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comercializamos milhares de apostilas, sendo digitais e impressas. E esse
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“É melhor você tentar algo,
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aprender com isso, do que
não fazer nada.”
Mark Zuckerberg
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LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Compreensão e Interpretação de Textos

Compreensão e interpretação de textos é um tema que nos acompanha na vida escolar, nos vestibu-
lares, no Enem e em todos os concursos públicos. Comumente encontrarmos pessoas que se queixam
de que não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas se acham incapazes de resolver
questões sobre compreensão e interpretação de textos.

Nos concursos públicos, este tema está presente nas mais variadas formas. Nas provas, há sempre
vários textos, alguns bem grandes, sobre os quais há muitas perguntas com o objetivo de testar a
habilidade do concurseiro em leitura, compreensão e interpretação de textos. É preciso ler com muita
atenção, reler, e na hora de examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para responder com
muita confiança.

Entender as técnicas de compreensão e interpretação de textos, além de ser importante para responder
as questões específicas, é fundamental para que você compreenda o enunciado das questões de atu-
alidades, de matemática, de direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos, embora
tenham bastante conhecimentos das matérias que caem nas provas, erram nas questões, simples-
mente porque não entendem o que a banca examinadora está pedindo. Já pensou, nadar, nadar, na-
dar... e morrer na praia? Então não deixe de estudar e preste atenção nas dicas que vamos dar neste
blog. "As questões de compreensão e interpretação de textos vêm ganhando espaço nos concursos
públicos. Também é a partir de textos que as questões normalmente cobram a aplicação das regras
gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. Por isso é cada vez mais importante observar os
comandos das questões. Normalmente o candidato é convidado a:

Identificar: Reconhecer elementos fundamentais apresentados no texto.

Comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de diferenças entre situações apresentadas no


texto.

Comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.

Resumir: Concentrar as ideias centrais em um só parágrafo.

Parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras.

Continuar: Dar continuidade ao texto apresentado, mantendo a mesma linha temática.

Por isso, consideramos que são condições básicas para o candidato fazer uma correta interpretação
de textos: o conhecimento histórico (aí incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e se-
mântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos, parônimos, sinônimos, denotação, conota-
ção), e a capacidade de observação, de síntese e de raciocínio"¹.

Como Interpretar Textos

É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de textos.
Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas
relacionadas a concursos públicos.

Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relacio-
nadas a textos.

TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).

CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação
que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do con-
teúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relaciona-
mento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada
separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.

INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores


através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.

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Interpretação De Texto

O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir
daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que
levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.

Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:

1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo,


de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).

2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.

3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.

4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.

5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.

EXEMPLO

Título do Texto Paráfrases

a integração do mundo
a integração da humanidade
"O homem unido” a união do homem
homem + homem = mundo
a macacada se uniu (sátira)

Condições Básicas Para Interpretar

Fazem-se necessários:

a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;

b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; OBSERVAÇÃO – na se-


mântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sino-
nímia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.

c) Capacidade de observação e de síntese e

d) Capacidade de raciocínio.

Interpretar x Compreender

Interpretar Significa Compreender Significa

- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente


- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões,
está escrito. - tipos de enunciados:
deduzir. - tipos de enunciados
• o texto diz que...
• através do texto, infere-se que...
• é sugerido pelo autor que...
• é possível deduzir que...
• de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
• o autor permite concluir que...
ção...
• qual é a intenção do autor ao afirmar que...
• o narrador afirma...

Erros De Interpretação

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É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes
são:

a) Extrapolação (viagem)

Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento
prévio do tema quer pela imaginação.

b) Redução

É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um


conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.

c) Contradição

Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivoca-
das e, consequentemente, errando a questão.

OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam,
mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ
e nada mais.

COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou pa-
rágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma
conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e
o que já foi dito.

OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome
relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente.
Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso
a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz
erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo ade-
quado a cada circunstância, a saber:

Que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente. Mas depende das condições da frase.

Qual (neutro) idem ao anterior.

Quem (pessoa)

Cujo (posse) - antes dele, aparece o possuidor e depois, o objeto possuído.

Como (modo)

Onde (lugar)

Quando (tempo)

Quanto (montante)

Exemplo:

Falou tudo QUANTO queria (correto)


Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).

• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO, SOLECISMO,CA-


COFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem expressões que são mal empregadas, e, por força desse
hábito cometem-se erros graves como:

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LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte.


- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono correto é O.
- “No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso

a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios sobre
o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do 3º ano
do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o assunto, porque
você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.

b) Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com informações
novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-compreensão o leitor “prende” a informação
nova com a dele e “agarra” (compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer: “Eu entendi,
mas não compreendi”. Isso significa dizer que quem leu entendeu o significado das palavras, a expli-
cação, mas não as justificativas ou o alcance social do texto.

c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de compre-
endê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de fato). É formada então o
que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo texto.
Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos.

Sabendo disso, aqui vão 4 dicas para fazer com que você consiga atingir essas três etapas! Confira
abaixo:

1) Leia com um dicionário por perto

Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom
nível de leituras. Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um dicionário
por perto. Viu uma palavra esquisita, que você não conhece? Pegue um caderninho (vale a pena se-
parar um só pra isso) e anote-a. Em seguida, vá ao dicionário e marque o significado ao lado da palavra.
Com o tempo o seu vocabulário irá crescer e não vai ser mais preciso ficar recorrendo ao dicionário
toda hora.

2) Faça paráfrases

Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou uma
nova apresentação do texto, seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras dele.
Existem diversos tipos de paráfrase, só que as mais interessantes para quem está estudando para o
vestibular são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e paráfrase-esquema.

– Paráfrase-resumo: comece sublinhando as ideias principais, selecione as palavras-chave que identi-


ficar no texto e parta para o resumo. Atente-se ao fato de que resumir não é copiar partes, mas sim
fazer uma indicação, com suas próprias palavras, das ideias básicas do que estava escrito.

– Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a sua participação
com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da produção,
justificando o porquê.

– Paráfrase-esquema: depois de encontrar as ideias ou palavras básicas de um texto, esse tipo de


paráfrase apresenta o esqueleto do texto em tópicos ou em pequenas frases. Você pode usar setinhas,
canetas coloridas para diferenciar as palavras do seu esquema… Vai do seu gosto!

3) Leia no papel

Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um
tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que
aqueles que leram a mesma história em papel. Os pesquisadores justificam que a falta de possibilidade
de virar as páginas pra frente e pra trás ou controlar o texto fisicamente (fazendo notas e dobrando as
páginas) limita a experiência sensorial e reduz a memória de longo prazo do texto e, portanto, a sua
capacidade de interpretar o que aprendemos. Ou seja, sempre que possível, estude por livros de papel
ou imprima as explicações (claro, fazendo um uso sábio do papel, sem desperdícios!). Vale fazer notas
em cadernos, pois já foi provado também que quem faz anotações à mão consegue lembrar melhor do
que estuda.

