Apostila Técnico de Estabilidade

SOBRE O AUTOR
Marcus Gomes Medeiros de Macedo é Bacharel em

Ciências Náuticas pelo Centro de Instrução Almirante
Braz de Aguiar – CIABA. É engenheiro de Energia
pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte e Mestre em
Ciências Marinhas Tropicais pela Universidade Federal
do Ceará.
Começou sua trajetória na área de máquinas como aprendiz de Mecânica
Automotiva no CTGÁS-RN, aos 14 anos. Aos 19, ingressou na Escola de Formação de
Oficiais da Marinha Mercante, se especializando em Máquinas. Após formado, trabalhou
durante 3,5 anos embarcado, na função de Oficial de Quarto de Máquinas, com
experiências em Navios Tanque e embarcações de Apoio Marítimo, que operavam na
Bacia de Santos e na Bacia de Campos. Em retorno à “terra firme,” há 12 anos atua como
professor de curso técnico na área de pesca, ministrando disciplinas de máquinas
marítimas, instalações elétricas de embarcações, operações com embarcações,
hidrostática, hidrodinâmica, estabilidade do navio, e navegação.
É a partir desta acumulada experiência na área marítima e de engenharia que lhe
permitiu adquirir conhecimento pertinente à área de estabilidade de embarcações, que
agora partilha com a publicação deste material preparatório para o concurso da Petrobrás,
com ênfase no cargo de “Operador de Lastro.”
COMECE POR AQUI...
Este material está preparado dando ênfase à banca CEBRASPE, que organiza a
prova em afirmações para que o candidato julgue Certo ou Errado. Estudar por provas
anteriores da CESGRANRIO é útil, mas não suficiente para adquirir expertise com o
modelo de questões feitos pela atual banca.
Ainda, considere este material organizado para atender todas as áreas de
formação, em nível técnico. Se fosse nível superior 70 % do texto teria desaparecido.
Pode parecer maçante para aqueles que já estiverem se preparando a anos para este cargo
de Operador de Lastro (antigo técnico em estabilidade), mas é pensada e organizada para
atender ao técnico em eletrotécnica, que domina fasores e circuitos em corrente alternada
muito bem, mas pouco entende de equilíbrio de corpos flutuantes ou submersos. Ainda,
pensa no técnico em telecomunicações, exímio em eletrônica, mas talvez nunca ouviu
falar em “Teorema de Stevin, Tubo de Pitot e Equação de Bernoulli.” Visa transferir
conhecimento para o técnico em mecânica automotiva, que jamais precisou se aprofundar
em circuitos de corrente alternada ou centro geométrico de figuras. Estenda isso para
todas as outras formações. Por isso, o material está organizado com texto e equação. Caso
você seja exímio em uma destas áreas, e consegue seguir o “algoritmo” para a solução da
questão, siga as equações e chegue ao resultado final, pouco atentando ao texto e equações
explicativas. Caso não tenha tanto preparo, vá com calma, leia as explicações, e não se
esqueça de consultar outras fontes. O material dá ênfase aos blocos 2 e 3 do Edital, por
entender que o bloco I é seara dos professores de Física e de Matemática.
Ao final, desejo que todos tenham um excelente desempenho na prova. E se não
for aprovado, esse conhecimento ainda será útil. Segue nossas redes sociais que haverá
dicas de como se tornar um “operador de lastro” em plataformas FPSO e de Perfuração.
A Petrobrás é uma oportunidade, mas não a única. Várias outras empresas necessitam
desse qualificado profissional. Curioso? Pesquisa no Google “Ballast Control Operator –
BCO.”
Antes de finalizar, peço desculpas por eventuais erros no material. Foi preparado
em tempo curto. Eles existem para o seu acerto. Anota aí a página, e manda um direct lá
no @engenhariacomentada. Na próxima a gente acerta.
Bons estudos, mãos à obra e rumo ao sucesso!
INFORMAÇÕES ÚTEIS
QUEM PODE SE CANDIDATAR AO CARGO DE OPERADOR DE LASTRO?

