônimos, os
por exemplo: léxico e vocabulário; morrer e falecer; antônimos são utilizados como recursos estilísticos
após e depois. na produção dos textos.
 Sinônimos Imperfeitos: são as  Exemplos de Antônimos
palavras que compartilham significados
semelhantes e não idênticos, por exemplo: feliz e Segue abaixo alguns exemplos de palavras
alegre; cidade e município; córrego e riacho. antônimas:
 Exemplos de Sinônimos  Aberto e fechado
Segue abaixo alguns exemplos de palavras  Alto e baixo
sinônimas:
 Amor e ódio
 Adversário e antagonista
 Ativo e inativo
 Adversidade e problema
 Bendizer e maldizer
 Alegria e felicidade
 Bem e mal
 Alfabeto e abecedário
 Bom e mau
 Ancião e idoso
 Bonito e feio
 Apresentar e expor
 Certo e errado
 Belo e bonito
 Doce e salgado
 Brado e grito
 Duro e mole
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 Escuro e claro ANOTAÇÕES
 Forte e fraco __________________________________________
 Gordo e magro __________________________________________

 Grosso e fino __________________________________________

 Grande e pequeno __________________________________________


__________________________________________
 Inadequada e adequada
__________________________________________
 Ordem e anarquia
__________________________________________
 Pesado e leve
__________________________________________
 Presente e ausente
__________________________________________
 Progredir e regredir
__________________________________________
 Quente e frio
__________________________________________
 Rápido e lento
__________________________________________
 Rico e pobre
__________________________________________
 Rir e chorar __________________________________________
 Sair e entrar __________________________________________
 Seco e molhado __________________________________________
 Simpático e antipático __________________________________________
 Soberba e humildade __________________________________________
 Sozinho e acompanhado __________________________________________
__________________________________________
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LÍNGUA PORTUGUESA
Conotação: verifica-se quando utilizamos a
palavra com o seu significado secundário, com o
sentido amplo (ou simbólico); usada de modo criativo,
figurado, numa linguagem rica e expressiva.
Veja este exemplo:

Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do Seria aconselhável cortar as asas deste
latim parabola, que por sua vez deriva do grego menino, antes que seja tarde mais.
parabolé) pode ser definida como sendo um Já neste caso o termo (asas) é empregado
conjunto de letras ou sons de uma língua, de forma figurada, fazendo alusão à ideia de restrição
juntamente com a ideia associada a este conjunto. e/ou controle de ações; disciplina, limitação de
Pela própria definição acima destacada conduta e comportamento.
podemos perceber que a palavra é composta por
duas partes, uma delas relacionada a sua forma
escrita e os seus sons (denominada significante) e
a outra relacionada ao que ela (palavra) expressa,
ao conceito que ela traz (denominada significado).
Em relação ao seu SIGNIFICADO as
palavras se subdividem assim:
Sentido Próprio - é o sentido literal, ou
seja, o sentido comum que costumamos dar a uma
palavra.
Sentido Figurado - é o sentido "simbólico",
"figurado", que podemos dar a uma palavra.
Vamos analisar a palavra cobra utilizada
em diferentes contextos:
A cobra picou o menino. (cobra = tipo de
réptil peçonhento)
A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa
desagradável, que adota condutas pouco
apreciáveis)
O cara é cobra e computador! (cobra =
pessoa que conhece muito sobre alguma coisa,
"expert")
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu
sentido comum (ou literal).
Nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado
em sentido figurado.
Podemos então concluir que um mesmo
significante (parte concreta) pode ter vários
significados (conceitos).
Denotação e Conotação
Denotação: verifica-se quando utilizamos a
palavra com o seu significado primitivo e original,
com o sentido do dicionário; usada de modo
automatizado; linguagem comum.
Veja este exemplo:
Cortaram as asas da ave para que não
voasse mais.
Aqui a palavra em destaque é utilizada em
seu sentido próprio, comum, usual, literal.
DICA - Procure associar Denotação com
Dicionário: trata-se de definição literal, quando o
termo é utilizado em seu sentido dicionarístico.
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LÍNGUA PORTUGUESA
 os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer,
iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar,
A ortografia é a parte da língua responsável
empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça,
pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-
dentuço
se no padrão culto da língua.
 nomes derivados do verbo ter.
As palavras podem apresentar igualdade
total ou parcial no que se refere a sua grafia e Exemplos: abster - abstenção / deter -
pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. detenção / ater - atenção / reter - retenção
Essas palavras são chamadas de homônimas  após ditongos
(canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim,
significa música vocal). As palavras homônimas Exemplos: foice, coice, traição
dividem-se em homógrafas, quando tem a mesma  palavras derivadas de outras
grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do terminadas em te, to(r)
singular do verbo gostar) e homófonas, quando Exemplos: marte - marciano / infrator -
tem o mesmo som (paço, palácio ou passo, infração / absorto - absorção
movimento durante o andar).
O fonema z:
Quanto à grafia correta em língua
portuguesa, devem-se observar as seguintes Escreve-se com S e não com Z:
regras:  os sufixos: ês, esa, esia, e isa,
O fonema s: quando o radical é substantivo, ou em gentílicos
e títulos nobiliárquicos.
Escreve-se com S e não com C/Ç:
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia,
 as palavras substantivadas
poetisa, baronesa, princesa, etc.
derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt,
pel, corr e sent.  os sufixos gregos: ase, ese, ise e
ose.
Exemplos: pretender - pretensão / expandir
- expansão / ascender - ascensão / inverter - Exemplos: catequese, metamorfose.
inversão / aspergir aspersão / submergir -  as formas verbais pôr e querer.
submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo /
compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível /  nomes derivados de verbos com
consentir - consensual radicais terminados em d.
Escreve-se com SS e não com C e Ç: Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão /
 os nomes derivados dos verbos empreender - empresa / difundir - difusão
cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou  os diminutivos cujos radicais
com verbos terminados por tir ou meter terminam com s
Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha /
impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / lápis - lapisinho
exceder - excesso / percutir - percussão / regredir -  após ditongos
regressão / oprimir - opressão / comprometer -
compromisso / submeter - submissão Exemplos: coisa, pausa, pouso
 quando o prefixo termina com vogal  em verbos derivados de nomes cujo
que se junta com a palavra iniciada por s radical termina com s.
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + Exemplos: anális(e) + ar - analisar /
surgir - ressurgir pesquis(a) + ar - pesquisar
 no pretérito imperfeito simples do Escreve-se com Z e não com S:
subjuntivo  os sufixos ez e eza das palavras
Exemplos: ficasse, falasse derivadas de adjetivo
Escreve-se com C ou Ç e não com S e Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza
SS:  os sufixos izar (desde que o radical
 os vocábulos de origem árabe: da palavra de origem não termine com s)
Exemplos: cetim, açucena, açúcar Exemplos: final - finalizar / concreto -
concretizar
 os vocábulos de origem tupi,
africana ou exótica  como consoante de ligação se o
radical não terminar com s.
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça,
cacique Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al -
cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
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LÍNGUA PORTUGUESA
O fonema j: Escreve-se com CH e não com X:
Escreve-se com G e não com J:  as palavras de origem estrangeira
 as palavras de origem grega ou Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila,
árabe espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
Exemplos: tigela, girafa, gesso. As letras e e i:
 estrangeirismo, cuja letra G é  os ditongos nasais são escritos com
originária. e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra.
Exemplos: sargento, gim.  os verbos que apresentam infinitivo
 as terminações: agem, igem, ugem, em -oar, -uar são escritos com e: caçoe,
ege, oge (com poucas exceções) tumultue. Escrevemos com i, os verbos com
infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
Exemplos: imagem, vertigem, penugem,
bege, foge.  atenção para as palavras que mudam
de sentido quando substituímos a grafia e pela
Observação grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar
Exceção: pajem (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à
 as terminações: ágio, égio, ígio, tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância,
ógio, ugio. que anda a pé), pião (brinquedo).

Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, Apresentamos uma lista com as palavras


relógio, refúgio. cujas grafias denotam dificuldade para os usuários.
Atenção, pois não sabemos quando poderemos
 os verbos terminados em ger e gir. utilizar tais palavras.
Exemplos: eleger, mugir.
Certo Errado
 depois da letra "r" com poucas
exceções.
Descortino Descortínio
Exemplos: emergir, surgir.
 depois da letra a, desde que não Cumeeira Cumieira
seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente. Crioulo (a) Criolo(a)
Escreve-se com J e não com G:
Cavoucar Cavocar
 as palavras de origem latinas
Exemplos: jeito, majestade, hoje. Frustração Frustação
 as palavras de origem árabe,
africana ou exótica. Maneirar Manerar
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
Propositadamente Propositalmente
 as palavras terminada com aje.
Exemplos: laje, ultraje Bonança Bonanza
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH: Indigno (eu me) Indiguino (eu me)
 as palavras de origem tupi, africana
ou exótica. Cear Ceiar
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.
Paralelepípedo Paralepípedo
 as palavras de origem inglesa (sh)
e espanhola (J). Sobrancelhas Sombrancelhas
Exemplos: xampu, lagartixa.
Abreviaturas, Siglas e Símbolos:
 depois de ditongo.
Quando usar as abreviaturas?
Exemplos: frouxo, feixe.
Pessoal e internamente, podem-se usá-las
 depois de en.
livremente, já que neste caso são de "consumo
Exemplos: enxurrada, enxoval interno".
Observação: Em correspondência oficial e empresarial há
Exceção: quando a palavra de origem não abreviaturas consagradas que igualmente podem ser
derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) usadas livremente. Exemplos: Exmo., Ilmo. Sr., Sra.,

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LÍNGUA PORTUGUESA
V. Exa., V. Sa. (todos os pronomes de tratamento), Quando se usarem também outras letras que
Ltda., S.A. ou S/A, a/c (aos cuidados), etc. não as iniciais das palavras que formam o nome,
Há circunstâncias em que o uso de prefere-se usar apenas inicial maiúscula: Bacen
abreviaturas fica restrito a alguns casos. Em textos (Banco Central), Copesul (Companhia Petroquímica
técnicos ou científicos, por exemplo, são poucos os do Sul). São as chamadas siglas impróprias ou
casos. A rigidez não é absoluta, mas exige-se bom impuras.
senso. São de uso consagrado e liberado, mesmo Quando se trata de siglas consagradas,
em textos técnico-científicos, além das podem ser usadas diretamente, sem escrever o
mencionadas no parágrafo acima, abreviaturas nome das entidades por extenso. Caso contrário, na
como: nº, art., p. ou pág., cel, av., gen., a.C., entre primeira vez que aparecerem no texto devem ser
outras. identificadas, entre parênteses ou separadas por
Como formar as abreviaturas? travessão. Em trabalhos mais extensos, pode-se
também apresentar lista de siglas no início ou no
Forma-se abreviatura com a primeira ou as final.
primeiras letras da palavra, encerrando-se em
consoante: cap. (capítulo), m. (masculino), art. Quando e como usar os símbolos?
(artigo); quando se trata de encontro consonantal, a Os símbolos são abreviados sem o uso de
abreviação é feita usando todo o encontro: dipl. ponto: cm (centímetro), g (grama), min (minuto), kg
(diploma), constr. (construção). (quilograma).
A Associação Brasileira de Normas A forma do plural é sempre igual à do
Técnicas (ABNT) fixa algumas abreviaturas com singular, sendo errado acrescentar s: m (metro e
vogal final e outras na consoante inicial de metros), l (litro e litros), km (quilômetro e
encontros consonantais: ago. (agosto), téc. quilômetros).
(técnico). O uso dos símbolos é universal, podendo ser
Devem ser mantidos os acentos e hífens usados em quaisquer circunstâncias, ao contrário das
que figuram nas palavras usadas de forma abreviaturas.
abreviada: séc. (século), dec.-lei (decreto-lei). Dicas de acentuação gráfica:
No caso de abreviaturas em que se Na língua portuguesa, com exceção do til (~)
deveriam usar letras elevadas, devido à dificuldade e dos casos de crase, o acento gráfico só pode
de elevá-las e também devido à consagração de ocorrer na sílaba tônica das palavras, que são
uso, admite-se colocar essas letras na mesma aquelas sílabas pronunciadas de maneira destacada,
altura e em igual tamanho das demais, usando-se o como ocorre nos exemplos a seguir: ca-FÉ, ca-fe-ZI-
ponto no final: cel. (cel - coronel), sra. (sra), dra. nho, e-co-NÔ-mi-co, e-co-no-MI-a, se-cre-TÁ-ria, se-
(dra). cre-ta-RI-a. Portanto, a identificação da sílaba tônica
No caso de o ponto abreviativo coincidir da palavra deve ser feita antes do uso das regras de
com o ponto final, não se deve repetir o ponto: etc. acentuação.
Quando ao ponto indicativo de abreviatura seguir As regras só se aplicam às palavras da
outro sinal de pontuação, usam-se os dois: sra., língua portuguesa e às devidamente aportuguesadas.
sra.; sra.?
Já nos grupos GUE, GUI, QUE e QUI. Esses
Há abreviaturas que servem para mais de grupos apresentam três situações:
uma palavra: v. (verbo, veja, vapor, você), p. (pé,
página, palmo), gr. (grão, grátis, grau, grosa). * U não ser pronunciado; neste caso nada se
coloca sobre ele (nem trema nem acento): quente,
Há palavras e expressões contempladas coqueiro, guerra, distinguir.
com mais de uma abreviatura: f., fl., fol. (folha);
a.C., A.C. (antes de Cristo). * U é átono, mas pronunciado: delinquente,
arguição, aguentar, delinquir.
No plural, em regra se acrescenta s: dras.,
sras., caps.; em alguns casos, dobram-se as letras * U não só é pronunciado, como é tônico;
(maiúsculas): AA. (autores). Às vezes as letras argui, averigue, obliques.
maiúsculas dobradas representam superlativos: Obs.: Fora dos grupos GUE, GUI, QUE e
DD. (digníssimo). QUI nada disso acontece, ou seja, não se aplica a
O erro mais freqüente é o uso da regra do trema: oblíquo, ambíguo, apaziguar.
abreviatura sem o ponto que a encerra. Emprego das letras.
Quando e como usar as siglas? Palavras que se escrevem com “ESA”
Todas as letras da sigla deverão ser burguesa, chinesa, despesa, escocesa,
maiúsculas quando forem usadas apenas as iniciais francesa, inglesa, japonesa, holandesa, mesa,
das palavras que compõem o nome: PUC pequinesa, portuguesa etc.
(Pontifícia Universidade Católica). São as Se conseguirmos completar a frase “ELA É”,
chamadas siglas próprias ou puras. a palavra será sempre com “S”. Ex. Ela é chinesa.
Ela é pequinesa.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Palavras que se escrevem com “EZA”. b) nos sufixos:
alteza, avareza, beleza, crueza, fineza, -ês, -esa (para indicação de nacionalidade,
firmeza, lerdeza, proeza, pureza, singeleza, tristeza, título, origem)
rijeza etc. -ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos)
Palavras que se escrevem com “ÊS” -isa (indicador de ocupação feminina):
burguês, chinês, cortês, escocês, francês, poetisa, profetisa, papisa
inglês, irlandês, montanhês, pedrês, português etc. c) após ditongos: lousa, coisa, Neusa,
Se conseguirmos completar a frase “ELE ausência, naúsea.
É”, a palavra será com “S”. d) nas formas dos verbos pôr (e derivados) e
Ex: Ele é cortês. Ele é burguês. Ele é querer: pus, pusera, pusesse; repus, repusera,
francês. repusesse; quis, quiséra. quisesse.
Palavras que se escrevem com “EZ” Algumas palavras
altivez, embriaguez, estupidez, intrepidez, anis, atrás, brasa, compreensão, conversível,
palidez, morbidez, pequenez, talvez, vez, viuvez, coser(costurar), esôfago, esotérico, esoterismo,
sisudez, rigidez, surdez, maciez. espectador, esplêndido, esterco, estéril, estorvo,
Palavras que se escrevem com “OSO”, extravasar, fusível, gás, gasolina, guisado, heresia,
“OSA” hesitar, hipnose, hipocrisia, imersão, misto, revés,
sesta, asilo, isolar, isquemia, oscular, querosene,
audacioso, brioso, cauteloso, delicioso, quis, quiser, puser, siso, poetisa, profetisa,
formoso, gostoso, perigoso, pomposo, teimoso, sacerdotisa, submerso, usina, usufruir, usura,
valioso etc usurpar, versátivel, inserto (inserido),
Palavras que se escrevem com “ISAR” consertar(reparar), servo (servente), serração (ato de
alisar, analisar, bisar, paralisar, pesquisar, serrar), intensão (intensidade), colisão, impulso,
pisar etc. imersão, inversão, maisena, pretensão, expansão,
pretensioso, obsessão (mas obcecado), lilás, revisão,
Para que estes vocábulos se escrevam com vaso, através, Isabel, ourivesaria.
“S”, é necessário que no próprio radical já haja a
letra “S”. Palavras que se escrevem com “Z”

Ex.: AVISAR-AVISO, ANALISAR-ANÁLISE, azar, azenha, azeitona, azeite, azinhavre,


BISAR-BIS, PARALISAR-PARALISIA, CATÁLISE- balizar, bizantino, bizarro, buzina, cozer (cozinhar),
CATALISADOR-CATALIZANTE, PORTUGUÊS- dezena, dizimar, fuzil, aprazível, deslize, falaz, fezes,
PORTUGUESINHO, CASA-CASEBRE.. fugaz, gazeta, giz, gozar, hipnotizar, tez, algazarra,
foz, prazerosamente, ojeriza, perspicaz, proeza,
Palavras que se escrevem com “IZAR” desprezar, vazar, revezar, xadrez, azia, aziago,
(formador de verbos) “IZAÇÃO” (formador de talvez, cuscuz, coalizão, assaz, bissetriz.
substantivos).
Palavras que se escrevem com “X”
amenizar, avalizar, catequizar,
desmobilizar, despersonalizar, esterilizar, bexiga, coxo, engraxar, sintaxe, caxumba,
estigmatizar, finalizar, generalizar, harmonizar, faxina, maxixe, muxoxo, paxá, praxe, xale, xícara,
poetizar, profetizar, racionalizar, sensacionalizar, excitante, xavante, xereta, baixo, trouxe, enxada,
civilizar, civilização; humanizar, humanização; enxaguar, enxame, enxaqueca, enxerto, enxortar,
colonizar, colonização; realizar, realização. enxoval, enxugar, enxurrada, enxuto, seixo, faixa,
exacerbar, exotérmico, exorcismo, expletivo, expirar,
Obs. Não confunda com os casos em que expelir, expectativa, expor, explicar, extasiar,
se acrescenta o sufixo -ar a palavras que já exterminar, extensão, extenso, extorsivo, exuberante,
apresentam S: analisar, pequisar, avisar. exalar, exaltar, exame, exarar, exaustão, exéquias,
Apesar de CATEQUIZAR se derivar de exílio, exímio, êxito, êxodo, exonerar, exótico,
CATEQUESE, aquele termo se escreve com Z e exumação, broxa(pincel), buxo (arbusto ornamental),
este, com S. xá (título de soberano do Oriente), xeque (incidente
no xadrez), xampu, xangai, expiar, baixeza, graxa,
As palavras POETIZAR e PROFETIZAR
exsurgir, extirpar, extorsão, roxo, xavante.
não se derivam de POETISA e PROFETISA, mas
sim de POETA e PROFETA. Por isso as primeiras Palavras que se escrevem com “CH”
se escrevem com Z e as últimas, com S. enchova, encharcar, encher, enchiqueirar,
Palavras que se escrevem com “S” enchoçar, enchente, enchouriçar, chave, chuchu,
chicote, chifre, chispar, chimpanzé, choupana,
A letra S representa o fonema /z/ quando é
chorumela, chulo, chumaço, chusma, chavão,
intervolálica: asa, mesa, riso.
charuto, champanha, chacina, chantagem, chaminé,
Usa-se a letra S: chicana, chibata, chiar, bricha (prego), bucho
a) nas palavras que derivam de outra em (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem
que já existe S. (bizu 1.7) de pagamento), cocha (gamela), tacha (prego),

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LÍNGUA PORTUGUESA
debochar, fachada, fantoche, linchar, arrocho, Palavras que se escrevem com “J”
brecha, pechincha, pichar, salsicha, chicória, a) nas formas dos verbos terminados em -jar:
cachimbo, broche, bochecha, flecha, mochila, arranjar (arranjo, arrajem, por exemplo); enferrujar
chute, chope, apetrecho, comichão. (enferruje, enferrujem), viajar (verbo -> viajo, viaje,
Palavras que se escrevem com “Ç” ou “C” viajem);
à beça, almoço, terçol, ressurreição, b) nas palavras oriundas do Tupi, africana e
exceção, cessação, açucena, joça, camurça, árabe ou de origem exótica: Jibóia, pajé, jirau,
mormaço, presunção, torção, trança, soçobrar, alfanje, alforje, canjica, jerico, manjericão, Moji.
troço, joça, pança, maçarico, maciço, ruço OUTRAS igrejinha, laje, lajeado, varejista,
(grisalho), aguçar, caçula, seção(departamento), sarjeta, gorjeta, anjinho, canjica, viajem (verbo),
retenção, abstenção, disfarçar, cerração (nevoeiro), encorajem (verbo), enferrujem (verbo), cafajeste,
cervo (veado), decertar (lutar), empoçar (formar cerejeira, injeção, enrijecer, berinjela, jejuar, jérsei,
poça), intenção (propósito), oaço (palácio), sucinto, interjeição, jesuíta, jibóia, lambujem, majestade, jirau,
silêncio. ultraje, traje, ojeriza, jenipano, pajé, pajem, jeito,
Palavras que se escrevem com “SS” granja, projétil (ou projetil), rejeição, sarjeta, traje,
admissão, demissionário, transmissão, jerimum.
emissor, expressão, expresso, impressionismo, A letra “H”
compressor, assado, passar, ingressar, progresso, hálito, hangar, harmonia, harpa, haste,
sucesso, discussão, repercussão, promessa, hediondo, hélice, hemisfério, hemorragia, herbívoro
remessa, agressivo, transgressão, antiqüíssimo, (mas ervas), hérnia, herói, hesitar, hífen, hipismo,
tenacíssimo, excesso, dissensão, sossego, hipocondria, hilaridade, hipocrisia, hipótese, histeria,
pêssego, massagem, secessão, necessário, homenagem, horror, horta, hostil, humor, húmus.
escasso, escassez, sessão (reunião), cessão
(ceder), sessar (peneirar), russo (natural da Em “Bahia”, o H sobrevive por tradição
Rússia), passo (passada), empossar (dar posse), histórica. Observe que nos derivados ele não é
cassar (anular) dissertar (discorrer). usado: baiano, baianismo.
Palavras que se escrevem com “SC” ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS
ESPECIAIS
abscissa, abscesso, adolescente,
ascensão, acrescentar, acréscimo, ascese, Por que / por quê / porque / porquê
ascetismo, ascensorista, consciência, cônscio, POR QUE (separado e sem acento)
descendente, descensão, descentralizar, descente É usado:
(vazante), discente, disciplina, discípulo, fascículo,
fascínio, fascinante, isósceles, nascer, obsceno, que
oscilação, piscina, piscicultura, imprescindível, equivale a qual motivo.
intumescer, irascível, miscigenação, seiscentos, Por que regressamos?
transcender, rescindir, rescisão, ressuscitar, (Por qual motivo regressamos ?)
suscitar.
Por que não vieram os computadores ? (Por
Palavras que se escrevem com “G” qual motivo não vieram ?)
a) nos substantivos terminados em agem, que
igem, ugem: aragem, barragem, contagem, equivale a qual razão ou qual motivo.
coragem, malandragem, miragem, fuligem, origem,
vertigem, ferrugem, lanugem, rabugem. Cuidado Perguntei-lhe por que faltara à aula.
com as exceções pajem e lambujem. (por qual motivo).
b) nas palavras terminadas em ágio, égio, Não sabemos por que ele faleceu.
ígio, ógio, úgio: adágio, contágio, estágio, pedágio;
(por qual razão).
colégio, egrégio; litígio, prestígio; necrológico,
relógio; refúgio, subterfúgio. pelo qual / pela
qual / pelos quais / pelas quais.
Outras
Ignoro o motivo por que ele se demitiu.
angelical, aborígine, agilidade, algema, agir,
agiota, apogeu, argila, bege, cogitar, drágea, (pelo qual).
faringe, fugir, geada, gengibre, gíria, tigela, rigidez, Eis as causas por que não venceremos.
monge, ogiva, herege, genuíno, algemas, gergelim,
(pelas quais).
gesso, egípcio, gironda, infrigir, bugiganga, viagem
(substantivo), vagem, estiagem, folhagem, Estranhei a forma por que o estudante
geringonça, ginete, gengiva, sargento, coragem, reagiu.
ferrugem, tragédia, gesto. (pela qual).
motivo pelo qual
ou razão pela qual.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Não há por que chorar. NA MEDIDA EM QUE E À MEDIDA QUE
(motivo pelo qual). Na medida em que exprime relação de
Viajamos sem roteiro: eis por que nos causa e equivale a “porque”, “já que”, “uma vez que”.
atrasamos. Na medida em que os projetos foram
(a razão pela qual). abandonados, a população carente ficou entregue à
própria sorte.
PORQUE
À medida que indica proporção,
É usado introduzindo: desenvolvimento simultâneo e gradual. Equivale a “à
- Explicação. proporção que”.
Ex.: Não reclames, porque é pior. A ansiedade aumentava à medida que o
- Causa. prazo ia chegando ao fim.
Ex.: Faltou à aula porque estava doente. MAL E MAU

POR QUÊ Mal pode ser advérbio ou substantivo. Como


advérbio significa “irregularmente”, “erradamente”,
É usado ao final da frase interrogativa ou “de forma inconveniente ou desagradável”. Opõe-se
quando estiver sozinho. a bem.
Ex.: Você fez isso, por quê? Era previsível que ele se comportaria mal.
Por quê? Era evidente que ele estava mal-intencionado porque
suas opiniões haviam repercutido mal na reunião
PORQUÊ
anterior.
É usado como substantivo; é sinônimo de
Como substantivo, mal pode significar
motivo, razão.
“doença”, “moléstia”, em alguns casos significa
Ex.: Não sei o porquê disso. “aquilo que é prejudicial ou nocivo”.
ONDE E AONDE A febre amarela é um mal que atormenta as
A tendência no português atual é considerar populações pobres.
a seguinte distinção: aonde indica a ideia de O mal é que não se toma nenhuma atitude
movimento ou aproximação (com verbos que definitiva.
exigem a preposição “A”), opondo-se a donde que
O substantivo mal também pode designar um
exprime afastamento (com verbos eu exigem a
preposição “DE”). Costuma referir-se a verbos de conceito moral, ligado à ideia de maldade, nesse
sentido a palavra também opõe-se a bem.
movimento.
Aonde você vai? Há uma frase de que a visão da realidade
nos faz muitas vezes duvidar: “O mal não compensa”
Aonde querem chegar com essas atitudes?
Mau é adjetivo. Significa “ruim”, “de má
Aonde devo dirigir-me para obter índole”, “de má qualidade”. Opõe-se a bom e
esclarecimentos? apresenta a forma feminina má.
Não sei aonde ir. Não é mau sujeito.
Donde você veio? Trata-se de um mau administrador.
Onde indica o lugar em que se está ou em Tem um coração mau.
que se passa algum fato. Normalmente refere-se a
A PAR e AO PAR
verbos que exprimem estado ou permanência, ou
seja, verbos que exigem a preposição “EM”. A par tem o sentido de “bem-informado”,
Onde você está? “ciente”.
Mantenha-me a par de tudo o que acontecer.
Onde você vai ficar nas próximas férias?
É importante manter-se a par das decisões
Não sei onde começar a procurar.
parlamentares.
MAIS e MAS
Ao par é uma expressão usada para indicar
Mas é uma conjunção adversativa, relação de equivalência ou igualdade entre valores
equivalendo a porém, contudo, entretanto. financeiros (geralmente em operações cambiais):
Não conseguiu, mas tentou. As moedas fortes mantém o câmbio
Mais é pronome ou advérbio de praticamente ao par.
intensidade, opondo-se normalmente a menos. AO ENCONTRO DE E DE ENCONTRO A
Ele foi quem mais tentou, ainda assim não Ao encontro de indica “ser favorável a”,
conseguiu. aproximar-se de”.
É um dos países mais miseráveis do Ainda bem que sua posição vai ao encontro
planeta. da minha.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando a viu foi ao seu encontro e Não vejo nada de mais em sua atitude.
abraçou-a. O concurso foi suspenso porque surgiram
De encontro a indica oposição, choque, candidatos de mais.
colisão. Veja. SENÃO E SE NÃO
Suas opiniões sempre vieram de encontro Senão equivale a “caso contrário” ou “a não
às minhas, pertencemos a mundos diferentes. ser”:
O caminhão foi de encontro ao muro, É bom que colabore, senão não haverá
derrubando-o. como ajuda-lo.
A E HÁ NA EXPRESSÃO DE TEMPO Se não surge em orações condicionais.
O verbo haver é usado em expressões que Equivale a “caso não”:
indicam tempo já transcorrido: Se não houver aula, iremos ao cinema.
Tais fatos aconteceram há dez anos.
Nesse sentido, equivale ao verbo fazer:
Tudo aconteceu faz dez anos.
A preposição a surge em expressões em
que a substituição pelo verbo fazer é impossível:
O lançamento do satélite ocorrerá daqui a
duas semanas.
Eles partirão daqui a duas horas.
ACERCA DE E HÁ CERCA DE
Acerca de significa “sobre”, “a respeito de”:
Haverá uma palestra acerca das
consequências das queimadas.
Há cerca de indica um período aproximado
de tempo já transcorrido ou equivale ao verbo
existir + aproximadamente:
Os primeiros colonizadores surgiram há
cerca de quinhentos anos.
Há cerca de dez pessoas te procurando
AFIM E A FIM
Afim é um adjetivo que significa “igual”,
“semelhante”. Relaciona-se com a ideia de
afinidade:
Tiveram ideias afins durante o trabalho.
São espíritos afins.
A fim surge na locução a fim de, que
significa “para” e indica ideia de finalidade:
Trouxe algumas flores a fim de nos
agradar.
DEMAIS E DE MAIS
Demais pode ser advérbio de intensidade,
com o sentido de “muito”, aparece intensificando
verbos, adjetivos ou outros advérbios:
Aborreceram-nos demais: isso nos deixou
indignados demais.
Estou até bem demais.
Demais também pode ser pronome
indefinido, equivalendo a “outros”, “restantes”:
Não coma todo o pudim. Deixe um pouco
para os demais.
De mais opõe-se a de menos. Refere-se
sempre a um substantivo ou pronome:

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LÍNGUA PORTUGUESA
destacar que a língua portuguesa é basicamente
paroxítona, devido à maior quantidade de palavras
com essa carac- terística.
REGRAS DE ACENTUAÇÃO.
-PROPAROXÍTONAS: fenômeno menos
As palavras podem conter uma ou mais comum, são as palavras que apresentam a
sílabas. E ao pronunciá-las, temos a tendência em antepenúltima sílaba tôni- ca. Alguns exemplos de
proferi-las intensificando uma sílaba frente as proparoxítonas: exército, pêndulo, quilômetro.
outras. Por exemplo, quando alguém fala a palavra
A Língua Portuguesa também apresenta
“casa”, pronunciará com mais força uma das
palavras com uma única sílaba, as quais chamamos
sílabas, no caso [ka]. Por que fazemos isso?
de monossílabos. Estes são pronunciados com
Simplesmente porque a oralidade não é um sistema
menor ou maior ênfase e, por isso, podem ser átonos
de uma única entonação. Tal como a música,
ou tônicos:
precisamos destacar partes de sons para manter a
atenção do ouvinte. Imagine se falássemos todas - Monossílabos átonos: sãos os
as palavras utilizando uma única modulação?. enunciados com me- nor intensidade e, por serem
constituídos por uma única sílaba, são dependentes
Esta sílaba que entoamos com maior
foneticamente da palavra a qual se apoiam,
ênfase a chamamos de sílaba tônica, já que é nela
tornando-se praticamente uma sílaba da mesma.
que recai a tonicidade, o som que mais se destaca
As preposições, conjunções, artigos e pronomes
ao pronunciar uma palavra. A gramática também
oblíquos átonos integram esse grupo. Vejamos as
nomeia esse acento tônico como pro-sódico, pois
palavras “amá-lo”. O pronome oblíquo “lo” é átono e
está ligado à emissão dos sons na fala. Todas as
é acoplado foneticamente á palavra amar.
palavras com mais de uma sílaba possuem uma e
somente uma sílaba tônica, como podemos verificar - Monossílabos tônicos: proferidos
nesses exemplos: úmido, ideia, cadeira, jacaré. com maior ênfase, possuem independência
Importante destacar que o acento tônico é fonética: má, mim, eu, tu, mar, céu.
um fenômeno fonético, pois referente à fala. 1) OXÍTONAS:
Entretanto, quando passamos a linguagem para
outro registro, o da escrita, muitas vezes há a Acentuam-se todas as oxítonas terminadas
necessidade de enfatizar tal acento na própria em a, e, o – seguidos ou não de “s”: sofás,
grafia, já que pode surgir erro de tonicidade. Na crachás, jacarés, filé, purê, dominó, cipós, metrô….
origem da grafia, muitas palavras que não eram do - ditongo nasal -ém, -éns: mantém,
uso comum dos falantes passaram a receber o ninguém, parabéns, amém…
acento gráfico a fim de reforçar textualmente o
modo de pronunciá-las. Assim sendo, há palavras - ditongos abertos -ói, -éu, -éi,
que não recebem acento gráfico, como porta, seguindo ou não de “s”: herói, troféu, fiéis.
cortina, urubu, e outras que sim, como tônico, 2) PAROXÍTONAS:
amável, paralelepípedo.
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
Se em uma palavra há uma sílaba mais
forte, como chamamos as pronunciadas com - r: ímpar, cadáver
menos intensidade? A gramática denomina sílabas - l : réptil, têxtil
átonas as mais fracas, que podem ser pretônicas
ou postônicas dependendo de sua posição frente a - n: éden, hífen
sílaba tônica. - x – xérox, tórax
Em uma palavra com mais de uma sílaba, - ps – bíceps, fórceps
portanto, haverá sempre uma com maior destaque
fonético, a sílaba tônica. Entretanto, a ênfase em - ã, ãs, ão, ãos – órgão, órfã, órgãos
uma sílaba possui também regras impostas pela - um, uns, om, ons – álbum, fóruns,
própria fala. prótons
Por maior que seja um vocábulo, há apenas - us – vírus, bônus
três modos de emitir tonicidade: ênfase na última
sílaba (oxítona), penúltima (paroxítona) ou - i, is, júri, tênis
antepenúltima (proparoxítona): - ei, eis – jóquei, jóquei
- OXÍTONAS: palavras que
As paroxítonas e os erros de prosódia
apresentam a última sílaba tônica, tais como
jacaré, também, amor, rapaz. Algumas palavras são acentuadas ou
pronunciadas de maneira equivocada, não
- PAROXÍTONAS: Paroxítona
respeitando sua tonicidade. É o que chamamos de
significa literalmente, “ao lado da oxítona”, e são erros de entonação ou de prosódia, e que geralmente
as palavras que possuem a penúltima sílaba transformam paroxítonas em proparoxítonas:
tônica, como táxi, caráter, heroico, porta. Vale
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LÍNGUA PORTUGUESA
No entanto, há uma exceção. Não são
acentuados os hiatos seguidos por dígrafo “nh”, tal
Correto Errado
como rainha, moinho, ruim, amendoim, ainda.
rubrica rúbrica Também evitamos acentuação em hiatos que não
formam sílaba com letra diferente de “s”, como em
recorde récorde juiz, cair, sair, contribuiu.
libido líbido Segundo o Novo Acordo Ortográfico do
pudico púdico Português, não são mais acentuados os hiatos que
vêm após ditongos: baiuca, feiura, bocaiuva.
filantropo filântropo Também os “ôos” e “êes” não levam mais acento:
3) PROPAROXÍTONAS enjoo, voo, creem, veem.
EMPREGO do TIL
Por se tratar de um fenômeno mais raro de
entonação das palavras, temos a tendência de O til [~] é um sinal e não um acento. No
pronunciar erroneamente as palavras com a Português o til aparece sobre as vogais “a” e “o” para
antepenúltima sílaba tônica. Por isso mesmo todas indicar nasalização, som que sai pela boca e nariz.
as proparoxítonas devem ser acentuadas para Tal sinal não se sobrepõe em sílabas tônicas
evitar esse equívoco. somente, podendo também estar em sílabas
Exemplos: pretônicas ou átonas: Exemplos: órgão, órfã,
balõezinhos…
xícara, úmido, colocávamos, término,
lógico. O ACENTO DIFERENCIAL
Como o próprio nome diz, o acento
Obs. Caso a vogal tônica for fechada ou
diferencial tem como função marcar uma diferença.
nasal usa-se o acento circunflexo:
Há muitas palavras no português que são
côncavo, estômago, sonâmbulo. homógrafas, ou seja, que possuem a mesma grafia e,
por isso, é necessário um sinal distintivo para que
ACENTUAÇÃO DOS MONOSSÍLABOS:
não surjam equívocos. Vejamos:
Acentuam-se os monossílabos terminados
a) Pôde – Pretérito perfeito do indicativo
em:
b) Pode – Presente do indicativo
a) a, as: má, já, lá, cá, pás
c) Pôr – Verbo
b) e, es: crê, vês, pé
Por – preposição
c) o, os: nós, nós, dó, pô-lo
É facultativo o uso do acento diferencial para
ACENTUAÇÃO DOS DITONGOS E A
distinguir as palavras forma e fôrma. Imagine a frase:
NOVA ORTOGRAFIA
qual a forma da fôrma de torta que você comprou?
Segundo o Novo Acordo Ortográfico do
O Novo Acordo Ortográfico do Português
Português, não são mais acentuados ditongos
aboliu alguns acentos diferenciais, tais como em pelo
abertos em palavras paroxítonas:
(preposição) e pêlo (substantivo), pára (verbos) e
Como era Como é agora para (preposição):
heróico heroico O pelo do gato está crescendo muito. Vá pelo
caminho mais curto.
idéia ideia
Ele para para pensar.
jibóia jiboia
TREMA
apóia apoia
O trema, sinal de dois pontos usado sobre a
paranóico paranoico letra “u”, era utilizado para marcar a pronúncia da
ACENTUAÇÃO DOS HIATOS vogal em palavras marcadas pelo encontro vocálico,
tais como “lingüiça” e “freqüentar”. Entretanto,
Chamamos de hiato o encontro de duas segundo a Nova Ortografia, não se deve mais usar
vogais em uma palavra que, no entanto, não fazem essa marcação. A partir de agora as pala- vras são
parte da mesma sílaba. A maior parte dos hiatos assim grafadas:
não são acentuados, mas alguns levam acento para
evitar erros de pronúncia. Frequentar, linguiça, linguística, bilíngue,
cinquenta, aguentar.
Acentuam-se as vogais “i” e “u” que formam
hiato com a sílaba anterior:
cafeína balaústre saúde saída saúva

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LÍNGUA PORTUGUESA
7. (UF-PR) Assinale a alternativa em
que todos os vocábulos são acentuados por
EXERCÍCIOS
serem oxítonos:
1. (EPCAR) Assinale a série em que
todos os vocábulos devem receber acento a) paletó, avô, pajé, café, jiló
gráfico: b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis
a) Troia, item, Venus c) você, capilé, Paraná, lápis, régua
b) hifen, estrategia, albuns d) amém, amável, filó, porém, além
c) apoio (subst.), reune, faisca e) caí, aí, ímã, ipê, abricó
d) nivel, orgão, tupi GABARITO
e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu 1 –b
2. (BB) Opção correta: 2 –d
a) eclípse 3 –a
b) juíz 4 –d
c) agôsto 5 –b
d) saída 6 –c
e) intúito 7 -a
3. (BB) “Alem do trem, voces tem
onibus, taxis e aviões”.
a) 5 acentos
b) 4 acentos
c) 3 acentos
d) 2 acentos
e) 1 acento
4. (BB) Monossílabo tônico:
a) o
b) lhe
c) e
d) luz
e) com
5. (BB) Leva acento:
a) pêso
b) pôde
c) êste
d) tôda
e) cêdo
6. (BB) Não leva acento:
a) atrai-la
b) supo-la
c) conduzi-la
d) vende-la
e) revista-la
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LÍNGUA PORTUGUESA
Ex.: Acordei, tomei meu banho, comi algo e
saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi
aprovado no exame.
Para que servem os sinais de
Há três casos em que se usa a vírgula antes
pontuação? No geral, para representar pausas na
da conjunção:
fala, nos casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula;
ou entonações, nos casos do ponto de exclamação 1) quando as orações coordenadas tiverem
e de interrogação, por exemplo. sujeitos diferentes.
Além de pausa na fala e entonação da voz, Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os
os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, pobres, cada vez mais pobres.
nossas emoções, intenções e anseios.
2) quando a conjunção e vier repetida com a
Vejamos aqui alguns empregos: finalidade de dar ênfase (polissíndeto).
1. Vírgula (,) Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
É usada para: 3) quando a conjunção e assumir valores
distintos que não seja da adição (adversidade,
a) separar termos que possuem mesma
consequência, por exemplo)
função sintática na oração:
Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim
O menino berrou, chorou, esperneou e,
não foi aprovada.
enfim, dormiu.
c) separar orações subordinadas adverbiais
Nessa oração, a vírgula separa os verbos.
(desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se
b) isolar o vocativo: estiverem antepostas à oração principal.
Então, minha cara, não há mais o que se Ex.: "No momento em que o tigre se lançava,
dizer! curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo
apresentou o gancho."(O selvagem - José de
c) isolar o aposto:
Alencar)
O João, ex-integrante da comissão, veio
d) separar as orações intercaladas.
assistir à reunião.
Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes
d) isolar termos antecipados, como
contentamentos em a estar plantando..."
complemento ou adjunto:
Essas orações poderão ter suas vírgulas
1. Uma vontade indescritível de beber água,
substituídas por duplo travessão.
eu senti quando olhei para aquele copo suado!
(antecipação de complemento verbal) Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes
contentamentos em a estar plantando..."
2. Nada se fez, naquele momento, para que
pudéssemos sair! (antecipação de adjunto e) separar as orações substantivas
adverbial) antepostas à principal.
e) separar expressões explicativas, Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.
conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por
2. Pontos
exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto,
assim, etc. 2.1 - Ponto-final (.)
f) separar os nomes dos locais de datas: É usado ao final de frases para indicar uma
Brasília, 30 de janeiro de 2009. pausa total:
g) isolar orações adjetivas explicativas: O a) Não quero dizer nada.
filme, que você indicou para mim, é muito mais do
b) Eu amo minha família.
que esperava.
A vírgula entre orações E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num.,
adj., obs.
É utilizada nas seguintes situações:
2.2 - Ponto de Interrogação (?)
a) separar as orações subordinadas
O ponto de interrogação é usado para:
adjetivas explicativas.
a) Formular perguntas diretas:
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas
lembranças, mora no Rio de Janeiro. Você quer ir conosco ao cinema?
b) separar as orações coordenadas Desejam participar da festa de
sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela confraternização?
conjunção e ).

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b) Para indicar surpresa, expressar b) separar um período que já se encontra
indignação ou atitude de expectativa diante de uma dividido por vírgulas:
determinada situação:
Ele não disse nada, apenas olhou ao longe,
O quê? não acredito que você tenha feito sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com
isso! (atitude de indignação) seu cão.
Não esperava que fosse receber tantos 4. Dois-pontos (:)
elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)
É usado quando:
Qual será a minha colocação no resultado
a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma
do concurso? Será a mesma que imagino?
fala:
(expectativa)
Ele respondeu: não, muito obrigado!
2. 3 – Ponto de Exclamação (!)
b) se quer indicar uma enumeração:
Esse sinal de pontuação é utilizado nas
seguintes circunstâncias: Quero lhe dizer algumas coisas: não
converse com pessoas estranhas, não brigue com
a) Depois de frases que expressem
seus colegas e não responda à professora.
sentimentos distintos, tais como: entusiasmo,
surpresa, súplica, ordem, horror, espanto: 5. Aspas (“”)
Iremos viajar! (entusiasmo) São usadas para indicar:
Foi ele o vencedor! (surpresa) a) citação de alguém: “A ordem para fechar a
prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda
Por favor, não me deixe aqui! (súplica)
na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2
Que horror! Não esperava tal atitude. bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta
(espanto) Capital on-line, 30/01/09)
Seja rápido! (ordem) b) expressões estrangeiras, neologismos,
gírias: Nada pode com a propaganda de “outdoor”.
b) Depois de vocativos e algumas
interjeições: 6. Reticências (...)
Ui! que susto você me deu. (interjeição) São usadas para indicar supressão de um
trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao
Foi você mesmo, garoto! (vocativo)
que se estava falando:
c) Nas frases que exprimem desejo:
a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,
Oh, Deus, ajude-me!
O bem que neste mundo mais invejo?
Observações dignas de nota:
O brando ninho aonde o nosso beijo
* Quando a intenção comunicativa
Será mais puro e doce que uma asa? (...)
expressar, ao mesmo tempo, questionamento e
admiração, o uso dos pontos de interrogação e b) E então, veio um sentimento de alegria,
exclamação é permitido. Observe: paz, felicidade...
Que que eu posso fazer agora?! c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...
* Quando se deseja intensificar ainda mais 7. Parênteses ( )
a admiração ou qualquer outro sentimento, não há
São usados quando se quer explicar melhor
problema algum em repetir o ponto de exclamação
algo que foi dito ou para fazer simples indicações.
ou interrogação. Note:
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois
Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o
saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o
filho em perigo.
predomínio de vírgulas).
3. Ponto e vírgula (;)
8. Travessão (–)
É usado para:
O travessão é indicado para:
a) separar itens enumerados:
a) Indicar a mudança de interlocutor em um
A Matemática se divide em: diálogo:
- geometria; - Quais ideias você tem para revelar?
- álgebra; - Não sei se serão bem-vindas.
- trigonometria; - Não importa, o fato é que assim você estará
contribuindo para a elaboração deste projeto.
- financeira.
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b) Separar orações intercaladas, e) assinalam a presença de um aposto.
desempenhando as funções da vírgula e dos
04. “Vamos, por um momento que seja, cair
parênteses:
na real...”; a regra abaixo que justifica o emprego das
Precisamos acreditar sempre – disse o vírgulas nesse segmento do texto é:
aluno confiante – que tudo irá dar certo.
a) separar elementos que exercem a mesma
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada função sintática;
– pois pode ser arriscado.
b) isolar o aposto;
c) Colocar em evidência uma frase,
c) isolar o adjunto adnominal antecipado;
expressão ou palavra:
d) indicar a supressão de uma palavra;
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da
classe – uma pessoa bastante esforçada. e) marcar a intercalação de elementos.
Gostaria de parabenizar a pessoa que está 05. Ele não costuma esquentar a vitrine por
discursando – meu melhor amigo. muito tempo.
EXERCÍCIOS DE PONTUAÇÃO Alterando a ordem do trecho destacado, a
pontuação correta fica:
01. Assinale a opção que substitui
corretamente os números por vírgulas. a) Ele não costuma, por muito tempo,
esquentar a vitrine.
Para concluir (1) já que estamos falando em
futuro (2) importa ressaltar que (3) o futuro não b) Ele não costuma, por muito tempo
acontece espontaneamente (4) nem é mero fruto da esquentar a vitrine.
tecnologia.
c) Ele não costuma por muito tempo,
a) 1 – 2 – 3 - 4 esquentar a vitrine.
b) 1 – 2 – 3 d) Ele não costuma por, muito tempo,
esquentar a vitrine.
c) 1 – 2 – 4
e) Ele não costuma por muito tempo
d) 2 – 4
esquentar a vitrine.
e) 3 – 4
06. Na frase – O apresentador disse: tem
02. O segmento do texto que mostra um certeza de que a resposta é essa? – os dois pontos
equívoco do editor do texto no emprego da vírgula foram usados para:
é:
a) introduzir a fala do interlocutor.
a) “... a realidade do Judiciário e a
b) apresentar um ponto de vista.
necessidade de sua reforma foram, nos últimos
meses, deformados...”; c) expressar uma opinião.
b) “...distribuição de Justiça em nosso d) suscitar uma afirmação.
Estado e vê-la reconhecida, senão por todos, ao
e) provocar uma intimidação.
menos pela maioria...”;
07. O segmento “A cada início de ano, é
c) “Recente pesquisa da OAB, mostrou que
55% da população mal conhece o Judiciário.”; costume renovar esperanças e fortalecer confianças
em relação ao futuro. Tempo de limpar gavetas, fazer
d) “De resto, temos à disposição diversos faxinas e vestir cores que – acreditam muitos –
mecanismos endógenos, eficazes, de controle...”; ajudem a realizar antigos desejos e aspirações.”
aparece entre travessões porque:
e) “...o pior de todos, com exceção dos
outros...”. a) marca urna opinião do autor do texto sobre
o conteúdo veiculado;
03. “Ao lado, o filho, de 7 ou 8 anos, não
cessava de atormentá-lo...”; as vírgulas que b) indica uma explicação de algum segmento
envolvem o segmento sublinhado: anterior;
a) marcam um adjunto adverbial deslocado; c) assinala a necessidade de completar um
pensamento suspenso;
b) indicam a presença de uma oração
intercalada; d) mostra a presença de um termo
intercalado;
c) mostram que há uma quebra da ordem
direta da frase; e) dá destaque a uma expressão usada em
sentido diverso do usual.
d) estão usadas erradamente porque
separam o sujeito do verbo;

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08. “O recurso à palavra pomposa, o Com pontuação diferente ocorre alteração de
palavrão bonito da moda, é sintomático da velha sentido somente em:
doença brasileira da retórica”..
a) I.
As vírgulas foram usadas no fragmento
b) II.
para:
c) III.
a) desfazer possível má interpretação.
d) I e II.
b) indicar a elipse de um verbo.
e) II e III.
c) intercalar o vocativo.
12. "Diz um conhecido provérbio nos países
d) separar o aposto do termo fundamental.
orientais que para se caminhar mil milhas é preciso
e) assinalar o deslocamento de um termo. dar o primeiro passo." O texto está corretamente
pontuado em:
09. “Depois de muita briga, o tema era
„democraticamente imposto‟.” a) Diz um conhecido provérbio, nos países
orientais, que para se caminhar mil milhas, é preciso
No período acima, as aspas têm por
dar o primeiro passo.
função:
b) Diz um conhecido provérbio nos países
a) indicar que a expressão foge ao nível de
orientais, que, para se caminhar mil milhas é preciso,
linguagem em que o texto foi elaborado.
dar o primeiro passo.
b) evidenciar a intransigência típica de
c) Diz um conhecido provérbio nos países
algumas pessoas.
orientais, que para se caminhar mil milhas, é preciso
c) destacar a relação irônica estabelecida dar o primeiro passo.
entre termos semanticamente opostos.
d) Diz um conhecido provérbio, nos países
d) sugerir que, mesmo na democracia, orientais, que, para se caminhar mil milhas, é preciso
ocorre autoritarismo. dar o primeiro passo.
10. No período “Era fascinante, e ela sentia e) Diz, um conhecido provérbio nos países
nojo”. O uso da vírgula: orientais, que para se caminhar mil milhas, é preciso
dar o primeiro passo.
I. enfatiza semanticamente cada oração.
13. Assinalar a alternativa cujo período
II. decorre de uma relação de alternância dispensa o uso de vírgula:
entre as duas orações.
a) Nesse trabalho ficou patente a
III. justifica-se por separar orações competência dos jovens frente à nova situação.
coordenadas com sujeitos diferentes.
b) O autor busca um meio capaz de gerar um
A análise das assertivas nos permite conjunto potencialmente infinito de formas com suas
afirmar corretamente que: propriedades típicas.
a) apenas I é verdadeira. c) Apreensivo ora se voltava para a janela
b) apenas II é verdadeira. ora examinava o documento.
c) I e II são verdadeiras. d) Suas palavras embora gentis continham
um fundo de ironia.
d) II e III são verdadeiras.
e) Tudo isto é muito válido mas tem seus
e) I e III são verdadeiras. inconvenientes.
11. Considere os períodos I, II e III, 14. Assinale O PAR de frases que apresenta
pontuados de duas maneiras diferentes. falha(s), na pontuação.
I. Ouvi dizer de certa cantora que era um a) 1. As mulheres, dizem as feministas,
elefante que engolira um rouxinol / Ouvi dizer de aperfeiçoam os homens. 2. A voz de Gilka, está cheia
certa cantora, que era um elefante, que engolira um de acentos nunca dantes escutados.
rouxinol.
b) 1. Nada, nos másculos versos de
II. A versão apresentada à imprensa é Francisca Júlia denuncia, a mulher. 2. Em TRÊS
evidentemente falsa / A versão apresentada à MARIAS, o esmagamento do personagem é mais
imprensa é, evidentemente, falsa. contundente.
III. Os freios do Buick guincham nas rodas e c) 1. Em 1980, a autora, sai de cena,
os pneumáticos deslizam rente à calçada / Os freios discretamente, como sempre viveu. 2. Agora, na
do Buick guincham nas rodas, e os pneumáticos residência deles, falou da viagem das irmãs.
deslizam rente à calçada.

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d) 1. A garota, sentia-se como única Com a alteração da pontuação, houve
responsável pela caçula. 2. O olhar, iluminava sua mudança de sentido SOMENTE em
face, com um sorriso doce.
a) I.
e) 1. Menina, venha cá. Vamos nadar? 2.
b) II.
Durante 10 anos, o governo holandês ocupou a
ilha. c) I e II.
15. Identifique a alternativa em que se d) I e III.
corrige a má estruturação do texto a seguir:
e) II e III.
"Ele chegou cansado do trabalho.
GABARITO
Parecendo mesmo desanimado. Assistindo à
televisão a família não o notou."
1. C 2. C 3. E 4. E 5. A
a) Uma vez chegado do trabalho, cansado, 6. D 7. D 8. D 9. C 10. E
parecia até mesmo desanimado. A família não o
notou enquanto assistia à televisão. 11. D 12. D 13. B 14. D 15. D
16. E 17. D
b) Tendo chegado do trabalho cansado,
parecia mesmo desanimado. A família assistia à
televisão. Não o notaram.
c) Desde que chegou cansado do trabalho,
parecia mesmo desanimado. Como assistisse à
televisão, a família não o notou.
d) Chegou cansado do trabalho, parecendo
mesmo desanimado. A família, que assistia à
televisão, nem o notou.
e) Parecia mesmo desanimado, porque
chegava do trabalho cansado. Enquanto que a
família nem o notara, assistindo à televisão.
16. Em "ACORDEI PENSANDO EM RIOS –
QUE DÃO SEMPRE UM TOQUE FEMININO A
QUALQUER CIDADE – E ME DIZENDO QUE O
ÚNICO POSSÍVEL DEFEITO DO RIO DE JANEIRO
É NÃO TER UM RIO." o autor usou o travessão
para:
a) ligar grupos de palavras.
b) iniciar diálogo.
c) substituir parênteses.
d) destacar um aposto.
e) destacar um adjunto adnominal
explicativo.
17. Considere os períodos I, II e III,
pontuados de duas maneiras diferentes.
I. Pedro, o gerente do banco ligou e deixou
um recado.
Pedro, o gerente do banco, ligou e deixou
um recado.
II. De repente perceberam que estavam
brigando à toa.
De repente, perceberam que estavam
brigando à toa.
III. Os doces visivelmente deteriorados
foram postos na lixeira.
Os doces, visivelmente deteriorados, foram
postos na lixeira.

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desinências de número e pessoa (DNP).
Observemos então o exemplo que segue:

Estávamos com muita saudade de todos vocês.

Assim, infere-se que:

As classes das palavras variáveis e - va – DMT - desinência modo-temporal indicando o


invariáveis e seus conceitos, classificação, pretérito imperfeito do modo indicativo.
flexão e emprego; - mos – DNP – desinência número-pessoal indicando
a primeira pessoa do plural (nós).
Consultando a gramática, descobrimos que
dentre as partes que a constituem há uma que, por Diante de tais elucidações, afirmamos que elas se
excelência, permite-nos tornar conhecedores da aplicam às chamadas palavras variáveis.
forma como se estruturam as palavras, levando em
conta aspectos específicos, como é caso das Para completar nossos estudos acerca do caso em
flexões, por exemplo. Estamos fazendo referência questão cumpre afirmar que palavras invariáveis,
à morfologia, obviamente, aquela responsável por como nos revela o próprio nome, são aquelas que
nos apresentar acerca das dez classes gramaticais. não sofrem flexão nenhuma, demarcadas pelos
advérbios, preposições, conjunções e
Em se tratando delas, das classes gramaticais, um interjeições.
dos aspectos que lhes são inerentes diz respeito à
flexão e não flexão das palavras, que, por sua vez,
traduz os nossos objetivos ao travar essa CLASSES DE PALAVRAS CLASSIFICAÇÃO E
importante discussão, por isso, iremos falar um EMPREGO:
pouco mais acerca das palavras variáveis e das
palavras invariáveis. Cabe, portanto, ressaltar que
as palavras variáveis são aquelas que sofrem As palavras são classificadas de acordo com
variações em sua forma, o que resulta nas as funções exercidas nas orações.
chamadas desinências nominais de gênero e de Na língua portuguesa podemos classificar as
número, bem como nas desinências verbais, de palavras em:
modo, tempo, número e pessoa.

Assim, ao revelarmos acerca das


 Substantivo
desinências nominais, já que estamos fazendo
referência à morfologia, equivale afirmar que elas  Adjetivo
se aplicam às classes gramaticais representadas
 Pronome
pelo substantivo, artigo, adjetivo, pronome e
numeral, haja vista que se classificam,  Verbo
gramaticalmente dizendo, como nomes. Dessa
 Artigo
forma, nada melhor que analisarmos alguns
exemplos, tornando nosso aprendizado ainda mais  Numeral
efetivo:
 Advérbio
Ele é um menino esperto – gênero masculino, o  Preposição
que nos permite concluir que há a ausência de
desinência.  Interjeição
 Conjunção
Ela é uma garota esperta – Constatamos agora o
gênero feminino e a desinência “a”.

Mário é um rapaz educado – Em se tratando do SUBSTANTIVO:


número, afirmamos ser tal elemento demarcado no
singular, bem como constatamos a ausência de
desinência. É a palavra variável que denomina
qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados
Eles são uns rapazes educados – constatamos se e seres em geral.
tratar de um número plural associado à presença da Quanto a sua formação, o substantivo pode
desinência “s”. ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples
(alface) ou composto (guarda-chuva).
Agora, referindo-nos às desinências verbais,
constata-se que elas são representadas pelas
desinências de modo e tempo (DMT) e pelas

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LÍNGUA PORTUGUESA
Já quanto a sua classificação, ele pode ser monja, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a
comum (cidade) ou próprio (Curitiba), concreto estudante).
(mesa) ou abstrato (felicidade).
Quanto ao número (singular X plural), os
Os substantivos concretos designam seres substantivos simples formam o plural em função do
de existência real ou que a imaginação apresenta final da palavra.
como tal: alma, fada, santo. Já os substantivos
 vogal ou ditongo (exceto -ÃO):
abstratos designam qualidade, sentimento, ação e
estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga. acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus);

Os substantivos próprios são sempre  ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS,


concretos e devem ser grafados com iniciais variando em cada palavra (pagãos, cidadãos,
maiúsculas. cortesãos, escrivães, sacristães, capitães, capelães,
tabeliães, deães, faisães, guardiães).
Certos substantivos próprios podem tornar-
se comuns, pelo processo de derivação imprópria Os substantivos paroxítonos terminados em -
(um judas = traidor / um panamá = chapéu). ão fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, gólfãos).
Alguns gramáticos registram artesão (artífice) -
Os substantivos abstratos têm existência artesãos e artesão (adorno arquitetônico) - artesões.
independente e podem ser reais ou não, materiais
ou não. Quando esses substantivos abstratos são  -EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo de -
de qualidade tornam-se concretos no plural (riqueza NS (jardim X jardins);
X riquezas).  -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X
Muitos substantivos podem ser raízes);
variavelmente abstratos ou concretos, conforme o -S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES (país X
sentido em que se empregam (a redação das leis países). Os não-oxítonos terminados em -S são
requer clareza / na redação do aluno, assinalei invariáveis, marcando o número pelo artigo (os atlas,
vários erros). os lápis, os ônibus), cais, cós e xis são invariáveis;
Já no tocante ao gênero (masculino X -N: -S ou -ES, sendo a última menos comum (hífen X
feminino) os substantivos podem ser: hifens ou hífenes), cânon > cânones;
 biformes: quando apresentam uma -X: invariável, usando o artigo para o plural (tórax X
forma para o masculino e outra para o feminino. os tórax);
(rato, rata ou conde X condessa).
-AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X
 uniformes: quando apresentam animais, barril X barris). Exceto mal por males, cônsul
uma única forma para ambos os gêneros. Nesse por cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou
caso, eles estão divididos em: meles;
 epicenos: usados para animais de IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos,
ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz, trocar -IL por -EIS. (til X tis, míssil X mísseis).
badejo, besouro, codorniz; Observação: réptil / reptil por répteis / reptis, projétil /
projetil por projéteis / projetis;
 comum de dois gêneros: aqueles
que designam pessoas, fazendo a distinção dos sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar a
sexos por palavras determinantes - aborígine, palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar o
camarada, herege, manequim, mártir, médium, sufixo diminutivo (caezitos, coroneizinhos,
silvícola; mulherezinhas). Observação: palavras com esses
sufixos não recebem acento gráfico.
 sobrecomuns - apresentam um só
gênero gramatical para designar pessoas de ambos metafonia: -o tônico fechado no singular muda para o
os sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia, timbre aberto no plural, também variando em função
testemunha, verdugo; da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X bolos).
Observação: avôs (avô paterno + avô materno),
Alguns substantivos, quando mudam de
avós (avó + avó ou avô + avó).
gênero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o
corneta X a corneta / o crisma X a crisma / o cura X Os substantivos podem apresentar diferentes graus,
a cura / o guia X a guia / o lente X a lente / o língua porém grau não é uma flexão nominal. São três
X a língua / o moral X a moral / o maria-fumaça X a graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser
maria-fumaça / o voga X a voga). formados através de dois processos:
Os nomes terminados em -ão fazem analítico: associando os adjetivos (grande ou
feminino em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa, pequeno, ou similar) ao substantivo;
valentona).
sintético: anexando-se ao substantivo sufixos
Os nomes terminados em -e mudam-no indicadores de grau (meninão X menininho).
para -a, entretanto a maioria é invariável (monge X

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LÍNGUA PORTUGUESA
Certos substantivos, apesar da forma, não jaçanã (ave);
expressam a noção aumentativa ou diminutiva.
juriti (tipo de aves);
(cartão, cartilha).
libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino);
alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola, -az, -
ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão; sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa);
alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -ola, usucapião (FeM classificam como gênero vacilante);
-im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é obrigatório
xerox (cópia).
quando o substantivo terminar em vogal tônica ou
ditongo: cafezinho, paizinho); Gênero vacilante:
O aumentativo pode exprimir desprezo (sabichão, acauã (falcão);
ministraço, poetastro) ou intimidade (amigão);
enquanto o diminutivo pode indicar carinho (filhinho) inambu (ave);
ou ter valor pejorativo (livreco, casebre). laringe, personagem (Ceg. fala que é usada
Algumas curiosidades sobre os substantivos: indistintamente nos dois gêneros, mas que há
preferência de autores pelo masculino);
Palavras masculinas:
víspora.
ágape (refeição dos primitivos cristãos);
anátema (excomungação);
Alguns femininos:
axioma (premissa verdadeira);
abade - abadessa;
caudal (cachoeira);
abegão (feitor) - abegoa;
carcinoma (tumor maligno);
alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina;
champanha, clã, clarinete, contralto, coma,
diabete/diabetes (FeM classificam como gênero aldeão - aldeã;
vacilante); anfitrião - anfitrioa, anfitriã;
diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno); beirão (natural da Beira) - beiroa;
herpes, hosana (hino); besuntão (porcalhão) - besuntona;
jângal (floresta da Índia); bonachão - bonachona;
lhama, praça (soldado raso); bretão - bretoa, bretã;
praça (soldado raso); cantador - cantadeira;
proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz;
gênero vacilante);
castelão (dono do castelo) - castelã;
suéter, tapa (FeM classificam como gênero
vacilante); catalão - catalã;

teiró (parte de arma de fogo ou arado); cavaleiro - cavaleira, amazona;

telefonema, trema, vau (trecho raso do rio). charlatão - charlatã;

Palavras femininas: coimbrão - coimbrã;

abusão (engano); cônsul - consulesa;

alcíone (ave doa antigos); comarcão - comarcã;

aluvião, araquã (ave); cônego - canonisa;

áspide (reptil peçonhento); czar - czarina;

baitaca (ave); deus - deusa, déia;

cataplasma, cal, clâmide (manto grego); diácono (clérigo) - diaconisa;

cólera (doença); doge (antigo magistrado) - dogesa;

derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); druida - druidesa;

filoxera (inseto e doença); elefante - elefanta e aliá (Ceilão);

gênese, guriatã (ave); embaixador - embaixadora e embaixatriz;

hélice (FeM classificam como gênero vacilante); ermitão - ermitoa, ermitã;

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LÍNGUA PORTUGUESA
faisão - faisoa (Cegalla), faisã; escrivão - escrivães;
hortelão (trata da horta) - horteloa; folião - foliões;
javali - javalina; hortelão - hortelões, hortelãos;
ladrão - ladra, ladroa, ladrona; pagão - pagãos;
felá (camponês) - felaína; sacristão - sacristães;
flâmine (antigo sacerdote) - flamínica; tabelião - tabeliães;
frade - freira; tecelão - tecelões;
frei - sóror; verão - verãos, verões;
gigante - giganta; vilão - vilões, vilãos;
grou - grua; vulcão - vulcões, vulcãos.
lebrão - lebre;
maestro - maestrina; Alguns substantivos que sofrem
metafonia no plural:
maganão (malicioso) - magana;
abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro,
melro - mélroa;
despojo, destroço, escolho, esforço, estorvo, forno,
mocetão - mocetona; forro, fosso, imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto,
reforço, rogo, socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco.
oficial - oficiala;
Substantivos só usados no plural:
padre - madre;
anais, antolhos, arredores, arras (bens,
papa - papisa; penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs
pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja; (cabelos brancos), cócegas, condolências, damas
(jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais
parvo - párvoa; (contrato de casamento ou noivado), esposórios
peão - peã, peona; (presente de núpcias), exéquias (cerimônias
fúnebres), fastos (anais), férias, fezes, manes
perdigão - perdiz; (almas), matinas (breviário de orações matutinas),
prior - prioresa, priora; núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos,
prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos
mu ou mulo - mula; nomes de naipes.
rajá - rani;
rapaz - rapariga; Coletivos:
rascão (desleixado) - rascoa;
sandeu - sandia; alavão - ovelhas leiteiras;
sintrão - sintrã; armento - gado grande (búfalos, elefantes);
sultão - sultana; assembléia (parlamentares, membros de
tabaréu - tabaroa; associações);

varão - matrona, mulher; atilho - espigas;

veado - veada; baixela - utensílios de mesa;

vilão - viloa, vilã. banca - de examinadores, advogados;


Substantivos em -ÃO e seus plurais: bandeira - garimpeiros, exploradores de minérios;

alão - alões, alãos, alães; bando - aves, ciganos, crianças, salteadores;

aldeão - aldeãos, aldeões; boana - peixes miúdos;

capelão - capelães; cabido - cônegos (conselheiros de bispo);


castelão - castelãos, castelões; cáfila - camelos;

cidadão - cidadãos; cainçalha - cães;

cortesão - cortesãos; cambada - caranguejos, malvados, chaves;

ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães; cancioneiro - poesias, canções;


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LÍNGUA PORTUGUESA
caterva - desordeiros, vadios; em elementos repetidos, muito parecidos ou
onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-
choldra, joldra - assassinos, malfeitores;
ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);
chusma - populares, criados;
com elementos ligados por preposição, apenas o
conselho - vereadores, diretores, juízes militares; primeiro se flexiona (pés-de-moleque);
conciliábulo - feiticeiros, conspiradores; são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-
duques, grã-cruzes, bel-prazeres);
concílio - bispos;
só variará o primeiro elemento nos compostos
canzoada - cães; formados por dois substantivos, onde o segundo
conclave - cardeais; limita o primeiro elemento, indicando tipo,
semelhança ou finalidade deste (sambas-enredo,
congregação - professores, religiosos; bananas-maçã)
consistório - cardeais; nenhum dos elementos vai para o plural se formado
fato - cabras; por verbos de sentidos opostos e frases substantivas
(os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os
feixe - capim, lenha; bota-abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os
junta - bois, médicos, credores, examinadores; diz-que-me-diz);
girândola - foguetes, fogos de artifício; compostos cujo segundo elemento já está no plural
não variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, os
grei - gado miúdo, políticos; espirra-canivetes);
hemeroteca - jornais, revistas; palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por
legião - anjos, soldados, demônios; ser substantivo. Caso represente o verbo guardar,
não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).
malta - desordeiros;
matula - desordeiros, vagabundos;
ADJETIVO:
miríade - estrelas, insetos;
nuvem - gafanhotos, pó;
É a palavra variável que restringe a
panapaná - borboletas migratórias; significação do substantivo, indicando qualidades e
penca - bananas, chaves; características deste. Mantém com o substantivo que
determina relação de concordância de gênero e
récua - cavalgaduras (bestas de carga); número.
renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas; adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a
réstia - alho, cebola; origem geográfica, normalmente são formados pelo
acréscimo de um sufixo ao substantivo de que se
ror - grande quantidade de coisas; originam (Alagoas por alagoano). Podem ser simples
súcia - pessoas desonestas, patifes; ou compostos, referindo-se a duas ou mais
nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos
talha -lenha; assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção
tertúlia - amigos, intelectuais; do último elemento (franco-ítalo-brasileiro).

tropilha - cavalos; locuções adjetivas: expressões formadas por


preposição e substantivo e com significado
vara - porcos. equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argênteo
Substantivos compostos: / andar de cima = andar superior / estar com fome =
estar faminto).
Os substantivos compostos formam o plural da
seguinte maneira: São adjetivos eruditos:

sem hífen formam o plural como os simples açúcar - sacarino;


(pontapé/pontapés); águia - aquilino;
caso não haja caso específico, verifica-se a anel - anular;
variabilidade das palavras que compõem o
substantivo para pluralizá-los. São palavras astro - sideral;
variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes, bexiga - vesical;
particípio. São palavras invariáveis: verbo,
preposição, advérbio, prefixo; bispo - episcopal;
cabeça - cefálico;

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LÍNGUA PORTUGUESA
chumbo - plúmbeo; O grau comparativo refere-se a uma mesma
qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais
chuva - pluvial;
qualidades de um mesmo ser. Pode ser de
cinza - cinéreo; igualdade: tão alto quanto (como / quão); de
superioridade: mais alto (do) que (analítico) / maior
cobra - colubrino, ofídico; (do) que (sintético) e de inferioridade: menos alto (do)
dinheiro - pecuniário; que.
estômago - gástrico; O grau superlativo exprime qualidade em grau muito
elevado ou intenso.
fábrica - fabril;
O superlativo pode ser classificado como absoluto,
fígado - hepático; quando a qualidade não se refere à de outros
fogo - ígneo; elementos. Pode ser analítico (acréscimo de advérbio
de intensidade) ou sintético (-íssimo, -érrimo, -ílimo).
guerra - bélico; (muito alto X altíssimo)
homem - viril; O superlativo pode ser também relativo, qualidade
inverno - hibernal; relacionada, favorável ou desfavoravelmente, à de
outros elementos. Pode ser de superioridade
lago - lacustre; analítico (o mais alto de/dentre), de superioridade
lebre - leporino; sintético (o maior de/dentre) ou de inferioridade (o
menos alto de/dentre).
lobo - lupino;
São superlativos absolutos sintéticos eruditos da
marfim - ebúrneo, ebóreo; língua portuguesa:
memória - mnemônico; acre - acérrimo;
moeda - monetário, numismático; alto - supremo, sumo;
neve - níveo; amável - amabilíssimo;
pedra - pétreo; amigo - amicíssimo;
prata - argênteo, argentino, argírico; baixo - ínfimo;
raposa - vulpino; cruel - crudelíssimo;
rio - fluvial, potâmico; doce - dulcíssimo;
rocha - rupestre; dócil - docílimo;
sonho - onírico; fiel - fidelíssimo;
sul - meridional, austral; frio - frigidíssimo;
tarde - vespertino; humilde - humílimo;
velho, velhice - senil; livre - libérrimo;
vidro - vítreo, hialino. magro - macérrimo;
Quanto à variação dos adjetivos, eles apresentam mísero - misérrimo;
as seguintes características:
negro - nigérrimo;
O gênero é uniforme ou biforme (inteligente X
honesto[a]). Quanto ao gênero, não se diz que um pobre - paupérrimo;
adjetivo é masculino ou feminino, e sim que tem sábio - sapientíssimo;
terminação masculina ou feminina.
sagrado - sacratíssimo;
No tocante a número, os adjetivos simples formam
o plural segundo os mesmos princípios dos são - saníssimo;
substantivos simples, em função de sua terminação veloz - velocíssimo.
(agradável X agradáveis). Já os substantivos
utilizados como adjetivos ficam invariáveis (blusas Os adjetivos compostos formam o plural da
cinza). seguinte forma:
Os adjetivos terminados em -OSO, além do têm como regra geral, flexionar o último elemento em
acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do gênero e número (lentes côncavo-convexas,
primeiro -o, num processo de metafonia. problemas sócio-econômicos); são invariáveis cores
em que o segundo elemento é um substantivo
Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas (blusas azul-turquesa, bolsas branco-gelo); não
formas: comparativo e superlativo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
variam as locuções adjetivas formadas pela
expressão cor-de-... (vestidos cor-de-rosa); mim,
comigo
as cores: azul-celeste e azul-marinho são me
primeira eu
invariáveis; ti,
te
singular segunda tu contigo
em surdo-mudo flexionam-se os dois elementos.
o, a,
terceira ele, ela ele, ela,
lhe, se
si,
consigo

PRONOME: nós,
conosco
nos
É palavra variável em gênero, número e primeira nós vós,
pessoa que substitui ou acompanha um vos
convosc
substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. plural segunda vós
os, as, o
terceira eles, elas lhes,
A diferença entre pronome substantivo e eles,
se
pronome adjetivo pode ser atribuída a qualquer tipo elas, si,
de pronome, podendo variar em função do contexto consigo
frasal. Assim, o pronome substantivo é aquele que
substitui um substantivo, representando-o. (Ele Os pronomes pessoais apresentam variações
prestou socorro). Já o pronome adjetivo é aquele de forma dependendo da função sintática que
que acompanha um substantivo, determinando-o. exercem na frase. Os pronomes pessoais retos
(Aquele rapaz é belo). Os pronomes pessoais são desempenham, normalmente, função de sujeito;
sempre substantivos. enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.

Quanto às pessoas do discurso, a língua Os pronomes oblíquos tônicos devem vir


portuguesa apresenta três pessoas: regidos de preposição. Em comigo, contigo, conosco
1ª pessoa - aquele que fala, emissor; e convosco, a preposição com já é parte integrante
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor; do pronome.
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala,
referente. Os pronomes de tratamento estão
enquadrados nos pronomes pessoais. São
Pronome pessoal: empregados como referência à pessoa com quem se
fala (2ª pessoa), entretanto, a concordância é feita
Indicam uma das três pessoas do discurso, com a 3ª pessoa. Também são considerados
substituindo um substantivo. Podem também pronomes de tratamento as formas você, vocês
representar, quando na 3ª pessoa, uma forma (provenientes da redução de Vossa Mercê), Senhor,
nominal anteriormente expressa (A moça era a Senhora e Senhorita.
melhor secretária, ela mesma agendava os
compromissos do chefe). Quanto ao emprego, as formas oblíquas o, a,
A seguir um quadro com todas as formas do os, as completam verbos que não vêm regidos de
pronome pessoal: preposição; enquanto lhe e lhes para verbos regidos
das preposições a ou para (não expressas).

Apesar de serem usadas pouco, as formas


mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão
de dois objetos, representados por pronomes
oblíquos (Ninguém mo disse = ninguém o disse a
mim).

Os pronomes átonos o, a, os e as viram


lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r,
s ou z e viram no(a/s), se a terminação verbal for em
Pronomes pessoais ditongo nasal.

Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos


Pronomes
desempenham função se sujeitos de infinitivo ou
Pronomes oblíquos
Número Pessoa verbo no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar,
retos mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair /
Átonos Tônicos Deixei-as chorando).

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LÍNGUA PORTUGUESA
A forma você, atualmente, é usada no lugar 2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s);
da 2ª pessoa (tu/vós), tanto no singular quanto no 3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s).
plural, levando o verbo para a 3ª pessoa.
Quanto ao emprego, normalmente, vem
Já as formas de tratamento serão antes do nome a que se refere; podendo, também, vir
precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos depois do substantivo que determina. Neste último
diretamente à pessoa e de Sua, quando fizermos caso, pode até alterar o sentido da frase.
referência a ela. Troca-se na abreviatura o V. pelo
S. O uso do possessivo seu (a/s) pode causar
ambigüidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso
Quando precedidos de preposição, os do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada
pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar em sua casa - casa de quem?); pode também indicar
como oblíquos. Eu e tu não podem vir precedidos aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos).
de preposição, exceto se funcionarem como sujeito
de um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem
mim fazer). valor de posse por ser uma alteração fonética de
Senhor.
Os pronomes acompanhados de só ou
todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta
e podem funcionar como objeto direto (Estava só Pronome demonstrativo:
ele no banco / Encontramos todos eles).
Indicam posição de algo em relação às pessoas do
Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter valor
discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço. São:
reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor
este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo.
reflexivo e recíproco.
Isto, isso e aquilo são invariáveis e se empregam
exclusivamente como substitutos de substantivos.
As formas si e consigo têm valor
exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o
pessoa. Já conosco e convosco devem aparecer na (a/s) podem desempenhar papel de pronome
sua forma analítica (com nós e com vós) quando demonstrativo.
vierem com modificadores (todos, outros, mesmos,
próprios, numeral ou oração adjetiva). Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos
apresentam-se da seguinte maneira:
Os pronomes pessoais retos podem uso dêitico, indicando localização no espaço - este
desempenhar função de sujeito, predicativo do (aqui), esse (aí) e aquele (lá);
sujeito ou vocativo, este último com tu e vós (Nós
temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, uso dêitico, indicando localização temporal - este
Senhor Jesus). (presente), esse (passado próximo) e aquele
(passado remoto ou bastante vago);
Quanto ao uso das preposições junto aos uso anafórico, em referência ao que já foi ou será dito
pronomes, deve-se saber que não se pode contrair - este (novo enunciado) e esse (retoma informação);
as preposições de e em com pronomes que sejam
sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi as o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a
bolsas dele bem aqui). aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence);
tal é demonstrativo se puder ser substituído por esse
Os pronomes átonos podem assumir valor (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante, quando
possessivo (Levaram-me o dinheiro / Pesavam-lhe anteposto ao substantivo a que se refere e
os olhos), enquanto alguns átonos são partes equivalente a "aquele", "idêntico" (O problema ainda
integrantes de verbos como suicidar-se, apiedar-se, não foi resolvido, tal demora atrapalhou as
condoer-se, ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se. negociações / Não brigue por semelhante causa);

Já os pronomes oblíquos podem ser usados como mesmo e próprio são demonstrativos, se precedidos
expressão expletiva (Não me venha com essa). de artigo, quando significarem "idêntico", "igual" ou
"exato". Concordam com o nome a que se referem
Pronome possessivo: (Separaram crianças de mesmas séries);
como referência a termos já citados, os pronomes
Fazem referência às pessoas do discurso, aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e
apresentando-as como possuidoras de algo. segunda ocorrências, respectivamente, em apostos
Concordam em gênero e número com a coisa distributivos (O médico e a enfermeira estavam
possuída. calados: aquele amedrontado e esta calma / ou: esta
calma e aquele amedrontado);
São pronomes possessivos da língua portuguesa
as formas: pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s); com os pronomes demonstrativos (Não acreditei no

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LÍNGUA PORTUGUESA
que estava vendo / Fui àquela região de montanhas Sobre o emprego dos indefinidos devemos atentar
/ Fez alusão à pessoa de azul e à de branco); para:
podem apresentar valor intensificador ou algum, após o substantivo a que se refere, assume
depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele valor negativo (= nenhum) (Computador algum
estava com aquela paciência / Aquilo é um marido resolverá o problema);
de enfeite);
cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou
nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados numeral (Elas receberam 3 balas cada uma);
com valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso,
alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do
ela entrou triunfante - nisso = advérbio).
nome a que estiverem se referindo, passam a ser
Pronome relativo: adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus lugares
certos / Comprei várias balas de sabores vários)
Retoma um termo expresso anteriormente
(antecedente) e introduz uma oração dependente, bastante pode vir como adjetivo também, se estiver
adjetiva. determinando algum substantivo, unindo-se a ele por
verbo de ligação (Isso é bastante para mim);
Os pronome nomes demonstrativos apresentam-se
da seguinte maneira: mento, armamentomes o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa";
relativos são: que, quem e onde - invariáveis; além
o pronome nada, colocado junto a verbos ou
de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s).
adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está
Os relativos são chamados relativos indefinidos nada contente hoje);
quando são empregados sem antecedente
o pronome nada, colocado junto a verbos ou
expresso (Quem espera sempre alcança / Fez
adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está
quanto pôde).
nada contente hoje);
Quanto ao emprego, observa-se que os relativos
existem algumas locuções pronominais indefinidas -
são usados quando:
quem quer que, o que quer, seja quem for, cada um
o antecedente do relativo pode ser demonstrativo o etc.
(a/s) (O Brasil divide-se entre os que lêem ou não);
todo com valor indefinido antecede o substantivo,
como relativo, quanto refere-se ao antecedente sem artigo (Toda cidade parou para ver a banda ≠
tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me interessava) Toda a cidade parou para ver a banda).
quem será precedido de preposição se estiver Pronome interrogativo:
relacionado a pessoas ou seres personificados São os pronomes indefinidos que, quem, qual,
expressos; quanto usados na formulação de uma pergunta direta
ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso.
quem = relativo indefinido quando é empregado
(Quantos livros você tem? / Não sei quem lhe
sem antecedente claro, não vindo precedido de
contou).
preposição;
Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando
cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de posse e voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi tudo?).
não concorda com o antecedente e sim com seu
Verbo:
conseqüente. Ele tem sempre valor adjetivo e não
pode ser acompanhado de artigo. É a palavra variável que exprime um acontecimento
representado no tempo, seja ação, estado ou
Pronome indefinido:
fenômeno da natureza.
Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando
Os verbos apresentam três conjugações. Em função
considerada de modo vago, impreciso ou genérico,
da vogal temática, podem-se criar três paradigmas
representando pessoas, coisas e lugares. Alguns
verbais. De acordo com a relação dos verbos com
também podem dar idéia de conjunto ou quantidade
esses paradigmas, obtém-se a seguinte
indeterminada. Em função da quantidade de
classificação:
pronomes indefinidos, merece atenção sua
identificação. regulares: seguem o paradigma verbal de sua
conjugação;
São pronomes indefinidos de:
irregulares: não seguem o paradigma verbal da
pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem;
conjugação a que pertencem. As irregularidades
lugares: onde, algures, alhures, nenhures; podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir
- ouço/ouve, estar - estou/estão);
pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo,
tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a), Entre os verbos irregulares, destacam-se os
nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), anômalos que apresentam profundas irregularidades.
pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), São classificados como anômalos em todas as
cada. gramáticas os verbos ser e ir.

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LÍNGUA PORTUGUESA
defectivos: não são conjugados em determinadas pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato
pessoas, tempo ou modo (falir - no presente do provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada
indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª pessoa do mas não concluída no passado;
plural). Os defectivos distribuem-se em três grupos:
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica
impessoais, unipessoais (vozes ou ruídos de
um fato real cuja ação é anterior a outra ação já
animais, só conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia
passada;
ou possibilidade de confusão com outros verbos;
futuro do presente do indicativo: indica um fato
abundantes - apresentam mais de uma forma para
real situado em momento ou época vindoura;
uma mesma flexão. Mais freqüente no particípio,
devendo-se usar o particípio regular com ter e futuro do pretérito do indicativo: indica um fato
haver; já o irregular com ser e estar possível, hipotético, situado num momento futuro,
(aceito/aceitado, acendido/aceso - tenho/hei mas ligado a um momento passado;
aceitado ≠ é/está aceito);
futuro do subjuntivo: indica um fato provável,
auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando duvidoso, hipotético, situado num momento ou época
sua significação. Presentes nos tempos compostos futura;
e locuções verbais;
Quanto à formação dos tempos, os chamados
certos verbos possuem pronomes pessoais átonos tempos simples podem ser primitivos (presente e
que se tornam partes integrantes deles. Nesses pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal)
casos, o pronome não tem função sintática e derivados:
(suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.);
São derivados do presente do indicativo:
formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu canto)
pretérito imperfeito do indicativo: TEMA do
e formas arrizotônicas (tonicidade fora do radical -
presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) +
nós cantaríamos).
Desinência número pessoal (DNP);
Quanto à flexão verbal, temos:
presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa singular
número: singular ou plural; do presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.) + DNP;
pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª; Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de "ei" na 1ª
pessoa do plural (passeio, mas passeemos).
tempo: referência ao momento em que se fala
(pretérito, presente ou futuro). O modo imperativo imperativo negativo (todo derivado do presente do
só tem um tempo, o presente; subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2ª pessoas
vêm do presente do indicativo sem S, as demais
voz: ativa, passiva e reflexiva;
também vêm do presente do subjuntivo).
modo: indicativo (certeza de um fato ou estado),
São derivados do pretérito perfeito do indicativo:
subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de
um fato ou incerteza do estado) e imperativo pretérito mais-que-perfeito do indicativo: TEMA do
(expressa ordem, advertência ou pedido). perfeito + RA + DNP;
As três formas nominais do verbo (infinitivo, pretérito imperfeito do subjuntivo: TEMA do perfeito +
gerúndio e particípio) não possuem função SSE + DNP;
exclusivamente verbal. Infinitivo é antes
futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + DNP.
substantivo, o particípio tem valor e forma de
adjetivo, enquanto o gerúndio equipara-se ao São derivados do infinitivo impessoal:
adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que
exprime. futuro do presente do indicativo: TEMA do
infinitivo + RA + DNP;
Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os
seguintes valores: futuro do pretérito: TEMA do infinitivo + RIA + DNP;

presente do indicativo: indica um fato real situado infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + DNP (-ES -
no momento ou época em que se fala; 2ª pessoa, -MOS, -DES, -EM)

presente do subjuntivo: indica um fato provável, gerúndio: TEMA do infinitivo + -NDO;


duvidoso ou hipotético situado no momento ou particípio regular: infinitivo impessoal sem vogal
época em que se fala; temática (VT) e R + ADO (1ª conjugação) ou IDO (2ª
pretérito perfeito do indicativo: indica um fato e 3ª conjugação).
real cuja ação foi iniciada e concluída no passado; Quanto à formação, os tempos compostos da voz
pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato ativa constituem-se dos verbos auxiliares TER ou
real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi HAVER + particípio do verbo que se quer conjugar,
concluída ou era uma ação costumeira no passado; dito principal.