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LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

4) Reserve um tempo do seu dia para ler devagar

Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem dificul-
dades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de um mal
que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de forma linear,
aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da página) para
lembrar de informações chave de um livro. Conforme nós aumentamos a nossa frequência de leitura
em telas, os nossos hábitos de leitura se adaptaram aos textos resumidos e superficiais (afinal, muitas
vezes você tem links em que poderá “ler mais” – a internet é isso) e essa leitura rasa fez com que a
gente tivesse muito mais dificuldade de entender textos longos.

Os especialistas explicam que essa capacidade de ler longas sentenças (principalmente as sem links
e distrações) é uma capacidade que você perde se você não a usar. Os defensores do “slow-reading”
(em tradução literal, da leitura lenta) dizem que o recomendável é que você reserve de 30 a 45 minutos
do seu dia longe de distrações tecnológicas para ler. Fazendo isso, o seu cérebro poderá recuperar a
capacidade de fazer a leitura linear. Os benefícios da leitura lenta vão bem além. Ajuda a reduzir o
estresse e a melhorar a sua concentração!

Ensino de Estratégia de Leitura

Estratégias de leitura são técnicas ou métodos que os leitores usam para adquirir a informação, ou
ainda procedimentos ou atividades escolhidas para facilitar o processo de compreensão em leitura.
São planos flexíveis adaptados às diferentes situações que variam de acordo com o texto a ser lido e
a abordagem elaborada previamente pelo leitor para facilitar a sua compreensão (Duffy & cols., 1987;
Brown, 1994; Pellegrini, 1996; Kopke, 2001).

Duke e Pearson (2002) identificaram seis tipos de estratégias de leitura que as pesquisas realizadas
têm sugerido como auxiliares no processo de compreensão, a saber: predição, pensar em voz alta, es-
trutura do texto, representação visual do texto, resumo e questionamento. A predição implica em ante-
cipar, prever fatos ou conteúdos do texto utilizando o conhecimento já existente para facilitar a compre-
ensão.

Pensar em voz alta é quando o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê. Tem sido demonstrado
melhora na compreensão dos alunos quando eles mesmos se dedicam a esta prática durante a leitura
e também quando professores usam rotineiramente esta mesma estratégia durante suas aulas.

A análise da estrutura textual auxilia os alunos a aprenderem a usar as características dos textos, como
cenário, problema, meta, ação, resultados, resolução e tema, como um procedimento auxiliar para
compreensão e recordação do conteúdo lido. A representação visual do texto, por sua vez, auxilia lei-
tores a entenderem, organizarem e lembrarem algumas das muitas palavras lidas quando formam uma
imagem mental do conteúdo.

Resumir as informações do texto facilita a compreensão global do texto, pois implica na seleção e des-
taque das informações mais relevantes do texto. Questionar o texto auxilia no entendimento do conte-
údo da leitura, uma vez que permite ao leitor refletir sobre o mesmo. Pesquisas indicam também que a
compreensão global da leitura é melhor quando alunos aprendem a elaborar questões sobre o texto.

Além disso, a utilização de estratégias de leitura compreende três momentos: o antes, o durante e o
após a leitura. Na pré-leitura, é feita uma análise global do texto (do título, dos tópicos e das figuras/grá-
ficos), predições e também o uso do conhecimento prévio. Durante a leitura é feita uma compreensão
da mensagem passada pelo texto, uma seleção das informações relevantes, uma relação entre as
informações apresentadas no texto e uma análise das predições feitas antes da leitura, para confirmá-
las ou refutá-las. Depois da leitura é feita uma análise com o objetivo de rever e refletir sobre o conteúdo
lido, ou seja, a importância da leitura, o significado da mensagem, a aplicação para solucionar proble-
mas e a verificação de diferentes perspectivas apresentadas para o tema. Também é realizada uma
discussão da leitura, com expressão e comunicação do conteúdo lido após análise e reflexão, seguida
de um resumo e de uma releitura do texto (Kopke, 1997; Duke & Pearson, 2002).

É importante lembrar que as estratégias de leitura também auxiliam no estudo, favorecendo a obtenção
de um nível de compreensão melhor. Exigem participação ativa do leitor, podendo ser aplicadas a
qualquer tipo de texto e em qualquer momento da leitura, com ou sem ajuda externa Oakhill e Garnham
(1988).

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LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Considerando-se esses aspectos, o ensino de estratégias de leitura abre novas perspectivas para uma
potencialização da leitura, possibilitando aos alunos ultrapassarem dificuldades pessoais e ambientais
de forma a conseguir obter um maior sucesso escolar. Essas podem e devem ser ensinadas nas séries
iniciais do ensino fundamental.

O professor exerce um papel de grande importância ao propiciar não somente a aprendizagem em


leitura, mas também ao propor modelos técnicos e procedimentos que proporcionem a compreensão
em leitura. O processo de ensinar seria uma forma de possibilitar ao estudante desenvolver estruturas
conceituais e procedimentais que implementem seu desempenho.

Dentre as estratégias de leitura que professores podem ensinar está focar a atenção dos alunos nas
idéias principais; perguntar aos alunos questões sobre seu entendimento para ajudá-lo a monitorar sua
compreensão; relacionar o conhecimento prévio dos alunos com nova informação; professores podem
questionar e designar feedback para ajudar os alunos a aplicarem técnicas e estratégias de estudo
apropriadas; podem treinar os alunos a usarem essas estratégias e técnicas de maneira mais efetiva;
utilizar reforços positivos verbais e de escrita com os alunos que apresentam baixa compreensão; pode-
se fazer questões aos alunos para ajudar a reconhecer a contradição entre o que ele realmente co-
nhece e o que ele pensou conhecer, mas não conhece; além de considerarem a variedade dos textos
estruturados na preparação dos textos para alunos e plano de aula.

Como exemplo de um modelo de instrução que consiste em 4 etapas. Na primeira - O quê - o professor
informa os tipos de estratégia de leitura que podem ser usadas. Na segunda etapa - Por quê - o pro-
fessor diz ao aluno porquê a estratégia de compreensão é importante e como a aquisição pode ajudar
a tornar-se um leitor melhor. A terceira etapa - Como - envolve a instrução direta da estratégia. Ela
pode envolver explanação verbal, modelo ou pensar em voz alta. E a quarta etapa - Quando - envolve
a comunicação de quando a estratégia deve ser usada ou não, e como evoluir e corrigir seu uso.