Portadores de diploma de curso técnico de nível médio em: Automação
Industrial, Construção Naval, Eletricidade e Instrumentos Aeronáuticos,
Eletroeletrônica, Eletromecânica, Eletrônica, Eletrotécnica, Fabricação Mecânica,
Manutenção Automotiva, Manutenção de Aeronaves, Manutenção de Máquinas
Pesadas, Máquinas Navais, Mecânica, Mecânica de Aeronaves, Mecânica de
Precisão, Mecatrônica, Metalurgia, Metrologia, Petróleo e Gás, Soldagem ou
Telecomunicações, ministrado por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério
da Educação, Secretarias ou Conselhos Estaduais de Educação. Serão aceitos diplomas
e certificados de outros cursos técnicos, com denominações distintas, desde que constem
na Tabela de Convergência do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (Instituído através
da Portaria nº 870, de 16 de julho de 2008, do Ministério da Educação) e estejam
diretamente relacionadas aos cursos técnicos requeridos para o cargo. Registro no
respectivo Conselho de Classe, como Técnico.
ATRIBUIÇÕES
Atuar nas operações dos sistemas de lastro, de amarração, de máquinas, de
bombas e demais instalações de controle, bem como nas operações de carregamento,
descarregamento e redistribuição de cargas na plataforma; e executar a fiscalização
técnica e administrativa dos contratos de bens e serviços.
QUANTIDADE DE VAGAS
Ênfase Vagas Total Cadastro de Reserva Total
AC PCD CN AC PCD AN
8. Operação de 17 2 5 24 51 6 15 72
Lastro
DA PROVA
Cada prova terá 100 questões conforme distribuição a seguir (item 6.1 do edital):
Prova/Tipo Área de Número de itens Caráter
conhecimento
(P1) Objetiva Conhecimentos 40 Eliminatório e
básicos Classificatório
(P2) Objetiva Conhecimentos 60
Específicos
Assim, para avaliação de cada item em certo ou errado, o candidato terá um tempo
médio de 2 minutos e 24 segundos.
Cada prova objetiva será constituída de itens para julgamento, agrupados por
comandos que deverão ser respeitados. O julgamento de cada item será CERTO ou
ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere o item. Haverá, na folha de
respostas, para cada item, dois campos de marcação: o campo designado com o código
C, que deverá ser preenchido pelo(a) candidato(a) caso julgue o item CERTO, e o campo
designado com o código E, que deverá ser preenchido pelo(a) candidato(a) caso julgue o
item ERRADO. (item 6.6 do edital).
O QUE ESTUDAR?
ÊNFASE 8: OPERAÇÃO DE LASTRO - BLOCO I: Álgebra, trigonometria e mecânica:
1. Razões e proporções, interpolação; 2 Equações do primeiro e segundo graus, Funções
e gráficos; 3 Razões trigonométricas no triângulo retângulo. 4 Arcos e ângulos, Razões
trigonométricas na circunferência. 5 Arcos notáveis. 6 Redução ao 1º quadrante. 7
Introdução a cinemática escalar. 8 Movimento uniforme, movimento uniformemente
variado. 9 Movimento vertical no vácuo. 10 Vetores, cinemática vetorial, composição de
movimentos. 11 Lançamento não vertical, Cinemática angular da partícula. 12 Leis de
Newton: lei da ação-reação, equilíbrio da partícula. 13 Dinâmica da partícula forças de
interação: força de atrito, força centrípeta, etc. 14 Equilíbrio do corpo extenso: momento
de uma Força, teorema de Varignon. 15 Movimento plano com trajetórias curvas. 16
Trabalho de forças conservativas (peso e força elástica), energia potencial e cinética
potência. 17 Momento Linear e impulso, colisões, conservação do momento linear. 18
Centro de massa
BLOCO II: Geometria e estática dos fluidos: 1 Semelhança de triângulos, teorema de
Pitágoras, paralelismo, perpendicularidade. 2 Figuras geométricas, áreas e centros
geométricos. 3 Geometria espacial métrica: Poliedros convexos, prisma, pirâmide
cilindro, cone, esfera e sólidos semelhantes - troncos, volumes. 4 Propriedades dos
fluidos. 5 Conceito de pressão, pressão hidrostática, centro de pressão, variação da
pressão de um fluido em repouso. 6 Equilíbrio de líquidos imiscíveis, Vasos
comunicantes. 7 Princípio de pascal, Prensa hidráulica. 8 Princípio de Arquimedes,
empuxo, flutuação. 9 Estabilidade de corpos flutuantes e submersos. 10 Centro de
gravidade, centro de empuxo.
BLOCO III: Dinâmica dos fluidos, noções de eletricidade e eletrônica: 1 Princípios gerais
de escoamento de fluidos, vazão e fluxo de massa. 2 Pressão e velocidade, equação de
Bernoulli, equação de Torricelli. 3 O tubo de Venturi e o tubo de Pitot. 4 Eletrostática,
cargas em movimento. 5 Associação de resistores. 6 Noções de eletricidade e eletrônica,
circuitos elétricos. 7 Noções de magnetismo: campo magnético gerado por corrente
elétrica. lei de Faraday da indução eletromagnética e suas aplicações - noções de
transformador. 8 Simbologia e diagramas elétricos e Sistema Internacional de unidades.
9 Circuitos elétricos de corrente contínua e circuitos elétricos de corrente alternada:
corrente e tensão senoidais, valor eficaz, valor de pico, notação fasorial, impedância. 10
Medidas elétricas, utilização de instrumentos de medição e testes.
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Assunto Número de Questões
Bloco II
Centro Geométrico, de Massa e de Gravidade 7
Hidrostática 13
Princípio de Arquimedes, empuxo e flutuação 13
Estabilidade de corpos flutuantes e submersos 4
Bloco III
Dinâmica dos Fluidos 7
Princípios de Eletricidade 33
Circuitos em corrente alternada e notação fasorial 12
Equipamentos de medição elétrica 12
Princípios de eletrônica 2
Total 103
SUMÁRIO
COMECE POR AQUI... ................................................................................................ 3
INFORMAÇÕES ÚTEIS ............................................................................................... 4
O QUE ESTUDAR? ....................................................................................................... 5
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL ............................................................................. 7
BLOCO II........................................................................................................................ 8
Centro Geométrico, de Massa e de Gravidade ................................................................. 8
Hidrostática....................................................................................................................... 8
Princípio de Arquimedes, empuxo, flutuação. ............................................................... 23
Estabilidade de corpos flutuantes e submersos............................................................... 42
BLOCO III .................................................................................................................... 49
Dinâmica dos Fluidos ..................................................................................................... 49
Princípios de Eletricidade ............................................................................................... 63
Circuitos em Corrente Alternada e Notação Fasorial ..................................................... 95
Equipamentos de Medição Elétrica .............................................................................. 107
Princípios de Eletrônica ................................................................................................ 122
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 126
7
Licenciado para: 248.469.258-70
@engenhariacomentada
BLOCO II
Centro Geométrico, de Massa e de Gravidade
Prova: Técnico de Estabilidade Júnior – 2014
Assunto: 2 Figuras geométricas, áreas e centros geométricos.
A Figura mostra uma peça triangular sólida, feita de uma resina homogênea. Carlos deseja
equilibrá-la sobre o seu dedo, apoiando-a no ponto P do triângulo que a ela dá forma.
O ponto P de apoio do triângulo deve ser aquele definido pela interseção das suas
a) alturas
b) bissetrizes externas
c) bissetrizes internas
d) medianas
e) mediatrizes
RESOLUÇÃO:
Aqui, ele procura o centro geométrico do corpo, especificamente de um triângulo.
Devemos levar em consideração o conceito de baricentro, e de mediana. Para isso,
observe o triângulo abaixo.
8
Em geometria, a mediana de um triângulo é o segmento de reta que liga um vértice deste
triângulo ao ponto médio do lado oposto a este vértice. As três medianas de um triângulo
são concorrentes e se encontram no centro de massa, ou baricentro do triângulo.
Em geometria analítica, é possível encontrar através do ponto médio entre os vértices,
considerando cada eixo.
Esse triângulo representado, sendo isósceles (dois lados iguais) tem baricentro em X
coincidente com o eixo. Logo, sua abcissa é 0.
Para a ordenada, é só determinar a média dos pontos onde estão situados os vértices:
𝑌̅ = (0 + 0 + 3)/3 = 1
Fazendo para X, teremos também:
𝑋̅ = (−3 + 0 + 3)/3 = 0/3 = 0
Gabarito: d) medianas.
9
Assunto: 10 Centro de gravidade, centro de empuxo.
O centro de massa de um corpo é o ponto no qual se considera que toda a massa do corpo
esteja concentrada. Essa é uma consideração útil para o cálculo de diversos efeitos.
O centro de massa de um corpo:
a) está sempre dentro do corpo.
b) coincide com o centroide sempre que o corpo for simétrico.
c) coincide com o centro de gravidade, bastando, para isso, que o corpo seja
simétrico.
d) coincide sempre com o centro de gravidade e com o centroide, independentemente
da simetria.
e) coincide com o centro de gravidade se o corpo estiver sob o efeito de um campo
gravitacional uniforme.
RESOLUÇÃO:
Devemos levar em consideração os aspectos relevantes.
CENTRO DE MASSA: O centro de massa de um corpo é um ponto que se comporta
como se toda a massa do corpo estivesse concentrada sobre ele. Quando um objeto é
homogêneo, o centro de massa coincide com o seu centro geométrico.
CENTRÓIDE: é um ponto que define o centro geométrico de um corpo. Está relacionado
a sua forma, e pode ser definido em função da área ou do volume. Só coincide com o
centro de massa se a densidade (ou peso específico) do corpo for constante, fazendo do
corpo homogêneo.
CENTRO DE GRAVIDADE: Ela defende da gravidade do local. Se o corpo tiver
dimensões grandes, e a variação gravitacional mudar (como grandes prédios), então ele
não coincide com o centro de massa.
Assim, corpos pequenos, de formas regulares, homogêneo na distribuição de massa, e
submetidos ao campo gravitacional ao nível do mar terão centro de massa, de gravidade
e centroide coincidentes.
(A) FALSO. está sempre dentro do corpo. Não. Barras em L geralmente tem centro da
massa fora do corpo.
(B) FALSO. coincide com o centroide sempre que o corpo for simétrico. (e homogêneo).
(C) FALSO. coincide com o centro de gravidade, bastando, para isso, que o corpo seja
simétrico. (e campo gravitacional uniforme).
10
(D) FALSO. coincide sempre com o centro de gravidade e com o centroide,
independentemente da simetria. (para coincidir com centroide, depende se simetria do
corpo).
(E) VERDADEIRO. coincide com o centro de gravidade se o corpo estiver sob o efeito
de um campo gravitacional uniforme. (e não depende da simetria do corpo, pois não
relaciona centroide).
Gabarito: e) coincide com o centro de gravidade se o corpo estiver sob o efeito de
um campo gravitacional uniforme.
11
Prova: CESPE - 2015 - MEC - Engenheiro Mecânico
Assunto: 2 Figuras geométricas, áreas e centros geométricos.
A respeito dos sistemas mecânicos, julgue o item a seguir.
Para que o centroide coincida com o centro de massa, o centroide deve coincidir com
o centro de gravidade e o objeto deve estar sob a influência de um campo
gravitacional uniforme. Para que um centroide coincida com o centro de gravidade,
o centroide deve ter densidade uniforme ou a distribuição de matéria através do
objeto deve ter simetria.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Centroide é o centro geométrico de um corpo. Para que coincida com o centro de massa,
a distribuição da massa deve ser uniforme (densidade uniforme) ou a distribuição da
matéria deve ter simetria.
Para que o centroide coincida com o centro de gravidade, o corpo deve estar sob
influência de cum campo gravitacional uniforme. Como é possível observar, há uma troca
de afirmações, levando o candidato a marca “correto” quando a afirmação está errada.
Gabarito: b) Errado
12
2. Figuras geométricas, áreas e centros geométricos.
3 Geometria espacial métrica: Poliedros convexos, prisma, pirâmide cilindro, cone,
esfera e sólidos semelhantes - troncos, volumes.
A Figura mostra dois tanques, sendo um deles pequeno, e outro, grande. Ambos foram
montados a partir de cubos idênticos. Se cada cubo fosse considerado uma unidade de
volume, representada por V, então a medida do volume do tanque menor seria 4V, por
exemplo.
Se o tanque pequeno for considerado uma unidade de volume, representada por U, então
a medida do volume do tanque grande será:
a) 2,5 U
b) 4,0 U
c) 4,5 U
d) 9,0 U
e) 16,0 U
RESOLUÇÃO:
A questão envolve apenas um ajuste matemático, sem necessariamente necessitar de
cálculos de volume de sólidos geométricos.
Se a figura 1, com 4 cubos idênticos, for considerada como unidade de volume U, temos:
𝑈 = 4𝑉
Ao visualizar a figura 2 (maior), percebe-se que ela possui 18 cubos, logo possui 18 V.
Ajustando o resultado para U, temos:
𝑈 18𝑉
𝑉𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎2 = 18𝑉. = . 𝑈 = 4,5 𝑈
4𝑉 4𝑉
Assim, a resposta é de 4,5 U.
Gabarito: c) 4,5 U.
13
Prova: CESPE - 2015 - FUB - Técnico de Laboratório - Física
Assunto: 10. Centro de gravidade, centro de empuxo.
14. Equilíbrio do corpo extenso: momento de uma Força, teorema de Varignon. (Bloco
I).
A figura acima ilustra, de forma simplificada, uma gangorra construída com uma tábua
homogênea de massa 10 kg e comprimento igual a 3,0 m, apoiada no centro por uma
cunha fixa no chão.
Tendo como referência as informações apresentadas acima, julgue o item a seguir.
1. É impossível que a gangorra fique em equilíbrio, se um menino de 30,0 kg se
sentar sobre a tábua, à esquerda da cunha, e um homem de massa igual a 70,0 kg se
sentar sobre a tábua, à direita da cunha.
a) Certo
b) Errado
2. Se um bloco de ferro de massa 40,0 kg for colocado na extremidade esquerda