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LÍNGUA PORTUGUESA
No modo Indicativo, os tempos compostos são levadas pelas folhas (mantido o gerúndio do verbo
formados da seguinte maneira: principal).
pretérito perfeito: presente do indicativo do auxiliar Alguns verbos da língua portuguesa apresentam
+ particípio do verbo principal (VP) [Tenho falado]; problemas de conjugação. A seguir temos uma lista,
seguida de comentários sobre essas dificuldades de
pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito do
conjugação.
indicativo do auxiliar + particípio do VP (Tinha
falado); Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa do
singular do presente do indicativo, por isso não
futuro do presente: futuro do presente do
possui presente do subjuntivo e o imperativo
indicativo do auxiliar + particípio do VP (Terei
negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqüir, demolir,
falado);
descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir,
futuro do pretérito: futuro do pretérito indicativo do retorquir, urgir)
auxiliar + particípio do VP (Teria falado).
Acudir (alternância vocálica o/u) - presente do
No modo Subjuntivo a formação se dá da indicativo - acudo, acodes... e pretérito perfeito do
seguinte maneira: indicativo - com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir,
fugir) / Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª
pretérito perfeito: presente do subjuntivo do
pessoa do plural no presente do indicativo
auxiliar + particípio do VP (Tenha falado);
Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do
pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do
indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir,
subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tivesse diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir)
falado);
Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do indicativo
futuro composto: futuro do subjuntivo do auxiliar +
- ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir,
particípio do VP (Tiver falado). restringir, transigir, urgir)
Quanto às formas nominais, elas são formadas Agredir (alternância vocálica e/i) - presente do
da seguinte maneira:
indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos,
infinitivo composto: infinitivo pessoal ou agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir,
impessoal do auxiliar + particípio do VP (Ter falado transgredir) / Aguar (regular) - presente do indicativo -
/ Teres falado); águo, águas..., - pretérito perfeito do indicativo -
agüei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram
gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + particípio (= desaguar, enxaguar, minguar)
do VP (Tendo falado).
Aprazer (irregular) - presente do indicativo - aprazo,
O modo subjuntivo apresenta três pretéritos, sendo aprazes, apraz... / pretérito perfeito do indicativo -
o imperfeito na forma simples e o perfeito e o mais- aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos,
que-perfeito nas formas compostas. Não há aprouvestes, aprouveram
presente composto nem pretérito imperfeito
composto Argüir (irregular com alternância vocálica o/u) -
presente do indicativo - arguo (ú), argúis, argúi,
Quanto às vozes, os verbos apresentam a voz: argüimos, argüis, argúem - pretérito perfeito - argüi,
ativa: sujeito é agente da ação verbal; argüiste... (com trema)
passiva: sujeito é paciente da ação verbal; Atrair (irregular) - presente do indicativo - atraio,
atrais... / pretérito perfeito - atraí, atraíste... (=
A voz passiva pode ser analítica ou sintética: abstrair, cair, distrair, sair, subtrair)
analítica: - verbo auxiliar + particípio do verbo Atribuir (irregular) - presente do indicativo - atribuo,
principal; atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem -
sintética: na 3ª pessoa do singular ou plural + SE pretérito perfeito - atribuí, atribuíste, atribuiu... (=
(partícula apassivadora); afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir,
usufruir)
reflexiva: sujeito é agente e paciente da ação
verbal. Também pode ser recíproca ao mesmo Averiguar (alternância vocálica o/u) - presente do
tempo (acréscimo de SE = pronome reflexivo, indicativo - averiguo (ú), averiguas (ú), averigua (ú),
variável em função da pessoa do verbo); averiguamos, averiguais, averiguam (ú) - pretérito
perfeito - averigüei, averiguaste... - presente do
Na transformação da voz ativa na passiva, a subjuntivo - averigúe, averigúes, averigúe... (=
variação temporal é indicada pelo auxiliar (ser na apaziguar)
maioria das vezes), como notamos nos exemplos a
seguir: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por Cear (irregular) - presente do indicativo - ceio, ceias,
ele (mantido o pretérito perfeito do indicativo) / O ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretérito perfeito
vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes,
cearam (= verbos terminados em -ear: falsear,

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LÍNGUA PORTUGUESA
passear... - alguns apresentam pronúncia aberta: provedes, provêem - pretérito perfeito indicativo -
estréio, estréia...) provi, proveste, proveu... / Reaver (defectivo) -
presente do indicativo - reavemos, reaveis - pretérito
Coar (irregular) - presente do indicativo - côo, côas,
perfeito indicativo - reouve, reouveste, reouve...
côa, coamos, coais, coam - pretérito perfeito - coei,
(verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas
coaste, coou... (= abençoar, magoar, perdoar) /
formas verbais com a letra v)
Comerciar (regular) - presente do indicativo -
comercio, comercias... - pretérito perfeito - Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos,
comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes remis - pretérito perfeito indicativo - remi, remiste...
verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)
Requerer (irregular) - presente do indicativo -
Compelir (alternância vocálica e/i) - presente do requeiro, requeres... - pretérito perfeito indicativo -
indicativo - compilo, compeles... - pretérito perfeito requeri, requereste, requereu... (derivado do querer,
indicativo - compeli, compeliste... diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente
do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo e
Compilar (regular) - presente do indicativo -
derivados, sendo regular)
compilo, compilas, compila... - pretérito perfeito
indicativo - compilei, compilaste... Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, ri,
rimos, rides, riem - pretérito perfeito indicativo - ri,
Construir (irregular e abundante) - presente do
riste... (= sorrir)
indicativo - construo, constróis (ou construis),
constrói (ou construi), construímos, construís, Saudar (alternância vocálica) - presente do indicativo
constroem (ou construem) - pretérito perfeito - saúdo, saúdas... - pretérito perfeito indicativo -
indicativo - construí, construíste... saudei, saudaste...
Crer (irregular) - presente do indicativo - creio, crês, Suar (regular) - presente do indicativo - suo, suas,
crê, cremos, credes, crêem - pretérito perfeito sua... - pretérito perfeito indicativo - suei, suaste,
indicativo - cri, creste, creu, cremos, crestes, creram sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar,
- imperfeito indicativo - cria, crias, cria, críamos, situar)
críeis, criam
Valer (irregular) - presente do indicativo - valho,
Falir (defectivo) - presente do indicativo - falimos, vales, vale... - pretérito perfeito indicativo - vali,
falis - pretérito perfeito indicativo - fali, faliste... (= valeste, valeu...
aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir)
Também merecem atenção os seguintes verbos
Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância irregulares:
vocálica e/i) - presente do indicativo - frijo, freges,
Pronominais: Apiedar-se, dignar-se, persignar-se,
frege, frigimos, frigis, fregem - pretérito perfeito
precaver-se
indicativo - frigi, frigiste...
Caber
Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, vais, vai,
vamos, ides, vão - pretérito perfeito indicativo - fui, presente do indicativo: caibo, cabes, cabe,
foste... - presente subjuntivo - vá, vás, vá, vamos, cabemos, cabeis, cabem;
vades, vão
presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba,
Jazer (irregular) - presente do indicativo - jazo, caibamos, caibais, caibam;
jazes... - pretérito perfeito indicativo - jazi, jazeste,
pretérito perfeito do indicativo: coube, coubeste,
jazeu...
coube, coubemos, coubestes, couberam;
Mobiliar (irregular) - presente do indicativo -
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: coubera,
mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais,
couberas, coubera, coubéramos, coubéreis,
mobíliam - pretérito perfeito indicativo - mobiliei,
couberam;
mobiliaste... / Obstar (regular) - presente do
indicativo - obsto, obstas... - pretérito perfeito pretérito imperfeito do subjuntivo: coubesse,
indicativo - obstei, obstaste... coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis,
Pedir (irregular) - presente do indicativo - peço, coubessem;
pedes, pede, pedimos, pedis, pedem - pretérito futuro do subjuntivo: couber, couberes, couber,
perfeito indicativo - pedi, pediste... (= despedir, coubermos, couberdes, couberem.
expedir, medir) / Polir (alternância vocálica e/i) -
presente do indicativo - pulo, pules, pule, polimos, Dar
polis, pulem - pretérito perfeito indicativo - poli, presente do indicativo: dou, dás, dá, damos, dais,
poliste... dão;
Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente do presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos, deis,
indicativo - precavemo-nos, precaveis-vos - dêem;
pretérito perfeito indicativo - precavi-me,
precaveste-te... / Prover (irregular) - presente do pretérito perfeito do indicativo: dei, deste, deu,
indicativo - provejo, provês, provê, provemos, demos, destes, deram;

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LÍNGUA PORTUGUESA
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: dera, pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fizera,
deras, dera, déramos, déreis, deram; fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse,
desses, desse, déssemos, désseis, dessem; fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem;
futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, fizermos,
derdes, derem. fizerdes, fizerem.
Dizer Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e
satisfazer.
presente do indicativo: digo, dizes, diz, dizemos,
dizeis, dizem; Os particípios desse verbo e seus derivados são
irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, etc.
presente do subjuntivo: diga, digas, diga,
digamos, digais, digam; Haver
pretérito perfeito do indicativo: disse, disseste, presente do indicativo: hei, hás, há, havemos,
disse, dissemos, dissestes, disseram; haveis, hão;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos,
dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, hajais, hajam;
disseram;
pretérito perfeito do indicativo: houve, houveste,
futuro do presente: direi, dirás, dirá, etc.; houve, houvemos, houvestes, houveram;
futuro do pretérito: diria, dirias, diria, etc.; pretérito mais-que-perfeito do indicativo: houvera,
houveras, houvera, houvéramos, houvéreis,
pretérito imperfeito do subjuntivo: dissesse,
houveram;
dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,
dissessem; pretérito imperfeito do subjuntivo: houvesse,
houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis,
futuro do subjuntivo: disser, disseres, disser,
houvessem;
dissermos, disserdes, disserem;
futuro do subjuntivo: houver, houveres, houver,
Seguem esse modelo os derivados bendizer,
houvermos, houverdes, houverem.
condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer.
Ir
Os particípios desse verbo e seus derivados são
irregulares: dito, bendito, contradito, etc. presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides,
vão;
Estar
presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, vades,
presente do indicativo: estou, estás, está,
vão;
estamos, estais, estão;
pretérito imperfeito do indicativo: ia, ias, ia, íamos,
presente do subjuntivo: esteja, estejas, esteja,
íeis, iam;
estejamos, estejais, estejam;
pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi,
pretérito perfeito do indicativo: estive, estiveste,
fomos, fostes, foram;
esteve, estivemos, estivestes, estiveram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora,
pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
foras, fora, fôramos, fôreis, foram;
estivera, estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis,
estiveram; pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses,
fosse, fôssemos, fôsseis, fossem;
pretérito imperfeito do subjuntivo: estivesse,
estivesses, estivesse, estivéssemos, estivésseis, futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes,
estivessem; forem.
futuro do subjuntivo: estiver, estiveres, estiver, Poder
estivermos, estiverdes, estiverem;
presente do indicativo: posso, podes, pode,
Fazer podemos, podeis, podem;
presente do indicativo: faço, fazes, faz, fazemos, presente do subjuntivo: possa, possas, possa,
fazeis, fazem; possamos, possais, possam;
presente do subjuntivo: faça, faças, faça, pretérito perfeito do indicativo: pude, pudeste,
façamos, façais, façam; pôde, pudemos, pudestes, puderam;
pretérito perfeito do indicativo: fiz, fizeste, fez, pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pudera,
fizemos, fizestes, fizeram; puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam;

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LÍNGUA PORTUGUESA
pretérito imperfeito do subjuntivo: pudesse, pretérito mais-que-perfeito do indicativo: soubera,
pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis,
pudessem; souberam;
futuro do subjuntivo: puder, puderes, puder, pretérito imperfeito do subjuntivo: soubesse,
pudermos, puderdes, puderem. soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
soubessem;
Pôr
futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber,
presente do indicativo: ponho, pões, põe, pomos,
soubermos, souberdes, souberem.
pondes, põem;
Ser
presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha,
ponhamos, ponhais, ponham; presente do indicativo: sou, és, é, somos, sois, são;
pretérito imperfeito do indicativo: punha, punhas, presente do subjuntivo: seja, sejas, seja, sejamos,
punha, púnhamos, púnheis, punham; sejais, sejam;
pretérito perfeito do indicativo: pus, puseste, pôs, pretérito imperfeito do indicativo: era, eras, era,
pusemos, pusestes, puseram; éramos, éreis, eram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pusera, pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi,
puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram; fomos, fostes, foram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse, pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora,
pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;
pusessem;
pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses,
futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem;
pusermos, puserdes, puserem.
futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes,
Todos os derivados do verbo pôr seguem forem.
exatamente esse modelo: antepor, compor,
As segundas pessoas do imperativo afirmativo são:
contrapor, decompor, depor, descompor, dispor,
sê (tu) e sede (vós).
expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor,
predispor, pressupor, propor, recompor, repor, Ter
sobrepor, supor, transpor são alguns deles.
presente do indicativo: tenho, tens, tem, temos,
Querer tendes, têm;
presente do indicativo: quero, queres, quer, presente do subjuntivo: tenha, tenhas, tenha,
queremos, quereis, querem; tenhamos, tenhais, tenham;
presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, pretérito imperfeito do indicativo: tinha, tinhas,
queiramos, queirais, queiram; tinha, tínhamos, tínheis, tinham;
pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste, teve,
quis, quisemos, quisestes, quiseram; tivemos, tivestes, tiveram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pretérito mais-que-perfeito do indicativo: tivera,
quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram;
quiseram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: tivesse,
pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem;
quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis,
futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver, tivermos,
quisessem;
tiverdes, tiverem.
futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser,
Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter,
quisermos, quiserdes, quiserem;
entreter, manter, reter.
Saber
Trazer
presente do indicativo: sei, sabes, sabe,
presente do indicativo: trago, trazes, traz,
sabemos, sabeis, sabem;
trazemos, trazeis, trazem;
presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba,
presente do subjuntivo: traga, tragas, traga,
saibamos, saibais, saibam;
tragamos, tragais, tragam;
pretérito perfeito do indicativo: soube, soubeste,
pretérito perfeito do indicativo: trouxe, trouxeste,
soube, soubemos, soubestes, souberam;
trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram;

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LÍNGUA PORTUGUESA
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pessoal refere-se às pessoas do discurso,
trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, dependendo do contexto. Recomenda-se sempre o
trouxéreis, trouxeram; uso da forma pessoal se for necessário dar à frase
maior clareza e ênfase.
futuro do presente: trarei, trarás, trará, etc.;
Usa-se o impessoal:
futuro do pretérito: traria, trarias, traria, etc.;
sem referência a nenhum sujeito: É proibido fumar na
pretérito imperfeito do subjuntivo: trouxesse,
sala;
trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
trouxessem; nas locuções verbais: Devemos avaliar a sua
situação;
futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, trouxer,
trouxermos, trouxerdes, trouxerem. quando o infinitivo exerce função de complemento de
adjetivos: É um problema fácil de solucionar;
Ver
quando o infinitivo possui valor de imperativo - Ele
presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos,
respondeu: "Marchar!"
vedes, vêem;
Usa-se o pessoal:
presente do subjuntivo: veja, vejas, veja,
vejamos, vejais, vejam; quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da
oração principal: Eu não te culpo por saíres daqui;
pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu,
vimos, vistes, viram; quando, por meio de flexão, se quer realçar ou
identificar a pessoa do sujeito: Foi um erro
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vira,
responderes dessa maneira;
viras, vira, víramos, víreis, viram;
quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª
pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, visses,
pessoa do plural): - Escutei baterem à porta.
visse, víssemos, vísseis, vissem;
futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes,
virem.
Exercícios
Seguem esse modelo os derivados antever,
entrever, prever, rever. Prover segue o modelo
acima apenas no presente do indicativo e seus
tempos derivados; nos demais tempos, comporta- 1. A forma correta do verbo submeter-se, na 1a.
se como um verbo regular da segunda conjugação. pessoa do plural do imperativo afirmativo é:

Vir a) submetamo-nos
presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, b) submeta-se
vindes, vêm; c) submete-te
d) submetei-vos
presente do subjuntivo: venha, venhas, venha,
venhamos, venhais, venham; 2. __________ mesmo que és capaz de vencer;
__________ e não __________ .
pretérito imperfeito do indicativo: vinha, vinhas,
vinha, vínhamos, vínheis, vinham; a) Mostra a ti – decide-te – desanime
pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, b) Mostre a ti – decida-te – desanimes
viemos, viestes, vieram; c) Mostra a ti – decida-te – desanimes
d) Mostra a ti – decide-te – desanimes
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: viera,
vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram; 3. Depois que o sol se __________, haverão de
pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, __________ as atividades.
viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem;
a) pôr – suspender
futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, b) por – suspenderem
vierdes, vierem; c) puser – suspender
d) puser – suspenderem
particípio e gerúndio: vindo.
Seguem esse modelo os verbos advir, convir, 4. Não se deixe dominar pela solidão. __________ a
desavir-se, intervir, provir, sobrevir. vida que há nas formas da natureza, __________
atenção à transbordante linguagem das coisas e
O emprego do infinitivo não obedece a regras bem __________ o mundo pelo qual transita distraído.
definidas.
O impessoal é usado em sentido genérico ou a) Descobre – presta – vê
indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, o b) Descubra – presta – vê

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LÍNGUA PORTUGUESA
c) Descubra – preste – veja 12. Se todas as pessoas __________ boas relações
d) Descubra – presta – veja e __________ as amizades, viveriam mais felizes.

5. Se __________ a interferência do Ministro nos a) mantivessem – refizessem


programas de televisão e se ele __________, não b) mantivessem – refazessem
ocorreriam certos abusos. c) mantiverem – refizerem
d) mantessem – refizessem
a) requerêssemos – interviesse
b) requiséssemos – interviesse 13. __________ graves problemas que o
c) requerêssemos – intervisse __________, durante vários anos, no porto, e
d) requizéssemos – interviesse impediram que __________ , em tempo devido, sua
promoção.
6. Se __________ o livro, não __________ com
ele; __________ onde combinamos. a) sobreviram – deteram – requeresse
b) sobreviram – detiveram – requisesse
a) reouveres – fiques – põe-no c) sobrevieram – detiveram – requisesse
b) reouveres – fiques – põe-lo d) sobrevieram – detiveram – requeresse
c) reaveres – fica – ponha-o
d) reaveres fique – ponha-o 14. Eu não __________ a desobediência, embora ela
me _________, portanto, não __________ comigo.
7. Se eles __________ suas razões e __________
suas teses, não os __________ . a) premio – favoreça – contes
b) premio – favorece – conta
a) expuserem – mantiverem – censura c) premio – favoreça – conta
b) expuserem – mantiverem – censures d) premeio – favoreça – contas
c) exporem – manterem – censures
d) exporem – manterem – censura 15. Se ao menos ele __________ a confusão que
aquilo ia dar! Mas não pensou, não se __________, e
8. Se o __________ por perto, __________; ele __________ na briga que não era sua.
__________ o esforço construtivo de qualquer
pessoa. a) prevesse – continha – interveio
b) previsse – conteve – interveio
a) veres – precavenha-se – obstrue c) prevesse – continha – interviu
b) vires – precavém-te – obstrui d) previsse – conteve – interviu
c) veres – acautela-te – obstrui
d) vires – acautela-te – obstrui 16. A locução verbal que constitui voz passiva
analítica é:
9. Se ele se __________ em sua exposição,
__________ bem. Não te __________. a) Vais fazer essa operação?
b) Você teria realizado tal cirurgia?
a) deter – ouça-lhe – precipites c) Realizou-se logo a intervenção.
b) deter – ouve-lhe – precipita d) A operação foi realizada logo.
c) detiver – ouve-o precipita
d) detiver – ouve-o -precipites 17. O seguinte período apresenta uma forma verbal
na voz passiva: “as pessoas comprometidas com a
10. Os habitantes da ilha acreditam que, quando corrupção deveriam ser punidas de forma mais
Jesus __________ e __________ todos em paz, rigorosa”. Qual a alternativa que apresenta a forma
haverá de abençoá-los. verbal ativa correspondente?

a) vier – os ver a) deveria punir


b) vir – os ver b) puniria
c) vier – os vir c) puniriam
d) vier – lhes vir d) deveriam punir

11. Os pais ainda __________ certos princípios, 18. A oração “o alarma tinha sido disparado pelo
mas os filhos já não __________ neles e guarda” está na voz passiva. Assinale a alternativa
__________ de sua orientação. que apresenta a forma verbal ativa correspondente.

a) mantém – crêem – divergem a) disparara


b) mantêem – crêem – divergem b) fora disparado
c) mantêm – crêem – divergem c) tinham disparado
d) mantém – crêem – divirgem d) tinha disparado

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LÍNGUA PORTUGUESA
19. A oração “o engenheiro podia controlar todos os a) ouvíssemos – estaríamos
empregados da estação ferroviária” está na voz b) formos ouvidos – serão evitados
ativa. Assinale a forma verbal passiva c) nos ouvissem – se evitariam
correspondente. d) nos ouvissem – evitariam

a) podiam ser controlados GABARITO:


b) seriam controlados
c) podia ser controlado 1 A / 2 D / 3 C / 4 C / 5 A / 6 A / 7 B / 8 D / 9 D / 10 C
d) controlavam-se / 11 C / 12 A / 13 D / 14 A / 15 B / 16 D / 17 D / 18 D /
19 A / 20 C / 21 D / 22 D / 23 D / 24 C / 25 D
20. Assinale a oração que não tem condições de
ser transformada em passiva.

a) As novelas substituíram os folhetins do passado ARTIGO


b) O diretor reuniu para esta novela um elenco
especial
c) Alguns episódios estão mexendo com as Precede o substantivo para determiná-lo, mantendo
emoções do público com ele relação de concordância. Assim, qualquer
d) O autor extrai alguns detalhes do personagem de expressão ou frase fica substantivada se for
pessoas conhecidas determinada por artigo (O 'conhece-te a ti mesmo' é
conselho sábio). Em certos casos, serve para
* Instruções para as questões subsequentes: assinalar gênero e número (o/a colega, o/os ônibus).
Passe a frase dada, se for ativa, para a voz Os artigos podem ser classificado em:
passiva, e vice-versa. Assinale a alternativa que,
feita a transformação, substitui corretamente a definido - o, a, os, as - um ser claramente
forma verbal grifada, sem que haja mudança de determinado entre outros da mesma espécie;
tempo e modo verbais. indefinido - um, uma, uns, umas - um ser qualquer
entre outros de mesma espécie;
21. Não se faz mais nada como antigamente.
Podem aparecer combinados com preposições
a) é feito (numa, do, à, entre outros).
b) têm feito
c) foi feito Quanto ao emprego do artigo:
d) fazem não é obrigatório seu uso diante da maioria dos
substantivos, podendo ser substituído por outra
22. Saí de lá com a certeza de que os livros me palavra determinante ou nem usado (o rapaz ≠ este
seriam enviados por ele, sem falta, na data rapaz / Lera numa revista que mulher fica mais
marcada. gripada que homem). Nesse sentido, convém omitir o
uso do artigo em provérbios e máximas para manter
a) iria enviar o sentido generalizante (Tempo é dinheiro / Dedico
b) foram enviados esse poema a homem ou a mulher?);
c) enviará
d) enviaria não se deve usar artigo depois de cujo e suas
flexões;
23. Em meio àquele tumulto, ele ia terminando o
complicado trabalho. outro, em sentido determinado, é precedido de artigo;
caso contrário, dispensa-o (Fiquem dois aqui; os
a) foi terminando outros podem ir ≠ Uns estavam atentos; outros
b) foi sendo terminado conversavam);
c) foi terminado não se usa artigo diante de expressões de tratamento
d) ia sendo terminado iniciadas por possessivos, além das formas
abreviadas frei, dom, são, expressões de origem
24. Seria bom que o projeto fosse submetido à estrangeira (Lord, Sir, Madame) e sóror ou sóror;
apreciação da equipe, para que se retificassem
possíveis falhas. é obrigatório o uso do artigo definido entre o numeral
ambos (ambos os dois) e o substantivo a que se
a) submeteram – retifiquem refere (ambos os cônjuges);
b) submeter – retificar
diante do possessivo (função de adjetivo) o uso é
c) submetessem – retificassem
facultativo; mas se o pronome for substantivo, torna-
d) se submetesse – retifiquem
se obrigatório (os [seus] planos foram descobertos,
25. Se fôssemos ouvidos, muitos aborrecimentos mas os meus ainda estão em segredo);
seriam evitados.

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LÍNGUA PORTUGUESA
omite-se o artigo definido antes de nomes de cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro),
parentesco precedidos de possessivo (A moça multiplicativo (dobro, duplo, triplo), fracionário (meio,
deixou a casa a sua tia); metade, terço). Além desses, ainda há os numerais
coletivos (dúzia, par).
antes de nomes próprios personativos, não se deve
utilizar artigo. O seu uso denota familiaridade, por Quanto ao valor, os numerais podem apresentar
isso é geralmente usado antes de apelidos. Os valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem
antropônimos são determinados pelo artigo se acompanhando e modificando um substantivo, terão
usados no plural (os Maias, Os Homeros); valor adjetivo. Já se estiverem substituindo um
substantivo e designando seres, terão valor
geralmente dispensado depois de cheirar a, saber a
substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a chegar.
(= ter gosto a) e similares (cheirar a jasmim / isto
(valor adjetivo) / Ele será o primeiro desta vez. (valor
sabe a vinho);
substantivo)].
não se usa artigo diante das palavras casa (= lar,
Quanto ao emprego:
moradia), terra (= chão firme) e palácio a menos
que essas palavras sejam especificadas (venho de os ordinais como último, penúltimo, antepenúltimo,
casa / venho da casa paterna); respectivos... não possuem cardinais
correspondentes.
na expressão uma hora, significando a primeira
hora, o emprego é facultativo (era perto de / da uma os fracionários têm como forma própria meio, metade
hora). Se for indicar hora exata, à uma hora (como e terço, todas as outras representações de divisão
qualquer expressão adverbial feminina); correspondem aos ordinais ou aos cardinais seguidos
da palavra avos (quarto, décimo, milésimo, quinze
diante de alguns nomes de cidade não se usa
avos);
artigo, a não ser que venham modificados por
adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva designando séculos, reis, papas e capítulos, utiliza-se
(Aracaju, Sergipe, Curitiba, Roma, Atenas); na leitura ordinal até décimo; a partir daí usam-se os
cardinais. (Luís XIV - quatorze, Papa Paulo II -
usa-se artigo definido antes dos nomes de estados
segundo);
brasileiros. Como não se usa artigo nas
denominações geográficas formadas por nomes ou Se o numeral vier antes do substantivo, será
adjetivos, excetuam-se AL, GO, MT, MG, PE, SC, obrigatório o ordinal (XX Bienal - vigésima, IV
SP e SE; Semana de Cultura - quarta);
expressões com palavras repetidas repelem artigo zero e ambos(as) também são numerais cardinais. 14
(gota a gota / face a face); apresenta duas formas por extenso catorze e
quatorze;
não se combina com preposição o artigo que faz
parte de nomes de jornais, revistas e obras a forma milhar é masculina, portanto não existe
literárias, bem como se o artigo introduzir sujeito (li "algumas milhares de pessoas" e sim alguns milhares
em Os Lusíadas / Está na hora de a onça beber de pessoas;
água);
alguns numerais coletivos: grosa (doze dúzias), lustro
depois de todo, emprega-se o artigo para conferir (período de cinco anos), sesquicentenário (150
idéia de totalidade (Toda a sociedade poderá anos);
participar / toda a cidade ≠ toda cidade). "Todos"
um: numeral ou artigo? Nestes casos, a distinção é
exige artigo a não ser que seja substituído por outro
feita pelo contexto.
determinante (todos os familiares / todos estes
familiares); Numeral indicando quantidade e artigo quando se
opõe ao substantivo indicando-o de forma indefinida.
repete-se artigo: a) nas oposições entre pessoas e
coisas (o rico e o pobre) / b) na qualificação Quanto à flexão, varia em gênero e número:
antonímica do mesmo substantivo (o bom e o mau
variam em gênero:
ladrão) / c) na distinção de gênero e número (o
patrão e os operários / o genro e a nora); Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos;
todos os ordinais; os multiplicativos e fracionários,
não se repete artigo: a) quando há sinonímia
quando expressam uma idéia adjetiva em relação ao
indicada pela explicativa ou (a botânica ou fitologia)
substantivo.
/ b) quando adjetivos qualificam o mesmo
substantivo (a clara, persuasiva e discreta variam em número:
exposição dos fatos nos abalou).
Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os
multiplicativos, quando têm função adjetiva; os
fracionários, dependendo do cardinal que os
NUMERAL: antecede.
Numeral é a palavra que indica quantidade, número
de ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se como

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LÍNGUA PORTUGUESA
Os cardinais, quando substantivos, vão para o inferioridade - menos + advérbio + (do) que
plural se terminarem por som vocálico (Tirei dois
Superlativo:
dez e três quatros).
sintético - advérbio + sufixo (-íssimo)
analítico - muito + advérbio.
Bem e mal admitem grau comparativo de
superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais
ADVÉRBIO: bem e mais mal são usadas diante de particípios
adjetivados. (Ele está mais bem informado do que
eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem /
mal (adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo).
É a palavra que modifica o sentido do verbo
(maioria), do adjetivo e do próprio advérbio
(intensidade para essas duas classes). Denota em
si mesma uma circunstância que determina sua
classificação: Quanto ao emprego:
lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures; três advérbios pronominais indefinidos de lugar vão
caindo em desuso: algures, alhures e nenhures,
tempo: breve, cedo, já, agora, outrora,
substituídos por em algum, em outro e em nenhum
imediatamente, ainda;
lugar;
modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria
na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo
dos adv. com sufixo -mente;
diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume valor
negação: não, qual nada, tampouco, superlativo absoluto sintético (cedinho / pertinho). A
absolutamente; repetição de um mesmo advérbio também assume
valor superlativo (saiu cedo, cedo);
dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, porventura,
possivelmente; quando os advérbios terminados em -mente
estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só
intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio,
no último (Falou rápida e pausadamente);
quão, demais, tão;
muito e bastante podem aparecer como advérbio
afirmação: sim, certamente, deveras, com efeito,
(invariável) ou pronome indefinido (variável -
realmente, efetivamente.
determina substantivo);
As palavras onde (de lugar), como (de modo),
otimamente e pessimamente são superlativos
porque (de causa), quanto (classificação variável) e
absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente;
quando (de tempo), usadas em frases interrogativas
diretas ou indiretas, são classificadas como adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis
advérbios interrogativos (queria saber onde todos (terminaram rápido o trabalho / ele falou claro).
dormirão / quando se realizou o concurso).
As palavras denotativas são séries de palavras que
Onde, quando, como, se empregados com se assemelham ao advérbio. A Norma Gramatical
antecedente em orações adjetivas são advérbios Brasileira considera-as apenas como palavras
relativos (estava naquela rua onde passavam os denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10
ônibus / ele chegou na hora quando ela ia falar / classes gramaticais. Classificam-se em função da
não sei o modo como ele foi tratado aqui). idéia que expressam:
As locuções adverbiais são geralmente constituídas adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda
de preposição + substantivo - à direita, à frente, à queria mais);
vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a frente,
afastamento: embora (Foi embora daqui);
de maneira alguma, de manhã, de repente, de vez
em quando, em breve, em mão (em vez de "em afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente
mãos") etc. São classificadas, também, em função (Ainda bem que passei de ano);
da circunstância que expressam.
aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por
Quanto ao grau, apesar de pertencer à categoria volta de etc. (É quase 1h a pé);
das palavras invariáveis, o advérbio pode
designação: eis (Eis nosso carro novo);
apresentar variações de grau comparativo ou
superlativo. exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente,
exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc. (Todos
Comparativo:
saíram, menos ela / Não me descontou sequer um
igualdade - tão + advérbio + quanto real);
superioridade - mais + advérbio + (do) que explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. (Li
vários livros, a saber, os clássicos);

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LÍNGUA PORTUGUESA
inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive trás, atualmente, só se usa em locuções adverbiais e
etc. (Eu também vou / Falta tudo, até água); prepositivas (por trás, para trás por trás de).
limitação: só, somente, unicamente, apenas etc. Quanto à diferença entre pronome pessoal oblíquo,
(Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa); preposição e artigo, deve-se observar que a
preposição liga dois termos, sendo invariável,
realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E
enquanto o pronome oblíquo substitui um
você lá sabe essa questão?);
substantivo. Já o artigo antecede o substantivo,
retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. determinando-o.
(Somos três, ou melhor, quatro);
As preposições podem estabelecer as seguintes
situação: então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, relações: isoladamente, as preposições são palavras
quem perguntaria a ele?). vazias de sentido, se bem que algumas contenham
uma vaga noção de tempo e lugar. Nas frases,
exprimem diversas relações:
PREPOSIÇÃO: autoria - música de Caetano
lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa
É a palavra invariável que liga dois termos tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em uma hora,
entre si, estabelecendo relação de subordinação viajei durante as férias
entre o termo regente e o regido. São antepostos
aos dependentes (objeto indireto, complemento modo ou conformidade - chegar aos gritos, votar
nominal, adjuntos e orações subordinadas). Divide- em branco
se em:
causa - tremer de frio, preso por vadiagem
essenciais (maioria das vezes são preposições): a,
assunto - falar sobre política
ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre,
para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás; fim ou finalidade - vir em socorro, vir para ficar
acidentais (palavras de outras classes que podem instrumento - escrever a lápis, ferir-se com a faca
exercer função de preposição): afora, conforme (=
companhia - sair com amigos / meio - voltar a
de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo,
cavalo, viajar de ônibus
segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por
causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o matéria - anel de prata, pão com farinha
tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça
posse - carro de João
/ Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga /
Vovó dormiu durante a viagem). oposição - Flamengo contra Fluminense
As preposições essenciais regem pronomes conteúdo - copo de (com) vinho
oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais
regem as formas retas dos pronomes pessoais. preço - vender a (por) R$ 300, 00
(Falei sobre ti/Todos, exceto eu, vieram). origem - descender de família humilde
As locuções prepositivas, em geral, são formadas especialidade - formou-se em Medicina
de advérbio (ou locução adverbial) + preposição -
abaixo de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, destino ou direção - ir a Roma, olhe para frente.
ao lado de, apesar de, através de, de acordo com,
em vez de, junto de, perto de, até a, a par de,
devido a. INTERJEIÇÃO:
Observa-se que a última palavra da locução
prepositiva é sempre uma preposição, enquanto a São palavras que expressam estados emocionais do
última palavra de uma locução adverbial nunca é falante, variando de acordo com o contexto
preposição. emocional. Podem expressar:
Quanto ao emprego, as preposições podem ser alegria - ah!, oh!, oba!
usadas em:
advertência - cuidado!, atenção
combinação: preposição + outra palavra sem perda
fonética (ao/aos); afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô!
contração: preposição + outra palavra com perda alívio - ufa!, arre!
fonética (na/àquela); animação - coragem!, avante!, eia!
não se deve contrair de se o termo seguinte for aplauso - bravo!, bis!, mais um!
sujeito (Está na hora de ele falar);
chamamento - alô!, olá!, psit!
a preposição após, pode funcionar como advérbio
(= atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.); desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui!
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LÍNGUA PORTUGUESA
espanto - puxa!, oh!, chi!, ué! finais - a fim de que, para que, que;
impaciência - hum!, hem! proporcionais: à medida que, à proporção que, ao
passo que, quanto mais (+ tanto menos);
silêncio - silêncio!, psiu!, quieto!
integrantes - que, se.
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que
horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo! As conjunções integrantes introduzem as orações
subordinadas substantivas, enquanto as demais
iniciam orações subordinadas adverbiais. Muitas
vezes a função de interligar orações é
desempenhada por locuções conjuntivas, advérbios
CONJUNÇÃO: ou pronomes.

É a palavra que liga orações basicamente, Exercícios


estabelecendo entre elas alguma relação
(subordinação ou coordenação). As conjunções
classificam-se em:
1. A alternativa que apresenta classes de palavras
Coordenativas, aquelas que ligam duas orações
cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio
independentes (coordenadas), ou dois termos que
são:
exercem a mesma função sintática dentro da
oração. Apresentam cinco tipos: a) adjetivo – advérbio – verbo.
aditivas (adição): e, nem, mas também, como b) verbo – interjeição – conjunção.
também, bem como, mas ainda; c) conjunção – numeral – adjetivo.
d) adjetivo – verbo – interjeição.
adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, e) interjeição – advérbio – verbo.
todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não
obstante, apesar disso; 2. Das palavras abaixo, faz plural como
alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, “assombrações”
ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer;
a) perdão.
conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois b) bênção.
(depois do verbo), por conseguinte, por isso; c) alemão.
d) cristão.
explicativas (justificação): - pois (antes do verbo),
e) capitão.
porque, que, porquanto.
Subordinativas - ligam duas orações dependentes, 3. Na oração “Ninguém está perdido se der amor…”,
subordinando uma à outra. Apresentam dez tipos: a palavra grifada pode ser classificada como:
causais: porque, visto que, já que, uma vez que, a) advérbio de modo.
como, desde que; b) conjunção adversativa.
Palavra que liga orações basicamente, c) advérbio de condição.
estabelecendo entre elas alguma relação d) conjunção condicional.
(subordinação ou coordenação). As conjunções e) preposição essencial.
classificam-se em:
4. Marque a frase em que o termo destacado
comparativas: como, (tal) qual, assim como, expressa circunstância de causa:
(tanto) quanto, (mais ou menos +) que;
a) Quase morri de vergonha.
condicionais: se, caso, contanto que, desde que, b) Agi com calma.
salvo se, sem que (= se não), a menos que; c) Os mudos falam com as mãos.
consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): d) Apesar do fracasso, ele insistiu.
que (precedido de tal, tanto, tão etc. - indicadores e) Aquela rua é demasiado estreita.
de intensidade), de modo que, de maneira que, de
sorte que, de maneira que, sem que; 5. “Enquanto punha o motor em movimento.” O verbo
destacado encontra-se no:
conformativas (conformidade, adequação):
conforme, segundo, consoante, como; a) Presente do subjuntivo.
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo.
concessiva: embora, conquanto, posto que, por
c) Presente do indicativo.
muito que, se bem que, ainda que, mesmo que;
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
temporais: quando, enquanto, logo que, desde e) Pretérito imperfeito do indicativo.
que, assim que, mal (= logo que), até que;

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LÍNGUA PORTUGUESA
6. Aponte a opção em que muito é pronome e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-
indefinido: substantivo.

a) O soldado amarelo falava muito bem. 13. A alternativa que possui todos os substantivos
b) Havia muito bichinho ruim. corretamente colocados no plural é:
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão. a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo. b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro.
c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-roupas.
7 . A flexão do número incorreta é: d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas.
a) tabelião – tabeliães. e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor.
b) melão – melões
c) ermitão – ermitões. 14. “…os cipós que se emaranhavam…” . A palavra
d) chão – chãos. sublinhada é:
e) catalão – catalões.
a) conjunção explicativa.
8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, b) conjunção integrante.
identifique-o: c) pronome relativo.
d) advérbio interrogativo.
a) pôr. e) preposição acidental.
b) adequar.
c) copiar. 15. Indique a frase em que o verbo se encontra na 2ª
d) reaver. pessoa do singular do imperativo afirmativo:
e) brigar.
a) Faça o trabalho.
9. A alternativa que não apresenta erro de flexão b) Acabe a lição.
verbal no presente do indicativo é: c) Mande a carta.
d) Dize a verdade.
a) reavejo (reaver). e) Beba água filtrada.
b) precavo (precaver).
c) coloro (colorir). 16. Em “Escrever é alguma coisa extremamente
d) frijo (frigir). forte, mas que pode me trair e me abandonar.”, as
e) fedo (feder). palavras grifadas podem ser classificadas como,
respectivamente:
10. A classe de palavras que é empregada para
exprimir estados emotivos: a) pronome adjetivo – conjunção aditiva.
b) pronome interrogativo – conjunção aditiva.
a) adjetivo. c) pronome substantivo – conjunção alternativa.
b) interjeição. d) pronome adjetivo – conjunção adversativa.
c) preposição. e) pronome interrogativo – conjunção alternativa.
d) conjunção.
e) advérbio. 17. Marque o item em que a análise morfológica da
palavra sublinhada não está correta:
11. Todas as formas abaixo expressam um
tamanho menor que o normal, exceto: a) Ele dirige perigosamente – (advérbio).
b) Nada foi feito para resolver a questão – (pronome
a) saquitel. indefinido).
b) grânulo. c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs –
c) radícula. (verbo).
d) marmita. d) A metade da classe já chegou – (numeral).
e) óvulo. e) Os jovens gostam de cantar música moderna –
(verbo).
12. Em “Tem bocas que murmuram preces…”, a
seqüência morfológica é: 18. Quanto à flexão de grau, o substantivo que difere
dos demais é:
a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-
substantivo. a) viela.
b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo- b) vilarejo.
substantivo. c) ratazana.
c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo- d) ruela.
adjetivo. e) sineta.
d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-
substantivo. 19. Está errada a flexão verbal em:

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LÍNGUA PORTUGUESA
a) Eu intervim no caso. d) pulais.
b) Requeri a pensão alimentícia. e) caibamos.
c) Quando eu ver a nova casa, aviso você
d) Anseio por sua felicidade. 27. A alternativa que apresenta uma flexão incorreta
e) Não pudeste falar. do verbo no imperativo é:

20. Das classes de palavra abaixo, as invariáveis a) dize.


são: b) faz.
c) crede.
a) interjeição – advérbio – pronome possessivo. d) traze.
b) numeral – substantivo – conjunção. e) acudi.
c) artigo – pronome demonstrativo – substantivo.
d) adjetivo – preposição – advérbio. 28. A única forma que não corresponde a um
e) conjunção – interjeição – preposição. particípio é:

21. Todos os verbos abaixo são defectivos, exceto: a) roto.


b) nato.
a) abolir. c) incluso.
b) colorir. d) sepulto.
c) extorquir. e) impoluto.
d) falir.
e) exprimir. 29. Na frase: “Apieda-te qualquer sandeu”, a palavra
sandeu (idiota, imbecil) é um substantivo:
22. O substantivo composto que está
indevidamente escrito no plural é: a) comum, concreto e sobrecomum
b) concreto, simples e comum de dois gêneros.
a) mulas-sem-cabeça. c) simples, abstrato e feminino.
b) cavalos-vapor. d) comum, simples e masculino
c) abaixos-assinados. e) simples, abstrato e masculino.
d) quebra-mares.
e) pães-de-ló. 30. A alternativa em que não há erro de flexão do
verbo é:
23. A alternativa que apresenta um substantivo
invariável e um variável, respectivamente, é: a) Nós hemos de vencer.
b) Deixa que eu coloro este desenho.
a) vírus – revés. c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu carro.
b) fênix – ourives. d) Eu reavi o meu caderno que estava perdido.
c) ananás – gás. e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito tempo!
d) oásis – alferes.
e) faquir – álcool. 31. Em “Imaginou-o, assim caído…” a palavra
destacada, morfologicamente e sintaticamente, é:
24. “Paula mirou-se no espelho das águas”: Esta
oração contém um verbo na voz: a) artigo e adjunto adnominal.
b) artigo e objeto direto.
a) ativa. c) pronome oblíquo e objeto direto.
b) passiva analítica. d) pronome oblíquo e adjunto adnominal.
c) passiva pronominal. e) pronome oblíquo e objeto indireto.
d) reflexiva recíproca.
e) reflexiva. 32. O item em que temos um adjetivo em grau
superlativo absoluto é:
25. O único substantivo que não é sobrecomum é:
a) Está chovendo bastante.
a) verdugo. b) Ele é um bom funcionário.
b) manequim. c) João Brandão é mais dedicado que o vigia.
c) pianista. d) Sou o funcionário mais dedicado da repartição.
d) criança. e) João Brandão foi tremendamente inocente.
e) indivíduo.
33. A alternativa em que o verbo abolir está
26. A alternativa que apresenta um verbo incorretamente flexionado é:
indevidamente flexionado no presente do subjuntivo
é: a) Tu abolirás.
b) Nós aboliremos.
a) vade. c) Aboli vós.
b) valham. d) Eu abolo.
c) meçais. e) Eles aboliram.
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LÍNGUA PORTUGUESA
34. A alternativa em que o verbo “precaver” está simples e para os de sujeito composto. Dessa forma,
corretamente flexionado é: vejamos:

a) Eu precavejo. Casos referentes a sujeito simples


b) Precavê tu. 1) Em caso de sujeito simples, o verbo
c) Que ele precavenha. concorda com o núcleo em número e pessoa: O aluno
d) Eles precavêm. chegou atrasado.
e) Ela precaveu.
2) Nos casos referentes a sujeito
35. A única alternativa em que as palavras são, representado por substantivo coletivo, o verbo
respectivamente, substantivo abstrato, adjetivo permanece na terceira pessoa do singular: A
biforme e preposição acidental é: multidão, apavorada, saiu aos gritos.
Observação:
a) beijo-alegre-durante
b) remédio-inteligente-perante - No caso de o coletivo aparecer seguido de
c) feiúra-lúdico-segundo adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no
d) ar-parco-por singular ou poderá ir para o plural:
e) dor-veloz-consoante
Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
GABARITO 3) Quando o sujeito é representado por
expressões partitivas, representadas por “a maioria
1 A / 2 A / 3 D / 4 A / 5 E / 6 B / 7 E / 8 E / 9 D / 10 B de, a maior parte de, a metade de, uma porção de,
/ 11 D / 12 A / 13 B / 14 C / 15 D / 16 D / 17 C / 18 C entre outras”, o verbo tanto pode concordar com o
/ 19 C / 20 E / 21 E / 22 C / 23 A / 24 E / 25 C / 26 D núcleo dessas expressões quanto com o substantivo
/ 27 B / 28 D / 29 D / 30 E / 31 C / 32 E / 33 D / 34 E que a segue:
/ 35 C
A maioria dos alunos resolveu ficar.
A maioria dos alunos resolveram ficar.
4) No caso de o sujeito ser representado por
expressões aproximativas, representadas por “cerca
de, perto de”, o verbo concor- da com o substantivo
determinado por elas: Cerca de vinte candi- datos se
inscreveram no concurso de piadas.
5) Em casos em que o sujeito é representado
pela expressão “mais de um”, o verbo permanece no
CONCORDÂNCIA VERBAL singular: Mais de um candidato se inscreveu no
concurso de piadas.
Ao falarmos sobre a concordância
verbal, estamos nos re- ferindo à relação de Observação:
dependência estabelecida entre um termo e outro - No caso da referida expressão aparecer
mediante um contexto oracional. Desta feita, os repetida ou associada a um verbo que exprime
agentes principais desse processo são reciprocidade, o verbo, necessariamente, deverá
representados pelo sujeito, que no caso funciona permanecer no plural: Mais de um aluno, mais de um
como subordinante; e o verbo, o qual desempenha professor contribuíram na campanha de doação de
a função de subordinado. alimentos.
Dessa forma, temos que a concordância Mais de um formando se abraçaram
verbal caracteriza-se pela adaptação do verbo, durante as solenidades de formatura.
tendo em vista os quesitos “número e pessoa” em
relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno 6) Quando o sujeito for composto da
chegou atrasado. expressão “um dos que”, o verbo permanecerá no
plural: Esse jogador foi um dos que atua- ram na
Temos que o verbo apresenta-se na terceira Copa América.
pessoa do singular, pois faz referência a um sujeito,
assim também expresso (ele). Como poderíamos 7) Em casos relativos à concordância com
também dizer: os alunos chegaram atrasados. locuções pronominais, representadas por “algum de
nós, qual de vós, quais de vós, alguns de nós”, entre
Temos aí o que podemos chamar de outras, faz-se necessário nos atermos a duas
princípio básico. Con- tudo, a intenção a que se questões básicas:
presta o artigo em evidência é eleger as principais
ocorrências voltadas para os casos de sujeito - No caso de o primeiro pronome estar
expresso no plural, o verbo poderá com ele
concordar, como poderá também concordar com o
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LÍNGUA PORTUGUESA
pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. / - Casos em que o artigo figura no singular ou
Alguns de nós o receberão. em que ele nem aparece, o verbo permanece no
singular: Estados Unidos é uma potência mundial.
- Quando o primeiro pronome da locução
estiver expresso no singular, o verbo permanecerá, Casos referentes a sujeito composto
também, no singular: Algum de nós o receberá.
1) Nos casos relativos a sujeito composto de
8) No caso de o sujeito aparecer pessoas gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para
representado pelo pronome “quem”, o verbo o plural, estando relacionado a dois pressupostos
permanecerá na terceira pessoa do singular ou básicos:
poderá concordar com o antecedente desse
- Quando houver a 1ª pessoa, esta
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade
prevalecerá sobre as demais: Eu, tu e ele faremos
para ela. / Fomos nós quem contamos toda a
um lindo passeio.
verdade para ela.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá
9) Em casos nos quais o sujeito aparece
flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos.
realçado pela palavra “que”, o verbo deverá
concordar com o termo que antecede essa palavra: Tu e ele são primos.
Nesta empresa somos nós que tomamos as
2) Nos casos em que o sujeito composto
decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
aparecer anteposto ao verbo, este permanecerá no
10) No caso de o sujeito aparecer plural: O pai e seus dois filhos compa- receram ao
representado por expressões que indicam evento.
porcentagens, o verbo concordará com o numeral
3) No caso em que o sujeito aparecer
ou com o substantivo a que se refere essa
posposto ao verbo, este poderá concordar com o
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a
núcleo mais próximo ou permanecer no plural:
decisão da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a
Compareceram ao evento o pai e seus dois filhos.
decisão.
Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
Observações:
4) Nos casos relacionados a sujeito simples,
- Caso o verbo aparecer anteposto à porém com mais de um núcleo, o verbo deverá
expressão de porcentagem, esse deverá concordar permanecer no singular: Meu esposo e grande
com o numeral: Aprovaram a decisão da diretoria companheiro merece toda a felicidade do mundo.
50% dos funcionários.
5) Casos relativos a sujeito composto de
- Em casos relativos a 1%, o verbo palavras sinônimas ou ordenado por elementos em
permanecerá no singular: gradação, o verbo poderá permanecer no singular ou
ir para o plural: Minha vitória, minha conquista, minha
1% dos funcionários não aprovou a decisão
premiação são frutos de meu esforço. / Minha vitória,
da diretoria.
minha conquista, minha premiação é fruto de meu
- Em casos em que o numeral estiver esforço.
acompanhado de determinantes no plural, o verbo
CONCORDÂNCIA NOMINAL
permanecerá no plural: Os 50% dos funcionários
apoiaram a decisão da diretoria. Concordância nominal é que o ajuste que
fazemos aos demais termos da oração para que
11) Nos casos em que o sujeito estiver
concordem em gênero e número com o substantivo.
representado por pronomes de tratamento, o verbo
Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o
deverá ser empregado na terceira pessoa do
numeral e o pronome. Além disso, temos também o
singular ou do plural: Vossas Majestades gostaram
verbo, que se flexionará à sua maneira.
das homenagens. Vossa Majestade agradeceu o
convite. Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e
o pronome concordam em gênero e número com o
12) Casos relativos a sujeito representado
substantivo.
por substantivo próprio no plural se encontram
relacionados a alguns aspectos que os determinam: - A pequena criança é uma gracinha.
- Diante de nomes de obras no plural, - O garoto que encontrei era muito gentil e
seguidos do verbo ser, este permanece no singular, simpático.
contanto que o predicativo também esteja no
Casos especiais: Veremos alguns casos que
singular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma
fogem à regra geral mostrada acima.
criação de Machado de Assis.
a) Um adjetivo após vários substantivos
- Nos casos de artigo expresso no plural, o
verbo também permanece no plural: 1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo
vai para o plural ou concorda com o substantivo mais
Os Estados Unidos são uma potência
próximo.
mundial.

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LÍNGUA PORTUGUESA
- Irmão e primo recém-chegado estiveram Pusemos numa e noutra bandeja rasas o
aqui. peixe.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram g) É bom, é necessário, é proibido
aqui.
- Essas expressões não variam se o sujeito
2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai não vier precedido de artigo ou outro determinante.
para o plural masculino ou concorda com o
Canja é bom. / A canja é boa.
substantivo mais próximo.
É necessário sua presença. / É necessária a
- Ela tem pai e mãe louros.
sua presença.
- Ela tem pai e mãe loura.
É proibido entrada de pessoas não
3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai autorizadas. / A entrada é proibida.
obrigatoriamente para o plural.
h) Muito, pouco, caro
- O homem e o menino estavam perdidos.
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
- O homem e sua esposa estiveram
Comi muitas frutas durante a viagem.
hospedados aqui.
Pouco arroz é suficiente para mim.
b) Um adjetivo anteposto a vários
substantivos Os sapatos estavam caros.
1 - Adjetivo anteposto normalmente 2- Como advérbios: são invariáveis. Comi
concorda com o mais próximo. muito durante a viagem.
Comi delicioso almoço e sobremesa. Pouco lutei, por isso perdi a batalha. Comprei
caro os sapatos.
Provei deliciosa fruta e suco.
i) Mesmo, bastante
2 - Adjetivo anteposto funcionando como
predicativo: concorda com o mais próximo ou vai 1- Como advérbios: invariáveis
para o plural.
Preciso mesmo da sua ajuda.
Estavam feridos o pai e os filhos.
Fiquei bastante contente com a proposta de
Estava ferido o pai e os filhos. emprego.
2- Como pronomes: seguem a regra geral.
Seus argumentos foram bastantes para me
convencer.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
Os mesmos argumentos que eu usei, você
1- antecede todos os adjetivos com um
copiou.
artigo. Falava fluentemente a língua inglesa e a
espanhola. j) Menos, alerta
2- coloca o substantivo no plural. - Em todas as ocasiões são invariáveis.
Preciso de menos comida para perder peso. Estamos
Falava fluentemente as línguas inglesa e
alerta para com suas chamadas.
espanhola.
k) Tal Qual
d) Pronomes de tratamento
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual”
- sempre concordam com a 3ª pessoa.
concorda com o consequente.
Vossa Santidade esteve no Brasil.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
Os pais vieram fantasiados tais quais os
- Concordam com o substantivo a que se filhos.
referem.
l) Possível
As cartas estão anexas.
1- Quando vem acompanhado de “mais”,
A bebida está inclusa. Precisamos de “menos”, “melhor”
nomes róprios. Obrigado, disse o rapaz.
ou “pior”, acompanha o artigo que precede as
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) expressões.
- Após essas expressões o substantivo fica A mais possível das alternativas é a que você
sempre no singular e o adjetivo no plural. expôs.
Renato advogou um e outro caso fáceis.

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Os melhores cargos possíveis estão neste No primeiro exemplo, o verbo é transitivo
setor da empresa. direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige
preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo
As piores situações possíveis são
exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a
encontradas nas favelas da cidade.
algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto,
m) Meio a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos
1- Como advérbio: invariável. Estou meio pronomes já especificados.
(um pouco) insegura.
Há duas maneiras de verificar a existência de
2- Como numeral: segue a regra geral. um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome
Comi meia (metade) laranja pela manhã. demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a":
n) Só
1- Colocar um termo masculino no lugar do
1- apenas, somente (advérbio): invariável. termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a
forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Só consegui comprar uma passagem. Veja os exemplos:
2- sozinho (adjetivo): variável. Estiveram Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
sós durante horas.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.
2- Trocar o termo regente acompanhado da
preposição a por outro acompanhado de uma
preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre).
Se essas preposições não se contraírem com o
artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s),
da (s), pela (s),...), não haverá crase. Veja os
exemplos:
- Penso na aluna.
CRASE
- Apaixonei-me pela aluna.
A palavra crase é de origem grega e
significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é - Começou - Cansou de
o nome que se dá à "junção" de duas vogais a brigar. brigar.
idênticas. - Insiste em
brigar.
É de grande importância a crase da - Foi punido
preposição "a" com o artigo feminino "a" (s), com o por brigar.
pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial - Optou por
dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com brigar.
o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita,
utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. Atenção: lembre-se sempre de que não basta
O uso apropriado do acento grave, depende provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a",
da compreensão da fusão das duas vogais. É é preciso provar que existem os dois.
fundamental também, para o entendimento da Casos em que a crase não ocorre
crase, dominar a regência dos verbos e nomes que
exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, Evidentemente, se o termo regido não admitir
portanto, consiste em aprender a verificar a a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá
ocorrência simultânea de uma preposição e um crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO
artigo ou pronome. Observe: ocorre:

Vou a a igreja. - Diante de substantivos masculinos:

Vou à igreja. Andamos a cavalo.

No exemplo acima, temos a ocorrência da Fomos a pé.


preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum Passou a camisa a ferro.
lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está
determinando o substantivo feminino igreja. Fazer o exercício a lápis.
Quando ocorre esse encontro das duas vogais e Compramos os móveis a prazo.
elas se unem, a união delas é indicada pelo acento
grave. Observe os outros exemplos: Assistimos a espetáculos magníficos.
Conheço a aluna. - Diante de verbos no infinitivo:
Refiro-me à aluna. A criança começou a falar.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Ela não tem nada a dizer. Ela disse à irmã o que havia escutado pelos
corredores.
Estavam a correr pelo parque.
Sou grata à população.
Estou disposto a ajudar.
Fumar é prejudicial à saúde.
Continuamos a observar as plantas.
Este aparelho é posterior à invenção do
Voltamos a contemplar o céu.
telefone.
Obs.: como os verbos não admitem
- Diante da palavra "moda", com o sentido de
artigos, constatamos que o "a" dos exemplos
"à moda de" (mesmo que a expressão moda de fique
acima é apenas preposição, logo não ocorrerá
subentendida):
crase.
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
- Diante da maioria dos pronomes e das
expressões de tratamento, com exceção das Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
formas senhora, senhorita e dona:
O menino resolveu vestir-se à (moda de)
Diga a ela que não estarei em casa Fidel Castro.
amanhã.
- Na indicação de horas:
Entreguei a todos os documentos
Acordei às sete horas da manhã.
necessários.
Elas chegaram às dez horas.
Ele fez referência a Vossa Excelência no
discurso de ontem. Foram dormir à meia-noite.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns Ele saiu às duas horas.
minutos.
Obs.: com a preposição "até", a crase será
Mostrarei a vocês nossas propostas de facultativa. Por exemplo:
trabalho.
Dormiram até as/às 14 horas.
Quero informar a algumas pessoas o que
- Em locuções adverbiais, prepositivas e
está acontecendo.
conjuntivas de que participam palavras femininas.
Isso não interessa a nenhum de nós. Por exemplo:
Aonde você pretende ir a esta hora? às à medida
à tarde às pressas
Agradeci a ele, a quem tudo devo. ocultas que
Os poucos casos em que ocorre crase às às
diante dos pronomes podem ser identificados pelo à noite à força
claras escondidas
método explicado anteriormente. Troque a palavra
feminina por uma masculina, caso na nova à vontade à beça à larga à escuta
construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por
exemplo: à
à à exceção
às avessas imitação
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao revelia de
de
mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o às
à esquerda às vezes à chave
ocorrido ao senhor.) turras

Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. à


(Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) à direita à deriva à toa
procura
- Diante de numerais cardinais: à à
Chegou a duzentos o número de feridos. à luz sombra à frente de proporção
de que
Daqui a uma semana começa o
campeonato. à
às
Casos em que a crase sempre ocorre semelhança à beira de
ordens
de
- Diante de palavras femininas:
1. Crase diante de nomes de lugar
Amanhã iremos à festa de aniversário de
minha colega. Alguns nomes de lugar não admitem a
anteposição do artigo "a". Outros, entretanto,
Sempre vamos à praia no verão.
admitem o artigo, de modo que diante deles haverá

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LÍNGUA PORTUGUESA
crase, desde que o termo regente exija a Assisti àquele filme três vezes.
preposição "a".
Espero aquele rapaz.
Para saber se um nome de lugar admite ou
Fiz aquilo que você disse.
não a anteposição do artigo feminino "a", deve-se
substituir o termo regente por um verbo que peça a Comprei aquela caneta.
preposição "de" ou "em".
2. Crase com os Pronomes Relativos A
A ocorrência da contração "da" ou "na" Qual, As Quais
prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por
A ocorrência da crase com os pronomes
isso, haverá crase. Por exemplo:
relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o
Vou à França. (Vim da França. Estou na verbo que rege esses pronomes exigir a preposição
França.) "a", haverá crase.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na É possível detectar a ocorrência da crase
Grécia.) nesses casos, utilizando a substituição do termo
regido feminino por um termo regido masculino. Por
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na
exemplo:
Itália)
A igreja à qual me refiro fica no centro da
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre.
cidade.
Estou em Porto Alegre.)
O monumento ao qual me refiro fica no centro da
Cheguei a Pernambuco. (Vim de cidade.
Pernambuco. Estou em Pernambuco.)
Caso surja a forma ao com a troca do termo,
Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. ocorrerá a crase.
Estou em São Paulo.)
Veja outros exemplos:
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver
São normas às quais todos os alunos devem
especificado, ocorrerá crase. Veja:
obedecer.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Irei à Salvador de Jorge Amado.
Várias alunas às quais ele fez perguntas não
Crase diante dos Pronomes souberam responder nenhuma das questões.
Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo
A sessão à qual assisti estava vazia.
Haverá crase diante desses pronomes
Crase com o Pronome Demonstrativo "a"
sempre que o termo regente exigir a preposição
"a". Por exemplo: A ocorrência da crase com o pronome
demonstrativo "a" também pode ser detectada pela
Refiro-me a aquele atentado. substituição do termo regente feminino por um termo
Preposição Pronome regido masculino. Veja:
Minha revolta é ligada à do meu país.
Refiro-me àquele atentado.
Meu luto é ligado ao do meu país.
O termo regente do exemplo acima é o
verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou As orações são semelhantes às de antes.
alguém) e exige preposição, portanto, ocorre a
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
crase.
Aquela rua é transversal à que vai dar na
Observe este outro exemplo:
minha casa.
Aluguei aquela casa.
Aquele beco é transversal ao que vai dar na
O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar minha casa.
algo) e não exige preposição. Logo, a crase não
Suas perguntas são superiores às dele.
ocorre nesse caso. Veja outros exemplos:
Seus argumentos são superiores aos dele.
Dediquei àquela senhora todo o meu
trabalho. Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Quero agradecer àqueles que me Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu
pai.
Não obedecerei àquele sujeito.

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LÍNGUA PORTUGUESA
• ávido de, por;
• conforme a;
• constante de, em;
• constituído com, de, por;
• contemporâneo a, de;
• contente com, de, em, por;
• cruel com, para;
• curioso de;
• desgostoso com, de;
• desprezo a, de, por;
• devoção a, por, para, com;
• devoto a, de;
• dúvida em, sobre, acerca de;
• empenho de, em, por;
• falta a, com, para;
• imbuído de, em;
• imune a, de;
• inclinação a, para, por;
• incompatível com;
• junto a, de;
• preferível a;
• propenso a, para;
REGÊNCIA NOMINAL • próximo a, de;
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, • respeito a, com, de, por, para;
por regência nominal, exigir complementação para • situado a, em, entre;
seu sentido precedida de preposição.
• último a, de, em;
Segue uma lista de palavras e as
preposições exigidas. Merecem atenção especial as • único a, em, entre, sobre.
palavras que exigirem preposição A, por serem REGÊNCIA VERBAL
passíveis de emprego de crase.
Dá-se quando o termo regente é um verbo e
• acostumado a, com; este se liga a seu complemento por uma preposição
• afável com, para; ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da
transitividade verbal.
• afeiçoado a, por;
A preposição, quando exigida, nem sempre
• aflito com, por; aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser
• alheio a, de; empregada antes do verbo, bastando para isso
inverter a ordem dos elementos da frase (Na rua dos
• ambicioso de; Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela
• amizade a, por, com; deve ser empregada antes do verbo, o que acontece
nas orações iniciadas pelos pronomes relativos (O
• amor a, por; ideal a que aspira é nobre).
• ansioso de, para, por;  alguns verbos e seu comportamento:
• apaixonado de, por; ACONSELHAR (TD e I)
• apto a, para; Aconselho-o a tomar o ônibus cedo.
• atencioso com, para; Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo.
• aversão a, por; AGRADAR

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LÍNGUA PORTUGUESA
* no sentido de acariciar ou contentar (pede obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI
objeto direto - não tem preposição). seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
Agrado minhas filhas o dia inteiro. ATENDER
Para agradar o pai, ficou em casa naquele * Atender pode ser TD ou TI, com a
dia. preposição a.
* no sentido de ser agradável, satisfazer Atenderam o meu pedido prontamente.
(pede objeto indireto - tem preposição "a").
Atenderam ao meu pedido prontamente.
As medidas econômicas do Presidente
No sentido de deferir ou receber (em algum
nunca agradam ao povo.
lugar) pede objeto direto
AGRADECER
No sentido de tomar em consideração,
* TD e I, com a preposição A. O objeto prestar atenção pede objeto indireto com a
direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a preposição a.
pessoa.
Se o complemento for um pronomes pessoal
Agradecer-lhe-ei os presentes. referente a pessoa, só se emprega a forma objetiva
direta (O diretor atendeu os interessados ou aos
Agradeceu o presente ao seu namorado.
interessados / O diretor atendeu-os)
AGUARDAR (TD ou TI)
CERTIFICAR (TD e I)
Eles aguardavam o espetáculo.
Admite duas construções: Quem certifica,
Eles aguardavam pelo espetáculo. certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica
alguém de algo.
ASPIRAR
Observa-se a obrigatoriedade do uso de
* No sentido sorver, absorver (pede objeto crase, quando o OI for um substantivo feminino (que
direto - não tem preposição). exija o artigo)
Aspiro o ar fresco de Rio de Contas. Certifico-o de sua posse.
* No sentido de almejar, objetivar (pede Certifico-lhe que seria empossado.
objeto indireto - tem preposição "a").
Certificamo-nos de seu êxito no concurso.
Ele aspira à carreira de jogador de futebol.
Certificou o escrivão do desaparecimento dos
Não admite a utilização do complemento autos.
lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas.
Também observa-se a obrigatoriedade do uso de CHAMAR
crase, quando for TI seguido de substantivo
* TD, quando significar convocar.
feminino (que exija o artigo)
Chamei todos os sócios, para participarem da
ASSISTIR
reunião.
* No sentido de ver ou ter direito (TI -
* TI, com a preposição POR, quando
preposição A).
significar invocar.
Assistimos a um bom filme.
Chamei por você insistentemente, mas não
Assiste ao trabalhador o descanso semanal me ouviu.
remunerado.
* TD e I, com a preposição A, quando
* No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD significar repreender.
ou TI - com a preposição A)
Chamei o menino à atenção, pois estava
Minha família sempre assistiu o Lar dos conversando durante a aula.
Velhinhos.
Chamei-o à atenção.
Minha família sempre assistiu ao Lar dos
A expressão "chamar a atenção de alguém"
Velhinhos.
não significa repreender, e sim fazer se notado (O
* No sentido de morar é intransitivo, mas cartaz chamava a atenção de todos que por ali
exige preposição EM. passavam)
Aspirando a um cargo público, ele vai * Pode ser TD ou TI, com a preposição A,
assistir em Brasília. quando significar dar qualidade. A qualidade
(predicativo do objeto) pode vir precedida da
Não admite a utilização do complemento preposição DE, ou não.
lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se a ele,
a ela, a eles, a elas. Também observa-se a Chamaram-no irresponsável.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Chamaram-no de irresponsável. Custa a algumas pessoas permanecer em
silêncio.
Chamaram-lhe irresponsável.
* no sentido de causar transtorno, dar
Chamaram-lhe de irresponsável.
trabalho será intransitivo, com a preposição A.
CHEGAR, IR (Intransitivo)
Sua irresponsabilidade custou sofrimento a
Aparentemente eles têm complemento, pois toda a família.
quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega
* no sentido de ter preço será transitivo
de. Porém a indicação de lugar é circunstância
direto.
(adjunto adverbial de lugar), e não
complementação. Estes sapatos custaram R$ 50,00.
Esses verbos exigem a preposição A, na DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)
indicação de destino, e DE, na indicação de
Desfrutei os bens de meu pai.
procedência.
Pagam o preço do progresso aqueles que
Quando houver a necessidade da
menos o desfrutam.
preposição A, seguida de um substantivo feminino
(que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vou à Bahia) ENSINAR - TD e I
* no emprego mais freqüente, usam a Ensinei-o a falar português.
preposição A e não EM.
Ensinei-lhe o idioma inglês.
Cheguei tarde à escola.
ESQUECER, LEMBRAR
Foi ao escritório de mau humor.
* quando acompanhados de pronomes, são
* se houver idéia de permanência, o verbo ir TI e constroem-se com DE.
segue-se da preposição PARA.
Ela se lembrou do namorado distante. Você
Se for eleito, ele irá para Brasília. se esqueceu da caneta no bolso do paletó.
* quando indicam meio de transporte no * constroem-se sem preposição (TD), se
qual se chega ou se vai, então exigem EM. desacompanhados de pronome.
Cheguei no ônibus da empresa. Você esqueceu a caneta no bolso do paletó.
Ela lembrou o namorado distante.
A delegação irá no vôo 300.
FALTAR, RESTAR E BASTAR
COGITAR
* Podem ser intransitivos ou TI, com a
* Pode ser TD ou TI, com a preposição EM,
preposição A.
ou com a preposição DE.
Muitos alunos faltaram hoje.
Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.
Três homens faltaram ao trabalho hoje.
Hei de cogitar no caso.
Resta aos vestibulandos estudar bastante.
O diretor cogitou de demitir-se.
IMPLICAR
COMPARECER (Intransitivo)
* TD e I com a preposição EM, quando
Compareceram na sessão de cinema.
significar envolver alguém.
Compareceram à sessão de cinema.
Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
COMUNICAR (TD e I)
* TD, quando significar fazer supor, dar a
* Admite duas construções alternando algo entender; produzir como conseqüência, acarretar.
e alguém entre OD e OI.
Os precedentes daquele juiz implicam grande
Comunico-lhe meu sucesso. honestidade.
Comunico meu sucesso a todos. Suas palavras implicam denúncia contra o
deputado.
CUSTAR
* TI com a preposição COM, quando
* No sentido de ser difícil será TI, com a
significar antipatizar.
preposição A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo
que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto Não sei por que o professor implica comigo.
indireto.
Emprega-se preferentemente sem a
Custou-me acreditar em Hipocárpio. preposição EM (Magistério implica sacrifícios)
INFORMAR (TD e I)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Admite duas construções: Quem informa, * TI, com a preposição A, quando significar
informa algo a alguém ou Quem informa, informa dar início ou realizar.
alguém de algo.
Os fiscais procederam à prova com atraso.
Informei-o de que suas férias terminou.
Procedemos à feitura das provas.
Informei-lhe que suas férias terminou.
* TI, com a preposição DE, quando significar
MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE derivar-se, originar-se ou provir.
(Intransitivo)
O mau-humor de Pedro procede da
* Seguidos da preposição EM e não com a educação que recebeu.
preposição A, como muitas vezes acontece.
Esta madeira procede do Paraná.
Moro em Londrina.
* Intransitivo, quando significar conduzir-se
Resido no Jardim Petrópolis. ou ter fundamento.
Minha casa situa-se na rua Cassiano. Suas palavras não procedem!
NAMORAR (TD) Aquele funcionário procedeu honestamente.
Ela namorava o filho do delegado. QUERER
O mendigo namorava a torta que estava * No sentido de desejar, ter a intenção ou
sobre a mesa. vontade de, tencionar (TD).
OBEDECER, DESOBEDECER (TI) Quero meu livro de volta.
Devemos obedecer às normas. / Por que Sempre quis seu bem.
não obedeces aos teus pais?
* No sentido de querer bem, estimar (TI -
 Verbos TI que admitem formação preposição A).
de voz passiva:
Maria quer demais a seu namorado.
PAGAR, PERDOAR
Queria-lhe mais do que à própria vida.
São TD e I, com a preposição A. O objeto
RENUNCIAR
direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a
pessoa. * Pode ser TD ou TI, com a preposição A.
Paguei a conta ao Banco. Ele renunciou o encargo.
Perdôo os erros ao amigo. Ele renunciou ao encargo.
As construções de voz passiva com esses RESPONDER
verbos são comuns na fala, mas agramaticais
* TI, com a preposição A, quando possuir
PEDIR (TD e I) apenas um complemento.
* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto Respondi ao bilhete imediatamente.
é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.
Respondeu ao professor com desdém.
Pediram-lhe perdão.
Nesse caso, não aceita construção de voz
Pediu perdão a Deus. passiva.
PRECISAR * TD com OD para expressar a resposta
(respondeu o quê?)
* No sentido de tornar preciso (pede objeto
direto). Ele apenas respondeu isso e saiu.
O mecânico precisou o motor do carro. REVIDAR (TI)
* No sentido de ter necessidade (pede a Ele revidou ao ataque instintivamente.
preposição de).
SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)
Preciso de bom digitador.
* Com a preposição COM. Não são
PREFERIR (TD e I) pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem
antipatizar-se.
* Não se deve usar mais, muito mais, antes,
mil vezes, nem que ou do que. Sempre simpatizei com Eleodora, mas
antipatizo com o irmão dela.
Preferia um bom vinho a uma cerveja.
SOBRESSAIR (TI)
PROCEDER

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LÍNGUA PORTUGUESA
* Com a preposição EM. Não é pronominal, Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier,
portanto não existe sobressair-se. eu intervim, ele interveio, eles provieram.
Quando estava no colegial, sobressaía em ter e seus derivados.
todas as matérias.
Forma popular: quando eu obter, se eu
VISAR mantesse, ele deteu.
* no sentido de ter em vista, objetivar (TI - Forma padrão: quando eu obtiver, se eu
preposição A) mantivesse, ele deteve.
Não visamos a qualquer lucro. pôr e seus derivados.
A educação visa ao progresso do povo. Forma popular: quando eu compor, se eu
disposse, eles disporam.
* No sentido de apontar arma ou dar visto
(TD) Forma padrão: quando eu compuser, se eu
dispusesse, eles dispuseram.
Ele visava a cabeça da cobra com cuidado.
reaver.
Ele visava os contratos um a um.
Forma popular: eu reavi, eles reaveram, ela
Se TI não admite a utilização do
reavê.
complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele (a/s)
Forma padrão: eu reouve, eles reouveram,
São estes os principais verbos que, quando
ela reouve.
TI, não aceitam LHE/LHES como complemento,
estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar,
assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
Avisar, advertir, certificar, cientificar,
comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar,
prevenir são TD e I, admitindo duas construções:
Quem informa, informa algo a alguém ou Quem
informa, informa alguém de algo.
ANOTAÇÕES
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa
do singular, acompanhados do pronome se, não __________________________________________
admitem plural. É que, neste caso, o se indica
__________________________________________
sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na
terceira pessoa do singular. (Precisa-se de novas __________________________________________
esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)
__________________________________________
* Verbos que podem ser usados como TD
__________________________________________
ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de),
acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder __________________________________________
(a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em),
__________________________________________
consentir (em), deparar (com), desdenhar (de),
gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar __________________________________________
(de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar
__________________________________________
(sobre) - lista de Pasquale e Ulisses.
__________________________________________
 as variáveis na conjugação de
alguns verbos: __________________________________________
Existem algumas variáveis na conjugação __________________________________________
de alguns verbos. Os lingüistas chamam os desvios __________________________________________
de variáveis, enquanto os gramáticos tratam-nos
como erros. __________________________________________
verbo ver e derivados. __________________________________________
Forma popular: se eu ver, se eu rever, se __________________________________________
eu revesse. __________________________________________
Forma padrão: se eu vir, se eu revir, se eu __________________________________________
revisse.
__________________________________________
verbo vir e derivados.
__________________________________________
Forma popular: se eu vir, seu eu intervir,
eu intervi, ele interviu, eles proviram. __________________________________________

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LÍNGUA PORTUGUESA
teve orgulho do pai. A expressão “do pai”
complementa o sentido de “orgulho”.

O agente da passiva sempre está acompanhado de


duas preposições, “por” e “de”. Se o verbo estiver na
voz passiva, o agente será aquele que praticará a
ação do verbo. Veja: O pássaro foi capturado pelos
agentes. A expressão “pelos agentes” é o agente da
passiva.
A análise sintática "serve" para examinar o
texto, as suas estruturas e os elementos que o Acessórios
compõem.
Já os termos que são acessórios na oração
A análise sintática "serve" para examinar o texto, as caracterizam algo. O adjunto adnominal, por
suas estruturas e os elementos que o compõem. O exemplo, especifica o substantivo. Não há uma regra
texto é composto por orações e períodos. A oração específica, pode ser artigos, locuções, pronomes,
é uma frase que possui verbo, enquanto o período adjetivos e mais. Exemplo: Seu olhar singelo é lindo.
é o conjunto de orações. Exemplo: O termo “singelo” é o adjunto adnominal. Veja outro
exemplo: O passeio de barco me cansou. A
- A menina caiu da bicicleta quando fez a curva. expressão “de barco” é um adjunto adnominal.

Nesse exemplo há duas orações porque há dois Por outro lado, o adjunto adverbial funciona como
verbos (“cair” e “fazer”). Entenda que, cada termo advérbio dentro da oração. Logo, vamos rever os
da oração tem uma função específica e é isso que a tipos de advérbios: afirmação, negação, intensidade,
análise sintática tem como objetivo, determinar dúvida, tempo, companhia, causa, finalidade, lugar,
essa função. E esses termos podem ser meio e assunto. Exemplo: Isso está muito difícil! O
classificados como essenciais, integrantes e termo “muito” é um adjunto adverbial.
acessórios.
E o aposto explica um termo na oração. Exemplo: A
 Essenciais: sujeito e predicado. Carol, menina sapeca, entrou na escola. A expressão
“menina sapeca” está explicando quem é a Carol. A
 Integrantes: objeto direto e objeto indireto, expressão é o aposto da oração.
complemento nominal e agente da passiva.
Coordenação e Subordinação
 Acessórios: adjunto adnominal, adjunto
adverbial e aposto. Dentro da análise sintática, os períodos podem ser
classificados em: composto por coordenação,
Essenciais e integrantes subordinação ou coordenação e subordinação. O
período de coordenação é composto por orações que
Observe a frase: são autônomas, independentes entre si, mas que
juntas complementam o sentido da frase. Exemplo:
 A menina pegou a bola. Eu dormi e sonhei com você. Observe que ambas as
orações são independentes, isto é, fazem sentido se
“A menina” é o sujeito e “pegou a bola” é o fossem separadas.
predicado. O verbo é o “pegar” que é classificado
como transitivo direto e “a bola” é o complemento Já o período composto por subordinação apresenta
do verbo, o objeto direto. Uma forma de determinar orações que são dependentes entre si, são
a classificação dos objetos é perguntando ao verbo. subordinadas. Veja: O bolo que ela fez ainda deixava
Veja: quem pega, pega alguma coisa. Quando a lembranças. As duas orações não podem ser
pergunta não necessita de uma preposição, o verbo separadas.
é transitivo direto. Observe a diferença nessa frase:
E ainda há o período composto por coordenação e
 Eu preciso de você. subordinação que, nada mais é, a junção dos dois.
Exemplo: O juiz entrou na quadra e permitiu que o
O verbo precisar é transitivo indireto. Faça a jogo começasse. Há três orações. As duas primeiras
pergunta: quem precisa, precisa “de” alguém. O são coordenadas e a terceira é subordinada.
termo “de” é uma preposição, logo, a expressão “de
você” é um objeto indireto. Existem 5 tipos de classificações para orações
coordenadas:
O complemento nominal serve para complementar
um termo que não seja verbo dentro da oração.  Oração coordenada aditiva: acresce uma
Diferentemente do objeto indireto, o complemento informação. Ex: Eu dormi e sonhei.
nominal completa um substantivo, adjetivo e
advérbio e não um verbo. Por exemplo: A menina

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LÍNGUA PORTUGUESA
 Oração coordenada adversativa: apresenta  Oração subordinada adverbial temporal:
um contraste. Ex: Eu passei no vestibular, expressa tempo. Ex: Chorei por você
mas não sei se é isso que quero. quando foi embora.

 Oração coordenada alternativa: apresenta  Oração subordinada adverbial proporcional:


alternância. Ex: Ora você gosta de mim, indica proporção. Ex: Fui amolecendo à
ora você some. medida que percebi que te amava.

 Oração coordenada conclusiva: conclui a  Oração subordinada adverbial conformativa:


ideia. Ex: Não gosto daqui. Portanto, expressa conformidade. Ex: Fiz o que você
pedirei a minha demissão. pediu conforme as regras.

 Oração coordenada explicativa: tem como


objetivo explicar. Ex: Você está errado
porque tenho provas.

Já no período de subordinação há duas categorias:


orações subordinadas adjetivas (função de adjetivo)
e orações subordinadas adverbiais (função de
advérbio).

Orações subordinadas adjetivas

Orações subordinadas adjetivas podem ser duas:


restritivas e explicativas. As restritivas limitam o que
a frase quer dizer. Exemplo: Se não fosse pela
mulher que me ajudou, não teria conseguido. O
sentido da “mulher” é único, não é generalizado, é
específico, é uma mulher X. Já nas orações
explicativas, o sentido é mais abrangente: O
homem, um ser racional, busca ser melhor em
todos os campos da vida. A expressão “um ser
racional” está entre vírgulas e, portanto, está
generalizando todos os homens não apenas um.

Orações subordinadas adverbiais

Podem ter 9 classificações:

 Oração subordinada adverbial causal:


expressa causa. Ex: Não posso opinar,
uma vez que não tenho direito.

 Oração subordinada adverbial concessiva:


indica permissão. Ex: Você pode fazer isso,
mesmo que não tenha experiência.

 Oração subordinada adverbial condicional:


expressa condição. Ex: Se você conseguir,
ganhará uma recompensa.

 Oração subordinada adverbial comparativa:


indica uma comparação. Ex: Os olhos azuis
são bonitos como o do pai.

 Oração subordinada adverbial consecutiva:


relação de causa e consequência. Ex:
Acordei tão atrasado que não consegui
entrar na faculdade.

 Oração subordinada adverbial final: indica


uma finalidade. Ex: Eu fiz isso para subir na
vida.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos: Bahia, Ana e Tietê.
Concreto – é a palavra que dá nome aos
elementos concretos, de existência real ou
imaginária.
MORFOLOGIA Exemplos: casa, fada e pessoa.
O Que É Morfologia? Coletivo – é a palavra que dá nome ao grupo
Morfologia é a parte da gramática que de elementos da mesma espécie.
estuda as palavras de acordo com a classe Exemplos: acervo (conjunto de obras de
gramatical a que ela pertence. Quando nos arte), cardume (conjunto de peixes) e resma
referimos às classes gramaticais, logo sabemos (conjunto de papéis).
que se refere à dez classes, que são: substantivos,
artigos, pronomes, verbos, adjetivos, conjunções, Abstrato – é a palavra que dá nome a ações,
interjeições, preposições, advérbios e numerais. estados, qualidades e sentimentos.
Classes Gramaticais ou Classes de Exemplos: trabalho, alegria, altura e amor.
Palavras ARTIGOS
Uma Classe Gramatical ou Classe de É a palavra que antecede os substantivos e
Palavra é o nome dado ao grupo que classifica varia em gênero e número, bem como o determina
uma palavra de acordo com sua estrutura sintática (artigo definido) ou o generaliza (artigo
e morfológica. Veja quais são: indefinido).
SUBSTANTIVOS São artigos definidos: o, a (no singular) e
É a palavra que dá nome aos objetos, aos os, as (no plural)
lugares, às ações, aos seres em geral, entre outros São artigos indefinidos: um, uma (no
e varia em gênero (masculino e feminino), número singular) e uns, umas (no plural)
(singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
ADJETIVOS
Quanto à formação, o substantivo pode
ser: É a palavra que caracteriza, atribui
qualidades aos substantivos e varia em gênero,
Primitivo – é o nome que não deriva de número e grau.
outra palavra da língua portuguesa. Exemplos:
casa, pedra e jornal. Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
Derivado – é o nome que deriva de outra Primitivo – é o adjetivo que dá origem a
palavra da língua portuguesa. outros adjetivos.
Exemplos: casarão, pedreira e jornaleiro Exemplos: alegre, bom e fiel.
(palavras derivadas dos exemplos acima,
Derivado – é o adjetivo que deriva de
respetivamente). substantivos ou verbos.
Simples – é o nome formado por apenas
Exemplos: alegria e bondade (palavras
um radical. Radical é o elemento que é a base do derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e
significado das palavras.
escritor (palavra derivada do verbo escrever).
Exemplos: casa, flor e gira, cujos radicais Simples – é o adjetivo formado por apenas
são respetivamente: cas, flor e gir.
um radical.
Composto – é o nome formado por mais do Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos
que um radical.
radicais são respetivamente: alt, estud e honest.
Exemplos: couve-flor, girassol e Composto – é o adjetivo formado por mais do
passatempo, cujos radicais são respetivamente:
que um radical.
couv e flor, gir e sol e pass e temp.
Exemplos: superinteressante, surdo-mudo e
Quanto ao elemento que nomeia, o
verde-claro, cujos radicais são respetivamente: super
substantivo pode ser:
e interessant, surd e mud e verd e clar.
Comum – é a palavra que dá nome aos
Há também os Adjetivos Pátrios, que
elementos da mesma espécie, de forma genérica. caracterizam os substantivos de acordo com o seu
Exemplos: cidade, pessoa e rio. local de origem e as Locuções Adjetivas, que são o
conjunto de palavras que tem valor de adjetivo.
Próprio – é a palavra que dá nome aos
elementos de forma específica, por isso, são Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro,
sempre grafados com letra maiúscula. carioca e sergipano.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo VERBO
(=angelical), de mãe (=maternal) e de face (=facial).
É a palavra que exprime ação, estado,
NUMERAL mudança de estado, fenômeno da natureza e varia
em pessoa (primeira, segunda e terceira), número
É a palavra que indica a posição ou o
(singular e plural), tempo (presente, passado e
número de elementos.
futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e
Os numerais classificam-se em: voz (ativa, passiva e reflexiva).
Cardinais – é a forma básica dos números, Exemplos:
utilizada na sua contagem.
O time adversário marcou gol. (ação)
Exemplos: um, dois e vinte.
Estou tão feliz hoje! (estado)
Ordinais – é a forma dos números que
De repente ficou triste (mudança de
indica a posição de um elemento numa série.
estado)
Exemplos: segundo, quarto e trigésimo.
Trovejava sem parar. (fenômeno da
Fracionários – é a forma dos números que natureza)
indica a divisão das proporções.
ADVÉRBIO
Exemplos: meio, metade e um terço.
É a palavra que modifica o verbo, o
Coletivos – é a forma dos números que adjetivo ou outro advérbio, exprimindo
indica um conjunto de elementos. circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre
outros.
Exemplos: uma dúzia (conjunto de doze),
semestre (conjunto de seis) e centena (conjunto de Os advérbios classificam-se em:
cem).
Modo – Exemplos: assim, devagar e grande
Multiplicativos – é a forma dos números parte das palavras terminadas em “-mente”.
que indica multiplicação.
Intensidade – Exemplos: demais, menos e
Exemplos: dobro, duplo e sêxtuplo. tão.
PRONOME Lugar – Exemplos: adiante, lá e fora.
É a palavra que substitui ou acompanha Tempo – Exemplos: ainda, já e sempre.
o substantivo, indicando a relação das
Negação – Exemplos: não, jamais e
pessoas do discurso e varia em gênero, número e
tampouco.
pessoa.
Afirmação – Exemplos: certamente, certo e
Os pronomes classificam-se em:
sim.
Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito
Dúvida – acaso, quiçá e talvez.
da oração): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e
Caso oblíquo (quando são complemento da PREPOSIÇÃO
oração): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe,
É a palavra que liga dois elementos da
se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as
oração.
lhes, se, si, consigo.
As preposições classificam-se em:
Tratamento – Alguns exemplos: Você,
Senhor e Vossa Excelência. Essenciais – têm somente função de
preposição.
Possessivos – meu, teu, seu, nosso,
vosso, seu e respetivas flexões. Exemplos: a, desde e para.
Demonstrativos – este, esse, aquele e Acidentais – não têm propriamente a função
respetivas flexões, isto, isso, aquilo. de preposição, mas podem funcionar como tal.
Exemplos: como, durante e exceto.
Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja,
quanto e respetivas flexões, quem, que, onde. Há também as Locuções Prepositivas, que
são o conjunto de palavras que tem valor de
Indefinidos – algum, alguma, nenhum,
preposição.
nenhuma, muito, muita, pouco, pouca, todo, toda,
outro, outra, certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, Exemplos: apesar de, em vez de e junto de.
quanto, quanta, qualquer, qual, um, uma e
CONJUNÇÃO
respetivas flexões e quem, alguém, ninguém, tudo,
nada, outrem, algo, cada. É a palavra que liga duas orações.
Interrogativos – qual, quais, quanto,
quanta, quantas, quem, que.