Outra forma é ensinar estratégias específicas, como fez Song (1998) em seu estudo. O professor de
uma classe de leitura de língua estrangeira de uma universidade ensinava a resumir, questionar, es-
clarecer e predizer. Os estudantes, por sua vez, recebiam um guia prático no qual pontuavam quando
eram capazes de utilizá-las sozinhos. O resultado desse trabalho indicou que o treino de estratégias foi
eficaz para o aprimoramento da leitura, e que a eficácia variou com a proficiência em leitura inicial do
sujeito. Além disso, foi possível identificar melhora no desempenho geral em leitura dos alunos.

Várias pesquisas sobre o ensino das estratégias de leitura têm constatado que essa é uma ação eficaz
para não somente para alunos com dificuldade em compreensão, mas também para os leitores hábeis
(Song, 1998; Magliano, Trabasso & Graesser,1999; Rhoder, 2002; Ferreira & Dias; 2002). Cabe des-
tacar que o psicólogo escolar pode ser responsável por avaliar e assessorar os professores para a
realização dessa atividade de ensino.

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Conhecimentos específicos
“Camuflar um erro seu é
anular a busca pelo
conhecimento. Aprenda
com eles e faça novamente
de forma correta.”
Nara Nubia Alencar
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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Funções Inorgânicas

As funções inorgânicas são os grupos de compostos inorgânicos que apresentam características se-
melhantes. Os compostos inorgânicos são aqueles que não formados de átomos de carbono, tal como
os compostos orgânicos.

As principais funções inorgânicas são 4: ácidos, bases, sais e óxidos. As outras funções, consideradas
secundárias, são hidretos e carbetos, por exemplo.

Essas 4 funções principais foram definidas por Arrhenius, químico que identificou íons nos ácidos, nas
bases e nos sais.

Ácidos

Ácidos são compostos covalentes, ou seja, que compartilham elétron nas suas ligações. Eles têm a
capacidade de ionizar em água, ou seja, formar cargas, liberando o H+ como único cátion.

As principais características dos ácidos são cheiro forte, sabor amargo, Ph inferior a 7 e baixo ponto de
ebulição.

Exemplos: ácido carbônico (H2CO3), ácido fluorídrico (HF), ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico
(H2SO4).

Bases

Bases são compostos iônicos formados por um metal, que dissocia em água, ou seja, separa cargas,
liberando o OH- como único ânion.

O PH das bases é superior a 7 (o dos sais é inferior a 7). A combinação de ácidos e bases resulta em
sais e água.

Exemplos: amônia (NH3), hidróxido de magnésio (Mg(OH)2), hidróxido de cálcio (Ca (OH)2) e hidróxido
de sódio (NaOH).

Sais

Sais são compostos iônicos que apresentam, no mínimo, 1 cátion (íon de carga positiva) diferente de
H+ e um ânion diferente de OH-

Resultado de uma reação de neutralização, que é a reação entre um ácido e uma base onde se forma
sal e água.

Os sais são sólidos, cristalinos e fazem ebulição em temperaturas altas.

Exemplos: ácido clorídrico (HCl), carbonato de sódio ( Na2CO3), cloreto de sódio, “sal de cozinha”
(NaCl), fosfato de sódio e cálcio (NaCa(PO)4).

Óxidos

Óxidos são compostos binários, que têm dois elementos (iônicos ou moleculares). Possuem oxigênio
na sua composição, sendo ele o seu elemento mais eletronegativo.

Exemplos: dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), monóxido de carbono (CO), óxido de sódio
(Na2O) e óxido de zinco (ZnO).

Ácidos e Bases

Nesta aula-virtual, veremos de que forma podemos classificar substâncias como ácidos ou bases, as
principais propriedades destes grupos, o conceito de pH e a força relativa destas substâncias.

As duas funções mais importantes da química: ácidos e bases. São os grandes pilares de toda a vida
de nosso planeta, bem como da maioria das propriedades do reino mineral.

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Íons carbonatos e bicarbonatos (ambos básicos) estão presentes na maior parte das fontes de água e
de rochas, junto com outras substâncias básicas como fosfatos, boratos, assentos e amônia.

Em adição, vulcões podem gerar águas extremamente ácidas pela presença de HCl e SO2. A fotossín-
tese das plantas pode alterar a acidez da água nas vizinhanças por produzir CO2, a substância gera-
dora de ácido mais comum na natureza. A fermentação do suco de frutas pode vir a produzir ácido
acético. Quando utilizamos nossos músculos em excesso sentimos dores provocados pela liberação
de ácido lático.

Com tamanha frequência em nosso ambiente, não é de se espantar que os ácidos e bases tenham
sido estudados por tantos séculos. Os próprios termos são medievais: “Ácido” vem da palavra latina
“acidus”, que significa azedo.

Inicialmente, o termo era aplicado ao vinagre, mas outras substâncias com propriedades semelhantes
passaram a ter esta denominação. “Álcali”, outro termo para bases, vem da palavra arábica “alkali”, que
significa cinzas.

Quando cinzas são dissolvidas em água, está se torna básica, devido a presença de carbonato de
potássio. A palavra “sal” já foi utilizada exclusivamente para referência ao sal marinho ou cloreto de
sódio, mas hoje tem um significado muito mais amplo.

Os íons hidrônio e hidróxido

A água é uma substância deveras bizarra. Entre várias propriedades anômalas, há uma de particular
interesse no estudo de ácidos e bases: a auto ionização. De fato, duas moléculas de água podem in-
teragir e produzir dois íons: um cátion, o hidrônio, e um ânion, o hidróxido. É uma reação onde ocorre
uma transferência de próton de uma molécula de água para outra.

A existência do auto ionização da água foi provada, ainda no século IXX, por Friedrich Kohlraush. Ele
descobriu que a água, mesmo que totalmente purificada e deionizada, ainda apresenta uma pequena
condutividade elétrica. Kohlraush atribuiu esta propriedade à existência de íons na água, mais precisa-
mente íons hidrônios e hidróxidos.

A compreensão do auto ionização da água é o ponto de partida para os conceitos de ácidos e bases
aquosos.

Conceitos de Ácidos e Bases

Um dos primeiros conceitos de ácidos e bases que levavam em conta o caráter estrutural das moléculas
foi desenvolvido no final do século 19, por Svante Arrhenius, um químico sueco. Ele propôs que os
ácidos eram substâncias cujos produtos de dissociação iônica em água incluiam o íon hidrogênio (H+)
e bases as que produzem o íon hidróxido (OH-).

Este conceito, embora utilizado até hoje, tem sérias limitações:

1) só pode ser empregado a soluções aquosas;


2) o íon H+, de fato, sequer existe em solução aquosa;
3) não pode ser aplicado para outros solventes.
4) segundo este conceito, somente são bases substâncias que possuem OH- em sua composição.