da tábua e um bloco de chumbo de 30,0 kg for colocado na extremidade direita da
tábua, então, para que o sistema fique em equilíbrio, é necessário que a cunha seja
colocada a uma distância maior que 1,5 m do bloco de ferro.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
14
Para que um corpo (ou sistema) se
mantenha em equilíbrio, é necessário que
o somatório das forças seja igual a zero e
o somatório dos momentos também seja
igual a zero.
Em relação aos momentos, temos o
teorema de Varignon:
“O momento de um sistema de forças
concorrentes, em relação a um ponto O
qualquer, é igual ao momento, em relação a O, da resultante do sistema, suposta aplicada
no ponto de concurso das forças.”
𝑟 𝑥 (𝐹1 + 𝐹2 + 𝐹3 + ⋯ ) = 𝑟 𝑥 𝐹1 + 𝑟 𝑥 𝐹2 + 𝑟 𝑥 𝐹3 + ⋯
Então, em relação as forças na questão, o peso da tábua, da criança de 30 kg e do adulto
de 70 kg é igualado pela reação vertical “R” da cunha ao centro, em sentido contrário ao
peso. Matematicamente, temos:
𝑃𝑡á𝑏𝑢𝑎 + 𝑃𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎 + 𝑃𝑎𝑑𝑢𝑙𝑡𝑜 + 𝑅𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 = 0
𝑃𝑡á𝑏𝑢𝑎 + 𝑃𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎 + 𝑃𝑎𝑑𝑢𝑙𝑡𝑜 = −𝑅𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎
Então, devemos fazer a análise do somatório dos momentos em relação ao centro, onde
está posicionada a cunha, para saber se ele pode entrar em equilíbrio. É importante
lembrar que, em relação ao centro O, o braço máximo é de 1,5 m. Desconsideraremos o
momento da tábua pois ela está em equilíbrio, pois os momentos são iguais para ambos
os lados, com a massa de 5 kg aplicada a 0,75 m (carga concentrada no centro).
Utilizaremos 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 para simplificar os cálculos.
Para o lado esquerdo, onde estará a criança, temos como momento máximo quando ela
está localizada na extremidade:
𝑚
𝑀𝑂,𝑚á𝑥 = 30 𝑘𝑔. 10 2 . 1,5 𝑚 = 450 𝑁𝑚 (𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑖 − ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜)
𝑠
Para o lado direito, onde estará o adulto de 70 kg, para ficar em equilíbrio, o momento
deve ser igual, estando no sentido horário. Assim:
𝑚
𝑀𝑜,𝑎𝑑𝑢𝑙𝑡𝑜 = 450 𝑁𝑚 = 70 𝑘𝑔. 10 .𝑥
𝑠2
450 𝑁𝑚
𝑥= = 0,64 𝑚.
700 𝑁
15
Então, nessa posição o sistema ficará em equilíbrio. É importante salientar que, com a
variação da posição de cargas concentradas, é possível equilibrar um sistema apoiado no
centro.
Assim, a afirmação 1 está errada.
Em relação a afirmação 2, agora quem se deslocará é a cunha. O momento criado será
maior pelo bloco de ferro de 40 kg. Então, a cunha deverá estar mais próxima do bloco
de ferro, para igualar os momentos. Então, a afirmação 2 também está errada.
Gabarito: 1. b) Errado; 2. b) Errado.
16
Prova: Técnico de Estabilidade Júnior – 2014.
Assunto: 10. Centro de gravidade, centro de empuxo.
18. Centro de massa (Bloco I).
Desejando calcular a posição aproximada do centro de massa de uma embarcação
carregada, um técnico considerou as massas m1 (da embarcação) e m2 (da carga)
homogêneas mostradas na Figura como sendo, respectivamente, de 10.000 kg e 40.000
kg.
Considerando as dimensões indicadas na Figura, a posição do centro de massa (XCM),

em m, vale:
a) 2,0 d) 6,0
b) 4,5 e) 8,5
c) 5,0
RESOLUÇÃO:
Considerando a origem na margem direita da embarcação, a posição do centro de massa
̅̅̅1 = 10 𝑚. A posição do centro de massa da carga é 𝑋
da embarcação é 𝑋 ̅̅̅2 = 5 𝑚.
Logo, para calcular o Centro de massa do sistema é necessário resolver a equação:
𝑚1 . ̅̅̅ ̅̅̅2
𝑋1 + 𝑚2 . 𝑋
𝑋𝐶𝑀 =
𝑚1 + 𝑚2
10000 𝑘𝑔. 10 𝑚 + 40000 𝑘𝑔. 5𝑚
𝑋𝐶𝑀 =
(10000 + 40000) 𝑘𝑔
(100000 + 200000) 𝑘𝑔. 𝑚
𝑋𝐶𝑀 =
50000 𝑘𝑔
300000 𝑘𝑔. 𝑚
𝑋𝐶𝑀 = = 6𝑚
50000 𝑘𝑔
Gabarito: d) 6,0
17
Hidrostática
5. Conceito de pressão, pressão hidrostática, centro de pressão, variação da pressão de
um fluido em repouso.
A figura apresenta vasos de água em que o nível horizontal é marcado pela linha tracejada.
Em relação à pressão nos pontos, considere as afirmações abaixo.

I - As pressões nos pontos A, B e C são iguais.
II - As pressões nos pontos B e D são iguais, apesar de estarem em alturas diferentes.
III - A pressão no ponto C é maior que em B.
IV - As pressões em A e B são diferentes, pois os vasos têm profundidades diferentes.
Estão corretas APENAS as afirmações
(A) I e III
(B) II e III
(C) II e IV
(D) III e IV
(E) I, II e IV
RESOLUÇÃO:
Os pontos A, B e D estão sob a mesma pressão atmosférica. Em A e B, temos vasos
comunicantes. A pressão no ponto C é a soma da pressão atmosférica com a pressão
hidrostática do fluido, com altura ̅̅̅̅
𝐶𝐷.
Como dito acima, a afirmação I está errada, pois 𝐶 ≠ 𝐵, mas 𝐴 = 𝐵.
A afirmação II está correta, pois 𝑃𝐴 = 𝑃𝐵 = 𝑃𝐷 = 𝑃𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎.
A afirmação III está correta, pois 𝑃𝐶 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌. 𝑔. (ℎ𝐶𝐷 ).
A afirmação IV é falsa, pois há vasos comunicantes, e 𝑃𝐴 = 𝑃𝐵 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 .
Gabarito: b) II e III
8
Prova: CESPE - 2016 - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Perito Criminal - Física
7 Princípio de pascal, Prensa hidráulica.
O levantamento de um carro mediante um elevador hidráulico envolve a aplicação do
princípio de:
a) Bernoulli.
b) Torricelli.
c) Arquimedes.
d) Pascal.
e) Stevin.
RESOLUÇÃO:
Em mecânica dos fluidos, o princípio de Pascal afirma que “a pressão aplicada sobre um fluido
em equilíbrio estático é distribuída igualmente e sem perdas para todas as suas partes, inclusive
para as paredes do recipiente em que está contido.”
Dessa forma, o elevador hidráulico utiliza o princípio para que, através de pistões com áreas
diferentes, suspender um veículo, através da compressão do pistão de área menor.
Gabarito: d) Pascal.
9
Prova: CESPE - 2008 - INSS - Analista do Seguro Social - Engenharia Mecânica
Considerando os princípios de mecânica dos fluidos, julgue os itens subsequentes.
1. Segundo o princípio de Pascal, o empuxo sobre um corpo é igual ao peso do fluido
deslocado pelo corpo.
a) Certo
b) Errado
2. De acordo com o princípio de Pascal, a pressão em qualquer ponto no interior de

um fluido em equilíbrio atua igualmente em todas as direções.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
O princípio de Pascal estabelece que a pressão aplicada a um fluido confinado aumenta a
pressão em todo o fluido na mesma medida. No caso de dois cilindros de áreas distintas,
ele percebeu que o sistema hidráulico poderia exercer forças diferentes. Como as pressões
são iguais nos dois cilindros sob mesmo fluido confinado, temos:
𝑃1 = 𝑃2
𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2
O ganho mecânico ideal (ganho de força) pode ser dado por:
𝐴2 𝐹2
=
𝐴1 𝐹1
Deste modo, a afirmação 1 está errada (e princípio escrito é o de Arquimedes, que
veremos em outras questões) e a afirmação 2 está correta.
Gabarito: 1. b) Errado; 2. a) Certo.
10
CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios - Engenheiro - Engenharia Mecânica
Os atuadores pneumáticos são importantes impulsionadores do aumento da produtividade
industrial: eles possuem enormes vantagens sobre os acionamentos mecânicos. Tendo por
base a conceituação, a operação e a manutenção de circuitos pneumáticos, julgue os
próximos itens.
Pascal, com base em estudos do comportamento dos fluidos, enunciou um importante