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LÍNGUA PORTUGUESA
As conjunções classificam-se em: Espanto – Caramba!, Oh!, Xi!,
COORDENATIVAS: Contrariedade – Credo!, Droga!, Porcaria!
Aditivas (e, nem), Há também as Locuções Interjetivas, que
são o conjunto de palavras que tem valor de
Adversativas (contudo, mas),
conjunção. Exemplos: Cai fora!, Muito obrigada!,
Alternativas (ou…ou, seja…seja), Volta aqui!
Conclusivas (logo, portanto) e A ANÁLISE MORFOLÓGICA
Explicativas(assim, porquanto). As palavras da língua portuguesa podem ser
analisadas/classificadas de duas formas :
SUBORDINATIVAS:
Separadamente, palavra por palavra, mesmo
Integrantes (que, se),
fazendo parte de uma oração.
Causais (porque, como),
De acordo com a função da palavra dentro da
Comparativas (que, como), oração.
Concessivas (embora, posto que), Falamos da análise morfológica e da
análise sintática de uma oração.
Condicionais (caso, salvo se),
O que é análise morfológica?
Conformativas (como, segundo),
Já aprendemos que a Morfologia é a parte
Consecutivas (que, de maneira que), da gramática que estuda as palavras de acordo com
Temporais (antes que, logo que), a classe gramatical a que ela pertence.
Finais (a fim de que, para que) e Estas são as classificações que as palavras
recebem sozinhas, fora das frases/orações. Quando
Proporcionais (ao passo que, quanto analisamos/classificamos separadamente estas
mais). palavras é que temos a sua análise morfológica.
Há também as Locuções Conjuntivas, Observem a oração abaixo :
que são o conjunto de palavras que tem valor de
conjunção. Exemplos: contanto que, logo que e Os meninos da rua treze estavam atônitos
visto que. com a beleza da nova moradora.
INTERJEIÇÃO Análise morfológica:
É a palavra que exprime emoções e Os - artigo
sentimentos. meninos – substantivo
As interjeições podem ser classificadas da – preposição
em:
rua- substantivo
Advertência – Calma!, Devagar!, Sentido!
treze– numeral
Saudação – Alô!, Oi!, Tchau!
estavam – verbo
Ajuda – Ei!, Ô!, Socorro!
atônitos–adjetivo
Afugentamento – Fora!, Sai! Xô!
com – preposição
Alegria – Eba!, Uhu! Viva!
a– artigo
Tristeza – Oh!, Que pena!, Ui!
beleza-substantivo
Medo – Credo!, Cruzes!, Jesus!
da– preposição
Alívio – Arre!, Uf!, Ufa!
nova – adjetivo
Animação – Coragem!, Força!, Vamos!
moradora – substantivo
Aprovação – Bis!, Bravo!, Isso!
Fica a dica : Sempre que lhe for proposto a
Desaprovação – Chega!, Francamente! análise morfológica de uma oração, pense nas
Livra!, palavras sozinhas, analisadas uma a uma, como se
fosse a única. E lembre-se das famosas 10(dez)
Concordância –Certo!, Claro!, Ótimo! classes gramaticais
Desejo – Oxalá!, Quisera!, Tomara!
Desculpa – Desculpa!, Opa!, Perdão!
Dúvida – Hã?, Hum?, Ué!
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LÍNGUA PORTUGUESA
SINTAXE - Ano passado: quando a ação foi realizada.
A Sintaxe é uma das partes da Gramática Para que possamos realizar a análise
na qual são estudadas as disposições das palavras sintática dos enunciados da língua é necessário
nas orações, nos períodos, bem como a relação explicitar as estruturas, as relações e as funções dos
lógica estabelecida entre elas. elementos que os constituem.
Podemos considerar a Gramática como
sendo o conjunto das regras que determinam as
diferentes possibilidades de associação das
palavras de uma língua para a formação de
enunciados concretos. A Sintaxe própria de cada
língua impede que sejam realizadas combinações
aleatórias entre as palavras.
Embora sejam bem distintas entre si, todas
as línguas, além de possuírem um léxico composto
por milhares de palavras, possuem também um
conjunto de regras as quais determinam a forma
como as palavras podem se relacionar para formar
enunciados concretos.
Sendo assim, a Sintaxe organiza a
estrutura das unidades linguísticas, os
sintagmas, que se combinam em sentenças. Para
que o falante de uma língua possa interagir
verbalmente com outros, ele organiza as
sentenças linguísticas para que possa transmitir um
significado completo e, assim, ser compreendido.
Funções e Relações Sintáticas
O enunciado se encaixa em uma
organização/estruturação específica prevista na
língua. Essa organização é sempre regulada pela
Sintaxe, a qual define as sequências possíveis no
interior dessas estruturas.
Vejamos agora quais são os tipos de
relações e de funções sintáticas da nossa língua:
Funções sintáticas
Consiste na função específica de cada
elemento na sentença ao se relacionar com outros
elementos que também compõem o enunciado.
Leia o exemplo:
 João vendeu um baú antigo ano
passado.
- João: sujeito do verbo 'vender'.
- Um: adjunto adnominal.
- Um baú antigo: objeto direto de 'vendeu'.
Relações sintáticas
Consiste nas relações estabelecidas entre
as palavras que definem as estruturas possíveis
na Sintaxe das línguas.
Leia o exemplo:
 João vendeu um baú antigo ano
passado.
- João: agente da ação expressa pelo verbo
'vender';

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MATEMÁTICA

CARGO: COZINHEIRA – PREFEITURA DE ALTAMIRA/PA 2019


MATEMÁTICA
1. Conjuntos Numéricos:................................................................................................................................. 2

Naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais .................................................................................................. 2

2. Operações com os conjuntos numéricos:................................................................................................. 4

Adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação ................................................................. 4

3. Equação e inequação do 1º grau ................................................................................................................ 10

4. Equação do 2º grau...................................................................................................................................... 14

5. Fatoração ...................................................................................................................................................... 16

6. Porcentagem ................................................................................................................................................ 18

7. Juros simples e compostos ........................................................................................................................ 22

8. Descontos..................................................................................................................................................... 24

9. Relações e Funções..................................................................................................................................... 26

10. Área, perímetro, volume e densidade ...................................................................................................... 27

11. Área das figuras planas............................................................................................................................. 29

12. Sistema decimal de medidas .................................................................................................................... 30

13. Razões e proporções ................................................................................................................................. 32

14. Raciocínio Lógico ...................................................................................................................................... 33

15. Expressões Numéricas.............................................................................................................................. 34

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MATEMÁTICA

NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS,


IRRACIONAIS E REAIS
CONJUNTOS NUMÉRICOS (N, Z, Q E R)
A noção de conjunto numérico é bastante
simples e fundamental na Matemática. A partir dos
conceitos sobre conjuntos podemos expressar
todos os conceitos matemáticos.
Um conjunto nada mais é do que uma
coleção qualquer de objetos. Por exemplo: Conjunto dos números racionais (Q)
1. conjunto das estações do ano: E = Com a necessidade de descrever partes de
{Primavera, Verão, Outono, Inverno} algo inteiro, surgiram as frações. Quando
adicionamos as frações aos números inteiros,
2. conjunto dos números primos: B = obtemos os números racionais. São exemplos
{2, 3, 5, 7, 11, 13, ...} números racionais:
Cada item dentro de um conjunto é um Q={−1,−25,43,5,...}
elemento desse conjunto.
Formalmente, um número racional é todo
A ideia dos conjuntos numéricos segue uma aquele que pode ser escrito na forma de uma fração.
ordem de acordo com a história da Matemática. Ou Assim,
seja, à medida que a matemática avançou, foi
necessário a criação de novos conceitos e, com Q={x/x=ab,a∈Z,b∈Z,b≠0}
isso, foram surgindo vários conjuntos de números. Observe que todo número inteiro é racional,
Conjunto dos números naturais (N) mas nem todo número racional é inteiro. Por
exemplo, -1 é inteiro e é racional, mas 43 é racional e
N={0,1,2,3,4,5,6,...} não é inteiro. Assim, o conjunto dos números inteiros
O número zero é o primeiro elemento desse está contido no conjunto dos números racionais:
conjunto. O sucessor de cada número nesse
conjunto é igual à soma dele mesmo com uma
unidade, ou seja, o sucessor de 3 será 4 pois 3 + 1
= 4.
Para representar o conjunto dos números
naturais não-nulos (ou seja, diferentes de zero),
deve-se colocar um * ao lado do símbolo:
N∗={1,2,3,4,5,6,...}
Conjunto dos números inteiros (Z)
Em determinada época da história, se fez
necessário a criação de números que
representassem “perdas”, ou “dívidas”. Surgiram,
assim, os números negativos. Esses números Conjunto dos números irracionais (IR)
negativos, junto com os números naturais, formam O conjunto dos números irracionais é
o conjunto dos números inteiros: composto por todos os números que não são
Z={...,−3,−2,−1,0,1,2,3,...} possíveis de se descrever como uma fração. É o
caso das raízes não exatas, como 2–√, 3–√, 5–√, e
Nesse conjunto, para cada número há o do número π, do logaritmo neperiano, o número de
seu oposto, ou seu simétrico, por exemplo, 3 e -3 ouro ϕ (fi), por exemplo.
são opostos ou simétricos.
Este conjunto não está contido em nenhum
Veja que todo número natural é inteiro, mas dos outros três, ou seja, nenhum número irracional é
nem todo número inteiro é natural. Dizemos que o racional, inteiro ou natural e nenhum número natural,
conjunto dos números naturais está contido no inteiro ou racional é irracional.
conjunto dos números inteiros.

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MATEMÁTICA
ANOTAÇÕES
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
Conjunto dos números reais (R) __________________________________________
Da reunião do conjunto dos números __________________________________________
racionais com os números irracionais obtemos o
conjunto dos números reais. Podemos dizer que o __________________________________________
conjunto dos números reais é formado por todos os __________________________________________
números que podem ser localizados em uma reta
numérica. __________________________________________
Assim, todo número que é irracional é real, __________________________________________
assim como os naturais, inteiros e racionais. __________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
Existem ainda conjuntos maiores, que __________________________________________
englobam todos vistos até aqui. Um exemplo é o
conjunto dos números complexos. São números __________________________________________
que possuem uma parte real e uma arte imaginária, __________________________________________
chamada de “i”. São números da forma a+bi, onde
a é a parte real e b é a parte imaginária. __________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
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MATEMÁTICA
Portanto, 0 + 5 + 8 = 13. Como o resultado
ultrapassou o valor 9, preencheremos o campo de
resultado somente com o o dígito direito do
resultado obtido (neste caso, o número 3). O dígito
1 será incluído acima da coluna imediatamente à
esquerda da coluna calculada.
ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO,
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO,
POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO
A adição (soma)
A adição é uma das quatro operações
básicas da álgebra. Consiste em combinar dois
números (chamados de termos, somandos ou Na segunda coluna, os valores a serem
parcelas) em um único número, a soma. Para se somados incluem o número 1 colocado acima desta
adicionar mais números, basta repetir a operação. coluna. Portanto, 1 + 5 + 6 + 2 = 14. O mesmo
Em termos mais simples, podemos pensar na procedimento é utilizado até calcularmos todas as
operação de adição quando nosso desejo é juntar colunas, obtendo-se assim a soma desejada.
coisas que estão separadas.
Adição de Números Inteiros
Em um colégio, existem 3 turmas. A
primeira turma tem 14 alunos, a segunda tem 19
alunos e a terceira tem 15 alunos. Quantos alunos
o colégio possui?
Para determinarmos a quantidade de Com este resultado, sabemos que o valor
alunos que o colégio possui, basta juntarmos os total recebido por Leonardo é R$ 31,43.
alunos de todas as turmas. Isto é: somar a Adição de Números Fracionários
quantidade de alunos de cada turma. Podemos definir as frações como partes de
14 + 19 + 15 = 48
um todo. Por exemplo, teremos de uma pizza se
Portanto, existem 48 alunos neste colégio. dividirmos esta pizza em 8 pedaços iguais e
tomarmos 3 destas partes. Também definimos a
Adição de Números Decimais fração como o resultado da divisão de dois
Em seu aniversário de 7 anos, Leonardo
números. Por exemplo, a fração é o resultado da
recebeu presentes em dinheiro. Seu pai lhe deu
divisão de 3 por 8.
R$ 15,50, sua mãe R$ 7,65 e seu irmão R$ 8,28.
Qual o valor total recebido por Leonardo? Para somar frações que tenham o mesmo
denominador, basta somar seus numeradores,
Para calcularmos o valor total recebido por como no exemplo abaixo:
Leonardo, basta somarmos todos os valores
recebidos.
Para realizar a adição de números
decimais, as parcelas são dispostas de modo que No caso de frações com denominadores
se tenha vírgula sobre vírgula. diferentes, devemos seguir alguns passos. Para
entendermos este processo, calcularemos a
seguinte soma de frações:

1.º Passo: Encontrar um número que seja


A soma é feita por colunas, da direita para múltiplo de todos os denominadores (para isto,
a esquerda. Caso a soma da coluna ultrapasse o podemos utilizar o M.M.C., que será detalhado em
valor 9 (nove), somente preencheremos o campo outro tópico). Este número será o novo
de resultado com o dígito direito do resultado denominador.
obtido. Os dígitos restantes ficarão acima da
coluna imediatamente à esquerda da coluna Podemos utilizar, neste exemplo, o número
somada. No caso da coluna somada ser a última, 30 como múltiplo de todos os denominadores.
todos os dígitos poderão ser incluídos no campo 2.º Passo: Representar todas as frações da
de resultado. adição com este mesmo denominador. Para
representar cada fração com este novo
Neste exemplo, a primeira coluna a ser
denominador, basta dividirmos este novo
somada tem os seguintes valores: 0, 5 e 8.

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MATEMÁTICA
denominador pelo numerador da fração, e então Para calcularmos o valor restante, basta
multiplicar o resultado obtido pelo numerador subtrairmos o valor gasto do valor inicial.
desta mesma fração, obtendo assim o novo Para realizar a subtração de números
numerador desta fração. decimais, as parcelas são dispostas de modo que
Nas frações de nosso exemplo as contas se tenha vírgula sobre vírgula.
são: 30 ÷ 3 × 7 = 70, 30 ÷ 2 × 4 = 60 e 30 ÷ 5 × 4 =
24. Portanto, temos:

A subtração é feita por colunas, da direita


para a esquerda, onde devemos retirar do dígito do
Apenas simplificando, temos: minuendo o dígito do subtraendo. Caso o dígito do
minuendo seja menor do que o dígito do
subtraendo, devemos retirar uma unidade do dígito
do minuendo imediatamente à esquerda do dígito
Propriedades Importantes da Adição que está sendo calculado, e somar 10 (dez) ao
Comutatividade: A ordem das parcelas dígito do minuendo do cálculo atual.
não altera o resultado final da operação. Assim, se Neste exemplo, a primeira coluna a ser
x + y = z, logo y + x = z. subtraída apresenta os seguintes valores: 0 (dígito
Associatividade: O agrupamento das do minuendo) e 3 (dígito do subtraendo). Como o
parcelas não altera o resultado. Assim, se (x + y) + dígito do minuendo é menor que o dígito do
z = w, logo x + (y + z) = w. subtraendo, precisamos retirar 1 (um) do dígito do
Elemento Neutro: A parcela 0 (zero) não minuendo à esquerda (neste caso, o dígito 5). Após
altera o resultado das demais parcelas. O zero é isto, devemos somar 10 (dez) ao dígito do minuendo
chamado "elemento neutro" da adição. Assim, se x do cálculo atual. Portanto, o dígito 5 passa a valer 4,
+ y = z, logo x + y + 0 = z. e o dígito 0 passa a valer 10. Veja abaixo como
ficou a subtração após o cálculo da primeira coluna:
Fechamento: A soma de dois números
naturais será sempre um número natural.
Anulação: A soma de qualquer número e
o seu oposto é zero. Exemplo: 2 + (-2) = 0.
A subtração
A subtração pode ser considerada como o O mesmo procedimento é utilizado até
oposto da adição. Pensamos em subtração calcularmos todas as colunas, obtendo-se assim a
quando queremos tirar um valor de outro, para subtração desejada.
saber quanto restará. Por exemplo, temos:
a-b=c
Nesta subtração, temos que: a é o
minuendo, b é o subtraendo e c é a diferença
(ou resto).
Subtração de Números Inteiros Com este resultado, sabemos que Marta
Um carteiro, de nome Francisco, deve voltou para casa com R$ 12,27.
entregar 100 correspondências por dia. Se em Subtração de Números Fracionários
determinado dia, até seu almoço, Francisco Para subtrair frações que tenham o mesmo
entregar 63 correspondências, quantas ele deverá denominador, basta subtrair seus numeradores,
entregar após o almoço para atingir sua meta? como no exemplo abaixo:
Para determinarmos a quantidade de
correspondências que devem ser entregues após
o almoço, devemos subtrair o número de
correspondências já entregues. Ou seja, subtrair No caso de frações com denominadores
63 de 100: diferentes, devemos seguir alguns passos. Para
100 - 63 = 37 entendermos este processo, calcularemos a
seguinte subtração de frações:
Portanto, Francisco deverá entregar 37
correspondências após o almoço.
Subtração de Números Decimais
Marta foi à feira e levou R$ 43,50. Durante 1.º Passo: Encontrar um número que seja
suas compras, Marta gastou 31,23. Com quanto múltiplo de todos os denominadores (para isto,
dinheiro Marta voltou para casa? podemos utilizar o M.M.C., que será detalhado em

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MATEMÁTICA
outro tópico). Este número será o novo Para determinarmos quantas horas de
denominador. treinamento Patrícia realiza em um ano, devemos
Podemos utilizar, neste exemplo, o multiplicar a quantidade de horas de treinamento em
número 30 como múltiplo de todos os um mês (15) pela quantidade de meses em um ano
denominadores. (12).
2.º Passo: Representar todas as frações Temos, portanto, a seguinte multiplicação a
da subtração com este mesmo denominador. Para ser realizada: 15 × 12.
representar cada fração com este novo Para realizarmos a multiplicação, montamos
denominador, basta dividirmos este novo a conta da seguinte maneira:
denominador pelo numerador da fração, e então
multiplicar o resultado obtido pelo numerador
desta mesma fração, obtendo assim o novo
numerador desta fração. Da direita para esquerda, devemos
Nas frações de nosso exemplo as contas multiplicar cada dígito do segundo fator por todos os
são: 30 ÷ 15 × 13 = 26 e 30 ÷ 2 × 1 = 15. Portanto, dígitos do primeiro fator.
temos: A disposição do resultado se dará da direita
para a esquerda, iniciando-se abaixo do dígito do
segundo fator que está sendo calculado.

Propriedades Importantes da Subtração Caso a multiplicação de dois dígitos


ultrapasse o valor 9 (nove), somente
3) Elemento Neutro: A parcela 0 (zero) preencheremos o campo de resultado com o dígito
não altera o resultado das demais parcelas. O zero direito do resultado obtido. Os dígitos restantes
é chamado "elemento neutro" da adição. Assim, x ficarão acima do dígito do primeiro fator,
- 0 = x, y - 0 = y e x - 0 - y = x - y. imediatamente à esquerda do dígito calculado. No
4) Fechamento: A diferença de dois caso do dígito da esquerda do primeiro fator, todos
números naturais será sempre um número natural. os dígitos poderão ser incluídos no campo de
resultado.
5) Anulação: Quando o minuendo é igual
ao subtraendo, a diferença será 0 (zero). Exemplo: Neste exemplo, temos a seguinte
2 - 2 = 0. multiplicação: 2 × 5 = 10. Portanto, o 0 (zero) fica
abaixo do 2, e o 1 fica acima do dígito 1 do primeiro
A multiplicação
fator.
Em sua forma mais simples, a
multiplicação nada mais é do que uma simples
forma de se somar uma quantidade finita de
números iguais. Na multiplicação cada número é
chamado de fator, e o resultado da multiplicação é
chamado de produto.
Quando o dígito do primeiro fator estiver
A multiplicação pode ser escrita de
sendo multiplicado e tiver herdado um número
diversas formas, todas elas equivalentes: 3 × 4 = 3
acima, será feita a multiplicação normalmente, e
. 4 = 3 * 4.
após isto será somado o valor que estiver acima
Multiplicação de Números Inteiros deste dígito, conforme mostra o exemplo abaixo,
A multiplicação de números inteiros pode onde 2 × 1 + 1 = 3
ser considerada como uma soma de parcelas POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO
iguais. Por exemplo:
Neste capitulo abordaremos o cálculo de
4 × 3 = 3 + 3 + 3 + 3 = 12 números sob a forma de potencias.
O número 3 apareceu 4 vezes. Portanto, 4 Com a evoluçao tecnologica este tipo de
vezes 3 é igual a 12. Da mesma forma temos: calculos está praticamente reservado ao uso de
3 × 4 = 4 + 4 + 4 = 12 calculadoras cientificas; mas nao se deixe levar por
esta tendencia só vai limitar seus conhecimentos.
Neste caso, o número 4 apareceu 3 vezes.
Então, 3 vezes 4 é igual a 12. Vamos supor que se esquece da calculadora
ou que o calculo é tão grande que precisa saber
Problema: Sabemos que Patrícia treina
analisar os seus resultados continuamente ou ainda
natação durante 45 horas a cada mês. Quantas
que o seu exercicio parte da analise de um grafico de
horas Patrícia treina durante um ano?
uma potencia e que precisa chegar a função
potencia.

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MATEMÁTICA

POTENCIAÇÃO Quando o índice da raiz, n, é omitido; então é


assumido como índice daquela raiz o valor 2. Ou seja
Regras Potenciação (Potencias).
n = 2.
Conforme se espera; toda a raiz deve ter um
Radiciação
resultado real x, onde a correspondência entre estes
é expressa abaixo.

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MATEMÁTICA

Regras Radiciação (Raizes).


Multiplicação de Potencia da mesma base
Definições e Demonstrações: (no caso base -3): O produto de potencia da mesma
base é a potencia com a mesma base cujo expoente
Raiz de 1 quociente e quociente de 2
é a soma dos expoentes dos factores.
raizes: o quociente de 2 radicais do mesmo indice,
é o radical do mesmo indice cujo o radicando é
quociente dos radicandos do divisor e do dividendo.
Divisão de potencias com a mesma base
(base -2): O quociente de potencias com a mesma
base é uma potencia com a mesma base e cujo o
expoente é a diferença entre os expoentes do
Raiz de 1 Raiz: A raiz de indice n da raiz dividendo e do divisor.
de indice p de um certo numero e a raiz de indice
n.p desse numero.

Potencia de expoente fraccionário:


Reciprocamente todo o radical é convertivel
Raiz de 1 produto e produto de 1 raiz: A em potencia de expoente fraccionário.
raiz de um produto e igual ao produto das raizes do
mesmo indice.

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MATEMÁTICA
Potencia de uma potencia: A potencia de ANOTAÇÕES
uma potencia éoutra potência com a base da 1ª e
__________________________________________
expoente igual ao produto dos expoentes.
__________________________________________
__________________________________________
Inversamente/o: Qualquer coefiente ou __________________________________________
factor de um radical pode passar pode passar para
factor do seu radicando desde que se multiplique o __________________________________________
seu expoente pelo indice do radical. __________________________________________
Os Exercicios seguintes 1., 2. e 3. são os __________________________________________
mais importantes para a manipulação fluente de
potencias e raizes, verifique com atenção a __________________________________________
simplicidade das operações: __________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
O proximo exercicio vem demonstrar o
porquê das operaçoes entre coeficientes (o nº __________________________________________
fora da raiz) e radicando (o nº dentro da raiz) são __________________________________________
possiveis.
__________________________________________
Quando o indice da raiz for igual ao
expoente do radicando, o radicando com expoente __________________________________________
= ao indice da raiz passa a coeficiente dessa __________________________________________
mesma raiz.
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
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MATEMÁTICA
Exemplo: x + 1 = x + 2, temos uma variável,
o x, e não duas, não é a quantidade que levamos em
conta.
EQUAÇÃO DO 1º GRAU (PRIMEIRO GRAU)
Forma normal de uma equação
Equação do primeiro grau é nada mais do
Uma equação está na forma normal quando
que uma igualdade entre as expressões, que as
todos os seus termos estão no primeiro membro
transformam em uma identidade numérica, para um
reduzido e ordenado segundo as potências
ou para mais valores atribuídos as suas variáveis.
decrescentes de cada variável.
Definição de uma equação do primeiro
Exemplos:
grau
 5x – 20 = 0
É toda sentença aberta, redutível e
equivalente a ax + b = 0, com a ∈ R* e b ∈ R. Ou seja, todos os termos estão antes da
Ou seja, a e b são números que pertencem igualdade (1º membro).
ao conjuntos dos números reais (R), com a Classificação de uma equação do 1º grau
diferente de zero e x representa uma variável que (primeiro grau)
não conhecemos (incógnita).
As equações algébricas podem ser racionais
A incógnita é o valor que precisamos achar e irracionais.
para encontrar a solução para a equação. A
variável que não conhecemos (incógnita) Racionais: quando a variável não tem
costumamos representá-la na equação pelas letras nenhum expoente fracionário, ou seja, quando a
x, y, z. Numa equação do primeiro grau o expoente incógnita não está sob um radical. Caso contrário,
da incógnita é sempre 1. são ditas irracionais.

Exemplo: Exemplo:

 5+x=8  2x – 16 = 0 (racional)

Essa equação se transforma numa 


identidade, fazendo:
As equações racionais classificam-se em
 x=3 ⇒ 5+x=8⇒ 5+3=8 inteiras e fracionarias. São inteiras se todos os
⇒ 8 = 8 temos uma identidade. expoentes das incógnitas são números inteiros e
positivos. Caso contrário, se existir uma incógnita no
A letra x na equação é denominada a denominador ou, com expoente inteiro e negativo, a
variável da equação ou incógnita, enquanto que o equação se diz fracionária.
número 3 é chamado de solução da equação,
conjunto verdade ou raiz. Exemplo:
Na equação acima o que está antes da 2x – 16 = 0 (racional inteira)
igualdade é chamado de primeiro membro, e o que
está do lado direito é chamado de segundo membro
da equação.
Exemplo: Equações equivalentes

 3x – 12 = 7+x Duas ou mais equações são equivalentes


quando admitem as mesmas soluções ou mesmos
1° membro 2° membro conjuntos verdade.
Tipos de equações Exemplo:
As equações podem ter uma ou mais  3x – 9 = 0 ⇒ admites 3 como
incógnitas ou variáveis, como queira chamar: solução (ou raiz)
Exemplos:  4 + x = 7 ⇒ admite 3 como solução
 4 + 2x = 11 + 3x (uma incógnita ou (ou raiz)
uma variável, a variável x) Então podemos dizer que estas equações
 y – 1 = 6x + 13 – 4y (duas são equivalentes.
incógnitas ou duas variáveis, x e y) Equações numéricas
 8x – 3 + y = 4 + 5z – 2 (três É a equação que não tem nenhuma outra
incógnitas ou três variáveis, x,y, e z) letra diferente a não ser a das incógnitas.
Observação: não importa se a variável Exemplo:
apareceu várias vezes, o que conta é quantas
variáveis tem na equação.  x – 5 = -2x + 22

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MATEMÁTICA
Equações literais
Toda equação que contém outra letra, além
das que representam as variáveis.
Exemplo:
3ax – 5 = ax + 4 (variável x)
Equações possíveis e determinadas
São as equações que admitem um número
finito de soluções que, neste caso, por ser uma
equação do 1º grau só admite uma única solução. Dessa forma o valor da variável x que torna a
Exemplo: equação verdadeira é -1⁄2.
x – 2(x + 1) = -3 (admite somente o número Vamos ver outro exemplo.
1 como solução) Exemplo: Encontrar o valor de x para a
S = V = {1} conjunto unitário (conjunto que equação -5x = -5
possui somente um elemento) Existe duas formas de responder essa
Equações possíveis e indeterminadas equação, multiplicando os dois lados por -1 para
tornar toda a equação positiva ou manter o sinal e
Equações que admitem infinitas soluções, lembrar que durante a divisão de dois números
ou seja, um número infinito de soluções. Também negativos o sinal muda para positivo. Veja:
denominada de identidades. Seu conjunto verdade
é representado pelos números reais.
V = S = R (conjunto de todos os números
reais)
Exemplo:
5x – 2y = 105 (admite infinitas soluções)
Equações impossíveis
São todas as equações que não admitem
soluções. Seu conjunto solução é o conjunto vazio
Exemplo:
Atenção: a multiplicação por -1 só deve
x + 2 = x + 3 ⇒ x – x = -2 + 3 ⇒ 0 = 1 acontecer quando os dois lados são negativos, caso
Não forma uma igualdade. contrário não terá efeito agradável.

Conjunto solução ou conjunto verdade: V = INEQUAÇÃO DO PRIMEIRO GRAU


S = {} = Ø = vazio Quando estudamos equações do 1º grau
Como resolver uma equação de primeiro lidamos com igualdades, ou seja, expressões em que
grau? precisamos encontrar um valor para a variável em
questão. Porém, quando tratamos de uma
Para resolver uma equação do primeiro inequação a nossa expressão conterá, ao invés do
grau deve-se levar em consideração que ao sinal de igual (=), outros sinais que determinarão uma
mudarmos as variáveis (incógnitas) e os valores relação de ordem entre os seus elementos.
numéricos de posição na equação, a igualdade Geralmente, o conjunto solução de inequações será
deve continuar sendo verdadeira. definido no conjunto dos números Reais. Abaixo as
Também devemos ficar atento com o sinal desigualdades e relações de ordem de números
de cada variável ou valor numérico, pois para que a Reais:
igualdade continue valendo devemos inverter o Se x≥y, dizemos que x é maior ou igual a y;
sinal ao mudar de lado na equação apenas quando
se trata de uma adição ou subtração. Se x>y, então x é maior do que y;

Dessa forma, uma multiplicação passa para Se x≠y, dizemos que x é diferente de y.
o outro lado dividindo, uma divisão passa Agora, algumas propriedades a respeito das
multiplicando, uma subtração passa somando e desigualdades:
uma soma passa subtraindo. Veja:
Reflexiva: x≥x
Exemplo: Encontrar o valor de x na
equação 3x + 2 = x + 1 Antissimétrica: x≥y e y≥x⇒x=y
Transitiva: x≥y e y≥z⇒x≥z

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MATEMÁTICA
Compatibilidade com a Adição: x≥124
x≥y⇒x+z≥y+z
x≥3
Compatibilidade com a Multiplicação:
Escrevendo então o conjunto solução desta
x≥y e z≥0⇒xz≥yz
equação nas três possíveis representações temos:
Exemplo 1) Tomemos agora x, y, z e w,
S={x∈R:x≥3}
quaisquer números Reais e vamos descobrir se há
uma relação de ordem entre eles dados x≤y e z≤w. S=[3,+∞[
Pela compatibilidade com a adição
podemos dizer que:
x≤y⇒x+z≤y+z
z≤w⇒y+z≤y+w
Agora, pela propriedade transitiva temos: Estudando sinais de inequações
x+z≤y+zy+z≤y+w}⇒x+z≤y+w Estudar sinais de inequações permite saber
Concluindo: todas as possibilidades para determinar o valor de
variáveis em uma expressão. Veja os exemplos
x≤yz≤w}⇒x+z≤y+w abaixo:
Resolvendo equações do primeiro grau Exemplo 4) Vamos estudar o sinal da
Exemplo 2) Vamos resolver a equação: expressão x-4. Note que esta expressão não está
3x+4<x−8, inicialmente solucionamos como uma definida em uma igualdade ou desigualdade.
equação do primeiro grau comum, isolando as Podemos dizer então que existem três possibilidades,
variáveis conservando a regra de sinais: são elas:

3x−x<−4−8 ⎧⎩⎨x−4>0⇒x>4x−4<0⇒x<4x−4=0⇒x=4

2x<−12 Escolhendo valores maiores, menores ou


iguais a 4, vemos que o seu sinal sofrerá mudanças à
x<−122 medida que variarmos o valor de x. Supondo que
x<−6 escolha um valor de x que seja menor do que 4, por
exemplo, 3. Pela expressão teríamos:
Sendo assim, o conjunto solução da
equação será: x−4⇒3−4=−1

S={x∈R:x<−6} Então, para qualquer valor menor do que


quatro, o resultado da expressão será sempre um
A solução também pode ser escrita na número negativo. Agora um valor maior que 4, pode
notação de intervalos reais ou representado na reta ser o 5:
real como:
x−4⇒5−4=1
Qualquer valor maior do que 4 a expressão
resultará sempre em um número positivo. E se o
valor de x fosse 4, teríamos o zero:
x−4⇒4−4=0
S=]−∞,−6[ Por fim, se analisarmos o resultado obtido
Exemplo 3) Agora, note a solução da pelo nosso estudo de sinal na reta real, chegaríamos
equação 3x+4≤7x−8: à seguinte representação:
3x−7x≤−4−8
−4x≤−12
Perceba que neste ponto, ambos os lados
da desigualdade estão negativos.
Convenientemente, podemos trocar o sinal de
O que significa que qualquer valor à direita
ambos os lados da igualdade multiplicando toda a
da reta sempre nos retornaria um valor positivo, à
expressão por (-1). Mas, numa desigualdade,
esquerda valores negativos e quando x for 4 a
quando invertemos o sinal de toda a expressão,
expressão será igual a zero.
também invertemos a desigualdade, o que nos leva
a: Exemplo 5) Existem algumas inequações
onde, para obtermos uma solução, é necessário
4x≥12

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MATEMÁTICA
estudar o comportamento do sinal. Vamos ANOTAÇÕES
solucionar a inequação 3x+1x−5>0:
__________________________________________
Como esta inequação está na forma de
__________________________________________
uma fração, devemos inicialmente estudar o sinal
dos dois termos separadamente assim como __________________________________________
fizemos no exemplo 4 e depois comparar as
__________________________________________
análises com a inequação completa:
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
Como a nossa inequação originalmente era
3x+1x−5>0 vemos que após o estudo do sinal, __________________________________________
nossa solução não estará entre −13 e 5, pois neste
__________________________________________
intervalo qualquer valor de x terá valor negativo.
Substituindo o valor de x na equação original por __________________________________________
−13 temos:
__________________________________________
3⋅(−13)+1−13−5=0−13−5=0
__________________________________________
A nossa inequação originalmente dizia quer
__________________________________________
o valor da expressão deve ser maior do que zero,
logo −13 não estará contido no nosso conjunto __________________________________________
solução. Vamos agora substituir por 5:
__________________________________________
3⋅(5)+15−5=160=∃
__________________________________________
Então, 5 também não estará contido no __________________________________________
intervalo do conjunto solução. Por fim, a solução
para esta equação será: __________________________________________
S={x∈R:x<−13 ou x>5} __________________________________________
S=]−∞,−13[∪]5,+∞[ __________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
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MATEMÁTICA
para isto somaremos o quadrado de b/2a a ambos os
membros da equação para obter:

EQUAÇÕES DE 2º GRAU x² + (b/a) x + (b/2a)² = -c/a + (b/2a)²

Equações algébricas são equações nas Simplificando ambos os lados da equação,


quais a incógnita x está sujeita a operações obteremos:
algébricas como: adição, subtração, multiplicação,
[x+(b/2a)]2 = (b² - 4ac) / 4a²
divisão e radiciação.
Exemplos: Notação: Usaremos a notação R[x] para
representar a raiz quadrada de x>0. R[5]
1. a x + b = 0 representará a raiz quadrada de 5. Esta notação está
2. a x² + bx + c = 0 sendo introduzida aqui para fazer com que a página
seja carregada mais rapidamente, pois a linguagem
3. a x4 + b x² + c = 0 HTML ainda não permite apresentar notações
Uma equação algébrica está em sua forma matemáticas na Internet de uma forma fácil.
canônica, quando ela pode ser escrita como: Extraindo a raiz quadrada de cada membro
n
ao x + a 1 x n-1 1
+ ... + an-1 x + an = 0 da equação e lembrando que a raiz quadrada de todo
número real não negativo é também não negativa,
onde n é um número inteiro positivo obteremos duas respostas para a nossa equação:
(número natural). O maior expoente da incógnita
em uma equação algébrica é denominado o grau da x + (b/2a) = + R[(b²-4ac) / 4a²]
equação e o coeficiente do termo de mais alto grau ou
é denominado coeficiente do termo dominante.
x + (b/2a) = - R[(b²-4ac) / 4a²]
Exemplo: A equação 4x²+3x+2=0 tem o
grau 2 e o coeficiente do termo dominante é 4. que alguns, por preguiça ou descuido, escrevem:
Neste caso, dizemos que esta é uma equação do
segundo grau.
A FÓRMULA QUADRÁTICA DE SRIDHARA
(BHASKARA)
contendo um sinal ± que é lido como mais ou
Mostraremos na sequência como o menos. Lembramos que este sinal ± não tem
matemático Sridhara, obteve a Fórmula (conhecida qualquer significado em Matemática.
como sendo) de Bhaskara, que é a fórmula geral
para a resolução de equações do segundo grau. Como estamos procurando duas raízes para
Um fato curioso é que a Fórmula de Bhaskara não a equação do segundo grau, deveremos sempre
foi descoberta por ele mas pelo matemático hindu escrever:
Sridhara, pelo menos um século antes da x' = -b/2a + R[b²-4ac] /2a
publicação de Bhaskara, fato reconhecido pelo
próprio Bhaskara, embora o material construído ou
pelo pioneiro não tenha chegado até nós.
x" = -b/2a - R[b²-4ac] /2a
O fundamento usado para obter esta
fórmula foi buscar uma forma de reduzir a equação A fórmula de Bhaskara ainda pode ser escrita
do segundo grau a uma do primeiro grau, através como:
da extração de raízes quadradas de ambos os
membros da mesma.
Seja a equação:
a x² + b x + c = 0
onde D (às vezes usamos a letra maiúscula
com a não nulo e dividindo todos os "delta" do alfabeto grego) é o discriminante da
coeficientes por a, temos: equação do segundo grau, definido por:
x² + (b/a) x + c/a = 0 D = b² - 4ac
Passando o termo constante para o Uma equação do segundo grau na incógnita
segundo membro, teremos: x é da forma:
x² + (b/a) x = -c/a a x² + b x + c = 0
Prosseguindo, faremos com que o lado onde os números reais a, b e c são os
esquerdo da equação seja um quadrado perfeito e coeficientes da equação, sendo que a deve ser
diferente de zero. Essa equação é também chamada
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de equação quadrática, pois o termo de maior grau ANOTAÇÕES
está elevado ao quadrado.
__________________________________________
EQUAÇÃO COMPLETA DO SEGUNDO GRAU __________________________________________
Uma equação do segundo grau é completa, __________________________________________
se todos os coeficientes a, b e c são diferentes de
zero. __________________________________________

Exemplos: __________________________________________

1. 2 x² + 7x + 5 = 0 __________________________________________

2. 3 x² + x + 2 = 0 __________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
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MATEMÁTICA
em um produto com fatores. Podemos entender a
fatoração como sendo a simplificação das sentenças
matemáticas. Existem sete casos de fatoração,
Fatorar é o mesmo que decompor o número confira a seguir alguns deles.
em fatores primos, isto é, escrever um número
Fator comum em evidência
através da multiplicação de números primos. Na
fatoração utilizamos os números primos Esse caso de fatoração é determinado pela
obedecendo a uma ordem crescente de acordo com fórmula:
as regras de divisibilidade em razão do termo a ser
ax+bx=x⋅(a+b)
fatorado. Números primos são aqueles que podem
ser divididos somente por um e por ele mesmo. Veja que o termo a ser colocado em
Observe a decomposição em fatores primos dos evidência foi o x, pois ele se repete na composição
números a seguir: do monômio ax e bx.
24 = 2 x 2 x 2 x 3 Exemplos:
10 = 2 x 5 6x+6y=6⋅(x+y)
52 = 2 x 2 x 13 2ax−3bx=x⋅(2a−3b)
112 = 2 x 2 x 2 x 2 x 7 cx2+bx=x⋅(cx+b)
600 = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 x 5 Observe que nesse exemplo o x de menor
Forma prática de fatoração grau foi colocado em evidência.

O número a ser fatorado deverá ocupar a Agrupamento


coluna da esquerda e a coluna da direita será A fórmula geral que estabelece o
preenchida com os fatores primos. Ao dividir o agrupamento é dada por:
número pelo algarismo primo os resultados deverão
ser colocados na coluna da direita. As divisões ax+bx+ay+by=(x+y)⋅(a+b)
deverão ser efetuadas no intuito de simplificar ao Sendo que:
máximo o número, isto é reduzi-lo ao número 1.
ax+bx+ay+by=x⋅(a+b)+y⋅(a+b)=(x+y)⋅(a+b)
Observe que nesse caso de fatoração não há
um fator que será comum a todos os termos, temos
somente fatores que são comuns a alguns termos.
Exemplos:
⇒ 2x+8x+2y+8y=
=x⋅(2+8)+y⋅(2+8)=

Objetivos da fatoração =(2+8)⋅(x+y)

Cálculo da raiz quadrada de um número. ⇒ 5z+2z+5x+2x=

Vamos determinar a raiz quadrada do =5z+5x+2z+2x=


número 144. =5⋅(z+x)+2⋅(z+x)=
De acordo com a fatoração do número 144 =(5+2)⋅(z+x)
temos: 2 x 2 x 2 x 2 x 3 x 3.
Diferença de dois quadrados
No caso da raiz quadrada, podemos
representar o número 144 da seguinte forma: Confira a seguir a fórmula geral desse caso
de fatoração:
2² x 2² x 3². Como o índice da raiz
quadrada é 2, podemos simplificar os expoentes de a2−b2=(a+b)⋅(a−b)
valor 2 com o índice 2 da raiz. As bases dos Observe que esse caso de fatoração é o
expoentes simplificados saem da raiz multiplicadas inverso do produto notável Soma pela Diferença de
entre si. Acompanhe a demonstração a seguir: Dois Quadrados, representado por:
(a+b)⋅(a−b)=a2−b2 . Acompanhe a seguir alguns
exemplos da Diferença de Dois Quadrados:
Exemplos:
⇒ 36x2−81y2=

Fatorar significa transformar a soma e a =(6x)2−(9y)2=


subtração de expressões algébricas ou equações
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MATEMÁTICA
=(6x+9y)⋅(6x−9y) ANOTAÇÕES
⇒ 4x2−9z2= __________________________________________
=(2x)2−(3z)2= __________________________________________
=(2x+3z)⋅(2x−3z) __________________________________________
Trinômio quadrado perfeito __________________________________________
Esse caso de fatoração é o inverso dos __________________________________________
produtos notáveis: Quadrado da soma de dois __________________________________________
termos e Quadrado da diferença de dois termos. O
Trinômio quadrado perfeito possui representação __________________________________________
tanto na soma como na diferença. Acompanhe a __________________________________________
seguir as suas fórmulas gerais.
__________________________________________
Diferença: a2−2ab+b2=(a−b)2
__________________________________________
Soma: a2+2ab+b2=(a+b)2
__________________________________________
Façamos agora um exemplo de cada caso:
__________________________________________
Exemplos:
__________________________________________
Diferença: 9y2−12y+4=
__________________________________________
=(3y)2−2⋅3y⋅2+(2)2=
__________________________________________
(3y−2)2
__________________________________________
Isso por que: 9y2=(3y)2
__________________________________________
12y=2⋅3y⋅2
__________________________________________
4=(2)2
__________________________________________
Soma: 16x2+40x+25=
__________________________________________
=(4x)2−2⋅4x⋅5+(5)2=
__________________________________________
(4x+5)2
__________________________________________
Isso por que: 16y2=(4y)2
__________________________________________
40x=2⋅4x⋅5 __________________________________________
25=(5)2 __________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________

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MATEMÁTICA
3. Numa indústria há 255 empregadas.
Esse número corresponde a 42,5% do total de
empregados da indústria. Quantas pessoas
Praticamente todos os dias, observamos trabalham nesse local? Quantos homens trabalham
nos meios de comunicação, expressões nessa indústria?
matemáticas relacionadas com porcentagem. O
Vamos indicar por X o número total de
termo por cento é proveniente do Latim per centum
empregados dessa indústria. Esse problema pode
e quer dizer por cem. Toda razão da forma a/b na
ser representado por:
qual o denominador b=100, é chamada taxa de
porcentagem ou simplesmente porcentagem ou 42,5% de X = 255
ainda percentagem.
Assim:
Historicamente, a expressão por cento
aparece nas principais obras de aritmética de 42,5%.X = 255
autores italianos do século XV. O símbolo %surgiu 42,5 / 100.X = 255
como uma abreviatura da palavra cento utilizada
nas operações mercantis. 42,5.X / 100 = 255
Para indicar um índice de 10 por cento, 42,5.X = 25500
escrevemos 10% e isto significa que em cada 100 425.X = 255000
unidades de algo, tomaremos 10 unidades. 10% de
80 pode ser obtido como o produto de 10% por 80, X = 255000/425 = 600
isto é: Nessa indústria trabalham 600 pessoas,
Produto = 10%.80 = 10/100.80 = 800 / 100 sendo que há 345 homens.
=8 4. Ao comprar uma mercadoria, obtive
Em geral, para indicar um índice de M por um desconto de 8% sobre o preço marcado na
cento, escrevemos M% e para calcular M% de um etiqueta. Se paguei R$ 690,00 pela mercadoria, qual
número N, realizamos o produto: o preço original dessa mercadoria?
Seja X o preço original da mercadoria. Se
Produto = M%.N = M.N / 100 obtive 8% de desconto sobre o preço da etiqueta, o
Exemplos: preço que paguei representa 100%-8%=92% do
preço original e isto significa que
1. Um fichário tem 25 fichas
numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão 92% de X = 690
etiquetadas com um número par. Quantas fichas
têm a etiqueta com número par? Quantas fichas logo
têm a etiqueta com número ímpar? 92%.X = 690
Par = 52% de 25 = 52%.25 = 52.25 / 100 = 92/100.X = 690
13
92.X / 100 = 690
Nesse fichário há 13 fichas etiquetadas com 92.X = 69000
número par e 12 fichas com número ímpar.
X = 69000 / 92 = 750
2. Num torneio de basquete, uma
determinada seleção disputou 4 partidas na O preço original da mercadoria era de R$
primeira fase e venceu 3. Qual a porcentagem de 750,00.
vitórias obtida por essa seleção nessa fase? É frequente o uso de expressões que
Vamos indicar por X% o número que refletem acréscimos ou reduções em preços,
representa essa porcentagem. Esse problema pode números ou quantidades, sempre tomando por base
ser expresso da seguinte forma: 100 unidades. Alguns exemplos:

X% de 4 = 3  A gasolina teve um aumento de 15%

Assim: Significa que em cada R$100 houve um


acréscimo de R$15,00
(X/100).4 = 3
 O cliente recebeu um desconto de
4X/100 = 3 10% em todas as mercadorias.
4X = 300 Significa que em cada R$100 foi dado um
X = 75 desconto de R$10,00

Na primeira fase a porcentagem de vitórias  Dos jogadores que jogam no Grêmio,


foi de 75%. 90% são craques.

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MATEMÁTICA
Significa que em cada 100 jogadores que Portanto o jogador fez 6 gols de falta.
jogam no Grêmio, 90 são craques.
2) Se eu comprei uma ação de um clube por
Razão centesimal R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa
percentual de lucro obtida?
Toda a razão que tem para consequente o
número 100 denomina-se razão centesimal. Montamos uma equação, onde somando os
Alguns exemplos: R$250,00 iniciais com a porcentagem que aumentou
em relação a esses R$250,00, resulte nos R$300,00.

Podemos representar uma razão


centesimal de outras formas:

Portanto, a taxa percentual de lucro foi de


20%.
Uma dica importante: o FATOR DE
As expressões 7%, 16% e 125% são MULTIPLICAÇÃO.
chamadas taxas centesimais ou taxas
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a
percentuais.
um determinado valor, podemos calcular o novo valor
Considere o seguinte problema: apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o
fator de multiplicação. Se o acréscimo for de 20%,
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a
Quantos cavalos ele vendeu?
tabela abaixo:
Para solucionar esse problema devemos aplicar a
taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos. Acréscimo Fator de
ou Lucro Multiplicação
10% 1,10
Logo, ele vendeu 25 cavalos, que 15% 1,15
representa a porcentagem procurada.
20% 1,20
Portanto, chegamos a seguinte definição:
47% 1,47
Porcentagem é o valor obtido ao
aplicarmos uma taxa percentual a um 67% 1,67
determinado valor. Exemplo: Aumentando 10% no valor de
R$10,00 temos: 10 * 1,10 = R$ 11,00
Exemplos:
No caso de haver um decréscimo, o fator de
 Calcular 10% de 300. multiplicação será:
Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na
forma decimal)
 Calcular 25% de 200kg. Veja a tabela abaixo:
Fator de
Desconto Multiplicaçã
o
Logo, 50kg é o valor correspondente à
porcentagem procurada. 10% 0,90
EXERCÍCIOS: 25% 0,75
1) Um jogador de futebol, ao longo de um 34% 0,66
campeonato, cobrou 75 faltas, transformando em
gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse 60% 0,40
jogador fez?
90% 0,10
Exemplo: Descontando 10% no valor de
R$10,00 temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00

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MATEMÁTICA
* Como calcular porcentagem 2) Um celular foi comprado por R$ 300,00 e
revendido posteriormente por R$ 340,00, qual a taxa
Todo o cálculo de porcentagem, como
percentual de lucro ?
informado, é baseado no número 100.
Neste caso é procurado um valor de
O cálculo de tantos por cento de uma
porcentagem no qual são somados os R$ 300,00
expressão matemática ou de um problema a ser
iniciais com a porcentagem aumentada e que tenha
resolvido é indicado pelo símbolo (%), e pode ser
como resultado o valor de R$ 340,00
feito, na soma, por meio de uma proporção simples.
300 + 300.X/100 = 340
Para que se possam fazer cálculos com
porcentagem (%), temos que fixar o seguinte: 3X = 340 – 300
1) A taxa está para porcentagem X = 40/3
(acréscimo, desconto, etc), assim como o valor 100
X = 13,333 (dízima periódica)
está para a quantia a ser encontrada.
Assim, a taxa de lucro obtida com esta
Exemplificando:
operação de revenda foi de 13,33%
Um título tem desconto 10%, sobre o valor
* Fator Multiplicante
total de R$ 100,00. Qual o valor do título?
Há uma dica importante a ser seguida, no
30% : R$ 100,00
caso de cálculo com porcentagem. No caso se
100% : X houver acréscimo no valor, é possível fazer isto
diretamente através de uma operação simples,
X = R$ 30,00
multiplicando o valor do produto/serviço pelo fator de
2) O número que se efetua o cálculo de multiplicação.
porcentagem é representado por 100.
Veja:
Exemplificando:
Tenho um produto X, e este terá um
Efetue o cálculo 10% de 50 acréscimo de 30% sobre o preço normal, devido ao
prazo de pagamento. Então basta multiplicar o valor
100% : 50 do mesmo pelo número 1,30. Caso o mesmo produto
10% :X ao invés de 30% tenha 20% de acréscimo então o
fator multiplicante é 1,20.
X=5
Observe esta pequena tabela:
Obs. Nos dois exemplos dados foram
usados o sistema de cálculo de regra de três, já
ensinados em tutoriais anteriores.
3) O capital informado tem sempre por
igualdade ao 100.
Exemplificando:
Efetua-se o resgate de um cheque pré-
datado no valor de R$ 150,00 e obtem-se um
desconto de 20%
100% : R$ 150,00
20% : X Exemplo: Aumente 17% sobre o valor de um
produto de R$ 20,00, temos R$ 20,00 * 1,17 = R$
X = R$ 30,00 23,40
* Exemplos para fixação de definição E assim sucessivamente, é possível montar
1) Um jogador de basquete, ao longo do uma tabela conforme o caso.
campeonato, fez 250 pontos, deste total 10% foram Da mesma forma como é possível, ter um
de cestas de 02 pontos. Quantas cestas de 02 fator multiplicante quando se tem acréscimo a um
pontos o jogador fez do total de 250 pontos. certo valor, também no decréscimo ou desconto,
10% de 250 = 10 X 250 = 2500 = 25 pode-se ter este fator de multiplicação.

100 100 Neste caso, faz-se a seguinte operação: 1 –


taxa de desconto (isto na forma decimal)
Portanto, do total de 250 pontos o jogador
fez 25 pontos de 02 pontos. Veja:
Tenho um produto Y, e este terá um
desconto de 30% sobre o preço normal. Então basta
multiplicar o valor do mesmo pelo número 0,70. Caso
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MATEMÁTICA
o mesmo produto ao invés de 30% tenha 20% de 3) Um imposto foi criado com alíquota de 2%
acréscimo então o fator multiplicante é 0,80. sobre cada transação financeira efetuada pelos
consumidores. Se uma pessoa for descontar um
Observe esta pequena tabela:
cheque no valor de R$ 15.250,00, receberá líquido
quanto?
100% : 15.250
0,7% : X
Neste caso, use diretamente o sistema de
tabela com fator multiplicador. O capital principal que
é o valor do cheque é : R$ 15.250,00 * 0,98 = R$
14.945,00
Assim, o valor líquido do cheque após
descontado a alíquota será de R$ 14.945,00. Sendo
que os 2% do valor total representam a quantia de
Exemplo: Desconto de 7% sobre o valor de R$ 305,00.
um produto de R$ 58,00, temos R$ 58,00 * 0,93 =
R$ 53,94 Somando os valores: R$ 14.945,00 + R$
305,00 = R$ 15.250,00
E assim sucessivamente, é possível montar
uma tabela conforme o caso. Obs. Os quadros dos cálculos foram
colocados em cada operação repetidamente, de
* Exercícios resolvidos de porcentagem propósito, para que haja uma fixação, pois é
Os exercícios propostos estão resolvidos, fundamental conhecer “decoradamente” estas
posições.
em um passo-a-passo prático para que se possa
acompanhar a solução de problemas envolvendo
porcentagem e também para que se tenha uma
melhor fixação sobre o conteúdo.
1) Qual valor de uma mercadoria que
custou R$ 555,00 e que pretende ter com esta um
lucro de 17%?
Solução:
100% : 555
17 X
X = 555x17 /100 = 9435/100
X = 94,35
Temos o valor da mercadoria: R$ 555,00 +
R$ 94,35
Preço Final: R$ 649,35
Obs. Este cálculo poderia ser resolvido
também pelo fator multiplicador: R$ 555,00 * 1,17 =
R$ 649,35
2) Um aluno teve 30 aulas de uma
determinada matéria. Qual o número máximo de
faltas que este aluno pode ter sabendo que ele será
reprovado, caso tenha faltado a 30% (por cento)
das aulas ?
Solução:
100% : 30
30% :X
X = 30.30 / 100 = 900 / 100 = 9
X=9
Assim, o total de faltas que o aluno poderá
ter são 9 faltas.

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MATEMÁTICA
2 - Calcular os juros simples produzidos
por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a.,
durante 125 dias.
JUROS SIMPLES
Temos: J = P.i.n
O regime de juros será simples quando o
A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias
percentual de juros incidir apenas sobre o valor
= 0,001 a.d.
principal. Sobre os juros gerados a cada período
não incidirão novos juros. Agora, como a taxa e o período estão
referidos à mesma unidade de tempo, ou seja, dias,
Valor Principal ou simplesmente principal é
poderemos calcular diretamente:
o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de
somarmos os juros. Transformando em fórmula J = 40000.0,001.125 = R$5000,00
temos:
3 - Qual o capital que aplicado a juros
simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros
J=P.i.n
em 75 dias?
Onde: Temos imediatamente: J = P.i.n ou seja:
J = juros 3500 = P.(1,2/100).(75/30)
P = principal
Observe que expressamos a taxa i e o
(capital)
i = taxa de período n em relação à mesma unidade de tempo, ou
juros seja, meses. Logo,
n = número 3500 = P. 0,012 . 2,5 = P . 0,030; Daí, vem:
de períodos
P = 3500 / 0,030 = R$116.666,67
Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00
que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo 4 - Se a taxa de uma aplicação é de 150%
regime de juros simples e devemos pagá-la em 2 ao ano, quantos meses serão necessários para
meses. Os juros que pagarei serão: dobrar um capital aplicado através de
capitalização simples?
J = 1000 x 0.08 x 2 = 160
Objetivo: M = 2.P
Ao somarmos os juros ao valor principal
temos o montante. Dados: i = 150/100 = 1,5

Montante = Principal + Juros Fórmula: M = P (1 + i.n)

Montante = Principal + ( Principal x Taxa de Desenvolvimento:


juros x Número de períodos ) 2P = P (1 + 1,5 n)

M=P.(1+(i.n)) 2 = 1 + 1,5 n
n = 2/3 ano = 8 meses
Exemplo: Calcule o montante resultante da
aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. JUROS COMPOSTOS
durante 145 dias. O regime de juros compostos é o mais
SOLUÇÃO: comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil
para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros
M = P . ( 1 + (i.n) ) gerados a cada período são incorporados ao principal
M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = para o cálculo dos juros do período seguinte.
R$72.960,42 Chamamos de capitalização o momento em
Observe que expressamos a taxa i e o que os juros são incorporados ao principal.
período n, na mesma unidade de tempo, ou seja, Após três meses de capitalização, temos:
anos. Daí ter dividido 145 dias por 360, para obter o
valor equivalente em anos, já que um ano comercial 1º mês: M =P.(1 + i)
possui 360 dias. 2º mês: o principal é igual ao montante do
Exercícios sobre juros simples: mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i)

1) Calcular os juros simples de R$ 3º mês: o principal é igual ao montante do


1200,00 a 13 % a.t. por 4 meses e 15 dias. mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)

0.13 / 6 = 0.02167 Simplificando, obtemos a fórmula:

logo, 4m15d = 0.02167 x 9 = 0.195 M = P . (1 + i)n


j = 1200 x 0.195 = 234

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MATEMÁTICA
Importante: a taxa i tem que ser expressa ANOTAÇÕES
na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de
__________________________________________
juros ao mês para n meses.
__________________________________________
Para calcularmos apenas os juros basta
diminuir o principal do montante ao final do período: __________________________________________
__________________________________________
J=M-P
__________________________________________
Exemplo:
__________________________________________
Calcule o montante de um capital de
__________________________________________
R$6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1
ano, à taxa de 3,5% ao mês. __________________________________________
(use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788) __________________________________________
Resolução: __________________________________________
P = R$6.000,00 __________________________________________
t = 1 ano = 12 meses __________________________________________
i = 3,5 % a.m. = 0,035 __________________________________________
M=? __________________________________________
Usando a fórmula M=P.(1+i)n, obtemos: __________________________________________
12 12 __________________________________________
M = 6000.(1+0,035) = 6000. (1,035)
Fazendo x = 1,03512 e aplicando logaritmos, __________________________________________
encontramos:
__________________________________________
log x = log 1,03512 => log x = 12 log 1,035
__________________________________________
=> log x = 0,1788 => x = 1,509
__________________________________________
Então M = 6000.1,509 = 9054.
__________________________________________
Portanto o montante é R$9.054,00
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________

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MATEMÁTICA
Dc = S - C
 onde, de S = C.(1 + i)n, tiramos que
São juros recebidos (devolvidos) ou C = S/(1 + i)n
concedidos quando o pagamento de um título é
DESCONTO RACIONAL E DESCONTO
antecipado.
COMERCIAL
O desconto é a diferença entre o valor
nominal (S) de um título na data do seu vencimento  A chamada operação de desconto
e o seu valor atual (C) na data em que é efetuado o normalmente é realizada quando se conhece o valor
pagamento, ou seja: futuro de um título (valor nominal, valor de face ou
valor de resgate) e se quer determinar o seu valor
D=S-C atual. O desconto deve ser entendido como a
Os descontos são nomeados simples ou diferença entre o valor de resgate de um título e o
compostos em função do cálculo dos mesmos seu valor presente na data da operação, ou seja: D =
terem sido no regime de juros simples ou VF - VP, em que D representa o valor monetário do
compostos, respectivamente. desconto, VF o seu valor futuro (valor assumido pelo
título na data do seu vencimento) e VP o valor
Os descontos (simples ou compostos) creditado ou pago ao seu titular. Assim como no caso
podem ser divididos em: dos juros, o valor do desconto também está
associado a uma taxa e a determinado período de
 Desconto comercial, bancário ou
tempo.
por fora;
 Embora seja frequente a confusão
 Desconto racional ou por dentro.
entre juros e descontos, trata-se de dois critérios
DESCONTOS SIMPLES distintos, claramente caracterizados. Assim,
enquanto no cálculo dos juros a taxa referente ao
 Por Fora (Comercial ou Bancário) período da operação incide sobre o capital inicial ou
O desconto é calculado sobre o valor valor presente, no desconto à taxa do período incide
nominal (S) do título, utilizando-se taxa de juros sobre o seu montante ou valor futuro.
simples  De maneira análoga aos juros, os
Df = S.i.t descontos são também classificados em simples e
composto, envolvendo cálculos lineares no caso do
 É o desconto mais utilizado no desconto simples e exponencial no caso do desconto
sistema financeiro, para operações de curto prazo, composto.
com pequenas taxas.
 O desconto é dividido em:
 O valor a ser pago (ou recebido)
será o valor atual C = S - Df = S - S.i.t , ou seja  a) Desconto Racional (por dentro).
C = S.(1- i.t)  b) Desconto Comercial (por fora).
 Por Dentro (Racional) DESCONTO RACIONAL
 O desconto é calculado sobre o  Desconto Racional é calculado
valor atual (C) do título, utilizando-se taxa de juros sobre o valor atual.
simples
 Desconto racional simples é aquele
Dd = C.i.t aplicado no valor atual do título n períodos antes do
vencimento, ou seja, é o mesmo que juro simples.
 Como C não é conhecido (mas sim, Não será dada muita importância a menos de
S) fazemos o seguinte cálculo: comparação, pois raramente tem sido aplicado no
C = S - Dd ==> C = S - C.i.t ==> C + C.i.t = S ==> Brasil.
C(1 + i.t) = S Dr = VF – VP
C = S/(1 + i.t)
 Onde Dr = Desconto Racional
 Este desconto é utilizado para
 Como VP = VF /(1+i.n)
operações de longo prazo.
 Temos:
 Note que (1 - i.t) pode ser nulo,
mas (1 + i.t) nunca vale zero. VF.i.n
Dr 
DESCONTOS COMPOSTOS (1  in)
 O desconto (Dc) é calculado com  Desconto Racional: é o equivalente
taxa de juros compostos, considerando n período(s) ao juro simples produzido pelo valor atual no período
antecipado(s):

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MATEMÁTICA
correspondente. Também chamado de “desconto ANOTAÇÕES
por dentro”.
__________________________________________
Dr = Vn – Va = Vn - Vn / ( 1 + i . n ) = Vn . i . n / ( 1
__________________________________________
+i.n)
__________________________________________
 Desconto Racional Composto: é
o Desconto Racional calculado com juro composto. __________________________________________
Drc = Vn - Vn / ( 1 + i ) ^ n __________________________________________
 Sendo “i” a taxa de desconto (ou __________________________________________
taxa de juro), “n” o número de períodos antes do __________________________________________
vencimento e “^” o símbolo de potência).
__________________________________________
DESCONTO COMERCIAL
__________________________________________
 Desconto Comercial é calculado
sobre o valor nominal __________________________________________

 Desconto comercial simples é __________________________________________


aquele em que a taxa de desconto incide sempre __________________________________________
sobre o montante ou valor futuro. É utilizado no
Brasil de maneira ampla e generalizado, __________________________________________
principalmente nas chamadas operações de __________________________________________
“desconto de duplicatas” realizadas pelos bancos,
sendo, por essa razão, também conhecido por __________________________________________
desconto bancário ou comercial. É obtido __________________________________________
multiplicando-se o valor de resgate do título pela
taxa de desconto e pelo prazo a decorrer até o seu __________________________________________
vencimento, ou seja: __________________________________________
D = VF.d.n __________________________________________
 Onde d representa a taxa de __________________________________________
desconto e n o prazo. E para se obter o valor
__________________________________________
presente, também chamado de valor descontado,
basta subtrair o valor do desconto do valor futuro do __________________________________________
título, como segue:
__________________________________________
VP = FV – D
__________________________________________
 Daí vem que: VP = VF – VF.d.n => __________________________________________
VP = VF.(1. –.d.n)
__________________________________________
 Desconto Comercial: é o
equivalente ao juro simples produzido pelo valor __________________________________________
nominal no período correspondente. Também __________________________________________
chamado de “desconto por fora”. Alguns o chamam
de “desconto irracional”. __________________________________________
Dc = Vn . i . n __________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________

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MATEMÁTICA

Quando estudamos função em matemática


é importante compreendermos o que é uma
relação, pois função nada mais é que uma relação
entre dois conjuntos.
Isso não significa que toda relação seja uma
função, para que uma determinada relação seja
uma função é preciso seguir algumas regras.
Aqui iremos trabalhar a relação entre dois
conjuntos e as formas pelas quais essa relação
pode ser representada.
Dado dois conjuntos A = {0, 1, 2, 3} e B =
{3, 4, 5, 6}, atribuímos à
relação de A para B (A → B), isso significa que os
elementos de A estão relacionados com os
elementos de B, veja:

A 0 1 2 3
►Mediante uma regra
B 3 4 5 6 Para relacionarmos o eixo x com o eixo y foi
estabelecida uma regra para que essa relação seja
Da relação feita acima podemos tirar um
feita. Se observarmos veremos que em cada
conjunto (conjunto formado pela relação dos
elemento do eixo x foram adicionadas 3 unidades
conjuntos A e B:
para que esse seja relacionado com um número do
R = {(0,3) (1,4) (2,5) (3,6)} eixo y.
O conjunto R é formado pela relação dos x x+3 y
elementos de A e de B formados por pares
0 0+3 3
ordenados, o primeiro número de cada par é
chamado de domínio da relação e o segundo de 1 1+3 4
imagem da relação.
2 2+3 5
Assim, são formados mais dois conjuntos
dessa mesma relação, o conjunto domínio e o 3 3+3 6
conjunto imagem: ►Diagrama
D (R) = {0, 1, 2, 3} Essa regra pode ser colocada em forma de
Im (R) = {3, 4, 5, 6} diagrama.

A relação A → B pode ser representada das


seguintes formas:
►Pares ordenados: R = {(0, 3) (1, 4) (2, 5)
(3, 6)}
►Podemos colocar esses pares ordenados
em forma de gráficos:

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MATEMÁTICA
DENSIDADE
A densidade é uma propriedade específica
de cada material que serve para identificar uma
substância. Essa grandeza pode ser enunciada da
seguinte forma:
ÁREA
A densidade (ou massa específica) é a
Já o conceito de área é mais complicado relação entre a massa (m) e o volume (v) de
porque não é padrão, visto que diversas formas determinado material (sólido, líquido ou gasoso).
geométricas têm os seus próprios cálculos. A área
é a delimitação interna de um polígono. Matematicamente, a expressão usada para
Geralmente, área é mais utilizada do que o calcular a densidade é dada por:
perímetro, justamente para medir terrenos. A seguir
será exemplificado os cálculos de áreas mais
comuns:
• Retângulo: base x altura. Se o retângulo
tiver 5 cm de altura e 10 de base, a sua área será
de 50. Equação matemática para o cálculo da
• Quadrado: lado x lado. Como o quadrado densidade
tem todos os lados iguais e se tiver 5 cm cada lado, Unidades de medida para a densidade
a sua área será a multiplicação, isto é, 25 cm.
A unidade de medida da densidade, no
• Triângulo: base x altura/2. O triângulo Sistema Internacional de Unidades, é o quilograma
nada mais é do que a metade de um retângulo, por metro cúbico (kg/m3), embora as unidades mais
logo, se sua base for de 6 cm e altura de 4 cm, a utilizadas sejam o grama por centímetro cúbico
sua área será de 12 cm. (g/cm3) ou o grama por mililitro (g/mL). Para gases,
• Losango: Diagonal Maior x Diagonal ela costuma ser expressa em gramas por litro (g/L).
menor. Para a área do losango, deve-se multiplicar Interpretação da expressão matemática da
a sua diagonal maior, de 7 cm, pela sua diagonal densidade
menor, de 5 cm, por exemplo. Sua área seria de 35
cm. Conforme se observa na expressão
matemática da densidade, ela é inversamente
• Círculo: (pi) x r2. A área do círculo é proporcional ao volume. Isso significa que, quanto
achada ao dividi-lo em partes iguais, até formar menor o volume ocupado por determinada massa,
triângulos. Se o raio do círculo for 10 cm e pi é maior será a densidade.
considerado 3,14, a área seria de 314 cm.
Para entendermos como isso ocorreu na
PERÍMETRO prática, pense, por exemplo, na seguinte questão: o
O perímetro, muitas vezes, é pensado que pesa mais, 1 kg de chumbo ou 1 kg de
como a “soma de todos os lados”, entretanto, o algodão?
perímetro de um cilindro, por exemplo, não tem Na realidade, eles possuem a mesma massa,
lados, logo esse tipo de conceito está equivocado. ou seja, o “peso” deles é o mesmo. A diferença entre
Por isso que se diz que o perímetro é a soma do 1 kg de chumbo e 1 kg de algodão consiste na
contorno de uma figura (geométrica ou não). Por densidade, pois 1 kg de chumbo concentra-se em um
exemplo, se cada lado de um quadro tiver 5 cm, o volume muito menor que 1 kg de algodão. A
seu perímetro será 20 (5 + 5 + 5 + 5). densidade do algodão é pequena porque sua massa
VOLUME espalha-se em um grande volume.

Já o volume é conhecido por ser o sólido Desse modo, vemos que a densidade de
que ocupa o espaço de um polígono ou uma forma cada material depende do volume por ele ocupado. E
geométrica. Para realizar o cálculo de volume, é o volume é uma grandeza física que varia com a
preciso considerar as três dimensões. Para cada temperatura e a pressão. Isso significa que,
forma, há um cálculo diferente, também. consequentemente, a densidade também
dependerá da temperatura e da pressão do
• Paralelepípedo retângulo: a x b x c; material.
• Cubo: a x a x a; Um exemplo que nos mostra isso é a água.
• Cilindro: (pi) x r2 x h; Quando a água está sob a temperatura de
aproximadamente 4ºC e sob pressão ao nível do
Para o dia a dia é muito comum nós mar, que é igual a 1,0 atm, a sua densidade é igual a
pensarmos sobre o volume, principalmente ao 1,0 g/cm3. No entanto, no estado sólido, isto é, em
estacionar o carro ou encher um copo ou recipiente temperaturas abaixo de 0ºC, ao nível do mar, a sua
de água. densidade mudará – ela diminuirá para 0,92 g/cm3.

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MATEMÁTICA
Não pare agora... Tem mais depois da e, em pouco tempo, as vidas das espécies nessas
publicidade ;) regiões estariam comprometidas.
Note que a densidade da água no estado Densidades de alguns materiais
sólido é menor que no estado líquido. Isso explica o
A seguir temos as densidades de algumas
fato de o gelo flutuar na água, pois outra
substâncias do nosso cotidiano:
consequência importante da densidade dos
materiais é que o material mais denso afunda e o Leite integral...........................1,03 g/cm3
menos denso flutua.
Alumínio ................................ 2,70 g/cm3
Para compararmos essa questão, veja a
Diamante .................................3,5 g/cm3
figura abaixo, na qual temos um copo com água e
gelo e outro copo com uma bebida alcoólica e gelo: Chumbo...................................11,3 g/cm3
Mercúrio .................................13,6 g/cm3

Gelo adicionado a líquidos com diferentes


densidades
Observe que o gelo flutua quando colocado
na água e afunda quando colocado em bebidas
alcoólicas. A densidade é a grandeza que explica
esse fato. Conforme já dito, a densidade do gelo
(0,92 g/cm3) é menor que a da água (1,0 g/cm3); já A diferença de densidade é a propriedade
a densidade do álcool é de 0,79 g/cm3, o que que mantém os líquidos da figura separados
significa que é menor que a densidade do gelo, por
isso, o gelo afunda.
Outra questão que pode ser observada na
ilustração é que o gelo não fica totalmente acima
da superfície da água. Isso ocorre porque,
comparando a densidade do gelo com a da água,
podemos calcular pela diferença entre elas que é
necessário apenas 92% do volume do gelo para
igualar a massa de água que ele desloca. Dessa
forma, 92% do volume do gelo fica abaixo da
superfície da água e apenas 8% fica acima da
superfície. É por isso que os icebergs são tão
perigosos para a navegação.

A maior parte de um iceberg está submersa


É em razão disso que várias espécies
animais e vegetais sobrevivem, pois, em épocas
frias, a água da superfície de mares e lagos
congela-se. Quando a temperatura aumenta, esse
gelo derrete. No entanto, se o gelo formado
afundasse, ficando no fundo dos lagos e mares, o
resultado seria que dificilmente esse gelo derreteria

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MATEMÁTICA
Área 2 – Triângulo

Algumas regiões planas se assemelham a


polígonos conhecidos como triângulo, quadrado,
retângulo, losango, paralelogramo, trapézio,
pentágono, hexágono, entre outros, onde cada um
possui uma fórmula específica para determinar a
área de sua superfície.
Mas algumas regiões possuem formatos A área de uma região triangular é calculada
não definidos pela Matemática, são as formas através da metade da multiplicação da base pela
irregulares. Nesse caso, precisamos tentar altura.
decompor a figura em partes conhecidas, A = (10*12) / 2
calculando individualmente a área de cada uma, as
quais serão somadas constituindo a área total da A = 120 / 2
região. Observe a área de uma região irregular: A = 60 m²
Área 3 – Trapézio

A área de um trapézio é dada pela seguinte

expressão: , onde:
Decomposição da área em figuras conhecidas:
B: base maior
b: base menor
h: altura
Então:

A área da região é constituída de um


retângulo, um triângulo e um trapézio. Agora basta
determinarmos as áreas de cada figura.
Área 1 – Retângulo
A área total da região é dada pelo somatório
O retângulo referente a área 1 possui as das áreas das regiões 1, 2 e 3:
seguintes dimensões:
Área total = 288m² + 60m² + 88m²
Área total = 436 m²
Qualquer região irregular pode ser
decomposta em figuras mais simples, porém, em
algumas situações, o cálculo pode ficar um pouco
Sua área é calculada multiplicando o mais complexo.
comprimento pela largura:
Para tais situações, a área da região é
A = 24 * 12 determinada através de integrais (conteúdo
A = 288 m² relacionado ao ensino superior).

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MATEMÁTICA
320 dm = 0,0320 km

Medidas de capacidade
Unidades de medida grandezas que
compõem o sistema métrico decimal. Vamos Medidas de capacidade também é muito
mostrar as conversões e, ainda, vamos resolver importante no nosso cotidiano. A unidade padrão
alguns exercícios para facilitar seu entendimento. para essa grandeza é o litro (l).
Às vezes, ao tentar resolver um exercício torna
necessário fazer uma conversão de uma unidade Quilolitro → 1 kl = 1000 l
de medida para outra. Vamos mostrar os símbolos
Hectolitro → 1 hl = 100 l
de cada uma adotados por convenção no Sistema
Internacional (SI). Decalitro → 1 dal = 10 l
Conheça as unidades de medida: Decilitro → 1 dl = 0,1 l
NOME DA
GRANDEZA SÍMBOLO (SI) Centilitro → 1 cl = 0,01 l
UNIDADE
Comprimento Metro m Mililitro → 1 ml = 0,001 l
Capacidade Litro l
Exemplo:
Massa Quilograma kg
Superfície/área Metro quadrado m² Converter 20 ml em dl
Medidas agrárias Are a dl ← cl ← ml
volume Metro cúbico m³
Basta deslocar a vírgula duas casas decimais
Medidas de comprimento à esquerda.

Comprimento é, talvez, a medida mais 20 ml = 0,20 dl


utilizada no cotidiano. Por isso, acredito que todos
deve ter facilidade para entender essa grandeza e Medidas de massa
sua unidade de medida.
A grandeza massa não é muito usual no dia a
A unidade de medida padrão: metro (m) dia, mas muito comum quando nos deparamos com
problemas de física. Unidade padrão: quilograma (kg)
Quilômetros → 1 km = 1000 m Quilograma → 1 kg = 1000 g
Hectômetro → 1 hm = 100 m Hectograma → 1 hg = 100 g

Decâmetro → 1 dam = 10 m Decagrama → 1 dag = 10 g


Decigrama → 1 dg = 0,1 g
Decímetro → 1 dm = 0,1 m
Centigrama → 1 cg = 0,01 g
Centímetro → 1 cm = 0,01 m
Miligrama → 1 mg = 0,001 g
Milímetro → 1 mm = 0,001 m Dizemos 1.000 kg corresponde a 1 tonelada

Exemplos: 1 t = 1.000 kg
Exemplos:
Converter 10 dam em cm:
Converter 32 g em hg:
dam → m → dm → cm
hg ← dag ← g
10 dam = 10 m = 1.000 dm = 10.000 cm Deveremos deslocar a vírgula duas casas
decimais para a esquerda.
É o mesmo que deslocar a vírgula para a
direita em três casas: 32 g = 0,32 hg
Converter 782 kg em toneladas:
10 dam = 10.000 cm
Uma tonelada (1 t) equivale a 1.000 kg.
Converter 320 dm em km: Assim, deveremos dividir a quantidade de kg por
1.000, que é o mesmo que deslocar a vírgula três
km ← hm ← dam ← m ← dm casas decimais à esquerda.
É o mesmo que deslocar a vírgula quatro Logo, 782 kg = 0,782 t
casas à esquerda.
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MATEMÁTICA
Medidas de superfície ou área 1 mm³ = 10-9 m³
Medidas de superfície ou área também está Exemplos:
presente no nosso dia a dia. A unidade de medida
Converta 2.578 mm³ em dm³:
padrão é: metro quadrado (m²)
dm³ ← cm³ ← mm³
1 km² → 1.000.000 m² = 106 m²
2.578 mm³ = 2,578 cm³ = 0,002.578 dm³
1 hm² → 10.000 m² = 104 m²
Na prática, é o mesmo que deslocar a vírgula
1 dam² →100 m² = 102 m²
três casas decimais para esquerda.
1 dm² → 0,01 m² = 10-2 m²
Converta 28,3 m³ em dm³:
1 cm² → 0,0001 m² = 10-4 m²
m³ → dm³
1 mm² → 0,000001 m² = 10-6 m²
Deveremos deslocar a vírgula três casas
Medidas agrárias decimais para a direita.
Os fazendeiros devem conhecer essa 28,3 m³ = 28.300 dm³
unidade de media muito bem e, aqui, você também
Fonte: Matemática básica
vai entender. A unidade de medida padrão é: are
(a)
1 a = 1 dam²
Hectare (ha) = 1 hm²
Centiare (ca) = 1 m²
Exemplos:
Converter 3,2 hm² em m²:
hm² → dam² → m²
3,2 hm² = 320 dam² = 32.000 m²
É o mesmo que deslocar a vírgula quatro
casas decimais à direita, pois as unidades são
quadradas.
Converter 48,6 dm² em m²:
m² ← dm²
Deveremos deslocar a vírgula duas casas
decimais à esquerda.
48,6 dm² = 0,486 m²
Converter 21,7 ha em km²:
21,7 ha = 21,7 hm²
km² ← hm²
Deveremos deslocar a vírgula duas casas
decimais à esquerda.
21,7 ha = 21,7 hm² = 0,217 km²
Medidas de volume
Quem nunca quis saber quanto cabe em
uma caixa d’água, por exemplo. Para essa
grandeza utilizamos a unidade de media padrão:
metro cúbico (m³)
1 km³ = 109 m³
1 hm³ = 106 m³
1 dam³ = 103 m³
1 dm³ = 10-3 m³
1 cm³ = 10-6 m³
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MATEMÁTICA
Quarta Proporcional
Dados três números A, B e C, nesta ordem, é
um número X para completar com os outros três uma
RAZÃO
relação de proporção, obtém-se:
A etimologia latina de razão, ratio, não
possui ralação com a ideia de faculdade que
permite a distinguir a relação entre as coisas da
realidade ou juízo, mas sim a ideia de quociente,
divisão, a noção que a matemática assimilou. Por
isso, razão é o quociente entre dois números A e B, Observando a relação acima é possível
com B ≠ 0. Assim, a razão entre os números A e B concluir que a Quarta Proporcional é, simplesmente
pode ser dita “razão de A para B” e representada a chamada Regra de Três.
como: Proporção Contínua
É aquela que tem os termos meios iguais:
A.D = B.C, com B = C. O valor comum dos meios é
chamado média proporcional (ou média
geométrica) dos extremos, pois, por exemplo:
Uma razão também pode identificada pela
representação A : B. É importante saber que, em
uma razão, A sempre será chamado de
antecedente, enquanto B será sempre chamado de
consequente.
Sendo assim, é possível perceber que a
Exemplo: média proporcional entre 2 e 8 é 4, já que:
Se uma bicicleta possui 54 dentes em uma 8.2 = 4.4
coroa dianteira e 27 dentes na coroa traseira, a
Grandezas Diretamente Proporcionais
razão da marcha da bicicleta será 54 : 27 ou 2 : 1.
Isso significa que a roda traseira gira duas vezes É um tipo de proporção que envolve duas
cada vez que o pedal gira uma vez. Então, se a grandezas e quando uma delas é aumentada a outra
razão for de 54 : 11, por exemplo, a roda traseira também aumenta na mesma proporção ou
vai girar aproximadamente cinco vezes para cada diminuindo uma delas a outra também diminui na
vez que o pedal girar. mesma proporção. Sendo duas grandezas A e B
diretamente proporcionais, então, a relação
PROPORÇÃO
estabelecida entre elas é: A/B = K ou A = B.K.
Dados quatro números racionais A, B, C e
Grandezas Inversamente Proporcionais
D diferentes de zero, proporção é a expressão que
indica uma igualdade entre duas ou mais razões e É o tipo de proporção que envolve duas
pode ser expressa da seguinte forma: grandezas e quando uma delas aumenta a outra
diminui na mesma proporção ou diminuindo uma
delas a outra aumenta na mesma proporção. Sendo
duas grandezas A e B inversamente proporcionais,
então, a relação estabelecida entre elas é: A.B = K
ou A = K/B
Uma proporção também pode ser expressa
como a igualdade entre os produtos (A . D) e (B .
C), da seguinte forma: A.D = B.C.
É importante saber que os números A, B, C
e D são denominados termos, sendo que os
números A e B são os dois primeiros termos e os
números C e D são os dois últimos termos da
relação de proporção. Os números A e C são
os antecedentes de cada razão, enquanto os
números B e D são os consequentes de cada razão
que compõem a relação de proporção.
Em uma relação de proporção A e D são
os extremos B e C são os meios. Além disso, a
divisão entre A e B e a divisão entre C e D, é uma
constante K, denominada constante de
proporcionalidade K da razão.

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MATEMÁTICA
um caso discorde da premissa geral. Já a fraca
refere-se a falta de sustentabilidade de um conceito
ou conclusão.
O que é o Raciocínio lógico:
Raciocínio Dedutivo
Raciocínio lógico é um processo de
Nesse tipo específico de raciocínio não se
estruturação do pensamento de acordo com as
leva em conta os problemas enfrentados na analogia
normas da lógica que permite chegar a uma
e na indução. A dedução parte de uma premissa
determinada conclusão ou resolver um problema.
geral para outra mais específica. Esse tipo de
Um raciocínio lógico requer consciência e raciocínio trabalha para provar a veracidade de uma
capacidade de organização do pensamento. proposição com base na veracidade de outras
Existem diferentes tipos de raciocínio lógico, como proposições.
o dedutivo, indutivo e abdução. No entanto, também
pode ser aplicado na área da dialética.
Frequentemente, o raciocínio lógico é
usado para fazer inferências, sendo que começa
com uma afirmação ou proposição inicial, seguido
de uma afirmação intermediária e uma conclusão.
Assim, ele também é uma ferramenta analítica e
sequencial para justificar, analisar, argumentar ou
confirmar alguns raciocínios. É fundamentado em
dados que podem ser comprovados, e por isso é
preciso e exato.
É possível resolver problemas usando o
raciocínio lógico. No entanto, ele não pode ser
ensinado diretamente, mas pode ser desenvolvido
através da resolução de exercícios lógicos que
contribuem para a evolução de algumas habilidades
mentais.
Muitas empresas utilizam exercícios de
raciocínio lógico para testarem a capacidade dos
candidatos. Este tipo de avaliação também é
comum em concursos públicos.
Raciocínio lógico matemático ou
quantitativo
O raciocínio lógico matemático ou
quantitativo é o raciocínio usado para a resolução
de alguns problemas e exercícios matemáticos.
Esses exercícios são frequentemente usados no
âmbito escolar, através de problemas matriciais,
geométricos e aritméticos, para que os alunos
desenvolvam determinadas aptidões. Este tipo de
raciocínio é bastante usado em áreas como a
análise combinatória.
Raciocínio lógico é um processo de
estruturação do pensamento de acordo com as
normas da lógica que permite chegar a uma
determinada conclusão ou resolver um problema.
Um raciocínio lógico requer consciência e
capacidade de organização do pensamento.
Existem diferentes tipos de raciocínio lógico, como
o dedutivo e o indutivo.
Raciocínio Indutivo
A indução está relacionada a diversos
casos pequenos que chegam a uma conclusão
geral. Nesse sentido podemos definir também a
indução fraca e a indução forte. Essa indução forte
ocorre quando não existe grandes chances de que

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MATEMÁTICA
resolução, reescrevendo os números internos com o
seus sinais originais.
Quando o sinal de subtração (-) anteceder
Nem todas as dificuldades encontradas na
um parêntese, colchete ou chaves, deveremos
resolução de problemas ou cálculos matemáticos
eliminar o parêntese, o colchete ou chaves, na ordem
são relativas, pelo menos diretamente, ao assunto
de resolução, reescrevendo os números internos com
em estudo. Em alguns casos, existe uma evidente
o seus sinais invertidos.
deficiência na explicação do conteúdo, por parte do
professor, em outros falta à atenção adequada para Resolvendo expressões
a sua compreensão por parte do aluno. O fato é
Vejam a expressão numérica 15 x 2 – 30 ÷ 3
que para compreender os conteúdos matemáticos,
+7
além de ser preciso dedicar o máximo possível de
atenção, é também necessário o descomplicamento 15 x 2 – 30 ÷ 3 + 7 → primeiro resolveremos
do seu ensino, isto é, o professor deverá apresentar a multiplicação e a divisão, em qualquer ordem.
o desenvolvimento dos cálculos propostos, mas
sempre que for possível, mostrar aos alunos os 30 – 10 + 7 → Agora resolveremos a adição
atalhos primordiais para a agilização de suas e subtração, também em qualquer ordem.
soluções. 27 (Resultado Final)
As expressões numéricas são altamente Acompanhem a resolução da expressão 10 x
necessárias para solucionarmos problemas [30 ÷ (2 x 3 + 4) + 15]
cotidianos. Através do conhecimento das operações
básicas da matemática, bem como da interpretação 10 x [30 ÷ (2 x 3 + 4) + 15] → primeiro
dos dados contidos nos problemas, podemos resolveremos a multiplicação interna aos parênteses.
organizar o problema, extrair suas informações 10 x [30 ÷ (6 + 4) + 15] → resolveremos a
principais, convertê-lo a um modelo matemático e, adição interna aos parênteses, desta forma os
por fim, efetuar os cálculos para a sua resolução. eliminando.
Neste trabalho, mostrarei apenas as 10 x [30 ÷ 10 + 15] → resolveremos a divisão
expressões numéricas simples, aquelas que interna aos colchetes.
apresentam apenas multiplicação, divisão, adição e
subtração. 10 x [3 + 15] → resolveremos a adição
interna aos colchetes.
Os elementos de uma expressão
numérica 10 x [18] → eliminaremos os colchetes, como
o sinal de multiplicação os antecede, apenas
Uma expressão numérica é composta de reescreveremos o número interno com o seu sinal de
alguns elementos que deverão ser observados origem.
atentamente antes do início de sua resolução. É
importante também, antes de explorarmos os 10 x 18 → resolveremos a multiplicação.
elementos em debate, chamar atenção para a 180 (Resultado Final)
ordem das operações matemáticas dispostas na
expressão, ou seja, deveremos sempre resolver os Observem a expressão 25 + {14 – [25 x 4 +
produtos e os quocientes, para somente após 40 – (20 ÷ 2 + 10)]} e acompanhem as sua respectiva
operar com as adições e subtrações. Um pouco resolução:
mais adiante detalharei mais essa informação. 25 + {14 – [25 x 4 + 40 – (20 ÷ 2 + 10)]}
Em relação aos elementos de uma → primeiro resolveremos a divisão interna aos
expressão, podemos destacar os parênteses ( ), os parênteses.
colchetes [ ], as chaves { }, os números e os 25 + {14 – [25 x 4 + 40 – (10 + 10)]}
símbolos de operação. Entre os parênteses, → resolveremos a adição interna aos parênteses.
colchetes e chaves, também existe uma sequência
resolutiva a ser seguida. Primeiro resolvemos a 25 + {14 – [25 x 4 + 40 – (20)]}
parte interna dos parênteses, em seguida os → eliminaremos os parênteses, como o sinal que os
colchetes e, logo após, as chaves. Ao concluirmos antecede é negativo, inverteremos o sinal interno.
esse ritual, nos restará uma expressão simples, 25 + {14 – [25 x 4 + 40 – 20]}
contendo apenas o que chamamos de adição → resolveremos a multiplicação interna aos
algébrica. colchetes.
Considerações sobre os sinais de adição 25 + {14 – [100 + 40 – 20]} → resolveremos a
(+) e subtração (-) adição e subtração, em qualquer ordem, internas aos
Quando o sinal de adição (+) anteceder um colchetes.
parêntese, colchete ou chaves, deveremos eliminar 25 + {14 – [120]} → eliminaremos os
o parêntese, o colchete ou chaves, na ordem de colchetes, como o sinal que os antecede é negativo,
inverteremos o sinal interno.