É verdade para o NaOH, mas outras substâncias, como a amônia, não são bases de acordo com o
conceito de Arrhenius.

Em 1923, J.N. Bronsted, em Copenhagen (Denmark) e J.M. Lowry, em Cambridge (England) indepen-
dentemente sugeriram um novo conceito para ácidos e bases. Segundo eles, ácidos são substâncias
capazes de doar um próton em uma reação química. E bases, compostos capazes de aceitar um próton
numa reação.

Este conceito ficou conhecido como “definição de Bronsted”, pois este e seus alunos foram mais ágeis
na difusão da nova ideia. Esta nova definição é bem mais ampla, pois explica o caráter básico da amô-
nia e o caráter ácido do íon amônio, por exemplo.

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Repare que, na reação com amônia, a água se comporta como um ácido, pois doa um próton; já na
reação com o amônio, a água se comporta como uma base, pois aceita um próton deste íon.

A água, portanto, é um exemplo de substância anfiprótica, isto é, moléculas que podem se comportar
como um ácido ou como uma base de Bronsted.

De acordo com Bronsted, a dissociação do HCl promove a formação de outro íon: o íon hidrônio

Como vimos, a noção de ácidos e bases de Bronsted envolve, sempre, a transferência de um próton –
do ácido para a base. Isto é, para um ácido desempenhar seu caráter ácido, ele deve estar em contato
com uma base. Por exemplo: o íon bicarbonato pode transferir um próton para a água, gerando o íon
carbonato.

Como a reação é reversível, o íon carboxilato pode atuar como uma base, aceitando, na reação inversa,
um próton do íon hidrônio – que atua como um ácido. Portanto, os íons bicarbonato e carbonato estão
relacionados entre si, pela doação ou ganho de um próton, assim como a água e o íon hidrônio. Um par
de substâncias que diferem pela presença de um próton é chamado de par ácido-base conjugado.

Desta forma, o íon carbonato é a base conjugada do ácido bicarbonato, e o íon hidrônio é o ácido
conjugado da base H2O.

O íon HPO42- é a base conjugada do íon H2PO4-.

Identificação de Ácidos e Bases

Em água, alguns ácidos são melhores doadores de prótons do que outros, enquanto que algumas
bases são melhores aceptoras de prótons do que outras. Por exemplo: uma solução aquosa de HCl
diluída consiste, praticamente, de íons cloreto e hidrônio, uma vez que quase 100% das moléculas do
ácido são ionizadas. Por isso, este composto é considerado um ácido de Bronsted forte.

Em contraste, uma solução diluída de ácido acético contém apenas uma pequena quantidade de íons
acetato e hidrônio – a maior parte das moléculas permanece na forma não ionizada. Este composto é,
portanto, considerado um ácido Bronsted fraco.

De acordo com o modelo de Bronsted, um ácido doa um próton para produzir uma base conjugada.
Entretanto, esta base conjugada pode vir a aceitar o próton de volta, retornando ao ácido conjugado. A
espécie capaz de se ligar mais fortemente ao próton é que vai determinar a força do ácido ou da base.
Portanto,

a) quanto mais forte for o ácido, mais fraca é a base conjugada

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Neste caso, a ligação H-A é bastante fraca, e o íon A- é estável, ou seja, é uma base fraca.

b) quanto mais fraco for o ácido, mais forte é a base conjugada.

Isto significa que a ligação H-A é uma ligação forte, pois o íon A- é pouco estável e representa uma
base forte, que tende a recapturar o próton.

Numa solução aquosa de HCl, duas bases entrarão numa disputa pelo próton: o íon cloreto e a água.
Como a água é uma base mais forte, praticamente todo o HCl perde o próton para esta.

Já numa solução aquosa de ácido acético, a água sai perdendo: a base mais forte é o íon acetato! Por
isso, apenas parte das moléculas deste ácido sofrem ionização.

Como vimos anteriormente, a água sofre um processo de auto-ionização, produzindo íons hidrônios e
hidróxidos.

Entretanto, como o íon hidróxido é uma base muito mais forte do que a água, da mesma forma que o
íon hidrônio é um ácido muito mais forte, o equlíbrio é grandemente deslocado para o lado esquerdo
da equação. De fato, a 25oC, apenas 2 de cada um bilhão de moléculas sofrem auto-ionização. Quan-
titativamente, podemos descrever o processo como:

Todavia, em água pura ou em uma solução aquosa diluída, o termo [H2O] é uma constante (55,5 mol/L).
Desta forma, podemos simplificar a equação acima como:

Keq.[H2O]2 = Kw e Kw = constante de ionização da água = [H3O+].[OH-] a 25oC, Kw = 1,008 x 10-


14 M2

Esta expressão de Kw é muito importante, e deve ser memorizada, pois é através dela que todos os
conceitos de pH e pOH são deduzidos.

O equilíbrio da reação entre o ácido acético e a água pode ser descrito pela constante abaixo:

Novamente, no caso de soluções diluídas, o termo [H2O] é constante, e podemos substituir a equação
por Keq. [H2O]=Ka, que fica:

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Esta é a expressão para a constante de ionização ácida, Ka. Da mesma forma, podemos escrever a
expressão para Kb, a constante de ionização básica. Vamos utilizar a reação da amônia com água
como exemplo:

Nomenclatura de Ácidos, Bases, Sais e Óxidos

Confira as nomenclaturas dos três:

Ácidos

Para ácidos não oxigenados, usamos a terminação IDRICO.

Exemplo:

• HCl – ácido clorídrico


• H2S – ácido sulfídrico
• H2Se – ácido selenídrico

Para ácidos oxigenados, a coisa complica um pouco.

Se o elemento possuir somente uma valência, usamos a terminação ICO.

Exemplo:

• H2CO3 – ácido carbônico

• H3BO3 – ácido bórico

Se o elemento tiver 2 valências, para a maior usamos ICO e para a menor OSO.

Exemplos:

• H2SO3 – ácido sulfuroso

• H2SO4 – ácido sulfúrico

• HNO2 – ácido nitroso

• HNO3 – ácido nítrico

Se o elemento tiver 3 ou mais valências, usamos o prefixo HIPO junto com o sufixo OSO, e o prefixo
PER junto com o sufixo ICO, nesta ordem.

Exemplos:

• HClO – ácido hipocloroso

• HClO2 – ácido cloroso

• HClO3 – ácido clórico

• HClO4 – ácido perclórico

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Existem casos em que o elemento forma diversos ácidos, porém sempre com a mesma valência.Usa-
mos então os prefixos ORTO, META e PIRO.

Exemplos:

• H3PO4 – ácido ortofosfórico

• HPO3 – ácido metafosfórico

• H4P2O7 – ácido pirofosfórico

Note que nos três ácidos o fósforo tem valência +5.