princípio da física, conhecido como princípio de Pascal. Segundo esse princípio, a pressão
exercida em um ponto qualquer de um fluido estático é a mesma em todas as direções e
exerce forças iguais em áreas iguais.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
A afirmação “a pressão exercida em um ponto qualquer de um fluido estático é a mesma
em todas as direções” está de acordo com o princípio de Pascal. Agora analisemos a
segunda parte, de acordo com a matemática. Como as áreas são iguais, chamaremos
apenas de A.
𝑃1 = 𝑃2
𝐴1 = 𝐴2 = 𝐴
𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2
𝐹1 𝐹2
=
𝐴 𝐴
𝐴
𝐹1 = 𝐹2 .
𝐴
Logo:
𝐹1 = 𝐹2
Então, “a pressão exercida... exerce forças iguais em áreas iguais,” com toda a afirmação
correta.
Gabarito: a) Certo.
11
CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Engenharia Mecânica - Específicos
Com relação a aspectos ligados a metrologia: conceitos fundamentais e uso de
instrumentos de medição, julgue os itens subsequentes.
No Sistema Internacional de Unidades, a pressão é medida em pascal, símbolo Pa,
unidade que pode ser expressa em unidades de base por 𝑚−1 . 𝑘𝑔. 𝑠 −2 .
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
A unidade de pressão, no SI, definida como força sobre área (𝑃 = 𝐹/𝐴) é dada em Pascal,
com unidades em:
𝐹 [𝑁]
𝑃= = 2 = [𝑃𝑎]
𝐴 [𝑚 ]
Como o Newton é o produto de massa pela aceleração, temos:
𝑚
[𝑘𝑔. 2 ] [𝑘𝑔. 𝑚] 𝑘𝑔
[𝑃𝑎] = 𝑠 = =[ ] = [𝑘𝑔. 𝑚−1 . 𝑠 −2 ]
2
[𝑚 ] 2 2
[𝑚 . 𝑠 ] 𝑚. 𝑠 2
Logo, a afirmação está correta.
Gabarito: a) Certo.
12
Prova: CESPE - 2011 - SAEB-BA - Professor - Física
A figura acima representa um mecanismo hidráulico ideal e isolado. Uma força constante
F1 foi aplicada sobre o êmbolo esquerdo até que o mesmo descesse h1 metros. Como
consequência, o êmbolo direito subiu h2 metros, exercendo uma força F2 para cima. O
trabalho realizado por F1 foi W1 e por F2, W2. As seções retas dos êmbolos esquerdo e
direito têm área A1 e A2, respectivamente, com A1 < A2. Considerando essas informações
e com base no princípio de Pascal, assinale a opção correta.
a)
b)
c)
d)
RESOLUÇÃO:
Temos, segundo o princípio de Pascal, que a pressão aplicada a um fluido confinado é a
mesma em todos os pontos. Logo:
𝑃1 = 𝑃2
13
𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2
Se 𝐴2 > 𝐴1 , 𝐹2 > 𝐹1 .
Temos que observar também o trabalho realizado pela força. O trabalho de compressão é
o mesmo no sistema, desconsiderando eventuais perdas mecânicas. O trabalho realizado
por F1 e F2 é:
𝑊1 = 𝑊2
𝐹1 . ℎ1 = 𝐹2 . ℎ2
𝐹2 ℎ1
=
𝐹1 ℎ2
Logo, ℎ1 > ℎ2 .
Então, temos:
𝑊1 = 𝑊2 ; ℎ1 > ℎ2 ; 𝐹1 < 𝐹2
Gabarito: d) 𝑾𝟏 = 𝑾𝟐 ; 𝒉𝟏 > 𝒉𝟐 ; 𝑭𝟏 < 𝑭𝟐
14
Uma quantidade de fluido possui um peso 0,080 N e um volume 10 ml. Qual é, em kg/m3,
a densidade do fluido?
Dado: g = 10,0 m/s2
a) 8,0 × 105
b) 8,0 × 104
c) 8,0 × 103
d) 8,0 × 102
e) 8,0 × 101
RESOLUÇÃO:
É dado o peso do fluido, permitindo encontrar a massa, e também o volume. Por fim, é
necessário ajustar a unidade para kg/m3.
𝑃
𝑚=
𝑔
0,08 𝑁
𝑚= = 0,008 𝑘𝑔 = 8.10−3 𝑘𝑔
10 𝑚
𝑠2
1 𝑚3 = 103 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
1 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 = 103 𝑚𝑙
10 𝑚𝑙 = 10.10−3 𝑙
𝑚3
10.10−3 𝑙 = 10.10−3 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠. = 10.10−6 𝑚3 = 10−5 𝑚3
103 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
De posse desses números, aplica na fórmula da densidade.
𝑚 8.10−3 𝑘𝑔
𝜌= =
𝑣 10−5 𝑚3
8 𝑘𝑔 105
𝜌= 3
. 3
= 8.102 𝑘𝑔/𝑚3
10 1 𝑚
Assim, essa a resposta correta é a alternativa d) 8,0 x 102. Essa é aproximadamente a
densidade de vários óleos.
Gabarito: d) 8,0 x 102.
15
Qual a pressão, em atm, a 6 m de profundidade num lago com 1 atm de pressão na
superfície?
Dados:
massa específica da água do lago: 𝜌 = 1000 𝑘𝑔/𝑚3
aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) 1,0
b) 1,6
c) 2,4
d) 10,0
e) 12,0
RESOLUÇÃO:
Para solucionar esta questão, é necessário o conhecimento do “Teorema de Stevin.” Ele
afirma que a variação de pressão entre dois pontos de um fluido é determinada pelo
produto entre a densidade do fluido, aceleração da gravidade e variação de altura entre
esses pontos.
Fonte: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/teorema-de-stevin.htm>. Acesso em

08/03/2022.
A equação é dada por:
𝑃1 − 𝑃2 = 𝜌. 𝑔. (ℎ2 − ℎ1 )
Também, é necessário saber a conversão de unidades em Atm para Pascal. Temos que:
1 𝑎𝑡𝑚 = 101325 𝑃𝑎
Aqui, utilizaremos a aproximação: 1 𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑃𝑎 de modo a simplificar os cálculos.
16
𝑃1 − 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎
𝑃2 − 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑎 6 𝑚
ℎ1 − 0 𝑚 (𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑑𝑜 𝑙𝑎𝑔𝑜)
ℎ2 − 6 𝑚
Logo:
𝑘𝑔 𝑚
105 𝑃𝑎 − 𝑃2 = 1000 3
. 10 2 . (6 𝑚 − 0 𝑚)
𝑚 𝑠
105 𝑃𝑎 − 𝑃2 = 6.104 𝑃𝑎
𝑃2 = (105 + 6.104 ) 𝑃𝑎
𝑃2 = 16.104 𝑃𝑎 = 1,6.105 𝑃𝑎
Logo, transformando em atm:
1 𝑎𝑡𝑚
𝑃2 = 1,6.105 𝑃𝑎. = 1,6 𝑎𝑡𝑚.
105 𝑃𝑎
Assim, a resposta b é a correta.
Gabarito: b) 1,6
17
Uma caixa cúbica oca, de lado L = 2,0 cm, é submergida no oceano. Sabe-se que ela se
rompe quando a força total feita pela pressão manométrica sobre um lado ultrapassa 400
N.
Qual é, em metros, a maior profundidade que essa caixa pode suportar, sem se romper?
Dados: 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1,0 × 103 𝑘𝑔/𝑚3
𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) 1,0 × 106
b) 1,0 × 105
c) 1,0 × 104
d) 1,0 × 103
e) 1,0 × 102
RESOLUÇÃO:
Como foi dado a força e a área da caixa, podemos calcular a pressão máxima que ela pode
suportar. É esta pressão que determinará a altura máxima. Como é dito no enunciado da
questão “pressão manométrica” significa que é a pressão relativa à atmosférica. Logo,
não é necessário somar a pressão atmosférica para solucionar o problema.
𝑃𝑚𝑎𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝑃𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 − 𝑃𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎

Á𝑟𝑒𝑎 = 𝑙 2 = (2 𝑐𝑚)2 = 4 𝑐𝑚2
1 𝑐𝑚2 = (10−2 𝑚). (10−2 𝑚) = 10−4 𝑚2
400𝑁 100 100.104
𝑃𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = = 𝑃𝑎 = 𝑃𝑎 = 106 𝑃𝑎
4. 10−4 𝑚2 . 10−4 1
Agora, devemos utilizar o Teorema de Stevin:
18
∆𝑃 = 𝜌. 𝑔. ℎ
∆𝑃
ℎ=
𝜌. 𝑔
106 𝑃𝑎 106
ℎ= 3 = 𝑚 = 102 𝑚
10 𝑘𝑔 𝑚 104
. 10 2
𝑚3 𝑠
Assim, a máxima profundidade que a caixa pode suportar é de 100 metros.
Gabarito: e) 1,0 × 102
19
A Figura representa um manômetro de tubo em U no qual a extremidade aberta possui