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MATEMÁTICA
25 + {14 – 120} → resolveremos a ANOTAÇÕES
subtração interna aos colchetes.
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25 + {- 106} → eliminaremos as chaves,
__________________________________________
como o sinal que as antecede é positivo,
manteremos o sinal interno original. __________________________________________
25 – 106 → resolveremos a subtração __________________________________________
- 81 (Resultado Final) __________________________________________
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LEGISLAÇÃO

CARGO: COZINHEIRA – PREFEITURA DE ALTAMIRA/PA 2019


LEGISLAÇÃO
1. Regime Jurídico Único dos Servidores de Altamira ................................................................................. 2

2. Direito Administrativo: ................................................................................................................................ 4

Regime jurídico administrativo ........................................................................................................................... 4

3. A Administração Pública:............................................................................................................................ 5

Conceito ............................................................................................................................................................. 5

4. Poderes e deveres do administrador público ........................................................................................... 7

5. Uso e abuso do poder ................................................................................................................................. 8

6. Administração Pública Direta e Indireta, Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas,


Sociedades de economia mista ...................................................................................................................... 10

7. Entidades paraestatais ................................................................................................................................ 12

8. Organizações Sociais .................................................................................................................................. 13

9. Poderes Administrativos:............................................................................................................................ 16

Poder vinculado ................................................................................................................................................. 16

Poder discricionário ........................................................................................................................................... 16

Poder hierárquico............................................................................................................................................... 17

Poder disciplinar ................................................................................................................................................ 19

Poder regulamentar ........................................................................................................................................... 20

Poder de polícia ................................................................................................................................................. 23

10. Servidores públicos ................................................................................................................................... 27

Regime estatutário ............................................................................................................................................. 27

Direitos, deveres e responsabilidade ................................................................................................................. 27

11. Responsabilidade civil do Estado ............................................................................................................ 40

12. Ação de Indenização.................................................................................................................................. 52

13. Ação Regressiva ........................................................................................................................................ 53

14. Direito Constitucional:............................................................................................................................... 58

Supremacia da Constituição .............................................................................................................................. 58

Princípios Fundamentais da Constituição Brasileira .......................................................................................... 61

Direitos e Garantias Fundamentais: Direitos e Deveres Individuais, Coletivos, Sociais, Políticos e Nacionalidade
........................................................................................................................................................................... 62

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LEGISLAÇÃO
legislação é omissa sobre determinada conduta, ela a
proíbe.
Podemos citar as Súmulas 346 e 473 do
Supremo Tribunal Federal como oriundas da
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
aplicação expressa do princípio da legalidade.
O Regime Jurídico Administrativo consiste
Já o Princípio da Impessoalidade, que pode
no conjunto de regras, normas e princípios que
ser considerado um desdobramento do Artigo 5º,
estruturam a Administração Pública, sempre
caput, da Constituição Federal; conforme os
evidenciando a supremacia do interesse público
ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, deve ser
sobre o interesse particular. Basicamente, visando
interpretado à luz do princípio da finalidade, haja vista
a "integridade" da coisa pública, referido regime tem
que a impessoalidade é a maneira pela qual deve
a finalidade de nortear as atividades
agir o agente sempre visando o interesse público.
desempenhadas pelos seus agentes.
Segundo a corrente majoritária, a
Segundo Marçal Justen Filho, "o regime
impessoalidade tem seu grande foco para o
jurídico de direito público consiste no conjunto de
Administrador (exemplo disto é o disposto no Artigo
normas jurídicas que disciplinam o desempenho de
100 da Constituição Federal). Já a corrente
atividades e de organizações de interesse coletivo,
minoritária entende que seu foco é direcionado ao
vinculadas direta ou indiretamente à realização dos
Administrado (fixando sua responsabilidade, como no
direitos fundamentais, caracterizado pela ausência
disposto no Artigo 37, parágrafo 2º da CF).
de disponibilidade e pela vinculação à satisfação de
determinados fins." Portanto, o agente público não deve agir em
nome próprio e sim em nome do Poder Público. Além
Cumpre ressaltar que a Administração
disso, sempre deve agir em consonância ao princípio
Pública deve sempre buscar o bem estar coletivo e,
da Legalidade e da Supremacia do Interesse Público
para tanto, deve obedecer estritamente tanto os
sobre o Particular.
princípios expressos quanto os princípios implícitos
que regem sua atuação. O terceiro princípio consagrado no Artigo 37,
caput é o Princípio da Moralidade. A princípio,
Não há que se falar em hierarquia em se
devemos fazer a distinção entre a moralidade comum
tratando da aplicação dos princípios implícitos e
e a moralidade jurídica. A primeira diz respeito aos
expressos, posto que ambos possuem a mesma
conceitos de moralidades trazidos pela Filosofia e
força jurídica. Vale destacar que os princípios
Sociologia, ou seja, são aquelas condutas esperadas
considerados basilares da atividade Pública são
da sociedade. Podemos citar a moralidade jurídica
princípios implícitos, sendo eles: (i) supremacia do
como sinônimo da probidade administrativa esperada
interesse público sobre o privado e (ii)
de seus agentes.
indisponibilidade dos interesses públicos por parte
da Administração Pública. Desta maneira, o Princípio da Moralidade
prega que o administrador possui a obrigação de
Os princípios expressos encontram-se
honestidade e probidade, sob pena de
consagrados no Art. 37 caput da Constituição
enquadramento no parágrafo 4º do Artigo 37 da
Federal de 1988, veja-se:
Constituição Federal e da Lei nº 8.429/92.
"Art. 37. A administração pública direta e
O próximo Princípio é o da Publicidade que
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
se baseia na afirmativa de que todos os atos devem
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
ser acessíveis à todos, possuindo ampla publitização,
obedecerá aos princípios de legalidade,
visando uma atuação transparente do Poder Público,
impessoalidade, moralidade, publicidade e
ressalvando-se os casos excepcionais de sigilo
eficiência e, também (..)" (g. N.)
(quando imprescindível para a segurança da
O Princípio da Legalidade possui sociedade e do próprio Estado).
interpretações distintas em se tratando de sua
É de grande importância, posto que referido
aplicação para os cidadãos e para a Administração
princípio é o que sustenta o Sistema Republicano.
Pública.
O Princípio da Eficiência foi inserido junto aos
Para os primeiros, sua aplicação consiste
princípios expressos citados acima apenas no ano de
na seguinte afirmativa "tudo aquilo que não for
1998, através da Emenda Constitucional nº 19 e aduz
proibido por lei, é permitido". Já para a segunda,
que o administrador deve sempre atuar em busca do
possui uma interpretação mais "fechada", posto que
interesse público, entretanto deve fazê-lo observando
somente poderá agir de acordo com o que a
a rapidez, perfeição e rendimento, culminando na
legislação permite, ou seja, o Administrador Público
obtenção do melhor resultado.
somente poderá praticar os atos que a lei
expressamente prevê e, ainda, permite. É Apesar de nossa Magna Carta apenas dispor
importante ressaltar que, em se tratando expressamente sobre os princípios citados acima, há,
especificamente da Administração Pública, aquilo segundo entendimento pacífico e uníssono de nossa
que a lei não dispõe, ela não permite; portanto, se a
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LEGISLAÇÃO
doutrina, a existência de outros princípios: os inerentes à si, e que, por sua vez, possuem as
implícitos, quais sejam: seguintes características: obrigatoriedade,
irrenunciabilidade, instransferibilidade, imodificáveis e
(1) Princípio da Razoabilidade:
imprescritíveis.
A Razoabilidade requer a presença da
(1) Poder Hierárquico: Estabelece uma
coerência nas decisões públicas e nas medidas
situação de subordinação entre os servidores
administrativas, ou seja, a Administração Pública
públicos. É o poder pelo qual a Administração Pública
deve sempre atuar de maneira lógica e congruente.
dispõe para distribuir e escalonar todas as funções
Referido princípio encontra-se implícito no de seus órgãos. As principais faculdades deste poder
Artigo 5º, inciso LIV da Constituição, segundo são ordenar, fiscalizar, rever, delegar e avocar.
entendimento do Supremo Tribunal Federal.
(2) Poder Disciplinar: É o poder que permite
(2) Princípio da Proporcionalidade: que a Administração Pública possa punir seus
funcionários (sejam os servidores, sejam quaisquer
Consagra que a atividade administrativa outros que também estejam subordinados à ela) sem
deve ser realizada na extensão e na intensidade necessitar socorrer-se do Poder Judiciário. Portanto,
apropriada visando cumprir a finalidade pública. trata-se de um poder-dever que, se não obedecido,
(3) Princípio da Continuidade dos Serviços incorrerá no Art. 320 do Código Penal Brasileiro
Públicos: (crime contra a Administração Pública).
Consagra a ininterrupção da atividade (3) Poder Regulamentar: Trata-se do poder
pública. Exemplo disto é a cota de pessoas que concedido aos Chefes do Poder Executivo para que,
devem permanecer trabalhando em casos de visando a correta execução da legislação, expeçam
greves legais. decretos e regulamentos para complementar ou
explicitar as leis existentes. Um exemplo da aplicação
(4) Princípio da Indisponibilidade do deste poder é o Artigo 84, IV, da Constituição
Interesse Público: Federal.
Os órgãos da Administração não podem (4) Poder de Polícia: É a faculdade de que
dispor dos bens, direitos, interesses e serviços dispõe a Administração Pública para condicionar e
públicos, devendo apenas atuar de modo a restringir o uso de bens, atividades e direitos em
conservá-los e desenvolvê-los. benefício da coletividade. Trata-se de um dever-
(5) Princípio da Motivação: poder que limitam os direitos
fundamentais/liberdades (e também sua efetividade)
Este princípio é inerente à qualquer ação do e prevenção das ações que causam desordem no
Poder Judiciário. Já para a Administração Pública, bem social (enquanto a limitação das liberdades é
segundo Celso Bandeira Antônio de Melo, é um focada no indivíduo, a prevenção pé focada no
princípio implícito, tanto para os atos vinculados coletivo).
quanto para os atos discricionários (exceto quando
apenas se irá repetir o que já constar no ato No sentido amplo, Poder de Polícia pode ser
vinculado). qualquer atividade estatal (inclusive legislativa) e
qualquer limitação/condicionamento. Já no sentido
O descumprimento deste princípio estrito, segundo Celso Bandeira Antônio de Melo, é a
acarretará nulidade e está implicitamente disposto atuação do Administrador Público no caso concreto,
no Artigo 93, IV e Artigo 5º, XXXIII e LV da CF. isto é, sempre nos limites estabelecidos em lei que
(6) Princípio da Autotutela: tem por finalidade impedir ações e práticas contrárias
ao interesse público.
A Administração pública não necessita
requisitar autorização judicial para agir, podendo, Podemos encontrar referido dispositivo no
portanto, rever seus próprios atos. Os atos Art. 78 do Código Tributário Nacional.
inconvenientes, devem ser retirados do Os limites de referido poder são:
ordenamento por meio da revogação e os atos necessidade, eficácia, proporcionalidade e
ilegítimos por meio da anulação, tudo visando razoabilidade.
retirar do nosso ordenamento jurídico os atos
ilegais (através de seu poder de fiscalização).
(7) Princípio da Segurança Jurídica:
Consiste na necessidade de previsibilidade
dos atos administrativos e estabilização das
relações jurídicas.
Para que a Administração Pública possa
desempenhar suas funções em busca do interesse
público, a mesma é dotada de poderes
administrativos, ou seja, poderes instrumentais

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LEGISLAÇÃO
ANOTAÇÕES
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EM ANEXO EM __________________________________________
ARQUIVO PDF __________________________________________
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LEGISLAÇÃO
O Estado é constituído de três elementos
originários e indissociáveis: Povo, Território e
Governo soberano.
CONCEITO Povo é o componente humano do Estado;
Administração pública é um conceito da Território, a sua base física;
área do direito que descreve o conjunto
de agentes, serviços e órgãos instituídos Governo soberano, o elemento condutor do
pelo Estado com o objetivo de fazer a gestão de Estado, que detém e exerce o poder absoluto de
certas áreas de uma sociedade, auto-determinação e auto-organização emanado do
como Educação, Saúde, Cultura, etc. Povo.
Administração pública também representa o Não há nem pode haver Estado
conjunto de ações que compõem a função independente sem Soberania, isto é, sem esse poder
administrativa. absoluto, indivisível e incontrastável de organizar-se
A administração pública tem como objetivo e de conduzir-se segundo a vontade livre de seu
trabalhar a favor do interesse público, e dos Povo e de fazer cumprir as suas decisões, inclusive,
direitos e interesses dos cidadãos que administra. pela força, se necessário. A vontade estatal
Na maior parte das vezes, a administração pública apresenta-se e se manifesta através dos
está organizada de forma a reduzir processos denominados poderes de Estado.
burocráticos. Também é comum existir a A administração pública tem por finalidade o
descentralização administrativa, no caso da atendimento das demandas sociais e estratégicas do
administração pública indireta, que significa que Estado como um todo, sendo que as demandas
alguns interessados podem participar de forma estratégicas são aquelas que condicionam a saúde
efetiva na gestão de serviços. financeira e econômica do Estado para que possa
Um indivíduo que trabalha na administração haver perenidade no atendimento das demandas
pública é conhecido como gestor público, e tem sociais, o real fim da administração pública.
uma grande responsabilidade para com a O escopo da administração pública é
sociedade e nação, devendo fazer a gestão e extremamente abrangente, mas podem-se destacar
administração de matérias públicas, de forma aspectos como a saúde, educação, transporte,
transparente e ética, em concordância com as saneamento básico, infraestrutura e logística,
normas legais estipuladas. Quando um agente saneamento, financiamento e assistência social.
público incorre em uma prática ilegal contra os
príncipios da Administração Pública, ele pode ser Compõem a administração pública o poder
julgado por improbidade administrativa, conforme executivo e todos os órgãos do Estado, responsáveis
a lei nº 8.429 de 2 de Junho de 1992. pela elaboração e gestão das diretrizes, assim como
pela execução das políticas de Estado, buscando o
A natureza é de um múnus público para cumprimento de metas, atuando conforme o
que a exerce, ou seja, a de um encargo de defesa, orçamento, respeitando a legislação vigente e
conservação e melhoramento dos bens, serviços e cumprindo as determinações fiscais. Estão inseridas
interesse da coletividade. Ao ser investido em uma nesse contexto as instituições privadas contratadas
função ou cargo público, todo o agente assume para prestar serviço ao Estado.
para com a coletividade o compromisso / dever de
bem servi-la, todo agente do poder assume para Cabe às agências reguladoras a fiscalização
com a coletividade o compromisso de bem servi-la, da administração pública, ao poder legislativo e aos
porque outro não é o desejo do povo, como legítimo órgãos de controle, como os tribunais de conta.
destinatário dos bens, serviços e interesses Administração direta e indireta
administrados pelo Estado.
O fundamental é compreender como
É a de um encargo de defesa, conservação interagem esses dois elementos da administração
e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da pública, salientando que são forças complementares
coletividade. do esforço para atingir suas metas. Em outras
Como tal, impõe-se ao administrador palavras, a finalidade da administração direta e
público a obrigação de cumprir fielmente os indireta é a mesma, qual seja a execução das
preceitos do Direito e da moral administrativa que políticas de estado.
regem a sua atuação. A diferença principal é quanto à natureza e o
Os elementos da Administração Pública são papel de cada uma. Quanto ao papel, a
as pessoas jurídicas de direito público e de direito administração direta está no centro das decisões,
privado por delegação, órgãos e agentes públicos enquanto a indireta representa um conjunto de
que exercem a função administrativa. mecanismos de apoio à execução das políticas de
Estado. Quanto à natureza, se distinguem pelo fato
da administração direta ser composta por órgãos que
não possuem autonomia jurídica, administrativa e

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LEGISLAÇÃO
patrimonial, enquanto a administração indireta é ANOTAÇÕES
composta por entidades autônomas do ponto de
__________________________________________
vista jurídico, administrativo e patrimonial.
__________________________________________
Fazem parte da administração direta os
órgãos de fiscalização e controle, ministérios, __________________________________________
secretarias e órgãos a eles subordinados. Os
__________________________________________
ministérios e secretarias estão subordinados ao
Poder Executivo, enquanto todos os órgãos ligados __________________________________________
à administração pública direta estão subordinados
__________________________________________
aos mesmos.
__________________________________________
Os órgãos da administração indireta são,
basicamente, as autarquias, as empresas públicas, __________________________________________
as sociedades de economia mista e as fundações
__________________________________________
públicas. Essas organizações são controladas pelo
poder público e estão ligadas às políticas públicas, __________________________________________
mas possuem gestão própria e são condicionadas
__________________________________________
por metas próprias, de modo que há toda uma
legislação que regulamenta a relação das mesmas __________________________________________
com o Poder Executivo. Um bom exemplo de como
__________________________________________
se dá a relação entre a Administração Direta e a
Administração Indireta foi o processo que levou ao __________________________________________
impeachment da presidente Dilma Rousseff, que,
__________________________________________
na opinião dos que apoiaram o processo,
desrespeitou a legislação ao ―tomar empréstimo‖ a __________________________________________
um banco público, o que é vedado pela mesma, e
__________________________________________
ao atrasar repasses do Plano Safra, uma política
consagrada de financiamento à produção agrícola. __________________________________________
Autarquias -São instituições cuja finalidade __________________________________________
é administrar demandas específicas da __________________________________________
administração pública, cuja autonomia se deve à
necessidade de conferir dinamismo à mesma. __________________________________________
Estão entre elas o Banco Central, o Conselho __________________________________________
Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o INSS e __________________________________________
as agências reguladoras, como a Agência Nacional __________________________________________
de Águas (ANA) e a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA). __________________________________________
Fundações Públicas - São entidades __________________________________________
públicas, financiadas pela união, com o propósito __________________________________________
de dar apoio às políticas públicas, que, apesar da
autonomia, não visam lucro, mas a prestação de __________________________________________
serviços, caso, por exemplo, do Conselho Nacional __________________________________________
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), da Fundação Nacional de Saúde ( __________________________________________
FUNASA) e Fundação Nacional do Índio (FUNAI). __________________________________________
Empresas Públicas - São empresas que __________________________________________
funcionam como empresas, mas cujo capital é
exclusivamente da União, e a finalidade maior é o __________________________________________
fomento econômico e o apoio à gestão das __________________________________________
demandas públicas. A Caixa Econômica Federal é
o melhor exemplo. __________________________________________
Sociedades de Economia Mista - São __________________________________________
organizações empresariais de capital aberto, mas __________________________________________
que são controladas pelo Estado, que detêm a
maioria das ações com direito a voto, de modo que __________________________________________
possa direcionar suas políticas internas em favor do __________________________________________
interesse público. Alguns exemplos são Petrobras,
o Banco do Brasil e a Sabesp. __________________________________________
__________________________________________

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LEGISLAÇÃO
Dever de probidade: exige que a atuação do
administrador público seja em consonância com os
princípios da moralidade e honestidade administrativa
sob pena de serem aplicadas sanções
administrativas, penais e política (art. 37, §4º da CF).
Dever de prestar contas: Constitui um dever
PODERES DO ADMINISTRADOR inerente do administrador público a prestação de
PÚBLICO contas referente à gestão dos bens e interesses da
coletividade.
Os poderes constituem o instrumento que é
utilizado pela administração pública para cumprir as
suas finalidades. São os principais poderes
administrativos:

Poder vinculado: é o poder que tem a


Administração Pública para praticar certos atos em
que é mínima ou inexistente sua liberdade de
atuação.

Poder discricionário: é aquele em que a


administração pública possui uma razoável
liberdade de atuação, agindo de acordo com
liberdade de escolha de sua conveniência,
oportunidade e conteúdo.

Poder hierárquico: caracteriza-se pela


existência de grau de subordinação entre os
diversos órgãos e agentes do Executivo. Há a
distribuição de funções de seus órgãos, que ordena
e rever a atuação de seus agentes, estabelece a
relação de subordinação entre os servidores
públicos de seu quadro de pessoal.

Poder regulamentar: é aquele conferido


aos Chefes dos Poderes Executivos (Presidente,
Governadores e Prefeitos) para expedir decretos e
regulamentos. E decorre de competência
diretamente constitucional (art. 84 da CF).

Poder disciplinar: está diretamente


relacionado ao com o poder hierárquico, e é a
faculdade que a Administração Pública possui de
punir as infrações funcionais de seus servidores w
demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e
serviços da Administração.
DEVERES DOS ADMINISTRADORES PÚBLICOS
São deveres do administrador público de
acordo com a doutrina:
Poder-dever de agir: o poder
administrativo conferido a administração para atingir
o fim público representa um dever de agir e uma
obrigação do administrador público de atuar em
benefício da coletividade e seus indivíduos. E tal
poder é irrenunciável (e devem ser executados pelo
titular) e obrigatório.
Dever de eficiência: é a necessidade de
tornar a atuação do administrador público mais
célere, coordenado e eficiente, ou seja, é o dever
de boa administração.

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LEGISLAÇÃO
praticado em desobediência à previsão legal (ex.:
aplicar pena de advertência em situação para a qual
a lei prevê aplicação da pena de suspensão).
O ordenamento jurídico deve conferir, à
A conduta abusiva dos administradores pode
Administração Pública, certas prerrogativas
decorrer de duas causas:
indispensáveis à consecução de sua finalidade
primordial a satisfação do interesse público. a) o agente atua fora dos limites da sua
competência; e
Essas vantagens são os poderes
administrativos e sua necessidade advém da b) o agente, embora dentro de sua
circunstância de que, diversas vezes, particulares e competência, afasta-se do interesse público que deve
até mesmo agentes públicos devem ser compelidos nortear todo desempenho administrativo.
a adequar seu comportamento ao interesse público,
No primeiro caso, diz-se que o sujeito atuou
que tem supremacia sobre os interesses privados.
com ―excesso de poder‖ e no segundo, com ―desvio
Mas, ao mesmo tempo em que confere de poder‖.
poderes, o ordenamento jurídico impõe, de outro
A finalidade da lei está sempre voltada para o
lado, deveres específicos para aqueles que,
interesse público. Além disso, cada ato administrativo
atuando em nome do Poder Público, executam as
tem uma finalidade específica. Se o agente atua em
atividades administrativas. São os deveres
descompasso com esses fins, desvia-se do seu
administrativos, que serão estudados no tópico
poder e pratica, assim, conduta ilegítima. Assim, o
referente ao Poder Disciplinar.
desvio de poder é caracterizado mesmo quando o
Uso do poder ato é praticado tendo em vista a satisfação do
interesse público, mas com objetivo diverso daquele
Uso do poder é a utilização normal, pelos
previsto em lei. Por isso, tal vício é também
agentes públicos, das prerrogativas que a lei lhes
denominado de desvio de finalidade, denominação,
confere.
aliás, adotada na lei que disciplina a ação popular
Quando um poder jurídico é conferido a um (Lei 4.717/65, art. 2°, parágrafo único, e). O desvio
particular, pode ser ele exercitado ou não, já que se de finalidade desrespeita não só ao princípio
trata de mera faculdade de agir. Essa é a regra. constitucional da impessoalidade, mas também ao da
Seu fundamento está na circunstância de que o moralidade.
exercício ou não do poder acarreta reflexos
O abuso de poder é ato de improbidade
basicamente para o próprio titular.
administrativa que atenta, ao menos, contra os
Essa situação não se passa no âmbito do princípios da Administração Pública – Lei 8.429/92,
Direito Público. Os poderes administrativos são art. 11, I: ―praticar ato visando fim proibido em lei ou
outorgados aos agentes do Poder Público para lhes regulamento [desvio de finalidade] ou diverso
permitir uma atuação voltada aos interesses da daquele previsto na regra de competência [excesso
coletividade. de poder]‖.
Sendo assim, deles derivam duas O ato executado com excesso de poder pode
consequências: ser convalidado pelo agente competente para a
prática do ato. Nesse caso, a convalidação é
a) são irrenunciáveis;
chamada de ratificação, sendo vedada apenas
b) devem ser, obrigatoriamente, exercidos, quando a competência for exclusiva. Porém, o desvio
pelos titulares ou conforme o caso, os delegatários de poder (ou de finalidade) torna ao administrativo
e os avocatários. absolutamente nulo, impedindo sua convalidação.
Exemplo disso é o art. 143 da Lei 8.112, de Agindo com abuso de poder, por qualquer de
1990, segundo o qual a autoridade que tiver ciência suas formas, o agente submete sua conduta a
de irregularidade no serviço é obrigada a promover revisão, judicial ou administrativa. Além disso, o
a sua apuração imediata, mediante sindicância ou exercício das funções de agente público com abuso
processo administrativo disciplinar, assegurada ao de poder não exclui a responsabilidade objetiva do
acusado a ampla defesa. Estado, que surge sempre que alguém, no exercício
de funções públicas, causar danos a terceiros.
Abuso do poder
A Constituição previu diversas garantias
Abuso de poder é toda ação ou omissão contra o abuso de poder. As principais são o habeas
que, violando dever ou proibição imposta ao corpus (art. 5°, LXVIII) – protege o direito de
agente, propicia, contra ele, medidas disciplinares, locomoção contra lesão ou ameaça de lesão, o
civis e criminais. É abuso de poder tanto o ato mandado de segurança (art. 5°, LXIX) – protege
praticado na forma da lei, mas que pretende atingir direito líquido e certo não amparado por habeas
um objetivo diverso do previsto legalmente (ex.: corpus nem por habeas data – e o direito de petição
remoção, de ofício, de servidor para outra (art. 5°, XXXIV, a) – poder de requerer providências
localidade, quando não há necessidade de pessoal, de qualquer autoridade pública.
mas apenas intenção de puni-lo) quanto o ato
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LEGISLAÇÃO
Nesse caso, em homenagem ao ANOTAÇÕES
atendimento de fim público, a desapropriação é
__________________________________________
considerada lícita. Porém, se o bem for utilizado
para finalidade privada, a desapropriação é __________________________________________
extinção, ocorrendo a retrocessão do bem para o
__________________________________________
antigo proprietário.
__________________________________________
Pela própria natureza do fato em si, todo
abuso de poder é uma conduta ilegal e, portanto, __________________________________________
nula. O uso normal do poder é condição essencial
__________________________________________
de validade de qualquer ato da Administração. Por
isso mesmo, o constituinte não utilizou a devida __________________________________________
técnica ao delinear o mandado de segurança,
__________________________________________
fixando entre seus pressupostos o fato de haver na
conduta administrativa ―ilegalidade ou abuso de __________________________________________
poder‖, dando a falsa impressão de serem
__________________________________________
fenômenos diversos e ensejando a errônea
interpretação de que poderia haver abuso de poder __________________________________________
legal, o que seria uma inegável contradição.
__________________________________________
__________________________________________
Poderes Prerrogativas, conferidas
administrativos pela Lei e pela __________________________________________
Constituição à __________________________________________
Administração Pública,
para que concretize o __________________________________________
princípio da supremacia __________________________________________
do interesse público
sobre o privado. __________________________________________
Deveres administrativos Imposição legal de __________________________________________
comportamentos sobre
os agentes públicos __________________________________________
como condição do __________________________________________
exercício válido de suas
atribuições. __________________________________________
Uso do poder Utilização das __________________________________________
prerrogativas
administrativas dentro __________________________________________
dos parâmetros definidos __________________________________________
legal e
constitucionalmente. __________________________________________
Poder-dever de agir Os poderes __________________________________________
administrativos são
__________________________________________
irrenunciáveis e devem
ser executados (pelo __________________________________________
titular, delegatário ou
__________________________________________
avocatário) sempre que
for necessário. __________________________________________
Abuso de poder Exercício das __________________________________________
prerrogativas
administrativas de forma __________________________________________
ilegal, inconstitucional ou __________________________________________
imoral.
__________________________________________
Espécies de abuso de Desvio de poder (ou de
poder finalidade) e excesso de __________________________________________
poder. __________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________

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LEGISLAÇÃO
A Administração Pública Indireta ou
Descentralizada é a atuação estatal de
forma indireta na prestação dos serviços públicos que
se dá por meio de outras pessoas jurídicas, distintas
da própria entidade política. Estas estruturas
recebem poderes de gerir áreas da Administração
Pública por meio de outorga.
A outorga ocorre quando o Estado cria uma
entidade (pessoa jurídica) e a ela transfere, por lei,
determinado serviço público ou de utilidade pública.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA Nesta descentralização de poderes não há


vinculo hierárquico entre a Administração Central e
Também chamada de Administração as Entidades que recebem a titularidade e a
Pública Centralizada, existe em todos os níveis das execução destes poderes, portanto, as entidades
Esferas do Governo, Federal, Estadual, Distrital e não são subordinadas ao Estado. O que existe na
Municipal, e em seus poderes, Executivo, relação entre ambas é um poder chamado de
Legislativo e Judiciário. É em si, a própria Controle com atribuições de fiscalização.
Administração Pública.
AUTARQUIA
Na Administração Pública Direta como o
próprio nome diz, a atividade administrativa é É a Entidade integrante da Administração
exercida pelo próprio governo que ―atua Pública Indireta, criada pelo próprio governo, através
diretamente por meio dos seus Órgãos, isto é, das de uma Lei Específica (lei ordinária que trata de um
unidades que são simples repartições interiores de tema pré-determinado) para exercer uma função
sua pessoa e que por isto dele não se distinguem‖. típica, exclusiva do Estado. Independem de
Celso Antônio Bandeira de Mello (2004:130) registro e são organizadas por Decreto. Tem o seu
fim específico (especialidade) voltado para a
Estes órgãos são despersonalizados, ou coletividade.
seja, não possuem personalidade jurídica
própria, portanto, não são capazes de contrair Por exemplo, na área da saúde, temos o
direitos e obrigações por si próprios. Os Órgãos INSS, na área da educação, as
não passam de simples repartições internas de Autarquias Educacionais como a UFMG, na área de
retribuições, e necessitam de um representante proteção ambiental, o IBAMA, etc. Podem
legal (agente público) para constituir a vontade de ser federais, estaduais ou municipais.
cada um deles. Trata-se da desconcentração do Para Celso Antônio Bandeira de Mello
poder na Administração Pública. Onde há (2004:147) as Autarquias são ―pessoas jurídicas de
desconcentração administrativa vai haver Direito Público de capacidade exclusivamente
hierarquia, entre aquele Órgão que está administrativa‖. Deve-se dizer, porém que
desconcentrando e aquele que recebe a atribuição a Autarquia não tem autonomia política, ou seja, não
(exemplo: Delegacias Regionais da Polícia Federal, tem poderes para inovar o ordenamento jurídico
Varas Judiciais, Comissão de Constituição e (fazer leis)
Justiça).
Nas Autarquias é possível ser adotado dois
Os Órgãos atuam nos quadros vinculados a regimes jurídicos de pessoal, o estatutário, em que o
cada uma das Esferas de Governo. A exemplo servidor público ocupa um cargo público, regido por
temos os Ministérios, Órgãos federais ligados à um por estatuto, ou o celetista, em que o empregado
União; as Secretarias Estaduais, Órgãos estaduais público ocupa emprego público regido pelas Lei
ligados ao estado membro; e as Secretarias Trabalhistas (CLT).
Municipais, Órgãos municipais ligados à esfera
municipal de poder. Seu patrimônio é próprio, ou seja,
pertencente à própria Entidade e não ao ente político
Na Administração Pública Direta o Estado é que a criou, trata-se de um patrimônio distinto do
ao mesmo tempo o titular e o executor do serviço governo, com um fim específico, determinado em lei.
público.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
As Fundações Públicas são Entidades
Apenas com a Administração Pública integrantes da Administração Pública
Direta, o Estado não seria capaz de administrar Indireta, formadas por um patrimônio
todo o território nacional, tanto pela sua extensão personalizado, destacado por um fundador (no caso
quanto pela complexidade e volume das relações da Fundação Pública, vinculado a uma das esferas
sociais existentes entre o administrado (particular) e de governo) para uma finalidade específica. Não
o Governo. Por isso, houve-se por bem outorgar podem ter como fim o lucro, mas, nada impede que,
poderes para outras estruturas (Entidades). pelos trabalhos desenvolvidos o lucro aconteça.
Neste caso, esta receita não poderá ser repartida
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LEGISLAÇÃO
entre seus dirigentes, devendo, ser aplicada Seu capital social é integralizado
na função específica para qual a entidade fora exclusivamente com recursos públicos,
criada, ou seja, no âmbito interno da podendo, estes recursos serem provenientes de
própria Fundação. entes políticos distintos. Por exemplo: é possível
uma única Empresa Pública ser formada por recursos
Quem destacou o patrimônio para a
federais, estaduais e municipais.
constituição da Fundação define o regime a
ser seguido. Se foi um particular, temos uma Podem ser instituídas sobre qualquer forma
Fundação Privada, se foi ente público, teremos societária permitida em lei (Sociedade Anônima –
uma Fundação Pública. S/A, Limitada etc). Só admite o regime jurídico de
pessoal na forma celetista e seus contratos deverão
As Fundações Privadas são
ser precedidos de licitação, porém, este
regulamentadas pelo Código Civil, ou seja, pelas
procedimento poderá ser mais simplificado (licitação
leis de direito privado, e não tem em seu patrimônio
especial).
recursos públicos, portanto, não compõe a
Administração Pública Indireta, razão pela qual, Seu patrimônio é próprio, ou seja,
não serão objeto deste estudo. A exemplo temos pertencente à própria Entidade e não ao ente político
a Fundação Roberto Marinho e a Fundação que a criou, trata-se de um patrimônio distinto do
Airton Senna. governo.
As Fundações Públicascompõem a Admin SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
istração Pública Indireta, e quanto a sua natureza ju
São empresas com personalidade jurídica de
rídica, temos muita divergência doutrinária.Hoje,
Direito Privado, integrantes da Administração
a posição majoritária, reconhecida inclusive
Pública Indireta que exercem função atípica.
pelo STF (Supremo Tribunal Federal), é de que as
duas são possíveis, tanto a Fundação Pública As normas que incidem nestas entidades são
com personalidade jurídica de Direito Privado em sua maioria de direito privado. Seu capital social
quanto a Fundação Pública com personalidade é constituído por recursos públicos e privados,
jurídica de Direito Público. sendo a maior parte das ações destas empresas, de
propriedade do Estado (pelo menos 51% das ações
As Fundações Públicas de Direito
com poder de voto). Assim, o governo sempre
Público admitem os dois regimes jurídicos
mantém o controle destes entes. Estas Entidades
de pessoal, o estatutário e o celetista, já, as
terão necessariamente a forma societária de S.A.
Fundações Públicas de Direito Privado
(Sociedade Anônima), para que seja possível a
admitem somente o regime jurídico celetista.
integralização do seu capital social com
Em suma, o Estado poderá criar dinheiro privado.
Fundações regidas pelo Direito Público ou
Assim como as Empresas Públicas, estas
autorizar por lei Fundações regidas pelo Direito
entidades são autorizadas por Lei Específica
Privado; devendo, em ambos os casos, ser editada
a funcionar como prestadoras de serviços públicos
uma Lei Complementar para definir suas áreas de
(COPASA, CEMIG, BHTRANS), ou exploradoras de
sua atuação. (Art. 37, XIX, CF).
atividade econômica (Banco do Brasil). Além
As Fundações Públicas exercem funções desta autorização é necessário o registro do seu
atípicas. estatuto social no cartório público competente
(Cartório Civil de Registro de Pessoas Jurídicas).
EMPRESAS PÚBLICAS
Só admitem o regime jurídico de pessoal na
São empresas com personalidade jurídica
forma celetista.
de Direito Privado, integrantes da Administração
Pública Indireta que exercem funções atípicas. As Seu patrimônio é próprio, ou seja,
normas que incidem nestas entidades são em sua pertencente à própria Entidade e não ao ente político
maioria de direito privado, provenientes do Código que a criou, trata-se de um patrimônio distinto do
Civil. governo.
São autorizadas por Lei Específica a
funcionar como prestadoras de serviços
públicos, ou exploradoras de atividade econômica.
Além desta autorização é necessário o registro
dos seus estatutos sociais no cartório público
competente (Cartório Civil de Registro de
Pessoas Jurídicas). As Prestadoras de Serviço
Público exercem atividades essenciais (serviços
de postagem e aéreos – Correios e INFRAERO)
para a coletividade. As Exploradoras de Atividade
Econômicas fornecem serviços não essenciais
(serviços bancários – Caixa Econômica Federal).

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LEGISLAÇÃO
Seus dirigentes, em conseqüência de seus
atos, são passiveis de responder por mandado de
segurança e ação popular, respondendo
Conforme Marçal Justen Filho, temos como pessoalmente, aquele que houver praticado o ato.
definição de entidades paraestatais a seguinte:
Os dirigentes respondem por atos de
―Entidade paraestatal ou serviço social improbidade administrativa, como agentes públicos
autônomo é uma pessoa jurídica de direito privado (Lei nº 8.492/92 - clique aqui). Antes de investir no
criada por lei para, atuando sem submissão à cargo, seus dirigentes devem apresentar declaração
Administração Pública, promover o atendimento de de bens.
necessidades assistenciais e educacionais de
Contratação de obras, serviços e comprar e a
certas atividades ou categorias profissionais, que
alienação de seus bens estão sujeitos à prévia
arcam com sua manutenção mediante contribuições
licitação (Decreto Lei nº 2.300/86).
compulsórias‖.
Esses serviços autônomos não gozam de
Desse conceito podemos entender que um
privilégios administrativos, fiscais ou processuais.
ponto diferencial dessas entidades é que são
Neste sentido o STF já decidiu que o SESI fica
instituídos por lei, ou seja, sua criação e
sujeito à Justiça Estadual (Súmula 516). Esta norma
funcionamento estão contemplados em dispositivos
jurisprudencial se aplica a todos os serviços
legais, porém como tem personalidade de direito
congêneres.
privado, seus administradores são escolhidos por
processos eleitorais próprios.
Elas se dedicam a ministrar ensino ou
assistência a certas categorias ou grupos
profissionais, se voltam à satisfação de
necessidades coletivas e supra-individuais. Não
têm fins lucrativos e são mantidos por dotações
orçamentárias ou contribuições sociais.
Constituem órgãos paraestatais que
cooperam com o poder publico. Têm administração
e patrimônio próprios. Revestem-se da forma de
instituições particulares convencionais (fundações,
associações, sociedades civis, etc). São entidades
paraestatais as empresas públicas, as sociedades
de economia mista e os serviços sociais
autônomos, a exemplo o SESI, o SESC, o SENAI e
o SENAC.
Esses serviços sociais são oficializados
pelo Estado, mas não integram a administração
direta e nem a indireta. Trabalham paralelamente
ao Estado, dando cooperação nas atividades e
serviços que lhe são atribuídos, por constituírem
assuntos de interesse específico de beneficiários
determinados.
São por isto oficializados pelo Poder
Público e utilizam para sua manutenção das
contribuições sociais.
Esses serviços sociais atuam como órgãos
de cooperação e subsistem ao lado do Estado com
seu apoio, porém, sem nenhuma subordinação
hierárquica às autoridades públicas, por isso são
denominados entes de cooperação com o Estado.
Ficam vinculadas ao órgão estatal, apenas, para
fins de controle das finalidades e prestação de
contas de dinheiros públicos recebidos.
Seus empregados sujeitam-se às normas
do Direito do Trabalho, sendo, porém, equiparados
a servidores públicos para fins de delitos funcionais
(art. 327 do Código Penal).

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LEGISLAÇÃO
Quais são os requisitos básicos?
Não podem ter finalidade lucrativa e todo e
qualquer legado ou doação recebida deve ser
A organização social é uma qualificação,
incorporado ao seu patrimônio; de igual modo, os
um título, que a Administração outorga a uma
excedentes financeiros decorrentes de suas
entidade privada, sem fins lucrativos, para que ela
atividades;
possa receber determinados benefícios do Poder
Público (dotações orçamentárias, isenções fiscais Finalidade social em qualquer das áreas
etc.), para a realização de seus fins, que devem ser previstas na lei: ensino, saúde, cultura, ciência,
necessariamente de interesse da comunidade. tecnologia e meio ambiente;
A locução organização social, a nosso ver, Possuir órgãos diretivos colegiados, com a
é muito genérica, pois ambas as palavras têm um participação de representantes do Poder Público e da
significado muito abrangente. De qualquer forma, comunidade;
foi a denominação que o legislador resolveu
Publicidade de seus atos;
outorgar àquelas entidades, em substituição ao
desmoralizado título de utilidade pública, concedido Submissão ao controle do Tribunal de Contas
a entidades assistenciais que de beneficentes só dos recursos oficiais recebidos (o que já existe);
tinham o rótulo, por servirem a interesses
particulares. Conforme expôs o Professor Paulo Celebração de um contrato de gestão com o
Modesto (então Assessor Especial do Ministério de Poder Público, para a formação da parceria e a
Administração e Reforma do Estado), no XII fixação das metas a serem atingidas e o controle dos
Congresso de Direito Administrativo, em agosto de resultados.
1998, na impossibilidade política de revogar a Lei n. Submetendo-se a essas exigências e
91, de 1935, que regulava a aprovação do benefício obtendo a qualificação de organização social, a
"de utilidade pública", o Governo resolveu aprovar entidade poderá contar com os recursos
outra lei, criando a nova qualificação. orçamentários e os bens públicos (móveis e imóveis)
Nos termos da Lei federal n. 9.637, de necessários ao cumprimento do contrato de gestão.
18.5.1998, o Poder Executivo poderá qualificar Os bens ser-lhe-ão transferidos mediante permissão
como organizações sociais pessoas jurídicas de de uso e os recursos serão liberados de acordo com
direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades o cronograma de desembolso estabelecido no
sociais sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa contrato de gestão. Mais ainda: é facultado ao Poder
científica, ao desenvolvimento tecnológico, à Executivo a cessão especial de servidor à
proteção e preservação do meio ambiente, à cultura organização social, com ônus para o órgão de
e à saúde, atendidos os requisitos previstos nesse origem.
mesmo diploma. Como se vê, se o Poder Público cumprir
O objetivo declarado pelos autores da efetivamente as obrigações assumidas no contrato
reforma administrativa, com a criação da figura das de gestão, pode ser de grande interesse para as
organizações sociais, foi encontrar um instrumento entidades privadas que já venham prestando serviços
que permitisse a transferência para as mesmas de de interesse da comunidade obterem sua
certas atividades que vêm sendo exercidas pelo qualificação como organização social, ainda que com
Poder Público e que melhor o seriam pelo setor certa perda de autonomia.
privado, sem necessidade de concessão ou Nesse ponto, convém alertar que o Conselho
permissão. Trata-se de uma nova forma de de Administração da entidade deverá exercer papel
parceria, com a valorização do chamado terceiro fundamental na sua administração. Em sua
setor, ou seja, serviços de interesse público, mas composição, os representantes da comunidade e do
que não necessitam sejam prestados pelos órgãos Poder Público devem constituir maioria absoluta,
e entidades governamentais. Sem dúvida, há outra controlando os atos da diretoria executiva, cujos
intenção subjacente, que é a de exercer um maior membros serão pelo Conselho designados e
controle sobre aquelas entidades privadas que dispensados.
recebem verbas orçamentárias para a consecução
de suas finalidades assistenciais, mas que De certa forma, o Poder Público se
necessitam enquadrar-se numa programação de assenhoreia do controle da entidade privada – com a
metas e obtenção de resultados. colaboração da comunidade – para que ela possa vir
a exercer as atividades sociais desejadas, utilizando-
Essas pessoas jurídicas de direito privado se de recursos oficiais. Aliás, segundo o Plano
são aquelas previstas no Código Civil, sociedades Diretor da Reforma do Aparelho do Estado,
civis, religiosas, científicas, literárias e até mesmo publicação do Ministério de Administração e Reforma
as fundações (art. 16, I). Podem já existir ou serem do Estado, um dos objetivos desse novo tipo de
criadas para o fim específico de receberem o título parceria é precisamente reforçar o controle social
de organização social e prestarem os serviços direto desses serviços, através dos seus conselhos
desejados pelo Poder Público. O que importa é que de administração.
se ajustem aos requisitos da lei.
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LEGISLAÇÃO
A qualificação da entidade privada como Administração e a entidade privada – acordo de
organização social é ato administrativo direito público que mais se aproxima de um convênio,
discricionário do Poder Público. No âmbito federal, em que as partes fixam os respectivos direitos e
o exame da conveniência e oportunidade da obrigações para a realização de objetivos de
medida cabe ao Ministro ou titular do órgão interesse comum. Mas como os convênios também
supervisor ou regulador da área de atividade ficaram desmoralizados (porque ninguém cumpria a
correspondente ao objeto social da entidade sua parte e não havia sanções), resolveu-se procurar
pretendente, assim como ao Ministro da instrumento mais eficaz.
Administração. Essa discricionariedade é criticada
Nos termos da lei federal, o contrato de
por alguns doutrinadores, por entenderem tratar-se
gestão discriminará as atribuições, responsabilidades
de uma brecha perigosa no princípio da legalidade,
e obrigações do Poder Público e da organização
dando azo a decisões subjetivas dos governantes.
social, mas sobretudo deverá especificar o programa
Não obstante, como esclarece Hely Lopes de trabalho proposto, a fixação das metas a serem
Meirelles, poder discricionário não se confunde com atingidas e os respectivos prazos de execução, bem
poder arbitrário: "A faculdade discricionária como os critérios objetivos de avaliação de
distingue-se da vinculada pela maior liberdade de desempenho, mediante indicadores de qualidade e
ação que é conferida ao administrador. Se para a produtividade. Além disso, o contrato deve prever os
prática de um ato vinculado a autoridade está limites e critérios para despesa com remuneração e
adstrita à lei em todos os seus elementos vantagens a serem percebidas pelos dirigentes e
formadores, para praticar um ato discricionário é empregados da organização social, além de outras
livre, no âmbito em que a lei lhe confere essa cláusulas julgadas convenientes pelo Poder Público.
faculdade."
A eficácia do contrato de gestão está
Ora, a lei confere ao Executivo a liberdade precisamente na possibilidade do exercício do
de examinar a conveniência e a oportunidade de controle de desempenho. Havendo indicadores
qualificar como organização social a entidade objetivos de qualidade e produtividade, metas a
pleiteante, precisamente para verificar se é de serem alcançadas e prazos de execução, o Poder
interesse público transferir ao setor privado o Público pode perfeitamente acompanhar os trabalhos
serviço que vem sendo realizado pela própria da entidade privada e verificar a atuação de seus
Administração, ou, então, estimular o serviço já dirigentes, para tomar as providências cabíveis, que
prestado pela entidade privada com recursos podem ir desde a substituição dos diretores (deve-se
públicos. É indispensável que a Administração lembrar que os representantes do Poder Público e da
possa aferir as vantagens e desvantagens que comunidade constituem maioria absoluta no
possam advir para a comunidade dessa Conselho de Administração) até a cassação do título
transferência. de organização social.
A Administração há de justificar E os Estados e Municípios perante a Lei
devidamente o seu ato: o porquê da outorga (ou federal n. 9.637/98? Na verdade, os Estados e
não) do título jurídico de organização social à Municípios, se quiserem se utilizar dessa nova forma
entidade que o pleitea. Todo e qualquer ato de parceria na sua administração, deverão aprovar
administrativo deve ser motivado, principalmente suas próprias leis. Deve-se lembrar que a matéria diz
aqueles resultantes do poder discricionário, pois respeito à forma de prestação de serviços de
são precisamente estes que precisam estar competência da respectiva entidade estatal. Por
embasados na clara demonstração do interesse conseguinte, somente a entidade estatal competente
público que os fundamenta. Celso Antônio Bandeira pode legislar sobre o tema. A Lei n. 9.637/98 não é
de Mello diz bem que, tratando-se de ato uma lei nacional, cujas normas gerais seriam
administrativo discricionário, "o ato não motivado aplicáveis aos Estados e Municípios, tanto assim que
está irremissivelmente maculado de vício e deve ela não faz menção ao assunto, como ocorre, por
ser fulminado por inválido." exemplo, com a Lei Geral de Licitações e Contratos
(Lei n. 8.666/93, art. 1º, parágrafo único).
O Poder Executivo também poderá
desqualificar a entidade privada, retirando-lhe o A Lei federal n. 9.637/98 pode servir como
título de organização social, mas essa providência modelo para os Estados e Municípios, com as
há de estar baseada no descumprimento das adaptações indispensáveis às suas peculiaridades,
disposições contidas no contrato de gestão e em especial no que diz respeito aos serviços que
devidamente apuradas em processo administrativo, entendam convenientes que sejam prestados pelo
assegurado o direito de defesa dos dirigentes da setor privado. Em alguns lugares serão atividades
organização. voltadas à cultura (proteção ao patrimônio histórico,
museus etc.), em outros à preservação do meio
O contrato de gestão, portanto, é o
ambiente (parques florestais, jardins públicos), em
instrumento jurídico básico dessa nova forma de
outros ao ensino e à pesquisa (institutos de pesquisa)
parceria entre o setor público e o privado. Embora a
ou à saúde (ambulatórios, creches, asilos) etc. A
lei denomine esse instrumento de contrato, na
vantagem de se acolher o modelo federal é a
verdade, trata-se de um acordo operacional entre a
possibilidade de se obter para as organizações
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LEGISLAÇÃO
sociais do Estado ou Município os mesmos ANOTAÇÕES
benefícios concedido às organizações sociais da
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União (repasse de verbas federais, sessão de bens
etc.), desde que a legislação local não contrarie os __________________________________________
preceitos da lei federal (art. 15).
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Note-se que não é obrigatório o modelo
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federal. É apenas conveniente. Segundo consta,
muitos Estados e Municípios já aprovaram suas __________________________________________
leis, ainda com base na Medida Provisória n.
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1.648/97 (da qual resultou a Lei n. 9.637/98), alguns
com pleno êxito, como Porto Alegre. __________________________________________
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LEGISLAÇÃO
PODER DISCRICIONÁRIO

É aquele pelo qual a Administração Pública


PODER VINCULADO de modo explícito ou implícito, pratica atos
administrativos com liberdade de escolha de sua
Ë o Poder que tem a Administração conveniência, oportunidade e conteúdo.
Pública de praticar certos atos "sem qualquer
A discricionariedade é a liberdade de escolha
margem de liberdade". A lei encarrega-se de
dentro de limites permitidos em lei, não se confunde
prescrever, com detalhes, se, quando e como a
com arbitrariedade que é ação contrária ou
Administração deve agir, determinando os
excedente da lei.
elementos e requisitos necessários.
Ex: Autorização para porte de arma;
Ex: A prática de ato (portaria) de
Exoneração de um ocupante de cargo em comissão.
aposentadoria de servidor público.
Sentido de Poder Discricionário
Há atividades administrativas cuja
execução fica inteiramente definida em lei, que Poder Discricionário é aquele conferido por
dispõe esta sobre todos os elementos do ato a ser lei ao administrador público para que, nos limites nela
praticado pelo agente. A ele não é concedida previstos e com certa parcela de liberdade, adote, no
qualquer liberdade quanto à atividade a ser caso concreto, a solução mais adequada satisfazer o
desempenhada e, por isso, deve se submeter por interesse público. O fundamento desse Poder é o
inteiro ao mandamento legal. Seu fundamento princípio constitucional da separação dos Poderes,
constitucional é o princípio da legalidade, que que prevê a existência de atos reservados a cada um
requer à Administração a obediência estrita aos dos Poderes, havendo a reserva judicial (Judiciário),
termos da lei. a reserva legislativa (Legislativa) e a reserva
administrativa (Executivo).
Alguns doutrinadores incluem, entre os
poderes administrativos, o poder vinculado como Eventualmente, a Lei ou a Constituição
antagônico ao poder discricionário. Entretanto, a determina que um ato seja necessariamente
atividade vinculada não é propriamente uma realizado, mas ainda assim pode restar Poder
prerrogativa de direito público, qualificadora do Discricionário quanto ao modo e o tempo de realizá-
poder da Administração. Trata-se, na verdade, de lo. É o caso, por exemplo, das políticas públicas.
uma imposição ao agente no sentido de não se
Conveniência e oportunidade são os
afastar do que a lei estritamente dispõe.
elementos nucleares dopoder discricionário. A
Tendo em vista essa ressalva, o poder primeira indica em que condições vai se conduzir o
vinculado pode ser definido como aquele em que a agente; a segunda diz respeito ao momento em que
lei estabelece todos os elementos, pressupostos ou a atividade deve ser produzida.
requisitos do ato, não havendo para o agente
Limitações ao Poder Discricionário
qualquer liberdade de escolha, como acontece no
exercício do poder discricionário. Caso o agente Um dos fatores exigidos para a legalidade do
verifique a ocorrência do fato que dá origem ao ato exercício desse poder consiste na adequação da
administrativo, seu dever é executá-lo nos exatos conduta escolhida pelo agente à finalidade que a
termos previstos na lei. lei expressa. A liberdade que a lei dá ao
administrador para escolher a melhor opção não
Poder Vinculado
pode justificar o desvio de poder.
Outro fator é a verificação dos motivos
Definição Exercido com base apenas na lei, determinantes da conduta. Se o agente não permite
sem possibilidade de o exame dos fundamentos de fato e de direito
interferência da vontade que mobilizaram sua decisão em certas situações em
administrativa. que seja necessária a sua averiguação, haverá, no
mínimo, a fundada suspeita de má utilização do
Critérios Adequação do ato com a poder discricionário e desvio de finalidade.
utilizados para situação prevista em lei.
Discricionariedade e arbitrariedade
a prática do ato
Enquanto atua nos limites da lei, que admite
Fundamento Reserva legal (princípio da a escolha segundo os critérios de conveniência e
constitucional legalidade). oportunidade, o agente exerce sua função com
discricionariedade, e sua conduta caracteriza-se
como inteiramente legítima.
Controle judicial Incide sobre todos os aspectos do
Ocorre que, algumas vezes, o agente, a
ato vinculado.
pretexto de agir discricionariamente, se conduz fora
dos limites da lei ou em direta ofensa a ela. Aqui

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LEGISLAÇÃO
comete arbitrariedade, conduta ilegítima e PODER HIERÁRQUICO
suscetível de anulação. O ato arbitrário é sempre
uma forma de abuso de poder. É aquele pelo qual a Administração distribui
Poder Discricionário e escalona as funções de seus órgãos, ordena e
rever a atuação de seus agentes, estabelece a
relação de subordinação entre os servidores públicos
Definição Permissão legal para que a de seu quadro de pessoal. No seu exercício dão-se
Administração escolha a melhor ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca-se.
opção para o interesse público. Ë aquele através do qual a lei permite a
Administração Pública aplicar penalidades às
Critérios Conveniência e oportunidade. infrações funcionais de seus servidores e demais
utilizados para pessoas ligadas à disciplina dos órgãos e serviços
a prática do ato da Administração. A aplicação da punição por parte
do superior hierárquico é um poder-dever, se não o
Fundamento Reserva administrativa (princípio fizer incorrerá em crime contra Administração Pública
constitucional da separação dos poderes). (Código Penal, art. 320).
Controle judicial Não incide sobre o mérito do ato Ex: Aplicação de pena de suspensão ao
discricionário. servidor público.
Poder disciplinar não se confunde com Poder
Hierárquico. No Poder hierárquico a administração
pública distribui e escalona as funções de seus
órgãos e de seus servidores. No Poder disciplinar ela
responsabiliza os seus servidores pelas faltas
cometidas.
Hierarquia é o escalonamento em plano
vertical dos órgãos e agentes de uma mesma
entidade. Seu objetivo é a organização da função
administrativa, de modo a permitir a atuação regular
e isonômica das entidades públicas. Em razão desse
escalonamento, forma-se uma relação jurídica entre
os agentes e os órgãos, que se denomina relação
hierárquica.
O Poder Hierárquico é o conjunto de
prerrogativas decorrentes da hierarquia e existe não
só na Administração Pública, mas também nas
empresas privadas. Nesse ultimo caso, o poder
hierárquico é objeto do Direito do Trabalho.
Nesse sentido, Poder Hierárquico congrega
as seguintes prerrogativas: ordenar a Administração
Pública em sua organização e disciplina, distribuir e
escalonar as funções dos seus órgãos, rever a
atuação dos seus agentes e estabelecer a relação de
subordinação entre os servidores do seu quadro de
pessoal.
A subordinação e a vinculação constituem
relações jurídicas peculiares ao sistema
administrativo. Não se confundem, porém. A primeira
tem caráter interno e se estabelece entre órgãos de
uma mesma pessoa administrativa como fator
decorrente da hierarquia. A vinculação, ao contrário,
possui caráter externo, e resulta do controle que as
entidades federativas exercem sobre as pessoas
pertencentes à Administração Indireta.
Hierarquia e funções estatais
A hierarquia é cabível apenas no âmbito da
função administrativa, que é exercida não só por
órgãos do Executivo, mas também nos outros
poderes.

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LEGISLAÇÃO
Assim, inexiste hierarquia entre os agentes Poder de fiscalização: verificação das
que exercem função jurisdicional ou legislativa, atividades desempenhadas por agentes de plano
visto que inaplicável o regime de comando que a hierárquico inferior para a verificação de sua conduta,
caracteriza. No que concerne ao primeiro prevalece não somente em relação às normas legais e
o princípio da livre convicção do juiz, pelo qual age regulamentares, mas também quanto às diretrizes
este com independência, isto é, sem subordinação fixadas por agentes superiores. Portanto, o objeto da
jurídica aos tribunais superiores. fiscalização é bastante amplo, incluindo questões de
legalidade e de mérito.
Por outro lado, na função legislativa vigora
o princípio da partilha das competências Poder de revisão: os atos praticados pelos
constitucionais, peculiar às federações, como a subordinados podem ser revistos pelo superior
nossa, em função do qual o poder de produzir as hierárquico, de ofício ou a requerimento de algum
leis já se encontra definido na Constituição. interessado. Nesse último caso, o interessado utiliza-
se do recurso hierárquico próprio, que não requer
Não há hierarquia:
previsão legal, por ser decorrência dos princípios da
a) entre entidades (políticas ou ampla defesa e do contraditório. Situação diversa é a
administrativas); do recurso hierárquico impróprio, remetido.
b) no exercício da função judicial ou Poder de delegação: Delegação é a
legislativa; transferência de atribuições, conferidas por lei, de um
órgão ou de agente para outro órgão ou agente
c) com relação a órgãos independentes, dentro da Administração Pública. A delegação pode
como o Ministério Público; ser feita a um agente de mesma hierarquia ou de
d) nas atividades de consultoria, com hierarquia inferior, sendo decorrência do poder
relação às opiniões exaradas pelo consultor. hierárquico apenas no último caso.
As decisões adotadas no exercício da
delegação devem mencionar explicitamente essa
Hierarquia Organização em que se circunstância e serão consideradas como editadas
estabelecem relações de pelo delegado. Portanto, a delegação não transfere
subordinação e graus apenas a execução, mas também a responsabilidade
sucessivos de poderes pelo ato delegado.
entre órgãos e agentes
da mesma entidade. É um ato discricionário e precário, ou seja, o
agente é livre para realizar a delegação e pode
Poder hierárquico Conjunto de revogá-la a qualquer momento. Tanto a delegação
prerrogativas conferidas quanto a sua revogação devem ser publicadas na
aos superiores sobre imprensa oficial.
seus subordinados. A delegação somente é proibida nos
seguintes casos:
Vinculação Poder de fiscalização
exercido pela I) atos de competência exclusiva;
Administração Direta II) atos de caráter normativo;
sobre as entidades da
Administração Indireta. III) decisão de recursos administrativos.
tal recurso não pode ser afastado nos casos
Inexistência de hierarquia Entre Administração de pena de suspensão, porquanto, além de
Direta e Indireta; em independer de previsão legal, seu cabimento se dá
funções diversas da em nome do contraditório e da ampla defesa.
administrativa; órgãos
independentes; e Poder de avocação: A avocação é o ato
consultoria. administrativo com efeitos inversos ao da delegação.
Por meio dela, o chefe substitui-se ao subalterno,
Decorrências chamando para si (ou avocando) as questões afetas
Poder de comando: O primeiro efeito do a este, salvo quando a lei só lhe permita intervir nelas
Poder Hierárquico consiste no comando que os após a decisão dada pelo subalterno. Assim, não é
agentes e órgãos superiores exercem sobre os possível a avocação de atos de competência
inferiores. Estes, a seu turno, têm o dever de exclusiva do subordinado.
obediência para com aqueles, cabendo-lhes A competência para avocar é prevista
executar as tarefas em conformidade com as expressamente para a Controladoria-Geral da União
determinações superiores. Se a desobediência for (Lei 10.683, art. 18); para o Conselho Nacional de
praticada por militar, estará configurado o crime do Justiça (CF, art. 103- B, § 4°); e para o Conselho
art. 163 do Código Penal Militar. Nacional do Ministério Público (CF, art. 130-A, §
2°)20. Nesses casos, porém, a avocação é feita

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LEGISLAÇÃO
por órgãos que não são hierarquicamente PODER DISCIPLINAR
superiores àqueles que têm competência para a
prática do ato. Sentido
Poder de resolução de conflito de Inicialmente, é preciso distinguir entre
competência: caso dois ou mais agentes supremacia geral e supremacia especial. A primeira é
considerem-se igualmente competentes (conflito o poder que o Estado tem sobre todos os indivíduos
positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para que estão no território nacional. É exercida por meio
executarem determinado ato, a autoridade superior do Direito Penal e do poder de polícia administrativa.
tem a prerrogativa de estabelecer qual é o agente Já a supremacia especial é dirigida àquelas pessoas
competente, podendo ser pessoa diversa dos que têm uma relação jurídica específica com o
conflitantes ou até mesmo a própria autoridade. Estado, como os agentes públicos, os particulares
que celebram contratos administrativos, os
estudantes de escolas públicas e os presidiários.
Poderes decorrentes da
hierarquia Poder disciplinar ou funcional é a prerrogativa
da Administração Pública de impor sanções
Comando Obediência às ordens administrativas àquelas pessoas que estão
superiores, exceto as submetidas à sua supremacia especial.
manifestamente ilegais. Ex.: demissão de servidores públicos e multa
para contratados.
Fiscalização Verificação dos atos dos
subordinados quanto à O poder disciplinar é vinculado, pois a lei
legalidade e ao mérito. obriga a apuração das faltas e a punição dos
infratores, na forma prevista pela própria lei. Nem
Revisão (correção) Revogação, anulação ou sempre, o Poder Disciplinar está ligado ao Poder
modificação do ato Hierárquico, pois o processo e o julgamento das
executado pelo infrações administrativas não são necessariamente
subordinado. feitos por agentes hierarquicamente superiores ao
acusado.
Delegação Transferência da
execução de atos de Qualquer punição funcional, mesmo de
competência do agente natureza leve, pressupõe a instauração de processo
para outro de mesma ou administrativo disciplinar ou, ao menos, de
inferior hierarquia. sindicância, nos quais sejam asseguradas as
garantias do contraditório e da ampla defesa ao
Avocação Exercício de ato de
acusado da prática de fato considerado pela lei como
competência de infração administrativa.
subordinado.
Poder disciplinar e Direito Penal
Resolução de conflitos de Se houver controvérsia
competência quanto à competência, O Direito Penal deriva do poder punitivo geral
cabe à superior dirimi-la. atribuído ao Estado na sua relação com os indivíduos
em geral, ainda que no exercício de função pública.
Já o Direito punitivo estatal enquadra-se no Direito
Administrativo, e emana da relação entre a
Administração Pública e seus servidores, exatamente
para preservar a disciplina que deve reinar na
organização administrativa.
No Direito Penal, o legislador utilizou o
sistema da rígida tipicidade, delineando cada conduta
típica e a ação respectiva. O mesmo não sucede no
campo disciplinar. Aqui, a lei limita-se, como regra, a
enumerar os deveres e obrigações funcionais e,
ainda, as sanções, sem, contudo, uni-los de forma
discriminada, o que afasta o sistema da rígida
tipicidade.
No Direito Penal, o juiz aplica ao infrator a
pena atribuída à conduta tipificada, permitindo-se ao
aplicador apenas quantificá-la (dosimetria da pena).
No Direito Disciplinar, tal não ocorre. De acordo com
a gravidade da conduta, a autoridade escolherá,
entre as penas legais, a que satisfaça o interesse do
serviço e a que mais reprima a falta cometida, o que

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LEGISLAÇÃO
lhe confere certo poder de avaliação dos elementos PODER REGULAMENTAR
que provocaram a infração para aplicar a sanção
apropriada ao fato. Ë aquele inerente aos Chefes dos Poderes
Executivos (Presidente, Governadores e Prefeitos)
para expedir decretos e regulamentos para
Supremacia geral Soberania estatal complementar, explicitar(detalhar) a lei visando sua
exercida sobre todos os fiel execução. A CF/88 dispõe que:
que estão no território
nacional. ―Art. 84 - Compete privativamente ao
Presidente da República:
Supremacia especial Exercida sobre pessoas
que têm relações IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as
jurídicas específicas leis, bem como expedir decretos e regulamentos
com o Estado. para sua fiel execução‖;
O direito brasileiro não admite os chamados
Poder Disciplinar Prerrogativa estatal de "decretos autônomos", ou seja aqueles que trazem
impor deveres e matéria reservada à lei.
proibições aos
submetidos à supremacia Poder regulamentar é a prerrogativa
especial e sancionar conferida à Administração Pública de editar atos
administrativamente gerais para complementar as leis e possibilitar sua
aquelesque cometerem efetiva aplicação. Seu alcance é apenas de norma
infrações. complementar à lei; não pode, pois, a Administração,
alterá-la a pretexto de estar regulamentando-a. Se o
Direito Penal Tipicidade fechada – não fizer, cometerá abuso de poder regulamentar,
há discricionariedade na invadindo a competência do Legislativo.
adequação do fato ao tipo
legal e à pena prevista. O poder regulamentar é de natureza derivada
(ou secundária): somente é exercido à luz de lei
Direito Administrativo Tipicidade aberta – a existente. Já as leis constituem atos de natureza
descrição legal das originária (ou primária), emanando diretamente da
infrações administrativas Constituição.
permite diversas Formalização
interpretações. Não há
vinculação estrita entre A formalização do Poder Regulamentar se
uma infração e processa, principalmente, por meio de decretos.
determinada sanção. Nesse sentido é que o art. 84, IV, da Constituição
dispõe que ao Presidente da República compete
―expedir decretos e regulamentos para a fiel
execução das leis‖. Pelo princípio da simetria
constitucional, o mesmo poder é conferido a outros
chefes do Poder Executivo para os mesmos
objetivos.
Há também atos normativos que, editados
por outras autoridades administrativas, estão
inseridos no Poder Regulamentar. É o caso das
instruções normativas, resoluções, portarias, etc. Tais
atos têm, frequentemente, um âmbito de aplicação
mais restrito, porém, veiculando normas gerais e
abstratas para a explicitação das leis, também são
meios de formalização do Poder Regulamentar.
Os decretos são considerados atos de
regulamentação de primeiro grau; os outros atos que
a ele se subordinem e que, por sua vez, os
regulamentem, evidentemente com maior
detalhamento, podem ser qualificados como atos de
regulamentação de segundo grau e assim por diante.
O poder da Administração Pública de editar normas
de hierarquia inferior aos regulamentos é também é
chamado de Poder Normativo.
Embora, em regra, o Poder Regulamentar,
expresso por atos de regulamentação de primeiro

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LEGISLAÇÃO
grau, seja formalizado por meio de decretos, será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
existem situações especiais em que a lei indicará, senão em virtude de lei‖ (CF, art. 5°, II).
para sua regulamentação, ato de formalização
É legítima, porém, a fixação de
diversa, embora idêntico seja seu conteúdo
obrigações derivadas ou subsidiárias – diversas
normativo e complementar. Ex.: resoluções do
das obrigações primárias ou originárias contidas na
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho
lei – nas quais também encontra-se a imposição de
Nacional do Ministério Público.
certa conduta dirigida ao administrado. Constitui, no
Regulamentação técnica entanto, requisito de validade de tais obrigações sua
necessária adequação às matrizes legais.
De acordo com o esquema clássico de
separação de poderes, o legislador não pode, fora Controle dos atos de regulamentação
dos casos expressos na Constituição, delegar aos
Visando coibir a indevida extensão do poder
órgãos administrativos seu poder de fazer as leis.
regulamentar, dispôs o art. 49, V, da CF, ser da
Significa dizer que o Poder Regulamentar legítimo
competência exclusiva do Congresso Nacional sustar
não pode simular o exercício da função de legislar
os atos normativos do Poder Executivo que
decorrente de indevida delegação oriunda do Poder
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da
Legislativo, delegação essa que seria, na verdade,
delegação legislativa.
inaceitável renúncia à função que a Constituição lhe
outorgou. No que se refere ao controle judicial, há que
se distinguir a natureza do conteúdo do ato
Modernamente, contudo, em virtude da
regulamentar. Tratando-se de ato regulamentar
crescente complexidade das atividades técnicas da
contra legem, ou seja, aquele que extrapole os limites
Administração, passou a aceitar-se nos sistemas
da lei, viável apenas será o controle de legalidade
normativos, originariamente na França, o fenômeno
resultante do confronto do ato com a lei. Assim,
da ―deslegalização‖, pelo qual a competência para
incompatível, no caso, o uso da ação direta de
regular certas matérias se transfere da lei (ou ato
inconstitucionalidade.
análogo) para outras fontes normativas por
autorização do próprio legislador: a produção da Se o ato, todavia, ofender diretamente a
norma primária sai do domínio da lei para o domínio Constituição, sem que haja lei a que deva subordinar-
do ato regulamentar. se, terá a qualificação de um ato autônomo e, nessa
hipótese, poderá sofrer controle de
Têm sido encontrados exemplos dessa
constitucionalidade pela via direta, ou seja, através
forma especial do poder regulamentar na instituição
da ação direta de inconstitucionalidade, medida a que
das agências reguladoras, autarquias às quais o
possibilita a impugnação de leis ou atos normativos
legislador permitiu a criação de normas técnicas
que contrariem a Constituição.
relativas a seus objetivos institucionais. Apesar das
divergências doutrinárias, a jurisprudência tem Atualmente, entretanto, é cabível a
considerado legítima a atuação normativa das impugnação direta de atos regulamentares pela
agências. arguição de descumprimento de preceito fundamental
(ADPF), prevista no art. 102, § 1°, da CF, e
Além disso, o art. 25 do Ato das
regulamentada pela Lei 9.882/99, porque aqui
Disposições Constitucionais Transitórias
o controle concentrado é mais amplo, abrangendo a
determinou que ―ficam revogados, a partir de cento
inconstitucionalidade direita e a indireta, atos
e oitenta dias da promulgação da Constituição,
normativos autônomos e subordinados e até mesmo
sujeito este prazo a prorrogação por lei, todos os
atos administrativos concretos.
dispositivos legais que atribuam ou deleguem a
órgão do Poder Executivo competência assinalada A ADPF é uma ação subsidiária, ou seja,
pela Constituição ao Congresso Nacional‖. somente pode ser utilizada nos casos em que não
houver outra medida judicial para sanar a ilegalidade
Nos termos da Lei 8.392/91, esse prazo
ou inconstitucionalidade do ato.
continua prorrogado até que lei complementar
venha regulamentar o art. 192 da Constituição. A omissão da Administração Pública em sua
Trata-se da competência do Conselho Monetário função regulamentar pode ser controlada pelo Poder
Nacional e do Banco Central do Brasil para Judiciário por meio de duas ações constitucionais: o
expedirem normas a respeito do sistema financeiro mandado de injunção, que deve ser concedido
nacional. Portanto, essas entidades administrativas ―sempre que a falta de norma regulamentadora torne
podem editar normas obrigatórias para todas as inviável o exercício dos direitos e liberdades
instituições financeiras. constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania‖ (art. 5º,
Lei e poder regulamentar
LXXI); e a ação declaratória de inconstitucionalidade
Os atos administrativos que regulamentam por omissão, na qual, se for considerada ausente
as leis não podem criar direitos e obrigações, ―medida para tornar efetiva norma constitucional,
porque isso é vedado em dos postulados será dada ciência ao Poder competente para a
fundamentais de nosso sistema jurídico: ―ninguém adoção das providências necessárias e, em se

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LEGISLAÇÃO
tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em nenhuma situação na qual a Administração Pública
trinta dias‖ (art. 103, § 2º). pudesse editar decretos autônomos. Porém, com a
Emenda Constitucional 32/2000, passou a ser
Lei pendente de regulamento
prevista essa modalidade no art. 84, VI:
A regra legal que autoriza o Poder
“VI – dispor, mediante decreto, sobre:
Executivo a regulamentar a lei deve
necessariamente apontar o prazo para ser expedido a) organização e funcionamento da
o ato de regulamentação. Nesse prazo, a lei ainda administração federal, quando não implicar aumento
não se torna exequível enquanto não editado o de despesa nem criação ou extinção de órgãos
respectivo decreto ou regulamento, e isso porque o públicos;
ato regulamentar, nessa hipótese, figura como
b) extinção de funções ou cargos públicos,
verdadeira condição suspensiva de exequibilidade
quando vagos;”
da lei.
Portanto, é possível a existência de atos
A omissão em regulamentar a lei é
administrativos que não estão subordinados a
inconstitucional, visto que, em última análise, seria
nenhuma lei, desde que cumpridos os seguintes
o mesmo que atribuir ao Executivo o ―poder de
requisitos:
legislação negativa‖, ou seja, de permitir que a
inércia tivesse o condão de estancar a aplicação da a) o ato deve ser um decreto, editado pelo
lei, o que, obviamente, ofenderia a separação de Presidente da República e pelo Ministro ou Secretário
poderes. da área. Nos termos do princípio da simetria, essa
possibilidade estende-se também aos chefes dos
Assim, se for ultrapassado o prazo de
Poderes Executivos dos Estados, dos Municípios e
regulamentação sem a edição do respectivo
do Distrito Federal;
regulamento, a lei deve tornar-se exequível para
que a vontade do legislador não se afigure inócua e b) sua matéria deve ser somente a
eternamente condicionada à do administrador. organização e o funcionamento da Administração
Nesse caso, os titulares dos direitos previstos na lei Pública;
passam a dispor de ação com vistas a obter, do
c) mesmo no tocante à Administração
Judiciário, decisão que lhes permita exercê-los,
Pública, não podem implicar em:
suprindo a ausência de regulamento.
I) aumento de despesa;
A ausência, na lei, da fixação de prazo para
a sua regulamentação é inconstitucional, uma vez II) criação ou extinção de órgãos públicos; e
que não pode o Legislativo deixar ao Executivo a
prerrogativa de só tornar a lei exequível se e III) extinção de funções ou de cargos
quando julgar conveniente. Primeiramente, não públicos, exceto quando vagos.
existe tal prerrogativa na Constituição. E depois tal Apesar de editados pelo Presidente da
situação equivale a uma disfarçada delegação de República, que é o chefe da Administração Pública
poderes, o que é proibido pelo vigente sistema Federal, e não estarem subordinados à lei, não
constitucional. são regulamentos autônomos:
Regulamentos autônomos a) medidas provisórias, que não são leis, mas
Existe profunda divergência na doutrina têm força de lei, estando incluídas pela Constituição
sobre a possibilidade ou não, de o Executivo na seção referente ao processo legislativo. São,
editar ou os denominados regulamentos portanto, atos legislativos, excepcionalmente feitos
autônomos, atos destinados a prover sobre pelo Poder Executivo;
situações não previstas na lei. b) decretos de intervenção (federal ou
Uma primeira posição defende sua estadual), de instauração do estado de defesa e do
existência no Direito Brasileiro como decorrência estado de sítio. Esses decretos são atos políticos,
dos poderes implícitos da Administração. Outros pois se referem ao governo e não à Administração
professam o entendimento de que, conquanto Pública.
possam teoricamente existir, os regulamentos
autônomos não são admitidos, pois a CF atribui ao
Chefe do Poder Executivo o poder de editar atos Poder Regulamentar
para a fiel execução das leis, razão porque só teria
Definição Atribuição administrativa
admitido os regulamentos de execução.
de editar normas
Para que os regulamentos sejam complementares à lei,
caracterizados como autônomos, é necessário que para a definição de seu
os atos possam criar e extinguir primariamente alcance e modo de
direitos e obrigações, isto é, sem prévia lei execução.
disciplinadora da matéria, suprimindo, assim,
lacunas legislativas. Inicialmente, a CF não previa Natureza jurídica Poder normativo derivado

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LEGISLAÇÃO
Formalização Geralmente, por meio de PODER DE POLÍCIA
decretos Foi visto que o Estado precisa ter
(regulamentação de mecanismos próprios que lhe permita atingir seus
primeiro grau); outras objetivos, previstos na Lei e na Constituição e
normas (regulamentação qualificados como verdadeiros poderes ou
de segundo grau). prerrogativas especiais de Direito Público.
Regulamentação técnica Resultante da Um desses poderes resulta exatamente do
―deslegalização‖: a lei inevitável confronto entre os interesses público e
delega a entidades privado e expressa a necessidade de impor
administrativas o poder restrições ao exercício dos direitos dos indivíduos.
de fazer normas Quando o Poder Público interfere na órbita do
de caráter interesse privado para salvaguardar o interesse
técnico. público, restringindo direitos individuais, atua no
exercício do poder de polícia.
Controle legislativo O Congresso Nacional
pode suspender os De acordo com Bandeira de Mello (2004, p.
efeitos dos atos que 725-727), a essência do poder de polícia é o seu
exorbitem do poder caráter negativo:
regulamentar.
―No sentido de que através dele, o Poder
Controle judicial Anulação do ato: Público, de regra, não pretende uma atuação do
declaração de particular, pretende uma abstenção. (...) a utilidade
ilegalidade ou de pública é, no mais das vezes, conseguida de modo
inconstitucionalidade indireto pelo poder de polícia, em contraposição à
obtenção direta de tal utilidade, obtida por meio dos
Lei pendente de É inconstitucional a
serviços públicos‖.
regulamento omissão administrativa
em regulamentar e Sentido amplo e restrito
também a ausência de
A expressão poder de polícia comporta dois
fixação, pela lei, de
sentidos, um amplo e um restrito. Em sentido amplo,
prazo para a sua
poder de polícia significa toda e qualquer ação
regulamentação.
restritiva do Estado em relação aos direitos
Regulamento autônomo Previsto na CF (art. 84, individuais. Esta é a função do Poder Legislativo,
VI) – exclusivo do chefe incumbido da criação do direito legislado, e isso
do Poder Executivo porque apenas as leis podem delinear o perfil dos
para cuidar da direitos, aumentando ou reduzindo seu conteúdo.
organização e
Em sentido estrito, o poder de polícia é a
funcionamento da
atividade administrativa, consistente no poder de
Administração Pública.
restringir e condicionar o exercício dos direitos
individuais em nome do interesse coletivo30. Esse é
o definição dada pelo Código Tributário Nacional:
Art. 78. Considera-se poder de polícia
atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de
interesse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública
ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
Atributos do poder de polícia
O poder de polícia, quando executado
regularmente, apresenta as seguintes características:
Discricionariedade: a Administração Pública
tem a liberdade de estabelecer, de acordo com sua
conveniência e oportunidade, quais serão as
limitações impostas ao exercício dos direitos
individuais e as sanções aplicáveis nesses casos.