Bases

Se o elemento possuir somente uma valência, usamos a expressão “hidróxido de” seguida do nome do
elemento. Exemplo:

• NaOH – hidróxido de sódio

• Ca(OH)2 – hidróxido de cálcio

Se o elemento possuir duas valências, usamos a expressão “hidróxido de” seguida do nome do ele-
mento e os sufixos OSO e ICO, ou então a valência em números romanos. Exemplo:

• Fe(OH)2 – hidróxido ferroso ou hidróxido de ferro II

• Fe(OH)3 – hidróxido férrico ou hidróxido de ferro III

Óxidos

Se o elemento possuir somente uma valência, usamos a expressão “óxido de” seguida do nome do
elemento. Exemplo:

• BaO – óxido de bário

• K2O – óxido de potássio

Se o elemento possuir duas valências, usamos a expressão “óxido de” seguida do nome do elemento
e os sufixos OSO e ICO, ou então a valência em números romanos. Exempl:

• Cu2O – óxido cuproso ou óxido de cobre I

• CuO – óxido cúprico ou óxido de cobre II

• NiO – óxido niqueloso ou óxido de níquel II

• Ni2O3 – óxido niquélico ou óxido de níquel III

Sais

Os sais derivam da reação de um ácido ou óxido com uma base.

Os sais sem oxigênio mudam a terminação IDRICO para a terminação ETO. Exemplo:

• CaS – sulfeto de cálcio, vem do ácido sulfídrico

• RbH – fluoreto de rubídio, vem do ácido fluorídrico

Os sais oxigenados de menor valência mudam a terminação OSO para ITO. Exemplo:

• Na2SO3 – sulfito de sódio, vem do ácido sulfuroso

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

• LiNO2 – nitrito de lítio, vem do ácido nitroso

Os sais oxigenados de maior valência mudam a terminação ICO para ATO. Exemplo:

• Na2SO4 – sulfato de sódio, vem do ácido sulfúrico

• NaClO3 – clorato de sódio, vem do ácido clórico.

Os prefixos HIPO, PER, ORTO, META E PIRO são mantidos inalterados nos sais, mudando apenas as
terminações de OSO para ITO e de ICO para ATO. Exemplos:

• NaPO3 – metafosfato de sódio, vem do ácido metafosfórico

• Ca2P2O7 – pirofosfato de cálcio, vem do ácido pirofosfórico.

Para terminar, os nomes dos cátions seguem as regras mencionadas acima para as bases e o óxidos,
usando os sufixos OSO e ICO ou algarismos romanos para as valências.

Ácidos e Bases

Ácidos e bases são dois grupos químicos relacionados entre si. São duas substâncias de grande im-
portância e presentes no cotidiano.

Os ácidos e bases são estudados pela Química Inorgânica, o ramo que estuda os compostos que não
são formados por carbono.

Conceitos de Ácidos e Bases

O conceito de Arrhenius

Um dos primeiros conceitos de ácidos e bases desenvolvido no final do século 19, por Svante Arrhe-
nius, um químico sueco.

Segundo Arrhenius, os ácidos são substâncias que em solução aquosa sofrem ionização, liberando
como cátions somente H+.

HCl (aq) → H+ (aq) + Cl- (aq)

Saiba mais sobre os ácidos.

Enquanto isso, as bases são substâncias que sofrem dissociação iônica, liberando como único tipo de
ânion os íons OH- (hidroxila).

NaOH (aq) → Na+ (aq)+ OH- (aq)

Saiba mais sobre as bases.

Entretanto, o conceito de Arrhenius para ácidos e bases mostrou-se restrito a água.

O Conceito de Bronsted-Lowry

O conceito de Bronsted-Lowry é mais abrangente do que o de Arrhenius e foi apresentado 1923.

De acordo essa nova definição, os ácidos são substâncias capazes de doar um próton H+ a outras
substâncias. E as bases são substâncias capazes de aceitar um próton H+ de outras substâncias.

Ou seja, o ácido é doador de prótons e a base é receptora de prótons.

Caracteriza-se um ácido forte como aquele que se ioniza completamente na água, isto é, libera íons
H+.

Porém, a substância pode ser anfiprótica, ou seja, capaz de se comportar como um ácido ou base de
Bronsted. Observe o exemplo da água (H2O), uma substância anfiprótica:

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

HNO3(aq) + H2O(l) → NO3- (aq) + H3O+(aq) = Base de Bronsted, aceitou o próton

NH3(aq) + H2O(l) → NH4+(aq) + OH-(aq) = Ácido de Bronsted, doou o próton

Além disso, as substâncias se comportam como pares conjugados. Todas as reações entre um ácido
e uma base de Bronsted envolvem a transferência de um próton e tem dois pares ácido-base conjuga-
dos. Veja o exemplo:

HCO3- e CO32-; H2O e H3O+ são pares ácido base conjugados.

Nomenclatura de Ácidos

Para definir a nomenclatura, os ácidos são divididos em dois grupos:

• Hidrácidos: ácidos sem oxigênio;

• Oxiácidos: ácidos com oxigênio.

Hidrácidos

A nomenclatura ocorre da seguinte forma:

ácido + nome do elemento + ídrico

Exemplos:

HCl = ácido clorídrico


HI = ácido iodídrico
HF = ácido fluorídrico

Oxiácidos

A nomenclatura dos oxiácidos segue as seguintes regras:

Os ácidos-padrões de cada família (famílias 14, 15, 16 e 17 da Tabela Periódica) seguem a regra geral:

ácido + nome do elemento + ico

Exemplos:

HClO3 = ácido clórico


H2SO4 = ácido sulfúrico
H2CO3: ácido carbônico

Para os outros ácidos que se formam com um mesmo elemento central, nomeamos com base na quan-
tidade de oxigênio, seguindo a seguinte regra:

Quantidade de oxigênio, em relação ao ácido-padrão Nomenclatura

+ 1 oxigênio Ácido + per + nome do elemento + ico

- 1 oxigênio Ácido + nome do elemento + oso

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Quantidade de oxigênio, em relação ao ácido-padrão Nomenclatura

- 2 oxigênios Ácido + hipo + nome do elemento + oso

Exemplos:

HClO4 (4 átomos de oxigênio, um a mais que o ácido padrão) : ácido perclórico;


HClO2 (2 átomos de oxigênio, um a menos que o ácido padrão): ácido cloroso;
HClO (1 átomo de oxigênio, dois a menos que o ácido padrão): ácido hipocloroso.

Nomenclatura de Bases

Para nomenclatura de bases segue-se a regra geral:

Hidróxido de + nome do cátion

Exemplo:

NaOH = Hidróxido de sódio

Porém, quando um mesmo elemento forma cátions com diferentes cargas acrescenta-se ao final do
nome, em algarismos romanos, o número da carga do íon.