pressão manométrica zero, o fluido 1 possui peso específico ϒ1, e o fluido manométrico,
fluido 2, possui peso específico ϒ 2.
Nessas condições, a pressão no ponto P é:
a) ϒ2ℎ2 − ϒ1ℎ1 ϒ1ℎ1+ ϒ2ℎ2
d) 2
b) ϒ1ℎ1 + ϒ2ℎ2 ϒ1 .ϒ2
e) ℎ1 .ℎ2
c) ϒ1ℎ1 − ϒ2ℎ2
RESOLUÇÃO:
Para resolução da questão, devemos saber os seguintes conceitos:
Pressão manométrica: é a medição da pressão relativa à pressão atmosférica existente no
local, podendo ser positiva ou negativa.
No caso da questão, a “pressão manométrica zero” indica que a extremidade aberta, que
está em contato com o fluido 2, possui pressão igual a pressão atmosférica.
Note que as pressões nos pontos 2 e 3 são iguais.
𝑃2 = 𝑃3
𝑃 + 𝛾1 . ℎ1 = 𝛾2 . ℎ2
𝑃 = 𝛾2 . ℎ2 − 𝛾1 . ℎ1
Deste modo, a alternativa correta é a “a.”
a) Gabarito: a) ϒ𝟐𝒉𝟐 − ϒ𝟏𝒉𝟏
20
4. Propriedades dos fluidos.
Um tonel cilíndrico de 80 cm de diâmetro e 90 cm de altura contém óleo até a metade de
sua capacidade. Na parte inferior do tonel, há uma torneira, inicialmente fechada, cuja
vazão é de 6 L por minuto.
Considerando π = 3,1, se essa torneira for aberta, o tonel esvaziará completamente em:
a) menos de meia hora
b) pouco mais de 37 minutos
c) cerca de uma hora
d) uma hora e 15 minutos, aproximadamente
e) mais de uma hora e meia
RESOLUÇÃO:
Inicialmente devemos calcular o volume de óleo para, em seguida, calcularmos o tempo
em função da vazão.
1 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 = 1000 𝑚𝑙 = 1000 𝑐𝑚3
90 𝑐𝑚
ℎó𝑙𝑒𝑜 = = 45 𝑐𝑚
2
𝑑2
𝑉 = 𝜋. . ℎó𝑙𝑒𝑜
4
(80 𝑐𝑚)2
𝑉 = 3,1. . 45 𝑐𝑚
4
802 80.80
= = 80.20 = 1,6.103
4 4
𝑉 = 3,1.1,6.103 . 45 𝑐𝑚3 = 223200 𝑐𝑚3 = 223,2 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 =
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 =
𝑣𝑎𝑧ã𝑜
223,2𝑙
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = = 37,2 𝑚𝑖𝑛
6 𝑙/𝑚𝑖𝑛
Gabarito: b) pouco mais de 37 minutos.
21
4. Propriedades dos fluidos.
Uma torneira, com área de saída A = 1,0 cm2, leva 100 s para encher um balde de água
de volume V = 10,00 litros. A velocidade de saída vs da água na torneira, em m/s, é de:
a) 1,0 x 100
b) 1,4 x 100
c) 1,0 x 101
d) 1,4 x 101
e) 1,0 x 102
RESOLUÇÃO:
Para começar, podemos calcular a vazão volumétrica. A seguir, transformamos para m3/s.
Em seguida, transformamos a área da saída para m2. Precisamos compreender também
que vazão é o produto da área pela velocidade do fluido.
10 𝑙
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 = = 0,1 𝑙/𝑠
100 𝑠
1000 𝑙 = 1 𝑚3
1 𝑙 1 𝑚3 −4
𝑚3
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 = . . = 1.10
10 𝑠 1000 𝑙 𝑠
𝐴 = 1 𝑐𝑚2 = (1.10−2 𝑚)2 = 1.10−4 𝑚2
𝑣𝑎𝑧ã𝑜 = 𝐴. 𝑉
𝑣𝑎𝑧ã𝑜
𝑉=
𝐴
𝑚3
1.10−4 𝑠 𝑚
𝑉= −4 2
=1
1.10 𝑚 𝑠
1 = 1.100
Logo: 𝑉 = 1.100 𝑚/𝑠
Gabarito: a) 1,0 x 100
22
Princípio de Arquimedes, empuxo, flutuação.
8 Princípio de Arquimedes, empuxo, flutuação.
Um corpo, que está parcialmente submerso, flutua em equilíbrio estático na superfície de
um fluido devido à ação de um empuxo que pode ser determinado por:
a) massa específica do fluido x volume do fluido deslocado pelo corpo
b) massa específica do fluido x aceleração da gravidade
c) viscosidade do fluido x volume do fluido deslocado pelo corpo
d) massa específica do fluido x volume do fluido deslocado pelo corpo x aceleração
da gravidade
e) viscosidade do fluido x volume do fluido deslocado pelo corpo x aceleração da
gravidade
RESOLUÇÃO:
Atentem que a pergunta está no trecho “à ação de um empuxo que pode ser
determinado por:”
Temos aqui a exposição do princípio de Arquimedes.
“Um corpo total ou parcialmente mergulhado num
fluido é submetido à ação de uma força de
intensidade igual ao peso do volume do fluido
deslocado pelo corpo, de direção vertical, do
sentido de baixo para cima, e aplicada no centro
de empuxo (CC)".
𝐸𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 = 𝑃𝑒𝑠𝑜
𝐸 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑔
Em relação à água deslocada, considerando a água,
temos:
𝑚𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
Logo, “o peso do volume do fluido deslocado pelo corpo” é:
𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 𝑚𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 . 𝑔 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
Então:
𝐸𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
23
Assim, para calcular o Empuxo é necessário multiplicar entre si a densidade do fluido
(massa específica), o volume submerso e a aceleração da gravidade. Isso faz a
alternativa “d” como a correta.
Caso fosse perguntado como calcular a massa do corpo (objeto), não seria necessário
multiplicar pela aceleração da gravidade.
𝐸𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 = 𝑃𝑒𝑠𝑜
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑔 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
𝑔
Como 𝑔 = 1, temos:
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