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LEGISLAÇÃO
Também tem a liberdade de fixar as condições para diferencia-se do imposto, outra espécie de tributo,
o exercício de determinado direito. principalmente quanto à sua destinação: enquanto a
receita dos impostos é utilizada para o pagamento de
Porém, a partir do momento em que foram
diversas despesas, a taxa tem destinação específica
fixadas essas condições, limites e sanções, a
o custeio da atividade de polícia administrativa ou de
Administração obriga-se a cumpri-las, sendo seus
um serviço público divisível.
atos vinculados. Por exemplo: é discricionária a
fixação do limite de velocidade nas vias públicas, Em consequência, não é cabível a cobrança
mas é vinculada a imposição de sanções àqueles de tarifa, que se caracteriza como preço público, e,
que descumprirem os limites fixados. diferentemente daquele tributo, tem natureza
contratual, ou seja, somente é cobrada quando o
Autoexecutoriedade: a Administração
consumidor usufrui o serviço. A tarifa é adequada
Pública pode exercer o poder de polícia sem a
para remunerar serviços públicos econômicos,
necessidade de intervenção do Poder Judiciário. A
inclusive os executados por concessionários e
única exceção é a cobrança de multas, quando
permissionários de serviços públicos (energia,
contestadas pelo particular. Ressalte-se que não é
transporte, água, telefonia etc.).
necessária a autorização do Poder Judiciário para a
prática do ato, mas é sempre possível seu controle Da mesma forma, para que seja legítima a
posterior desse ato. A autoexecutoriedade só é cobrança de taxa pelo Poder Público competente,
possível quando prevista expressamente em lei e necessário se faz que a entidade exerça o poder de
em situações de emergências, nas quais é polícia. Porém, de acordo com o STF, não é preciso
necessária a atuação imediata da Administração prova efetiva do exercício desse poder, que é
Pública. presumido.
Coercibilidade: os atos do poder de polícia Competência
podem ser impostos aos particulares, mesmo que,
A competência para exercer o poder de
para isso, seja necessário o uso de força para
polícia é, em princípio, da pessoa federativa à qual a
cumpri-los. Esse atributo é limitado pelo princípio da
Constituição Federal conferiu a competência para
proporcionalidade.
regular a matéria. Caso não haja previsão expressa,
Poder de polícia e segurança pública deve ser utilizado o critério da predominância do
interesse, segundo o qual os assuntos de interesse
Apesar da semelhança de nomenclatura,
nacional estão sujeitos ao policiamento da União; os
não se pode confundir o poder de polícia com os
assuntos de interesse regional sujeitam-se à polícia
órgãos policiais responsáveis pela segurança
estadual; e os assuntos de interesse locais são
pública. O primeiro está disperso em vários órgãos
tratados pela polícia municipal.
da Administração Pública e obedece a normas
administrativas que limitam o exercício dos direitos Ex.: a regulação do sistema financeiro
individuais. nacional é de competência da União e sua
fiscalização é realizada pelo Banco Central, autarquia
A segurança pública é protegida apenas
federal; a edição de normas sobre transporte
pelos órgãos enumerados no art. 144 da
intermunicipal compete aos estados, sendo sua
Constituição: polícia federal, polícia rodoviária
fiscalização efetivada pela Administração Pública
federal, polícia ferroviária federal, polícia militar e
estadual; a utilização e o parcelamento do solo é
polícia civil. Todos eles obedecem a normas penais
matéria municipal e deve ser fiscalizada pelos órgãos
e processuais penais, sendo sua atribuição restrita
e entidade municipais.
à prevenção e à repressão de crimes. Além disso,
sua atuação está subordinada ao Poder Judiciário e Meios de atuação
ao Ministério Público.
A polícia administrativa pode atuar de modo
Assim, o poder de polícia é exercido por preventivo ou repressivo. Em sua atuação preventiva,
meio de uma atividade denominada polícia são estabelecidas normas e outorgados alvarás para
administrativa, enquanto que a polícia judiciária é a que os particulares possam exercer seus direitos de
função de prevenção e repressão de crimes e acordo com o interesse público. O conteúdo do
contravenções. Um mesmo órgão pode exercer alvará pode ser uma licença (ato vinculado e
atividades de polícia administrativa e judiciária. A definitivo ex.: licença para construir ou para dirigir) ou
Polícia Federal, por exemplo, age como polícia uma autorização (ato discricionário e precário ex.:
administrativa quando emite passaportes e polícia autorização para o porte de arma).
judiciária quando realizada inquérito policial.
A atuação repressiva inclui atos de
Financiamento das atividades de polícia fiscalização e a aplicação de sanções
administrativas. A punição do administrado depende
A atividade do Poder Público no exercício
da prévia definição do ato como infração
do poder de polícia autoriza-o a exigir do
administrativa. Apesar da existência de medidas
interessado o pagamento de taxa, espécie de
repressivas, a atuação do poder de polícia é
tributo, conforme determinam a Constituição
essencialmente preventiva, pois seu maior objetivo é
Federal e o Código Tributário Nacional. A taxa
evitar a lesão ao interesse público.
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LEGISLAÇÃO
Outra classificação considera que os meios outro lado, não realizam poder coercitivo e, por isso
de atuação podem ser: podem ser delegados.
a) atos normativos: a lei cria limitações ao Limites do poder de polícia
exercício de direitos e o Executivo, por meio de
Como todo ato discricionário, o poder de
decretos, portarias, instruções, etc., disciplina a
polícia tem limite nos princípios da razoabilidade e da
aplicação da lei nos casos concretos;
proporcionalidade. Este último é de fundamental
b) atos administrativos e operações importância, pois exige que os direitos individuais
materiais de aplicação da lei ao caso concreto: sejam apenas restritos na medida considerada
inclui medidas preventivas (fiscalização, vistoria, indispensável para a satisfação do interesse público.
ordem, notificação, autorização, licença, etc.) e É atuação desproporcional, por exemplo, expulsar
medidas repressivas (dissolução de reunião, camelôs da via pública com a utilização de armas
interdição de atividade, apreensão de mercadoria letais.
contrabandeada, etc.).
A imposição de sanções de polícia também
Ciclo de polícia sofre limitações, pois, somente é possível aplicá-las
se houver a obediência ao devido processo legal,
O exercício do poder de polícia sempre
possibilitando ao particular o exercício do direito à
deve obedecer à seguinte sequência de atos:
ampla defesa e ao contraditório.
a) norma de polícia (legislação): estabelece
Também existem atividades sobre as quais
os limites do exercício dos direitos individuais. Pode
não incide o poder de polícia, devido à
ser constitucional, legal ou regulamentar;
impossibilidade constitucional de restrição de
b) permissão (consentimento) de polícia: determinados direitos. O principal exemplo é o
possibilita ao particular o exercício de atividade jornalismo, uma vez que a Constituição não admite
controlada pelo Poder Público; controle estatal sobre a liberdade de expressão.
c) fiscalização: verificação do cumprimento Prazo prescricional para o exercício do
das normas e das condições estabelecidas na poder de polícia
permissão de polícia;
A Lei 9.873/99 prevê que a Administração
d) sanção de polícia: aplicação de Pública tem cinco anos para, no exercício do poder
penalidades àqueles que descumprirem as normas de polícia, apurar a ocorrência de infrações
e as condições da permissão de polícia. Também administrativas. Esse mesmo prazo é o limite para a
pode ser utilizada a medida de polícia, com o aplicação das penas cominadas no processo
objetivo de impedir a ocorrência de dano. administrativo.38 Porém, quando a infração
administrativa também corresponder a um crime, o
Ex.: após fiscalização que comprova a prazo prescricional será aquele previsto no Código
existência de comida estragada em um restaurante, Penal. Também pode ocorrer a prescrição durante o
a Administração impõe uma multa (sanção) e
processo, desde que ele fique paralisado por mais de
destrói a comida estragada (medida de polícia) três anos.
Delegação do poder de polícia
Em nome do princípio da igualdade, a
O poder de polícia, por ser atividade jurisprudência, mesmo antes da Lei 9.873/99, já
exclusiva do Estado, não pode ser delegado a considerava que o prazo quinquenal de prescrição,
particulares35, mas é possível sua outorga a aplicável aos administrados por força do Decreto
entidades de Direito Público da Administração 20.910/32, também era aplicável à Administração
Indireta, como as agências reguladoras (ANA, Pública, em razão do princípio da igualdade.
ANEEL, ANATEL, etc.), as autarquias corporativas
(CFM, CFO, CONFEA, etc.) e o Banco Central.
Eventualmente, particulares podem executar atos Polícia judiciária Conjunto de atividades
de polícia, mas sob o comando direto da relacionadas à prevenção e à
Administração Pública. repressão de crimes e
contravenções.
Ex.: destruição de armas apreendidas.
Nesses casos, não há delegação, pois o particular Sentidos do poder de polícia Amplo (inclui a legislação) e
atua sob as ordens estritas dos agentes públicos. restrito (apenas normas e atos
administrativos).
Porém, de acordo com recente
entendimento do STJ, devem ser consideradas as Atributos do poder de polícia Discricionariedade,
quatro atividades relativas ao poder de polícia: autoexecutoriedade e
legislação, consentimento, fiscalização e sanção. coercibilidade.
Assim, legislação e sanção constituem atividades
típicas da Administração Pública e, portanto, Custeio das atividades de Por meio de taxas, tributos com
indelegáveis. Consentimento e fiscalização, por polícia destinação específica.

administrativa
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LEGISLAÇÃO
ANOTAÇÕES
Competência para o Atribuída pela Constituição a
exercício do poder de cada um dos entes federativos. __________________________________________
polícia Em caso de omissão, adota-se
o critério do interesse __________________________________________
predominante.
__________________________________________
Meios de atuação Preventiva e repressiva; atos __________________________________________
gerais (normas) e individuais.
__________________________________________
__________________________________________
Ciclo de polícia Norma (legislação), permissão
(consentimento), fiscalização, __________________________________________
sanção e medida de polícia.
__________________________________________
__________________________________________
Delegação Possível apenas quanto ao __________________________________________
consentimento e à fiscalização.
__________________________________________

Limites Princípios da __________________________________________


proporcionalidade, ampla __________________________________________
defesa e contraditório. Vedação
em algumas atividades, como __________________________________________
jornalismo.
__________________________________________
Prescrição O poder de polícia pode ser __________________________________________
exercido em até cinco anos.
Exceções: infrações __________________________________________
administrativas que também
__________________________________________
configurem crimes obedecem
aos prazos do CP; processo __________________________________________
paralisado por mais de três
anos. __________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________

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LEGISLAÇÃO
DIREITOS, DEVERES E
RESPONSABILIDADE
REGIME ESTATUTÁRIO Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
O que é o Regime Estatutário públicos civis da União, das autarquias e das
Para seu funcionamento, a Administração fundações públicas federais.
Pública necessita de recursos humanos para o DIREITOS
exercício de suas atribuições. Assim, na
contratação de seus funcionários, o Poder Público Título III
realiza concursos em homenagem aos Princípios Dos Direitos e Vantagens
da Administração Pública. Com isso, os servidores
públicos possuem regime jurídico especial, qual Capítulo I
seja: o Regime Estatutário. Além das garantias, Do Vencimento e da Remuneração
conferidas pela Constituição Federal, o Regime
Estatutário pode conter regras específicas conforme Art. 40. Vencimento é a retribuição
o cargo em questão. pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor
fixado em lei.
Como saber qual Regime Estatutário será
adotado? Parágrafo único. (Revogado).
O Regime Estatutário adotado depende do Art. 41. Remuneração é o vencimento do
ente administrativo ao qual o servidor público cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias
possui ligação. Assim, há normas de regime permanentes estabelecidas em lei.
estatutário para servidores públicos municipais, § 1o A remuneração do servidor investido em
estaduais e também federais — determinadas função ou cargo em comissão será paga na forma
conforme disposição da Constituição Federal e dos prevista no art. 62.
Estados, além de normas específicas para a
criação dos cargos. § 2o O servidor investido em cargo em
comissão de órgão ou entidade diversa da de sua
Regime Estatutário ou Celetista? lotação receberá a remuneração de acordo com o
Muitas dúvidas surgem acerca do tema, estabelecido no § 1o do art. 93.
mas, em suma, essas são as duas formas de § 3o O vencimento do cargo efetivo,
regime jurídico que regulam as relações de trabalho acrescido das vantagens de caráter permanente, é
no Brasil. Ocorre que, o Regime Estatutário irredutível.
somente pode ser adotado quando há alguma
esfera do Poder Público envolvida na contratação. § 4o É assegurada a isonomia de
Porquanto, o regime celetista abarca todas as vencimentos para cargos de atribuições iguais ou
outras relações de trabalho e possui regulação na assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores
Consolidação das Leis do Trabalho. dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de
caráter individual e as relativas à natureza ou ao local
de trabalho.
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração
inferior ao salário mínimo. (Incluído pela Lei nº
11.784, de 2008
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber,
mensalmente, a título de remuneração, importância
superior à soma dos valores percebidos como
remuneração, em espécie, a qualquer título, no
âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de
Estado, por membros do Congresso Nacional e
Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. Excluem-se do teto de
remuneração as vantagens previstas nos incisos II a
VII do art. 61.
Art. 43. (Revogado)
Art. 44. O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao
serviço, sem motivo justificado; (Redação dada pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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LEGISLAÇÃO
II - a parcela de remuneração diária, a data da reposição. (Redação dada pela Medida
proporcional aos atrasos, ausências justificadas, Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e
Art. 47. O servidor em débito com o erário,
saídas antecipadas, salvo na hipótese de
que for demitido, exonerado ou que tiver sua
compensação de horário, até o mês subseqüente
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o
ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia
prazo de sessenta dias para quitar o débito.
imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45,
10.12.97)
de 4.9.2001)
Parágrafo único. As faltas justificadas
Parágrafo único. A não quitação do débito no
decorrentes de caso fortuito ou de força maior
prazo previsto implicará sua inscrição em dívida
poderão ser compensadas a critério da chefia
ativa. (Redação dada pela Medida Provisória nº
imediata, sendo assim consideradas como efetivo
2.225-45, de 4.9.2001)
exercício. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou
provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou
mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a
penhora, exceto nos casos de prestação de
remuneração ou provento. (Vide Decreto nº 1.502,
alimentos resultante de decisão judicial.
de 1995) (Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide
Decreto nº 2.065, de 1996) (Regulamento) Capítulo II
(Regulamento)
Das Vantagens
§ 1o Mediante autorização do servidor,
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser
poderá haver consignação em folha de pagamento
pagas ao servidor as seguintes vantagens:
em favor de terceiros, a critério da administração e
com reposição de custos, na forma definida em I - indenizações;
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de
2015) II - gratificações;

§ 2o O total de consignações facultativas de III - adicionais.


que trata o § 1o não excederá a 35% (trinta e cinco § 1o As indenizações não se incorporam ao
por cento) da remuneração mensal, sendo 5% vencimento ou provento para qualquer efeito.
(cinco por cento) reservados exclusivamente para:
(Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015) § 2o As gratificações e os adicionais
incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos
I - a amortização de despesas contraídas e condições indicados em lei.
por meio de cartão de crédito; ou (Incluído pela Lei
nº 13.172, de 2015) Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão
computadas, nem acumuladas, para efeito de
II - a utilização com a finalidade de saque concessão de quaisquer outros acréscimos
por meio do cartão de crédito. (Incluído pela Lei nº pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico
13.172, de 2015) fundamento.
Art. 46. As reposições e indenizações ao Seção I
erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão
previamente comunicadas ao servidor ativo, Das Indenizações
aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no Art. 51. Constituem indenizações ao
prazo máximo de trinta dias, podendo ser servidor:
parceladas, a pedido do interessado. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de I - ajuda de custo;
4.9.2001) II - diárias;
§ 1o O valor de cada parcela não poderá III - transporte.
ser inferior ao correspondente a dez por cento da
remuneração, provento ou pensão. (Redação dada IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 11.355, de 2006)

§ 2o Quando o pagamento indevido houver Art. 52. Os valores das indenizações


ocorrido no mês anterior ao do processamento da estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim
folha, a reposição será feita imediatamente, em como as condições para a sua concessão, serão
uma única parcela. (Redação dada pela Medida estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) Lei nº 11.355, de 2006)

§ 3o Na hipótese de valores recebidos em Subseção I


decorrência de cumprimento a decisão liminar, a Da Ajuda de Custo
tutela antecipada ou a sentença que venha a ser
revogada ou rescindida, serão eles atualizados até Art. 53. A ajuda de custo destina-se a
compensar as despesas de instalação do servidor

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LEGISLAÇÃO
que, no interesse do serviço, passar a ter exercício § 2o Nos casos em que o deslocamento da
em nova sede, com mudança de domicílio em sede constituir exigência permanente do cargo, o
caráter permanente, vedado o duplo pagamento de servidor não fará jus a diárias.
indenização, a qualquer tempo, no caso de o
§ 3o Também não fará jus a diárias o
cônjuge ou companheiro que detenha também a
servidor que se deslocar dentro da mesma região
condição de servidor, vier a ter exercício na mesma
metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião,
sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
constituídas por municípios limítrofes e regularmente
10.12.97)
instituídas, ou em áreas de controle integrado
§ 1o Correm por conta da administração as mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e
despesas de transporte do servidor e de sua competência dos órgãos, entidades e servidores
família, compreendendo passagem, bagagem e brasileiros considera-se estendida, salvo se houver
bens pessoais. pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias
pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos
§ 2o À família do servidor que falecer na
dentro do território nacional. (Incluído pela Lei nº
nova sede são assegurados ajuda de custo e
9.527, de 10.12.97)
transporte para a localidade de origem, dentro do
prazo de 1 (um) ano, contado do óbito. Art. 59. O servidor que receber diárias e não
o se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado
§ 3 Não será concedida ajuda de custo
a restituí-las integralmente, no prazo de 5
nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e
(cinco) dias.
III do parágrafo único do art. 36. (Incluído pela Lei
nº 12.998, de 2014) Parágrafo único. Na hipótese de o servidor
retornar à sede em prazo menor do que o previsto
Art. 54. A ajuda de custo corresponderá ao
para o seu afastamento, restituirá as diárias
valor de um mês de remuneração do servidor na
recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.
origem ou, na hipótese do caput do art. 56, ao valor
de uma remuneração mensal do cargo em Subseção III
comissão. (Redação daa pela Medida Provisória nº
Da Indenização de Transporte
805, de 2017)
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo
servidor que realizar despesas com a utilização de
ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo,
meio próprio de locomoção para a execução de
em virtude de mandato eletivo.
serviços externos, por força das atribuições próprias
Art. 56. Será concedida ajuda de custo do cargo, conforme se dispuser em regulamento.
àquele que, não sendo servidor da União, for
Subseção IV
nomeado para cargo em comissão, com mudança
de domicílio. Do Auxílio-Moradia
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Parágrafo único. No afastamento previsto
no inciso I do art. 93, a ajuda de custo será paga Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no
pelo órgão cessionário, quando cabível. ressarcimento de despesas comprovadamente
realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou
Art. 57. O servidor ficará obrigado a
com meio de hospedagem administrado por empresa
restituir a ajuda de custo quando,
hoteleira, no prazo de até dois meses após a
injustificadamente, não se apresentar na nova sede
comprovação da despesa pelo servidor. (Redação
no prazo de 30 (trinta) dias.
daa pela Medida Provisória nº 805, de 2017)
Subseção II
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao
Das Diárias servidor se atendidos os seguintes requisitos:
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-
se da sede em caráter eventual ou transitório para I - não exista imóvel funcional disponível
outro ponto do território nacional ou para o exterior, para uso pelo servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355,
fará jus a passagens e diárias destinadas a de 2006)
indenizar as parcelas de despesas extraordinária
II - o cônjuge ou companheiro do servidor
com pousada, alimentação e locomoção urbana,
não ocupe imóvel funcional; (Incluído pela Lei nº
conforme dispuser em regulamento. (Redação dada
11.355, de 2006)
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - o servidor ou seu cônjuge ou
§ 1o A diária será concedida por dia de
companheiro não seja ou tenha sido proprietário,
afastamento, sendo devida pela metade quando o
promitente comprador, cessionário ou promitente
deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou
cessionário de imóvel no Município aonde for exercer
quando a União custear, por meio diverso, as
o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem
despesas extraordinárias cobertas por
averbação de construção, nos doze meses que
diárias.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
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LEGISLAÇÃO
antecederem a sua nomeação; (Incluído pela Lei nº § 4o Transcorrido o prazo de quatro anos
11.355, de 2006) após encerrado o pagamento do auxílio-moradia, o
pagamento poderá ser retomado se novamente
IV - nenhuma outra pessoa que resida com
vierem a ser atendidos os requisitos do art. 60-B.
o servidor receba auxílio-moradia; (Incluído pela Lei
(Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017)
nº 11.355, de 2006)
(Vide Medida Provisória nº 805, de 2017)
V - o servidor tenha se mudado do local de
Art. 60-E. No caso de falecimento,
residência para ocupar cargo em comissão ou
exoneração, colocação de imóvel funcional à
função de confiança do Grupo-Direção e
disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o
Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6,
auxílio-moradia poderá ser mantido por um mês,
de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou
limitado ao valor pago no mês anterior. (Redação daa
equivalentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
pela Medida Provisória nº 805, de 2017)
VI - o Município no qual assuma o cargo
Seção II
em comissão ou função de confiança não se
enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3 o, em relação Das Gratificações e Adicionais
ao local de residência ou domicílio do servidor;
Art. 61. Além do vencimento e das
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos
VII - o servidor não tenha sido domiciliado servidores as seguintes retribuições, gratificações e
ou tenha residido no Município, nos últimos doze adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou 10.12.97)
função de confiança, desconsiderando-se prazo
I - retribuição pelo exercício de função de
inferior a sessenta dias dentro desse período; e
direção, chefia e assessoramento; (Redação dada
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VIII - o deslocamento não tenha sido por
II - gratificação natalina;
força de alteração de lotação ou nomeação para
cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) III - (Revogado)
IX - o deslocamento tenha ocorrido após IV - adicional pelo exercício de atividades
30 de junho de 2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, insalubres, perigosas ou penosas;
de 2007)
V - adicional pela prestação de serviço
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, extraordinário;
não será considerado o prazo no qual o servidor
VI - adicional noturno;
estava ocupando outro cargo em comissão
relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº VII - adicional de férias;
11.355, de 2006)
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza
Art. 60-C. (Revogado pela Lei nº 12.998, do trabalho.
de 2014)
IX - gratificação por encargo de curso ou
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio- concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
moradia é limitado a vinte e cinco por cento do valor
do cargo em comissão, da função de confiança ou Subseção I
do cargo de Ministro de Estado ocupado. (Redação Da Retribuição pelo Exercício de Função de
daa pela Medida Provisória nº 805, de 2017) Direção, Chefia e Assessoramento
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
superar 25% (vinte e cinco por cento) da Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo
remuneração de Ministro de Estado. (Incluído pela efetivo investido em função de direção, chefia ou
Lei nº 11.784, de 2008 assessoramento, cargo de provimento em comissão
§ 2o O valor do auxílio-moradia será ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo
reduzido em vinte e cinco pontos percentuais a seu exercício.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
cada ano, a partir do segundo ano de recebimento, 10.12.97)
e deixará de ser devido após o quarto ano de Parágrafo único. Lei específica estabelecerá
recebimento. (Redação daa pela Medida Provisória a remuneração dos cargos em comissão de que trata
nº 805, de 2017) (Vide Medida Provisória nº 805, de o inciso II do art. 9o. (Redação dada pela Lei nº
2017) 9.527, de 10.12.97)
o o
§ 3 O prazo de que trata o § 2 não terá Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem
sua contagem suspensa ou interrompida na Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI a
hipótese de exoneração ou mudança de cargo ou incorporação da retribuição pelo exercício de função
função. (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
2017) provimento em comissão ou de Natureza Especial a
que se referem os arts. 3o e 10 da Lei no 8.911, de 11
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LEGISLAÇÃO
de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no 9.624, de 2 de artigo, exercendo suas atividades em local salubre e
abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisória nº em serviço não penoso e não perigoso.
2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 70. Na concessão dos adicionais de
Parágrafo único. A VPNI de que trata o atividades penosas, de insalubridade e de
caput deste artigo somente estará sujeita às periculosidade, serão observadas as situações
revisões gerais de remuneração dos servidores estabelecidas em legislação específica.
públicos federais. (Incluído pela Medida Provisória
Art. 71. O adicional de atividade penosa será
nº 2.225-45, de 4.9.2001)
devido aos servidores em exercício em zonas de
Subseção II fronteira ou em localidades cujas condições de vida o
justifiquem, nos termos, condições e limites fixados
Da Gratificação Natalina
em regulamento.
Art. 63. A gratificação natalina corresponde
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores
a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o
que operam com Raios X ou substâncias radioativas
servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de
serão mantidos sob controle permanente, de modo
exercício no respectivo ano.
que as doses de radiação ionizante não ultrapassem
Parágrafo único. A fração igual ou superior o nível máximo previsto na legislação própria.
a 15 (quinze) dias será considerada como mês
Parágrafo único. Os servidores a que se
integral.
refere este artigo serão submetidos a exames
Art. 64. A gratificação será paga até o dia médicos a cada 6 (seis) meses.
20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.
Subseção V
Parágrafo único. (VETADO).
Do Adicional por Serviço Extraordinário
Art. 65. O servidor exonerado perceberá
Art. 73. O serviço extraordinário será
sua gratificação natalina, proporcionalmente aos
remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por
meses de exercício, calculada sobre a remuneração
cento) em relação à hora normal de trabalho.
do mês da exoneração.
Art. 74. Somente será permitido serviço
Art. 66. A gratificação natalina não será
extraordinário para atender a situações excepcionais
considerada para cálculo de qualquer vantagem
e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas)
pecuniária.
horas por jornada.
Subseção III
Subseção VI
Do Adicional por Tempo de Serviço
Do Adicional Noturno
Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória
Art. 75. O serviço noturno, prestado em
nº 2.225-45, de 2001, respeitadas as situações
horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas
constituídas até 8.3.1999)
de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o
Subseção IV valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por
cento), computando-se cada hora como cinqüenta e
Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade
dois minutos e trinta segundos.
ou Atividades Penosas
Parágrafo único. Em se tratando de serviço
Art. 68. Os servidores que trabalhem com extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo
habitualidade em locais insalubres ou em contato incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73.
permanente com substâncias tóxicas, radioativas
ou com risco de vida, fazem jus a um adicional Subseção VII
sobre o vencimento do cargo efetivo.
Do Adicional de Férias
§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais
Art. 76. Independentemente de solicitação,
de insalubridade e de periculosidade deverá optar
será pago ao servidor, por ocasião das férias, um
por um deles.
adicional correspondente a 1/3 (um terço) da
§ 2o O direito ao adicional de insalubridade remuneração do período das férias.
ou periculosidade cessa com a eliminação das
Parágrafo único. No caso de o servidor
condições ou dos riscos que deram causa a sua
exercer função de direção, chefia ou
concessão.
assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a
Art. 69. Haverá permanente controle da respectiva vantagem será considerada no cálculo do
atividade de servidores em operações ou locais adicional de que trata este artigo.
considerados penosos, insalubres ou perigosos.
Subseção VIII
Parágrafo único. A servidora gestante ou
Da Gratificação por Encargo de Curso ou
lactante será afastada, enquanto durar a gestação e
Concurso
a lactação, das operações e locais previstos neste
(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
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LEGISLAÇÃO
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de referidas nos incisos do caput deste artigo forem
Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de
caráter eventual: (Incluído pela Lei nº 11.314 de que o servidor for titular, devendo ser objeto de
2006) (Regulamento) compensação de carga horária quando
desempenhadas durante a jornada de trabalho, na
I - atuar como instrutor em curso de
forma do § 4o do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei
formação, de desenvolvimento ou de treinamento
nº 11.314 de 2006)
regularmente instituído no âmbito da administração
o
pública federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de § 3 A Gratificação por Encargo de Curso ou
2006) Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário
do servidor para qualquer efeito e não poderá ser
II - participar de banca examinadora ou de
utilizada como base de cálculo para quaisquer outras
comissão para exames orais, para análise
vantagens, inclusive para fins de cálculo dos
curricular, para correção de provas discursivas,
proventos da aposentadoria e das pensões. (Incluído
para elaboração de questões de provas ou para
pela Lei nº 11.314 de 2006)
julgamento de recursos intentados por candidatos;
(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) Capítulo III
III - participar da logística de preparação e Das Férias
de realização de concurso público envolvendo
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de
atividades de planejamento, coordenação,
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de
supervisão, execução e avaliação de resultado,
dois períodos, no caso de necessidade do serviço,
quando tais atividades não estiverem incluídas
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação
entre as suas atribuições permanentes; (Incluído
específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, de
pela Lei nº 11.314 de 2006)
10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de
avaliar provas de exame vestibular ou de concurso
férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
público ou supervisionar essas atividades. (Incluído
pela Lei nº 11.314 de 2006) § 2o É vedado levar à conta de férias
qualquer falta ao serviço.
§ 1o Os critérios de concessão e os limites
da gratificação de que trata este artigo serão § 3o As férias poderão ser parceladas em até
fixados em regulamento, observados os seguintes três etapas, desde que assim requeridas pelo
parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) servidor, e no interesse da administração pública.
(Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
I - o valor da gratificação será calculado em
horas, observadas a natureza e a complexidade da Art. 78. O pagamento da remuneração das
atividade exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de férias será efetuado até 2 (dois) dias antes do início
2006) do respectivo período, observando-se o disposto no
o
§ 1 deste artigo. (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
II - a retribuição não poderá ser superior ao
equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho § 1° e § 2° (Revogado pela Lei nº 9.527, de
anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, 10.12.97)
devidamente justificada e previamente aprovada
§ 3o O servidor exonerado do cargo efetivo,
pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que
ou em comissão, perceberá indenização relativa ao
poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e
período das férias a que tiver direito e ao incompleto,
vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído pela Lei nº
na proporção de um doze avos por mês de efetivo
11.314 de 2006)
exercício, ou fração superior a quatorze dias.
III - o valor máximo da hora trabalhada (Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)
corresponderá aos seguintes percentuais,
§ 4o A indenização será calculada com base
incidentes sobre o maior vencimento básico da
na remuneração do mês em que for publicado o ato
administração pública federal: (Incluído pela Lei nº
exoneratório. (Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)
11.314 de 2006)
§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por
receberá o valor adicional previsto no inciso XVII do
cento), em se tratando de atividades previstas nos
art. 7o da Constituição Federal quando da utilização
incisos I e II do caput deste artigo; (Redação dada
do primeiro período. (Incluído pela Lei nº 9.525, de
pela Lei nº 11.501, de 2007)
10.12.97)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por
cento), em se tratando de atividade prevista nos Art. 79. O servidor que opera direta e
permanentemente com Raios X ou substâncias
incisos III e IV do caput deste artigo. (Redação
radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de
dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
férias, por semestre de atividade profissional,
§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso proibida em qualquer hipótese a acumulação.
ou Concurso somente será paga se as atividades

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LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de
9.527, de 10.12.97) 2009)
Art. 80. As férias somente poderão ser § 1o A licença somente será deferida se a
interrompidas por motivo de calamidade pública, assistência direta do servidor for indispensável e não
comoção interna, convocação para júri, serviço puder ser prestada simultaneamente com o exercício
militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço do cargo ou mediante compensação de horário, na
declarada pela autoridade máxima do órgão ou forma do disposto no inciso II do art. 44. (Redação
entidade.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997)
§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas
Parágrafo único. O restante do período as prorrogações, poderá ser concedida a cada
interrompido será gozado de uma só vez, período de doze meses nas seguintes
observado o disposto no art. 77. (Incluído pela Lei condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de
nº 9.527, de 10.12.97) 2010)
Capítulo IV I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos
ou não, mantida a remuneração do servidor;
Das Licenças
e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
Seção I
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou
Disposições Gerais não, sem remuneração. (Incluído pela Lei nº 12.269,
de 2010)
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
§ 3o O início do interstício de 12 (doze)
I - por motivo de doença em pessoa da meses será contado a partir da data do deferimento
família; da primeira licença concedida. (Incluído pela Lei nº
II - por motivo de afastamento do cônjuge 12.269, de 2010)
ou companheiro; § 4o A soma das licenças remuneradas e das
III - para o serviço militar; licenças não remuneradas, incluídas as respectivas
prorrogações, concedidas em um mesmo período de
IV - para atividade política; 12 (doze) meses, observado o disposto no § 3 o, não
V - para capacitação; (Redação dada pela poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos
Lei nº 9.527, de 10.12.97) incisos I e II do § 2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de
2010)
VI - para tratar de interesses particulares;
Seção III
VII - para desempenho de mandato
classista. Da Licença por Motivo de Afastamento do
o Cônjuge
§ 1 A licença prevista no inciso I do caput
deste artigo bem como cada uma de suas Art. 84. Poderá ser concedida licença ao
prorrogações serão precedidas de exame por servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro
perícia médica oficial, observado o disposto no art. que foi deslocado para outro ponto do território
204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, nacional, para o exterior ou para o exercício de
de 2009) mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
§ 2o (Revogado pela Lei nº 9.527, de § 1o A licença será por prazo indeterminado
10.12.97) e sem remuneração.
§ 3o É vedado o exercício de atividade § 2o No deslocamento de servidor cujo
remunerada durante o período da licença prevista cônjuge ou companheiro também seja servidor
no inciso I deste artigo. público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 Municípios, poderá haver exercício provisório em
(sessenta) dias do término de outra da mesma órgão ou entidade da Administração Federal direta,
espécie será considerada como prorrogação. autárquica ou fundacional, desde que para o
Seção II exercício de atividade compatível com o seu cargo.
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da
Família Seção IV
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao Da Licença para o Serviço Militar
servidor por motivo de doença do cônjuge ou Art. 85. Ao servidor convocado para o
companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou serviço militar será concedida licença, na forma e
madrasta e enteado, ou dependente que viva a condições previstas na legislação específica.
suas expensas e conste do seu assentamento
funcional, mediante comprovação por perícia

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LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. Concluído o serviço Seção VIII
militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem
Da Licença para o Desempenho de Mandato
remuneração para reassumir o exercício do cargo.
Classista
Seção V
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à
Da Licença para Atividade Política licença sem remuneração para o desempenho de
mandato em confederação, federação, associação de
Art. 86. O servidor terá direito a licença,
classe de âmbito nacional, sindicato representativo
sem remuneração, durante o período que mediar
da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão
entre a sua escolha em convenção partidária, como
ou, ainda, para participar de gerência ou
candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro
administração em sociedade cooperativa constituída
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
por servidores públicos para prestar serviços a seus
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo membros, observado o disposto na alínea c do inciso
na localidade onde desempenha suas funções e VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em
que exerça cargo de direção, chefia, regulamento e observados os seguintes limites:
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
será afastado, a partir do dia imediato ao do registro (Regulamento)
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil)
décimo dia seguinte ao do pleito. (Redação dada
associados, 2 (dois) servidores; (Redação dada pela
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Lei nº 12.998, de 2014)
§ 2o A partir do registro da candidatura e
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um)
até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor
a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro)
fará jus à licença, assegurados os vencimentos do
servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de
cargo efetivo, somente pelo período de três meses.
2014)
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - para entidades com mais de 30.000
Seção VI
(trinta mil) associados, 8 (oito) servidores. (Redação
Da Licença para Capacitação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Somente poderão ser licenciados os
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo servidores eleitos para cargos de direção ou de
exercício, o servidor poderá, no interesse da representação nas referidas entidades, desde que
Administração, afastar-se do exercício do cargo cadastradas no órgão competente. (Redação dada
efetivo, com a respectiva remuneração, por até três pela Lei nº 12.998, de 2014)
meses, para participar de curso de capacitação
§ 2o A licença terá duração igual à do
profissional. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
mandato, podendo ser renovada, no caso de
10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
reeleição. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de
Parágrafo único. Os períodos de licença de 2014)
que trata o caput não são acumuláveis.(Redação
Capítulo V
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Dos Afastamentos
Art. 88. (Revogado)
Seção I
Art. 89. (Revogado)
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou
Art. 90. (VETADO).
Entidade
Seção VII
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para
Da Licença para Tratar de Interesses ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes
Particulares da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos
Municípios, nas seguintes hipóteses: (Redação dada
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide
concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) (Vide Decreto nº
desde que não esteja em estágio probatório, 5.213, de 2004) (Vide Decreto nº 9.144, de 2017)
licenças para o trato de assuntos particulares pelo
prazo de até três anos consecutivos, sem I - para exercício de cargo em comissão ou
remuneração. (Redação dada pela Medida função de confiança; (Redação dada pela Lei nº
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 8.270, de 17.12.91)
Parágrafo único. A licença poderá ser II - em casos previstos em leis específicas.
interrompida, a qualquer tempo, a pedido do (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
servidor ou no interesse do serviço. (Redação dada
§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da

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LEGISLAÇÃO
remuneração será do órgão ou entidade III - investido no mandato de vereador:
cessionária, mantido o ônus para o cedente nos
a) havendo compatibilidade de horário,
demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de
perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo
17.12.91)
da remuneração do cargo eletivo;
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a
b) não havendo compatibilidade de horário,
empresa pública ou sociedade de economia mista,
será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
nos termos das respectivas normas, optar pela
pela sua remuneração.
remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração
do cargo efetivo acrescida de percentual da § 1o No caso de afastamento do cargo, o
retribuição do cargo em comissão, a entidade servidor contribuirá para a seguridade social como se
cessionária efetuará o reembolso das despesas em exercício estivesse.
realizadas pelo órgão ou entidade de origem.
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo
(Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
ou classista não poderá ser removido ou redistribuído
§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria de ofício para localidade diversa daquela onde
publicada no Diário Oficial da União. (Redação exerce o mandato.
dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
Seção III
§ 4o Mediante autorização expressa do
Do Afastamento para Estudo ou Missão no
Presidente da República, o servidor do Poder
Exterior
Executivo poderá ter exercício em outro órgão da
Administração Federal direta que não tenha quadro Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se
próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo do País para estudo ou missão oficial, sem
certo. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) autorização do Presidente da República, Presidente
dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de
Supremo Tribunal Federal. (Vide Decreto nº 1.387,
empregado ou servidor por ela requisitado, as
de 1995)
disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) § 1o A ausência não excederá a 4 (quatro)
anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido
§ 6º As cessões de empregados de
igual período, será permitida nova ausência.
empresa pública ou de sociedade de economia
mista, que receba recursos de Tesouro Nacional § 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto
para o custeio total ou parcial da sua folha de neste artigo não será concedida exoneração ou
pagamento de pessoal, independem das licença para tratar de interesse particular antes de
disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º decorrido período igual ao do afastamento,
deste artigo, ficando o exercício do empregado ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa
cedido condicionado a autorização específica do havida com seu afastamento.
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o
exceto nos casos de ocupação de cargo em § 3 O disposto neste artigo não se aplica
comissão ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº aos servidores da carreira diplomática.
10.470, de 25.6.2002) § 4o As hipóteses, condições e formas para
§ 7° O Ministério do Planejamento, a autorização de que trata este artigo, inclusive no
Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover que se refere à remuneração do servidor, serão
a composição da força de trabalho dos órgãos e disciplinadas em regulamento. (Incluído pela Lei nº
entidades da Administração Pública Federal, 9.527, de 10.12.97)
poderá determinar a lotação ou o exercício de Art. 96. O afastamento de servidor para
empregado ou servidor, independentemente da servir em organismo internacional de que o Brasil
observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda
2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de total da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de
25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005) 2000)
Seção II Seção IV
Do Afastamento para Exercício de Mandato (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Eletivo Do Afastamento para Participação em Programa
Art. 94. Ao servidor investido em mandato de Pós-Graduação Stricto Sensu no País
eletivo aplicam-se as seguintes disposições: Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da
I - tratando-se de mandato federal, Administração, e desde que a participação não possa
estadual ou distrital, ficará afastado do cargo; ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, afastar-se do
II - investido no mandato de Prefeito, será exercício do cargo efetivo, com a respectiva
afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela remuneração, para participar em programa de pós-
sua remuneração; graduação stricto sensu em instituição de ensino

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LEGISLAÇÃO
superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, de Capítulo VI
2009)
Das Concessões
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o
entidade definirá, em conformidade com a
servidor ausentar-se do serviço: (Redação dada pela
legislação vigente, os programas de capacitação e
Medida provisória nº 632, de 2013)
os critérios para participação em programas de pós-
graduação no País, com ou sem afastamento do I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
servidor, que serão avaliados por um comitê
II - pelo período comprovadamente
constituído para este fim. (Incluído pela Lei nº
necessário para alistamento ou recadastramento
11.907, de 2009)
eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias;
§ 2o Os afastamentos para realização de (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
programas de mestrado e doutorado somente serão
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão
concedidos aos servidores titulares de cargos
de :
efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo
menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) a) casamento;
anos para doutorado, incluído o período de estágio
probatório, que não tenham se afastado por licença b) falecimento do cônjuge, companheiro,
para tratar de assuntos particulares para gozo de pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor
licença capacitação ou com fundamento neste sob guarda ou tutela e irmãos.
artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da Art. 98. Será concedido horário especial ao
solicitação de afastamento. (Incluído pela Lei nº servidor estudante, quando comprovada a
11.907, de 2009) incompatibilidade entre o horário escolar e o da
§ 3o Os afastamentos para realização de repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.
programas de pós-doutorado somente serão § 1o Para efeito do disposto neste artigo,
concedidos aos servidores titulares de cargos será exigida a compensação de horário no órgão ou
efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo entidade que tiver exercício, respeitada a duração
menos quatro anos, incluído o período de estágio semanal do trabalho. (Parágrafo renumerado e
probatório, e que não tenham se afastado por alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
licença para tratar de assuntos particulares ou com
fundamento neste artigo, nos quatro anos § 2o Também será concedido horário
anteriores à data da solicitação de afastamento. especial ao servidor portador de deficiência, quando
(Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010) comprovada a necessidade por junta médica oficial,
independentemente de compensação de horário.
§ 4o Os servidores beneficiados pelos (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste
artigo terão que permanecer no exercício de suas § 3o As disposições constantes do § 2o são
funções após o seu retorno por um período igual ao extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou
do afastamento concedido. (Incluído pela Lei nº dependente com deficiência. (Redação dada pela Lei
11.907, de 2009) nº 13.370, de 2016)

§ 5o Caso o servidor venha a solicitar § 4o Será igualmente concedido horário


exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de especial, vinculado à compensação de horário a ser
cumprido o período de permanência previsto no § efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que
4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do
entidade, na forma do art. 47 da Lei n o 8.112, de 11 caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei
de dezembro de 1990, dos gastos com seu nº 11.501, de 2007)
aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de
2009) sede no interesse da administração é assegurada, na
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou localidade da nova residência ou na mais próxima,
grau que justificou seu afastamento no período matrícula em instituição de ensino congênere, em
previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste artigo, qualquer época, independentemente de vaga.
salvo na hipótese comprovada de força maior ou de Parágrafo único. O disposto neste artigo
caso fortuito, a critério do dirigente máximo do estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos,
órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 11.907, de ou enteados do servidor que vivam na sua
2009) companhia, bem como aos menores sob sua guarda,
§ 7o Aplica-se à participação em programa com autorização judicial.
de pós-graduação no Exterior, autorizado nos
termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1 o a
6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de
2009)

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LEGISLAÇÃO
Capítulo VII e) para capacitação, conforme dispuser o
regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
Do Tempo de Serviço
10.12.97)
Art. 100. É contado para todos os efeitos o
f) por convocação para o serviço militar;
tempo de serviço público federal, inclusive o
prestado às Forças Armadas. IX - deslocamento para a nova sede de que
trata o art. 18;
Art. 101. A apuração do tempo de serviço
será feita em dias, que serão convertidos em anos, X - participação em competição desportiva
considerado o ano como de trezentos e sessenta e nacional ou convocação para integrar representação
cinco dias. desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme
disposto em lei específica;
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº
9.527, de 10.12.97) XI - afastamento para servir em organismo
internacional de que o Brasil participe ou com o qual
Art. 102. Além das ausências ao serviço
coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
previstas no art. 97, são considerados como de
efetivo exercício os afastamentos em virtude de: Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de
(Vide Decreto nº 5.707, de 2006) aposentadoria e disponibilidade:
I - férias; I - o tempo de serviço público prestado aos
Estados, Municípios e Distrito Federal;
II - exercício de cargo em comissão ou
equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da II - a licença para tratamento de saúde de
União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; pessoal da família do servidor, com remuneração,
que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12
III - exercício de cargo ou função de
(doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de
governo ou administração, em qualquer parte do
2010)
território nacional, por nomeação do Presidente da
República; III - a licença para atividade política, no caso
do art. 86, § 2o;
IV - participação em programa de
treinamento regularmente instituído ou em IV - o tempo correspondente ao
programa de pós-graduação stricto sensu no País, desempenho de mandato eletivo federal, estadual,
conforme dispuser o regulamento; (Redação dada municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço
pela Lei nº 11.907, de 2009) (Vide Decreto nº 5.707, público federal;
de 2006)
V - o tempo de serviço em atividade privada,
V - desempenho de mandato eletivo vinculada à Previdência Social;
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal,
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de
exceto para promoção por merecimento;
guerra;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por
VII - o tempo de licença para tratamento da
lei;
própria saúde que exceder o prazo a que se refere a
VII - missão ou estudo no exterior, quando alínea "b" do inciso VIII do art. 102. (Incluído pela Lei
autorizado o afastamento, conforme dispuser o nº 9.527, de 10.12.97)
regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
§ 1o O tempo em que o servidor esteve
10.12.97) (Vide Decreto nº 5.707, de 2006)
aposentado será contado apenas para nova
VIII - licença: aposentadoria.
o
a) à gestante, à adotante e à paternidade; § 2 Será contado em dobro o tempo de
serviço prestado às Forças Armadas em operações
b) para tratamento da própria saúde, até o
de guerra.
limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo
do tempo de serviço público prestado à União, em § 3o É vedada a contagem cumulativa de
cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela tempo de serviço prestado concomitantemente em
Lei nº 9.527, de 10.12.97) mais de um cargo ou função de órgão ou entidades
dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e
c) para o desempenho de mandato
Município, autarquia, fundação pública, sociedade de
classista ou participação de gerência ou
economia mista e empresa pública.
administração em sociedade cooperativa
constituída por servidores para prestar serviços a Capítulo VIII
seus membros, exceto para efeito de promoção por
Do Direito de Petição
merecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de
2005) Art. 104. É assegurado ao servidor o direito
de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de
d) por motivo de acidente em serviço ou
direito ou interesse legítimo.
doença profissional;

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LEGISLAÇÃO
Art. 105. O requerimento será dirigido à Art. 113. Para o exercício do direito de
autoridade competente para decidi-lo e petição, é assegurada vista do processo ou
encaminhado por intermédio daquela a que estiver documento, na repartição, ao servidor ou a
imediatamente subordinado o requerente. procurador por ele constituído.
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à Art. 114. A administração deverá rever seus
autoridade que houver expedido o ato ou proferido atos, a qualquer tempo, quando eivados de
a primeira decisão, não podendo ser renovado. ilegalidade.
(Vide Lei nº 12.300, de 2010)
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os
Parágrafo único. O requerimento e o prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de
pedido de reconsideração de que tratam os artigos força maior.
anteriores deverão ser despachados no prazo de 5
DEVERES
(cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.
Título IV
Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº
12.300, de 2010) Do Regime Disciplinar
I - do indeferimento do pedido de Capítulo I
reconsideração;
Dos Deveres
II - das decisões sobre os recursos
Art. 116. São deveres do servidor:
sucessivamente interpostos.
I - exercer com zelo e dedicação as
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade
atribuições do cargo;
imediatamente superior à que tiver expedido o ato
ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em II - ser leal às instituições a que servir;
escala ascendente, às demais autoridades.
III - observar as normas legais e
§ 2o O recurso será encaminhado por regulamentares;
intermédio da autoridade a que estiver
imediatamente subordinado o requerente. IV - cumprir as ordens superiores, exceto
quando manifestamente ilegais;
Art. 108. O prazo para interposição de
pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 V - atender com presteza:
(trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, a) ao público em geral, prestando as
pelo interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº informações requeridas, ressalvadas as protegidas
12.300, de 2010) por sigilo;
Art. 109. O recurso poderá ser recebido b) à expedição de certidões requeridas para
com efeito suspensivo, a juízo da autoridade defesa de direito ou esclarecimento de situações de
competente. interesse pessoal;
Parágrafo único. Em caso de provimento c) às requisições para a defesa da Fazenda
do pedido de reconsideração ou do recurso, os Pública.
efeitos da decisão retroagirão à data do ato
impugnado. VI - levar as irregularidades de que tiver
ciência em razão do cargo ao conhecimento da
Art. 110. O direito de requerer prescreve: autoridade superior ou, quando houver suspeita de
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de envolvimento desta, ao conhecimento de outra
demissão e de cassação de aposentadoria ou autoridade competente para apuração; (Redação
disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial dada pela Lei nº 12.527, de 2011)
e créditos resultantes das relações de trabalho; VII - zelar pela economia do material e a
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais conservação do patrimônio público;
casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. VIII - guardar sigilo sobre assunto da
Parágrafo único. O prazo de prescrição repartição;
será contado da data da publicação do ato IX - manter conduta compatível com a
impugnado ou da data da ciência pelo interessado, moralidade administrativa;
quando o ato não for publicado.
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
Art. 111. O pedido de reconsideração e o
recurso, quando cabíveis, interrompem a XI - tratar com urbanidade as pessoas;
prescrição. XII - representar contra ilegalidade, omissão
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, ou abuso de poder.
não podendo ser relevada pela administração. Parágrafo único. A representação de que
trata o inciso XII será encaminhada pela via

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LEGISLAÇÃO
hierárquica e apreciada pela autoridade superior ANOTAÇÕES
àquela contra a qual é formulada, assegurando-se
__________________________________________
ao representando ampla defesa.
__________________________________________
__________________________________________
RESPONSABILIDADES
__________________________________________
Capítulo IV
__________________________________________
Das Responsabilidades
__________________________________________
Art. 121. O servidor responde civil, penal e
administrativamente pelo exercício irregular de suas __________________________________________
atribuições. __________________________________________
Art. 122. A responsabilidade civil decorre __________________________________________
de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. __________________________________________

§ 1o A indenização de prejuízo __________________________________________


dolosamente causado ao erário somente será __________________________________________
liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de
outros bens que assegurem a execução do débito __________________________________________
pela via judicial. __________________________________________
o
§ 2 Tratando-se de dano causado a __________________________________________
terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda
Pública, em ação regressiva. __________________________________________

§ 3o A obrigação de reparar o dano __________________________________________


estende-se aos sucessores e contra eles será __________________________________________
executada, até o limite do valor da herança
recebida. __________________________________________

Art. 123. A responsabilidade penal abrange __________________________________________


os crimes e contravenções imputadas ao servidor, __________________________________________
nessa qualidade.
__________________________________________
Art. 124. A responsabilidade civil-
__________________________________________
administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo
praticado no desempenho do cargo ou função. __________________________________________
Art. 125. As sanções civis, penais e __________________________________________
administrativas poderão cumular-se, sendo
__________________________________________
independentes entre si.
__________________________________________
Art. 126. A responsabilidade administrativa
do servidor será afastada no caso de absolvição __________________________________________
criminal que negue a existência do fato ou sua
__________________________________________
autoria.
__________________________________________
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser
responsabilizado civil, penal ou administrativamente __________________________________________
por dar ciência à autoridade superior ou, quando
__________________________________________
houver suspeita de envolvimento desta, a outra
autoridade competente para apuração de __________________________________________
informação concernente à prática de crimes ou
__________________________________________
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que
em decorrência do exercício de cargo, emprego ou __________________________________________
função pública. (Incluído pela Lei nº 12.527, de
__________________________________________
2011)
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________

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LEGISLAÇÃO
(ii) nexo de causalidade e
(iii) agente público.
A responsabilização do Estado é fruto de
uma evolução. Originalmente não se averiguava, na
prática, tal possibilidade. Isso porque predominavam
Responsabilidade civil da Administração ou as ideias consubstanciadas nas frases ―L’etat c’est
do Estado como alguns doutrinadores preferem, moi‖ e ‖The king do no wrong‖. Até que surge, num
dentre eles Helly Lopes Meirelles faz a distinção ao momento posterior, a TEORIA DA
que poderíamos ver de maneira na qual se pode RESPONSABILIDADE COM CULPA.
responsabilizar o Estado por seus atos patriciados
junto aos administrados, de forma mais Esta diferenciava atos de gestão de atos de
aprofundada podemos adentrar aos conceitos dos império. Em seguida, desenvolveu-se a TEORIA DA
alguns doutrinadores a respeito. CULPA ADMINISTRATIVA, baseada na culpa
anônima ou na falta de serviço. Por fim, nasce a
Assim define Marcelo Alexandrino e Vicente TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA,
Paulo (2009) ―Responsabilidade civil também também conhecida como teoria do risco
denominada responsabilidade extracontratual, tem administrativo.
sua origem no Direito civil. Consubstancia – se na
obrigação de indenizar um dano patrimonial ou A teoria da responsabilidade objetiva
moral decorrente de um fato humano.‖ dispensa a verificação do fator culpa. Pode-se
acionar o Estado diretamente. Este responderá
De essa forma ver-se que é uma obrigação sempre que demonstrado o nexo de causalidade
imposta ao poder público de compor os danos entre o ato de seu agente e o dano injustamente
ocasionados a terceiros, por atos praticados pelos sofrido pelo indivíduo.
seus agentes, no exercício das suas atribuições
como prevê a Constituição Federal de 1988. Quanto ao agente causador do dano, deve-
se atentar para o fato de que sua culpa só é discutida
Art. 37º omissis num segundo momento, caso o Estado impetre ação
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito de regresso. O dano provocado pelo agente público
público e as de direito privado prestadoras de deverá ser ressarcido pelo mesmo, desde que
serviços públicos responderão pelos danos que comprovada sua culpa.
seus agentes, nessa qualidade, causarem a A responsabilidade civil objetiva, disciplinada
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o no art. 37, § 6º, da Constituição, aplica-se às pessoas
responsável nos casos de dolo ou culpa jurídicas de direito público e às pessoas jurídicas de
Assim o Estado conforme a constituição de direito privado prestadoras de serviços públicos.
1988 tem o dever de reparar os danos Paralelamente, nota-se que a teoria do risco
eventualmente causados aos particulares, podendo administrativo, permite que se afaste a
estes decorrem de atos lícitos e ilícitos sendo estes responsabilidade estatal nos casos de exclusão do
uma forma de punir a Administração pública. nexo causal, i.e., nos casos de fato exclusivo da
vítima, caso fortuito, força maior e fato exclusivo de
EVOLUÇÃO terceiro.
Existem três espécies distintas de Por outro lado, a teoria do risco integral é
responsabilidade: a penal, a administrativa e a civil. modalidade extremada da doutrina do risco. Sustenta
Caracterizam-se pela independência e possibilidade o cabimento de indenização mesmo quando dos
de serem simultaneamente aplicadas. casos acima elencados. O STJ, porém, tem
precedentes que se coadunam com a teoria do risco
Têm-se, paralelamente, duas modalidades
administrativo, como no caso do surfista ferroviário.
distintas de responsabilidade, quais sejam, a
contratual – prevista nos contratos firmados pela Salienta-se ainda a existência de
Administração Pública e a extracontratual – e a responsabilidade civil obrigatória por danos
extracontratual, derivada das atividades sem nucleares, prevista no art. 21, XXIII, d, CR. Ademais,
vínculo contratual. prevê o art. 927, p. único, CC, a obrigatoriedade do
reparo de danos quando atividade implicar,
O cidadão deve ter a certeza de que todo
normalmente, risco para direito de outrem ou quando
dano a direito seu ocasionado pela ação de
a lei assim o determinar.
qualquer agente público no desempenho de suas
atividades será reparado pelo Estado. Salienta-se Deve-se observar ainda que mesmo que
que aquele que provoca o dano deve estar na agente estatal atue fora de suas funções, mas a
qualidade de agente do Estado. Deve-se averiguar pretexto de exercê-las, há responsabilidade. O ato do
para a caracterização da responsabilidade a Estado pode ser comissivo – não é necessário
existência de comprovar culpa – ou omissivo – deve-se comprová-
la.
(i) dano,

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LEGISLAÇÃO
Como defesa em juízo, pode o Estado FUNDAMENTOS JUSTIFICADORES DA
alegar a inexistência de fato administrativo, a RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO.
inexistência de dano, a ausência de nexo causal
A responsabilidade objetiva do Estado reside
entre fato e dano, o fato de o lesado ter sido o único
principalmente no fato de que todos seriam
causador – art. 945, CC –, a ocorrência de fatos
beneficiados pelos fins visados pela Administração,
imprevisíveis ou de atos de multidão.
no qual a responsabilidade objetiva coloca
A indenização à vítima pode se dar pela via igualmente a todos para suportar os riscos
administrativa ou judicial. No primeiro caso, deve decorrentes da atividade seja ela qual for essa
haver requerimento formulado pela vítima, ainda responsabilidade aponta a desigualdade entre o
que evidente a responsabilidade. poder público e o particular tendo o Estado à
prerrogativa do interesse público sobre o privado,
TEORIAS
sempre na defesa do interesse da coletividade.
Irresponsabilidades do Estado: tratava-se
Dessa forma a própria constituição garantiu
de que o Estado não é responsável pelo dano
aos particulares a obrigação ao Estado de reparar
causado a terceiros. Pois se baseava na ideia de
seus danos, mesmo sendo este em favor da
que Estado figurado pessoa do rei, não cometia
coletividade, mas não pode ferir o direito alheio. A
erros, ou seria capaz de lesar seus súditos, assim
responsabilidade civil objetiva é aplicada a todas as
seus representantes, ou seja, os agentes públicos
pessoas jurídicas de direito público, não importando a
não poderiam ser responsabilizados por seus atos
sua área de atuação. Pois desde o momento em a
Esta teoria foi totalmente superada. Os últimos
Administração outorga competência ou delega a um
Países a abandonar essa teoria foram a Inglaterra e
determinado agente realizar em seu nome atividade
Estados Unidos.
pública, passa ela assumir os riscos sobre a sua
Responsabilidade com culpa civil execução, tendo ela obrigatoriedade de ressarcir ao
comum: traz uma visão civilista da reparação de particular eventuais riscos oriundos do seu trabalho.
danos vigorando a responsabilidade subjetiva, ou
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DA
seja, a Administração responde civilmente pelos
ADMINISTAÇÃO.
danos causados a terceiros, mas essa vem
perdendo seu fundamento tendo em vista que não A responsabilidade subjetiva da
pode ser dado à Administração Pública, o mesmo Administração existe conforme a teoria da culpa
tratamento destinado ao particular. administrativa, pelo qual se vê a possibilidade onde a
pessoa que sofreu o dano basta provar que lhe
Culpa administrativa: de acordo com essa
houve a prestação de um serviço que era para o
teoria o Estado seria punido civilmente quando os
Estado ter prestado, com essa responsabilidade
serviços que lhe competissem não fossem
subjetiva o ônus da prova é de quem acusa, e deverá
prestados ou se estivesse com irregularidades na
também provar que houve o nexo casual do dano e a
sua prestação. Considera-se falta de serviço três
omissão por parte do Estado na prestação. Desta
hipóteses diferentes: inexistência de serviço, mau
forma quando se verifica que a falta de atenção da
funcionamento do serviço ou retardamento do
Administração, será necessário provar a negligência
serviço. Essa teoria é considerada de transição,
ou imprudência do agente público se caracteriza a
uma vez que exige da vítima a comprovação da
culpa subjetiva, tendo sido esta posição adotada pelo
falta de serviço, para justificar a indenização. Ou
STF.
seja: além de sofrer a lesão, a vítima precisa
comprovar a "culpa administrativa". Assim a titulo de exemplo de
responsabilidade subjetiva, quando na hipótese de
Risco Administrativo: Por essa teoria, se
enchente, se ficar comprovado que os serviços
entende – se que a Administração tem a obrigação
prestados pela Administração não tiveram eficiência,
de reparar o dano, pois no desempenho de suas
deverá ela ser responsabilizada, para existir o direito
funções para beneficiar a coletividade, pode o
de reparação do dano suportado pelo particular. Em
particular sofrer o dano, desta forma compete ao
geral para que os danos decorrentes de atos de
poder público a obrigação de indenizar ou se for o
terceiros ou de fenômenos da natureza gerem para o
caso comprovar que não deu causa para o dano,
estado obrigação de indenização é necessário que a
sendo este observado o seguinte; a existência do
pessoa que sofreu o dano prove que o resultado do
dano como um fator objetivo, e o nexo casual, a
dano foi por determinada omissão da Administração
que foi a conduta lesiva, desta feita é de
pública.
competência da Administração a comprovação de
não ter culpa. Assim conforme preceitua Marcelo
Alexandrino e Vicente Paulo a respeito:
Risco integral: defende que é ao Estado a
responsabilidade do dano e a ele incube o dever se “O Estado está na posição de garante,
suportar o dano feito a terceiro, mesmo sendo este quando tem o dever legal de assegurar a integridade
o causador, ou seja, caberia ao Estado suportar de pessoas ou coisas sob sua custódia, guarda ou
todo dano sofrido, mesmo que se culpa do poder proteção direta, responderá ele com base na teoria
público. do risco administrativo” (p720).

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LEGISLAÇÃO
Tem-se a Administração como garantidor da ocorrência de culpa de sua parte ou não, mesmo
da coletividade e do bem estar social, portanto, sendo executada por particular. Já quando ocorre
quando se acontece dano por conta da obra pública que ocasione dano a particulares em
Administração há a presunção em favor de decorrência da má execução, por parte de quem
terceiros. executa, trata-se de culpa do executor, e nessas
hipóteses responde ele a empresa contratada pela
FORÇA MAIOR E CASO FORTUITO
Administração para realizar a obra, civilmente com a
Existe divergência na para se conceituar responsabilidade do tipo subjetiva.
tais institutos, pois surge a possibilidade de ser
Segundo o que prescreve a lei 8.666/93 no
excludente de culpa para responsabilidade civil da
seu art. 70, no qual coloca o contratado a toda
Administração, o que existe na circunstância de o
responsabilidade decorrente de danos causados por
evento advir do ser humano ou da natureza que
ele no âmbito da obra publica.
reside o elemento diferenciador.
ATOS LEGISLATIVOS
Segundo Celso Antônio Bandeira de Melo,
se tem uma situação de força maior quando Os atos legislativos são atos que não geram
estamos diante de um evento externo, estranho a responsabilidade extracontratual para o Estado, o
qualquer atuação da Administração que, além poder legislativo atua com plena liberdade, sendo
disso, deve ser imprevisível e irresistível ou somente limitado as cláusulas impostas pela
inevitável. O exemplo de um furacão. constituição. Mas a doutrina e jurisprudência
reconhecem duas possibilidades de atos do
Já o caso fortuito seria sempre um evento
legislativo ensejarem responsabilidade civil do Estado
interno, ou seja, decorrente de uma atuação da
são elas:
Administração, o resultado dessa atuação é que
seria anômalo, sendo tecnicamente inexplicável e · Na edição de leis inconstitucionais
imprevisível.
· Edição de leis de efeitos concretos
Desta forma os institutos acima são
Em relação às leis inconstitucionais, quando
excludentes da obrigação de indenizar, desde que o
esta ensejar um dano ao particular, e quando o
dano decorra exclusivamente por omissão, na
Supremo Tribunal Federal declara a sua
modalidade de culpa administrativa, para o
inconstitucionalidade será o Estado responsabilizado
surgimento do ocorrido. Diferentemente das
civilmente. Já a leis de efeitos concretos são as leis
circunstâncias em que o Estado deve responder
quem possuem destino certo ou a determinada
objetivamente por danos causados aos particulares,
pessoas, e tal lei quando da sua aplicação acarretar
conquanto não haja consenso.
dano ao particular pode obrigar a responsabilidade
Desta forma os danos decorrentes de caso para o Estado, tendo assim a possibilidade do
fortuito ou de força maior, desde que quando não individuo direito a reparação de dano.
exista uma conduta omissivamente para surgimento
ATO JURISDICIONAL
a Administração Pública será somente a ser
responsabilizada se tiver concorrido para tal evento. A jurisprudência não admite que os atos
jurisdicional gerem a responsabilidade civil do
DANOS DE OBRA PÚBLICA.
Estado, pois a para muitos doutrinadores o poder
Responsabilidade civil por danos judiciário assim como o legislativo exerce uma
decorrente de obras públicas deverá ser abordada parcela da soberania estatal, pois a
sobre dois aspectos: responsabilização para o Estado estaria tirando a
autonomia dos membros e órgãos que compõem a
· Se o dano foi causado só pelo fato da
justiça, e delimita que a obrigação reparatória nos
obra a responsabilidade da Administração é do tipo
atos jurisdicionais deveria limita-se somente aos
extracontratual objetiva;
casos em que fosse expresso na legislação , o que
· Se a obra esta sendo executada pela só resultaria a responsabilidade civil para Estado
Administração, ou se execução está a cargo de somente por erro judicial na esfera penal.
terceiro por meio de contrato administrativo.
AÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO:
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente PARTICULAR X ADMINISTRAÇÃO
Paulo dano causado pelo fato da obra é quando ele
Sempre que a Administração cometer dano
decorre da própria natureza da obra, ou foi causado
ao particular, poderá se dar a ação para restituição
por um fato imprevisível ou inevitável ocorrido na
ou de indenização por meio amigável ou por meio
execução da obra, sem que tenha havido culpa de
jurídico, assim todo particular que sofrer dano deverá
alguém.
impetrar ação contra a Administração pública e não
São os danos causados pela obra pública contra o agente que causou o dano, tendo em vista
em si mesma, pela sua localização, extensão ou que esse agente seja público, pois ele estaria no
duração, sem qualquer irregularidade na sua exercício das suas funções.
execução. Assim a própria Administração deve
responder objetivamente pelo dano independente
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LEGISLAÇÃO
Na ação de indenização será necessário o jurídicos de terceiros enseja ao Estado, quando autor
particular demonstrar a relação direta de causa e a do dano, a obrigação de repará-lo, sendo irrelevante
consequência entre o fato lesivo e o dano, bem perquirir a regularidade ou não de sua atuação.
como o valor patrimonial do dano, e a culpa da
A responsabilidade do Estado ou
Administração. A parti daí cabe a Administração o
responsabilidade da Administração Pública, conforme
contraditório para provar que não houve nem dolo
a denominação de parte da doutrina, encontra
ou culpa no dano decorrente de sua atuação.
guarida constitucional, em especial, na disposição do
AÇÃO REGRESSIVA: ADMINISTRAÇÃO art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988.
X AGENTE PÚBLICO Entendemos mais acertada a denominação
responsabilidade do Estado, porquanto ainda que na
Trata-se de uma ação em que
maioria das vezes o Estado responda por sua
Administração faz contra o agente público cuja sua
atuação administrativa, por atos da Administração, do
atuação acarretou o dano, desde que seja
Poder Executivo, casos há em que haverá sua
comprovado o dolo ou culpa do agente. Art. 37º,§
responsabilização por atos judiciais e legislativos.
6º, assegura a ação de regressão contra o agente
causador. Esta ação só é promovida depois da Conforme salientado, mister trazer à colação
ação movida pelo particular, ou seja, de a dicção do art. 37, da CF/88:
indenização.
Art. 37. A administração pública direta e
Assim a Administração que causou o dano indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
indeniza o particular independente de comprovação Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
de dolo ou culpa dela, mas o agente que causou o obedecerá aos princípios de legalidade,
dano só será obrigado a ressarcir a Administração impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
regressivamente se houver dolo ou culpa de sua e, também, ao seguinte: (Redação da EC n. 19/98)
parte.
[...];
AS RESPONSABILIDADES ADMINISTRATIVAS,
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público
CIVIL E PENAL DO AGENTE PÚBLICO.
e as de direito privado prestadoras de serviços
Deve-se analisar a possibilidade de públicos responderão pelos danos que seus agentes,
cumulação das responsabilidades civil, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
administrativa e penal do agente em razão de seu direito de regresso contra o responsável nos casos
ato do qual gerou o dano. Dessa forma poderá o de dolo ou culpa.
agente responder por via de fato nas três esferas,
Da percuciente análise do supracitado artigo,
conforme seja o ato danoso, quando se tratar de
percebe-se a matiz objetiva da responsabilidade
condenação na esfera penal poderá o servidor
estatal, pelo que prescinde da análise do elemento
obter sua condenação ou absolvição. Mas caso
subjetivo, qual seja, a culpa lato sensu, aqui incluída
haja uma condenação penal implica o
a atuação dolosa. Destarte, vital apenas a
reconhecimento automático da responsabilidade do
identificação da seguinte tríade: dano, ação
servidor.
administrativa e o nexo causal entre o dano e ação
Ocorrido o dano ao particular, deverá a administrativa.
administração a titulo de indenização arcar com
Pois bem, responderá o Estado somente
todas as despesas, pode decorrer de atos lícitos ou
quando do exercício de sua atividade administrativa,
ilícitos, regulado pela constituição e com
presente a relação de causa e efeito entre a atividade
fundamento no principio da legalidade, e igualdade
do agente público e o dano. Dessume-se, pois, a
dos quais estabelece limites a ação do Poder
adoção da teoria do risco administrativo, porquanto o
Público.
Estado não responderá nos casos de exclusão do
Por tudo que foi elencado, pode-se concluir nexo causal, como por exemplo, quando o dano tiver
que quando a administração comete de forma origem no caso fortuito ou força maior, decorrer de
direita ou indireta dano ao particular, esta deve fato de terceiro ou de fato exclusivo da vítima.
suportar todos os danos, pois agiu por conta e Percebe-se, assim, que não foi adotada a teoria do
risco, ou ela pode se exigir da obrigação quando risco integral, onde a Administração não pode alegar
contrata terceiros para efetivar a realização de qualquer dos excludentes de responsabilidade.
obras públicas por meio de contrato administrativo,
De sublinhar que os dois elementos da
assim o dano decorrente deste contrato é do
responsabilidade objetiva são a atividade de risco
próprio contratado.
que causa um dano e um nexo causal entre aquela
INTERPRETAÇÃO JURISPRUDENCIAL ATUAL atividade de risco e o dano. Note-se que no Brasil
existem várias espécies de teoria do risco: risco
Impende registrar, desde já, que é dever do
criado, risco proveito, risco integral, risco social e
Estado ressarcir as vítimas atingidas por suas
risco administrativo, esta concernente à
eventuais condutas danosas, pois sujeito está ao
responsabilidade civil do Estado.
ordenamento jurídico, na qualidade de pessoa
jurídica de direito público. Assim, a lesão aos bens

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LEGISLAÇÃO
RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR Deveras, caso o Poder Público não estivesse
ATOS OMISSIVOS obrigado a impedir o acontecimento danoso, faltaria
razão para impor-lhe o encargo de suportar
Assentadas essas premissas, infere-se,
patrimonialmente as consequências da lesão. Logo, a
sem a menor dúvida, que concernente às ações
responsabilidade estatal por ato omissivo é sempre
comissivas do Estado, este responderá
responsabilidade por comportamento ilícito. E sendo
objetivamente. De outra sorte, a matéria não é
responsabilidade por ilícito é necessariamente
pacífica quando se tratar de atos omissivos
responsabilidade subjetiva, pois não há conduta ilícita
estatais, encontrando-se posicionamentos
do Estado que não seja proveniente de negligência,
divergentes na doutrina e na jurisprudência.
imprudência ou imperícia (culpa) ou, então,
Um dos pontos nodais na discussão acerca deliberado propósito de violar a norma que o
da responsabilidade por atos omissivos consiste em constituía em dada obrigação (dolo). Culpa e dolo
saber se o verbo ―causarem‖ expresso no art. 37, são justamente modalidades de responsabilidade
6º, da CF/88, abarca, também, as condutas subjetiva. (MELLO, 2007, p. 976-977).
omissivas, ou se só diz respeito aos atos
Segundo o renomado autor, para a
comissivos. Neste caso a responsabilidade objetiva
configuração da responsabilidade estatal por atos
só atingiria estes atos.
omissivos não basta a simples relação entre a
A teoria da responsabilidade subjetiva por ausência do serviço e o dano sofrido. É
atos omissivos, capitaneada por Celso Antônio imprescindível que o Estado tenha agido com culpa,
Bandeira de Mello, seguindo os ensinamentos de nas modalidades negligência, imprudência ou
seu pai Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, imperícia, ou mesmo com dolo. É necessário que
ladeado por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, José haja uma imposição legal para a atuação do Poder
dos Santos Carvalho Filho, dentre outros, sustenta, Público naquela situação. Deve haver a obrigação
ressalvadas pequenas variações de pensamentos, jurídica de impedir o dano. E não tendo agido ou o
que a omissão estatal não é causa do resultado fazendo deficientemente, incidirá em uma conduta
danoso, mas sim sua condição, pelo que para haver ilícita, pelo que responderá por sua culpa lato sensu.
a responsabilização do Estado por sua conduta
Temperamentos a essa teoria são ofertados
omissiva imprescindível a análise do elemento
por Sérgio Cavalieri Filho, discorrendo sobre a
subjetivo.
necessidade de se fazer uma distinção entre a
Destarte, o Estado não seria, propriamente, omissão genérica e a omissão específica. Aduz que
o autor do dano. Sua omissão ou deficiência na omissão genérica responderá subjetivamente o
constituiria condição do dano, esta considerada Estado. De outra sorte, nos casos de omissão
como um evento que não ocorreu, mas se tivesse específica, quando a inércia administrativa é causa
ocorrido seria capaz de impedir o resultado. direta e imediata do não-impedimento do evento,
Argumenta-se que não seria razoável o Estado deverá incidir a responsabilidade objetiva, pelo que,
responder objetivamente por um dano que, a rigor, neste caso, haverá o dever individualizado de agir do
não causou, mas apenas não atuou no sentido de Estado.
impedi-lo.
O insigne autor traz como exemplo a situação
Segundo os defensores da teoria subjetiva, de um veículo sem condições normais de trânsito que
nas condutas omissivas o Estado responderá causa um acidente por defeito de freio ou falta de luz
subjetivamente com fundamento na teoria da culpa traseira. Sustenta que a Administração não pode ser
do serviço, ou faute du service, como denominada responsabilizada pelo fato desse veículo ainda estar
pelos franceses. A culpa do serviço, falta do serviço circulando, o que seria uma omissão genérica. Nada
ou, simplesmente, culpa anônima da administração obstante acaso o mesmo veículo tivesse sido
estará caracterizada em três situações, a saber: a liberado numa vistoria, haveria a omissão específica
ausência do serviço, o serviço defeituoso ou o e consequente responsabilização objetiva do Estado.
serviço demorado. (CAVALIERI FILHO, 2003, p. 248)
Nesse particular, destaca-se a precisa lição Também, como exemplos trazidos pela
de Celso Antônio Bandeira de Mello: Quando o doutrina e corroborados pela jurisprudência acerca
dano foi possível em decorrência de uma omissão da omissão específica encontram-se os casos de
do Estado (o serviço não funcionou, funcionou morte de detento em penitenciária e acidente com
tardia ou ineficientemente) é de aplicar-se a teoria aluno em escola pública.
da responsabilidade subjetiva. Com efeito, se o
Noutro polo, parte da doutrina afirma que a
Estado não agiu, não pode, logicamente, ser o
responsabilidade do Estado será sempre objetiva,
autor do dano. E se não foi o autor, só pode
ainda no que tange aos atos omissivos, sob o pálio
responsabilizá-lo caso esteja obrigado a impedir o
da isonomia e da busca de igualdade de todos frente
dano. Isto é: só faz sentido responsabilizá-lo se
aos ônus do Estado. Aqui, encontramos Hely Lopes
descumpriu dever legal que lhe impunha obstar o
Meirelles, Celso Ribeiro Bastos, Yussef Said Cahali,
evento lesivo.
entre outros. Para esses autores, a Constituição
Federal não fez qualquer ressalva ao artigo 37, § 6º,

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LEGISLAÇÃO
quando da utilização do verbo ―causarem‖, pelo que damni" e o comportamento positivo (ação) ou
indissociável, também, das condutas omissivas. negativo (omissão) do agente público, (c) a
Aduzem, ademais, que entender o contrário vai de oficialidade da atividade causal e lesiva Imputável a
encontro à evolução da responsabilidade civil do agente do Poder Público que tenha, nessa específica
Estado tendente à objetivação, configurando um condição, incidido em conduta comissiva ou
verdadeiro e inaceitável retrocesso. omissiva, independentemente da licitude, ou não, do
comportamento funcional e (d) a ausência de causa
Na mesma trilha, seguem rechaçando os
excludente da responsabilidade estatal.
demais argumentos da Teoria Subjetiva da
Responsabilidade por atos omissivos, afirmando Precedentes.
que a conduta omissiva é, também, do ponto de
- O dever de indenizar, mesmo nas hipóteses
vista jurídico, causa do dano e não apenas sua
de responsabilidade civil objetiva do Poder Público,
condução. Salientam, ademais, que a conduta
supõe, dentre outros elementos (RTJ 163/1107-1109,
omissiva é sempre contrária à lei, e em face de sua
v.g.), a comprovada existência do nexo de
gravidade necessária a responsabilização objetiva
causalidade material entre o comportamento do
do Estado, porquanto imperiosa à manutenção da
agente e o "eventus damni", sem o que se torna
ordem pública e da paz social.
inviável, no plano jurídico, o reconhecimento da
TRATAMENTO JURISPRUDENCIAL DA obrigação de recompor o prejuízo sofrido pelo
MATÉRIA NO ÂMBITO DO SUPREMO TRIBUNAL ofendido.
FEDERAL
- A comprovação da relação de causalidade -
No que toca ao posicionamento do qualquer que seja a teoria que lhe dê suporte
Supremo Tribunal Federal acerca do tema em liça, doutrinário (teoria da equivalência das condições,
impende registrar, inicialmente, a atual composição teoria da causalidade necessária ou teoria da
de suas turmas. A primeira turma é formada pelos causalidade adequada) - revela-se essencial ao
Ministros Sepúlveda Pertence, Marco Aurélio, reconhecimento do dever de indenizar, pois, sem tal
Carlos Britto, Ricardo Lewandowski e Carmén demonstração, não há como imputar, ao causador do
Lúcia, enquanto que a segunda turma é composta dano, a responsabilidade civil pelos prejuízos sofridos
pelos Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, pelo ofendido.
Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Eros Grau. A
Doutrina. Precedentes.
presidência do Supremo é ocupada pela Ministra
Ellen Gracie. - Não se revela processualmente lícito
reexaminar matéria fático-probatória em sede de
Do repositório de jurisprudência abaixo
recurso extraordinário (RTJ 161/992 - RTJ 186/703 -
colacionado é possível assegurar o posicionamento
Súmula 279/STF), prevalecendo, nesse domínio, o
unânime da 2ª Turma no sentido de que a
caráter soberano do pronunciamento jurisdicional dos
responsabilidade civil do Estado será objetiva,
Tribunais ordinários sobre matéria de fato e de prova.
também, no que concerne aos atos omissivos.
Precedentes.
Veja-se:
- Ausência, na espécie, de demonstração
E M E N T A: RESPONSABILIDADE CIVIL
inequívoca, mediante prova idônea, da efetiva
DO PODER PÚBLICO – PRESSUPOSTOS
ocorrência dos prejuízos alegadamente sofridos pela
PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A
parte recorrente. Não-comprovação do vínculo causal
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO
registrada pelas instâncias ordinárias.
ESTADO - O NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL
COMO REQUISITO INDISPENSÁVEL À (STF, RE-AgR 481110, Rel. Ministro Celso
CONFIGURAÇÃO DO DEVER ESTATAL DE de Mello, 2ª Turma, DJ 09/03/2007)
REPARAR O DANO - NÃO-COMPROVAÇÃO,
Votação unânime, ausente justificadamente o
PELA PARTE RECORRENTE, DO VÍNCULO
Senhor Ministro Joaquim Barbosa)
CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA
INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO
INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS - SOBERANIA DESSE ESTADO. ART. 37, § 6º DA CONSTITUIÇÃO
PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM FEDERAL. FAUTE DU SERVICE PUBLIC
MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA - CARACTERIZADA. ESTUPRO COMETIDO POR
INVIABILIDADE DA DISCUSSÃO, EM SEDE PRESIDIÁRIO, FUGITIVO CONTUMAZ, NÃO
RECURSAL EXTRAORDINÁRIA, DA EXISTÊNCIA SUBMETIDO À REGRESSÃO DE REGIME
DO NEXO CAUSAL - IMPOSSIBILIDADE DE PRISIONAL COMO MANDA A LEI.
REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA CONFIGURAÇÃO DO NEXO DE CAUSALIDADE.
(SÚMULA 279/STF) - RECURSO DE AGRAVO RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO.
IMPROVIDO.
Impõe-se a responsabilização do Estado
- Os elementos que compõem a estrutura e quando um condenado submetido a regime prisional
delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva aberto pratica, em sete ocasiões, falta grave de
do Poder Público compreendem (a) a alteridade do evasão, sem que as autoridades responsáveis pela
dano, (b) a causalidade material entre o "eventus execução da pena lhe apliquem a medida de
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LEGISLAÇÃO
regressão do regime prisional aplicável à espécie. a fuga às generalizações, tão comuns no afã de
Tal omissão do Estado constituiu, na espécie, o economizar tempo e emprestar ao Judiciário a
fator determinante que propiciou ao infrator a celeridade reclamada pelos jurisdicionados. O
oportunidade para praticar o crime de estupro Supremo Tribunal Federal, ao julgar o extraordinário,
contra menor de 12 anos de idade, justamente no já na fase de conhecimento perquire o acerto, ou o
período em que deveria estar recolhido à prisão. desacerto, sob o ângulo constitucional, da decisão
atacada. Tendo em vista a ordem natural das coisas,
Está configurado o nexo de causalidade,
procede a partir de fatos e esses são os do acórdão
uma vez que se a lei de execução penal tivesse
que se pretende alvejado.
sido corretamente aplicada, o condenado
dificilmente teria continuado a cumprir a pena nas RESPONSABILIDADE CIVIL - ESTADO -
mesmas condições (regime aberto), e, por MORTE DE POLICIAL MILITAR - ATO OMISSIVO
conseguinte, não teria tido a oportunidade de VERSUS ATO COMISSIVO. Se de um lado, em se
evadir-se pela oitava vez e cometer o bárbaro crime tratando de ato omissivo do Estado, deve o
de estupro. prejudicado demonstrar a culpa ou o dolo, de outro,
versando a controvérsia sobre ato comissivo -
Recurso extraordinário desprovido.
liberação, via laudo médico, do servidor militar, para
(STF, RE 409203, Rel. para o Acórdão: feitura de curso e prestação de serviços - incide a
Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ responsabilidade objetiva.
20/04/2007)
(STF, RE 140270, Rel. Ministro Marco
EMENTA: Ação Rescisória. 2. Ação de Aurélio, DJ 18/10/1996)
Reparação de Danos. Assalto cometido por fugitivo
Na mesma toada, o Ministro Sepúlveda
de prisão estadual. Responsabilidade objetiva do
Pertence é enfático ao afirmar a existência de
Estado. 3. Recurso extraordinário do Estado
divergência jurisprudencial e doutrinária sobre o
provido. Inexistência de nexo de causalidade entre
tema. Nos casos ora adunados posicionou-se no
o assalto e a omissão da autoridade pública que
sentido de inexistência de ofensa ao art. 37, § 6º, da
teria possibilitado a fuga de presidiário, o qual, mais
CF/88, fundamentando a indenização no
tarde, veio a integrar a quadrilha que praticou o
descumprimento de uma obrigação contratual,
delito, cerca de vinte e um meses após a evasão. 4.
apresentando, contudo, uma tendência à
Inocorrência de erro de fato. Interpretação diversa
subjetivação. Veja-se:
quanto aos fatos e provas da causa. 5. Ação
rescisória improcedente EMENTA: Responsabilidade civil do Estado
por omissão culposa no prevenir danos causados por
(STF, AR 1376, Rel. Ministro Gilmar
terceiros à propriedade privada: inexistência de
Mendes, Plenário, DJ 22/09/2006)
violação do art. 37, § 6º, da Constituição.
OBS: DECISÃO: O Tribunal, por maioria,
1. Para afirmar, no caso, a responsabilidade
rejeitou a preliminar, vencido o Senhor Ministro
do Estado não se fundou o acórdão recorrido na
Marco Aurélio e, também por maioria, julgou
infração de um suposto dever genérico e universal de
improcedente a ação rescisória, nos termos do voto
proteção da propriedade privada contra qualquer
do relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio,
lesão decorrente da ação de terceiros: aí, sim, é que
que a julgava procedente. Falou pelos autores o Dr.
se teria afirmação de responsabilidade objetiva do
Júlio Góes Militão da Silva. Ausente,
Estado, que a doutrina corrente efetivamente entende
justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie.
não compreendida na hipótese normativa do art. 37,
Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Nelson
§ 6º, da Constituição da República.
Jobim. Plenário, 09.11.2005.
2. Partiu, ao contrário, o acórdão recorrido da
Na primeira turma, ainda não há um
identificação de uma situação concreta e peculiar, na
consenso, no entanto, é forte o posicionamento do
qual – tendo criado risco real e iminente de invasão
Ministro Marco Aurélio no sentido da
da determinada propriedade privada - ao Estado se
responsabilidade subjetiva do Estado por atos
fizeram imputáveis as consequências da ocorrência
omissivos, como se observa da detida análise do
do fato previsível, que não preveniu por omissão ou
seguinte aresto:
deficiência do aparelhamento administrativo.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO -
3. Acertado, assim, como ficou,
MOLDURA FÁTICA - ENQUADRAMENTO -
definitivamente, nas instâncias de mérito, a existência
VIABILIDADE. Dizer-se do enquadramento do
da omissão ou deficiência culposa do serviço policial
recurso extraordinário em um dos permissivos
do Estado nas circunstâncias do caso – agravadas
constitucionais que lhe são próprios pressupõe,
pela criação do risco, também imputável à
sempre, a consideração de certas premissas
administração -, e também que a sua culpa foi
fáticas. Descabe confundir enquadramento jurídico-
condição sine qua da ação de terceiros – causa
constitucional dos parâmetros da controvérsia, tais
imediata dos danos -, a opção por uma das correntes
como retratados, soberanamente, no acórdão
da disceptação doutrinária acerca da regência da
impugnado na via excepcional do extraordinário,
hipótese será irrelevante para a decisão da causa.
com o revolvimento da prova coligida. Mister se faz
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LEGISLAÇÃO
4. Se se entende - na linha da doutrina 2. No caso, porém, o acórdão recorrido não
dominante -, que a questão é de ser resolvida cogitou de imputar ao D.A.C. a omissão no
conforme o regime legal da responsabilidade cumprimento de um suposto dever de inspecionar
subjetiva (C.Civ. art. 15), a matéria é todas as aeronaves no momento antecedente à
infraconstitucional, insusceptível de reexame no decolagem de cada voo, que razoavelmente se
recurso extraordinário. afirma de cumprimento tecnicamente inviável: o que
se verificou, segundo o relatório do próprio D.A.C., foi
5. Se se pretende, ao contrário, que a
um estado de tal modo aterrador do aparelho que
hipótese se insere no âmbito normativo da
bastava a denunciar a omissão culposa dos deveres
responsabilidade objetiva do Estado (CF, art. 37, §
mínimos de fiscalização.
6º), a questão é constitucional, mas - sempre a
partir dos fatos nela acertados - a decisão recorrida 3. De qualquer sorte, há no episódio uma
deu-lhe solução que não contraria a norma circunstância incontroversa, que dispensa a
invocada da Lei Fundamental. indagação acerca da falta de fiscalização preventiva,
minimamente exigível, do equipamento: é estar a
STF, RE 237.561, Rel. Min. Sepúlveda
aeronave, quando do acidente, sob o comando de
Pertence, julgamento em 18-11-01, DJ de 5-4-02
um "checador" da Aeronáutica, à deficiência de cujo
Responsabilidade civil do Estado: fuga de treinamento adequado se deveu, segundo a instância
preso — atribuída à incúria da guarda que o ordinária, o retardamento das medidas adequadas à
acompanhava ao consultório odontológico fora da emergência surgida na decolagem, que poderiam ter
prisão — preordenada ao assassínio de desafetos a evitado o resultado fatal.
quem atribuía a sua condenação, na busca dos
STF, RE 258.726, Rel. Min. Sepúlveda
quais, no estabelecimento industrial de que fora
Pertence, DJ de 14-6-02)
empregado, veio a matar o vigia, marido e pai dos
autores: indenização deferida sem ofensa ao art. No voto em exame, importante deixar
37, § 6º, da Constituição. (RE 136.247, Rel. Min. consignado o seguinte excerto: [...];
Sepúlveda Pertence, julgamento em 20-6-00, DJ de
No caso, entretanto, nem será necessário
18-8-00)
enfatizar que o acórdão recorrido não cogitou de
Responsabilidade civil do Estado: furto de imputar ao D.A.C. a omissão no cumprimento de um
automóvel em estacionamento mantido por suposto dever de inspecionar todas as aeronaves no
Município: condenação por responsabilidade momento antecedente à decolagem de cada voo, que
contratual que não contraria o art. 37, § 6º, da razoavelmente se afirma de cumprimento
Constituição. Ao oferecer à freguesia do mercado a tecnicamente inviável: o que se verificou, segundo o
comodidade de estacionamento fechado por grades relatório do próprio D.A.C, foi um estado de tal modo
e cuidado por vigias, o Município assumiu o dever aterrador do aparelho que bastava a denunciar a
específico de zelar pelo bem que lhe foi entregue, omissão culposa dos deveres mínimos de
colocando-se em posição contratual similar à do fiscalização.
depositário, obrigado por lei 'a ter na guarda e
Em perspectiva diversa, o Ministro Carlos
conservação da coisa depositada o cuidado e
Britto sustenta a responsabilidade objetiva por atos
diligência que costuma com o que lhe pertence'
omissivos. Nesse sentido:
(Cód. Civ., art. 1.266). Em tal hipótese, a
responsabilidade do Município por dano causado ao "O § 6º do artigo 37 da Magna Carta autoriza
proprietário do bem colocado sob sua guarda, não a proposição de que somente as pessoas jurídicas de
se funda no art. 37, direito público, ou as pessoas jurídicas de direito
privado que prestem serviços públicos, é que
§ 6º, da Constituição, mas no
poderão responder, objetivamente, pela reparação de
descumprimento de uma obrigação contratual. (RE
danos a terceiros. Isto por ato ou omissão dos
255.731, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento
respectivos agentes, agindo estes na qualidade de
em 9-11-99, DJ de 26-11-99)
agentes públicos, e não como pessoas comuns. Esse
EMENTA: Responsabilidade civil do mesmo dispositivo constitucional consagra, ainda,
Estado: morte de passageiro em acidente de dupla garantia: uma, em favor do particular,
aviação civil: caracterização. possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa
jurídica de direito público, ou de direito privado que
1. Lavra dissenção doutrinária e pretoriana
preste serviço público, dado que bem maior,
acerca dos pressupostos da responsabilidade civil
praticamente certa, a possibilidade de pagamento do
do Estado por omissão (cf. RE 257.761), e da
dano objetivamente sofrido. Outra garantia, no
dificuldade muitas vezes acarretada à sua
entanto, em prol do servidor estatal, que somente
caracterização, quando oriunda de deficiências do
responde administrativa e civilmente perante a
funcionamento de serviços de polícia administrativa,
pessoa jurídica a cujo quadro funcional se vincular."
a exemplo dos confiados ao D.A.C. - Departamento
(RE 327.904, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em
de Aviação Civil -, relativamente ao estado de
15-8-06, DJ de 8-9-06)
manutenção das aeronaves das empresas
concessionárias do transporte aéreo.