Ou, pode-se acrescentar o sufixo - oso, ao íon de menor carga e o sufixo -ico, ao íon de maior carga.

Exemplo:

Ferro

Fe2+ = Fe(OH)2 = Hidróxido de ferro II ou Hidróxido ferroso;


Fe3+ = Fe(OH)3 = Hidróxido de ferro III ou Hidróxido férrico.

Comparação entre Ácidos e Bases

Os ácidos e as bases são duas funções químicas que são consideradas opostas, isso porque as suas
propriedades costumam ser inversas. Por exemplo, se considerarmos alimentos presentes em nosso
cotidiano que são ácidos, veremos que o gosto deles, no geral, é azedo, como ocorre com o limão.
Porém, alimentos que são básicos possuem gosto adstringente (que “amarra” a boca), como o de uma
banana verde.

Mas identificar uma substância como ácida ou básica apenas pelo gosto, além de ser um método que
tem muitas chances de falhar, também é altamente perigoso, pois existem muitos ácidos e bases que
são fortes, tóxicos e podem até matar, tais como o ácido sulfúrico (H2SO4), usado nas baterias dos
automóveis, e o hidróxido de sódio (NaOH), conhecido comercialmente como soda cáustica.

Assim, as propriedades organolépticas (propriedades que dizem respeito aos nossos sentidos, tais
como o paladar e o olfato) não são as usadas para identificar ácidos e bases. Observe abaixo outras
propriedades dessas funções orgânicas que servem para compará-las e distingui-las:

Solubilidade em água:

Os ácidos costumam ser bem solúveis em água, enquanto a maior parte das bases é insolúvel. As ba-
ses de metais alcalinos são solúveis, a de metais alcalinoterrosos são pouco solúveis e as bases de
outros metais são insolúveis (uma exceção é o hidróxido de amônio, NH4OH, que existe apenas em
solução aquosa, borbulhando o gás amônia em água, sendo, portanto, solúvel nela).

Quando dizemos “insolúvel”, estamos querendo dizer que essas substâncias são praticamente insolú-
veis, porque nenhuma substância é totalmente insolúvel em água.

Estrutura:

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Todos os ácidos são moleculares, ou seja, formados por ligações covalentes em que há compartilha-
mento de elétrons. Um exemplo é o gás clorídrico, que é formado pelo compartilhamento de um par de
elétrons entre o hidrogênio e o cloro:

Já as bases podem ser iônicas ou moleculares. As que possuem os metais alcalinos e alcalinoterrosos
são iônicas, e as demais são moleculares.

Exemplos:

NaOH: base iônica formada pelos íons Na+ e OH-;

NH4OH: base molecular de amônia em água.

Condutividade elétrica:

Todos os ácidos só conduzem corrente elétrica quando estão dissolvidos em água, porque quando
estão em meio aquoso, eles sofrem ionização, ou seja, liberam íons.

Exemplo:

Todas as bases também conduzem corrente elétrica em solução, pois as iônicas sofrem dissociação
(liberam os íons já existentes na fórmula) e as moleculares sofrem ionização, reagindo com a água e
liberando íons.

As bases de metais alcalinos também conduzem corrente elétrica quando estão no estado líquido (fun-
didas).

Ação em relação aos indicadores:

Os indicadores ácido-base são substâncias naturais ou sintéticas que sofrem uma alteração em sua
cor quando entram em contato com um ácido ou uma base. Se um ácido provoca a alteração da cor do
indicador, a base fará o indicador voltar à cor original e vice-versa.

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Por exemplo, a fenolftaleína é um indicador ácido-base muito utilizado, sendo que, em meio básico, ela
fica um rosa bem intenso; já em meio ácido, ela fica incolora. O papel de tornassol também é um bom
indicador, sendo que em um ácido, ele fica vermelho; e em uma base, ele fica azul.

Isso serve também para indicar a diferença de pH que há entre os ácidos e as bases.

PH:

Um meio considerado neutro possui pH igual a 7, como é o caso da água destilada.

Os ácidos possuem pH menor que 7, enquanto as bases possuem pH maior que 7.

Exemplos de soluções com pH próximo ao indicado pela escala:

Ação recíproca:

Quando colocados em contato, os ácidos e as bases reagem entre si, neutralizando um ao outro, isto
é, tornado o pH do meio neutro.

Isso ocorre porque o cátion H+ proveniente do ácido reage com o ânion OH- proveniente da base,
formando água. Esse tipo de reação é chamado de reação de neutralização e produz também um sal.

Indicadores Ácido-Base

Os indicadores ácido-base são substâncias naturais ou sintéticas que têm a propriedade de mudarem
de cor em função do pH do meio.

O pH é o potencial hidrogeniônico, ou seja, refere-se à concentração de íons [H+] ( ou H3O+) em uma


solução. Quanto maior a quantidade desses íons, mais ácida é a solução.

Desse modo, os indicadores apresentam uma cor quando estão em meio ácido e outra cor quando
estão em meio básico.

A escala de pH geralmente varia entre 0 e 14, sendo que o 7 representa um meio neutro, os valores
abaixo de 7 são meios ácidos e quanto menor o pH, mais ácido é o meio, enquanto os valores acima
de 7 são meios básicos e quanto maior esse valor, mais básico é o meio.

Abaixo temos alguns exemplos de soluções do cotidiano com o pH próximo ao indicado pela escala, a
25ºC. No entanto, geralmente os valores de pH e pOH (potencial hidroxiliônico – indica a concentração
de íons OH-, sendo que quanto maior, mais básico é o meio) são decimais.

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Assim, os indicadores ácido-base são também usados para indicar os valores aproximados de pH.

O sistema de funcionamento dos indicadores é o seguinte: geralmente eles são um ácido fraco ou uma
base fraca que entra em equilíbrio com a sua base ou ácido conjugado, respectivamente, que apresenta
coloração diferente. Veja um exemplo:

Indicador ácido + H2O ↔ H3O+ + Base conjugada


(cor A) (cor B)

Quando esse indicador genérico entra em contato com um meio ácido, segundo o Princípio de Le Cha-
telier, o equilíbrio é deslocado no sentido de formação do ácido fraco, ficando com a cor A. Por outro
lado, se o indicador entrar em contato com um meio básico, os íons OH- da solução básica irão reagir
com os íons H3O+ do indicador. Desse modo, o equilíbrio será deslocado no sentido de repor os íons
H3O+, ou seja, para a direita, que é também o sentido de formação da base conjugada, e o sistema
adquire a cor B.

Para que a mudança de cor possa ser vista a olho nu, deve haver uma alteração de duas unidades no
valor do pH.