Gabarito: d) massa específica do fluido x volume do fluido deslocado pelo corpo x
aceleração da gravidade
24
Prova: CESPE - 2008 - STF - Analista Judiciário - Engenharia Mecânica
8. Princípio de Arquimedes, empuxo, flutuação.
Considerando os princípios de mecânica dos fluidos, julgue os itens subsequentes.
Segundo o princípio de Pascal, o empuxo sobre um corpo é igual ao peso do fluido
deslocado pelo corpo.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
O erro da questão está no enunciado, que leva ao concorrente julgar correto. Ele pergunta
sobre o princípio de Pascal, mas enuncia o de Arquimedes.
O Princípio de Pascal estabelece que a pressão aplicada num ponto de um fluido em
repouso transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido.
O princípio de Arquimedes: a força de empuxo para cima que é exercida sobre um corpo
imerso em um fluido, seja total ou parcialmente, é igual ao peso do fluido que o corpo
desloca.
Assim, verifica-se que a afirmação está errada.
Gabarito: b) Errado.
25
De acordo com o princípio de Arquimedes, o valor do empuxo que atua em um corpo
mergulhado em um líquido é igual ao peso do líquido deslocado pelo corpo. Considerando
esse princípio e os vários conceitos de física na área de hidrostática, assumindo 1 g/cm3
como a densidade da água e 10 m/s2 como a aceleração da gravidade, julgue o item que
se segue.
Se um submarino está flutuando completamente submerso, então o valor da força peso
será igual ao empuxo que atua sobre ele.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
A afirmação está certa, pois está de acordo com o princípio de Arquimedes (ver questões
anteriores), em que a força Empuxo, exercida pelo fluido no submarino, é igual ao peso
do volume do fluido deslocado.
𝐸𝑠𝑢𝑏𝑚𝑎𝑟𝑖𝑛𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
Gabarito: a) Certo.
26
se segue.
Um bloco de gelo, com densidade 0,92 g/cm3, que flutue em um lago, estará com 92% de
seu volume abaixo da superfície da água.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Sabendo que a densidade da água é de 1 g/cm3, e que a densidade do gelo é menor, ele
irá flutuar em água.
Vamos calcular a massa e o Peso do gelo e o volume submerso, para um bloco hipotético
de 100 cm3 (100 mL), para simplificar os cálculos, inclusive em valores percentuais.
𝑔
𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜 = 0,92 . 100 𝑐𝑚3 = 92 𝑔
𝑐𝑚3
𝑔 3
1 𝑘𝑔
𝑃𝑔𝑒𝑙𝑜 = 0,92 . 100 𝑐𝑚 . . 10 𝑚/𝑠 2
𝑐𝑚3 1000 𝑔
𝑚
𝑃𝑔𝑒𝑙𝑜 = 0,92 𝑘𝑔. 2 = 0,92 𝑁
𝑠
Como está flutuando, o Peso do gelo é igual ao Empuxo.
𝐸 = 𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 𝑚𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑎 . 𝑔 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
𝑔 1 𝑘𝑔 1000 𝑐𝑚3 𝑚
0,92 𝑁 = 1 3
. . . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 10 2
𝑐𝑚 1000 𝑔 1𝐿 𝑠
0,92 𝑁. 𝐿
𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝑚
10 𝑘𝑔. 2
𝑠
1000 𝑐𝑚3
𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 0,092 𝐿 = 0,092 𝐿. = 92 𝑐𝑚3
1𝐿
Então, como se pode compreender, de 100 cm3 do bloco inicial de gelo, 92 cm3 está
submerso.
92 𝑐𝑚3
%𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = = 0,92 = 92 %
100 𝑐𝑚3
27
Assim, a afirmação “Um bloco de gelo, com densidade 0,92 g/cm3, que flutue em um
lago, estará com 92% de seu volume abaixo da superfície da água” está correta. E isso irá
funcionar sempre para corpos que estejam flutuando em água padrão de densidade 1
g/cm3.
Nesse caso, pode se calcular a densidade relativa à densidade da água.
0,92 𝑔
𝜌𝑔𝑒𝑙𝑜 3
𝜌𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑔𝑒𝑙𝑜 = = 𝑐𝑚 3 = 0,92
𝜌á𝑔𝑢𝑎 1 𝑔/𝑐𝑚
Esse valor relativo indicará o valor percentual do volume total que estará submerso
quando flutuando em água padrão.
Gabarito: a) Certo
28
Dentro de um recipiente graduado, coloca-se água até completar o volume de 60,0 mL.
Em seguida, é totalmente mergulhado nesse recipiente um objeto feito de cobre,
sustentado por um dinamômetro, conforme ilustrado na figura precedente. O
dinamômetro registra 0,80 N antes de o objeto ser colocado na água, e registra 0,71 N
quando este está submerso na água. Após o mergulho do objeto de cobre, é registrado um
volume igual a 69,2 mL.
A partir dessas informações e da figura precedente, julgue o item subsequente,
considerando que o sistema esteja em equilíbrio e sabendo que a aceleração da gravidade
é igual a 9,8 m/s2 e a densidade da água é de 1,0 g/mL.
1. O valor de empuxo é igual a 0,71 N.
a) Certo
b) Errado
2. Se fosse colocado no recipiente um objeto feito de diamante que tivesse o mesmo
volume e apresentasse densidade igual a 3,5 g/mL, o empuxo teria o mesmo valor.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
O volume deslocado é de:
𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 69,2 𝑚𝐿
𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 60 𝑚𝐿
𝑣𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 9,2 𝑚𝐿
O Peso do volume deslocado é, igual ao Empuxo pelo princípio de Arquimedes:
𝐸 = 𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
𝑔 1 𝑘𝑔
𝐸 = 𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 1 . 9,2 𝑚𝐿 . . 9,8 𝑚/𝑠 2
𝑚𝐿 1000 𝑔
29
𝑚
𝐸 = 𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 9,2 . 9,8 𝑘𝑔.
𝑠2
𝐸 = 𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 0,09016 𝑁
Como é possível observar, o Empuxo é de apenas 0,09 N e, por isso, o corpo no fluido
“aparenta” ser mais leve. É devido a esse fenômeno que conseguimos “segurar” alguém
quando estamos no mar, rio ou piscina, mas temos de realizar maior esforço quando
estamos com ela fora do fluido.
Assim, a afirmação 1 “O valor de empuxo é igual a 0,71 N” está errada.
Outra forma de solucionar o problema é considerando o peso inicial e o peso aparente do
corpo, após imerso no fluido. O resultado é o empuxo:
𝐸 = 𝑃𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 − 𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐸 = 0,80 𝑁 − 0,71 𝑁 = 0,09 𝑁
Agora passemos a análise da afirmação 2. O que se deseja saber é se o valor do Empuxo
permanece o mesmo, e não o Peso do corpo de diamante. Como foi dito que ele apresenta
o mesmo volume, temos:
O volume deslocado é de:
𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 69,2 𝑚𝐿
𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 60 𝑚𝐿
𝑣𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 9,2 𝑚𝐿
Como Empuxo é o “Peso do volume deslocado” do fluido, temos:
𝐸 = 𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
𝑔 1 𝑘𝑔
𝐸 = 𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 1 . 9,2 𝑚𝐿 . . 9,8 𝑚/𝑠 2
𝑚𝐿 1000 𝑔
𝐸 = 0,09016 𝑁
Como podemos observar, o Empuxo não se modifica, pois o fluido e o volume
deslocado não mudaram, independente da densidade (massa específica) do corpo.
Todavia, o peso inicial e aparente foi modificado, como mostraremos a seguir.
Calculando a massa do objeto de diamante:
𝑚𝑑𝑖𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝜌𝑑𝑖𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡𝑒 . 𝑣𝑑𝑖𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑔
𝑚𝑑𝑖𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡𝑒 = 3,5 . 9,2 𝑚𝐿 = 32,2 𝑔
𝑚𝐿
1 𝑘𝑔 𝑚
𝑃𝑑𝑖𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡𝑒 = 32,2 𝑔 . . 9,8 2
1000 𝑔 𝑠
𝑃𝑑𝑖𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡𝑒 = 0,316 𝑁
30
Calculando o Peso Aparente após ser imerso no fluido:
𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑃𝑑𝑖𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸
𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 0,316 𝑁 − 0,09016 𝑁 = 0,226 𝑁
Assim, a afirmação 2 “Se fosse colocado no recipiente um objeto feito de diamante que
tivesse o mesmo volume e apresentasse densidade igual a 3,5 g/mL, o empuxo teria o
mesmo valor” está correta.
Gabarito: 1. b) Errado; 2. a) Certo.
31
Prova: CESPE - 2018 - EMAP - Especialista Portuário - Engenharia Civil
Considerando a situação em que um tanque cilíndrico aberto esteja em uso para
armazenamento de água, julgue o item a seguir, a respeito dessa situação e de estática dos
fluidos.
A intensidade da força de empuxo que atuará em qualquer corpo submerso no tanque em
questão será igual ao peso da água deslocada pelo corpo.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
A afirmação está de acordo com o princípio de Arquimedes, em que “a força de empuxo
para cima que é exercida sobre um corpo imerso em um fluido, seja total ou parcialmente,
é igual ao peso do fluido que o corpo desloca.” Assim, a resposta é correta.
𝐸 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑔 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
Gabarito: a) Certo.
32
Prova: CESPE - 2013 - ANP - Especialista em Regulação - Área III
A respeito das propriedades dos fluidos e da estática dos meios fluidos, julgue o item a
seguir.
Sabe-se que o empuxo (E) é o produto entre o volume do fluido deslocado pelo corpo (V)
e o peso específico do fluido . Então, para que um corpo flutue, o peso específico do
fluido deve ser maior ou igual ao peso específico do corpo.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Aqui é introduzido o conceito de peso específico (ϒ). Ele é obtido pelo produto
(multiplicação) entre a massa específica (ou densidade) e a aceleração gravitacional.
Assim:
ϒ = 𝜌. 𝑔
De acordo com o princípio de Arquimedes, temos:
𝐸 = 𝑃𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜
𝐸 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑔 = 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝐸 = 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑔 = 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
𝐸 = ϒ𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = ϒ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
Se o corpo flutua, então o volume do corpo é maior ou igual ao volume submerso. Pense
em uma bola flutuando sobre a água.
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ≥ 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
33
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
Se o volume do corpo é maior que o volume submerso, para manter a igualdade, a massa
específica do corpo necessita ser menor que a massa específica do fluido.
↓ 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . ↑ 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = ↑ 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
Em termos de Peso específico, temos:
𝐸 = ↓ ϒ𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . ↑ 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = ↑ ϒ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . ↓ 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
O peso específico do fluido necessita ser maior ou igual ao peso específico do corpo para
manter a igualdade.
Gabarito: a) Certo.
34
Provas: CESPE - 2013 - ANP - Especialista em Regulação - Área IV
A respeito das propriedades dos fluidos e da estática dos meios fluidos, julgue o item a
seguir.
Sabe-se que o empuxo (E) é o produto entre o volume do fluido deslocado pelo corpo (V)
e o peso específico do fluido (γ). Então, para que um corpo flutue, o peso específico do
fluido deve ser maior ou igual ao peso específico do corpo.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
A afirmação é verdadeira, pois sempre que o peso específico do fluido (ou a massa
específica) for maior que o peso específico (ou massa específica) do corpo, ele irá flutuar.
Relembrando Peso específico e sua relação com massa específica (densidade) e Empuxo:
ϒ = 𝜌. 𝑔
𝐸 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑔 = 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
𝐸 = ϒ𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = ϒ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
Gabarito: a) Certo.
35
se segue.
Considere que um bloco de 100 kg e densidade 5,0 g/cm3, localizado no fundo de uma
piscina cheia de água, deva ser deslocado verticalmente, dentro da piscina, de certa altura
h. Nessa situação, é necessário aplicar uma força igual àquela aplicada para se levantar,
de uma mesma altura h, um bloco idêntico, mas com massa de 20 kg, localizado no chão,
fora da piscina.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Como as unidades dadas não estão no Sistema Internacional de Unidades, vamos fazer a
adequação necessária.
1 𝑐𝑚3 = 1 𝑚𝐿
𝑔 𝑘𝑔 𝑡𝑜𝑛
1 3
=1 =1 3
𝑐𝑚 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 𝑚
5 3
=5 =5 3
𝑐𝑚 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 𝑚
De acordo com o princípio de Arquimedes, enunciado na questão, temos:

Calculemos o volume do corpo submerso na piscina.
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 . 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 =
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
100 𝑘𝑔
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = = 20 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
5 𝑘𝑔/𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜
Assim, o corpo tem 20 litros, pesando 100 kg.
Agora calcularemos o empuxo:
𝐸 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 . 𝑔
36
𝑘𝑔 𝑚
𝐸=1 . 20 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠. 10 2 = 200 𝑁
𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 𝑠
Agora calcularemos o peso aparente do corpo, pois na água ele “parece” mais leve que
ao ar.
𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑃𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 − 𝐸
𝑚
𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 100 𝑘𝑔. 10 − 200 𝑁
𝑠2
𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 1000 𝑁 − 200 𝑁 = 800 𝑁.
Assim, calculando a força para um corpo externo de 20 kg, submetido a gravidade
terrestre de aproximadamente 10 m/s2, temos:
𝑃 = 𝑚. 𝑔
𝑚
𝑃 = 20 𝑘𝑔. 10 2 = 200 𝑁
𝑠
𝑚
1𝑘𝑔. 2 = 1 𝑁
𝑠
Assim, é possível compreender que a força necessária para suspender o bloco submerso
é de 800 N, enquanto para suspender um corpo de 20 kg fora da piscina é de apenas 200
N.
A questão pode levar o candidato a confundir porque o Empuxo no corpo submerso é
igual ao Peso do bloco de 20 kg, porém essa força não é suficiente para suspender o corpo
submerso, e sim 800 N, que é o seu peso aparente.
37
Um sistema composto por dois cubos de tamanho idêntico e de materiais diferentes está
em equilíbrio e totalmente submerso, como mostra a figura, de modo que a corda fina
prende um cubo ao outro.
Sabendo-se que d1 tem densidade 0,5 g/cm3, conclui-se que a densidade d2 do corpo 2,
em g/cm3, é de:
Dado: 𝑑á𝑔𝑢𝑎 = 1,0 𝑔/𝑐𝑚3
a) 0,5
b) 1,0
c) 1,5
d) 2,0
e) 3,0
RESOLUÇÃO:
Se a densidade do corpo 1 é de 0,5 g/cm3, significa que se estivesse solto ele flutuaria na
água, pois sua densidade é menor que a da água. Assim, a densidade do corpo 2 deve ser
maior que a da água para compensar. Como ambos os corpos estão totalmente submersos,
a densidade do sistema deve ser igual a densidade da água. Caso fosse maior que a da
água, o corpo afundaria.
Considere que cada cubo tem volume V, não importando o valor. Então, o volume total
do sistema é de 2 V.
𝜌1 = 0,5 𝑔/𝑐𝑚3
𝑚1 = 𝜌1 . 𝑉
𝑚2 = 𝜌2 . 𝑉
𝑚1 + 𝑚2 𝑔
= 1,0
2𝑉 𝑐𝑚3
(𝜌1 . 𝑉) + (𝜌2 . 𝑉)
= 1,0 𝑔/(𝑐𝑚3 )
2𝑉
38
𝑉(𝜌1 + 𝜌2 ) 𝑔
= 1,0
2𝑉 𝑐𝑚3
𝑔
𝜌1 + 𝜌2 = 2
𝑐𝑚3
𝑔 𝑔
0,5 3
+ 𝜌2 = 2
𝑐𝑚 𝑐𝑚3
𝑔 𝑔
𝜌2 = 2 − 0,5 = 1,5 𝑔/𝑐𝑚3
𝑐𝑚3 𝑐𝑚3
Assim, a resposta é a letra c) 1,5.
Gabarito: c) 1,5.
39
se segue.
É correto afirmar que um pequeno submarino de 2.000 toneladas de casco ocupará um
volume inferior a 2.000 m3, quando em equilíbrio e totalmente submerso.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Como as unidades dadas não estão no Sistema Internacional de Unidades, vamos fazer a
adequação necessária.
1 𝑐𝑚3 = 1 𝑚𝐿
1 = 1 = 1
𝑐𝑚3 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 𝑚3
De acordo com o princípio de Arquimedes, enunciado na questão, temos:
𝑔
Cancelando a aceleração gravitacional, pois 𝑔 = 1.
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

Agora é só efetuar os cálculos com os valores, ajuste de unidades e devidas substituições;
𝑚𝑠𝑢𝑏𝑚𝑎𝑟𝑖𝑛𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
𝑚𝑠𝑢𝑏𝑚𝑎𝑟𝑖𝑛𝑜
𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 =
𝜌á𝑔𝑢𝑎
2000 𝑡
𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝑡𝑜𝑛
1 3
𝑚
𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 2000 𝑚3
Como se pode perceber, o volume é exatamente igual a 2000 m3, e não inferior. Caso a
densidade da água fosse maior que 1 ton/m3, como a água do mar (aproximadamente
1,025 t/m3), então o volume submerso seria inferior. Todavia, não é o caso de acordo com
os dados da questão.
40
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Petróleo
Um corpo esférico com volume V é dividido em duas partes com densidades e volumes
respectivamente dados por p1, V1 e p2, V2. Esse corpo é completamente mergulhado
dentro de um tanque com água, conforme ilustra a figura a seguir.
Com base nessas informações e considerando que a densidade da água é ρ = 1.000 kg/m3,
julgue o item subsecutivo.
Para que o corpo suba para a superfície quando apenas atuarem nele o peso e o empuxo,
é necessário que 𝜌 > 𝜌1. 𝑉1/ 𝑉 + 𝜌2. 𝑉2/ 𝑉.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Para que um corpo flutue, sua densidade relativa deve ser menor que a da água.
Assim, para o corpo em questão, e de acordo com o enunciado, temos:
𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2
𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝜌1 . 𝑉1 + 𝜌2 . 𝑉2
𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝜌1 . 𝑉1 + 𝜌2 . 𝑉2
ρesfera = =
𝑉 𝑉
Deste modo, a afirmação “Para que o corpo suba para a superfície quando apenas
atuarem nele o peso e o empuxo, é necessário que 𝝆 > 𝝆𝟏. 𝑽𝟏/ 𝑽 + 𝝆𝟐. 𝑽𝟐/ 𝑽”
está correta.
Gabarito: a) Certo.
41
Estabilidade de corpos flutuantes e submersos.
Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Banco da Amazônia
9. Estabilidade de corpos flutuantes e submersos.
Acerca da estabilidade de estruturas e de embarcações, julgue o item a seguir.
O braço de endireitamento (GZ) é definido como a distância horizontal, medida em
metros, entre o centro de gravidade (G) e a linha vertical de ação da força de empuxo
agindo no centro de carena quando a embarcação encontra-se inclinada.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Para compreender a questão, é necessário compreender sobre estabilidade transversal do

navio e seus pontos notáveis.
G é o ponto de atuação da força peso sobre o navio.
B’ é o Centro de Carena (flutuação), ponto de atuação da força empuxo quando o navio
está inclinado. Quando o navio está sem inclinação (sem banda), B fica abaixo e na
mesma vertical que G.
Metacentro (M) É o ponto de encontro de dois raios de uma curva infinitamente pequena,
descrita pela sucessiva mudança de posição do centro de carena de um navio, que oscila
em flutuações isocarenas, ou seja, de mesmo volume submerso.
Nas condições da figura, há um momento (torque) entre as forças Peso atuando em G e
Empuxo atuando em B’, criando o braço de endireitamento GZ, no sentido de restaurar o
navio a condição de equilíbrio estável. Caso G estivesse pelo lado de fora de B’, o navio
tenderia a emborcar.
42
Para calcular o momento de restauração, é necessário efetuar a equação do Binário:
𝑀𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑢𝑟𝑎çã𝑜 = 𝛥. 𝑔. 𝐺𝑍
Δ é a massa total do navio (deslocamento do navio) e g a aceleração gravitacional. Quanto
maior o braço de endireitamento GZ maior será o momento de restauração.
Assim, a afirmação “O braço de endireitamento (GZ) é definido como a distância
horizontal, medida em metros, entre o centro de gravidade (G) e a linha vertical de ação
da força de empuxo agindo no centro de carena quando a embarcação se encontra
inclinada” está correta, e de acordo com o que podemos compreender da imagem.
Gabarito: a) Certo.
43
O corpo ovalado observado na Figura acima encontra-se totalmente submerso.