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LEGISLAÇÃO
Registre-se, por fim, que em dois casos de ponderados os argumentos em contrário, sob o risco
morte de detendo no interior de estabelecimento de se estender em demasia a responsabilidade do
prisional, os Ministros Ricardo Lewandowski e Estado e inviabilizar, na prática, a Administração.
Carmén Lúcia aduziram ser a via extraordinária Destarte, caberá à jurisprudência e aos estudos de
inadequada para se questionarem as circunstâncias direito administrativo estabelecer os limites e
fáticas que ensejaram a indenização, em face da pressupostos desse aparente alargamento.
incidência da Súmula 279 do STF, visto que veda (VENOSA, p. 282)
reexame de matéria probatória por meio de RE. In
O DIREITO DE REGRESSO
verbis:
O direito de regresso pode ser compreendido
EMENTA: CONSTITUCIONAL.
como sendo a responsabilidade patrimonial do
ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL
agente por danos a terceiros.
DO ESTADO. MORTE DE DETENTO NO
INTERIOR DE ESTABELECIMENTO PRISIONAL. A responsabilidade civil do agente público é
MATÉRIA DE FATO. SÚMULA 279 DO STF. subjetiva, por culpa comum, ou seja, só irá responder
pelos danos que causar, por ação ou omissão, se o
I - Decisão monocrática que negou
Estado provar que houve culpa ou dolo de sua parte.
seguimento ao recurso extraordinário por
A ação regressiva surge a partir da responsabilidade
reconhecer a necessidade de exame de matéria de
patrimonial do agente público por danos causados a
fato (Súmula 279 do STF), bem como porque o
terceiros, no exercício de sua função pública.
acórdão recorrido decidiu a causa de acordo com a
jurisprudência da Corte. Conforme o artigo 37, § 6º da Constituição
Federal: “As pessoas jurídicas de direito público e
II - Inexistência de novos argumentos
as de direito privado prestadoras de serviços
capazes de afastar as razões expendidas na
públicos responderão pelos danos que seus
decisão ora atacada, que deve ser mantida.
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
III - Agravo regimental improvido. (STF, RE- assegurado o direito de regresso contra o
AgR 45618, Rel. Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª responsável nos casos de dolo e culpa”.
Turma, DJ 23/06/2006)
Verifica-se a existência de duas regras, a da
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. responsabilidade objetiva do Estado para com a
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. vítima e a responsabilidade subjetiva do agente
INDENIZAÇÃO. MORTE DE DETENTO público para com o Estado. O direito de regresso do
OCASIONADA POR OUTRO DETENTO. Estado perante o agente público, diz respeito a ação
de regresso que cabe àquele ingressar perante esse.
REEXAME DE MATÉRIA PROBATÓRIA.
Essa ação deve ser posterior aquela movida contra a
SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
Administração Pública pela vítima.
FEDERAL.
No entendimento de Alexandrino: “a
1. A via extraordinária não é adequada para
entidade pública, para voltar-se contra o agente,
se questionarem as circunstâncias fáticas que
deverá comprovar já ter sido condenada a
ensejaram a indenização e se fazer processar,
indenizar, pois seu direito de regresso nasce com
como se pretende no presente agravo regimental,
o trânsito em julgado da decisão judicial
reexame de matéria probatória reservada às
condenatória, prolatada na ação de
instâncias ordinárias de mérito.
indenização45”.
2. Incidência da Súmula 279 do Supremo
Somente após o Estado indenizar o particular
Tribunal Federal. 3. Agravo ao qual se nega
é que este poderá ingressar com ação regressiva
provimento.
contra o agente público causador do dano, buscando
(STF, AI-AgR 457780, Rel. Ministra Cármen a reposição ao erário. Acontece que o agente
Lúcia, 1ª Turma, DJ 16/02/2007) causador do dano somente será obrigado a indenizar
o erário, se nesta ação regressiva o Estado provar a
Consoante se apura nos arestos transcritos ação dolosa ou culposa por parte do agente. A
é possível concluir que permanece a dissensão responsabilidade do agente público junto ao Estado
doutrinária e pretoriana acerca da responsabilidade sempre será subjetiva.
civil do Estado por atos omissivos. Nada obstante,
sem embargo dos ilustres doutrinadores que Interessante destacar que o Código Civil,
entendem de maneira diversa, é visível a tendência tanto no artigo 43 quando refere que “as pessoas
à objetivação presente na atual jurisprudência do jurídicas de direito público interno são civilmente
Supremo Tribunal Federal. responsáveis por atos dos seus agentes que
nessa qualidade causem danos a terceiros,
Para concluir, valemo-nos das palavras de ressalvado direito regressivo contra os
Sílvio de Salvo Venosa argumentando que à causadores do dano, se houver por parte destes,
primeira vista parece que a responsabilidade culpa ou dolo”, quanto no artigo 927 onde diz que:
objetiva do Estado foi também ampliada para suas “aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187),
omissões. Aduz, porém, a necessidade de serem causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
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LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o agente responsável pelo ato lesivo deve ter agido
dano, independentemente de culpa, nos casos com dolo ou culpa. Ou seja, deve haver a
especificados em lei, ou quando a atividade condenação com trânsito em julgado e a
normalmente desenvolvida pelo autor do dano caracterização de culpa ou dolo do agente, a ser
implicar, por sua natureza, risco para os direitos provado pela Administração, através da
de outrem” faz referencia ao direito de regresso responsabilidade subjetiva.
contra o causador do dano, havendo dolo ou culpa
Segundo Alexandrino:
de sua parte. Também fica claro que o Estado
responderá tanto pelo dano de ação quanto pelo A ação dita regressiva é sempre uma
dano de omissão por parte do seu agente. segunda ação. A primeira ação é movida contra o
Estado pela pessoa que sofreu o dano. Só depois
Em julgado de 1980, o Supremo Tribunal
que for condenado, com trânsito em julgado, nessa
Federal havia decidido quanto a possibilidade de a
primeira ação, a indenizar a pessoa que sofreu o
vítima mover a ação tanto contra o Estado como
dano é que o Estado, visando obter o ressarcimento
contra o agente público causador do dano. Nesse
do valor que foi condenado a indenizar, passa a ter
sentido é a ementa do recurso: “O fato de a
ação (regressiva) contra o agente que ocasionou o
Constituição Federal prever direito regressivo
dano.
às pessoas jurídicas de direito público contra o
funcionário responsável pelo dano não impede Convém destacar que a ação regressiva
que este último seja acionado conjuntamente contra o agente público causador do dano não
com aquelas, vez que a hipótese configura interfere na responsabilidade que o ente estatal tem
típico litisconsórcio facultativo”. perante o seu administrado. Trata-se de relações
independentes. A ação de regresso só tem lugar
Posteriormente, o STF, em outro julgado48
após a constatação e efetiva indenização da vítima. A
decidiu que aquele que sofre um dano por parte de
partir de então cabe ao Estado ingressar com ação
um agente público não pode, diretamente, ajuizar a
regressiva, visando recobrar do agente público aquilo
ação contra este. É a ementa do recurso:
que gastou com a indenização. Aqui temos a
O parágrafo 6 do artigo 37 da Magna Carta verdadeira inversão do ônus da prova, ou seja, cabe
autoriza a proposição de que somente as pessoas ao Estado provar que não tem responsabilidade.
jurídicas de direito público, ou as pessoas jurídicas
As infrações cometidas pelo agente público
de direito privado que prestem serviços públicos, é
podem gerar responsabilização nas três esferas
que poderão responder, objetivamente, pela
administrativas, isto é, penalidades administrativas,
reparação de danos a terceiros. Isto por ato ou
indenização por danos patrimoniais ou morais na
omissão dos respectivos agentes, agindo estes na
esfera civil e sanções penais na esfera penal.
qualidade de agentes públicos, e não como
pessoas comuns. Esse mesmo dispositivo A responsabilidade administrativa decorre de
constitucional consagra ainda, dupla garantia: uma, infração, pelo agente administrativo, das leis e
em favor do particular, possibilitando-lhe ação regulamentos administrativos que regem seus atos e
indenizatória contra a pessoa jurídica de direito condutas; já a responsabilidade penal resulta da
público, ou de direito privado que preste serviço prática de crimes ou contravenções tipificados em lei
público, dado que bem maior, praticamente certa, a prévia ao ato ou conduta.
possibilidade de pagamento do dano objetivamente
Conforme entendimento de Alexandrino:
sofrido. Outra garantia, no entanto, em prol do
servidor estatal, que somente responde Em suma, nosso ordenamento jurídico
administrativamente e civilmente perante a pessoa admite as responsabilidades civil e administrativa
jurídica a cujo quadro funcional se vincular. com base em menos elementos do que os
necessários para acarretar a responsabilidade penal.
A partir da análise dos últimos julgados
Logo, é perfeitamente possível, pelo mesmo fato, um
neste sentido pode-se afirmar que a posição do
agente público ser condenado administrativamente
Supremo Tribunal Federal é no sentido de não
(por exemplo, sofrendo demissão), ser condenado na
poder a vítima ingressar diretamente com ação
esfera cível e ser absolvido na esfera penal (por
contra o agente público causador do dano.
exemplo, por insuficiência de provas). Em uma
Quanto ao agente causador do dano, deve- situação como essa, mesmo com a absolvição penal,
se atentar para o fato de que sua culpa só é as condenações nas outras esferas serão
discutida num segundo momento, caso o Estado integralmente mantidas, sem sofrerem qualquer
impetre com a ação de regresso. O dano provocado interferência da esfera penal. A absolvição penal só
pelo agente público deverá ser ressarcido pelo interfere nas esferas administrativa e cível,
mesmo, desde que comprovada sua culpa. relativamente a um determinado fato imputado ao
agente público, quando a sentença penal absolutória
Para que o Estado possa ingressar com
afirma que tal fato não existiu ou que não foi do
ação regressiva contra o agente causador do dano
agente público a autoria.
devem estar presentes dois requisitos, a saber: a
Administração Pública deve ter sido condenada a Convém destacar que a obrigação de
indenizar terceiro por ato lesivo do agente e o ressarcir a Administração Pública transmite-se aos
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LEGISLAÇÃO
sucessores do agente causador do dano. Mesmo Fato de terceiro
após a morte deste, podem seus sucessores ser
Art.933 ainda que a pessoa não tenha culpa,
chamados para responder pelo valor que a
responderá por atos praticados por terceiros. O fato
Administração pagou de indenização. Essa ação
de terceiro, muito embora seja uma excludente de
regressiva pode ainda ser ajuizada mesmo não
ilicitude, não vai eximir uma pessoa do dever de
havendo mais vinculo entre o agente causador do
indenizar, isso porque quem vai produzir um dano é a
dano e a Administração Pública. Pode o agente vir
própria pessoa, mesmo que provocado por um
a ser responsabilizado em ação regressiva mesmo
terceiro. Neste caso, pode ser exigido o direito de
depois de sua exoneração ou aposentadoria.
regresso em face de quem te fez agir de forma a
EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE prejudicar outrem. Só será excludente, se você for
CIVIL tão vítima quanto o outro.
Legítima Defesa Em matéria de responsabilidade civil
prevalece a ideia da obrigatoriedade de reparação do
A Lei civil não define o que seja a legítima
dano pelo seu causador direto, implicando dizer que
defesa, para tanto, é necessário verificar o artigo 25
o fato de terceiro não exonera o autor direito do dano
do CP. Se o ato é praticado contra o agressor em
do dever de indenizar.
legítima defesa, não pode ser o agente civilmente
responsabilizado. Entretanto, é importante ressaltar Segundo entendimentos acolhidos pela
que se uma terceira pessoa for atingida jurisprudência, os acidentes, inclusive aqueles
injustamente, neste caso, quem agiu em legítima provocados pela imprudência de terceiros, são fatos
defesa tem que reparar o dano causado ao previsíveis e representam um risco que o condutor do
inocente. Porém, terá ação regressiva a teor do que automóvel assume tão somente por estar
dispõe o parágrafo único do artigo 930 do CC. desenvolvendo aquela atividade, assim, não pode
servir de pretexto para eximir o autor direto do dano
―... Quem usar moderadamente dos meios
do dever de indenizar. Para efeitos de reparação civil,
necessários...‖
quando o transporte for inteiramente gratuito (carona)
Ex.: Se você atinge um terceiro quando foi aplica-se o art.186 do CC.
se defender do verdadeiro autor da agressão, art.
O artigo 932 é uma exceção.
929, 930 CC. A lei dá a você o direito de regresso,
ou seja, ação regresso em face daquele que ia OBS: O fato de terceiro só rompe o nexo
atingir você. causal quando é causa exclusiva do prejuízo. O fato
de terceiro só valerá de excludente se for equivalente
Estado de Necessidade
a um fortuito, sendo imprevisível e inevitável.
O estado de necessidade é quando se
Vide artigo 930 do CC.
causa um dano em face da pessoa que te fez agir
em estado de necessidade. Súmula 187 do STF
O estado de necessidade é um excludente Caso Fortuito ou força maior
da ilicitude, mas no civil tem-se o dever de
Artigo 393, parágrafo único do CC diz que é
indenizar, pois neste, trata-se de uma excludente
um fato necessário cujos efeitos é impossível evitar
da responsabilidade.
ou prevenir.
Muito embora a lei mencione que o estado
O caso fortuito se divide em fortuito interno e
de necessidade não constitui ato ilícito, por vezes o
fortuito externo.
agente que age em estado de necessidade vai ser
chamado a indenizar. Toda vez que causar um O fortuito interno é inerente à pessoa do
dano injusto a uma pessoa inocente. Art.188 do CC agente e a atividade desenvolvida. O agente tem que
c/c 929 e 930. prever o que pode acontecer por ser inerente à sua
atividade.
Seu conceito está no artigo 24 do CP, art.
929, 930 do CC. O fortuito externo equivale à força maior.
Ex.: Bebê está caindo da janela e eu que Logo, o fortuito só vai romper o nexo causal
passava na rua arrombo o prédio para salvá-lo. Eu quando ele for externo. FORTUITO EXTERNO =
causei um dano a todos os moradores, porém FORÇA MAIOR.
diante de um perigo eminente, eu agi motivado por
Art.942 do CC.
um estado de necessidade. Você o autor é
chamado como causador direto do dano, mas o pai Ex.: Você foi atingido por uma pedra pela
do bebê é chamado à ação de regresso. janela do ônibus, porque a janela estava quebrada, o
proprietário não zelou pela sua segurança.
*Não precisa ser dois processos, quando se
trata de ação de regresso o juiz homologa no Ex.: Ônibus passando pela av. Brasil, um
mesmo processo- economia processual. grupo ateia fogo no ônibus, isto é fortuito, porém não
é inerente a atividade desenvolvida pelo trabalhador,
não é previsível nem razoável. Vamos supor que as
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LEGISLAÇÃO
pessoas não conseguiram sair do ônibus porque É admitida com base no princípio da autonomia de
não havia saída de emergência funcionando, vontade e liberdade de contratar, desde que dentro
estavam lacradas, cabe ação de regresso quanto à de certos limites.
empresa fabricante do ônibus e cabe excludente
Não pode ser admitida na responsabilidade
em relação ao fortuito. Se forem vários os fatores
civil Aquiliana já que nesta hipótese as partes nada
responsáveis pode surgir a solidariedade art. 942
contratam. Mesmo na esfera contratual sofre
do CC. Por isso é de suma importância a pericia.
limitações, já que a liberdade de contratar não é
Fato da Vítima Exclusivo absoluta, uma vez que pode sofrer restrições
impostas pela ordem pública. Isso implica dizer que
A vítima foi quem deu causa ao dano.
somente as normas destinadas extremamente a
Em algumas hipóteses é a própria vítima a tutela do interesse privado pode se afastar pela
causadora do dano. Ocorrendo tal fato fica excluído cláusula de não indenizar.
o dever de indenizar.
Outra hipótese é quando há dolo ou culpa
Ex: Concorrência de fatos que levam ao grave, já que tal cláusula é tolerada. Nesta hipótese,
efeito danoso: Um funcionário de uma empresa seria abrir portas para impunidade. E, por fim, a
construtora de edifícios, não usou equipamentos de cláusula de não indenizar, não pode exonerar o
segurança necessários para o exercício de sua devedor de suas obrigações essenciais, uma vez que
atividade, porém a empresa forneceu os a cláusula não relaxa o vínculo obrigacional.
equipamentos, a vítima foi quem não usou o que
levou a sua morte. Nesse caso, tanto a vítima
quanto a empresa tem responsabilidade em relação
ao dano, porque a empresa tinha que obrigá-lo a
usar o equipamento.
Há hipóteses que o fato da vítima é apenas
parcial, isto é, tanto a vítima quanto o autor do dano
concorrem para que haja evento danoso.
Vide art.945 CC.
Estrito Cumprimento de um Dever Legal
Cometeu o dano porque era seu dever, sua
função. Ex: se um prestador de serviço, bombeiro
para apagar fogo numa casa, invade outra para ter
melhor acesso, quem responde ao dano,
indenizando será o Estado.
Art. 37, §6º da CF. Se o agente do dano
tiver causado o dano com culpa ou dolo, o Estado
indenizará a vítima e terá direito de regresso em
face do causador do dano.
O agente age no estrito cumprimento de
um dever legal e causa um dano injusto a outrem.
Em algumas hipóteses o Estado tem sido chamado
a indenizar conforme o art. 37, §6º da CF, já que é
responsável pelos atos de seu agente.
O agente agindo com dolo ou culpa dá ao
Estado o direito de ação regressiva.
Cláusula de Não Indenizar
Na responsabilidade civil não pode ser
Aquiliana, que é aquela que deriva da Lex Aquiliana
– Lei – extracontratual (decorre da lei) ex: art. 186
do CC.
Em condomínio é muito frequente a
cláusula de não indenizar para pequenos danos.
A cláusula de não indenizar não será válida
se o agente agiu com culpa ou dolo. Essa cláusula
não exclui totalmente o dever de indenizar.
Só é admitida na responsabilidade civil
contratual, e assim mesmo, com muitas ressalvas.
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LEGISLAÇÃO
atividade profissional, por negligência, imprudência
ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe
o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o
AÇÃO INDENIZATÓRIA trabalho.
A ação indenizatória, também chamada de USURPAÇÃO OU ESBULHO
ressarcitória ou reparatória, é uma forma de ação
Havendo usurpação ou esbulho do alheio,
específica para a busca de indenização,
além da restituição da coisa, a indenização consistirá
ressarcimento ou reparação por atos de terceiros.
em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a
VALOR DE INDENIZAÇÃO título de lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-
á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado.
A indenização mede-se pela extensão do
dano. Para se restituir o equivalente, quando não
exista a própria coisa, estimar-se-á ela pelo seu
Se houver excessiva desproporção entre a
preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este
gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
não se avantaje àquele.
equitativamente, a indenização.
INJÚRIA - DIFAMAÇÃO - CALÚNIA
Se a vítima tiver concorrido culposamente
para o evento danoso, a sua indenização será A indenização por injúria, difamação ou
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa calúnia consistirá na reparação do dano que delas
em confronto com a do autor do dano. resulte ao ofendido.
Se a obrigação for indeterminada, e não Se o ofendido não puder provar prejuízo
houver na lei ou no contrato disposição fixando a material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor
indenização devida pelo inadimplente, apurar-se-á da indenização, na conformidade das circunstâncias
o valor das perdas e danos na forma que a lei do caso.
processual determinar.
OFENSA À LIBERDADE PESSOAL
SUBSTITUIÇÃO POR MOEDA
A indenização por ofensa à liberdade pessoal
CORRENTE
consistirá no pagamento das perdas e danos que
Se o devedor não puder cumprir a sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar
prestação na espécie ajustada, substituir-se-á pelo prejuízo, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor
seu valor, em moeda corrente. da indenização, na conformidade das circunstâncias
do caso.
HOMICÍDIO
Consideram-se ofensivos da liberdade
No caso de homicídio, a indenização
pessoal:
consiste, sem excluir outras reparações:
I - o cárcere privado;
I - no pagamento das despesas com o
tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; II - a prisão por queixa ou denúncia falsa e de
má-fé;
II - na prestação de alimentos às pessoas a
quem o morto os devia, levando-se em conta a III - a prisão ilegal.
duração provável da vida da vítima.
Base: artigos 944 a 954 do Código Civil.
LESÃO
No caso de lesão ou outra ofensa à saúde,
o ofensor indenizará o ofendido das despesas do
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da
convalescença, além de algum outro prejuízo que o
ofendido prove haver sofrido.
Se da ofensa resultar defeito pelo qual o
ofendido não possa exercer o seu ofício ou
profissão, ou se lhe diminua a capacidade de
trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou, ou
da depreciação que ele sofreu.
O prejudicado, se preferir, poderá exigir que
a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.
Aplica-se ainda o instituto no caso de
indenização devida por aquele que, no exercício de

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LEGISLAÇÃO
Posto isso, chega-se à problematização
proposta: quais os meios legalmente dispostos para
recuperar os valores gastos pela Administração em
A AÇÃO REGRESSIVA decorrência de condenação por ato ilícito gerador de
responsabilidade civil? É eficiente a ação regressiva?
A RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO A AÇÃO REGRESSIVA

A responsabilidade civil do Estado tem A Constituição Federal de 1988 (BRASIL,


lugar, nos termos do lecionado por Celso Antônio 1988) estatui em seu artigo 37, § 6º que:
Bandeira de Mello (2013, p. 1009), quando a este é
atribuída a obrigação de indenizar terceiro por dano As pessoas jurídicas de Direito Público e as
a ele provocado em virtude de um comportamento de Direito Privado prestadoras de serviços públicos
unilateral, licíto, ilícito, comissivo ou omissivo, responderão pelos danos que seus agentes, nessa
causado ou permitido por um agente público. qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo
Importante frisar que a responsabilidade ou culpa.
estatal é sempre civil, ao passo que, além desta, a
do agente pode ter natureza penal ou administrativa A ação regressiva, ou ação de ressarcimento,
(BARCHET, 2011, p. 547). é aquela posta à disposição do Estado para que este
se volte contra o agente público causador do dano a
É unilateral, porque aquela que decorre de terceiro, a fim de que se devolva ao erário o valor
atos bilaterais tem previsão específica, regida, em dispendido para indenizá-lo pelo ato ilícito praticado
primeiro plano, pela Lei de Licitações e Contratos nº (BARCHET, 2011, p. 566).
8.666/1993 (BARCHET, 2011, p. 549)
Pode se direcionar, segundo Numa P. Do
Pode configurar-se através de uma conduta Valle (1925, citada por CAHALI, 2014, p. 211), a
comissiva (fazer) ou omissiva (não fazer) do agente agente investido em qualquer cargo público,
público, e concretizar-se por meio de um ato ílicito independetemente de hierarquia ou tipo, seja eletivo
ou lícito, embora, advirta-se, não haja consenso ou por nomeação, tendo por escopo a moralização e
quanto a este último (JUSTEN FILHO, 2014, p. a educação cívica e política.
1326), discussão em que não se adentra, por fugir
ao objeto desta pesquisa. Entretanto, sua definição não é consensual
na doutrina. A começar pela eleição de seus
Para dar contornos mais definidos ao requisitos.
âmbito deste trabalho, ressalta-se que se restringirá
à análise do cabimento da ação regressiva ou de Para Mello (2013, p.1050), são elementos
outras medidas cabíveis a partir da prática de um indispensáveis à sua propositura a existência de
ato ilícito. condenação da pessoa de Direito Público ou Privado
prestadora de serviço público ―a indenizar terceiro por
Não serão alvo de estudo, todavia, aqueles ato lesivo do agente‖ e a presença de dolo ou culpa
atos tipificados como de improbidade no seu agir.
administrativa, que, embora ilícitos, possuem
procedimento próprio para recuperação dos O requisito do dolo ou culpa
valores, conforme previsto na Lei nº 8.429/1992,
tais como o ressarcimento ao erário e perda de O dolo ou culpa na conduta do agente é o
bens, que podem ser assegurados através da elemento subjetivo que não se afere no processo
decretação da indisponibilidade dos bens do movido contra o Estado, em razão da consagração
acusado e do sequestro (BARCHET, 2011, p. 648). pela Constituição Federal da responsabilidade
objetiva, mas que deve ser apurado na ação de
Aqui, vale lembrar a lição de Marçal Justen regresso, regida pelos ditames do Código Civil, e, em
Filho (2014, p. 1084), no sentido de que a consequência, pela responsabilidade subjetiva
improbidade está contida no universo dos atos (MEIRELES, 2007, p. 661).
ilícitos em sentido amplo, nele se diferenciando dos
demais por agregar uma qualificadora própria: a Isso quer dizer ser plenamente possível a
violação intencional da moralidade. condenação do ente público à indenização ao
terceiro, e, ao mesmo tempo, a improcedência da
Conforme o referido autor (JUSTEN FILHO, ação de regresso, ―[...] basta que, no caso concreto,
2014, p. 1084), ―[...] somente haverá improbidade não tenha o agente agido dolosa ou culposamente,
se o sujeito tiver violado conscientemente o dever mas, ainda assim, tenha com seus atos causado
de moralidade‖. dano injusto ao particular.‖ (BARCHET, 2011, p. 566).

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LEGISLAÇÃO
Não é todavia, como pensa Justen Filho de ação, tampouco uma proteção ao funcionário
(2014, p. 1364-1365). Para ele, o sistema causador do dano, mas sim uma forma de ampliar a
constitucional vigente pressupõe a ciência por parte possibilidade do terceiro ser amparado pelo ato lesivo
do agente público da natureza e importância de sua (MELLO, 2013, p. 1053).
função e das consequências que sua atitude
comissiva ou omissiva podem gerar, dentre elas a Isso, porque o patrimônio do agente muitas
responsabilização civil do Estado, motivo pelo qual vezes seria insuficiente para cobrir toda a extensão
deve adotar todas as cautelas no sentido de evitá- da dívida, ou então não haveria que se falar em dolo
la. ou culpa em sua conduta, podendo até mesmo se
estar diante de um ato lícito (MELLO, 2013, p. 1052-
Ora, a simples consciência de que os cofres 1053).
públicos poderão arcar com sérios prejuízos em
virtude da conduta pessoal basta para impor um Não bastasse isso, Mello (2013, p. 1056) se
dever de grande cuidado e cautela ao agente posiciona favoravelmente ao entendimento de que a
estatal. Portanto, a responsabilização civil do denunciação à lide ainda seria crucial ao agente
agente tende a uma objetivação de culpabilidade público para que este pudesse influenciar ativamente
idêntica àquela que se processa quanto ao próprio no convencimento do juiz quanto ao valor da
Estado. (JUSTEN FILHO, 2014, p. 1365) indenização a ser fixada e para evitar o ônus de arcar
com as despesas relativas a dois processos distintos.
Tal fato, segundo o autor, não quer dizer
que a responsabilidade do agente seria puramente Yussef Said Cahali (2014, p. 212) segue no
objetiva, mas que a cautela especial inerente à mesmo sentido, e acrescenta que, a despeito da
função afasta escusas relacionadas a eventual possibilidade de denunciação à lide, nesse caso, a
ignorância, ingenuidade ou falta de intenção de sentença deve decidir necessariamente sobre a
produzir o dano (JUSTEN FILHO, 2014, p. 1365). responsabilidade do Estado em relação ao autor,
assim como a do agente público perante o Estado.
O requisito da condenação e a
possibilidade de denunciação à lide Indo além, aduz que não basta o trânsito em
julgado da decisão condenatória: embora esta se
Segundo Barchet (2011, p. 566), a doutrina caracterize como um título executivo, é
majoritária se inclina em favor da orientação de que imprescindível que o Estado tenha efetivamente pago
só é possível o ajuizamento da ação regressiva a dívida, uma vez que, do contrário, evidenciado
após o trânsito em julgado da decisão condenatória estaria caso de apropriação ilícita, pois inexistente
movida pelo lesado contra o Estado. desfalque ao erário (CAHALI, 2014, p. 213).

De mesmo modo, incabível seria a Outros aspectos


denunciação à lide do agente público nesse
processo, tendo em vista o fato de que, embora ao É de se lembrar que a Administração não
autor fosse necessário somente comprovar a pode, de modo algum, descontar diretamente dos
responsabilidade objetiva, ao Estado incumbiria vencimentos do servidor os valores correspondentes
demonstrar a culpa ou o dolo do agente no curso da ao prejuízo sofrido, ainda mais sem um título
mesma ação, o que acarretaria num executivo judicial (CAHALI, 2014, p. 215).
atravancamento prejudicial ao trâmite processual
(BARCHET, 2011, p. 566). Havendo processo penal, abrem-se quatro
hipóteses: a condenação criminal do servidor, sua
Tal entendimento, entretanto, não é absolvição por negativa de autoria ou do fato, por
uníssono. ausência de culpabilidade e, enfim, por insuficiência
de provas (MEIRELES, 2007, p. 662).
Para Mello (2013, p. 1050), não há
contradição em se exigir uma condenação como Nos dois primeiros casos faz-se coisa julgada
requisito da ação regressiva, ficando ao critério do no que tange aos processos civil e administrativo: se
terceiro lesado decidir se move a ação indenizatória houver condenação, o agente sujeita-se à reparação
diretamente contra o agente, contra o Estado, ou do dano de imediato, sem necessidade de outro
ambos. De todo o modo, a ação regressiva seria processo; se houver absolvição pela negativa de
movida após a condenação. autoria ou do fato impede-se a responsabilização do
agente (MEIRELES, 2007, p. 662).
Do contrário, estaria-se a ceifar a garantia
do acesso à Justiça (CARVALHO NETO, 2000, p. Nos demais casos não é obstada a
160). propositura da ação regressiva, porque se limitam a
afastar tão somente a responsabilidade criminal, ou a
A razão disso reside no fato de que a declarar a insuficiência de provas para condenação
responsabilidade civil do Estado não se configura nessa seara, permitindo-se, assim, a análise do ilícito
como uma restrição ao administrado no seu direito
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LEGISLAÇÃO
pelo enfoque do Direito Civil (MEIRELES, 2007, p. reparar. Parágrafo único. Considera-se funcionário
662-663). para os efeitos desta lei, qualquer pessoa investida
em função pública, na esfera Administrativa, seja
Inacio de Carvalho Neto (2000, p. 153-157) qual fôr a forma de investidura ou a natureza da
trata do direito de regresso contra os agentes função.
políticos, aduzindo ser possível contra os
legisladores (ressalvadas as imunidades Entretanto, a ação regressiva é de fato
constitucionais), contra o Presidente da República, utilizada pelo Poder Público? Para Celso Antônio
e contra membros do Ministério Público e Bandeira de Mello (2013, p. 1056) não. Oportuno se
magistrados, nesses dois últimos casos excluída a faz colacionar a crítica que faz sobre o instituto:
hipótese de responsabilidade por culpa, somente
dolo e fraude, em virtude de previsão legal – artigos É que o Poder Público dificilmente moverá a
85 e 133 do Código de Processo Civil. ação regressiva, como, aliás, os fatos o comprovam
de sobejo. Tirante casos de regresso contra
Por fim, a ação regressiva caracteriza-se motoristas de veículos oficiais – praticamente os
como uma espécie do genêro ações de únicos fustigados por esta via de retorno – não se vê
ressarcimento, que, de acordo com o artigo 37, § 5º o Estado regredir contra seus funcionários.
da Constituição Federal, são imprescritíveis, e
podem ser propostas mesmo depois de desfeito o Os motivos para tal, segundo o citado autor,
vínculo funcional entre o agente e a Administração são vários. A começar pelo sentimento de
(BARCHET, 2011, p. 566). corporativismo ou solidariedade com o subalterno,
pois este perfaz sua conduta danosa muitas vezes
Tal endendimento, todavia, embora respaldado pelo superior hierárquico, em conluio ou
compartilhado por nomes como Celso Antônio complacentemente, de modo que a propositura da
Bandeira de Mello, Celso Ribeiro Bastos e José ação em questão exporia a responsabilidade de
Afonso da Silva, é confrontado por Yussef Said ambos (MELLO, 2013, p. 1056-1057).
Cahali, que defende a aplicação do prazo previsto
para a ação de reparação de danos, de três anos, Além disso, a defesa habitual apresentada
conforme o artigo 206, § 3º, do Código Civil pelo Estado nas ações de indenização movidas pelo
(CAHALI, 2014, p. 215-216). terceiro consiste na negação de causalidade ou
licitude da conduta atacada, tese que
Para Mazza (2012, p. 306) esse prazo só é necessariamente teria de ser desmentida por ele
aplicado quando o servidor for ligado a empresa próprio na ação regressiva, o que levaria a uma
pública, sociedade de economia mista, fundação situação constrangedora e de descrédito total
governamental, concessionária ou permissionária. (MELLO, 2013, p. 1057).

A OBRIGATORIEDADE DA AÇÃO Estas são as razões pelas quais, tirante o


REGRESSIVA caso dos humildes motoristas de veículos oficiais,
praticamente funcionário algum é molestado com
Ao Estado é atribuído o dever-poder de ação regressiva. Pode confiar que ficará impune,
propor a ação regressiva contra seu agente que mesmo quando negligente. Não precisa coibir-se de
praticou ou se omitiu dando ensejo à condenação abusos e até de atos dolosos lesivos aos
judicial para reparação do dano causado (JUSTEN administrados. O Estado pagará por ele. (MELLO,
FILHO, 2014, p. 1365). 2013, p. 1057).

Dever-poder assim conceituado como uma Conclui o autor (MELLO, 2013, p. 1057)
obrigação à prática de ―todas as condutas aduzindo que a consequência de tal omissão é
necessárias e adequadas‖ voltadas para o nefasta, pois, ao contrário de desestimular o agir
atendimento ao interesse da sociedade como um doloso, negligente, imprudente ou imperito, abre
todo (JUSTEN FILHO, 2014, p. 147), no caso, a ensejo para condutas tais.
ação regressiva.
A ação regressiva se proposta, ou o
De acordo com Justen Filho (2014, p. acionamento direto do agente mal intencionado ou
1365), no nível federal tal obrigação foi regrada por descuidado serviria como um remédio contra essa
meio da Lei nº 4.619 de 1965. Seu artigo 1º vem postura, evitando-se ―abusos, violências, ou simples
assim redigido: descaso do servidor pelos administrados‖ (MELLO,
2013, p. 1058).
Art. 1º Os Procuradores da República são
obrigados a propor as competentes ações Na mencionada Lei nº 4.619/1965, que trata
regressivas contra os funcionários de qualquer do assunto, vem disposto em seu artigo 3º, que a não
categoria declarados culpados por haverem propositura da ação regressiva pelos Procuradores
causado a terceiros lesões de direito que a da República constitui falta de exação no
Fazenda Nacional, seja condenada judicialmente a cumprimento do dever (BRASIL, 1965).
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LEGISLAÇÃO
Entretanto, a julgar pela crítica acima A razão de ser do princípio da legalidade,
exposta, não se notam efeitos práticos, o que contudo, não é a mera organização instrumental do
levanta questões como a gravidade da situação, aparelho estatal. É uma garantia e uma proteção à
tendo em vista que tal omissão faz com que o sociedade, pois incorpora um parâmetro de controle
prejuízo seja suportado pela sociedade (MOTTA, da conduta do Estado, permitindo-lhe recorrer de
2009, p. 397), conduzindo-se ao indagamento sobre desmandos ou atos danosos por seus agentes
as alternativas disponíveis. perpetrados (MELLO, 2013, p. 963-964).

A indisponibilidade do interesse público Existente ilegalidade ou defeito na atuação


discricionária da Administração, abre-se espaço para
Tido por Mazza (2012, p. 79-82) como um a adoção de medidas destinadas a reverter a
supraprincípio de Direito Administrativo, pois dele irregularidade, que podem consistir em condenações
decorrem todos os outros, a indisponibilidade do a uma obrigação de fazer, não fazer ou pagar quantia
interesse público pode ser conceituada como ―todas certa (JUSTEN FILHO, 2014, p. 1213).
as sujeições administrativas, as limitações e
restrições impostas pelo ordenamento à Embora parte da doutrina entenda que a
Administração com o intuito de evitar que ela atue expressão ―direito de regresso‖ confira à
de forma lesiva aos interesses públicos ou de modo Administração o poder de voltar-se contra o servidor
ofensivo aos direitos fundamentais dos independentemente de recurso à Justiça, tal corrente
administrados‖(BARCHET, 2011, p. 56). é minoritária, sendo necessário pronunciamento
jurisdicional (MOTTA, 2009, p. 396).
Disso decorre o chamado poder-dever de
agir da Administração: sempre que a ela for Isso se dá através do chamado controle
atribuída uma competência, um poder, pelo externo da atividade administrativa pelo Poder
ordenamento jurídico, será em nome do interesse Judiciário, garantido pelo princípio da universalidade
público, e, por isso, tratar-se-á de uma obrigação, e da jurisdição, que permite uma ampla fiscalização
não de uma faculdade (BARCHET, 2011, p. 56-57). sobre os atos praticados pela Administração,
respeitados certos limites incidentes sobre o
Ao contrário do direito civilista, no qual aos exercício da competência discricionária (JUSTEN
particulares se permite fazer tudo que não seja FILHO, 2014, p. 1237).
proibido em lei, no Direito Administrativo fica
evidente o caráter dúplice dos poderes Esse controle pode ser em abstrato, para a
administrativos, porque mais que poderes, análise hipotética de uma lei ou ato normativo em
consituem-se em deveres (conjugados na face da Constituição, ou pode ser em concreto,
expressão poder-dever) instituídos por lei, sem quando há efetivamente um conflito de interesses
margem para discricionariedade quanto ao numa situação real (JUSTEN FILHO, 2014, p. 1238).
exercício ou não dessa competência, nem extensão
ou intensidade (BARCHET, 2011, p. 56-57). Este último se divide em duas modalidades
diferenciadas pelo tipo de interesse aventado: em
A indisponibilidade dos interesses públicos primeiro lugar, aquela relativa a direito subjetivo,
significa que, sendo interesses qualificados como assim classificado como aquele cuja relação jurídica
próprios da coletividade – internos ao setor público - seja facilmente determinável e que tenha sua
, não se encontram à livre disposição de quem quer extensão aferível, de cunho geralmente patrimonial
que seja, por inapropriáveis. O próprio órgão (JUSTEN FILHO, 2014, p. 1240).
administrativo que os representa não tem
disponibilidade sobre eles, no sentido de que lhe Em segundo lugar, o controle pode se
incumbe apenas curá-los – o que é também um relacionar a um interesse jurídico indepentende da
dever – na estrita conformidade do que predispuser existência de uma relação jurídica imediata entre as
a intentio legis (MELLO, 2013, p. 76). partes. É o caso do autor que age em nome do senso
cívico, de sujeito pertencente a uma comunidade em
Dentre outras, Mello (2013, p. 77-78) busca de benefício comum, e não a si próprio
reconhece como consequências do princípio da (JUSTEN FILHO, 2014, p. 1240).
indisponibilidade do interesse público, outros
princípios, tais como o da obrigatoriedade do De acordo com Justen Filho (2014, p. 1240),
desempenho de atividade pública, cujo teor veio há inúmeras possibilidades de instrumentos judiciais
exposto acima, e o da legalidade, que traz em seu para se demandar a Administração, inclusive
âmago o sentido de balizar a conduta da processo de conhecimento pelo rito ordinário. Atém-
Administração: esta deve proceder o que a lei se, aqui, à ação popular e à ação civil pública.
determine, nos termos por ela dispostos.
A AÇÃO POPULAR
AS ALTERNATIVAS À AÇÃO
REGRESSIVA

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LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal (BRASIL, 1988) A AÇÃO CIVIL PÚBLICA
consagrou a ação popular no inciso LXXIII do artigo
5º, com a seguinte redação: Embora se assemelhe em alguns pontos com
a ação popular, a ação civil pública vai além da
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima finalidade única do controle da atividade
para propor ação popular que vise a anular ato administrativa, mas de atividades que possam ser
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que danosas a um grande número de pessoas (JUSTEN
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao FILHO, 2014, p. 1288).
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de Também diferencia-se ao revelar como
custas judiciais e do ônus da sucumbência; escopo principal a busca por uma sentença
condenatória, seja ela ao cumprimento de obrigação
Trata-se de uma garantia do sistema de fazer ou não fazer ou ao pagamento de quantia
democrático que provê um meio de controle da em dinheiro em razão de danos patrimoniais ou
Administração pela população, conferindo a morais (JUSTEN FILHO, 2014, p. 1288).
qualquer cidadão legitimidade para o exercício de
modo direto de um poder de natureza política, a Como na ação popular, seu objetivo não é a
função fiscalizadora (AFONSO DA SILVA, 2005, p. defesa de interesses individuais, nem à reparação de
462-463). danos sofridos por particulares, mas a proteção de
bens intrinsecamente relacionados a direitos difusos
Tem como alvo atos ilegais ou lesivos que e coletivos (MEIRELLES, 2007, p. 719).
afrontem os valores insculpidos no corpo do artigo
citado, aqui destacados os que causam dano ao Oportuno ressaltar que direitos difusos são,
erário (LENZA, 2012, p. 1060). por definição, indisponíveis, ―pois ninguém pode
arrogar a si a titularidade privativa e excludente sobre
A Constituição trouxe ao âmbito da ação os bens e direitos a eles relacionados‖ (JUSTEN
popular a moralidade administrativa, que embora FILHO, 2014, p. 1289).
enfrente dificuldades conceituais, pode ser violada
a partir da conduta praticada com o intuito de São exemplos, seguindo a doutrina de
prejudicar ou favorecer alguém (AFONSO DA Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade
SILVA, 2005, p. 464). (2011, p. 58-59), desses o direitos o meio ambiente,
economia popular, e, no que tange a este trabalho, o
Expressa um interesse jurídico que não se patrimônio público.
relaciona a uma pretensão pecuniária individual do
autor, mas sim à defesa de um bem ou direito A legitimidade ativa para sua propositura,
comum à sociedade, titularizado pelo Estado porém, é restrita ao Ministério Público, entes
(JUSTEN FILHO, 2014, p. 1278). federados, administração indireta e associações
constituídas há no mínimo um ano, cujas finalidades
Segundo Justen Filho (2014, p. 1278), via compreendam a proteção dos interesses jurídicos em
de regra, a ação popular não pode se voltar contra questão (MELLO, 2013, p. 973).
ato omissivo, somente quando este ―for qualificado
juridicamente e produzir efeito de manifestação de
vontade administrativa.‖

Barchet (2014, p. 656), por sua vez, filia-se


à corrente que entende que o objeto da ação
popular compreende tanto atos comissivos quanto
omissivos, sendo necessária, em ambos os casos,
a potencialidade lesiva aos bens protegidos.

De igual forma, tem caráter repressivo, pois


pode anular ato já perpetrado, ou preventivo, o que
ocorre quando se visa impedir a produção de danos
por ato que potencialmente os possa causar
(LENZA, 2012, p. 1064).

Por tudo isso, não tem como destino atos


normativos gerais e abstratos, mas somente
aqueles de efeitos concretos, de modo que a
sentença a ser proferida tem como consequência a
sua desconstituição, ou, secundariamente, a
condenação do réu à reparação do dano
(BARCHET, 2014, p. 656-658).
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LEGISLAÇÃO
A condição de constitucionalidade alcança,
inclusive, as próprias modificações da Constituição.
Entretanto, essa nova manifestação do poder
SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO constituinte "derivado", para não desvirtuar a
supremacia da Constituição, deve ter limites,
Pela sua própria natureza, a Constituição é características e formas bem definidas, justamente
tida como a primeira lei positiva (como ápice do para a não caracterização de sua própria
ordenamento jurídico). inconstitucionalidade.
Assim, a supremacia da Constituição Em consequência, mesmo as emendas
importa, num primeiro momento, o aspecto material constitucionais estão sujeitas à condição de
(de forma que as leis e atos normativos não podem constitucionalidade.
contrariar as normas constitucionais); e, também,
um aspecto formal (pois é a Constituição que fixa a A sanção desta condição de
organização, a estrutura, a composição, as constitucionalidade é indispensável à garantia da
atribuições e o procedimento dos Poderes ["estes supremacia da Constituição. Se o ato inconstitucional
nada podem senão pelo modo que prevê a prevalece, a Constituição não é a lei suprema.
Constituição"]). Destarte, o "controle de constitucionalidade" é
condição da supremacia da Constituição.
Daí temos que nenhum ato estatal tem
validade se não estiver, formal e materialmente, em Segundo OSWALDO LUIZ PALU:
conformidade com a Constituição (esta é uma "... a supremacia da Constituição pode ser
condição de constitucionalidade). vista, tendencialmente: a) em relação ao seu
Segundo CRISTIANNE ROZICKI: conteúdo (supremacia material); b) em relação à
organicidade , aos procedimentos e competências
“A Constituição consiste a lei superior que pelos quais seus preceitos se inter-relacionam com
rege a vida e existência de um Estado e cuja força os demais, indicando relação de hierarquia
valorativa subordina necessariamente toda (supremacia formal).
legislação ordinária, ou melhor, toda legislação
infraconstitucional, às suas disposições”. Obviamente que ''''la supériorité des lois
constitutionnelles'''' seria uma palavra vã, caso elas
Quer dizer, as normas inferiores terão pudessem ser impunemente violadas pelos órgãos
subsistência e eficácia apenas se não contrariarem do Estado; a violação da Constituição por atos
as previsões da Lei Maior (entre os atos normativos estatais é a inconstitucionalidade e o meio de reprimir
infraconstitucionais encontram-se as leis, os atos tais atos é a fiscalização da constitucionalidade das
administrativos, as sentenças, os contratos leis e dos atos normativos.
particulares, etc.).
De fato, o princípio da supremacia
Daí que, a supremacia da Constituição constitucional constitui o alicerce em que se assenta
pressupõe indubitavelmente a subordinação de o edifício do moderno Direito Público. Normas
todas as leis que lhe são posteriores, e também de constitucionais põem-se acima das demais normas
todas que lhe são hierarquicamente inferiores jurídicas (hierarquia) e essa preeminência é que vai
(todas as obras legislativas passadas, atuais e constituir superioridade da Constituição.
futuras), ao teor de seus preceitos".
Para ANDRÉ RAMOS TAVARES:
Importante destacar, inclusive pela
importância histórica, a decisão da Suprema Corte "A noção de uma Constituição como
dos EUA, onde o juiz Marshall, no caso Marbury x fundamento último de validade jurídica, à qual
Madison, no ano de 1803, assim se pronunciou: deverão todas as demais normas do ordenamento
jurídico conformar-se, apresenta supina importância
"Ou a Constituição é a lei superior, intocável na noção de controle da constitucionalidade das leis,
por meios ordinários, ou ela está no mesmo nível realizado pelo Poder Judiciário".
que os atos legislativos ordinários, e, como outros
atos, é alterável quando à legislatura aprouver Por sua vez, DALMO DE ABREU DALLARI
alterá-los. Se a primeira parte da alternativa é diz que não está:
verdadeira, então um ato legislativo contrário à "superada a necessidade de se preservar a
Constituição não é lei; se a última é verdadeira, supremacia da Constituição, como padrão jurídico
então as constituições escritas são tentativas fundamental e que não pode ser contrariado por
absurdas por parte do povo de limitar um poder por qualquer norma integrante do mesmo sistema
sua própria natureza ilimitável". jurídico. As normas constitucionais, em qualquer
A conclusão lógica daí decorrente, seria a sistema regular, são as que têm o máximo de
de que o ato inconstitucional é simplesmente nulo e eficácia, não sendo admissível a existência, no
sem valor ( null and void ). mesmo Estado, de normas que com elas concorram
em eficácia ou que lhes sejam superiores. Atuando
como padrão jurídico fundamental, que se impõe ao

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LEGISLAÇÃO
Estado, aos governantes e aos governados, as Para JOSÉ AFONSO DA SILVA, as normas
normas constitucionais condicionam todo o sistema constitucionais quanto à sua eficácia dividem-se em:
jurídico, daí resultando a exigência absoluta de que
-normas de eficácia plena e aplicabilidade
lhes sejam conformes todos os atos que pretendam
direta, imediata e integral;
produzir efeitos jurídicos dentro do sistema".
-normas de eficácia contida e aplicabilidade
A ideia de que a Constituição deve ser
direta e imediata, mas possivelmente não integral; e,
preservada "é a maneira encontrada de se
preservarem os mais básicos e fundamentais -normas de eficácia limitada, que se
valores acolhidos pela sociedade, alcançados por subdividem em normas declaratórias de princípio
esta e lançados num corpo jurídico, como resultado institutivo ou organizativo e normas declaratórias de
de um longo evoluir histórico". princípio programático.
Assim sendo, a previsão de órgãos Assim sendo, temos que as normas
fiscalizadores e garantidores da integridade dos programáticas são aquelas onde se projetam
mandamentos constitucionais assume uma diretrizes a serem observadas pelos poderes públicos
importância sem precedentes. A justiça como programa das respectivas atividades, tendo em
constitucional, nas palavras de JOSÉ JOAQUIM vista a realização dos fins sociais do Estado, sejam
GOMES CANOTILHO, é o "complexo de atividades elas vinculadas ao princípio da legalidade, referidas
jurídicas desenvolvidas por um ou vários órgãos aos poderes públicos, ou dirigidas à ordem
jurisdicionais, destinadas à fiscalização da econômico-social.
observância e cumprimento das normas e princípios A norma programática confere elasticidade
constitucionais vigentes". ao ordenamento constitucional e tem como
De acordo com a lição de OSWALDO LUIZ destinatário o legislador, a cuja opção fica a
PALU, "Sob o aspecto da norma , convém fazer ponderação do tempo e dos meios a dar-lhe integral
referência ao trinômio validade-vigência-eficácia". eficácia. Não permite aos cidadãos exigir o seu
conteúdo, pedindo aos tribunais o seu cumprimento,
Daí conclui referido autor ( op. cit. , p. 39), posto que, frequentemente, estão acompanhados de
que: conceitos indeterminados e incompletos.
"Assim: a) validade (ou validade É preciso registrar, ainda, segundo a lição de
constitucional) é a qualidade da norma que está OSWALDO LUIZ PALU, que:
conformada com o ordenamento quanto à condição "A ordem social deve mudar, necessita
e fim por ele estabelecido, a norma elaborada em mudar, porém não parece ser este o papel da
consonância com os preceitos formais e materiais Constituição, que pode conformar moderadamente,
existentes e pertinentes; b) vigência é a qualidade jamais transformar profundamente. (...) É preciso
da norma que diz respeito ao tempo em que atua, registrar que a sucessão de uma ordem
podendo ser invocada para produzir efeitos; e c) constitucional por outra provoca necessariamente a
eficácia é a qualidade da norma que se refere à sua análise e o confronto do direito ordinário anterior com
adequação em vista da produção, efetiva ou o novo ordenamento constitucional positivo. As
potencial, de efeitos. relações hierárquico-normativas entre esses dois
Ainda em relação ao último conceito, a momentos de nossa experiência jurídica são
norma válida e vigente pode não ter eficácia devido presididas e definidas pelo princípio da recepção,
à: que, de um lado, torna subsistentes as normas
infraconstitucionais materialmente compatíveis com a
a) ineficácia social não tem condições Constituição, e de outro revoga aquelas que não
fáticas de atuar, ela não está conforme a realidade; ostentam tal perfil e nem a ele se ajustam".
b) ineficácia jurídica não tem condições Supremacia fluída
técnicas de atuar, posto não estarem presentes os
Relativamente ao presente tópico, muito
elementos normativos para adequá-la à produção
interessante as palavras de OSWALDO LUIZ PALU,
de efeitos concretos.
segundo o qual "Malgrado o contínuo enriquecimento
Exemplo da primeira: norma que entra em da Constituição (...) sofreu ela clara desvalorização
vigor determinando o uso de determinado aparelho nos ordenamentos jurídicos de países avançados ..."
por trabalhadores de certo ramo industrial, sendo .
que tal maquinismo não existe no mercado e não Para embasar sua linha de raciocínio, cita
há previsão de sua produção adequada (falta de referido autor a lição de KARL LOEWENSTEIN, de
eficácia semântica). acordo com o qual:
―Exemplo da segunda: lei constitucional que "Algumas das plúrimas causas de sua
entra em vigência, mas depende totalmente de desvalorização são (...): a) não poucas vezes as suas
regulamentação infralegal; enquanto não disposições são irrealizáveis; b) o Governo pode
regulamentada, não terá eficácia (falta de eficácia entender não aplicar determinados dispositivos por
sintática)‖. não ser de seu interesse momentâneo; c) pode haver
recusa da maioria parlamentar a cumprir determinada
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LEGISLAÇÃO
norma constitucional; d) a pressão social, povo - perdeu muito aquele seu sentimento de luta,
econômica ou corporativa de grupos de pressão de grandiosidade e de significado simbólico de
contra sua realização" desenvolvimento democrático de anos atrás, mas,
Na atualidade, a Constituição significa por outro lado, não podemos aceitar qualquer ideia
muito pouco para o "homem da rua" contrária no sentido de minimização da importância
da Constituição na formação de um Estado
(KARL LOEWENSTEIN). democrático de direito.
Aliás, poderíamos denominar tais pessoas
simples do povo como "hipossuficientes jurídicos",
vale dizer, indivíduos cujo conhecimento parco e
cultura bastante rudimentar, sequer se importam
com os termos e normas elencados na
Constituição.
Tais pessoas, além de desconhecerem o
conteúdo da Constituição e, consequentemente, de
seus direitos e deveres básicos e fundamentais,
não se preocupam efetivamente com aquelas
normas que regem toda a sociedade em que vivem
e convivem mutuamente com seus pares.
Daí decorre a conclusão dada por
OSWALDO LUIZ PALU, in verbis:
"O direito constitucional converteu-se em
uma ciência oculta para o leigo; seu conhecimento
está reservado a uma minoria de juristas e
profissionais na prática e na burocracia
governamental. E não pode ser de outro modo. As
constituições são cada vez mais complexas. As
decisões políticas conformadoras são de domínio
dos políticos, e para sua execução são chamados
técnicos constitucionalistas e especialistas. A
massa da população perdeu o interesse pela
Constituição e esta o valor afetivo para o povo. Isso
é um fato indiscutível e alarmante. Os documentos
constitucionais, bem pensados e articulados, foram
considerados na época de sua aparição, como a
chave mágica para a ordenação feliz de uma
sociedade estatal. Hoje, manipulada por políticos
profissionais, a Constituição cessou de ser uma
realidade viva para a massa dos destinatário do
poder".
Outro aspecto de fluidez da supremacia da
Constituição, dado por GEORGES BURDEAU, diz
respeito ao "aspecto da tendência ideológica de
algumas constituições atuais, que se ''''parecem
mais com programas eleitorais que com as
constituições clássicas'''', e desenham contornos
não da ordem social vigente, mas futura,
remarcando que tais declarações de intenção
procedem de um sentimento louvável, mas,
colocando o Estado à frente de uma empreitada
revolucionária, afrouxam a ordem social que a
Constituição tem por missão assegurar sobre bases
estáveis".
Porém, muito embora as Constituições
modernas talvez não atinjam diretamente o
sentimento de regras de conduta como anseios
profundos da população, nunca é demais lembrar
que sua importância não pode jamais ser relegada
a um segundo plano.
Assim, não discordamos do fato de que a
Constituição - como lei básica e fundamental do
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LEGISLAÇÃO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA social e cultural dos povos da América Latina,
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do
povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes
e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e
solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-
se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o
progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do
Brasil buscará a integração econômica, política,

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LEGISLAÇÃO
DIREITOS E GARANTIAS XII - é inviolável o sigilo da correspondência e
FUNDAMENTAIS: DIREITOS E das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
DEVERES INDIVIDUAIS, COLETIVOS, ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
SOCIAIS, POLÍTICOS E estabelecer para fins de investigação criminal ou
NACIONALIDADE instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de
1996)
TÍTULO II
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho,
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
ofício ou profissão, atendidas as qualificações
CAPÍTULO I profissionais que a lei estabelecer;
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E XIV - é assegurado a todos o acesso à
COLETIVOS informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos XV - é livre a locomoção no território nacional
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos com seus bens;
seguintes:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente,
I - homens e mulheres são iguais em direitos sem armas, em locais abertos ao público,
e obrigações, nos termos desta Constituição; independentemente de autorização, desde que não
frustrem outra reunião anteriormente convocada para
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; autoridade competente;
III - ninguém será submetido a tortura nem a
XVII - é plena a liberdade de associação para
tratamento desumano ou degradante; fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
IV - é livre a manifestação do pensamento,
XVIII - a criação de associações e, na forma da
sendo vedado o anonimato; lei, a de cooperativas independem de autorização,
V - é assegurado o direito de resposta, sendo vedada a interferência estatal em seu
proporcional ao agravo, além da indenização por funcionamento;
dano material, moral ou à imagem;
XIX - as associações só poderão ser
VI - é inviolável a liberdade de consciência e compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
de crença, sendo assegurado o livre exercício dos suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a primeiro caso, o trânsito em julgado;
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-
VII - é assegurada, nos termos da lei, a se ou a permanecer associado;
prestação de assistência religiosa nas entidades
XXI - as entidades associativas, quando
civis e militares de internação coletiva; expressamente autorizadas, têm legitimidade para
VIII - ninguém será privado de direitos por representar seus filiados judicial ou
motivo de crença religiosa ou de convicção extrajudicialmente;
filosófica ou política, salvo se as invocar para
XXII - é garantido o direito de propriedade;
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada XXIII - a propriedade atenderá a sua função
em lei; social;
IX - é livre a expressão da atividade XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
intelectual, artística, científica e de comunicação, desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
independentemente de censura ou licença; ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização em dinheiro, ressalvados os casos
X - são invioláveis a intimidade, a vida previstos nesta Constituição;
privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano XXV - no caso de iminente perigo público, a
material ou moral decorrente de sua violação; autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ulterior, se houver dano;
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou XXVI - a pequena propriedade rural, assim
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, definida em lei, desde que trabalhada pela família,
por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de não será objeto de penhora para pagamento de
2015) (Vigência) débitos decorrentes de sua atividade produtiva,

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LEGISLAÇÃO
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu b) o sigilo das votações;
desenvolvimento;
c) a soberania dos veredictos;
XXVII - aos autores pertence o direito
d) a competência para o julgamento dos crimes
exclusivo de utilização, publicação ou reprodução
dolosos contra a vida;
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo
tempo que a lei fixar; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o
defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para
a) a proteção às participações individuais em
beneficiar o réu;
obras coletivas e à reprodução da imagem e voz
humanas, inclusive nas atividades desportivas; XLI - a lei punirá qualquer discriminação
atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento
econômico das obras que criarem ou de que XLII - a prática do racismo constitui crime
participarem aos criadores, aos intérpretes e às inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
respectivas representações sindicais e associativas; reclusão, nos termos da lei;
XXIX - a lei assegurará aos autores de XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
inventos industriais privilégio temporário para sua insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura ,
utilização, bem como proteção às criações o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
de empresas e a outros signos distintivos, tendo em eles respondendo os mandantes, os executores e os
vista o interesse social e o desenvolvimento que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento)
tecnológico e econômico do País;
XLIV - constitui crime inafiançável e
XXX - é garantido o direito de herança; imprescritível a ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros
Democrático;
situados no País será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do
sempre que não lhes seja mais favorável a lei condenado, podendo a obrigação de reparar o dano
pessoal do "de cujus"; e a decretação do perdimento de bens ser, nos
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei,
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio
a defesa do consumidor;
transferido;
XXXIII - todos têm direito a receber dos
XLVI - a lei regulará a individualização da pena
órgãos públicos informações de seu interesse
e adotará, entre outras, as seguintes:
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de a) privação ou restrição da liberdade;
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
b) perda de bens;
seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de c) multa;
2011)
d) prestação social alternativa;
XXXIV - são a todos assegurados,
independentemente do pagamento de taxas: e) suspensão ou interdição de direitos;

a) o direito de petição aos Poderes Públicos XLVII - não haverá penas:


em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou a) de morte, salvo em caso de guerra
abuso de poder; declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) a obtenção de certidões em repartições b) de caráter perpétuo;
públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
de situações de interesse pessoal; c) de trabalhos forçados;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do d) de banimento;


Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; e) cruéis;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito XLVIII - a pena será cumprida em
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de do delito, a idade e o sexo do apenado;
exceção; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, integridade física e moral;
com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;

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LEGISLAÇÃO
L - às presidiárias serão asseguradas LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo
condições para que possam permanecer com seus a do responsável pelo inadimplemento voluntário e
filhos durante o período de amamentação; inescusável de obrigação alimentícia e a do
depositário infiel;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo
o naturalizado, em caso de crime comum, praticado LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre
antes da naturalização, ou de comprovado que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e violência ou coação em sua liberdade de locomoção,
drogas afins, na forma da lei; por ilegalidade ou abuso de poder;
LII - não será concedida extradição de LXIX - conceder-se-á mandado de segurança
estrangeiro por crime político ou de opinião; para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o
LIII - ninguém será processado nem
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
sentenciado senão pela autoridade competente;
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de exercício de atribuições do Poder Público;
seus bens sem o devido processo legal;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode
LV - aos litigantes, em processo judicial ou ser impetrado por:
administrativo, e aos acusados em geral são
a) partido político com representação no
assegurados o contraditório e ampla defesa, com
Congresso Nacional;
os meios e recursos a ela inerentes;
b) organização sindical, entidade de classe ou
LVI - são inadmissíveis, no processo, as
associação legalmente constituída e em
provas obtidas por meios ilícitos;
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa
LVII - ninguém será considerado culpado até dos interesses de seus membros ou associados;
o trânsito em julgado de sentença penal
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção
condenatória;
sempre que a falta de norma regulamentadora torne
LVIII - o civilmente identificado não será inviável o exercício dos direitos e liberdades
submetido a identificação criminal, salvo nas constitucionais e das prerrogativas inerentes à
hipóteses previstas em lei; (Regulamento) nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LIX - será admitida ação privada nos crimes LXXII - conceder-se-á habeas data:
de ação pública, se esta não for intentada no prazo
a) para assegurar o conhecimento de
legal;
informações relativas à pessoa do impetrante,
LX - a lei só poderá restringir a publicidade constantes de registros ou bancos de dados de
dos atos processuais quando a defesa da entidades governamentais ou de caráter público;
intimidade ou o interesse social o exigirem;
b) para a retificação de dados, quando não se
LXI - ninguém será preso senão em flagrante prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
delito ou por ordem escrita e fundamentada de administrativo;
autoridade judiciária competente, salvo nos casos
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
de transgressão militar ou crime propriamente
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
militar, definidos em lei;
patrimônio público ou de entidade de que o Estado
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local participe, à moralidade administrativa, ao meio
onde se encontre serão comunicados ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando
imediatamente ao juiz competente e à família do o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
preso ou à pessoa por ele indicada; judiciais e do ônus da sucumbência;
LXIII - o preso será informado de seus LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica
direitos, entre os quais o de permanecer calado, integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de de recursos;
advogado;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por
LXIV - o preso tem direito à identificação dos erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
responsáveis por sua prisão ou por seu tempo fixado na sentença;
interrogatório policial;
LXXVI - são gratuitos para os
LXV - a prisão ilegal será imediatamente reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei
relaxada pela autoridade judiciária; nº 7.844, de 1989)
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela a) o registro civil de nascimento;
mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
b) a certidão de óbito;
com ou sem fiança;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
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LEGISLAÇÃO
necessários ao exercício da cidadania. V - piso salarial proporcional à extensão e à
(Regulamento) complexidade do trabalho;
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto
administrativo, são assegurados a razoável duração em convenção ou acordo coletivo;
do processo e os meios que garantam a celeridade
VII - garantia de salário, nunca inferior ao
de sua tramitação. (Incluído pela Emenda
mínimo, para os que percebem remuneração
Constitucional nº 45, de 2004)
variável;
§ 1º As normas definidoras dos direitos e
VIII - décimo terceiro salário com base na
garantias fundamentais têm aplicação imediata.
remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta
IX – remuneração do trabalho noturno superior
Constituição não excluem outros decorrentes do
à do diurno;
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos
tratados internacionais em que a República X - proteção do salário na forma da lei,
Federativa do Brasil seja parte. constituindo crime sua retenção dolosa;
§ 3º Os tratados e convenções internacionais XI – participação nos lucros, ou resultados,
sobre direitos humanos que forem aprovados, em desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, participação na gestão da empresa, conforme
por três quintos dos votos dos respectivos definido em lei;
membros, serão equivalentes às emendas
XII - salário-família pago em razão do
constitucionais. (Incluído pela Emenda
dependente do trabalhador de baixa renda nos
Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na
termos da lei; (Redação dada pela Emenda
forma deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008, DEC
Constitucional nº 20, de 1998)
6.949, de 2009, DLG 261, de 2015, DEC 9.522, de
2018) XIII - duração do trabalho normal não superior
a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de
facultada a compensação de horários e a redução da
Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
manifestado adesão. (Incluído pela Emenda
trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
Constitucional nº 45, de 2004)
CAPÍTULO II XIV - jornada de seis horas para o trabalho
realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
DOS DIREITOS SOCIAIS salvo negociação coletiva;
Art. 6º São direitos sociais a educação, a XV - repouso semanal remunerado,
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o preferencialmente aos domingos;
transporte, o lazer, a segurança, a previdência
XVI - remuneração do serviço extraordinário
social, a proteção à maternidade e à infância, a
superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do
assistência aos desamparados, na forma desta
normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
Constituição. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 90, de 2015) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com,
pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria de XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do
sua condição social: emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
I - relação de emprego protegida contra
despedida arbitrária ou sem justa causa, nos XIX - licença-paternidade, nos termos fixados
termos de lei complementar, que preverá em lei;
indenização compensatória, dentre outros direitos;
XX - proteção do mercado de trabalho da
II - seguro-desemprego, em caso de mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
desemprego involuntário; da lei;
III - fundo de garantia do tempo de serviço; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de
serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos
IV - salário mínimo , fixado em lei,
da lei;
nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho,
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
vestuário, higiene, transporte e previdência social,
com reajustes periódicos que lhe preservem o XXIII - adicional de remuneração para as
poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
qualquer fim; forma da lei;
XXIV - aposentadoria;

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LEGISLAÇÃO
XXV - assistência gratuita aos filhos e registro no órgão competente, vedadas ao Poder
dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) Público a interferência e a intervenção na
anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação organização sindical;
dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
II - é vedada a criação de mais de uma
XXVI - reconhecimento das convenções e organização sindical, em qualquer grau,
acordos coletivos de trabalho; representativa de categoria profissional ou
econômica, na mesma base territorial, que será
XXVII - proteção em face da automação, na
definida pelos trabalhadores ou empregadores
forma da lei;
interessados, não podendo ser inferior à área de um
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, Município;
a cargo do empregador, sem excluir a indenização
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo
interesses coletivos ou individuais da categoria,
ou culpa;
inclusive em questões judiciais ou administrativas;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes
IV - a assembléia geral fixará a contribuição
das relações de trabalho, com prazo prescricional
que, em se tratando de categoria profissional, será
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e
descontada em folha, para custeio do sistema
rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
confederativo da representação sindical respectiva,
contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda
independentemente da contribuição prevista em lei;
Constitucional nº 28, de 2000)
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda
manter-se filiado a sindicato;
Constitucional nº 28, de 2000)
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda
nas negociações coletivas de trabalho;
Constitucional nº 28, de 2000)
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e
XXX - proibição de diferença de salários, de
ser votado nas organizações sindicais;
exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; VIII - é vedada a dispensa do empregado
sindicalizado a partir do registro da candidatura a
XXXI - proibição de qualquer discriminação no
cargo de direção ou representação sindical e, se
tocante a salário e critérios de admissão do
eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
trabalhador portador de deficiência;
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da
XXXII - proibição de distinção entre trabalho lei.
manual, técnico e intelectual ou entre os
Parágrafo único. As disposições deste artigo
profissionais respectivos;
aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de
XXXIII - proibição de trabalho noturno, colônias de pescadores, atendidas as condições que
perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de a lei estabelecer.
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos,
Art. 9º É assegurado o direito de greve,
salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze
competindo aos trabalhadores decidir sobre a
anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que
nº 20, de 1998)
devam por meio dele defender.
XXXIV - igualdade de direitos entre o
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades
trabalhador com vínculo empregatício permanente e
essenciais e disporá sobre o atendimento das
o trabalhador avulso.
necessidades inadiáveis da comunidade.
Parágrafo único. São assegurados à
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os
categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
responsáveis às penas da lei.
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV,
XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, Art. 10. É assegurada a participação dos
XXXI e XXXIII e, atendidas as condições trabalhadores e empregadores nos colegiados dos
estabelecidas em lei e observada a simplificação do órgãos públicos em que seus interesses profissionais
cumprimento das obrigações tributárias, principais e ou previdenciários sejam objeto de discussão e
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e deliberação.
suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II,
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos
III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua
empregados, é assegurada a eleição de um
integração à previdência social. (Redação dada
representante destes com a finalidade exclusiva de
pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
promover-lhes o entendimento direto com os
Art. 8º É livre a associação profissional ou empregadores.
sindical, observado o seguinte:
CAPÍTULO III
I - a lei não poderá exigir autorização do
DA NACIONALIDADE
Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o
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LEGISLAÇÃO
Art. 12. São brasileiros: II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos
casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional
I - natos:
de Revisão nº 3, de 1994)
a) os nascidos na República Federativa do
a) de reconhecimento de nacionalidade
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
estes não estejam a serviço de seu país;
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) os nascidos no estrangeiro, de pai
b) de imposição de naturalização, pela norma
brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
estrangeira, ao brasileiro residente em estado
deles esteja a serviço da República Federativa do
estrangeiro, como condição para permanência em
Brasil;
seu território ou para o exercício de direitos civis;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº
ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados 3, de 1994)
em repartição brasileira competente ou venham a
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial
residir na República Federativa do Brasil e optem,
da República Federativa do Brasil.
em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação § 1º São símbolos da República Federativa do
dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.
II - naturalizados:
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os
a) os que, na forma da lei, adquiram a
Municípios poderão ter símbolos próprios.
nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
países de língua portuguesa apenas residência por CAPÍTULO IV
um ano ininterrupto e idoneidade moral;
DOS DIREITOS POLÍTICOS
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo
residentes na República Federativa do Brasil há
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
mais de quinze anos ininterruptos e sem
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira. (Redação dada pela I - plebiscito;
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
II - referendo;
§ 1º Aos portugueses com residência
III - iniciativa popular.
permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos
nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda I - obrigatórios para os maiores de dezoito
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) anos;

§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção II - facultativos para:


entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos a) os analfabetos;
casos previstos nesta Constituição.
b) os maiores de setenta anos;
§ 3º São privativos de brasileiro nato os
cargos: c) os maiores de dezesseis e menores de
dezoito anos.
I - de Presidente e Vice-Presidente da
República; § 2º Não podem alistar-se como eleitores os
estrangeiros e, durante o período do serviço militar
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; obrigatório, os conscritos.
III - de Presidente do Senado Federal; § 3º São condições de elegibilidade, na forma
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; da lei:

V - da carreira diplomática; I - a nacionalidade brasileira;

VI - de oficial das Forças Armadas. II - o pleno exercício dos direitos políticos;

VII - de Ministro de Estado da Defesa III - o alistamento eleitoral;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
1999)
V - a filiação partidária; Regulamento
§ 4º - Será declarada a perda da
nacionalidade do brasileiro que: VI - a idade mínima de:

I - tiver cancelada sua naturalização, por a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao Presidente da República e Senador;
interesse nacional;

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LEGISLAÇÃO
b) trinta anos para Governador e Vice- Art. 15. É vedada a cassação de direitos
Governador de Estado e do Distrito Federal; políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:
c) vinte e um anos para Deputado Federal,
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- I - cancelamento da naturalização por sentença
Prefeito e juiz de paz; transitada em julgado;
d) dezoito anos para Vereador. II - incapacidade civil absoluta;
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os III - condenação criminal transitada em julgado,
analfabetos. enquanto durarem seus efeitos;
§ 5º O Presidente da República, os IV - recusa de cumprir obrigação a todos
Governadores de Estado e do Distrito Federal, os imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou 5º, VIII;
substituído no curso dos mandatos poderão ser
V - improbidade administrativa, nos termos do
reeleitos para um único período subseqüente.
art. 37, § 4º.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16,
de 1997) Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral
entrará em vigor na data de sua publicação, não se
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de
Presidente da República, os Governadores de
sua vigência. (Redação dada pela Emenda
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem
Constitucional nº 4, de 1993)
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição
do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado
ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as
seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço,
deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço,
será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação,
para a inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros
casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato,
e a normalidade e legitimidade das eleições contra
a influência do poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada
pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de
1994)
§ 10. O mandato eletivo poderá ser
impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias contados da diplomação, instruída a
ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato
tramitará em segredo de justiça, respondendo o
autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta
má-fé.

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LEGISLAÇÃO

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
 Instrução à equipe: para garantir um ambiente
de trabalho mais higiênico, a empresa também
pode realizar programas de conscientização
junto aos funcionários, alertando sobre a
importância do descarte correto do lixo, da
limpeza de banheiros, refeitório e do posto de
trabalho.

Segurança no trabalho

A saúde e a segurança dos empregados Fundamental em qualquer tipo de ambiente


constituem uma das principais bases para a profissional, a segurança no trabalho compreende uma
preservação da força de trabalho adequada. série de medidas administrativas, médicas,
educacionais e técnicas para garantir um ambiente
Sempre ao entrar em uma nova empresa, o seguro e tranquilo ao funcionário. Em atividades onde o
funcionário deve ter o conhecimento de noções risco de acidentes é maior, como em construções civis,
iniciais de segurança e higiene do trabalho para é exigido que homens e mulheres façam uso de
garantir um ambiente mais organizado e tranquilo, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para evitar
a fim de desempenhar suas atividades com todas contaminação, perfurações e maiores problemas.
as condições possíveis, inclusive, reduzindo o
risco de acidentes e desconforto com um local de Também é preciso que todo funcionário que irá
trabalho sujo, desorganizado e sem as condições desempenhar um trabalho de risco, como em
mínimas de higiene. Confira no post de hoje equipamentos de grande porte, passe por treinamentos
algumas dicas para manter o ambiente seguro e específicos e conte sempre com os EPIs em perfeito
limpo. estado de conservação.

Higiene no trabalho Higiene e segurança no trabalho, qual a relação?

Entende-se por higiene no local de trabalho uma Para o funcionário, ter um ambiente mais higiênico e
série de medidas que têm como objetivo zelar seguro é essencial para o bom desempenho de suas
pela integridade física de homens e mulheres no atividades e também da própria motivação de chegar à
ambiente profissional. A higiene no trabalho é empresa um dia após o outro. É preciso que a empresa
fundamental para evitar riscos à saúde dos ofereça condições adequadas de trabalho, evitando,
funcionários e deve ser praticada assim, a queda na produtividade em razão de
preventivamente. Para tal, alguns procedimentos descontentamentos e, principalmente, evitando o risco
devem ser analisados e aprimorados, se for o de acidentes, proliferação de doenças, etc.
caso, para garantir um ambiente mais confortável
e seguro aos funcionários. Confira:

 Verificar a ventilação e a temperatura do


ambiente para evitar que doenças
contagiosas se espalhem com mais
facilidade no local de trabalho;

 Promover um ambiente mais agradável


para toda a equipe, promovendo
atividades recreativas em conjunto, que
aliviem a tensão do dia a dia;

 Exercícios: como a higiene no trabalho


visa a saúde do funcionário, oferecer
atividades com exercícios físicos é uma
boa sugestão para empresas dos mais
variados segmentos de atuação;

 A higiene no trabalho também deve ser


prioridade em banheiros, refeitórios, salas
de reunião e em qualquer outro ambiente
que reúna um grande número de
pessoas. É fundamental contar com
profissionais ou empresas terceirizadas
que realizem a limpeza de todos estes
ambientes com grande frequência;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
nas empresas desobrigadas de manter o SESMT,
recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco
Segurança individual e coletiva no ambiente existente em determinada atividade.
de trabalho.
Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo
EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO do tipo de atividade ou de riscos que poderão ameaçar
INDIVIDUAL - NÃO BASTA FORNECER É a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do
PRECISO FISCALIZAR corpo que se pretende proteger, tais como:
 Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou
protetores auriculares;
O Equipamento de Proteção Individual - EPI é
 Proteção respiratória: máscaras e filtro;
todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção  Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
contra riscos capazes de ameaçar a sua
segurança e a sua saúde.  Proteção da cabeça: capacetes;
 Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
O uso deste tipo de equipamento só deverá ser
feito quando não for possível tomar medidas que  Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e
permitam eliminar os riscos do ambiente em que botinas;
se desenvolve a atividade, ou seja, quando as  Proteção contra quedas: cintos de segurança e
medidas de proteção coletiva não forem viáveis, cinturões.
eficientes e suficientes para a atenuação dos O equipamento de proteção individual, de fabricação
riscos e não oferecerem completa proteção contra nacional ou importado só poderá ser posto à venda ou
os riscos de acidentes do trabalho e/ou de utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação -
doenças profissionais e do trabalho. CA, expedido pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério
Os equipamentos de proteção coletiva - EPC são do Trabalho e Emprego.
dispositivos utilizados no ambiente de trabalho
com o objetivo de proteger os trabalhadores dos Dentre as atribuições exigidas pela NR-6, cabe ao
riscos inerentes aos processos, tais como o empregador as seguintes obrigações:
enclausuramento acústico de fontes de ruído, a
 adquirir o EPI adequado ao risco de cada
ventilação dos locais de trabalho, a proteção de
atividade;
partes móveis de máquinas e equipamentos, a
sinalização de segurança, dentre outros.  exigir seu uso;

Como o EPC não depende da vontade do  fornecer ao trabalhador somente o


trabalhador para atender suas finalidades, este equipamento aprovado pelo órgão, nacional
tem maior preferência pela utilização do EPI, já competente em matéria de segurança e saúde
que colabora no processo minimizando os efeitos no trabalho;
negativos de um ambiente de trabalho que  orientar e treinar o trabalhador sobre o uso
apresenta diversos riscos ao trabalhador. adequado, guarda e conservação;

Portanto, o EPI será obrigatório somente se o  substituir imediatamente o EPI, quando


EPC não atenuar os riscos completamente ou se danificado ou extraviado;
oferecer proteção parcialmente.  responsabilizar-se pela higienização e
manutenção periódica; e
Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 6, a
empresa é obrigada a fornecer aos empregados,  comunicar o MTE qualquer irregularidade
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito observada;
estado de conservação e funcionamento, nas O empregado também terá que observar as seguintes
seguintes circunstâncias: obrigações:
 utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se
a) sempre que as medidas de ordem geral
destina;
não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de  responsabilizar-se pela guarda e conservação;
doenças profissionais e do trabalho;
 comunicar ao empregador qualquer alteração
b) enquanto as medidas de proteção coletiva que o torne impróprio ao uso; e
estiverem sendo implantadas; e
 cumprir as determinações do empregador sob
c) para atender a situações de emergência. o uso pessoal;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Os Equipamentos de Proteção Individual além de
essenciais à proteção do trabalhador, visando a
manutenção de sua saúde física e proteção contra
os riscos de acidentes do trabalho e/ou de
doenças profissionais e do trabalho, podem
também proporcionar a redução de custos ao
empregador.

É o caso de empresas que desenvolvem


atividades insalubres e que o nível de ruído, por
exemplo, está acima dos limites de tolerância
previstos na NR-15. Neste caso, a empresa
deveria pagar o adicional de insalubridade de
acordo com o grau de enquadramento, podendo
ser de 10%, 20% ou 40%.

Com a utilização do EPI a empresa poderá


eliminar ou neutralizar o nível do ruído já que, com
a utilização adequada do equipamento, o dano
que o ruído poderia causar à audição do
empregado será eliminado.

A eliminação do ruído ou a neutralização em nível


abaixo do limite de tolerância isenta a empresa do
pagamento do adicional, além de evitar quaisquer
possibilidades futuras de pagamento de
indenização de danos morais ou materiais em
função da falta de utilização do EPI.

Entretanto, é importante ressaltar que não basta o


fornecimento do EPI ao empregado por parte do
empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o
empregado de modo a garantir que o
equipamento esteja sendo utilizado.

São muitos os casos de empregados que, com


desculpas de que não se acostumam ou que o
EPI o incomoda no exercício da função, deixam
de utilizá-lo e consequentemente, passam a sofrer
as consequências de um ambiente de trabalho
insalubre.

Nestes casos o empregador deve utilizar-se de


seu poder diretivo e obrigar o empregado a utilizar
o equipamento, sob pena de advertência e
suspensão num primeiro momento e, havendo
reincidências, sofrer punições mais severas como
a demissão por justa causa.

Para a Justiça do Trabalho o fato de comprovar


que o empregado recebeu o equipamento (por
meio de ficha de entrega de EPI), por exemplo,
não exime o empregador do pagamento de uma
eventual indenização, pois a norma estabelece
que o empregador deva garantir o seu uso, o que
se faz através de fiscalização e de medidas
coercitivas, se for o caso.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Acidentes acontecem. Uma criança pode


engasgar com objetos pequenos, ou alguém pode
ser picado por uma abelha. É importante saber
quando a emergência.

Enquanto se espera pela ajuda profissional


chegar, você pode ser capaz de salvar a vida de
alguém, com algum entendimento de primeiros
socorros. Ressuscitação cardiopulmonar (CPR) é
para as pessoas cujos corações ou respiração
pararam e deve ser feito apenas por pessoas que
fizeram o treinamento. A manobra de Heimlich
são para pessoas que estão sufocando.

Você também pode aprender a lidar com lesões


comuns e feridas. Cortes e arranhões, por
exemplo, devem ser lavados com água fria. Para
parar a hemorragia, aplique pressão firme, mas Primeiros Socorros
suave, usando gaze. Se o sangue ensopar a
gaze, adicione mais gaze, mantendo a primeira Se todos soubessem noções básicas de primeiros
camada no local. Continue aplicandopressão. socorros muitas vidas poderiam ser salvas. Iremos
apresentar alguns procedimentos que poderão auxiliá-
É importante ter um kit de primeiros socorros lo em caso de emergência.
disponíveis. Mantenha um em casa e uma em seu
carro. Ele deve incluir um guia de primeiros O objetivo dos Primeiros Socorros é de manter o
socorros. Leia o guia para aprender a usar os paciente com vida ou até a chegada de socorro médico
itens, então você está pronto no caso de apropriado ou até que o ferido chegue até um local
acontecer uma emergência. onde possa ser dado o devido atendimento.

Se você deseja ir além do manual de primeiros É importante mencionar que a prestação de primeiros
socorros, busque em sua cidade cursos para este socorros não deve ser um ato que comprometa a sua
tipo de atendimento, eles podem ser feitos em um vida ou a vida do paciente e, logicamente, não exclui a
curto espaço de tempo. importância de um médico.

FERIMENTOS

Limpe as mãos com água e sabão, se possível utilize


uma luva. Lave o ferimento com água, desinfete com
água oxigenada. Se houver algum corpo estranho
(caco de vidro, farpa, espinho, etc.) remova-o com a
pinça apenas se o objeto foi pequeno e se puder fazei-
lo com facilidade, se não, deixe esta tarefa para o
médico. Depois da aplicação de água oxigenada,
seque o ferimento com um pouco de algodão e aplique
um anti-séptico(Povidine, por exemplo). Se o ferimento
for pequeno cubra com um Band-Aid, se for maior
coloque uma atadura de gaze esterilizada e prenda
com esparadrapo.

TEMPERATURA

A temperatura é o grau do calor que o corpo possui.


Quando a temperatura de uma pessoa está alta (o
normal está entre 36,5 e 37 graus centígrados),
dizemos que ela está com febre.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A febre, em si mesma, não é uma doença, mas Fazendo aplicações de calor várias vezes por dia e
pode ser o sinal de alguma doença. Pode-se mantendo-a imóvel, a articulação atingida por uma
identificar vários sintomas de febre: Sensação de entorse normalmente recupera-se dentro de uma
frio; Mal-estar geral; Respiração rápida; Rubor de semana. Isso se não houver outras complicações,
face; Sede; Olhos brilhantes e lacrimejantes ou como derrame interno, ruptura dos ligamentos ou
Pele quente. mesmo uma fratura. Vale a pena consultar o médico e
providenciar um exame mais completo.
A febre alta é perigosa, pois pode provocar
delírios e convulsões. Quando uma pessoal tiver
febre, podem-se tomar as providências a HEMORRAGIAS
seguir.Se estiver acamada, retire o lençol ou
cobertor. Se for criança pequena, desagasalhe-a, É a perda de sangue devido ao rompimento de um
deixando apenas roupa leve até que a vaso sangüíneo, requer intervenção médica imediata.
temperatura chegue ao normal. Ofereça líquidos à
vítima. Toda pessoa com febre deve beber HEMORRAGIA EXTERNA – É resultante de um
bastante líquido, como sucos. É importante saber ferimento com exteriorização sangüínea. Primeiros
quando a febre começa, quanto tempo ela dura e socorros: Compreensão da área afetada e
como acaba, para melhor informar ao médico. elevação de membro. Ao contrário do que vemos
em muitos filmes não se deve aplicar nenhuma
Ponha panos molhados com água e álcool (meio forma de torniquete, a excessão é apenas quando
a meio) sobre o peito e a testa. Troque-os com um membro é amputado ou esmagado.
freqüência, para mantê-los frios, e continue
fazendo isso até que a febre abaixe. Se houver HEMORRAGIA INTERNA – É resultante de um
condições, dê um banho morno prolongado, em ferimento profundo com lesão de órgão interno.
bacia, banheira ou chuveiro.Você pode ter idéia Sintomas: Pulso fraco e rápido; Pele fria; Sudorese;
da temperatura colocando as costas de uma de Sede; Tonteira.
suas mão na testa da pessoa doente e a outra na
sua testa, Se a pessoa doente tiver febre, você TIPOS DE HEMORRAGIA INTERNA
sentirá a diferença. A febre muito alta e
ESTOMATORRAGIA – Hemorragia proveniente da
persistente é perigosa, você deverá procurar
boca. Primeiros socorros: Dar líquidos gelado para
socorro médico o quanto antes.
a vitima beber.

METRORRAGIA – Hemorragia por via vaginal


ENTORSE
Sintomas: Perda anormal de sangue pela vagina
Os ossos do esqueleto humano estão unidos aos entre os períodos menstruais. Causas:
outros através dos músculos, mas as superfícies Abortamento, gravidez ectópica (nas trompas);
de contato são mantidas umas de encontro às violência sexual;tumores; retenção de membrana
outras por meio dos ligamentos. A vítima de placentárias no parto; ruptura urinária no parto;
entorse sente dor intensa na articulação afetada. traumatismo no parto. Primeiros socorros: Manter a
Acompanhando a dor, surge o edema (inchação). vítima em repouso; Aplicar compressas geladas ou
bolsas de gelo sobre o baixo ventre; providenciar
Quando os vasos sangüíneos são rompidos, a socorro médico.
pele da região pode ficar, de imediato, com
manchas arroxeadas. Quando a mancha escura HEMOPTISE – Hemorragia proveniente dos
surge 24 ou 48 horas após o acidente, pode ter pulmões. Sintomas: O sangue sai em golfadas pela
havido fratura e, nesses casos, deve-se boca, vermelho vivo e espumoso. Primeiros
providenciar ajuda médica, de imediato. As socorros: Bolsa de gelo no tórax; Deitar a vitima de
entorses mais comuns são as do punho, do joelho forma que a cabeça fique mais baixa que o corpo;
e do pé. elevando os baços e pernas.

O Socorrista de uma vítima com entorse deve HEMATÊMESE – Hemorragia proveniente do


imobilizar a articulação afetada como no caso de estômago. Sintomas: O sangue sai pela boca como
uma fratura, e pode colocar gelo ou compressas se fosse borra de café, pode vir ou não com restos
frias no local antes da imobilização. Podemos de alimentos. Primeiros socorros: Bolsa de gelo
também imobilizar a articulação através de abaixo do umbigo.
enfaixamento, usando ataduras ou lenços.
OTÓRRAGIA – Hemorragia proveniente do ouvido.
Não se deve permitir que a vítima use a Primeiros socorros: Compressão à distancia (
articulação machucada.Após o primeiro dia, temporal ou facial). Tapar com algodão ou gaze
podem-se fazer compressas quentes e mergulhar seco Composta.
a parte afetada em água quente, na temperatura
TCE ( traumatismo crânio encefálico) – Sangra
que a vítima suportar.
pouco e o sangue sai com liquor. Primeiros

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
socorros: Lateralizar a cabeça de forma que o eficiente;pode começar a ser feita enquanto você
sangue saia. estiver retirando a vítima da água.

EPISTAXE – Hemorragia proveniente do Vire-a e passe a aplicar-lhe a respiração boca-a-boca.


nariz. Primeiros socorros: Tapar com algodão Se necessário, faça também massagem cardíaca.
ou gaze seco. Comprimir a narina. Assim que a vítima estiver melhor e consciente,
providencie sua remoção para um hospital. Em termos
técnicos: É um acidente de asfixia, por imersão
AFOGAMENTO prolongada em um meio liquido com inundação e
enxarcamento alveolar. O termo asfixia, indica
concomitância de um baixo nível de oxigênio e um
excesso de gás carbônico no organismo. Classificação
Afogar-se não é risco exclusivo dos que não e sintomas do grau de afogamento:
sabem nadar. Muitas vezes até um bom nadador
se vê em apuros por algum problema imprevisto: Grau I ou Benigno: É o chamado afobado. É aquele
uma cãibra, um mau jeito, uma onda mais forte. que entra em pânico dentro d’água, ao menor indicio de
Outras vezes a causa é mesmo a imprudência de se afogar. Esse afogado, muitas das vezes, não chega
quem se lança na água sem saber nadar. E pode a aspirar a água, apenas apresenta-se:
ocorrer, ainda, uma inundação ou enchente, daí
surgindo vítimas de afogamento. 1. Nervoso – Cefaléia (dor de cabeça) – Pulso rápido,
Náuseas/vômitos, Pálido, Respiração e Trêmulo.
Existem dois tipos de materiais que servem para Primeiros Socorros: Muitas das vezes, o afogado é
auxiliar a retirar da água uma vítima de retirado da água, não apresentando queixas. Neste
afogamento: Materiais nos quais a vítima pode caso, a única providência é registrá-lo e orientá-lo.
agarrar-se para ser resgatada: cordas, pedaços Repouso e Aquecimento.
de pau, remo, etc.; materiais que permitem que a
vítima flutue até chegar o salvamento: barcos, 2. Grau II ou Moderado: Neste caso já são notadas
pranchas, bóias, etc. sinais de agressão respiratória e por vez, repercussão
no Aparelho Cárdio-Circulatório, mas consciência
Evidentemente ninguém irá atirar-se à água ao mantida. Os sintomas são: Ligeira Cianose, Secreção
primeiro grito de socorro que ouvir. Você deve Nasal e Bucal com pouca espuma, Pulso Rápido,
proceder de modo exposto a seguir. Providencie Palidez, Náuseas/vômitos, Tremores ou Cefaléia.
uma corda, barco, bóia ou outro material que Primeiros Socorros: Repouso, Aquecimento, Oxigênio e
possa chegar até a vítima. observação em algum Centro Médico.

Caso não disponha de nada disso, parta para 3. Grau III ou Grave: Neste caso o afogado apresenta
outras alternativas. Se souber nadar bem, procure os seguintes sintomas: Cianose, Ausento de secreção
prestar socorro adequadamente. Verifique a Nasal e Bucal, Dificuldade Respiratória, Alteração
existência ou não de correnteza ou de água Cardíaca e Edema Agudo do Pulmão Sofrimento do
agitadas. Certifique-se do estado da vítima: se Sistema Nervoso Central. Primeiros Socorros: Deitar a
está imóvel ou debatendo-se. Mesmo os melhores vítima em decúbito dorsal e em declive, Aquecimento,
nadadores encontrarão dificuldades em nadar Hiper-estender o pescoço, Limpar a secreção Nasal e
contra uma correntezas e águas agitadas e qual a Bucal – Providenciar remoção para algum Centro
melhor maneira de chegar até a vítima. Médico

Uma vítima de afogamento pode estar 4. Grau IV ou Gravíssimo: A vítima apresenta-se em


desacordada quando o salvamento chegar. Se parada Cárdio-Respiratória, tendo como sintomas:
não estiver inconsciente e desacordada, Ausência de Respiração, Ausência de Pulso, Midríase
certamente estará em pânico e terá grande Paralítica, Cianose e Palidez. Primeiros Socorros:
dificuldades de raciocinar. Procure segurá-la por Desobstrução das Vias Aéreas Superiores, Apoio
trás, de forma qual a mesma não possa se agarrar Circulatório Apoio Respiratório, Providenciar remoção
a você e impedi-lo de nadar. para algum Centro Médico.

Quando você chegar à margem com a vítima, seu


trabalho de salvamento ainda não terá terminado. CHOQUE ELÉTRICO
Caso o afogado esteja consciente e só tenha
engolido um pouco de água, basta confortá-lo e Os choques elétricos podem acontecer com freqüência,
tranqüilizá-lo. Se estiver sentindo frio, procure mesmo porque vivemos cercados por máquinas,
aquecê-lo. Em qualquer circunstância, é aparelhos e equipamentos elétricos. Em casos de alta
aconselhável encaminhá-lo a Socorro médico. voltagem, os choques podem ser fortes e causar
queimaduras fortes ou até mesmo a morte.
Se a vítima, no entanto, estiver inconsciente, é
muito provável que apresente a pele arroxeada, Os choques causados por correntes elétricas
fria e ausência de respiração e pulso. Nesses residenciais, apesar de apresentarem riscos menores,
casos, a reanimação tem de ser rápida e devem merecer atenção e cuidado. Em qualquer

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
acidente com corrente elétrica, o tempo gasto Depois disto, os movimentos vão enfraquecendo e a
para prestar socorro é fundamental. vítima recupera-se lentamente. A crise convulsiva pode
acontecer em conseqüência de febre muito alta,
Qualquer demora poderá ocasionar sérios intoxicação ou, ainda, devido a epilepsia ou lesões no
problemas. Muitas vezes a pessoa que leva um cérebro.
choque elétrico fica presa à corrente elétrica. Não
toque na vítima sem antes desligar a corrente Diante de um caso de convulsão, tome as providências
elétrica. Se o Socorrista tocar na pessoa, a seguintes:
corrente irá atingi-lo também. Por isso, é
necessário tomar todo o cuidado. 1. Deite a vítima no chão e afaste tudo o que esteja ao
seu redor e possa machucá-la (móveis, objetos,
Antes de mais nada, o Socorrista deve desligar a pedras, etc.) não impeça os movimentos da vítima.
chave geral ou tirar os fusíveis. Se por acaso não
for possível tomar nenhuma dessas providências, 2. Retire as próteses dentárias, óculos, colares e outras
há ainda alternativas: afastar a vítima do fio coisas que possam se quebradas ou machucar a
elétrico com um cabo de vassoura ou com uma vítima.
vara de madeira, bem secos. Antes, porém,
verifique se os seus pés estão secos e se você 3. Para evitar que a vítima morda a língua ou se
não está pisando em chão molhado. sufoque com ela, coloque-lhe um lenço ou pano
dobrado na boca entre os dentes.
Para afastar a vítima, use algum material que não
conduza corrente elétrica, como por exemplo, 4. No caso de a vítima já ter cerrado os dentes, não
madeira seca, borracha, etc. Em seguida, inicie tente abrir-lhe a boca.
imediatamente o atendimento à vítima.
5. Desaperte a roupa da vítima e deixe que ela se
Deite-a e verifique se ela está respirando, ou se debata livremente; coloque um pano debaixo de sua
precisa de respiração artificial e/ou massagens cabeça, para evitar que se machuque. A pessoa que
cardíacas. Se necessário, aja imediatamente. está tendo convulsões apresenta muita salivação. O
Observe se a língua não está bloqueando a estado de inconsciência não permite que ela engula a
passagem do ar. Logo após, verifique se a vítima saliva.
sofreu alguma queimadura. Cuide das
queimaduras, de acordo com o grau que elas Por isso, é preciso tomar mais uma providência para
tenham sido atingidas. Tendo prestado os evitar que fique sufocada: deite-a com a cabeça de
primeiros socorros você deve providenciar a lado e fique segurando a cabeça nesta posição. Desta
assistência médica. forma a saliva escoará com facilidade. Não dê a vítima
nenhuma medicação ou líquido pela boca, pois ela
As correntes de alta tensão passam pelos cabos poderá sufocar.
elétricos que vemos nas ruas e avenidas. Quando
ocorre em fios de alta tensão, na rua, só a central Cessada a convulsão, deixe a vítima em repouso até
elétrica pode desligá-los. Nestes casos, procure que recupere a consciência. Após a convulsão, a
um telefone e chame a central elétrica, os pessoa dorme e este sono pode durar segundo ou
bombeiros ou a polícia. Indique o local exato em horas. Coloque-a na cama ou em algum lugar
que está ocorrendo o acidente. Procedendo desta confortável e deixe-a dormir.
maneira você poderá evitar novos acidentes.
Em seguida, encaminhe-a à assistência médica. Nunca
Enquanto a corrente não for desligada, mantenha- deixe de prestar socorro à vítima de uma crise epilética
se afastado da vítima, a uma distância mínima de convulsiva, pois sua saliva (baba) não é contagiosa.
4 metros. Não deixe que ninguém se aproxime ou
tente ajudá-la. Somente após a corrente de alta
INSOLAÇÃO
tensão ter sido desligada você deverá socorrer a
vítima. Pode manifestar-se de diversas maneiras: subitamente,
quando a pessoa cai desacordado, maneando a
pulsação e a respiração; ou após o aparecimento de
CONVULSÃO EPILÉTICA
sintomas e sinais como tonturas, enjôos, dor de
A crise convulsiva caracteriza-se pela perda cabeça, pele seca e quente, rosto avermelhado, febre
repentina de consciência, acompanhada de alta, pulso rápido e respiração difícil.
contrações musculares violentas. A vítima de uma
Os sintomas e sinais de insolação nem sempre
crise convulsiva sempre cai e seu corpo fica tenso
aparecem ao mesmo tempo. Normalmente podemos
e retraído. Em seguida ela começa a se debater
verificar apenas alguns. O importante então é que você
violentamente e pode apresentar os olhos virados
saiba exatamente o que fazer no caso de uma pessoa
para cima e os lábios e dedos arroxeados.
passar muito tempo exposta ao sol e apresentar algum
Em certos casos, a vítima baba e urina. Estas sinal de insolação.
contrações fortes duram de dois a quatro minutos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Enquanto você aguarda o socorro médico, costas, pode-se jogar água fria sobre as feridas, para
procure colocar a vítima à sombra, fazer aliviar as dores. Em seguida, remover a vítima para um
compressas frias sobre a sua cabeça e envolver hospital. Se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante
seu corpo em toalhas molhadas. Isso é feito para líquido para beber: água, chá ou sucos. Anime-a e
baixar a temperatura. Em seguida deite a pessoa tranqüilize-a.
de costas, apoiando a cabeça e os ombros para
que fiquem mais altos que resto do corpo. QUEIMADURA POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
(tintas, ácidos, detergentes, etc.) Antes de cuidar dos
O ideal é que a temperatura desça lentamente, ferimentos, é preciso verificar se a substância química
para que não ocorra o colapso, próprio de quedas não reage com água ao invés de ser dissolvida por ela,
bruscas de temperatura. Após ter prestado os só neste último caso é que molhamos todas as peças
primeiros socorros, deve se procura ajuda médica, de roupa que estejam impregnadas pela substância
com urgência. para remove-las sem causar maiores danos. Isso
porque o contato com a roupa pode gerar novas
queimaduras . Depois, devemos lavar o local queimado
QUEIMADURAS com água em abundância, durante 10 a 15 minutos,
para que não reste qualquer resíduo da substância
Denomina-se queimadura toda e qualquer lesão química e, em seguida, proteger as feridas com gaze
ocasionada no organismo humano pela ação curta ou pano limpo. A queimadura nos olhos é um caso
ou prolongada de temperaturas extremas sobre o muito especial. A ação deve ser rápida, para evitar a
corpo humano. As queimaduras podem ser perda parcial o total da visão. Neste caso, devemos
superficiais ou profundas e é possível dividi-las lavar o olho da vítima com bastante água. Depois que a
em diferentes tipos, de acordo com a gravidade. ferida estiver limpa, deve-se colocar sobre ela um
curativo de gaze ou pano limpo.
A gravidade de uma queimadura não se mede
somente pelo grau de lesão, mas também pela
extensão da área atingida. São consideradas CORPOS ESTRANHOS
grandes queimaduras aquelas que atingem mais
de 15% do corpo, no caso de adultos. Para Pequenas partículas de poeira, carvão, areia ou
crianças de até 10 anos, são considerados limalha, grãos diversos, sementes ou pequenos insetos
grandes queimaduras aquelas que atingem mais (mosquitos, formigas, mosca, besouros, etc.), podem
de 10% do corpo. penetrar nos olhos, no nariz ou nos ouvidos. Se isso
ocorrer, tome os seguintes cuidados:
Para avaliar melhor a gravidade de uma
queimadura, você pode adotar a tabela abaixo OLHOS – Nunca esfregue o olho, não tente retirar
Cabeça 9% Pescoço 1% Tórax e abdômen, corpos estranhos no globo ocular.
inclusive órgãos genitais 18% Costas e região
lombar 18% Membro superior direito (braço) 9% Primeiras providências Faça a vítima fechar os olhos
Membro superior esquerdo (braço) 9% Membro para permitir que as lagrimas lavem e removam o corpo
inferior direito (perna) 18% Membro inferior r estranho. Se o processo falhar, lave bem as mãos e
esquerdo (perna) 18%. adote as seguintes providências: pegue a pálpebra
superior e puxe para baixo, sobre a pálpebra inferior,
Se o socorrista souber classificar uma grande para deslocar a partícula; Irrigue o olho com água
queimadura e encaminhar a vítima para um pronto limpa, de preferência usando conta-gotas peça à vítima
socorro, já será de grande valia. Vamos conhecer para pestanejar.
e especificar cada caso e saber como agir em
cada um deles. Se, ainda assim não resolver passe às terceiras
providências: Puxe para baixo a pálpebra inferior,
Os primeiros socorros dependem muito da revirando para cima a pálpebra superior, descoberto o
extensão e causa do ferimento, pequenas corpo estranho, tente retirá-lo com cuidados, tocando-o
queimaduras podem ser colocadas sob água de leve com a ponta úmida de um lenço limpo. SE O
corrente apenas, em nenhum caso o uso de óleos CISCO ESTIVER SOBRE O GLOBO OCULAR, NÃO
ou pomadas não é recomendado. Também não se TENTE RETIRÁ-LO. COLOQUE UMA COMPRESSA
deve furar bolhas e, em acidentes OU PANO LIMPO E LEVE A VÍTIMA AO MÉDICO. OS
automobilísticos, não se deve dar nenhum líquido MESMOS CUIDADOS DEVE, SER TOMADOS
sem antes avaliar outras possíveis lesões. QUANDO SE TRATAR DE CORPO ESTRANHO
ENCRAVADO NO OLHO.
QUEIMADURA POR FOGO Quando a
queimadura for causada por fogo e as roupas NARIZ – Comprima com dedo a narina não obstruída.
estiverem se incendiando, a primeira providência Com a boca fechada tente expelir o ar pela narina em
é, naturalmente, apagar o fogo. Dependendo do que se encontra o corpo estranho. Não permita que a
local do acidente e dos recursos disponíveis, de vítima assoe com violência. Não introduza instrumentos
imediato pode-se usar um cobertor para sufocar na narina (arame, palito, grampo, pinça etc.). Eles
as chamas ou rolar a vítima no chão. Se as poderão causar complicações. Se o corpo estranho não
queimaduras atingirem o tórax, abdômen ou
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
puder ser retirado com facilidade, procure um se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada
medico imediatamente. dez pressões no coração; se houver alguém ajudando-
o, faça um sopro para cada cinco pressões.
OUVIDOS – Não introduza no ouvido nenhum
instrumento (ex.: arame, palito, grampo, pinça, FRATURAS
alfinete), seja qual for a natureza do corpo
estranho a remover. No caso de pequeno inseto, Fratura é uma lesão em que ocorre a quebra de um
o socorro imediato consiste em colocar gotas de osso do esqueleto. Há dois tipos de fratura, a saber: a
azeite ou óleo comestível no ouvido, a fim de fratura interna e a fratura exposta.
imobilizar e matar o inseto. Conserve o paciente
deitado de lado, com o ouvido afetado voltado FRATURA INTERNA (OU FECHADA) – Ocorre quando
para cima. Mantenha-o assim, com o azeite não há rompimento da pele. Suspeitamos de que há
dentro, por alguns minutos, após os quais deve fratura quando a vítima apresenta: Dor intensa;
ser mudada a posição da cabeça para escorrer o Deformação do local afetado, comparado com a parte
azeite. Geralmente, nessa ocasião, sai também o normal do corpo; Incapacidade ou limitação de
inseto morto. Se o copo estranho não puder ser movimentos; Edema (inchaço) no local; este inchaço
retirado com facilidade, o melhor mesmo é poderá ter cor arroxeada, quando ocorre rompimentos
procurar logo um médico. de vasos e acúmulo sangue sob a pele (hematoma);
Crepitação, que provoca a sensação de atrito ao se
tocar no local afetado. A providência mais
PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA recomendável a tomar nos casos de suspeita de fratura
interna é proceder à imobilização, impedindo o
Além de apresentar ausência de respiração e deslocamento dos ossos fraturados e evitando maiores
pulsação, a vítima também poderá apresentar danos.
inconsciência, pele fria e pálida, lábio e unhas
azulados. Como imobilizar:

O que não se deve fazer Não tente colocar o osso “no lugar”; movimente-o o
menos possível. Mantenha o membro na posição
NÃO dê nada à vítima para comer, beber ou mais natural possível, sem causar desconforto para
cheirar, na intenção de reanimá-la. a vítima.