Existem vários indicadores artificiais usados em laboratório, sendo que os três mais usados são a fe-
nolftaleína, o papel de tornassol e os indicadores universais, veja cada um:

• Fenolftaleína: é um indicador líquido que fica incolor em meio ácido e rosa intensoem meio básico:

• Papel de tornassol: Fica com cor azul na presença de bases e adquire cor vermelhana presença
de ácidos.

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

• Indicador universal: Eles são obtidos quando se imergem as tiras de papel em soluções com uma
mistura de indicadores, que depois são secas. Desse modo, eles apresentam cores diferentes para
cada valor de pH, sendo mais precisos do que os anteriores.

Assim, no laboratório, quando se quer determinar o pH de alguma solução, basta introduzir essas tiras
na solução estudada e comparar a cor obtida com a escala que aparece na embalagem do indicador.

Os indicadores são muito usados em titulações, técnica de laboratório para descobrir a concentração
de uma solução por meio do gotejamento de outra solução de concentração conhecida. O texto Titulo-
metria traz mais detalhes, mas basicamente o indicador mostra o momento de parar a reação, que é
no ponto de viragem, quando há a mudança brusca de cor.

No entanto, para se escolher o indicador certo, é preciso considerar as forças relativas dos ácidos e
das bases que participam da reação e também da faixa de viragem do indicador. Por exemplo, a faixa
de viragem da fenolftaleína é entre 8,2 e 10,0, então ela é indicada para reações em que o ponto de
viragem ocorre em pH básico, mas não em que o ponto de viragem ocorre em pH ácido.

Existem muitos outros indicadores, tais como os mostrados na tabela abaixo com os seus respectivos
valores de pH nos pontos de viragem:

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Condutividade Elétrica

Moléculas e íons são partículas tão pequenas que não conseguimos enxergá-las. Conseguimos ver a
matéria porque é uma agrupação de uma quantidade enorme de moléculas ou íons.

Fazemos a seguinte pergunta: quando dissolvemos uma substância, por que ela desaparece?

Dissolver é separar. Portanto, quando um composto é dissolvido, é separada molécula a molécula, íon
a íon. Em outras palavras, a separação é feita em partículas tão pequenas que não mais enxergamos
a matéria: por esse motivo, temos a impressão de que ela desapareceu.

Teoria de Arrhenius

Uma solução conduz corrente elétrica quando nela há íons livres (solução iônica).

Composto Molecular

Considere um composto molecular no estado sólido: a sacarose (C12 H22 O11), por exemplo:

Compostos Moleculares Importantes

• Glicose = C6H12O6

• Etanol = C2H6O

• Sacarose = C12H22O11

Quando dissolvida, molécula a molécula, não mais pode ser enxergada a olho nu.

Na molécula, não há ganho ou perda de elétrons. Essa solução é eletricamente neutra: não tem íons
livres; portanto, não conduz corrente elétrica.

Os compostos moleculares não conduzem corrente elétrica no estado sólido, nem quando dissolvidos
em água. Soluções ácidas são a exceção.

Ácido Importantes

• HCl - ácido clorídrico (muriático)

• H2SO4 - ácido sulfúrico

• H3CCOOH - ácido acético (presente no vinagre)

Os ácidos são compostos moleculares que em solução aquosa liberam H+.

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Os ácidos formam soluções iônicas, ou seja, geram íons livres, o que garante a condutividade de cor-
rente elétrica.

Composto Iônico

Todo composto iônico é sólido nas condições ambientais.

Vamos tomar como exemplo o NaCl (sal de cozinha):

Ao dissolver o composto iônico em água, os íons são separados; ou seja, são gerados íons livres na
solução (solução iônica) e, portanto, há condutividade de corrente elétrica.

Uma outra maneira de separar os íons é aquecê-los até que passem para o estado líquido (quando
alcançam o ponto de fusão).

Fundir = aquecer até passar ao estado líquido

Resumindo

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

COMENTÁRIOS IMPORTANTES:

Se a solução conduz corrente elétrica é porque tem íons livres.

As possibilidades são:

• 1. um ácido dissolvido em água (solução aquosa)

• 2. um composto iônico (bases e sais) dissolvido em água ou fundidos.

Ácidos, Bases e Condutividade Elétrica

Por que NaOH e HCL não conduzem corrente elétrica quando puros, mas quando dissolvidos em água
passam a conduzir?

No NaOH sólido há íons ( que são portadores de carga elétrica), mas eles não estão livres para se
movimentar. Estão “ travados” em suas respectivas posições no retículo cristalino iônico do composto.

O HCL gasoso é formado por moléculas e, por isso, não conduz corrente elétrica.

Já que as soluções de NaOH e HCL conduzem corrente elétrica, concluímos que nelas devem existir
cargas elétricas livres para se movimentar. Que cargas são essas?

Quando o NaOH se dissolvem em água, sofre o processo de dissociação iônica, (dissociação iônica é
a separação dos íons que ocorre quando uma substância iônica se dissolve em água).

Em equação: NaOH (s) H2O ------ Na + (aq) + OH – (aq)

Em palavras: NaOH sólido se dissolve em água produzindo íons Na+ e OH- em solução aquosa.

Através da dissociação iônica passam a existir, na solução de NaOH, íons livres para se movimentar
e, dessa forma, conduzir a corrente elétrica. Todas as substâncias iônicas, ao se dissolverem em água,
sofrem o processo de dissociação iônica. Entre essas substâncias iônicas podemos destacar as bases,
das quais NaOH é um exemplo.

O HCL, por sua vez, é uma substância molecular, pois a ligação entre H e CL é covalente. Como não
há íons no HCL, ele não pode sofrer dissociação iônica ( não podemos separar íons que não existem!).
Ao dissolver HCL em água ocorre o processo chamado ionização, onde as moléculas de HCL são
quebradas ao entrar em contato com a água, originando íons.

Em equação: HCL (g) H2O ------ H+ (aq) + CL- (aq)

Em palavras: Moléculas de HCL gasoso ao se dissolverem em água originam íons H+ e CL- em solução
aquosa.

Graças à ionização, quando o HCL se dissolve em água são criados íons, livres para conduzir a cor-
rente elétrica.

Reatividade de Metais com Ácidos

A fila de reatividade dos metais, mostrada a seguir, revela quais metais reagem mais facilmente, ou
seja, quais possuem maior tendência de doar elétrons ou maior eletropositividade.

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Observe que o hidrogênio não é um metal, mas ele foi incluído na fila de reatividade porque aparece
em determinadas substâncias (como os ácidos) e é capaz de formar o cátion hidrônio (H3O+) ou sim-
plesmente o cátion hidrogênio (H+), que, por sua vez, pode receber elétrons, formando gás hidrogênio
e água.

Com o hidrogênio incluído na fila de reatividade é possível determinar a reatividade dos metais em
soluções em que há íons hidrogênio.

Os metais chamados de não nobres, isto é, aqueles que aparecem na fila de reatividade dos metais à
esquerda do H, reagem com substâncias de caráter ácido. Isso ocorre porque são mais reativos que o
hidrogênio e, assim, deslocam o hidrogênio dos ácidos, formando o cátion H+ ou H3O+.

Por exemplo, se colocarmos uma fita de magnésio metálico em uma solução de ácido clorídrico, vere-
mos a formação de bolhas (conforme mostrado na imagem do início do texto), o que indica a formação
do gás hidrogênio:

Mg(s) + 2 HCl(aq) → MgCl2(aq) + H2(g)


magnésio ácido cloreto de gás
metálico clorídrico magnésio hidrogênio

Nesse caso, houve a oxidação do magnésio e a redução do íon H+:

Oxidação: Mg(s) → Mg2+(aq) + 2e- (agente redutor)

Redução: 2 H+(aq) + 2e- → H2(g) (agente oxidante)

É por isso que os ácidos não podem ser guardados em recipientes feitos desses metais mais reativos
que o hidrogênio (como, por exemplo, um copo de alumínio). Veja a seguir como o alumínio se dissolve
em ácido:

Geralmente (com exceção do ácido fluorídrico), os ácidos são guardados em recipientes de vidro.

No entanto, os metais nobres, aqueles que estão situados à direita do hidrogênio na fila de reatividade
(Cu, Hg, Ag, Pd, Pt, Au), não reagem de maneira espontânea ao serem colocados em contato com
soluções ácidas. Exemplo:

Cu + HCl → não há reação

O cobre (Cu), por exemplo, é um metal nobre, que não reage ao ser colocado em contato com o ácido
clorídrico:

Resumidamente, temos:

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Reações de Neutralização

Quando misturamos um ácido e uma base, uma substância irá neutralizar as propriedades da outra,
pois elas reagem quimicamente entre si e, por isso, essa reação é denominada de reação de neutrali-
zação.

Segundo a teoria de Arrhenius, o ácido libera em meio aquoso como único cátion o hidrogênio (H+),
enquanto a base libera como único ânion a hidroxila (OH-); portanto, quando colocados para reagir, o
H+ do ácido reage com o OH- da base e esses íons neutralizam-se, formando a água que possui pH 7
(meio neutro, se a neutralização for total).

Além disso, o cátion da base reage com o ânion do ácido, formando um sal, por isso, esse tipo de
reação é também chamado de reação de salificação. Abaixo temos um exemplo genérico de reação de
neutralização:

Ácido + Base → Sal + Água


HA + BOH → AB + H2O

Por exemplo, o suco de limão é de caráter ácido, com pH aproximadamente igual a 3,0; já o leite de
magnésia possui caráter básico, pois ele é constituído de uma solução aquosa da base hidróxido de
magnésio (Mg(OH)2). Se formos adicionando leite de magnésia ao suco de limão, o pH do meio au-
mentará gradativamente até que o ácido do suco de limão seja totalmente neutralizado, ou seja, todos
os átomos de hidrogênio ionizáveis do ácido reagirão com todos os ânions hidroxila da base.

O suco de limão é ácido, seu pH é cerca de 3

O leite de magnésia é usado como antiácido estomacal exatamente por isso, pois ficamos com aquela
sensação de azia e queimação no estômago quando o organismo produz uma quantidade maior de
suco gástrico, que contém ácido clorídrico (HCl). Desse modo, o hidróxido de magnésia contido no leite
de magnésia neutraliza o ácido do estômago. Outros antiácidos podem conter também outras bases
fracas que reagem dessa mesma forma, como o hidróxido de alumínio (Al(OH)3).

O leite de magnésia e os antiácidos são constituídos de bases fracas

As reações de neutralização podem originar três tipos de sais: neutros, ácidos ou básicos. Isso acon-
tece porque podem ocorrer dois tipos de neutralização. Observe:

1. Neutralização total: Quando a quantidade de cátions H+ provenientes do ácido é igual à quantidade


de ânions OH- provenientes da base.

Nas reações de neutralização total são sempre formados sais neutros. Dessa forma, a reação ocorre
entre ácidos e bases em que ambos são fracos ou, então, ambos são fortes.

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FUNÇÕES INORGÂNICAS

Exemplos:

• Reações entre ácidos e bases fortes:

HCl + NaOH → NaCl + H2O

Observe que cada molécula do ácido produziu 1 íon H+ e cada molécula da base produziu também
apenas 1 íon OH-.

3 HCl + Al(OH) 3 → Al(Cl)3 + 3H2O

Cada molécula do ácido produziu 3 íons H+ e cada molécula da base produziu também apenas 3 íons
OH-.

• Reações entre ácido e base fracos:

2 HNO3 + Mg(OH) 2 → Mg(NO3)2 + 2 H2O

Cada molécula do ácido produziu 2 íons H+ e cada molécula da base produziu também apenas 2 íons
OH-.

HCN + NH4OH → NH4CN+ H2O

Observe que cada molécula do ácido produziu 1 íon H+ e cada molécula da base produziu também
apenas 1 íon OH-.

2. Neutralização parcial: Quando a quantidade de cátions H+ provenientes do ácido não é a mesma


quantidade de ânions OH- provenientes da base. Dessa forma, a neutralização não ocorre por completo
e, dependendo de quais íons estão em maior quantidade no meio, o sal formado pode ser básico ou
ácido.

Exemplos:

HCl + Mg(OH)2 → Mg(OH)Cl + H2O

Nesse caso, enquanto o ácido libera apenas um cátion H+, a base libera dois ânions OH-. Assim, os
ânions OH- não são neutralizados totalmente e é formado um sal básico, que também é chamado de hi-
dróxissal.

H3PO4 + NaOH → NaH2PO4 + H2O

Já nesse outro exemplo, foi o ácido que liberou mais íons (3) que a base (1). Assim, os cátions H+ não
foram totalmente neutralizados e um sal ácido foi originado, que também é denominado de hidrogenos-
sal.

Os sais ácidos também podem ser formados através de reações de neutralização entre um ácido forte
(HCl, HNO3, HClO4 etc.) e uma base fraca (NH3, C6H5NH2 - anilina - etc.). Por outro lado, os sais
básicos podem ser formados em reações de neutralização entre um ácido fraco (CH3COOH, HF, HCN
etc.) e uma base forte (NaOH, LiOH, KOH etc.). Veja:

• Reação entre ácido forte e base fraca→ Sal de caráter ácido:

HNO3 + AgOH → AgNO3 + H2O

• Reação entre ácido fraco e base forte→ Sal de caráter básico:

2 H3BO3 + 3 Ca(OH)2 → Ca3(BO3)2 + 6 H2O

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