Só aplique os procedimentos que se seguem se Improvise talas com o material disponível no


tiver certeza de que o coração não está batendo. momento: uma revista grossa, madeira, galhos de
árvores, guarda-chuva, jornal grosso e dobrado.
Procedimentos Preliminares
Acolchoar as talas com panos ou quaisquer
Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de material macio, a fim de não ferir a pele.
fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma só
vez, colocando-o de costas no chão. Faça isso O comprimento das talas deve ultrapassar as
com a ajuda de mais duas ou três pessoas, para articulações acima ou abaixo do local da fratura e
não virar ou dobrar as costas ou pescoço, sustentar o membro atingido; elas devem ser
evitando assim lesionar a medula quando houver amaradas com tiras de pano em torno do membro
vértebras quebradas. Verifique então se há fraturado.
alguma coisa no interior da boca que impeça a
respiração. Se positivo, retire-a. Mantenha a Não amarrar no local da fratura. Toda vez que for
pessoa aquecida e acione o serviço de imobilizar um membro fraturado, deixe os dedos
emergência tão logo quanto possível. para fora, de modo a poder verificar se não estão
inchados, roxos ou adormecidos.
RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR
Se estiverem roxos, inchados ou adormecidos, as tiras
Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a deves ser afrouxadas.
outra e localize a extremidade inferior do osso
vertical que está no centro do peito. Em alguns casos, como no da fratura do antebraço, por
exemplo, deve-se utilizar um tipóia, use uma bandagem
Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar triangular ou dobre um lenço em triângulo(seu lenço
a respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da escoteiro por exemplo), envolvendo o antebraço, e
pessoa e fechando as narinas com o indicador e o prenda as pontas deste atrás do pescoço da vítima.
polegar, mantendo o queixo levantado para
esticar o pescoço. Muitos cuidados deve ser tomado em relação à vítima
Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando com perna fraturada. Não deixe que ela tente andar. Se
adequadamente para insuflá-los, pressione o peito for necessário transportá-la, improvise uma maca e
a intervalos curtos de tempo, até que o coração solicite a ajuda de alguém para carregá-la. NOS
volte a bater. CASOS DE FRATURAS DE CLAVÍCULA, BRAÇO E
Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: OMOPLATA, BEM COMO LESÕES DAS

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ARTICULAÇÕES DE OMBRO E COTOVELO, gelatinosa que banha o músculo, encaminha uma
DEVE-SE IMOBILIZAR O OSSO AFETADO partícula de cálcio para dentro das fibras; o cálcio,
COLOCANDO O BRAÇO DOBRADO NA então, ativa enzimas próprias do músculo que quebram
FRENTE DO PEITO E SUSTENTANDO-O COM a ATP. A única questão é haver moléculas de ATP em
UMA ATADURA TRIANGULAR DOBRADA. quantidade suficiente. Existem três fontes de ATP. A
primeira seria uma espécie de estoque particular do
FRATURA EXPOSTA (OU ABERTA) – A fratura é músculo. A segunda é a glicólise: reações dentro do
exposta ou aberta quando o osso perfura a pele. músculo transformam a glicose das fibras ou trazidas
Nesse caso, proteja o ferimento com gaze ou pelo sangue em ATP e ácido lático. Esta é uma
pano limpo antes de imobilizar, a fim de evitar a substância inibidora que, ao se acumular nas fibras,
penetração de poeira ou qualquer outras causa tanta dor que a pessoa não agüenta mais
substância que favoreça uma infecção. Não tente contrair o músculo.
colocar os ossos no lugar. Ao contrário, evite
qualquer movimento da vítima. Procure Esse processo produz grande quantidade de energia,
atendimento médico imediato. mas por tempo limitado. Por isso, é um metabolismo
para atividades que exigem velocidade. Os atletas
FRATURAS ESPECIAIS – Há casos que exigem atenuam os efeitos do ácido lático e por isso suportam
cuidados especiais. São as fraturas de crânio, melhor um acúmulo de da substância. Mas quem não é
coluna, costelas, bacia e fêmur. É muito atleta cede a dor e logo pára. Do contrário, corre o risco
importante que o socorrista saiba identificar os de sentir uma cãibra. Nesses casos de cãibra, dá-se
sintomas e sinais prováveis de cada uma dessas açúcar (glicose) para o paciente, para que rapidamente
fraturas. acabe com a cãibra.

Fratura do crânio – Dores, inconsciência, parada A Cãibra também atacam em plena madrugada,
respiratória, hemorragia pelo nariz (Epistaxe), quando se está quieto, dormindo. Mas aí, o problema é
boca (Estomatorragia) ou ouvido (otorragia) neurológico, uma ordem equivocada para o músculo se
contrair a toda velocidade, provocada muitas vezes por
Fratura de coluna – Dores, formigamento e estresse psicológico.
incapacidade de movimento dos membros (braços
e pernas). Situações vitais
Fratura de costelas – Respiração difícil, dor a Que fazer em caso de acidente
cada movimento respiratório. • Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos
mortais.
Fratura de fêmur e bacia – dor no local, • Afastar os feridos dos locais onde estes possam
dificuldade de movimentar-se e de andar. Ao correr perigo (ex. estradas, fogo).
suspeitar de uma dessas fraturas: Quando não fôr estritamente necessário nunca se
deverá mover um ferido!
Primeiro Socorros: Mantenha a vítima imóvel e • Em caso de acidente de viação deve-se colocar o
agasalhada; não mexa nem permita que ninguém triângulo de sinalização num local bem visível e usar o
mexa na posição da vítima até a chegada de colete de sinalização.
pessoal habitado (médico ou enfermeiro); caso • Caso haja necessidade de chamar uma ambulãncia
não seja possível contar com pessoal habitado, deverá mandar-se um terceiro. Nunca se deve deixar
transporte a vítima sem dobrá-la, erguendo-a um ferido sózinho.
horizontalmente com a ajuda de três pessoas. • Devem verificar-se o tipo e importância das lesões,
coloque a vítima deitada de costas sobre uma controlar o pulso e a respiração do ferido.
superfície dura, como: maca, porta, tábuas, etc. • Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os
Observe a respiração e verifique o pulso da princípios explicados em baixo.
vítima. Se necessário, faça massagem cardíaca e A – Paragem respiratória – desobstruir vias
respiração artificial. No caso de fratura no crânio, respiratórias, praticar respiração artificial.
os procedimentos devem ser os mesmos, mas B – Hemorragias – colocar o ferido numa posição
com o cuidado de não movimentar a cabeça da correcta; aplicar atadura que impeça a hemorragia.
vítima, de jeito nenhum. Providencie transporte C – Estado de choque – tomar medidas preventivas:
adequado e atendimento médico assim que tiver alívio da dor; repouso; protecção do frio.
terminado a imobilização. Lembre-se de que a
vítima sempre deve ser transportada deitada. Na maioria das situações, excepto nos casos de
Durante o transporte, peça ao motorista para suspeita de fractura da coluna vertebral ou do pescoço,
evitar freadas bruscas ou buracos, que poderão deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança
agravar o estado da vítima. (PLS). Posição Lateral de Segurança

1 – Vire o corpo da vítima inconsciente, mas ainda a


CÃIBRA respirar, para a posição lateral de segurança, o que
impedirá que sangue, saliva ou a língua obstruam as
O estímulo nervoso possui determinada vias respiratórias.
eletricidade que, em contato com uma substância 2 – Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ficar mais perto de si. cruze o outro braço sobre o além de acentuada palidez. Se detectado algum
peito. Cruze a perna mais afastada sobre a que desses sinais a acção deve ser imediata e não será
está mais próxima. possível esperar o médico para iniciar o atendimento.

3 – Ampare a cabeça da vítima com uma das O que fazer


mãos e com a outra agarre-a pela anca mais Aplique a massagem cardíaca externa.
afastada.
Como fazer a massagem cardíaca
4 – Vire a vítima de bruços, puxando-a Colocar a vítima deitada de costas em superfície plana
rapidamente para si e amparando-a com os e dura. As mãos do atendente de emergência devem
joelhos. sobrepor a metade inferior do esterno. Os dedos ficam
abertos sem tocar o tórax. A partir daí deve-se
5 – Puxe a testa da vítima para trás, de modo a pressionar vigorosamente, abaixando o esterno e
que a garganta fique direita. Assim, as vias comprimindo o coração de encontro a coluna vertebral.
respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que Em seguida, descomprima. Repetições: quantas forem
permite que a vítima respire livremente. necessárias até a recuperação dos batimentos. É
recomendável a média de 60 compressões por minuto.
6- Dobre o braço que fica mais próximo de si para
lhe sustentar o tronco. Dobre a perna mais Cuidados
próxima para servir de apoio ao abdómen. Retire Em jovens a pressão deve ser feita com apenas uma
o outro braço de debaixo do corpo. das mãos e em crianças com os dedos. Essa medida
evita fraturas ósseas no esterno e costelas. Se houver
Quando há fractura de um braço ou de uma perna parada respiratória juntamente com a cardíaca ambas
ou por qualquer motivo esse membro não puder devem ser realizadas, reciprocamente.
ser utilizado como apoio da vítima na posição
lateral de segurança, coloque um cobertor O que pode causar
enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que Choque elétrico Estrangulamento Sufocação Reações
elevará o corpo desse lado e deixará as vias alérgicas graves Afogamento.
respiratórias desimpedidas.
Paragem respiratória
Os 10 mandamentos do socorrista
Como detectar:
1. Mantenha a calma. Observar os sinais graves: Se o peito da vítima não se
2. Tenha em mente a seguinte ordem de mexer ou se os lábios, face, língua e unhas ficarem
segurança quando você estiver prestando azulados, certamente houve parada respiratória.
socorro: Você é a prioridade (o socorrista). Depois
a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por Como fazer a respiração artificial ou de socorro:
último e nem menos importante, a vítima. Isso Afrouxe roupas, desobstrua a circulação do pescoço,
parece ser contraditório a primeira vista, mas tem peito e cintura. Desobstrua as vias aéreas (boca ou
o intuito básico de não gerar novas vítimas. garganta). Coloque a vítima em uma posição correta.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao Ritmo: 15 respirações por minuto. Observação
atendimento pré-hospital de imediato ao chegar importante: ficar atento para reiniciar o processo a
no local do acidente. Podemos por exemplo discar qualquer momento, caso seja necessário.
3 números: 112.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para Levantar o pescoço com uma das mãos, inclinando a
você e sua equipe, antes de agir no acidente. cabeça para trás. Com a mesma mão, puxe o queixo
5. Mantenha sempre o bom senso. da vítima para cima, impedindo que a língua obstrua a
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo entrada e saída de ar. Coloque a boca sobre a boca.
ajuda e afastando os curiosos. Feche bem as narinas da vítima com o polegar e o
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que indicador. Depois sopre dentro da boca até que o peito
poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-se-ão se levante e deixe que o indivíduo expire livremente.
mais úteis. Repita o processo na freqüência de 12 a 15 vezes por
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de minuto (aproximadamente 1 insuflação de 5 em 5
forma imprudente, com pressa). segundos).
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência
àquelas que correm maior risco de vida como, por Durante a insuflação deve verificar-se se a caixa
exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou tóraxica se eleva indicando nesse caso que a via
que estejam sangrando muito. respiratória se encontra livre.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o Em certos casos, por exemplo, na presença de vómitos
mandamento). ou de lesões na cara, a insuflação pode ser praticada
através de um lenço ou qualquer pedaço de pano
Paragem cardíaca colocado sobre a boca do acidentado.
Se a existência de lesões na cara, ou outros motivos,
Sinais e sintomas não permitirem praticar a respiração boca a boca,
Ausência de pulso e dos batimentos cardíacos, insuflar-se-á o ar pelo nariz. Neste caso, coloca-se uma

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
mão uma mão sobre a sua fronte para manter a Procedimento: iniciar imediatamente a respiração boca-
cabeça inclinada para trás, e com a outra tapa-se a-boca. Soterramento Procedimento: fazer respiração
a abertura bocal. Para não lhe comprimir as asas boca-a-boca vigorosamente, evitando novos
do nariz, abre-se a sua boca ao máximo. desmoronamentos. Tentar liberar o tórax da vítima.
Quando se suspeitar que existe uma lesão das Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do
vértebras cervicais, procura-se fazer com que as bebê, da criança, do adulto Procedimento: desobstruir
vias respiratórias fiquem livres elevando com as vias aéreas e iniciar a respiração artificial.
cuidado o maxilar da vítima, introduzindo-lhe o
polegar na boca ou pegando-lhe pelo ângulo do Estado de choque
queixo.
Sinais e sintomas
Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração curta,
Com crianças pequenas rápida e irregular, visão turva, pulso rápido e fraco,
Deitar a criança com o rosto para cima e a cabeça semiconsciência, vertigem ou queda ao chão, náuseas
inclinada para trás. Levantar o queixo projetando- ou vômitos.
o para fora. Evitar que a língua obstrua a
passagem de ar. Colocar a boca sobre a boca e o O que fazer
nariz da criança e soprar suavemente até que o
pumão dela se encha de ar e o peito se levante.
Deixe que ela expire livremente e repita o método 1 – Avaliar rapidamente o estado da vítima e
com o ritmo de 15 respirações por minuto. estabelecer prioridades.
Pressione também o estômago para evitar que ele 2 – Colocar a vítima em posição lateral de segurança
se encha de ar. (PLS) se possível com as pernas elevadas.
3 – Afrouxar as roupas e agasalhar a vítima.
Cuidados: 4 – Lembre-se de manter a respiração. Fornecer ar
puro, ou oxigênio, se possível.
5 – Se possível dê-lhe líquidos como água, café ou
Mantenha a vítima aquecida e afrouxe as roupas chá.
dela. Aja imediatamente, sem desanimar.
Mantenha a vítima deitada. Não dê líquidos para a O que pode causar
vítima inconsciente. Nunca dê bebidas alcoólicas Queimaduras, ferimentos graves ou externos
logo após recobrar a consciência. São Esmagamentos Perda de sangue Envenenamento por
aconselháveis café ou chá. O transporte da vítima produtos químicos Ataque cardíaco Exposições
é desaconselhável, a menos que seja possível extremas ao calor ou frio Intoxicação por alimentos
manter o ritmo da respiração de socorro. A Fraturas
posição precisa ser deitada. Procure um médico e
transporte a vítima quando ela se recuperar. Desmaio

O que pode causar: Pode ser considerado um leve estado de choque.

Sinais e sintomas
Gases venenosos, vapores químicos ou falta de Palidez, enjôo, suor constante, pulso e respiração
oxigênio. Procedimento: remover a vítima para fracos.
local arejado e fora de perigo de contaminação.
O que fazer
Em seguida, aplique a respiração artificial pelo
método boca-a-boca.
Afogamento Procedimento: retirar a vítima da 1 – Colocar a vítima em Posição lateral de segurança
água. Inicie a respiração artificial imediatamente com as pernas elevadas.
assim que ela atinja local plano, como por 2 – Abaixar a cabeça e realizar leve pressão sobre a
exemplo, no próprio barco. Agasalhe e comprima nuca.
o estômago, se necessário, para expulsar o 3 – Desapertar as roupas que estejam apertadas.
excesso de água.Sufocação por saco plástico 4 – Nunca se deve dar de beber a uma pessoa
Procedimento: rasgar e retirar o saco plástico, desmaiada! Apenas quando recuperar o conhecimento
depois iniciar a respiração boca-a-boca. (quando fôr capaz de segurar o copo por ela própria).
Choque elétrico Procedimento: não tocar na
vítima até ter a certeza que ela não está mais em O que pode causar
contato com a corrente. Pode-se desligar a Emoções súbitas, fadiga, ar sufocante, dor, fome ou
tomada quando possível ou tentar afastar a vítima nervosismo.
do contato elétrico com uma vara ou algo
semelhante que não seja condutor elétrico. Em
seguida inicie a respiração artificial.
Abalos violentos resultantes de explosão ou
pancadas na cabeça e envenenamento por
ingestão de sedativos ou produtos químicos

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
onde você trabalha no momento de encerrar o
expediente ou de onde você mora, quando se ausentar
por mais tempo do que o normal. Desligue-os, também,
das tomadas.

Cigarros: um simples cigarro tem provocado grandes


tragédias. Ao terminar de fumar apague completamente
o que restou do cigarro. Não o deixe queimando no
cinzeiro. Ao despejar cinzas e pontas de cigarro na
lixeira verifique se não há resquícios de brasa.
NOÇÕES BÁSICAS DE PREVENÇÃO DE
INCÊNDIO Lixeiras: não deixe o lixo acumular, nem jogue na
lixeira panos ou papéis impregnados de líquidos
A grande necessidade, desde há muito inflamáveis, pois tudo isto constitui grande perigo.
comprovada, de ajudar o homem a agir com
conhecimento e calma no combate ao incêndio Líquidos inflamáveis: muito cuidado ao manusear
levou o Serviço de Engenharia de Segurança e álcool, solventes, removedores e líquidos inflamáveis
Medicina do Trabalho (SESMT) a elaborar este em geral. Não os deixe perto de fogo. Cuidado com seu
manual. Longe de ser um compêndio complicado, armazenamento.
o SESMT reuniu uma série de informações
básicas sobre o conceito e a natureza do fogo, Quando a prevenção falha e acontece o início do fogo,
bem como os equipamentos e métodos então temos que agir. A finalidade deste manual é
necessários para combatê-lo em casos de ajudar a agir com conhecimento, calma e racionalidade,
emergência. Esperamos que, a curto prazo, este sempre que houver início de fogo. O homem tem de
manual possa ser de grande ajuda para que o conhecer a natureza do fogo e os equipamentos
homem saiba como enfrentar um incêndio, necessários de que dispõe para combatê-lo enquanto
tomando consciência das principais providências pequeno.
a serem tomadas tão logo o fogo se manifeste. O
modo correto de extinguir o fogo significa a CONCEITO DE FOGO
salvação de muitas vidas humanas. Leia
atentamente as instruções e procure divulgá-las Fogo é um tipo de queima, de combustão. É uma
no seu ambiente de trabalho. reação química de oxidação exotérmica (com
desprendimento de energia). Para que haja fogo são
RESUMO: necessários três elementos essenciais: combustível,
calor e comburente. A eliminação de qualquer um
desses elementos apaga o fogo. Para entendermos
melhor como se forma o fogo, vejamos o triângulo do
INTRODUÇÃO fogo.

O fogo é tanto útil como destruidor. Sob controle, Combustível: é o que alimenta o fogo, facilita sua
presta grandes serviços, desde o simples fogão propagação e pode ser:
doméstico até as fundições, fornalhas e outras
operações industriais. Descontrolado, isto é, a) Líquido: álcool, éter, gasolina, etc.
quando chamamos de incêndio, causa prejuízos e b) Sólido: madeira, papel, tecido, etc.
as vezes grandes sinistros, envolvendo muitas c) Gasoso: butano, propano, etc.
vidas humanas. Devemos lembrar sempre que "o
incêndio acontece onde a prevenção falha". O Comburente: é o elemento ativador do fogo.
ideal é realizar um bom trabalho de prevenção de
incêndio evitando-se assim o começo do fogo.A Calor: é uma forma de energia. Provoca o início do
seguir descrevemos as principais causas de um incêndio mantendo e incentivando a sua propagação.
incêndio:

Sobrecarga elétrica: evite ligar dois ou mais


aparelhos numa só tomada, pois isto
sobrecarrega o sistema elétrico, provocando
superaquecimento dos fios com possibilidade de
curto-circuito.

Fusíveis: quando um fusível queima


seguidamente é porque há problema de
instalação elétrica. Jamais reforce os fusíveis pois
anularia sua função de segurança.

Equipamentos elétricos: desligue


completamente os equipamentos elétricos de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TIPO DE
CLASSE SÍMBOLO EXEMPLOS EQUIPAMENTO A UTILIZAR
FOGO


CO2 (GÁS ESPUMA
ÁGUA QUÍMICO
CARBÔNICO) MECÂNICA
"BC"

Materiais
Madeira, papel,
sólidos de fácil SIM NÃO NÃO SIM
roupas, etc.
combustão

Líquidos
Gasolina, álcool,
inflamáveis e NÃO SIM SIM SIM
solventes, etc.
gases

Computador,
Equipamentos
aparelhos
elétricos NÃO SIM SIM NÃO
eletrodomésticos,
energizados
motores, etc.

CLASSES DE INCÊNDIO

Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis. somente com o
conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir método para uma
extinção rápida e segura.

Incêndios de classe A: são os incêndios em materiais sólidos de fácil combustão, com


a propriedade de queimarem em superfície e profundidade, deixando resíduos (cinzas,
brasas, etc.). Exemplos: tecido, madeira, papel, fibras, etc.

Nestes incêndios deve-se usar um agente extintor que tenha poder de penetração,
eliminando o calor existente. Portanto é recomendável a água, ou outro agente que a
contenha em quantidade.

Incêndios de classe B: são os incêndios que acontecem em materiais gasosos e


líqüidos inflamáveis, produtos que se queimam somente na superfície e não deixam
cinzas.

Exemplos: óleos, graxas, vernizes, gasolina, tintas, thinner, etc. O método de extinção
do da classe B é por abafamento e os extintores mais indicados são os de espuma, pó
químico seco (PQS) e gás carbônico (CO2).

Incêndios de classe C: são incêndios que ocorrem em materiais energizados, por onde
passa corrente elétrica, como motores, geradores, transformadores, etc.

O método de extinção adequado para o da classe C deve ser por meio de um extintor
que não conduza corrente elétrica como é o caso do pó químico seco (PQS) e do gás
carbônico (CO2). É importante que não se utilizem qualquer extintor à base de água,
pois a água é condutora de eletricidade, o que põe em risco de vida do operador do
equipamento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
material que atinge. Neste extintor
a água é acondicionada em cilindro
metálico, o qual possui um gatilho
para controle do jato, bem como
um dispositivo para dirigi-lo e um
Os agentes extintores que atuam nestes materiais manômetro que indica a pressão
são agentes especiais, que isolam do ar o metal que se encontra o líquido no seu
combustível, interrompendo a combustão. interior. Deve ser inspecionado a
cada seis meses, inspeção que
Métodos de Extinção do Fogo consiste em verificar a pressão
indicada no manômetro.
Métodos de extinção do fogo:
Modo de usar:
Resfriamento: quando se retira o calor. É um dos 1º - Leve sempre o extintor ao local
métodos mais eficientes de extinção de incêndio, do fogo.
ou seja, quando baixamos a temperatura do 2º - Coloque-se com o extintor a
combustível até o ponto em que não existam mais uma distância segura do local do
condições de desprendimentos de gases ou fogo.
vapores quentes. A água, largamente usada no 3º - Retire a trava de segurança,
combate a incêndios, é um dos mais eficientes aperte a alavanca e empunhe a
agentes resfriantes. mangueira.
4º - Dirija o jato para a base das
Isolamento: quando se retira o material chamas. Caso queira estancar o
(combustível) que poderia ser atingido pelo fogo, jato basta soltar a alavanca
evitando a sua propagação para outras áreas.
b) extintor de espuma: age tanto
Abafamento: quando se retira o comburente por resfriamento (sendo indicado
(oxigênio), abaixando os níveis de oxigenação da para incêndios da classe A) quando
combustão. O oxigênio é encontrado na atmosfera for abafamento (sendo então
na proporção de 21%. Quando esta porcentagem indicado para incêndios da classe
é limitada ou reduzida a 8%, o fogo deixa de B). Não pode ser utilizado em
existir. incêndios da classe C, ou seja, em
equipamentos energizados e tem a
EXTINTORES DE INCÊNDIO desvantagem de danificar o
material que atinge. A espuma para
São aparelhos que contêm os agentes extintores
combate a incêndio é um agregado
de incêndios, ou seja, certas substâncias
de bolhas cheias de gás, geradas
químicas sólidas, líquidas ou gasosas, utilizadas
de soluções aquosas. Sua
na extinção de um incêndio. Eles podem ser
densidade é menor do que a dos
aparelhos portáteis de utilização imediata
líquidos inflamáveis e combustíveis.
(extintores), conjuntos hidráulicos (hidrantes) ou
É utilizada principalmente, para
dispositivos especiais (sprinklers e sistemas fixos
formar uma capa flutuante de
de CO2).
cobertura. Extingue o incêndio
Os extintores devem estar: neste líquido, cobrindo e resfriando
- visíveis (bem localizados); o combustível, de forma a
- desobstruídos (livres de qualquer obstáculos que interromper a evolução dos vapores
possa dificultar o acesso até eles); e impedir o acesso do oxigênio.
- sinalizados (para melhor visualizá-los caso não
Modo de usar:
estejam visíveis).
1º - Leve o extintor até o local do
Extintores de incêndio portáteis: são os aparelhos fogo sem invertê-lo.
de mais fácil e rápida utilização. Existem vários 2º - Inverta o extintor somente
tipos. Vejamos os mais comuns: quando chegar ao local do fogo,
direcionando a válvula para a base
das chamas.
a) extintor de água pressurizada: 3º - A espuma flutua na maioria dos
age por resfriamento. É indicado combustíveis líquidos, por isso,
para incêndios da classe A, por quando se tratar de recipiente com
penetrar nas profundidades do líquido inflamável ou combustível,
material, resfriando-o. Não pode dirija o jato contra um anteparo.
ser utilizado em líquidos Assim, a espuma vai chocar-se
inflamáveis e equipamentos contra ele, escorrer e flutuar sobre
elétricos. Tem a desvantagem, em o líquido em chamas, abafando-o.
alguns casos, de danificar o O jato disparado só estanca
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
quando esgotada a carga espalhar o material em chamas,
facilitando a propagação das
mesmas. Também não deve ser
instalado em ambientes onde a
temperatura possa atingir mais de
50ºC, pois sua válvula de
segurança poderá romper-se,
permitindo a saída de gás. Em
recintos pequenos e fechados pode
acontecer gás de CO2 reagir com o
c) extintor de pó químico seco: oxigênio e tornar o ambiente
age por abafamento. Sua ação asfixiante.
consiste na formação de uma
nuvem sobre a superfície em Modo de usar:
chamas, reduzindo a porcentagem 1º - Retire o pino de segurança
de oxigênio disponível. Pode ser quebrando o arame do selo de
utilizado nas três classes de lacre.
incêndio, embora seja mais 2º - Retire o esguicho (difusor) do
eficiente nas classes B e C. É seu suporte, empunhando-o com
corrosivo, danificando o material uma das mãos, na manopla.
que atinge, não devendo ser 3º - Com o extintor na posição,
empregado em aparelhos elétricos acione a válvula e com a outra mão
delicados (relés, filamentos, dirija o jato para a base do fogo,
centrais telefônicas, computadores movimentando o difusor
e outros). É tóxico, devendo ser
evitado em canais fechados. Esse Obs.: as imagens dos extintores são ilustrativas. A
extintor pode ser de pressão etiquetagem, o formato e a cor utilizada pode variar de
injetada ou extintor de pó fabricante a fabricante.
pressurizado internamente. Extintores de carreta: são extintores de grande
volume. para facilitar o seu transporte, são montados
Modo de usar: sobre rodas, formando uma carreta. Devido ao seu
1º - Leve o extintor ao local do fogo.
porte, são operados por dois elementos. Como
2º - Se o extintor for do tipo
acontece com os extintores normais, os tipos mais
pressurizado, retire o pino de comuns são:
segurança.
3º - Se for do tipo pressão injetada, a) Carga líquida - espuma , soda ácida e água
desatarraxe a válvula da garrafa pressurizada: sua capacidade é de 75 a 150 litros e seu
externa, segurando a mangueira jato tem alcance de 10 a 15 metros com duração de
com a válvula acionada, para evitar três minutos.
seu entupimento e um possível
acidente. Modo de usar: Deve ser operado por duas pessoas. O
4º - Aperte o gatilho e dirija o pó elemento "A" abre o registro, enquanto o elemento "B"
procurando cobrir o fogo, tira a mangueira. O elemento "A" deixa a carreta e o
principalmente se for da classe B elemento "B" ataca o fogo.

d) Extintor de CO2: age por b) Gás Carbônico - CO2: consiste em um extintor


abafamento, expelindo CO2 , comum de CO2 de porte maior, com grande extensão
reduzindo a concentração de de mangueira.
oxigênio do ar. O CO2 é mais
pesado que o ar (por isso desce Modo de usar: Deve ser operado por duas pessoas. O
sobre as chamas). É inodoro, elemento "A" controla o registro enquanto o elemento
incolor e não conduz eletricidade. É "B" coloca a mangueira na posição para atacar o fogo.
especialmente indicado nos
incêndios de classe C e B, podendo c) Pó químico seco (PQS): é um extintor de pó em
ainda ser usado na classe A com escala maior, com a diferença de possuir mangueira
ação positiva. Tem a vantagem de mais extensa e válvula redutora de pressão. É
nunca danificar o material que fabricado em modelos para diferentes capacidades.
atinge, podendo ser empregado em Seu jato chega a alcançar 10 metros.
aparelhos delicados (relês,
Modo de usar: Deve ser operado por duas pessoas. O
filamentos, centrais telefônicas,
elemento "A" abre o registro da garrafa, enquanto o
computadores e outros) sem
elemento "B" posiciona a mangueira e ataca.
danificá-los. O extintor de CO2 não
Observação: Na colocação das carretas deve-se
deve ser usado em materiais leves
e soltos pois seu "sopro" poderá

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
sempre observar o livre acesso a qualquer ponto 3. Confirmar a existência de engates rápidos (juntas
do local de sua instalação. Storz) em número suficiente;
4. Controlar a periodicidade das vistorias das
OUTROS DISPOSITIVOS DE COMBATE A mangueiras por empresas credenciadas pelo Inmetro;
INCÊNDIO: 5. Controlar a periodicidade das vistorias de extintores
por empresas credenciadas pelo Inmetro;
Hidrantes: são dispositivos existentes em redes 6. Checar a etiqueta de identificação, a ficha de
hidráulicas, que facilitam o combate ao fogo. O controle de inspeção e a sinalização dos extintores:
sistema de hidrantes é composto de um 7. Manter, em cada turno de trabalho, um ou mais
reservatório que pode ser elevado ao subterrâneo, funcionários do Condomínio inteiramente habilitados a
de um conjunto de canalização, de mangueiras, manejar as mangueiras ou os extintores da maneira
esguichos, registro, engate de mangueira e correta e adequada a cada tipo de incêndio;
abrigo. 8. Garantir a existência de boas condições físicas de
escape: corrimãos, fitas antiderrapantes, luzes de
Modo de usar: emergência potentes e com boa autonomia;
1º - Localize a mangueira 9. No caso de Condomínios de construção mais
2º - Desenrole-a recente, cuidar da manutenção do sistema de portas
3º - Conecte a mangueira ao hidrante corta-fogo e exaustão de fumaça;
4º - Estique totalmente a mangueira 10. Checar periodicamente as condições do sistema de
5º - Combata as chamas, dirigindo o jato à base pára-raios e sua manutenção regular;
do fogo 11. Criar um Grupo de Coordenação e Controle de
Emergências, para definir todas as tarefas a serem
Dispositivos especiais (Sprinklers): são
executadas em casos de emergência (controle da parte
também conhecidos como "chuveiros Sprinklers".
elétrica, da parte hidráulica, das comunicações (interna
Esse sistema consiste na distribuição de
e com os Bombeiros), de segurança, etc.); e
encanamentos ligados a um encanamento central,
12. Elaborar um plano de escape e, se possível, de
do qual saem ramificações de tubos cujos
realização de simulações.
diâmetros diminuem à medida que se afastam da
linha principal. Nessas ramificações são
instalados bicos, peças dotadas de dispositivo
sensível à elevação de temperatura e destinadas
a espargir água sobre a área incendiada, quando
acionadas pelo aumento da temperatura
ambiente.

PROCEDIMENTOS

Como proceder em caso de emergência

Tão cedo o fogo se manifeste, as seguintes


providências devem ser tomadas:

Mantenha a calma. Ande, não corra.


Desligue inicialmente o sistema elétrico (sempre
que possível)
Retire os ocupantes do local atingido.
Desça sempre pelas escadas.
Nunca use elevadores.
Inicie imediatamente o combate ao princípio do
incêndio, se você tem os conhecimentos básicos
para tal.
Em caso de incêndio avise imediatamente o
Corpo de Bombeiros (telefone 193).

CHECK-LIST PARA CONDOMÍNIOS


RESIDENCIAIS

1. Verificar se há fluxo de água nas mangueiras


com pressão suficiente para atingir o foco de
incêndio a uma distância que proteja o operador
(às vezes, obstruções são descobertas nessa
simulação);
2. Checar se um lance de mangueira é suficiente
para atingir todo o pavimento, ou se é necessário
um segundo lance;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Os rios e florestas são tão, ou mais, frágeis que os
oceanos e mares. Os rios sofrem com a degradação
através da poluição de esgoto residencial e industrial e
assoreamento, extinguindo espécies que não vivem em
outras bacias do Brasil.

Conservação do Meio Ambiente As florestas também abrigam espécies endêmicas, que


A conservação do meio ambiente e a manutenção sofrem com o desmatamento ou mesmo com a redução
de sua saúde são os pontos mais importantes da sua área, já que muitas regiões possuem terras
para a sobrevivência das populações de vários muito pobres em calcário e os animais necessitam de
moluscos. áreas maiores para se desenvolver. Algumas matas
Como é geralmente observado em populações de estão completamente mortas, muito embora pareçam
bivalves nas mais diversas praias brasileiras, as saudáveis. Tente encontrar algum sinal de vida em
condições da água devem influenciar no tamanho uma área reflorestada com pinheiros ou eucalipto!
médio das conchas. Populações de Donax Outro fator que nas últimas décadas passou a atuar
hanleyanus que vivem nas praias paulistas, que sobre o meio ambiente foi a introdução de espécies
sempre estão impróprias para banho, são em alienígenas, que competem por espaço e alimento com
média muito menores que as encontradas em as espécies nativas e que não possuem inimigos
algumas praias no sul do país, que têm melhores naturais para controlar seu crescimento, como a
condições de água ao longo do ano. Achatina fulica. Com matas e florestas tão inacessíveis,
É claro que este não é o único fator que age sobre seu controle é quase impossível.
estas populações, existem também influência da
temperatura da água e da disponibilidade de
alimento. Outros exemplos também podem ser
citados para espécies que vivem próximas ao
litoral quando comparadas à populações que
vivem em ilhas bastante afastadas da costa, em
que correntes devem trazer água mais saudável.

Uma teoria que precisa ser ainda melhor estudada


é a da sazonalidade, onde populações
principalmente de bivalves, simplesmente
desaparecem de um habitat, as vezes por longos
períodos, e voltam àquele local posteriormente.
Em uma reunião da Sociedade Brasileira de
Malacologia, nos anos 80, o já falecido Dr.Walter
Narchi, apresentou seus estudos sobre
Mactrellona alata, onde afirmava que ela possuía
ciclos de ocorrência de 30 anos.
Isto acaba produzindo um alarde muito grande por
parte de alguns ecologistas, que incluem espécies
em listas de animais em perigo de extinção sem o
devido conhecimento ou estudo da dinâmica da
natureza.

A saúde de
mares, rios e
florestas,
afeta várias
populações
de moluscos
importantes
comercialme
nte, que tem
suas
populações
reduzidas, afetando principalmente as
comunidades ribeirinhas extrativistas. Como a
maior parte das espécies de moluscos explorados
no Brasil são de bivalves filtradores, o homem
acaba absorvendo toda esta carga de poluentes e
metais pesados armazenada pelos moluscos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
opinião", "de acordo com a minha experiência", etc.

c) Ponto de vista econômico-administrativo: Antes de


iniciar qualquer trabalho de equipe devem ser
esclarecidos e combinados entre os membros do
grupo, ou com a direção, conforme o caso, os
I - O INDIVÍDUO seguintes pontos:
Sendo o grupo composto de indivíduos, é - repartição das responsabilidades e hierarquia; e,
evidente que o seu êxito depende, estreitamente,
das atitudes dos indivíduos que o compõe. - condições econômicas do trabalho (salário, regalias,
etc.)
São várias as condições pessoais necessárias ao
indivíduo, a fim de que o Grupo venha a ter êxito
na sua produção.
3) O INTERESSE PELA ATIVIDADE DO GRUPO:
1) A SIMPATIA:
A produção dos indivíduos está estreitamente ligada ao
Os fatores que levam dois indivíduos a se INTERESSE que têm pelo trabalho e os objetivos do
simpatizarem são ainda pouco conhecidos. grupo. Na origem destes interesses podem existir
MOTIVOS diferentes, tais como:
Segundo alguns, eles dependem do ponto de
vista pelo qual se encara a pessoa. a) A necessidade de contato social e o desejo de servir
ou de ser agradável a outrem.
Assim, uma senhora pode ser antipática a um
pintor porque é feia, mas, pode ser considerada Este último tipo é o que encontra maiores motivos de
simpática a um pianista porque ambos gostam satisfação no trabalho em coletividade.
das mesmas músicas.
b) O desejo de ser admirado e aprovado pelo grupo –
Para alguns psicólogos, as nossas simpatias dificilmente compatível com o espírito de cooperação
antipatias estão guiadas, inconscientemente, por necessário nas relações humanas. Este, em geral, é
amigos e parentes parecidos com as pessoas individualista.
com as quais se formou o sentimento.
c) O desejo de posse, de ganhar dinheiro, que leva os
O fato é que a simpatia existe e, por conseguinte, indivíduos a formar sociedade cujo único objetivo é o
precisa ser considerada como uma das condições lucro.
individuais indispensáveis ao trabalho coletivo.
d) A necessidade de atividade e de realização que leva
2) PREPARO DO INDIVÍDUO: os indivíduos a promoverem reformas e tomarem
iniciativas.
Há vários pontos de vista a considerar para que
os indivíduos tenham êxito no trabalho em equipe: e) O instinto sexual capaz de estimular os indivíduos
para enfrentarem as difíceis situações e resolverem os
a) Ponto de vista lingüistico: É necessário o mais sérios problemas, como também para criar
perfeito entendimento entre os indivíduos, embaraços e situações perigosas.
principalmente em se tratando de trabalho
intelectual, esclarecendo-se então as palavras f) O instinto de conservação, de sobrevivência, que se
sobre o seu real significado ou a ainda a encontra na formação dos grupos, e existe, ainda hoje,
terminologia mais utilizada no serviço. em muitos casos.
Desentendimentos graves têm surgido entre
indivíduos que, em demoradas discussões, deram g) O instinto maternal leva muitas mulheres que não
significados diferentes à mesma palavra ou termo. puderam Ter filhos a fazer parte de patronatos, clubes
de assistência à infância ou, a cuidar pessoas com
b) Ponto de Vista psicossocial: As pessoas carinho especial.
integrantes do grupo devem estar conscientes das
principais dificuldades sociais que podem surgir h) O instinto combativo pode levar, por exemplo, à
durante o trabalho e, principalmente, saber formação de grupos de indivíduos com o único fim de
superar as frustrações provenientes do atrito das lutar contra os outros. É "socializado" nas equipes
tendências ou instintos dos componentes dos esportivas (futebol, etc.) e em certos grupos
grupos. Devem conhecer-se suficientemente, de profissionais (polícia, exército, etc.)
maneira que não provoquem problemas
originários do temperamento ou dos próprios i) Os "metamotivos" ou "motivos transpessoais" são
complexos. talvez os mais poderosos e no entanto os mais
ignorados.Trata-se dos grandes ideais da humanidade
Evitar discussões em plano pessoal, excluindo contidos em valores tais como: Verdade, Justiça,
expressões tais como: "eu acho que", "na minha
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Beleza, Integridade, Simplicidade, Totalidade, indivíduos, se enfrentam INSTINTOS muito potentes,
Alegria, Perfeição, Honestidade, Transcendência, primitivos como os do tempo dos trogloditas, mas que
Paz, Amor. podem, hoje em dia, quando inteligentemente

Observa-se, por exemplo, que filmes ou peças de canalizados, tornar harmonioso o trabalho em grupo, e,
teatro que contêm estes valores no seu script são por conseguinte, produtivo.
justamente os que alcançam recordes de
bilheteria. Assim também as organizações que Quando prejudicado o trabalho em equipe, baixa o
cultivam estes valores em relação ao público rendimento até parar a produção.
interno e externo são as que maior êxito
conseguem: os dirigentes que os cultivam em si Cabe ao líder reconhecer, harmonizar e aproveitar
mesmos são os mais seguidos; os funcionários ou esses instintos, a fim de que o
empregados que deles vivem imbuídos jamais são
dispensados, pois fazem do seu trabalho uma rendimento do grupo seja o máximo, graças à criação
verdadeira missão, vivem em paz e transmitem de ambiente de amizade, de ajuda recíproca e de
esta paz aos outros. compreensão mútua.

É claro que estes valores têm que ser aplicados Por este fato, o líder, dentre os indivíduos componentes
com sinceridade absoluta; se forem apenas da equipe, é especial.
objetos de representação, máscara para
4) "OS 10 MANDAMENTOS DE UM MEMBRO DE
manipulação das pessoas, um dia ou outro serão
GRUPO":
descobertos. Mais do que nunca se aplica neste
caso a famosa afirmação de Bernard Shaw: I – Respeitar o próximo como ser humano;
"Podes enganar a um todo o tempo; podes
enganar a alguns, algum II – Evitar de cortar a palavra a quem fala, esperar sua
vez;
tempo; mas não podes enganar a todos, todo o
tempo". III – Controlar as suas reações agressivas, evitando ser
indelicado ou irônico;
Temos, desenvolvidos dentro de nós, todos estes
instintos, ou tendências, ou vários deles, dosados IV – Evitar o "pular" por cima de seu chefe imediato,
harmonicamente ou com predominância de quando o fizer dar uma
algum, de acordo com o temperamento individual
e a educação recebida. Neles está fixada a razão explicação;
de nossa atividade diária, dela podendo originar-
se trabalho construtivo ou destrutivo. V – Procurar conhecer melhor os membros de seu
grupo, a fim de compreendê-los
Um indivíduo, por exemplo, pode fazer parte de
uma equipe de policiais, levado pelo e de se adaptar à personalidade de cada um;

prestígio do uniforme ou por ter ocasiões de entrar VI – Evitar o tomar a responsabilidade atribuída a outro,
em combate, ou então para ver seu nome citado a não ser a pedido deste
no jornal.
ou em caso de emergência;
Uma enfermeira se interessará pela sua profissão,
ou para ganhar dinheiro, ou pelo desejo de se VII – Procurar a causa das suas antipatias, a fim de
casar com um médico, ou pelo instinto maternal, vencê-las;
ou pelo prestígio que oferece a profissão, ou por
necessidade de contato social, ou ainda por VIII – Estar sempre sorridente;
interesse em combater certo de tipo de doença.
IX – Procurar definir bem o sentido das palavras no
Num trabalho social, estes instintos, quando mal caso de discussões em grupo,
aproveitados, podem desintegrar a própria equipe.
para evitar mal-entendidos;
A ambição, aliada a forte instinto combativo,
arrisca a criar rivalidades prejudiciais, no caso de
X – Ser modesto nas discussões, pensar que talvez o
dois indivíduos pretenderem disputar o mesmo
outro tenha razão e, se não, procurar compreender-lhe
cargo. Diferentes mulheres, trabalhando sob a
as razões.
direção do mesmo chefe, podem, consciente ou
inconscientemente, vir a se odiar, tendo o ciúme II - COMO PARTICIPAR DE UM GRUPO DE
por origem, travando luta velada entre si, TRABALHO
procurando cada uma se aproximar o mais
possível do chefe. Viver com os outros nem sempre é coisa fácil. Mais
difícil, ainda, é trabalhar com pessoas estranhas, em
Os componentes de qualquer equipe de trabalho contato quase diário, sobretudo quando não estamos
devem ter em mente que, atrás dos contatos entre preparados para isto. Na maioria das vezes, os jovens
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
recém-saídos das escolas ingressam no ambiente franqueza, que podemos evitar muitos problemas para
de trabalho, seja no escritório ou na usina, sem nós mesmos e para os outros. Este reconhecimento de
que lhes fosse informado sobre como si mesmo abrange vários aspectos de nossa
seconduzirem com os colegas. Que fazer quando Personalidade:
chega um novo colega ? Que deve fazer o novo
trabalhador para se tornar logo amigo de todos ? a) A nossa capacidade intelectual;
Como ser promovido ? Em caso de briga,
divergência, que fazer e como evitar conflitos ? b) A nossa cultura;
São estes e outros problemas que iremos tratar a
seguir. c) As nossas aspirações;

1) Conheça a sua empresa: d) Os nossos interesses;

Conheça seu regulamento e as funções e) O nosso temperamento e o nosso caráter;


desenvolvidas por cada uma das pessoas.
5) Como ser promovido:
2) Conheça os seus chefes:
Nada melhor, para o progresso de nossa vida
Não basta somente estar ciente da função de profissional, que fazermos a autocrítica de nós
cada uma das pessoas da empresa, mesmos. Quando isto ocorre, e a empresa em que
éindispensável conhecer-se o temperamento de trabalhamos está bem organizada e o empregado
cada um , principalmente de seu chefe. colocado de acordo com suas aptidões e interesses,
então o entusiasmo e a eficiência são maiores, dando
3) Conheça os seus colegas: margem, assim, para que os mestres ou diretores
dêem todas as oportunidades de melhoria salarial ou
O mesmo acontece com os colegas, nada como promoção na hierarquia. Também é estudando e
conhecê-los para compreendê-los e ser mais esforçando-nos que conseguimos vencer na vida.
tolerante quando, um dia ou outro, se mostram
diferentes do costume. Nunca devemos esquecer 6) Como participar de uma reunião:
que a vida de nossos colegas, como a nossa,
também bão se limita só ao trabalho. Estamos Muitos chefes ou mestres, a fim de permitir a cada um
influenciados na conduta diária pelos parentes, de seus empregados emitir opiniões sobre o trabalho
pela esposa ou marido, pelas crianças, pela da semana ou da quinzena passada, ou mesmo
temperatura, pela nossa saúde, pelos nossos resolver melhor osproblemas de trabalho, reúnem,
problemas econômicos, etc. O "mau humor" tem periodicamente, os seus empregados. Saber participar
sempre uma razão. Muitas pessoas quando de uma reunião, não é coisa tão fácil como parece à
encontram um colega mal-humorado, quase primeira vista. Por isso, citaremos, a seguir, a
sempre pensam que foram a causa desse mau adaptação feita por José Arthur Rios de sugestões do
humor, mas, na realidade, não tiveram nenhuma Departamento da Agricultura dos EUA, para os
relação com esse estado de espírito; quantas membros de um grupo de discussões:
inimizades se formaram assim! Há, também, os
a) Fale francamente;
com tendência de emprestar aos outros intenções
que nunca tiveram. b) Ouça cuidadosamente o que os outros dizem;
4) Conheça a si mesmo: c) Fique sentado durante todo o tempo;
Antes de culparmos os outros, numa situação d) Nunca interrompa quem estiver com a palavra;
conflitiva, é recomendável analisar-secom o
cuidado necessário, a fim de verificar se a causa e) Não monopolize a discussão;
do atrito não provém de nosso próprio
temperamento ou da nossa formação. Acusar f) Não fuja da discussão;
outrem de coisas que não fez, é sinal de uma
natureza desconfiada; quem possui esta g) Se discorda de alguma coisa, diga;
característica e sabe reconhecê-la, deverá
desconfiar, antes de tudo, de si mesmo.] O mais h) Não deixe sua observação para depois;
difícil é justamente conhecer a si mesmo; para isto
é indispensável muita sinceridade, pois temos a i) Traga perguntas para a reunião;
tendência a só procurar nossas qualidades e
estarmos convencidos de que os outros é que j) Leve os problemas do grupo para casa.
erram; quantas vezes vemos a palha no olho do 7) Saber calar e saber falar:
vizinho, mas não enxergamos o tijolo que está no
nosso ! Por que estou sentindo isto ? Por que A linguagem é a arma mais poderosa e mais eficiente
estou agindo assim ? Por que não gosto de João que o homem possui. Uma palavra pode agradar, ferir,
ou de Pedro ? Por que estou aborrecido hoje ? É convencer, estimular, entristecer, instruir, enganar,
respondendo a estas perguntas com sinceridade e louvar, criticar ou aborrecer as pessoas a quem for
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
dirigida. Pela sua importância, convém cerca-la de
todos os cuidados possíveis. A palavra é de prata,
o silêncio é de ouro, diz um provérbio. Igualmente,
ou mais importante, ainda, é saber quando ficar
calado.

8) O controle de si mesmo:

O controle de si mesmo é difícil inicialmente mas,


O que é estoque? - são designações usadas
aos poucos, se torna um hábito, muito útil para
para definir quantidades armazenadas ou em processo
melhorarmos as relações humanas.
de produção de quaisquer recursos necessários para
dar origem a um bem ou Serviço (Filho, 2006, p. 62)
com a função principal de criar uma independência
entre os vários estágios da cadeia produtiva.

O que é almoxarifado/deposito?
Almoxarifado/Depósito é o local destinado à guarda e
conservação de materiais, em recinto coberto ou não,
adequado à sua natureza, tendo a função de destinar
espaços onde permanecerá cada item aguardando a
necessidade do seu uso, ficando sua localização,
equipamentos e disposição interna acondicionados à
política geral de estoques da empresa.

O que o faz o Responsável pelo estoque?

 Armazena os materiais
 Recebe os materiais
 Organiza o almoxarifado

DISTRIBUIÇÃO

O que o faz o Responsável pelo estoque?

 Recebimento e organização dos materiais


 Receber materiais
 Verificar a quantidade
 Verificar a qualidade (amostragem)
 Relação do que foi recebido
 Comparar o que foi recebido com o que tem na
nota de compra
 Etiqueta com informações fabricante;
 Lote;
 Local do estoque;
 Data do recebimento;
 Quantidade
 Armazenar no local correto
 Registrar no sistema / planilha

As atividades de recebimento abrangem


desde a recepção do material na entrega pelo
fornecedor até a entrada nos estoques.

A função de recebimento de materiais é módulo


de um sistema global integrado com as áreas de
contabilidade, compras e transportes e é caracterizada
como uma interface entre o atendimento do pedido pelo
fornecedor e os estoques físico e contábil.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O recebimento compreende quatro fases : 3.Restrições de especificação;

1ª fase : Entrada de materiais; ARMAZENAR OS MATERIAIS

2ª fase : Conferência quantitativa; Na definição do local adequado para o


armazenamento devemos considerar:
3ª fase : Conferência qualitativa;
-Volume das mercadorias / espaço disponível;
4ª fase : Regularização
-Resistência / tipo das mercadorias (itens de fino
acabamento);
RECEBIMENTO DE MERCADORIAS - Número de itens;
As atribuições básicas do Recebimento -Temperatura, umidade, incidência de sol, chuva, etc;
são : 1.coordenar e controlar as atividades de
recebimento e devolução de materiais; 2.analisar - Manutenção das embalagens originais / tipos de
a documentação recebida, verificando se a embalagens;
compra está autorizada; 3.controlar os volumes
declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de - Velocidade necessária no atendimento;
Transporte com os volumes a serem efetivamente
recebidos; 4.proceder a conferência visual,
verificando as condições de embalagem quanto a
possíveis avarias na carga transportada e, se for o PRODUTOS SÓLIDOS/LÍQUIDOS. ARMAZENAR
caso, apontando as ressalvas de praxe nos OS MATERIAIS
respectivos documentos; 5.proceder a conferência
Deve estar sempre limpo; Isolado de agentes
quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;
físicos e químicos, que possam prejudicar os produtos
6.decidir pela recusa, aceite ou devolução,
armazenados; Isolado de locais onde se conservem ou
conforme o caso; 7.providenciar a regularização
consumam alimentos, bebidas, medicamentos, etc;
da recusa, devolução ou da liberação de
Organização do Armazenagem
pagamento ao fornecedor; 8.liberar o material
desembaraçado para estoque no almoxarifado; Deve estar sempre limpo; Isolado de agentes
físicos e químicos, que possam prejudicar os produtos
armazenados; Isolado de locais onde se conservem ou
CONFÊRENCIA QUANTITATIVA consumam alimentos, bebidas, medicamentos, etc;
Evitar que pessoas não autorizadas, e especialmente
crianças, tenham acesso. Para entrar no armazém,
toda e qualquer pessoa, funcionário ou visitante, deve
Conferência Quantitativa É a atividade que estar devidamente identificada.
verifica se a quantidade declarada pelo
fornecedor na Nota Fiscal corresponde Os materiais devem estar sempre organizados por
efetivamente à recebida. A conferência por grupo; Estabelecer um esquema de armazenamento:
acusação também conhecida como " contagem
cega " é aquela no qual o conferente aponta a  Os Materiais mais pesados devem ser
quantidade recebida, desconhecendo a acomodados na parte inferior da prateleira;
quantidade faturada pelo fornecedor. A
 Os Materiais em pó devem ser acomodados
confrontação do recebido versus faturado é
em cima dos materiais em líquido;
efetuada a posteriori por meio do Regularizador
que analisa as distorções e providencia a  Os materiais não podem ficar em contato direto
recontagem. com o chão; Proteger os materiais do calor
excessivo e da luz do sol;
CONFÊRENCIA QUALITATIVA
EXEMPLO: Água Oxigenada, Técnicas de
Visa garantir a adequação do material ao fim
Armazenagem
que se destina. A análise de qualidade efetuada
pela inspeção técnica, por meio da confrontação Promover o manuseio seguro dos produtos, atuando da
das condições contratadas na Autorização de entrada e saída destes do armazém;
Fornecimento com as consignadas na Nota
Fiscal pelo Fornecedor, visa garantir o Manter uma área de circulação.
recebimento adequado do material contratado
pelo exame dos seguintes itens: Esta deve, pelo menos, ter um corredor central
orientado para a porta principal do armazém, e
1.Características dimensionais; corredores secundários, separando as diversas áreas;
Manter um afastamento de, entre 30 e 50 cm, entre as
2.Características específicas;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
paredes laterais e as pilhas de produtos (além de  Evitar paradas bruscas durante a
funcionar como área de ventilação, permite movimentação;
localizar e identificar vazamentos); Manter os
rótulos existentes nas embalagens sempre  Em caso transportar os produtos para longas
voltados para o lado de fora da pilha (fácil distâncias, amarrar os produtos;
identificação); Deveres do responsável
 Evitar jogar caixas;
Suspender todas as operações; Não utilizar água
para lavagem e/ou limpeza; Isolar a área  Evitar pisar em cima das caixas;
contaminada; Absorver o produto derramado ou
que tenha vazado, com material absorvente,
adsorvente e neutralizante, conforme conste da
ficha de segurança. MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

Em caso de dúvida, contatar o fabricante do  Cuidados que precisam ser tomados:


produto; No caso de produto sólido, varrer com
cuidado, procurando gerar o mínimo possível de  Separar os matérias por tipo;
poeira; Em caso de Derrames ou vazamentos
 Embalar os materiais separadamente por tipo
ESTANTES Há materiais que podem ser em caixas;
armazenados em estantes (móveis ou fixas);
Estas servem para armazenar materiais soltos ou  Usar alguns produtos (jornais, plástico bolha)
em caixas normalizadas; Estruturalmente são para embalar e proteger os materiais mais
compostas por pilares e prateleiras que podem ou sensíveis;
não ser ajustáveis em altura permitindo adaptar-
se a diferentes dimensões dos materiais; As  Evitar embalar produtos e deixá-los soltos
estantes são concebidas usualmente com uma dentro das caixas, procurar encaixar todos os
altura máxima de 2.00m; Agrupam-se por vezes 2 materiais dentro das caixas;
ou 3 alturas de estantes, criando-se assim pisos
intermédios com acessos diretos por escadas
feitas do mesmo material. ORGANIZAR / EMBALAR MATERIAIS
O material mais utilizado é a cantoneira perfurada; Tarefas e Responsabilidades ARMAZENAR itens de
As dimensões são determinadas pelo tamanho e produtos de maneira ordenada e acessível em
peso dos materiais bem como por considerações almoxarifados, depósitos de ferramentas, depósitos
ergonômicas. se suprimentos ou outros tipos de estoque.
Identificação Visual dos materiaisMateriais Tarefas e Responsabilidades Verificar inventários
organizados por grupo BONS EXEMPLOS DE comparando as contagens físicas com os números
ARMAZENAGEM existentes no sistema de controle do almoxarifado
Verificar as divergências ou ajustar.
BONS EXEMPOS DE ARMAZENAGEM Controle
de Entrada e Saída Segurança Identificação
Visual

MAUS EXEMPLOS DE ARMAZENAGEM

Dá-se o nome de movimentação de materiais a


todo o fluxo de materiais dentro da empresa. A
movimentação de materiais é uma atividade
indispensável a qualquer sistema de produção e
visa não somente o abastecimento das seções
produtivas, mas também a garantia da
sequencia do processo de produção entre as
seções envolvidas. A movimentação de
materiais quando bem administrada pode trazer
grandes economias para a empresa e um
excelente resultado para a produção.

MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

 Cuidados que precisam ser tomados:

 Movimentar os materiais com cuidado,


respeitando a fragilidade de alguns itens;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Manter a organização no ambiente de trabalho


é muito importante para qualquer profissional
que queira ter mais produtividade e qualidade,
pois garante às pessoas melhores condições de O conjunto formato por suas características
vida e facilidade no dia-a-dia, além do pessoais e as atitudes tomadas em seu ambiente de
conforto e limpeza. trabalho determina qual é a sua postura
profissional. No mercado atual, apostar em um
A desordem pode causar muitos atrasos e até comportamento considerado excelência é um
situações desconfortáveis, como a perda de diferencial certeiro para ter uma carreira de
tempo, por exemplo, quando é preciso sucesso.
encontrar algo como um documento, um
número de telefone anotado ou até mesmo um
simples lápis. Essa desorganização implica no
rendimento do profissional e acaba afetando o
seu humor e a sua saúde, além da
possibilidade de desentendimento ou desgaste
com outras pessoas.
Para garantir que o ambiente de trabalho
esteja adequado é necessário fazer uma
avaliação de tudo que existe lá. Precisa-se
entender que muitas coisas não estão sendo
utilizadas e podem ser descartadas ou, até
repassadas para profissionais de outros setores
da empresa. A partir dessa “limpeza” faz-se
uma organização de tudo que é realmente
necessário e usado constantemente. Todos os
objetos devem ter o seu devido lugar e sempre
que forem utilizados devem voltar para o local
original.
Num tempo onde a tecnologia prevalece e
muitos documentos e arquivos são digitais, A postura profissional é formada por aspectos
não se pode deixar de lado a ordem também como conduta ética, hábitos, habilidades,
das ferramentas que utilizamos, como, por competências, conhecimentos e comportamentos.
exemplo, os e-mails, arquivos, pastas e Atitudes como se informar sobre sua área e o
agendas. Essa prática garante praticidade e mercado, evitar atender telefonemas pessoais no
segurança de ter todos os dados importantes ambiente de trabalho e ter um bom relacionamento
no momento em que for preciso encontrá-los. com seus colegas são comportamentos que fazem
um profissional de destacar entre os outros.
Pesquisas apontam que dois terços das demissões
nas instituições são provocados devido à
dificuldade de relacionamento entre os
colaboradores, portanto, relacionar-se bem é mais
um ponto positivo em seu comportamento
profissional.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Para ajudá-lo a manter uma postura adequada,
confira algumas dicas que podem te levar a
uma carreira e sucesso:
– Não fale mal da empresa para colegas ou em
Ser bom profissional, ter conhecimentos
redes sociais. Lembre-se que os perfis são
técnicos, dons, talentos, habilidades e capacidades
públicos e que todos têm acesso a ele, seja bem desenvolvidas, cabe a qualquer pessoa que
qual forem suas configurações de privacidade; deseja ter uma carreira de sucesso. Ter bom
relacionamento com os colegas, facilidade no trabalho
– Evite conversar ou rir muito alto, pois isso em equipe, boa comunicação, flexibilidade entre outras
pode atrapalhar os colegas que trabalham ao características, são aspectos altamente valorizados nas
seu lado; organizações.

Porém, uma conduta ética no trabalho,


– Sempre cumpra prazos e horários. Entregue seguindo padrões e valores, tanto da sociedade,
seus documentos nos dias certos e procure quanto da própria organização são essenciais para o
chegar alguns minutos antes das reuniões alcance da excelência profissional. Não basta apenas
começarem. Em caso de atrasos, avise as estar em constante aperfeiçoamento para conquistar
pessoas envolvidas para não causar credibilidade profissional, é preciso assumir uma
postura ética. Através dela ganhamos confiança e
transtornos aos seus colegas de trabalho; respeito de superiores, colegas de trabalho e demais
colaboradores.
– Saiba esperar as pessoas concluírem as
idéias para depois expor as suas. Escute com Ética é o conjunto de princípios e valores
atenção e tranquilidade todas as opiniões, sem morais que conduzem o comportamento humano
levantar polêmicas ou conflitos dentro da sociedade. As organizações seguem os
padrões éticos sociais, aplicando-as em suas regras
desnecessários; internas para o bom andamento dos processos de
trabalho, alcance de metas e objetivos.
– Fique atento às regras gramaticais da língua
portuguesa em e-mails e documentos, pois O profissional deve seguir tanto os padrões
isso pode prejudicá-lo profissional e éticos da sociedade quanto as normas e regimentos
pessoalmente caso você não escreva internos das organizações. A ética no ambiente de
trabalho proporciona ao profissional um exercício diário
corretamente. Gafes demonstram falta de e prazeroso de honestidade, comprometimento,
atenção ou leitura; confiabilidade, entre tantos outros, que conduzem o
seu comportamento e tomada de decisões em suas
– Demonstre interesse em progredir, pois atividades. Por fim, a recompensa é ser reconhecido,
oportunidades podem surgir, e você poderá ser não só pelo seu trabalho, mas também por sua conduta
beneficiado; exemplar.

– Leia bastante e seja capaz de desenvolver 1.1 Exemplos de Atitudes Corretas no Trabalho
satisfatoriamente uma conversa, com idéias e
Confira abaixo alguns exemplos de boa conduta
perguntas construtivas; profissional no ambiente organizacional.
– Saiba identificar quais brincadeiras são
saudáveis, o momento propício de fazê-la, e 1.1.1 Responsabilidade
quem é receptível à elas, para evitar Para a preservação de uma marca ou produto, o
constrangimentos. profissional deve manter uma postura congruente com
seu trabalho e manter para si os dados que lhe foram
Fique de olho em seu comportamento no confiados, a fim de garantir o sigilo necessário.
ambiente de trabalho e torne-o um
diferencial!. 1.1.2 Integridade
É indispensável manter a transparência nas atividades
exercidas, ser honesto com o gestor direto e, demais
profissionais, garantindo que todos sejam influenciados
positivamente com seu trabalho, direta ou
indiretamente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
1.1.3 Meritocracia
O sistema de crescimento de toda e qualquer
organização deve ser pautado em merecimento,
advindo de resultados correspondentes as
expectativas e necessidade da empresa.
Promover um liderado por favoritismo ou
afinidade, além de ser antiético, não é nada
profissional. Lembre-se que a sua credibilidade é A importância do servidor público, seus direitos e
o bem mais precioso que um colaborador pode deveres
ter, uma vez perdida, dificilmente pode ser
recuperada.
O cidadão quer um serviço público
1.1.4 Humildade proporcionado pelo Estado que funcione e para isso
exige servidores dedicados e preparados a fazer o
Atrás de crachás, ternos e gravatas, estão apenas melhor para atender às suas necessidades.
humanos, totalmente suscetíveis a erros, afinal,
somos falhos. No meio corporativo, são tomadas A prestação do serviço público é a das mais
todas as medidas para que os equívocos não importantes atividades de uma comunidade, sociedade
ocorram, porém empresas são feitas de pessoas, ou de uma nação.
e portanto, os erros se fazem presente uma vez
ou outra. Se uma dessas situações acontecer com Nenhum país, estado ou município funciona
você, seja humilde para reconhecer a falha e sem seu quadro servidores públicos, responsáveis
corrigi-la, a fim de que não gere maiores pelos diversos serviços colocados à disposição do
prejuízos. cidadão.

Portanto, é de suma importância exaltar a


1.1.5 Comprometimento
quem executa o papel de prestador de serviço à
O compromisso do profissional se aplica sociedade. Neste contexto, prestar serviço à população
sistemicamente. Em primeiro lugar, ele deve se com qualidade e dedicação deve ser sempre a meta e
comprometer com o próprio desenvolvimento os objetivos dos servidores.
contínuo e se comportar de maneira congruente
com sua linha de pensamento, ou seja, agir para Segundo se depreende das disposições
alcançar suas metas e objetivos, e o único constitucionais em vigor, servidores públicos são todos
caminho é entregando os resultados solicitados aqueles que mantém vínculo de trabalho profissional
pela empresa. Em segundo lugar e não menos com os órgãos e entidades governamentais, integrados
importante, ele deve estar comprometido com os em cargos ou empregos de qualquer delas: União,
colegas de trabalho, com os líderes e o público da Estados, Distrito Federal, Municípios respectivas
marca. Ao desempenhar sua função com autarquias, fundações, empresas públicas e
excelência, automaticamente estará contribuindo sociedades de economia mista.
com o todo.
Trata-se de designação genérica e abrangente
introduzida pela Carta de 1988, uma vez que, até a
promulgação da Constituição Federal hoje em vigor,
prevalecia a denominação de funcionário público, para
identificação dos titulares de cargos na administração
direta, considerando-se a eles equiparados os
ocupantes de cargos nas autarquias, aos quais se
estendia o regime estatutário.

A partir, pois, da Constituição de 1988,


desaparece o conceito de funcionário público,
passando-se adotar a designação ampla de servidores
públicos.

A cada dia o papel do servidor público não é


apenas de ser estável, é muito mais do que isso, pois a
sua atuação está necessariamente voltada para os
anseios da comunidade ou sociedade.

A estabilidade dos servidores somente se


justifica se ela assegura, de um lado, a continuidade e
a eficiência da Administração e, de outro, a legalidade
e impessoalidade da gestão da coisa pública.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela
Assim a estabilidade do servidor não pode autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
ser vista, apenas como garantia de emprego, e assegurando-se ao representado o direito de defesa.
sim a garantia da autonomia do servidor diante de
pressões ilegítimas sobre o seu trabalho. O Estatuto do Servidor Público estabelece algumas
proibições que devem ser observadas pelo funcionário
A responsabilidade do servidor público é público:
muito grande, tornando-se um privilegio, por - Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
tratar-se de um agente de transformação do prévia autorização do chefe imediato;
Estado. - Retirar, sem prévia anuência da autoridade
competente, qualquer documento ou objeto da
O servidor público deve estar sempre a repartição;
serviço do público e, a partir desta lógica, listamos - Recusar fé a documento público;
alguns princípios fundamentais à sua atuação: - Opor resistência injustificada à tramitação de
processo ou exceção do serviço;
- Agente de transformação a serviço da cidadania, - Promover manifestação de apoio ou desapreço, no
o que torna uma diferença marcante dos demais recinto da repartição;
trabalhadores; - Referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às
- Compromisso intransigente com a ética e com autoridades públicas ou aos atos do poder público,
os princípios constitucionais; mediante manifestação escrita ou oral, podendo,
- Atualização permanente e desenvolvimento de porém, criticar ato do poder público, do ponto de vista
novas competências; doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho
- Capacidade de lidar com a diferença e a assinado;
diversidade; - Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos
- Habilidade política para atuar em diferentes casos previstos em lei, o desempenho de atribuição
contextos e sob diversos comandos; que seja de sua responsabilidade ou da de seu
- Lidar com o que é de todos. subordinado;
- Constranger outro servidor no sentido de filiação a
Com base nas disposições estabelecidas no associação profissional ou sindical, ou a partido
Estatuto do Servidor Público, Lei nº 6.677/94, político;
artigo 175, são deveres do servidor público: - Manter, sob sua chefia imediata, cônjuge,
companheiro ou parente até segundo grau civil;
- Exercer com zelo e dedicação as atribuições do - Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
cargo; outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
- Ser leal às instituições a que servir; - Transacionar com o Estado, quando participar de
- Observar as normas legais e regulamentares; gerência ou administração de empresa privada, de
- Cumprir as ordens superiores, exceto quando sociedade civil, ou exercer comércio;
manifestamente ilegais; - Atuar, como procurador ou intermediário, junto a
- Atender com presteza: repartições públicas, salvo quando se tratar de
a) ao público em geral, prestando as informações percepção de remuneração, benefícios previdenciários
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; ou assistenciais de parentes até segundo grau e de
b) aos requerimentos de certidão para defesa de cônjuge ou companheiro;
direito ou esclarecimento de situações de - Receber propina, comissão, presente ou vantagem de
interesse pessoal; qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
c) às requisições para a defesa da Fazenda - Aceitar representação, comissão, emprego ou pensão
Pública e do Estado. de Estado estrangeiro, sem licença da autoridade
- Levar ao conhecimento da autoridade superior competente;
as irregularidades de que tiver ciência em razão - Praticar usura sobre qualquer de suas formas;
do cargo; - Proceder de forma desidiosa;
- Zelar pela economia de material e pela - Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
conservação do patrimônio público; em serviços ou atividades particulares;
- Guardar sigilo sobre assuntos de natureza - Cometer a outro servidor atribuições estranhas às do
confidencial a que esteja obrigado em razão do cargo que ocupa, exceto em situações de emergência
cargo; e transitórias;
- Manter conduta compatível com a moralidade - Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis
administrativa; com as atribuições do cargo ou função e com o horário
- Ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive de trabalho.
comparecendo à repartição em horário
extraordinário, quando convocado; O principal diferencial do servidor público é que
- Tratar com urbanidade as pessoas; este tem a oportunidade de servir à comunidade em
- Representar contra ilegalidade ou abuso de que está inserido. E isso não pode ser visto como uma
poder. profissão qualquer, e sim como um desafio de cuidar
A representação contra ilegalidade ou abuso de do que parece que não tem dono, que não é de
poder referida será encaminhada pela via ninguém, mas que na verdade é de todos nós.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do
art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser
mantido sob responsabilidade do órgão central do
Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal -
SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro
órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº
Estabilidade. Reintegração. Disponibilidade. 9.527, de 10.12.97)
Aposentadoria, pensão e proventos. Ingresso
no serviço público. Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento
e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em
exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por
Seção V junta médica oficial.

Da Estabilidade

Art. 21. O servidor habilitado em concurso Capítulo II


público e empossado em cargo de provimento
efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao Dos Benefícios
completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.
(prazo 3 anos - vide EMC nº 19) Seção I
Art. 22. O servidor estável só perderá o Da Aposentadoria
cargo em virtude de sentença judicial transitada
em julgado ou de processo administrativo Art. 186. O servidor será aposentado: (Vide art.
disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla 40 da Constituição)
defesa.
I - por invalidez permanente, sendo os proventos
integrais quando decorrente de acidente em serviço,
Seção IX moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, especificada em lei, e proporcionais nos
Da Reintegração demais casos;

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade,


servidor estável no cargo anteriormente ocupado, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua demissão por decisão III - voluntariamente:
administrativa ou judicial, com ressarcimento de
todas as vantagens. a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se
homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com proventos
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, integrais;
o servidor ficará em disponibilidade, observado o
disposto nos arts. 30 e 31. b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em
funções de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco)
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu se professora, com proventos integrais;
eventual ocupante será reconduzido ao cargo de
origem, sem direito à indenização ou aproveitado c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e
em outro cargo, ou, ainda, posto em aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos
disponibilidade. proporcionais a esse tempo;

d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se


Seção XI homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
§ 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo,
disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no
compatíveis com o anteriormente ocupado. serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença
de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante,
Art. 31. O órgão Central do Sistema de espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,
Pessoal Civil determinará o imediato estados avançados do mal de Paget (osteíte
aproveitamento de servidor em disponibilidade em deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida -
vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina
da Administração Pública Federal. especializada.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 2o Nos casos de exercício de atividades acometido de qualquer das moléstias especificadas no
consideradas insalubres ou perigosas, bem como § 1o do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for
nas hipóteses previstas no art. 71, a considerado inválido por junta médica oficial passará a
aposentadoria de que trata o inciso III, "a" e "c", perceber provento integral, calculado com base no
observará o disposto em lei específica. fundamento legal de concessão da aposentadoria.
(Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 3o Na hipótese do inciso I o servidor será
submetido à junta médica oficial, que atestará a Art. 191. Quando proporcional ao tempo de
invalidez quando caracterizada a incapacidade serviço, o provento não será inferior a 1/3 (um terço) da
para o desempenho das atribuições do cargo ou a remuneração da atividade.
impossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24.
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 192. (Revogado pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Art. 187. A aposentadoria compulsória será
automática, e declarada por ato, com vigência a Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de
partir do dia imediato àquele em que o servidor 10.12.97)
atingir a idade-limite de permanência no serviço
ativo. Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a
gratificação natalina, até o dia vinte do mês de
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por dezembro, em valor equivalente ao respectivo
invalidez vigorará a partir da data da publicação provento, deduzido o adiantamento recebido.
do respectivo ato.
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha
§ 1o A aposentadoria por invalidez será efetivamente participado de operações bélicas, durante
precedida de licença para tratamento de saúde, a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315,
por período não excedente a 24 (vinte e quatro) de 12 de setembro de 1967, será concedida
meses. aposentadoria com provento integral, aos 25 (vinte e
cinco) anos de serviço efetivo.
§ 2o Expirado o período de licença e não
estando em condições de reassumir o cargo ou de
ser readaptado, o servidor será aposentado.
Seção VII
§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o
término da licença e a publicação do ato da Da Pensão
aposentadoria será considerado como de
prorrogação da licença. Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes,
§ 4o Para os fins do disposto no § 1o deste nas hipóteses legais, fazem jus à pensão a partir da
data de óbito, observado o limite estabelecido no inciso
artigo, serão consideradas apenas as licenças XI do caput do art. 37 da Constituição Federal e no art.
motivadas pela enfermidade ensejadora da 2o da Lei no 10.887, de 18 de junho de 2004.
invalidez ou doenças correlacionadas. (Incluído (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 216. (Revogado pela Medida Provisória
§5o A critério da Administração, o servidor nº 664, de 2014) (Vigência) (Revogado pela Lei
em licença para tratamento de saúde ou nº 13.135, de 2015)
aposentado por invalidez poderá ser convocado a
qualquer momento, para avaliação das condições Art. 217. São beneficiários das pensões:
que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria.
I - o cônjuge; (Redação dada pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
13.135, de 2015)
Art. 189. O provento da aposentadoria será
a) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº
calculado com observância do disposto no § 3o do
13.135, de 2015)
art. 41, e revisto na mesma data e proporção,
sempre que se modificar a remuneração dos b) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº
servidores em atividade. 13.135, de 2015)
Parágrafo único. São estendidos aos c) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº
inativos quaisquer benefícios ou vantagens 13.135, de 2015)
posteriormente concedidas aos servidores em
atividade, inclusive quando decorrentes de d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº
transformação ou reclassificação do cargo ou 13.135, de 2015)
função em que se deu a aposentadoria.
e) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº
Art. 190. O servidor aposentado com 13.135, de 2015)
provento proporcional ao tempo de serviço se
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
II - o cônjuge divorciado ou separado Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários
judicialmente ou de fato, com percepção de titulares à pensão, o seu valor será distribuído em
pensão alimentícia estabelecida judicialmente; partes iguais entre os beneficiários habilitados.
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
a) (Revogada); (Redação dada pela Lei § 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
nº 13.135, de 2015) 13.135, de 2015)
b) (Revogada); (Redação dada pela Lei § 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
nº 13.135, de 2015) 13.135, de 2015)
c) Revogada); (Redação dada pela Lei § 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
nº 13.135, de 2015) 13.135, de 2015)
d) (Revogada); (Redação dada pela Lei Art. 219. A pensão poderá ser requerida a
nº 13.135, de 2015) qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as
prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos.
III - o companheiro ou companheira que
comprove união estável como entidade Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer
familiar; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) prova posterior ou habilitação tardia que implique
exclusão de beneficiário ou redução de pensão só
IV - o filho de qualquer condição que atenda produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida.
a um dos seguintes requisitos: (Incluído pela
Lei nº 13.135, de 2015) Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos;
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) I - após o trânsito em julgado, o beneficiário
condenado pela prática de crime de que tenha
b) seja inválido; (Incluído pela Lei nº dolosamente resultado a morte do servidor; (Incluído
13.135, de 2015) pela Lei nº 13.135, de 2015)
c) (Vide Lei nº 13.135, de 2015) II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira
(Vigência) se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude
no casamento ou na união estável, ou a formalização
d) tenha deficiência intelectual ou mental,
desses com o fim exclusivo de constituir benefício
nos termos do regulamento; (Incluído pela Lei
previdenciário, apuradas em processo judicial no qual
nº 13.135, de 2015)
será assegurado o direito ao contraditório e à ampla
V - a mãe e o pai que comprovem defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
dependência econômica do servidor; e
Art. 221. Será concedida pensão provisória por
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
morte presumida do servidor, nos seguintes casos:
VI - o irmão de qualquer condição que
I - declaração de ausência, pela autoridade
comprove dependência econômica do servidor e
judiciária competente;
atenda a um dos requisitos previstos no inciso
IV. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) II - desaparecimento em desabamento, inundação,
incêndio ou acidente não caracterizado como em
§ 1o A concessão de pensão aos
serviço;
beneficiários de que tratam os incisos I a IV do
caput exclui os beneficiários referidos nos incisos III - desaparecimento no desempenho das
V e VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de atribuições do cargo ou em missão de segurança.
2015)
Parágrafo único. A pensão provisória será
§ 2o A concessão de pensão aos transformada em vitalícia ou temporária, conforme o
beneficiários de que trata o inciso V do caput caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência,
exclui o beneficiário referido no inciso VI. ressalvado o eventual reaparecimento do servidor,
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) hipótese em que o benefício será automaticamente
cancelado.
§ 3o O enteado e o menor tutelado
equiparam-se a filho mediante declaração do Art. 222. Acarreta perda da qualidade de
servidor e desde que comprovada dependência beneficiário:
econômica, na forma estabelecida em
regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de I - o seu falecimento;
2015)
II - a anulação do casamento, quando a decisão
ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
III - a cessação da invalidez, em se tratando § 1o A critério da administração, o beneficiário de
de beneficiário inválido, o afastamento da pensão cuja preservação seja motivada por invalidez,
deficiência, em se tratando de beneficiário com por incapacidade ou por deficiência poderá ser
deficiência, ou o levantamento da interdição, em convocado a qualquer momento para avaliação das
se tratando de beneficiário com deficiência referidas condições. (Incluído pela Lei nº 13.135, de
intelectual ou mental que o torne absoluta ou 2015)
relativamente incapaz, respeitados os períodos
mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “a” § 2o Serão aplicados, conforme o caso, a regra
e “b” do inciso VII; (Redação dada pela Lei nº contida no inciso III ou os prazos previstos na alínea “b”
13.135, de 2015) do inciso VII, ambos do caput, se o óbito do servidor
decorrer de acidente de qualquer natureza ou de
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e doença profissional ou do trabalho, independentemente
um) anos, pelo filho ou irmão; (Redação dada pela do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais
Lei nº 13.135, de 2015) ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou
de união estável. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
V - a acumulação de pensão na forma do art.
225; § 3o Após o transcurso de pelo menos 3 (três)
anos e desde que nesse período se verifique o
VI - a renúncia expressa; e (Redação dada incremento mínimo de um ano inteiro na média
pela Lei nº 13.135, de 2015) nacional única, para ambos os sexos, correspondente à
expectativa de sobrevida da população brasileira ao
VII - em relação aos beneficiários de que nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros,
tratam os incisos I a III do caput do art. 217: novas idades para os fins previstos na alínea “b” do
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) inciso VII do caput, em ato do Ministro de Estado do
Planejamento, Orçamento e Gestão, limitado o
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito acréscimo na comparação com as idades anteriores ao
ocorrer sem que o servidor tenha vertido 18 referido incremento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de
(dezoito) contribuições mensais ou se o 2015)
casamento ou a união estável tiverem sido
iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do § 4o O tempo de contribuição a Regime Próprio
óbito do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de de Previdência Social (RPPS) ou ao Regime Geral de
2015) Previdência Social (RGPS) será considerado na
contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais
b) o decurso dos seguintes períodos, referidas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput.
estabelecidos de acordo com a idade do (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
pensionista na data de óbito do servidor, depois
de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de
pelo menos 2 (dois) anos após o início do beneficiário, a respectiva cota reverterá para os
casamento ou da união estável: (Incluído pela Lei cobeneficiários. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
nº 13.135, de 2015) 2015)
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº
um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, 13.135, de 2015)
de 2015)
II - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 13.135, de 2015)
(vinte e seis) anos de idade; (Incluído pela Lei nº
13.135, de 2015) Art. 224. As pensões serão automaticamente
atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-
(vinte e nove) anos de idade; (Incluído pela Lei nº se o disposto no parágrafo único do art. 189.
13.135, de 2015)
Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 a percepção cumulativa de pensão deixada por mais de
(quarenta) anos de idade; (Incluído pela Lei nº um cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais
13.135, de 2015) de 2 (duas) pensões. (Redação dada pela Lei nº
13.135, de 2015)
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um)
e 43 (quarenta e três) anos de idade; (Incluído Seção VIII
pela Lei nº 13.135, de 2015)
Do Auxílio-Funeral
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou
mais anos de idade. (Incluído pela Lei nº 13.135, Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do
de 2015) servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor
equivalente a um mês da remuneração ou provento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 1o No caso de acumulação legal de
cargos, o auxílio será pago somente em razão do
cargo de maior remuneração.

§ 2o (VETADO).

§ 3o O auxílio será pago no prazo de 48


(quarenta e oito) horas, por meio de procedimento
sumaríssimo, à pessoa da família que houver
custeado o funeral.
DEFINIÇÃO
Art. 227. Se o funeral for custeado por
terceiro, este será indenizado, observado o
1. O que é Redação Oficial
disposto no artigo anterior.
Em uma frase, pode-se dizer que redação
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige
em serviço fora do local de trabalho, inclusive no atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la
exterior, as despesas de transporte do corpo do ponto de vista do Poder Executivo.
correrão à conta de recursos da União, autarquia
A redação oficial deve caracterizar-se pela
ou fundação pública.
impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem,
clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
Fundamentalmente esses atributos decorrem da
Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A
Seção II administração pública direta, indireta ou fundacional, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Da Nomeação Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
Art. 9o A nomeação far-se-á:
publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a
I - em caráter efetivo, quando se tratar de impessoalidade princípios fundamentais de toda
cargo isolado de provimento efetivo ou de administração pública, claro está que devem
carreira; igualmente nortear a elaboração dos atos e
comunicações oficiais.
II - em comissão, inclusive na condição de Não se concebe que um ato normativo de
interino, para cargos de confiança vagos. qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) dificulte ou impossibilite sua compreensão. A
transparência do sentido dos atos normativos, bem
Parágrafo único. O servidor ocupante de como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio
cargo em comissão ou de natureza especial Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não
poderá ser nomeado para ter exercício, seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica,
interinamente, em outro cargo de confiança, sem pois, necessariamente, clareza e concisão.
prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa,
hipótese em que deverá optar pela remuneração Além de atender à disposição constitucional, a
de um deles durante o período da interinidade. forma dos atos normativos obedece a certa tradição.
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Há normas para sua elaboração que remontam ao
período de nossa história imperial, como, por exemplo,
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira a obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial
ou cargo isolado de provimento efetivo depende de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao
de prévia habilitação em concurso público de final desses atos, o número de anos transcorridos
provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem desde a Independência. Essa prática foi mantida no
de classificação e o prazo de sua validade. período republicano.
Esses mesmos princípios (impessoalidade,
Parágrafo único. Os demais requisitos para clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem
o ingresso e o desenvolvimento do servidor na formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas
carreira, mediante promoção, serão estabelecidos devem sempre permitir uma única interpretação e ser
pela lei que fixar as diretrizes do sistema de estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso
carreira na Administração Pública Federal e seus de certo nível de linguagem.
regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97) Nesse quadro, fica claro também que as
comunicações oficiais são necessariamente uniformes,
pois há sempre um único comunicador (o Serviço
Público) e o receptor dessas comunicações ou é o
próprio Serviço Público (no caso de expedientes
dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
cidadãos ou instituições tratados de forma comunicações elaboradas em diferentes setores
homogênea (o público). da Administração guardem entre si certa
Outros procedimentos rotineiros na uniformidade;
redação de comunicações oficiais foram b) da impessoalidade de quem recebe a
incorporados ao longo do tempo, como as formas comunicação, com duas possibilidades: ela pode
de tratamento e de cortesia, certos clichês de ser dirigida a um cidadão, sempre concebido
redação, a estrutura dos expedientes, etc. como público, ou a outro órgão público. Nos dois
Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos casos, temos um destinatário concebido de
para comunicações oficiais, regulados pela forma homogênea e impessoal;
Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de c) do caráter impessoal do próprio assunto
8 de julho de 1937, que, após mais de meio tratado: se o universo temático das
século de vigência, foi revogado pelo Decreto que comunicações oficiais se restringe a questões
aprovou a primeira edição deste Manual. que dizem respeito ao interesse público, é
Acrescente-se, por fim, que a identificação natural que não cabe qualquer tom particular ou
que se buscou fazer das características pessoal.
específicas da forma oficial de redigir não deve Desta forma, não há lugar na redação oficial
ensejar o entendimento de que se proponha a para impressões pessoais, como as que, por exemplo,
criação – ou se aceite a existência – de uma constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo
forma específica de linguagem administrativa, o assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A
que coloquialmente e pejorativamente se chama redação oficial deve ser isenta da interferência da
burocratês. Este é antes uma distorção do que individualidade que a elabora.
deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo
A concisão, a clareza, a objetividade e a
abuso de expressões e clichês do jargão
formalidade de que nos valemos para elaborar os
burocrático e de formas arcaicas de construção de
expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja
frases.
alcançada a necessária impessoalidade.
A redação oficial não é, portanto,
necessariamente árida e infensa à evolução da 1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações
língua. É que sua finalidade básica – comunicar Oficiais
com impessoalidade e máxima clareza – impõe A necessidade de empregar determinado nível
certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre,
maneira diversa daquele da literatura, do texto de um lado, do próprio caráter público desses atos e
jornalístico, da correspondência particular, etc. comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos
Apresentadas essas características oficiais, aqui entendidos como atos de caráter
fundamentais da redação oficial, passemos à normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos
análise pormenorizada de cada uma delas. cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos
públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração
1.1. A Impessoalidade for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá
A finalidade da língua é comunicar, quer com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é
pela fala, quer pela escrita. Para que haja a de informar com clareza e objetividade.
comunicação, são necessários: a) alguém que As comunicações que partem dos órgãos
comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém públicos federais devem ser compreendidas por todo e
que receba essa comunicação. No caso da qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo,
redação oficial, quem comunica é sempre o há que evitar o uso de uma linguagem restrita a
Serviço Público (este ou aquele Ministério, determinados grupos. Não há dúvida que um texto
Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, marcado por expressões de circulação restrita, como a
Seção); o que se comunica é sempre algum gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico,
assunto relativo às atribuições do órgão que tem sua compreensão dificultada.
comunica; o destinatário dessa comunicação ou é
Ressalte-se que há necessariamente uma
o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão
distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é
público, do Executivo ou dos outros Poderes da
extremamente dinâmica, reflete de forma imediata
União.
qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente
Percebe-se, assim, que o tratamento contar com outros elementos que auxiliem a sua
impessoal que deve ser dado aos assuntos que compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para
constam das comunicações oficiais decorre: mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por
a) da ausência de impressões individuais essa distância. Já a língua escrita incorpora mais
de quem comunica: embora se trate, por lentamente as transformações, tem maior vocação para
exemplo, de um expediente assinado por a permanência, e vale-se apenas de si mesma para
Chefe de determinada Seção, é sempre em comunicar.
nome do Serviço Público que é feita a A língua escrita, como a falada, compreende
comunicação. Obtém-se, assim, uma diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se
desejável padronização, que permite que faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
podemos nos valer de determinado padrão de dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele
linguagem que incorpore expressões pronome de tratamento para uma autoridade de certo
extremamente pessoais ou coloquiais; em um nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes
parecer jurídico, não se há de estranhar a de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz
presença do vocabulário técnico correspondente. respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado
Nos dois casos, há um padrão de linguagem que ao assunto do qual cuida a comunicação.
atende ao uso que se faz da língua, a finalidade A formalidade de tratamento vincula-se,
com que a empregamos. também, à necessária uniformidade das comunicações.
O mesmo ocorre com os textos oficiais: Ora, se a administração federal é una, é natural que as
por seu caráter impessoal, por sua finalidade de comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O
informar com o máximo de clareza e concisão, estabelecimento desse padrão, uma das metas deste
eles requerem o uso do padrão culto da língua. Manual, exige que se atente para todas as
Há consenso de que o padrão culto é aquele em características da redação oficial e que se cuide, ainda,
que a) se observam as regras da gramática da apresentação dos textos.
formal, e b) se emprega um vocabulário comum A clareza datilográfica, o uso de papéis
ao conjunto dos usuários do idioma. É importante uniformes para o texto definitivo e a correta
ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão diagramação do texto são indispensáveis para a
culto na redação oficial decorre do fato de que ele padronização. Consulte o Capítulo II, As Comunicações
está acima das diferenças lexicais, morfológicas Oficiais, a respeito de normas específicas para cada
ou sintáticas regionais, dos modismos tipo de expediente.
vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas,
permitindo, por essa razão, que se atinja a 1.4. Concisão e Clareza
pretendida compreensão por todos os cidadãos.
A concisão é antes uma qualidade do que uma
Lembre-se que o padrão culto nada tem característica do texto oficial. Conciso é o texto que
contra a simplicidade de expressão, desde que consegue transmitir um máximo de informações com
não seja confundida com pobreza de expressão. um mínimo de palavras. Para que se redija com essa
De nenhuma forma o uso do padrão culto implica qualidade, é fundamental que se tenha, além de
emprego de linguagem rebuscada, nem dos conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o
contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem necessário tempo para revisar o texto depois de pronto.
próprios da língua literária. É nessa releitura que muitas vezes se percebem
Pode-se concluir, então, que não existe eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias
propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o de idéias.
que há é o uso do padrão culto nos atos e O esforço de sermos concisos atende,
comunicações oficiais. É claro que haverá basicamente ao princípio de economia lingüística, à
preferência pelo uso de determinadas expressões, mencionada fórmula de empregar o mínimo de
ou será obedecida certa tradição no emprego das palavras para informar o máximo. Não se deve de
formas sintáticas, mas isso não implica, forma alguma entendê-la como economia de
necessariamente, que se consagre a utilização de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens
uma forma de linguagem burocrática. O jargão substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho.
burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis,
pois terá sempre sua compreensão limitada. redundâncias, passagens que nada acrescentem ao
A linguagem técnica deve ser empregada que já foi dito.
apenas em situações que a exijam, sendo de Procure perceber certa hierarquia de idéias que
evitar o seu uso indiscriminado. Certos existe em todo texto de alguma complexidade: idéias
rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o fundamentais e idéias secundárias. Estas últimas
vocabulário próprio a determinada área, são de podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las,
difícil entendimento por quem não esteja com eles exemplificá-las; mas existem também idéias
familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de secundárias que não acrescentam informação alguma
explicitá-los em comunicações encaminhadas a ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais,
outros órgãos da administração e em expedientes podendo, por isso, ser dispensadas.
dirigidos aos cidadãos.
A clareza deve ser a qualidade básica de todo
Outras questões sobre a linguagem, como texto oficial, conforme já sublinhado na introdução
o emprego de neologismo e estrangeirismo, são deste capítulo. Pode-se definir como claro aquele texto
tratadas em detalhe em 9.3. Semântica. que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No
entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela
1.3. Formalidade e Padronização
depende estritamente das demais características da
As comunicações oficiais devem ser redação oficial. Para ela concorrem:
sempre formais, isto é, obedecem a certas regras
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de
de forma: além das já mencionadas exigências de
interpretações que poderia decorrer de um
impessoalidade e uso do padrão culto de
tratamento personalista dado ao texto;
linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade
de tratamento. Não se trata somente da eterna
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
b) o uso do padrão culto de linguagem, em na da origem. Jamais se põe o nome da autoridade.
princípio, de entendimento geral e por Exemplo:
definição avesso a vocábulos de circulação
restrita, como a gíria e o jargão; Ilustríssimo Senhor Superintendente Regional do
c) a formalidade e a padronização, que Departamento de Policia Federal PORTO ALEGRE
possibilitam a imprescindível uniformidade (RS).
dos textos;
d) a concisão, que faz desaparecer do texto 3 - Texto
os excessos lingüísticos que nada lhe Inicia com o nome completo do requerente
acrescentam. (sem o pronome "eu"), a 2,5cm da margem, em
destaque.
É pela correta observação dessas
características que se redige com clareza. Quanto aos demais dados de identificação, que
Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de se põem em continuação ao nome, tais como
todo texto redigido. A ocorrência, em textos nacionalidade, estado civil, filiação, lotação, endereço,
oficiais, de trechos obscuros e de erros números de documentos etc. , somente cabem aqueles
gramaticais provém principalmente da falta da que sejam estritamente necessários ao processamento
releitura que torna possível sua correção. do pedido.
Na revisão de um expediente, deve-se
avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão Dependendo da circunstancia, e importante
por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode enumerar os motivos, dar a fundamentação legal e/ou
ser desconhecido por terceiros. O domínio que prestar esclarecimentos oportunos. Redige-se na
adquirimos sobre certos assuntos em decorrência terceira pessoa.
de nossa experiência profissional muitas vezes
faz com que os tomemos como de conhecimento
geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, 4 - Fecho
desenvolva, esclareça, precise os termos Põe-se abaixo do texto, no alinhamento do parágrafo.
técnicos, o significado das siglas e abreviações e Consiste numa destas expressões:
os conceitos específicos que não possam ser
dispensados. Nestes termos,
pede deferimento.
A revisão atenta exige, necessariamente,
...............
tempo. A pressa com que são elaboradas certas
Pede deferimento.
comunicações quase sempre compromete sua
..............
clareza. Não se deve proceder à redação de um
Espera deferimento.
texto que não seja seguida por sua revisão. “Não
................
há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz
Aguarda deferimento.
a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua
................
indesejável repercussão no redigir.
Termos em que pede deferimento.

Qualquer uma pode ser abreviada com as iniciais


14.1 - Requerimento, maiúsculas, seguidas de ponto: P. D., A. D. etc.

5 - Local e data
I - CONCEITO Também no alinhamento do parágrafo. (Ver
observações no ofício.)
É a correspondência através da qual um particular
requer a uma autoridade pública algo a que tem 6 - Assinatura
ou julga ter direito. A direita da folha, sem traço e sem nome, se este for o
Portanto, não utiliza papel oficial e não tolera mesmo do inicio.
bajulação.
III - MODELOS (Extraídos do livro "Redação
1 - Margens Oficial", de Adalberto J. Kaspary)
As mesmas do ofício.

2 – Vocativo
Senhor Diretor do Colégio Estadual Machado de Assis:
Coloca-se ao alto da folha, a partir da
margem esquerda, não podendo ultrapassar os
2/3 da linha, caso em que deve ser FULANO DE TAL, aluno deste colégio, cursando a
harmoniosamente dividido. A localidade só deve primeira série do segundo grau, turma D, turno da
constar, se a autoridade destinatária não estiver manhã, requer a Vossa Senhoria o cancelamento de
sua matrícula, visto que fará um estágio profissional de
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
três meses no Estado de São Paulo, a partir do pública, utilizada para fazer solicitações, convites,
dia 22 do corrente. externar agradecimentos, ou transmitir informações.

Termos em que pede deferimento. Suas partes componentes são:


1. Local e data, por extenso, à esquerda da página.
Porto Alegre, 12 de maio de 1974. 2. Endereçamento (alinhado à esquerda): nome do
destinatário, precedido da forma de tratamento, e o
endereço.
Fulano de Tal 3. Vocativo: a palavra Senhor (a), seguida do cargo do
destinatário, e de vírgula.
Senhor Diretor de Pessoal da Superintendência 4. Texto paragrafado, com a exposição do(s)
dos Transportes do Estado do RS: assunto(s) e o objetivo da carta.
5. Fecho de cortesia, seguido de advérbio adequado:
Cordialmente, Atenciosamente, ou
FULANO DE TAL, funcionário público estadual, Respeitosamente.
ocupante do cargo de Auxiliar de Administração, 6. Assinatura, nome e cargo do emitente da carta.
lotado e em exercício no Gabinete de .Orçamento
e Finanças, da Secretaria da Fazenda, matricula EXEMPLO
nº 110.287, no Tesouro do Estado, requer a Rio de Janeiro, 28 de abril de 1999
Vossa Senhoria que lhe seja expedida certidão de Ilm.º Sr.
seu tempo de serviço nessa Superintendência, a Professor Evanildo Bechara
fim de anexá-la ao seu processo de Iicença- Rua da Ajuda n.º 0 / apto 208
prêmio, já em andamento na Secretaria da Centro - Rio de Janeiro - RJ
Administração. 20000-000

Senhor Professor,
Espera deferimento.
A Secretaria de Estado de Administração e
Porto Alegre, 14 de março de 1975. Reestruturação vem desenvolvendo ações no sentido
de uniformizar e racionalizar os procedimentos
administrativos do Governo do Estado do Rio de
Fulano de Tal Janeiro, visando à transparência dos atos
governamentais, à melhoria dos serviços prestados e
Excelentíssimo Senhor Secretario da ao controle,
Administração do Governo do Estado do Rio por parte do cidadão, das políticas públicas
Grande do Sul: implementadas.

Para atender aos objetivos propostos, estão sendo


FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, com 26 desenvolvidos diversos projetos que alcançam
anos, filho de.................... e de................ natural, diferentes setores da administração, dentre eles, o
de Gramado, neste Estado, residente e Manual de Redação Oficial do Estado do Rio de
domiciliado nesta Capital, na Avenida João Janeiro.
Pessoa, 582 - ap. 209, requera Vossa Excelência
inscrição no Concurso Público para o Cargo de Os trabalhos de seleção dos atos, conceituação e
Oficial Administrativo a ser realizado por essa elaboração de modelos foram realizados por grupo
Secretaria, conforme edita] divulgado no Diário de especialistas das áreas de direito, letras,
Oficial de 14 do corrente, para o que anexa os administração, documentação e comunicação e já se
documentos exigidos na citada publicação. encontram em fase final. No entanto, ainda se faz
necessária uma revisão por profissional de reconhecida
Nestes termos, experiência, para garantir a excelência da publicação.
pede deferimento.
Para este fim, conforme entendimentos anteriores
havidos com a Professora Helenice Valias de Moraes,
Porto Alegre, 24 de maio de 1974. venho solicitar sua colaboração.

Na expectativa de pronunciamento favorável,


Fulano de Tal agradecemos antecipadamente a gentileza.
Atenciosamente

14.2 - Carta, HUGO LEAL MELO DA SILVA


Secretário de Estado de Administração e
Reestruturação
Forma de comunicação externa dirigida a pessoa
(física ou jurídica) estranha à administração
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
"Atestados administrativos" são atos pelos quais a
14.3 - Certidão, Administração comprova um fato ou uma situação de
que tenha conhecimento por seus órgãos competentes.
(Hely Lopes Meirelles - Direito Administrativo Brasileiro)

CERTIDÃO GENERALIDADES

Certidão é o ato pelo qual se procede a 0 atestado comprova fatos ou situações não
publicidade de algo relativo à atividade Cartorária, necessariamente constantes em livr os, papéis ou
a fim de que, sobre isso, não pairem mais documentos em poder da Administração. Destina-se,
dúvidas. Possui formato padrão próprio, termos basicamente, à comprovação de fatos ou situações
essenciais que lhe dão suas características. Exige transeuntes, passíveis de modificações freqüentes.
linguagem formal, objetiva e concisa. Tratando-se de fatos ou situações permanentes e que
constam nos arquivos da Administração, o documento
TERMOS ESSENCIAIS DA CERTIDÃO: apropriado para comprovar sua existência é a certidão.
- Afirmação: CERTIFICO E DOU FÉ QUE, 0 atestado é mera declaração, ao passo que a certidão
- Identificação do motivo de sua expedição: A é uma transcrição. Ato administrativo enunciativo, o
PEDIDO DA PARTE INTERESSADA, atestado é, em síntese, afirmação oficial de fatos.
- Ato a que se refere: REVENDO OS
ASSENTAMENTOS CONSTANTES DESTE
CARTÓRIO, NÃO LOGREI ENCONTRAR AÇÃO
MOVIDA CONTRA EVANDRO MEIRELES, RG PARTES
4025386950, NO PERÍODO DE 01/01/1990 ATÉ a) Título - denominação do ato (atestado).
A PRESENTE DATA
- Data de sua expedição: EM 20/06/1999. b) Texto - exposição do objeto da atestação. Pode-se
- Assinatura: O ESCRIVÃO: declarar, embora não seja obrigatório, a pedido de
quem e com que finalidade o documento é emitido.
Ex. Como bem lembram Marques Leite e Ulhoa Cintra, no
seu Novo Manual de Estilo e Redação, "se se tratar de
CERTIDÃO dotes, habilidades, ou qualidades de alguma pessoa, o
atestante deverá cuidar de especificar com grande
CERTIFICO E DOU FÉ QUE, usando a faculdade clareza os dados pessoais do indivíduo em questão
que me confere a lei, e por assim me haver sido (nome completo, naturalidade, estado civil, domicílio)".
determinado, revendo os assentamentos A recomendação é muito oportuna, pois tais
constantes deste Cartório, em especial o processo atestados impõem responsabilidade particularmente
00100225654, grande a quem os fornece.
constatei, a folhas 250 dos autos, CUSTAS São perfeitamente dispensáveis, no texto do atestado,
PROCESSUAIS PENDENTES DE PAGAMENTO, expressões como "nada sabendo em desabono de sua
em valor total de R$1.535,98, conforme cálculo conduta", "é pessoa de meu conhecimento", etc., já
realizado em 14/05/1997, as quais deverão ser que só pode atestar quem conhece a pessoa e acredita
pagas por JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER, na inexistência de algo que a desabone.
devidamente intimado para tanto em 22/07/2009,
sem qualquer manifestação, de acordo com c) Local e data - cidade, dia, mês e ano da emissão do
o despacho exarado a folhas 320, a fim de ato, podendo-se, também, citar, preferentemente sob
lançamento como Dívida Ativa. forma de sigla, o nome do órgão onde a autoridade
signatária do atestado exerce suas funções.
Em 22/07/1997. Assinatura - nome e cargo ou função da autoridade
que atesta.

O Escrivão

MODELOS:

ATESTADO
14.4 - Atestado
Atesto que FULANO DE TAL é aluno deste Instituto,
CONCEITO estando matriculado e freqüentando, no corrente ano
letivo, a primeira série do Curso de Diretor de Teatro.
Atestado é o documento mediante o qual a Seção de Ensino do Instituto de Artes da UFRGS, em
autoridade comprova um fato ou situação de que Porto Alegre, aos 2 de julho de 1971.
tenha conhecimento em razão do cargo que
ocupa ou da função que exerce.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Texto - deve-se iniciá-lo a cerca de quatro linhas do
ATESTADO título. Dele deve constar:
- Identificação do emissor. Se houver vários emissores,
Chefe da Seção de Ensino é aconselhável escrever, para facilitar: os abaixo
assinados.
Atesto, para fins de direito, atendendo a pedido - O verbo atestarldeciarar deve aparecer no presente
verbal da parte interessada, que FULANO DE TAL do indicativo, terceira pessoa do singular ou do plural.
é ex-servidor docente desta Universidade, - Finalidade do documento - em geral costuma-se usar
aposentado, conforme Portaria nº 89, de 7-2- o termo "para os devidos fins", mas também
1964, publicada no DO de 21-1,-1965, de acordo pode-se especificar: "para fins de trabalho", "para fins
com o artigo 176, inciso III, da Lei nº 1.711, de 28- escolares", etc.
10-1952, combinado com o artigo 178, inciso III, - Nome e dados de identificação do interessado. Esse
da mesma Lei, no cargo de Professor de Ensino nome pode vir em caixa-alta, para facilitar a
Superior, do Quadro de Pessoal, matrícula nº 1- visualização.
218.683, lotado na Faculdade de Medicina. - Citação do fato a ser atestado.

Porto Alegre, 10 de outubro de 1972. Local e data - deve-se escrevê-los a cerca de três
linhas do texto.
Sérgio Ornar Fernandes, Diretor do Departamento
de Pessoal. Assinatura - assina-se a cerca de três linhas abaixo do
local e data.
Observe o trecho que encerra essa declaração:
"... quando se efetivou a sua cessão para o Setor de
Almoxarífado. "
14.5 - Declaração, Você sentiria dificuldade para escrever a palavra
cessão? Ficaria na dúvida entre: sessão, seção ou
cessão? Isso é comum. Trata-se, no caso, do que
Como vimos em um dos exemplos de chamamos homônimos. São palavras de pronúncia
requerimento, Amanda L. Gomes anexou-lhe uma idêntica,
declaração de conclusão do Curso de mas com grafias e significados diferentes. Vejamos as
Administração de Empresas. Tal declaração, além diferenças:
de servir-lhe como documento provisório, também cessão - doação; ato de ceder.
facilitará o andamento do processo para sessão - reunião; espetáculo de teatro, cinema, etc.
expedição de seu diploma. Você alguma vez apresentado várias vezes.
precisou apresentar uma declaração? Conhece seção - corte; divisão; parte de um todo; segmento;
esse documento? numa publicação, local reservado a determinado
Inúmeras são as situações em que nos é assunto: seção literária, seção de esportes.
solicitado ou recomendado que apresentemos
uma declaração.
Por vezes, em lugar de declaração usa-se a
palavra atestado, que tem o mesmo valor. São MODELO DA DECLARAÇÃO
declarações de boa conduta, prestação de
serviços, conclusão de curso, etc. (timbre da empresa ou instituição com nome e
A declaração (atestado) deve ser endereço)
fornecida por pessoa credenciada ou idónea que
nele assume a
responsabilidade sobre uma situação ou a DECLARAÇÃO
ocorrência de um fato. Portanto, é uma
comprovação escrita com
caráter de documento.
A declaração pode ser manuscrita em Declaramos para fins de comprovação
papel almaço simples (tamanho ofício) ou perante a UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, Diretoria
digitada/datilografada. de Registros Acadêmicos, que
Quanto ao aspecto formal, divide-se nas ________________________
seguintes partes: _______________________ estagiou nesta
empresa,_____________(Departamento/Seção),
Timbre - impresso como cabeçalho, contendo o cumprindo ___________horas, com o objetivo
nome do órgão ou empresa. Atualmente a maioria específico de efetuar o trabalho sob o título
das empresas possui um impresso com logotipo. _________________necessário para a obtenção do
Nas declarações particulares usa-se papel sem diploma de Bacharel em Administração.
timbre.
Título - deve-se colocá-lo no centro da folha, em
caixa alta. A seguir, uma breve descrição das atividades exercidas
pelo aluno no período de estágio:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
 * deixar espaço de mais de dois toques entre a última e
 a penúltima palavra;
 * espaçar as letras de uma palavra.

(Data) 2 - Timbre
Brasão (da Republica, estado ou município), em geral
______________________ centralizado, a 1 cm da extremidade superior da folha,
nome e assinatura seguido da designação do órgão.

(carimbo da empresa) 3 - Numeração


A dois espaços-padrão da designação do órgão.
O espaço-padrão interlinear do oficio e de 1,5 ou 2,
conforme a marca da maquina.
Consiste em: Of. Nº ..., ou Of. Circ. Nº .... seguido do
numero e, se for conveniente, sigla(s) do órgão
expedidor.
No caso dos ofícios-circulares que não tenham uma
14.6 - Ofício numeração especifica, a palavra "circular" deve ser
posta entre parênteses depois do número.

I – CONCEITO 4 - localidade e Data


Coloca-se na mesma linha do número, desde que haja
"Ofícios são comunicações escritas que as espaço suficiente, procurando fazer coincidir o seu fim
autoridades fazem entre si, entre subalternos e com a margem da direita.
superiores, e entre a Administração e particulares, Cuidados especiais com a data:
em caráter oficial." (Meirelles, Hely Lopes - apud
"Redação Oficial", de Não se devem abreviar partes do nome da localidade
Adalberto Kaspary). que também não deve ser seguida da sigla do estado.
* O nome do mês não se grafa com letra maiúscula.
A luz desse conceito, deduzimos que: * Entre o milhar e a centena do ano não vai ponto nem
espaço.
1) Somente autoridades (de órgãos oficiais) * Põe-se o ponto após o ano.
produzem ofícios, e isso para tratar de assuntos ERRADO - P.Alegre/RS, 18 de Junho de 1.985
oficiais. CERTO - Porto Alegre, 18 de junho de 1985.
2) O ofício pode ser dirigido a:
a - outras autoridades; 5 - Vocativo
b - particulares em geral (pessoas, firmas ou outro Inicia a três espaços-padrão abaixo da data e a 2,5cm
tipo de entidade). da margem esquerda.
3) Entidades particulares (clubes, associações, Consiste simplesmente da expressão "Senhor(es)"
partidos, congregações, etc.) não devem usar seguido de cargo ou função do destinatario: Senhor
esse tipo de correspondência. Governador, Senhores Deputados, Senhor Gerente,
4) No universo administrativo, o ofício tem sentido Senhor Diretor-Geral, Senhor Chefe, etc.
horizontal e ver tical ascendente, isto é, vai de um Não ha unanimidade quanto à pontuação do vocativo;
órgão publico a outro, de uma autoridade a outra, pode-se usar virgula, ponto ou dois pontos.
mas, dentro de um mesmo órgão, não deve ser
usado pelo escalão superior para se comunicar 6 - Introdução
com o escalão inferior (sentido vertical Praticamente inexiste. Vai-se direto ao que interessa:
descendente). "Comunicamos...", "Solicitamos...",
5) O papel utilizado é específico e da melhor "Encaminhamos..." etc.
qualidade.
6) O ofício esta submetido a certas normas 7 - Texto
estruturais, que são de consenso geral. Consiste na exposição, de forma objetiva e polida, do
assunto, fazendo-se os parágrafos necessários. Estes
podem ser numerados a partir do segundo.
1 - Margens
a) Da esquerda - a 2,5 cm a partir da extremidade 8 - Fecho
esquerda do papel. Modernamente, usam-se apenas "Atenciosamente" ou
b) Da direita - a 1,5 cm da extremidade direita do "Respeitosamente", seguidos de vírgula. O alinhamento
papel. e o do parágrafo, ou coloca-se acima da assinatura.
Nada pode ultrapassá-la, nem a data, nem o Não se numera.
nome do remetente.
Para ser perfeitamente alinhada, não e permitido:
* Usar grafismo (tapa-margem); 9 - Signatário
* afastar sinal de pontuação da palavra;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Nome e cargo do remetente, encimados pela 7. Fecho: fórmula de cortesia. Respeitosamente, para
assinatura, sem traço, a direita do papel. autoridades superiores e Atenciosamente, para
autoridades de mesma hierarquia ou hierarquia inferior.
10 - Destinatário 8. Nome e cargo do emitente: assinatura do servidor
Ocupando 2, 3 ou 4 linhas, seu final deve coincidir que emitiu o memorando, sobreposta a seu nome, o
com a extremidade inferior do papel. cargo e função , apostos a carimbo.

Ex.: A Sua Excelência o Senhor Validade do documento


Dr. Fulano de Tal,  Definida pelo conteúdo.
DD. Governador do Estado do Rio Grande do Sul
PORTO ALEGRE (RS) Nos ofícios corriqueiros, Publicação
dispensa-se o nome do destinatário.  Não se publica.

Ex.: Ao Senhor Diretor do Colégio X PORTO Observações


ALEGRE (RS)
1. O memorando deverá ser emitido em 02 (duas) vias,
Importante: Caso o ofício ocupe mais de uma que serão encaminhadas ao setor de destino, o qual
folha, o que acontece quando, em media, não reterá o original e devolverá a cópia ao emitente, para
cabe em 17 linhas, o destinatário permanece na seu arquivo, fazendo as observações relativas ao
primeira folha, indo para a ultima apenas o recebimento, na cópia.
signatário. 2. A assinatura não poderá ficar em página isolada.
3. Visto do chefe imediato/superior.
Observação: Podem ainda constar no oficio o 4. Não incluir despacho ou informação no verso do
numero de anexos e as iniciais do redator e documento.
datilógrafo. (Veja se o esquema.) 5. Evitar o uso de rubrica; quando ocorrer, apor
carimbo para dar conhecimento de quem emitiu o
documento.
14.7 - Memorando, 6. Consultar sempre que necessário, a listagem:
Organização Hierárquica dos Órgãos da Instituição,
Memorando para a correta utilização das siglas dos órgãos.
7. No texto do memorando poderá se empregada, a 1ª
Pergunta Prova: pessoa do singular ou a 1ª pessoa do plural.
Qual diferença entre Oficio e Memorando?
Ofício: entre órgãos (de um órgão para outro), no Definição e Finalidade
final tem endereço completo do destinatário.
Memorando: Interno (dentro do órgão), aqui não O memorando é a modalidade de comunicação entre
precisa endereço pois é interno. unidades administrativas de um mesmo órgão, que
podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em
Conceito níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de
Comunicação interna utilizada pelas chefias ou comunicação eminentemente interna.
servidores autorizados, na qual se expõe qualquer Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser
assunto referente à atividade administrativa. Pelas empregado para a exposição de projetos, idéias,
suas características de certa informalidade, o diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor
memorando deve ser elaborado com simplicidade do serviço público.
e concisão.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação
do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela
Forma e estrutura rapidez e pela simplicidade de procedimentos
burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do
1. MEMORANDO (caixa alta, por extenso), número de comunicações, os despachos ao
seguido de numeração (seqüencial crescente e memorando devem ser dados no próprio documento e,
anual ). no caso de falta de espaço, em folha de continuação.
2. Emissor: sigla do setor emitente e respectivas Esse procedimento permite formar uma espécie de
vinculações hierárquicas, precedidas por barras, processo simplificado, assegurando maior
precedido de Do/Da . transparência à tomada de decisões, e permitindo que
3. Data: deverá figurar na mesma linha do número se historie o andamento da matéria tratada no
e identificação. memorando.
4. Destinatário: menciona-se o cargo ocupado,
precedido de À/Ao.

5. Assunto: teor da comunicação. (aceita ementa) Forma e Estrutura


6. Texto: conteúdo do documento, com parágrafos
numerados na margem esquerda do texto, com Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do
exceção do primeiro e o fecho. padrão ofício, com a diferença de que o seu
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
destinatário deve ser mencionado pelo cargo que A ata obedece a uma estrutura fixa e padronizada.
ocupa. Observe:

Exemplos: Introdução - Deve conter o número e a natureza da


Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração reunião, o horário e a data (completa) escritos por
Ao Sr. Subchefe para Assuntos extenso, o local, o nome do presidente da reunião e
Jurídicos dos demais participantes.
Desenvolvimento - Também chamado contexto. Nele
deverão estar contidos ordenadamente os fatos e
decisões da reunião, de forma sintética, precisa e clara.
14.8 - Ata de reunião,
Encerramento - É o fecho, a conclusão. Deverá
constar a informação de que o responsável, após a
Você certamente já participou de alguma leitura da ata, deu por encerrada a reunião e que o
reunião em seu trabalho ou mesmo de uma redator a lavrou em tal horário e data. Deverá informar
assembléia do condomínio onde reside. Deve ter também que se seguem as assinaturas.
notado que inicialmente é designado um
secretário que deverá lavrara atado encontro. Já está sendo aceita atualmente a ata datilografada
Você sabe o que é e para que serve uma ata? depois de encerrada a reunião. Porém, as anotações
são feitas à mão, durante a reunião.
A ata é um documento em que deve
constar um resumo por escrito, detalhando os Ao digitar, todas as linhas da ata devem ser numeradas
fatos e as resoluções a que chegaram as pessoas e o espaço que sobra à margem direita, deve ser
convocadas a participar de uma assembléia, preenchido com pontilhado.
sessão ou reunião. A expressão correta para a Modernamente, por se necessitar de maior praticidade
redação de uma ata é lavrar uma ata. e rapidez, as empresas vêm substituindo a ata por um
Uma das funções principais da ata é determinado tipo de ficha. É uma ficha prática, fácil de
historiar, traçar um painel cronológico da vida de preencher e manusear, embora não possua o mesmo
uma empresa, associação, instituição. Serve valor jurídico de uma ata.
como documento para consulta posterior, tendo
em alguns casos caráter obrigatório. MODELO DE ATA
Por tratar-se de um documento, a ata
deve seguir algumas normas específicas.
Analisemos algumas delas. a) Modelos de introdução (partes iniciais)
- Deve ser escrito à mão, em livro especial, com
as páginas numeradas e rubricadas. Esse livro CONSELHO PENITENCIÁRIO FEDERAL
deve conter Ata da 791º Reunião Ordinária
termo de abertura e encerramento.
- A pessoa que numerar e rubricar as páginas do Aos dezesseis dias do mês de dezembro do ano de mil,
livro deverá também redigir o termo de abertura. novecentos e setenta, no quarto andar do Bloco "0" da
Avenida L-2, do Setor de Autarquias Sul, na Sala de
Termo de Abertura - é a indicação da finalidade Despachos do Procurador-Geral da justiça, sob a
do livro. Este livro contém 120 páginas por mim presidência do Doutor José Júlio Guimarães Lima,
numeradas e rubricadas e se destina ao registro reuniu-se o Conselho Penitenciário Federal. Estiveram
de atas da Escola Camilo Gama. presentes os Conselheiros Hélio Pinheiro da Silva,
Elísio Rodrigues de Araújo, Abelardo da Silva Comes,
Termo de Encerramento - é redigido ao final do Nestor Estácio Azambuja Cavalcanti, Miguel Jorge
livro, datado e assinado por pessoa autorizada. Sobrinho, Otto Mohn e o Membro Informante Tenente
Eu, Norberto Tompsom, diretor do Colégio Camilo Pedro Arruda da Silva. Aberta a sessão, foi lida e, em
Gama, declaro encerrado este livro de atas. votação, aprovada a ata da reunião anterior. Na fase de
Parnaíba, 21 de junho de 1996 Norberto comunicações, o Tenente Pedro Arruda da Silva
Tompsom comunicou que, por força constitucional, voltará para a
Polícia Militar do Distrito Federal, deixando, assim, a
- Na ato não deve haver parágrafo, mesmo se direção do Núcleo de Custódia de Brasília.
tratando de assuntos diferentes, a fim de se evitar
espaços em branco que possam ser adulterados.
- Não são admitidas rasuras. Havendo engano, (DOU de 31-3-1971, p. 2.510)
usam-se expressões, tais como: aliás, digo, a
seguir
escreve-se o termo correto. Se a incorreção for
notada ao final, usa-se a expressão em tempo,
escrevendo-se
em seguida "onde se lê ... leia-se ... ".

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos
14.9 - Relatório, e relativos.
Em se tratando dos pronomes pessoais, eles se
subdividem em: retos, oblíquos e de tratamento.
RELATÓRIO

Senhor Diretor Geral Especificamente, iremos conhecer um pouco mais


sobre os pronomes de tratamento. É importante
Encaminhamos a esta Diretoria Geral o presente lembrarmos que eles representam a forma pela qual
relatório das averiguações efetuadas em nosso nos atribuímos às pessoas, como já foi dito
departamento com a finalidade de verificar anteriormente. São eles:
irregularidades ocorridas no período de 01 de
janeiro à 31 de dezembro de 2000. Pronomes de Abreviatura Abreviatura
Usados para:
Comunicamos a Vossa Senhoria que após as tratamento Singular Plural
averiguações efetuadas constatamos o seguinte: Você V. VV. Pessoas familiares, íntimas
Pessoas com as quais mantemos
1) As compras efetuadas através de terceiros não Senhor,
Sr, Srª Srs; Srªs. um certo distanciamento mais
apresentavam valores a maior; Senhora
respeitoso
2) As notas recebidas de fornecedores não Pessoas com um grau de
conferem com as faturas pagas; Vossa
prestígio maior. Usualmente, os
3) As mercadorias constantes nas notas foram Vossa Senhoria V. Sªs empregamos em textos escritos,
Senhoria
como: correspondências, ofícios,
entregues regularmente ; requerimentos, etc.
4) Os pagamentos foram efetuados de acordo Usados para pessoas com alta
com as faturas apresentadas; Vossa autoridade, como: Presidente da
V. Exª V. Exªs
5) Após comparação entre as notas e as faturas Excelência República, Senadores,
verificou-se uma diferença de R$ 5.000,00; Deputados, Embaixadores, etc.
6) Questionamos junto ao fornecedor para repor Vossa
V. Emª V. Emªs Usados para Cardeais.
Eminência
mercadorias referente a diferença apresentada.
Junto a este relatório encaminhamos a Vossa Vossa Alteza V. A. V. V. A. A. Príncipes e duques.
Senhoria cópia de toda a documentação
necessária a sua apreciação. Vossa
V.S. - Para o Papa.
Santidade
Sem mais no momento.
Vossa Sacerdotes e Religiosos em
V. Rev.mª V. Rev.mªs
Reverendíssima geral.
Aguardamos seu despacho.
Vossa
Fulano de Tal, V. P. V.V. P.P. Superiores de Ordens Religiosas.
Paternidade
Chefe de Serviço.
Vossa
V. Mag.ª V. Mag.ªs Reitores de Universidades
Magnificência
Vossa
15.10 - Expressões de tratamento. V. M. V. V. M. M. Reis e Rainhas.
Majestade

Quando nos dirigimos às pessoas do nosso


convívio diário utilizamos uma linguagem mais
informal, mais íntima. Ao passo que, se formos Observação importante:
nos dirigir a alguém que possui um prestígio social
mais alto ou um grau hierárquico mais elevado,
necessariamente temos que utilizar uma # O pronome de tratamento concorda com o verbo na
linguagem mais formal. Lembrando que isto 3ª pessoa. Por exemplo: Vossa Senhoria está feliz.
prevalece tanto para a escrita quanto para a fala.
#Quando se referir à 3ª pessoa, o pronome de
tratamento é precedido de sua:
Para isto, podemos usufruir de um completo Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje
aparato no que se refere às normas gramaticais e ao Brasil.
à maneira correta de como e onde utilizá-las. E
fazendo parte deste aparato, estão os pronomes,
os quais pertencem às dez classes gramaticais e
possuem a função de acompanhar ou substituir o
nome, ou seja, o próprio substantivo,
relacionando-o à pessoa do discurso.

De acordo com a classificação, os mesmos


classificam-se em: pronomes pessoais,
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo,
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre,
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e


das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
TÍTULO II estabelecer para fins de investigação criminal ou
Dos Direitos e Garantias Fundamentais instrução processual penal;
CAPÍTULO I
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho,
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
COLETIVOS ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
XIV - é assegurado a todos o acesso à
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
necessário ao exercício profissional;
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos XV - é livre a locomoção no território nacional em
termos seguintes: tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus
I - homens e mulheres são iguais em
bens;
direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem
armas, em locais abertos ao público,
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar
independentemente de autorização, desde que não
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
III - ninguém será submetido a tortura nem a mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
tratamento desumano ou degradante; autoridade competente;

IV - é livre a manifestação do pensamento, XVII - é plena a liberdade de associação para fins


sendo vedado o anonimato; lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

V - é assegurado o direito de resposta, XVIII - a criação de associações e, na forma da


proporcional ao agravo, além da indenização por lei, a de cooperativas independem de autorização,
dano material, moral ou à imagem; sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e
de crença, sendo assegurado o livre exercício dos XIX - as associações só poderão ser
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
proteção aos locais de culto e a suas liturgias; suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro
caso, o trânsito em julgado;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a
prestação de assistência religiosa nas entidades XX - ninguém poderá ser compelido a associar-
civis e militares de internação coletiva; se ou a permanecer associado;

VIII - ninguém será privado de direitos por XXI - as entidades associativas, quando
motivo de crença religiosa ou de convicção expressamente autorizadas, têm legitimidade para
filosófica ou política, salvo se as invocar para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
XXII - é garantido o direito de propriedade;
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada
em lei; XXIII - a propriedade atenderá a sua função
social;
IX - é livre a expressão da atividade
intelectual, artística, científica e de comunicação, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
independentemente de censura ou licença; desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia
X - são invioláveis a intimidade, a vida
indenização em dinheiro, ressalvados os casos
privada, a honra e a imagem das pessoas,
previstos nesta Constituição;
assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação; XXV - no caso de iminente perigo público, a
autoridade competente poderá usar de propriedade
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
particular, assegurada ao proprietário indenização XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder
ulterior, se houver dano; Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido,
definida em lei, desde que trabalhada pela família, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
não será objeto de penhora para pagamento de
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com
a organização que lhe der a lei, assegurados:
XXVII - aos autores pertence o direito
exclusivo de utilização, publicação ou reprodução a) a plenitude de defesa;
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo
tempo que a lei fixar; b) o sigilo das votações;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: c) a soberania dos veredictos;

a) a proteção às participações individuais d) a competência para o julgamento dos crimes


em obras coletivas e à reprodução da imagem e dolosos contra a vida;
voz humanas, inclusive nas atividades
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o
desportivas;
defina, nem pena sem prévia cominação legal;
b) o direito de fiscalização do
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para
aproveitamento econômico das obras que criarem
beneficiar o réu;
ou de que participarem aos criadores, aos
intérpretes e às respectivas representações XLI - a lei punirá qualquer discriminação
sindicais e associativas; atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XXIX - a lei assegurará aos autores de XLII - a prática do racismo constitui crime
inventos industriais privilégio temporário para sua inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
utilização, bem como proteção às criações nos termos da lei;
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes
de empresas e a outros signos distintivos, tendo XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
em vista o interesse social e o desenvolvimento insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o
tecnológico e econômico do País; tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
XXX - é garantido o direito de herança; eles respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se omitirem;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros
situados no País será regulada pela lei brasileira XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
sempre que não lhes seja mais favorável a lei ordem constitucional e o Estado Democrático;
pessoal do "de cujus";
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do
XXXII - o Estado promoverá, na forma da condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
lei, a defesa do consumidor; decretação do perdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra eles
XXXIII - todos têm direito a receber dos
executadas, até o limite do valor do patrimônio
órgãos públicos informações de seu interesse
transferido;
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de XLVI - a lei regulará a individualização da pena e
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo adotará, entre outras, as seguintes:
seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado; a) privação ou restrição da liberdade;
XXXIV - são a todos assegurados, b) perda de bens;
independentemente do pagamento de taxas:
c) multa;
a) o direito de petição aos Poderes Públicos
em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou d) prestação social alternativa;
abuso de poder;
e) suspensão ou interdição de direitos;
b) a obtenção de certidões em repartições
públicas, para defesa de direitos e esclarecimento XLVII - não haverá penas:
de situações de interesse pessoal;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
a) de morte, salvo em caso de guerra militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
declarada, nos termos do art. 84, XIX;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde
b) de caráter perpétuo; se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele
c) de trabalhos forçados; indicada;

d) de banimento; LXIII - o preso será informado de seus direitos,


entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
e) cruéis; assegurada a assistência da família e de advogado;
XLVIII - a pena será cumprida em LXIV - o preso tem direito à identificação dos
estabelecimentos distintos, de acordo com a responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; policial;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada
integridade física e moral; pela autoridade judiciária;
L - às presidiárias serão asseguradas LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
condições para que possam permanecer com mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
seus filhos durante o período de amamentação; com ou sem fiança;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a
salvo o naturalizado, em caso de crime comum, do responsável pelo inadimplemento voluntário e
praticado antes da naturalização, ou de inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de infiel;
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre
LII - não será concedida extradição de que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
estrangeiro por crime político ou de opinião; violência ou coação em sua liberdade de locomoção,
por ilegalidade ou abuso de poder;
LIII - ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança
para proteger direito líquido e certo, não amparado por
LIV - ninguém será privado da liberdade ou habeas corpus ou habeas data, quando o responsável
de seus bens sem o devido processo legal; pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
LV - aos litigantes, em processo judicial ou
atribuições do Poder Público;
administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser
os meios e recursos a ela inerentes; impetrado por:
LVI - são inadmissíveis, no processo, as a) partido político com representação no
provas obtidas por meios ilícitos; Congresso Nacional;
LVII - ninguém será considerado culpado b) organização sindical, entidade de classe ou
até o trânsito em julgado de sentença penal associação legalmente constituída e em funcionamento
condenatória; há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de
seus membros ou associados;
LVIII - o civilmente identificado não será
submetido a identificação criminal, salvo nas LXXI - conceder-se-á mandado de injunção
hipóteses previstas em lei; (Regulamento). sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades
LIX - será admitida ação privada nos crimes
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
de ação pública, se esta não for intentada no
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
prazo legal;
LXXII - conceder-se-á habeas data:
LX - a lei só poderá restringir a publicidade
dos atos processuais quando a defesa da a) para assegurar o conhecimento de
intimidade ou o interesse social o exigirem; informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de
LXI - ninguém será preso senão em
entidades governamentais ou de caráter público;
flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária b) para a retificação de dados, quando não se
competente, salvo nos casos de transgressão prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima
para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de CAPÍTULO VII
que o Estado participe, à moralidade DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio Seção I
histórico e cultural, ficando o autor, salvo DISPOSIÇÕES GERAIS
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
Art. 37. A administração pública direta e indireta
ônus da sucumbência;
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
LXXIV - o Estado prestará assistência Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
jurídica integral e gratuita aos que comprovarem princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
insuficiência de recursos; publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
LXXV - o Estado indenizará o condenado 1998)
por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença; I - os cargos, empregos e funções públicas são
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
LXXVI - são gratuitos para os estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
reconhecidamente pobres, na forma da lei: forma da lei; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
a) o registro civil de nascimento;
II - a investidura em cargo ou emprego público
b) a certidão de óbito; depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
necessários ao exercício da cidadania. cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração; (Redação dada pela Emenda
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e Constitucional nº 19, de 1998)
administrativo, são assegurados a razoável
duração do processo e os meios que garantam a III - o prazo de validade do concurso público será
celeridade de sua tramitação. (Incluído pela de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) período;

§ 1º As normas definidoras dos direitos e IV - durante o prazo improrrogável previsto no


garantias fundamentais têm aplicação imediata. edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta convocado com prioridade sobre novos concursados
Constituição não excluem outros decorrentes do para assumir cargo ou emprego, na carreira;
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos
tratados internacionais em que a República V - as funções de confiança, exercidas
Federativa do Brasil seja parte. exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos
§ 3º Os tratados e convenções por servidores de carreira nos casos, condições e
internacionais sobre direitos humanos que forem percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
aprovados, em cada Casa do Congresso apenas às atribuições de direção, chefia e
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos assessoramento; (Redação dada pela Emenda
votos dos respectivos membros, serão Constitucional nº 19, de 1998)
equivalentes às emendas constitucionais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de VI - é garantido ao servidor público civil o direito à
2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo) livre associação sindical;

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de VII - o direito de greve será exercido nos termos
Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha e nos limites definidos em lei específica; (Redação
manifestado adesão. (Incluído pela Emenda dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 45, de 2004)
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e
empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação


por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público;

X - a remuneração dos servidores públicos e o


subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ser fixados ou alterados por lei específica, a) a de dois cargos de professor; (Redação dada
observada a iniciativa privativa em cada caso, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índices; b) a de um cargo de professor com outro técnico
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, ou científico; (Redação dada pela Emenda
de 1998) (Regulamento) Constitucional nº 19, de 1998)

XI - a remuneração e o subsídio dos c) a de dois cargos ou empregos privativos de


ocupantes de cargos, funções e empregos profissionais de saúde, com profissões
públicos da administração direta, autárquica e regulamentadas; (Redação dada pela Emenda
fundacional, dos membros de qualquer dos Constitucional nº 34, de 2001)
Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de XVII - a proibição de acumular estende-se a
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
os proventos, pensões ou outra espécie empresas públicas, sociedades de economia mista,
remuneratória, percebidos cumulativamente ou suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
não, incluídas as vantagens pessoais ou de indiretamente, pelo poder público; (Redação dada
qualquer outra natureza, não poderão exceder o pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como XVIII - a administração fazendária e seus
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio competência e jurisdição, precedência sobre os demais
mensal do Governador no âmbito do Poder setores administrativos, na forma da lei;
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e
XIX – somente por lei específica poderá ser
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o
criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
subsidio dos Desembargadores do Tribunal de
pública, de sociedade de economia mista e de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
fundação, cabendo à lei complementar, neste último
centésimos por cento do subsídio mensal, em
caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável
este limite aos membros do Ministério Público, XX - depende de autorização legislativa, em cada
aos Procuradores e aos Defensores Públicos; caso, a criação de subsidiárias das entidades
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, mencionadas no inciso anterior, assim como a
19.12.2003) participação de qualquer delas em empresa privada;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder XXI - ressalvados os casos especificados na
Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser legislação, as obras, serviços, compras e alienações
superiores aos pagos pelo Poder Executivo; serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
de quaisquer espécies remuneratórias para o
obrigações de pagamento, mantidas as condições
efeito de remuneração de pessoal do serviço
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
público; (Redação dada pela Emenda
permitirá as exigências de qualificação técnica e
Constitucional nº 19, de 1998)
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos das obrigações. (Regulamento)
por servidor público não serão computados nem
XXII - as administrações tributárias da União, dos
acumulados para fins de concessão de
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
atividades essenciais ao funcionamento do Estado,
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
exercidas por servidores de carreiras específicas, terão
XV - o subsídio e os vencimentos dos recursos prioritários para a realização de suas
ocupantes de cargos e empregos públicos são atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com
irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e o compartilhamento de cadastros e de informações
XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela
III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras,
XVI - é vedada a acumulação remunerada serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
de cargos públicos, exceto, quando houver caráter educativo, informativo ou de orientação social,
compatibilidade de horários, observado em dela não podendo constar nomes, símbolos ou
qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação imagens que caracterizem promoção pessoal de
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) autoridades ou servidores públicos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 2º A não observância do disposto nos I - o prazo de duração do contrato;
incisos II e III implicará a nulidade do ato e a
punição da autoridade responsável, nos termos da II - os controles e critérios de avaliação de
lei. desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
dos dirigentes;
§ 3º A lei disciplinará as formas de
participação do usuário na administração pública III - a remuneração do pessoal."
direta e indireta, regulando especialmente:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às
de 1998) empresas públicas e às sociedades de economia mista,
e suas subsidiárias, que receberem recursos da União,
I - as reclamações relativas à prestação dos dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
serviços públicos em geral, asseguradas a para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio
manutenção de serviços de atendimento ao em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, de 1998)
da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) § 10. É vedada a percepção simultânea de
proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou
II - o acesso dos usuários a registros dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
administrativos e a informações sobre atos de emprego ou função pública, ressalvados os cargos
governo, observado o disposto no art. 5º, X e acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
19, de 1998) livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
III - a disciplina da representação contra o
exercício negligente ou abusivo de cargo, § 11. Não serão computadas, para efeito dos
emprego ou função na administração pública. limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório
1998) previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 47, de 2005)
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa
importarão a suspensão dos direitos políticos, a § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do
perda da função pública, a indisponibilidade dos caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como
penal cabível. limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores
do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
prescrição para ilícitos praticados por qualquer subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo
erário, ressalvadas as respectivas ações de aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e
ressarcimento. dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 47, de 2005).
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público
e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as


restrições ao ocupante de cargo ou emprego da
administração direta e indireta que possibilite o
acesso a informações privilegiadas. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e


financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha
por objeto a fixação de metas de desempenho
para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor
sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Portanto, pode-se concluir que a função do
manipulador de alimentos vai muito além da
preocupação em oferecer pratos bonitos e saborosos,
mas atinge também um importante papel social, que é
o de contribuir para a preservação da qualidade dos
alimentos fornecidos aos clientes do estabelecimento
em que trabalha.
Por isso, existem normas básicas de higienização para
serem seguidas pelos manipuladores de alimentos, as
Manipuladores de alimentos: regras de quais são:
higiene pessoal Uso de uniformes
O manipulador de alimentos deve contribuir para a A higienização dos manipuladores de alimentos deverá
preservação da qualidade dos alimentos começar com o uso de uniformes adequados. Para
fornecidos aos clientes do estabelecimento em isso, eles deverão apresentar as seguintes
que trabalha características:
- Ser de cor clara, de preferência brancos;
- Estarem em bom estado de conservação, ou seja,
sem furos, sem partes rasgadas ou remendadas;
- Apresentarem bom aspecto visual, ou seja, limpos e
devidamente passados;
- Deverão ser trocados diariamente;
- Calças e blusas deverão ser de tecidos de algodão e
É indispensável que o manipulador de confeccionados sem bolsos, sendo que deverão ser
alimentos tenha a preocupação em respeitar confortáveis, de forma a possibilitar os movimentos
algumas regras básicas de higiene pessoal necessários dos braços e das pernas, durante a
realização das atividades;
- Aventais deverão ser de tecido, para serem usados
Atualmente, além da preocupação em obtermos quando a atividade a ser realizada não envolver o uso
uma alimentação saudável e eficiente, ou seja, de água, ou de borracha, para serem utilizados nas
que seja bem equilibrada, com boa aparência, rica ocasiões de se trabalhar com água.
em substâncias benéficas, também é de
fundamental importância considerar que ela seja - Sapatos deverão ser fechados e botas, de borracha
totalmente livre de agentes (agrotóxicos, branca;
bactérias, entre outros) causadores de - Rede ou touca são acessórios que irão compor o
doenças que afetam a saúde de quem a uniforme e têm a função de manter os cabelos dos
consome. Para isso, são necessários cuidados manipuladores presos, para evitar que caiam sobre os
especiais diante das principais fontes alimentos. Quando se optar pelo uso de tocas, elas
contaminantes dos alimentos. deverão ser do mesmo tecido e cor das calças e
Dessa forma, “faz-se necessário que sejam blusas.
observados critérios adequados, que evitem Banho diário
a contaminação dos alimentos, seja durante o
processo produtivo, durante a preparação para o É indispensável que o manipulador de alimentos tome
transporte, no recebimento, banho diariamente, de preferência, no local do trabalho.
no armazenamento ou na manipulação final, antes Dentes
de serem consumidos”, afirma a professora
Adriana Lara Fonseca, do curso Treinamento de Devem sempre estar escovados.
Manipuladores de Alimentos, elaborado Cuidados com cabelos
pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Os cabelos deverão ser mantidos sempre limpos e
Função do manipulador de alimentos penteados e sempre deverão ficar encobertos por uma
Além de procurar vestir um uniforme dentro das toca ou rede.
condições exigidas, é indispensável que Higienização das mãos e braços
o manipulador de alimentos tenha a preocupação
em respeitar esse conjunto de regras básicas As mãos deverão estar sempre limpas e com as unhas
de higiene pessoal para reduzir ou, até mesmo, bem aparadas. Além disso, essas partes do corpo
eliminar as possibilidades de contaminação dos deverão ser lavadas e sanitizadas sempre que:
alimentos durante a sua manipulação. - O trabalho for iniciado;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
- Comer, fumar ou passar as mãos em qualquer passe a usar “máscara facial descartável”, mas deve-se
parte do corpo por qualquer motivo; ter o cuidado de trocá-las a cada 30 min, no máximo.
- Após lidar com detritos, lixos e vasilhames sujos
ou usados, entre outros;
- Principalmente, após usar o banheiro;
- Após trabalhar com alimentos não limpos ou
crus;
- Toda vez que retornar à área de trabalho vindo
de qualquer outro local.

Além de manter as mãos e os antebraços


higienizados, o manipulador de alimentos deve
usar luvas
Higienização correta das mãos e antebraços
Para manter as mãos e os antebraços
higienizados, deve-se seguir o procedimento
descrito a seguir:
- Lavar bem as mãos e os antebraços com sabão
bactericida e água corrente, limpa e em
abundância. Deve-se lembrar que, para realizar
uma higienização de forma adequada, essas
partes do corpo do manipulador deverão
permanecer em contato com o sabão por, pelo
menos, 15 segundos. Ainda durante esse
processo, deve-se limpar muito bem as unhas e
entre os dedos;
- O próximo passo corresponde ao enxágue das
mãos e antebraços, o que deverá ser feito com
água corrente, limpa e em abundância. Feito isso,
deve- se fazer a secagem das partes
higienizadas, utilizando-se papel-toalha branco ou
ar quente;
- Para finalizar a higienização das mãos e
antebraços, estes poderão, ainda, receber uma
solução à base de álcool iodado 0,1% e
glicerinado ou de álcool a 70%. Após a aplicação
da solução, o manipulador deverá esperar a
solução secar naturalmente.
Não utilizar adornos
Durante o tempo em que estiver manipulando
alimentos, nunca se deve usar adornos como
anéis, alianças, pulseiras, brincos, piercing’s e
relógios de pulso.
Evitar usar barba
Caso o manipulador não concorde, em hipótese
alguma, em fazer a barba, é indispensável que ele
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
própria, isolada e dotada de tanque ou pia com água
corrente, fria ou quente. Todos os materiais utilizados
na limpeza (panos, vassouras etc.) devem ser mantidos
em bom estado de conservação, guardados em locais
próprios, separados de acordo com o tipo de utilização
e nunca perto de alimentos.

ETAPAS OBRIGATÓRIAS DURANTE O PROCESSO


DE HIGIENE:

– Remoção de sujidades;
Manipulação de Alimentos – Lavagem com água e sabão ou detergente;
– Enxague;
– Desinfecção química seguida de enxague final ou
desinfecção física pelo emprego de vapor.
Os procedimentos e a periodicidade de higienização
devem ser estabelecidos em Procedimentos
Operacionais Padronizados (POP) que aconteçam em
local próprio para este fim e estejam à disposição das
autoridades sanitárias.

OS “POP” DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO POR


PRODUTOS QUÍMICOS DEVEM APRESENTAR:
– O método e a frequência de realização;
– Os ingredientes ativos e a concentração das soluções
usadas;
– As temperaturas e os tempos de contato das
soluções em superfícies a serem higienizadas.;
OBS.: Os produtos usados não podem deixar resíduos
ou odores que possam contaminar os alimentos.
Os registros supracitados para limpeza por produtos
químicos também são aplicados à limpeza por vapor.
Manter a higiene de um estabelecimento que
manipula e/ou comercializa alimentos é uma PERIODICIDADE DE HIGIENIZAÇÃO PELA
prática fundamental. NECESSIDADE DE CADA LOCAL DE
MANIPULAÇÃO:

Ela é um importante fator para a garantia de um


– TODOS OS DIAS: pisos, rodapés, ralos, áreas de
insumo seguro e livre de microrganismos que
lavagem e produção, maçanetas, lavatórios, sanitários,
podem causar doenças. Para isso, instalações,
cadeiras, mesas e recipientes de lixo;
equipamentos, móveis e utensílios devem ser
– DIARIAMENTE OU DE ACORDO COM O USO:
mantidos em condições higiênico-sanitárias
equipamentos, utensílios, bancadas, superfícies de
apropriadas e em bom estado de conservação.
manipulação, saboneteiras e borrifadores;
– TODA SEMANA: paredes, portas, janelas,
HIGIENIZAÇÃO: prateleiras, coifas, geladeiras e câmaras frigoríficas;
– A CADA 15 DIAS: estrados ou similares e depósitos;
– TODO MÊS: luminárias, interruptores, tomadas e
A higienização de instalações, equipamentos e
telas;
utensílios compreende duas etapas:
– DE ACORDO COM A NECESSIDADE OU
Limpeza
REGULAMENTAÇÃO ESPECÍFICA: teto ou forro,
caixa de gordura, filtro de ar condicionado e canaleta
Consiste na remoção de poeira, resíduos de de ar.
alimentos, sujidades e/ou outras substâncias
indesejáveis.
É PROIBIDO:
Desinfecção

– Varrer a seco e lavar panos de limpeza na área de


Redução, por método físico ou químico, do
manipulação;
número de microrganismos a um nível que não
– Fazer uso de panos não descartáveis para secar
comprometa a segurança do alimento.
utensílios e equipamentos;
O processo para higienizar utensílios,
– Reaproveitar vasilhames de produtos alimentícios
equipamentos e instalações deve ocorrer em área
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
para envasar produtos de limpeza;
– Animais domésticos no local de trabalho;
– Escoar a água residual da higienização
ambiental para a via pública.

ÁGUA

Por ser uma matéria-prima, a água é o fator de


maior importância para a manipulação de
alimentos, obrigatoriamente potável e sempre que
possível filtrada.Caso seja proveniente de poços,
minas ou caminhões pipas deve-se apresentar
laudos de análise, a fim de garantir a sua
potabilidade.
É obrigatória a existência de reservatório de água
potável tampado e de fácil higienização, cuja
superfície interna deve ser lisa, resistente,
impermeável, livre de descascamentos,
rachaduras, infiltrações e vazamentos. A limpeza
deverá ser feita a cada 6 meses ou sempre que
necessário.
Tanto o vapor quanto o gelo, quando utilizados
diretamente nos alimentos, devem ser produzidos
a partir de água potável e sem riscos de
contaminação aos mesmo.

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

O sistema de esgoto deve estar diretamente


ligado à rede pública de coleta e, quando forem
utilizados métodos alternativos, os mesmos
devem ser aprovados pela autoridade ambiental
competente.
Antes de irem para a rede pública os despejos
das pias da área de produção, deverão ser
encaminhados para caixas de gordura instaladas
fora da área de manipulação e armazenamento.
Essas caixas de gordura devem ser limpas
periodicamente.
MATERIAIS RECICLÁVEIS E RESÍDUOS
SÓLIDOS

Os materiais recicláveis devem ser separados dos


resíduos considerados lixo. Os enquadrados
como lixo devem ser retirados da área de
manipulação sempre que possível e armazenados
em locais próprios, com condições adequadas de
higiene.
É preferível que os lixos não saiam pela mesma
porta de entrada que as matérias-primas. Caso
não haja outra possibilidade, a alternância entre
as duas atividadeas é obrigatória.

ABASTECIMENTO DE GÁS

Deverá estar localizado fora da área de


manipulação ou distante de onde exista calor
excessivo, em local ventilado e protegido da
passagem ou entrada de pessoas não permitidas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
fornecedor na entrega e na disponibilidade dos
produtos adquiridos para o restaurante, o que garante a
possibilidade de diversificar os produtos com maior
frequência e aproveitar melhor as ofertas
apresentadas.

• As compras dos produtos alimentícios in natura


devem apresentar padronização. É importante,
A Organização e o Controle do Estoque dos também, verificar se as caixas de transporte são de
Alimentos e Insumos polipropileno, material passível de lavagem e
esterilização.

Nos produtos industrializados devem ser verificados:

• Os registros de acordo com a Vigilância Sanitária;

• As rotulagens que devem apresentar nome da marca,


identificação da origem, tipo de conteúdo, lote, preparo
e instruções de uso, lista dos ingredientes, declaração
dos nutrientes e prazo de validade;

• Verificar se as embalagens estão íntegras e não


apresentam amassados, rasgados, trincas, ferrugem,
furos, vazamentos, abertos ou outros problemas;

• Verificar as condições de sanidade de todos os


produtos, as datas de validade, o peso e a integridade
das embalagens.

• Fazer aferição da temperatura dos produtos


refrigerados e congelados antes de armazená-los;

• São recomendações da ANVISA que as embalagens


devem ser limpas antes de serem armazenadas e
lavadas antes de utilizadas (latas, vidros, caixas tipo
longa vida, garrafas plásticas, etc.).

• O estoque de alimentos é o local de


armazenamento das matérias-primas que são • O profissional responsável pelo recebimento dos
utilizadas na elaboração das refeições. produtos – o estoquista – deve ter informações sobre a
mercadoria adquirida e verificar se estão dentro das
exigências legais para recebimento.
• Os alimentos são armazenados de acordo com
as suas características organolépticas. O local
deve ter estrados e estantes apropriados para O Fornecedor
armazenar os alimentos não perecíveis, câmara
fria (ou geladeira industrial e freezer) para Para escolha e seleção dos fornecedores de produtos
armazenar os alimentos perecíveis e os alimentícios e insumos, devem ser analisadas se as
semiperecíveis e adega para os vinhos. condições técnicas estão de acordo com as exigências
da ANVISA.

• As condições físicas e estruturais do local devem


estar de acordo com a organização, limpeza, Por meio de visitas técnicas, devem observar:
higiene e o trabalho dos funcionários.
• Se a empresa apresenta licença da ANVISA;
• Se as condições ambientais são adequadas ao
• As orientações atuais são de manter o estoque armazenamento dos produtos;
de produtos armazenados baixo e uma alta • A qualidade da matéria-prima oferecida;
frequência de reposição e rotatividade. • A qualificação dos funcionários;
• O atendimento ao cliente.

• Os cuidados são relacionados com a logística do


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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Podem ser armazenados em temperatura ambiente,
apresentam estabilidade na sua conservação e possui
Para a logística da entrega dos produtos, baixa ou nenhuma umidade.
considerar:

• Responsabilidade no cumprimento dos prazos Apresentam características microbiológicas e físico-


de entrega; químicas garantidas até o prazo de validade, desde
• As condições físicas do veículo de transporte; que conservados no local adequado.
• A oferta de variadas formas de pagamento e os
custos na negociação;
• O prazo para pedidos com antecedência e de São submetidos a processos de conservação para
pagamentos; aumentar a vida útil por meio de técnicas de
• As formas ofertadas para as solicitações e conservação e das embalagens, como os enlatados,
compras, por exemplo: através de telefone, em vidros, desidratados, etc.
internet ou visita no local, terceirização, etc. São exemplos de alimentos não perecíveis:

• Grãos secos: arroz, milho, feijão, soja, amendoim,


O Armazenamento dos Alimentos grão-de-bico, lentilha.
• As farinhas: de trigo, de milho, de mandioca.
Para manter a qualidade e integridade dos • Os cereais matinais.
alimentos armazenados no estoque, são • Subprodutos de farinhas: massas, biscoito, bolachas,
necessários que vários pré-requisitos sejam pães, bolos.
respeitados para evitar perdas ou riscos na • Enlatados: ervilhas, milho verde, palmito, molhos
utilização de produtos com data de validade prontos (condimentados).
vencida ou estragados por armazenamentos • Carnes desidratadas ou salgadas.
inadequados. • Produtos pasteurizados: sucos, molhos (in natura),
geleias.
• Doces industrializados: enlatados, em vidro ou
Observar nos produtos armazenados a data de secos.
aquisição e de validade e priorizar o uso dos que
já se encontram armazenados quando houver a
compra de novos. Alimentos semiperecíveis

São produtos com umidade relativa e devem ser


Primeiro que vence – Primeiro que sai. mantidos sob refrigeração. Exemplos de alimentos
PV - PS semiperecíveis:

Para manter a integridade, os alimentos são • Hortaliças: folhas, flores, frutos, raízes, caules.
classificados em: Frutas: Cítricas, não cítricas.

Alimentos perecíveis:

São alimentos que apresentam rápida


multiplicação microbiana. Têm características
microbiológicas, sensoriais, nutricionais e físico-
químicas com prazo de validade menor que os
demais produtos.

Devem ser armazenada em baixa temperatura na


câmara fria, geladeira ou congelados (em freezer).
São exemplos de alimentos perecíveis:

• Carnes: bovinos, peixes, aves, suínos, vísceras,


embutidos.
• Laticínios: leite, iogurte, manteiga, alguns
queijos.
• Ovos.

Produtos congelados.

Alimentos não perecíveis:


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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
práticas pecuárias são importantes na qualidade de
produtos animais. Os métodos para processamento
destes alimentos também devem ser considerados,
como utilização de frio, calor, radiação, pulsos elétricos
e conservantes.

Os cuidados na produção de alimentos devem, então,


Características Gerais dos Alimentos objetivar um produto de qualidade com a prevenção de
alterações indesejáveis como crescimento microbiano,
reações enzimáticas e não enzimáticas, mudanças
ocasionadas pela presença de insetos e roedores e
alterações decorrentes das falhas nos processos
tecnológicos, como excesso de calor, por exemplo.

As principais reações de deterioração, que constituem


o alvo dos estudos e desenvolvimentos de tecnologias
para preservação de alimentos, podem ser
classificadas em:

a) físicas: relacionadas à umidade e ocasionando ou


enrijecimento da textura ou hidratação;

b) químicas: rancidez oxidativa, perda da cor e


reações de Maillard, causando descoloração e
mudança na textura;

c) enzimáticas: gerando escurecimento por meio da


ação de polifenoloxidades e peroxidases, rancidez
oxidativa por lipoxigenases, rancidez lipolítica por
lipases, ação de proteases;

d) microbianas: desenvolvimento de microrganismos


deteriorantes e patogênicos, característicos em
diversos alimentos.

Mas a deterioração pode ser decorrente da


manipulação inadequada dos alimentos. Situações
como: uvas arremessadas do alto da parreira ao chão,
Um alimento será considerado seguro quando o bananas transportadas em caixas de madeira
mesmo apresentar inocuidade quando consumido. pequenas e empilhadas, tomate amassado pelo
Desde a matéria-prima, passando pelo consumidor para testar a firmeza, quebra da ponta da
armazenamento, processamento, distribuição, as cenoura para checar a qualidade (causando injúrias
características gerais do produto devem estar nos alimentos), peça de carne retirada da refrigeração
adequadas a não provocar danos físicos ou para o consumidor olhar mais de perto, mas não
morais ao consumidor. comprar, leite transportado para o mercado em
caminhão com refrigeração deficiente, iogurte
Os alimentos apresentam características selecionado, mas o consumidor desiste da compra e o
específicas, que lhes conferem aparência, sabor, deixa em gôndolas sem refrigeração (promovendo
aroma, cor, textura e, a princípio, contribuem para variações da temperatura do produto), etc. demonstram
a escolha, a aceitabilidade deste alimento por que o processo pode apresentar falhas,
quem irá consumi-lo. Mas estas características proporcionando perda na qualidade dos alimentos,
também denotam a sua qualidade nutricional e favorecendo a deterioração e aumentando o
microbiana, como a estrutura química do alimento, desperdício.
a presença de nutrientes, o pH, a atividade de
água, o potencial de oxirredução, a temperatura e Ou seja, pode-se afirmar que o consumidor avalia a
a umidade relativa do ar de armazenamento, a qualidade do alimento por meio da observação de
presença de oxigênio. características sensoriais, como os atributos de
aparência, textura, sabor, aroma, etc. e que mudanças
Além disso, a utilização de agrotóxicos, a de coloração, odor repugnante, mau sabor e mudança
qualidade da água de irrigação, a composição do de consistência ou aparência são os principais sinais
solo, as condições climáticas durante o plantio, de alterações, levando à recusa ao consumo.
podem interferir na qualidade de produtos
vegetais, ao passo que a utilização de antibióticos
e outros medicamentos, o tipo de ração e as boas

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Todos os funcionários devem receber essa orientação
antes de iniciar o uso, isso é uma atitude que mostra
respeito. Essa orientação nem precisa ser demorada,
talvez possa ser ministrada até no momento de assinar
a Ordem de Serviço, em uma conversa com o
funcionário.
Apesar de parecer um tema simples evitar
acidentes de trabalho não é uma tarefa fácil. Legislação: NR 6.6.1 letra “D”.
Evitar acidentes de trabalho requer disciplina de
administradores e funcionários. Grosso modo, EPC’s
temos como sugestão algumas medidas simples
que poderão ser eficiente no combate ao São o foco de todo prevencionista inteligente.
acidente.
Já abordamos na postagem EPI ou EPC qual devo
indicar que o EPC deve ser a primeira opção a ser
analisada para atenuação ou eliminação dos riscos no
1.2 COMO EVITAR ACIDENTES DE ambiente de trabalho.
TRABALHO
O EPI só deve ser indicado em último caso, ou como
Conscientização medida passageira segundo a NR 6 (veja de forma
A segurança do trabalho só flui na empresa aprofundada no link anterior).
através de conscientização. É necessário que a EPI’s
empresa adote uma linguagem clara no tocante a
aos riscos e as medidas que deverão ser São muito usados e conhecidos na maioria das
adotadas. empresas.
É necessário que a empresa adote uma São uma medida fornece proteção por um preço bem
linguagem clara no tocante a aos riscos e às em conta. São o pesadelo de muitos Técnicos em
medidas que deverão ser adotadas. Segurança do Trabalho. Diálogos individuais e
palestras podem ajudar muito na conscientização dos
NR 9.5.2 Os empregadores deverão informar os funcionários mais resistentes ao uso.
trabalhadores de maneira apropriada e suficiente
sobre os riscos ambientais que possam originar- 1.4 FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO
se nos locais de trabalho e sobre os meios
– DDS – Diálogo Diário de Segurança
disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e
para proteger-se dos mesmos. É uma ótima ferramenta de conscientização dos
funcionários.
A conscientização dos funcionários é de longe a
prática mais importante para uma gestão de São palestras curtas, que normalmente não chegam a
segurança do trabalho de sucesso. 15 minutos. Habitualmente ministradas no próprio
ambiente de trabalho. Com temas focados nos riscos
Fases da conscientização:
presentes no ambiente, e nas medidas preventivas
– Divulgação dos riscos adotadas pela empresa.
A empresa precisa divulgar de forma clara os Em algumas empresas o DDS é diário para todos os
riscos a que estão expostos os funcionários da trabalhadores, em outras, cada dia é feito com uma
empresa. Afinal, é impossível alguém que queira parte da equipe de trabalho, (curiosamente, em
se prevenir daquilo que nem conhece, não é? algumas empresas mesmo não sendo diário continua
fazendo uso do nome DDS) outras optam por palestras
Essa conscientização pode acontecer através de semanais, mensais.
palestras como DDS, SIPAT (que é obrigatória),
dentre outras, e também usando comunicação
visual, placas de perigo, risco, cuidado, e até o – Check lists
Mapa de Risco.
Possuem várias utilidades. Na Segurança do Trabalho
Um Mapa de Risco bem elaborado com uma
podem ser usadas para verificações de segurança em
linguagem clara é muito útil para conscientização.
locais de trabalho, veículos, máquinas, ferramentas,
O Mapa de Risco consegue conscientizar e
equipamentos, EPI’s e até para funcionamento de
orientar até aqueles que ainda não tiveram
órgão como SESMT e CIPA.
chance de participar de palestras, como visitantes
da empresa por exemplo. Têm também as famosas check lists de NR’s que
servem para adequar a empresa às exigências da NR
1.3 – Divulgação das medidas preventivas utilizada como fonte do próprio chec klist.
Antes de fornecer o EPI o funcionário deve ser – Investigação de acidentes
orientado. Muitas empresas entregam o EPI e
obrigam o uso sem nem ao menos se dar ao É importante para determinar a causa do acidente, para
trabalho de mostrar para que serve, e como usar. tentar evitar que aconteçam acidentes parecidos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Como investigar acidentes de trabalho promoção e preservação da saúde do conjunto dos
seus trabalhadores.
– PPRA
Sendo então, um programa que em conjunto com os
O programa de Prevenção de Riscos
demais somará forças em prol da saúde dos
Ambientais (PPRA) NR 9
trabalhadores.
A primeira vista quando lemos o nome do
Tem caráter de prevenção, mapeamento precoce e
programa logo temos a primeira impressão que é
diagnóstico dos agravos a saúde dos trabalhadores,
um programa sobre meio ambiente, mas, na
além da constatação dos casos de doenças
verdade esse programa visa à proteção da saúde
profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos
do trabalhador no “ambiente” de trabalho.
trabalhadores.
O PPRA é documento é fundamental, para a
O responsável legal por esse programa deve ser um
proteção e saúde dos trabalhadores, e também
Médico do Trabalho.
para uma boa gestão de segurança e medicina do
trabalho na empresa. – APR
A partir do mapeamento dos riscos feitos no A Análise Preliminar de Risco (APR) é uma técnica
PPRA fica mais fácil fazer o monitoramento e que visa à prevenção de acidentes do
controle dos riscos existentes no local de trabalho através da antecipação dos riscos.
trabalho.
É uma visão antecipada do trabalho a ser executado,
– Inspeções de segurança que permite a identificação dos riscos envolvidos em
cada passo da tarefa, e ainda permite a condição de
Visam à identificação dos riscos causadores de
evitá-los ou conviver com eles em segurança.
acidentes e doenças ocupacionais, fazendo uso
da técnicas e recursos apropriados. Após o – PT
completo mapeamento dos riscos, serão
A Permissão de Trabalho (PT) ou Permissão de
determinadas as medidas preventivas e corretivas
Trabalho Especial (PTE) é um formulário normalmente
necessárias.
utilizado em trabalhos de risco elevado. É usado para
Tipo de inspeção documentar a liberação de um trabalho por um tempo
determinado.
Geral: Envolve todos os setores da empresa ou
grande parte dela, normalmente esse tipo de É uma ferramenta de avaliação e documentação de
inspeção é previamente definida. possíveis riscos causadores de acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais. Uma das fases da PT é a APR
Parcial: É feita em setores de trabalho,
(Análise Preliminar de Risco).
maquinários, ou partes específicas.
De rotina: São inspeções eventuais ou feitas em
intervalos regulares curtos e previamente – Sinalização / placas de aviso
definidos. Esse tipo de inspeção é muito usado
Sinalização e sinalização de segurança se confundem.
por profissionais de segurança do trabalho.
Afinal, ambas servem como orientadores. Uma pessoa
Periódica: É realizada com data e local bem orientada tem menos chances de sofrer um
previamente definido. Adotando-se para tanto um acidente.
cronograma que indicará os locais e periodicidade
As placas de aviso tipo perigo, risco, cuidado
de inspeção adotada para cada setor listado. Tem
devem ser usadas com inteligência, não podemos
como objetivo dar atenção às condições de
rotular tudo como perigoso. Quem faz assim corre o
segurança dos diversos setores existentes em
risco de ter sua sinalização como desacreditada. Uma
uma empresa.
sinalização desacreditada se torna inválida e não
Eventual: Feitas sem previsão de data. É o tipo cumpre sua missão.
de inspeção que depende da sensibilidade do
– Organização do ambiente
profissional. Normalmente surte bons resultados
por causa do fator surpresa. Sabemos que um ambiente desorganizado é um
convite ao acidente. Então, devemos também estar de
Oficial: São realizadas por órgão governamentais
olho na organização e até na limpeza do ambiente.
do trabalho como Ministério do Trabalho,
Mantenha contato permanente com o pessoal do setor
Bombeiros, e empresas particulares como
de limpeza, descubra quais são as áreas mais
seguradoras e parceiros de trabalho.
vulneráveis a carentes de limpeza e uma vez ou outra
Especial: É o tipo de inspeção mais aprofundada, dê uma conferida. Limpeza e organização andam
que requer equipamentos ou aparelhos especiais. juntas.
– PCMSO – NR 7 – Não improvisar
O Programa de Controle Médico e Saúde É uma regra de ouro da segurança do trabalho. O
Ocupacional (PCMSO) tem como objetivo a improviso é um dos maiores causadores de acidentes e
acidentes de trabalho.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
– Participar dos treinamentos oferecidos pela
empresa
É muito importante a participação dos funcionários
nos treinamentos de segurança oferecidos pela
empresa.
O ideal é que até os líderes da empresa
participem para dar o exemplo. Fazendo assim, o
treinamento ganha em credibilidade, e cada vez
mais pessoas se sentirão motivadas a participar.
– Cumprir as normas de segurança adotadas
pela empresa
Como bem sabemos, a empresa é a responsável
pela prestação de serviço, é ela que deve
coordenar como o trabalho é desenvolvido. E
também arcar com a responsabilidade e
conseqüência dessa coordenação.
É importante que a empresa se faça ser ouvida a
respeito das normas de segurança estabelecidas
por ela. As normas internas devem ser seguidas
pelos funcionários como se fossem leis. Para isso
podemos até usar das penalidades previstas por
leis e jurisprudências. O que não pode é que as
normas sejam somente de fachadas, que não
sejam cumpridas, que não sejam aceitas…
A empresa precisa ser consciente no momento da
criação das normas internas, ela não pode criar
normas apenas por “modismo”! Não pode criar
procedimentos que ferem a legislação e a ética
pessoal do trabalhador.
As normas de segurança devem ser pensadas e
elaboradas a fim de proteger os funcionários.
Esse é o único motivo da existência delas.

Conclusão
Essas foram apenas algumas de muitas outras
técnicas que são totalmente viáveis e apresentam
ótimos resultados para evitar acidentes de
trabalho.
O importante é que tudo seja usado com muita
consciência e seriedade. A empresa precisa fazer
a frente levando a segurança no ambiente á sério.
Afinal, tudo isso envolve o maior bem que a
empresa possui que são seus funcionários.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Os alimentos mais envolvidos em casos de DTA’s


são:

• Alimentos muito manipulados (empadão, salpicão


etc.);
• Preparações a base de maionese (nunca deve ser
utilizado o ovo cru);
• Pratos preparados no dia anterior quando mal
conservados;
Doenças transmitidas por alimentos (DTA s) • Doces e salgados recheados;
• Alimentos a base de carnes e
• Alimentos reaproveitados.

NUTRICAO
As DTA’s são causadas pela ingestão de
alimentos e/ou água contaminados por bactérias e
suas toxinas, vírus e parasitas.

O que pode ocorrer no organismo de uma pessoa


que ingerir um alimento contaminado?

Podem levar a intoxicações e infecções


alimentares, causando diarreias, febres, vômitos,
dores abdominais e podem levar à morte.

Doenças transmitidas por alimentos


acontecem devido a:

• Inadequada higienização do ambiente, utensílios


e equipamentos;
• Falta de higiene pessoal e comportamentos
inadequados na cozinha;
• Manipulador de alimentos com alguma doença
ou lesão de pele;
• Contaminação entre alimentos crus e cozidos
(principalmente na arrumação da geladeira e
durante o pré-preparo de alimentos);
• Descongelamento inadequado;
• Uso de alimentos estragados e contaminados e
• Exposição prolongada dos alimentos a
temperatura inadequada ou cozimento insuficiente
(tempo e temperatura).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
As superfícies que entram em contato com os
alimentos, como bancadas e mesas, devem ser
mantidas em bom estado de conservação, sem
rachaduras, trincas e outros defeitos.
Nunca guarde os produtos de limpeza junto com os
alimentos. Não utilize produtos de limpeza
clandestinos.
Os produtos de limpeza regularizados devem conter no
Como deve ser o local de trabalho rótulo o número de registro no Ministério da Saúde ou a
frase: “Produto notificado na Anvisa/MS”.
?

A limpeza do ambiente é importante para prevenir e


controlar baratas, ratos e outras pragas.

Os venenos devem ser aplicados somente quando


necessário e sempre por empresa especializada.

Por que fazer


A sujeira acumulada é um local ideal para a
multiplicação de micróbios.
Portanto, manipular alimentos em um ambiente sujo é
uma forma comum de contaminar os alimentos.
Para se ter uma idéia, uma colher de chá de terra pode
conter até 1 milhão de bactérias.
Os insetos e outros animais apresentam micróbios
espalhados em todo o corpo.
A área de alimentos é atrativa para esses animais que,
ao entrar em contato como os alimentos desprotegidos
ou as superfícies que entram em contato com os
alimentos, podem transmitir os micróbios.
A caixa de gordura é a moradia de muitos insetos.
Esses defeitos favorecem o acúmulo de líquidos e
O que fazer sujeiras possibilitando que os micróbios patogênicos se
multipliquem rapidamente.
O local de trabalho deve ser limpo e organizado.
Para isso mantenha o piso, a parede e o teto
conservados e sem rachaduras, goteiras, Não se esqueça que essa regra se aplica às tábuas de
infiltrações, mofos e descascamentos. corte utilizadas no preparo dos alimentos.
Faça a limpeza sempre que necessário e ao Os desinfetantes, os detergentes e outros produtos de
término das atividades de trabalho. limpeza contêm substâncias tóxicas que podem
contaminar alimentos.
Lembre-se: Para impedir a entrada e o abrigo de
insetos e outros animais, as janelas devem Segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-
possuir telas e devem ser retirados os objetos Farmacológicas – SINITOX, em um único ano 374
sem utilidade da área de trabalho. pessoas ficaram doentes por consumirem alimentos
contaminados com substâncias tóxicas.
Deve haver sempre rede de esgoto ou fossa
séptica.
As caixas de gordura e de esgoto devem estar O SINITOX mostra, ainda, que 4.324 pessoas se
localizadas fora da área de preparo e intoxicaram pelo uso de raticidas, sendo que 47
armazenamento de alimentos. morreram.
O local de trabalho deve ser mantido bem
iluminado e ventilado.
As lâmpadas devem estar protegidas contra
quebras.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

O que fazer
Os banheiros e vestiários não devem se
comunicar diretamente com a área de preparo e
armazenamento dos alimentos.
O banheiro deve estar sempre limpo e
organizado, com papel higiênico, sabonete, anti-
séptico, papel toalha e lixeiras com tampas e com
pedal.

Por que fazer


Como as fezes são altamente contaminadas, os
banheiros apresentam um grande número de
micróbios patogênicos espalhados.
Quando vamos ao banheiro e não lavamos as
mãos, o número de bactérias entre nossos dedos
dobra.

O que fazer
Lave bem as mãos depois de usar o banheiro.

Por que fazer


Pesquisas indicam que a metade das pessoas
esquece de lavar as mãos quando saem do
banheiro.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
médicas, odontológicas, e veterinárias, laboratórios e
farmácias. Esse material deve ser incinerado e
esterilizado antes de ser encaminhado ao seu destino
final.

 Risco e seleção

Existe ainda uma coleta de altíssimo risco que


se relaciona ao lixo nuclear. Nesse caso, a coleta não é
organizada nem realizada pela prefeitura, mas por
 Lixo : A coleta e o destino do lixo comissões especiais das próprias usinas, que têm
técnicos treinados para lidar com material radioativo e
Ninguém quer viver perto de lixo. Por isso, dispõem de instrumentos e roupas protetoras para
costuma-se despachá-lo para algum lugar evitar contaminação.
distante. Afinal, a saúde e o bem-estar das
pessoas também depende disso. Quem se Nas últimas décadas, em algumas cidades, têm-se
encarrega de coletar e dar um fim ao lixo nas organizado a coleta seletiva de lixo. Trata-se de
cidades são os órgãos específicos de que as separar o material jogado fora de modo a facilitar sua
prefeituras dispõem para isso. Esses órgãos reciclagem, isto é, o seu reaproveitamento, que pode
podem pertencer à própria prefeitura ou ainda acontecer de diversas formas. Em geral, os programas
serem empresas particulares contratadas com de reciclagem separam o lixo, basicamente, de acordo
essa finalidade. com as seguintes categorias: orgânico, plástico, vidro,
papel e latas.

 Lixões

Antes de falar da reciclagem, porém, é


importante acompanhar o lixo que - até agora - foi
somente coletado e conhecer o destino que ele vai ter.
No caso brasileiro, 76% do lixo produzido nas cidades
é largado em lixões. Trata-se de depósitos a céu
aberto, localizados em locais afastados ou periféricos.

Apesar de baratos, os lixões, na verdade, não


são a melhor solução. Ao contrário, criam vários
problemas, de natureza ambiental e sanitária. Os
restos orgânicos e a água acumulada em vasilhames e
pneus atraem ratos, baratas, moscas e vermes que são
responsáveis pela transmissão de várias doenças.
Compactação do lixo em aterro sanitário
A esses males, num primeiro momento, estão
 Coleta de lixo expostas as muitas pessoas que retiram sua
sobrevivência dos lixões, seja catando restos de
É possível classificar os tipos de lixo e é comidas ou material para reciclagem. Para piorar, além
justamente essa classificação que permite criar do mau cheiro, a matéria orgânica ali abandonada gera
estratégias para coletá-lo da maneira mais um subproduto tóxico ao se decompor: o chorume, um
adequada. Inicialmente, pode-se falar na coleta líquido de cor escura que se infiltra na terra.
regular que se encarrega de recolher o lixo
domiciliar e comercial (produzido em lojas e  Aterros sanitários
escritórios).
Superiores aos lixões são os aterros
Em segundo lugar, vem a coleta industrial, controlados onde o lixo é compactado e enterrado em
relacionada ao lixo produzido pela indústria, com valas, o que evita os animais e a dispersão do lixo
suas caracterísiticas peculiares. Entre elas, deve- devido à ação do vento e da chuva. Os aterros
se destacar o caráter não-tóxico ou tóxico desse sanitários constituem um aprimoramento dos aterros
lixo. Isso implica a separação dos dois tipos que controlados. Neles, as valas são forradas com plástico
terão destinos diversos. Desse modo, as isolante, a compactação do lixo é maior, bem como a
indústrias devem contratar empresas camada de terra que se coloca acima dele.
especializadas para coletar o seu lixo.
O chorume e o gás metano - outro subproduto
Em matéria de lixo tóxico, no entanto, destaca-se da decomposição do lixo orgânico - são recolhidos e
o lixo hospitalar que requer uma coleta tratados para evitar o mau cheiro e a poluição. Tudo
denominada de alto risco. Ela implica a isso, porém, não faz dos aterros sanitários a solução
participação de pessoal treinado que recolhe o ideal para o lixo: eles não comportam uma quantidade
material jogado fora em hospitais, clínicas
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
infinita de lixo, nem existe espaço suficiente para
que novos aterros sanitários sejam continuamente
criados.

 Incineração e lixo atômico

A incineração ou queima do lixo, que o


reduz a cinzas, diminuindo seu volume, é uma
forma de potencializar o aproveitamento do aterro
sanitário. É também a forma mais indicada de se
lidar com o lixo hospitalar, como já foi dito. No
entanto, trata-se de um processo caro, já que
envolve métodos tecnológicos sofisticados para
evitar que a fumaça tóxica produzida pelo
incinerador contamine o ar.

O destino mais problemático, entretanto, é


o do lixo atômico: ele não pode ser destruído e a
radioatividade pode durar milhares de anos.
Atualmente, esse lixo é isolado em
compartimentos de chumbo e concreto e
enterrado a, no mínimo, meio quilômetro de
profundidade.

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