Se tal corpo sempre estiver numa posição de equilíbrio estável para pequenas rotações,
então, o centro de gravidade desse corpo está localizado:
a) acima do centro de empuxo e na mesma linha vertical.
b) abaixo do centro de empuxo e na mesma linha vertical.
c) ao lado do centro de empuxo, estando à direita do mesmo e na mesma linha
horizontal.
d) ao lado do centro de empuxo, estando à esquerda do mesmo e na mesma linha
horizontal.
e) no centro de empuxo e fora do centro geométrico do corpo
RESOLUÇÃO:
Corpos flutuantes, em equilíbrio estável, tendem a retornar à posição inicial direita
quando sofrem pequenas perturbações. Em caso de navios, o centro de gravidade está
localizado acima do centro de empuxo (ou centro de carena) e na mesma vertical, como
mostrado na figura abaixo.
44
Para corpos parcialmente submersos, como navios, o centro de gravidade G necessita
estar acima do centro de carena B e abaixo do metacentro transversal M, situação na qual
o navio tende a voltar para a posição inicial em virtude da presença de um braço de
estabilidade horizontal GZ, para pequenos ângulos de perturbação. Quanto mais próximo
do centro de carena estiver o centro de gravidade, maior o braço de estabilidade GZ e
maior o momento de retorno, tornando o navio duro. Quanto mais próximo do metacentro
estiver o centro de gravidade do navio, menor o braço de estabilidade e maior a chance
do navio emborcar, condição na qual se chama de equilíbrio instável, com um braço de
emborcamento.
Todavia, a questão mostra um corpo totalmente submerso, e o respondente pode ser
levado a pensar nas condições de equilíbrio de um navio, que teria a alternativa “a) acima
do centro de empuxo e na mesma linha vertical” como correta. Mas em corpos
completamente submersos, a situação se inverte. Veja a figura abaixo:
45
Como é possível observar, o braço criado entre as verticais G e B, na figura à esquerda,
com G abaixo de B, tendem a criar um momento de restauração. Já na imagem à direita,
com G acima de B, o braço tende a emborcar o submarino, condição de equilíbrio instável.
Levando isso em consideração, vemos que a resposta correta é a “b) abaixo do centro de
empuxo e na mesma linha vertical.”
Gabarito: b) abaixo do centro de empuxo e na mesma linha vertical.
46
Duas forças atuam sobre um corpo flutuando: a força peso e a força de empuxo.
O centro de carena de um corpo flutuante é o centro geométrico do(a):
a) corpo, sendo o local onde é aplicada a força peso.
b) corpo, sendo o local onde é aplicada a força de empuxo.
c) parte não submersa do corpo, sendo o local onde é aplicada a força de empuxo.
d) parte submersa do corpo, sendo o local onde é aplicada a força peso do corpo.
e) parte submersa do corpo, sendo o local onde é aplicada a força de empuxo.
RESOLUÇÃO:
O centro de carena (centro de empuxo) é o centro geométrico da parte submersa de corpos
flutuantes, onde atua a força vertical Empuxo. Em corpos parcialmente submersos, como
embarcações em equilíbrio estável, este centro fica na mesma vertical que o centro de
gravidade do navio, onde atua a força peso.
Gabarito: e) parte submersa do corpo, sendo o local onde é aplicada a força de
empuxo.
47
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Naval
Como o conceito de estabilidade da embarcação tem por fundamento o equilíbrio da
embarcação, cujas categorias ocorrem em função da relação entre as posições do
metacentro, do centro de gravidade e do centro de carena, julgue o item subsecutivo
relativamente à estabilidade estática de corpos flutuantes.
Quando o centro de gravidade está acima do centro de carena e esses dois estão
abaixo do metacentro, a embarcação é estável para pequenos ângulos de banda.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Para corpos em flutuação, com densidade menor que a da água (ou fluido), o centro de
gravidade G deverá estar acima do centro de carena B, e ambos abaixo do metacentro M,
contados a partir da parte inferior do corpo. No caso de um navio, este ponto é a quilha,
e é representado por K.
O metacentro é o ponto de encontro do raio formado por pequenos ângulos de inclinação.
Deste modo, para corpos flutuando em equilíbrio estável, temos que:
𝐾𝑀 > 𝐾𝐺 > 𝐾𝐵
𝐺𝑀 > 0
𝐺𝑍 > 0
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: a) Correto.
48
BLOCO III
Dinâmica dos Fluidos
Prova: Petrobrás - Técnico de Estabilidade Júnior – 2014
2 Pressão e velocidade, equação de Bernoulli, equação de Torricelli
Uma das hipóteses da equação de Bernoulli consiste em considerar o(a):
a) fluido compressível
b) regime estacionário
c) presença de trocas de calor
d) não uniformidade das propriedades nas seções
e) presença de perdas por atrito no escoamento do fluido
RESOLUÇÃO:
A equação de Bernoulli, a nível médio, apresenta algumas características:
“A soma das energias cinética, potencial e de escoamento de uma partícula de fluido
é constante ao longo de uma linha de corrente durante um escoamento estacionário
quando os efeitos da compressibilidade e do atrito são desprezíveis.”
𝑷𝟏 𝑽𝟐𝟏 𝑷𝟐 𝑽𝟐𝟐
+ + 𝐠𝐳𝟏 = + + 𝒈𝒛𝟐
𝝆 𝟐 𝝆 𝟐
Ela considera o fluido incompressível para uma linha de corrente. Ou seja, ele não sofre
variação de densidade em função da pressão. Isso é útil para escoamento de líquidos.
Também, o regime estacionário considerado é quando o fluido não sofre variação de
velocidade em função do tempo t (𝑉 = 𝑓(𝑡)). Todavia, ele sofre variação da
velocidade em função da posição s (𝑉 = 𝑓(𝑠)), como ocorre com a aceleração
centrípeta de uma partícula, por exemplo.
a) Dito isto, a alternativa correta é a “b) regime estacionário.”
Gabarito: b) regime estacionário.
49
Assunto: 1 Princípios gerais de escoamento de fluidos, vazão e fluxo de massa.
A Figura abaixo ilustra um trecho de tubulação de um processo no qual escoa um fluido
em regime permanente.
Na seção (a), a área é de 30 cm2, a massa específica do fluido é de 2 kg/m3, e sua

velocidade é de 30 m/s. Na seção (b), a área é de 15 cm2, e a massa específica do fluido
é de 8 kg/m3.
Qual a velocidade do fluido na seção (b), em m/s?
a) 5
b) 10
c) 15
d) 25
e) 30
RESOLUÇÃO:
𝑚 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 [𝑘𝑔] 𝑣 − 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 [𝑚3 ]
𝑘𝑔 𝑣̇ − 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
𝑚̇ − 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎 [ ]
𝑠 𝑚
𝑉 − 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 [ ]
𝑘𝑔 𝑠
𝜌 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 [ 3 ]
𝑚 𝐴 − á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜
Relação entre vazão mássica e vazão volumétrica:

𝑚̇ = 𝜌. 𝑣̇
Relação entre vazão volumétrica e velocidade
𝑣̇ = 𝐴. 𝑉
Considerando que a vazão mássica é constante em ambas as seções, temos:
𝑚̇𝑎 = 𝑚̇ 𝑏
𝜌𝑎 . 𝐴𝑎 . 𝑉𝑎 = 𝜌𝑏 . 𝐴𝑏 . 𝑉𝑏
Substituindo os valores (não é necessário converter para unidades do SI pois as unidades
serão divididas entre si, resultando na unidade – 1):
50
𝑘𝑔 𝑚 𝑘𝑔
2 3
. 30 𝑐𝑚2 . 30 = 8 3 . 15 𝑐𝑚2 . 𝑉𝑏
𝑚 𝑠 𝑚
𝑚
(2.30.30 𝑠 ) 1 𝑚
𝑉𝑏 = = . 30 = 15 𝑚/𝑠
8.15 2 𝑠
Gabarito: c) 15
51
Um tubo, disposto horizontalmente, tem diâmetro 𝑑1 = 2,0 𝑐𝑚 e se estreita para 𝑑2 =

√2 𝑐𝑚, como ilustrado na figura acima. A água flui através do tubo, passando por d1 e
sendo liberada para a atmosfera em d2. Se a pressão na região larga do tubo (d1) excede
a pressão atmosférica em 1,5 x 103 Pa, com que velocidade, em m/s, a água sai por d2?
Dado: densidade da água 1,0 x 103 kg/m3.
a) 0,25
b) 0,50
c) 1,0
d) 2,0
e) 4,0
RESOLUÇÃO:
Balanço de massa: 𝑣̇ = 𝐴1 . 𝑉1 = 𝐴2 . 𝑉2
𝑑22
𝐴2 𝜋.
𝑉1 = .𝑉 = 4 .𝑉
𝐴1 2 𝑑12 2
𝜋. 4
𝑑2 2
𝑉1 = ( ) . 𝑉2
𝑑1
𝑃1 𝑉2
1 𝑃
2 𝑉2
2
Equação de Bernoulli, com 𝑧1 = 𝑧2 . : 𝜌.𝑔 + 2.𝑔 = 𝜌.𝑔 + 2.𝑔
Multiplicando a equação por g, temos:

𝑃1 𝑉12 𝑃2 𝑉22
+ = +
𝜌 2 𝜌 2
Dados do problema:
𝑃1 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 1,5.103 𝑃𝑎
𝑃2 = 𝑃𝑎𝑡𝑚
52
2
√2𝑐𝑚 1
𝑉1 = ( ) . 𝑉2 = . 𝑉2
2 𝑐𝑚 2
Substituindo em Bernoulli:
2
1
𝑃𝑎𝑡𝑚 + 1,5.10 𝑃𝑎 3 (2 𝑉2 ) 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝑉22
+ = +
1000 𝑘𝑔/𝑚3 2 1000 𝑘𝑔/𝑚3 2
Isolando V2:
𝑉22 1𝑉22 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 1,5.103 𝑃𝑎 𝑃𝑎𝑡𝑚
− = −
2 8 𝑘𝑔 1000 𝑘𝑔/𝑚3
1000 3
𝑚
4𝑉22 − 𝑉22 1,5.103 𝑃𝑎∗
=
8 𝑘𝑔
1000 3
𝑚
3𝑉22 = 8.1,5
8.1,5
𝑉2 = √ = √4 = 2 𝑚/𝑠
3
*
Fazendo a análise dimensional:
𝑚
𝑁 𝑘𝑔. 2
𝑃𝑎 = 2 = 𝑠
𝑚 𝑚2
𝑚
𝑘𝑔. 2
𝑠
𝑃𝑎 𝑚 2 𝑘𝑔 𝑚3 𝑚2
= = . = 2
𝑘𝑔 𝑘𝑔 𝑚. 𝑠 2 𝑘𝑔 𝑠
𝑚3 𝑚3
𝑚2 𝑚
√ =
𝑠2 𝑠
Gabarito: d) 2,0
53
Dentro de um tubo horizontal de seção reta igual a 2,0 cm2, como mostrado na figura, flui
água a uma pressão de 1,375 × 105 Pa. Ela jorra horizontalmente para o exterior do tubo,
que se encontra a uma pressão P0 = 1,000 × 105 Pa, através de um orifício de área igual a
1,0 cm2.
A velocidade de saída da água, em m/s, é:

Dados: ρágua = 1,0 × 103 kg/m3
g = 10,0 m/s2
A água é um fluido perfeito.
a) 20,0
b) 10,0
c) 3,75
d) 2,00
e) 1,00
RESOLUÇÃO:
Podemos utilizar a equação de Bernoulli para solução do problema, considerando 𝑍1 =
𝑍2 ..
𝑃1 𝑉12 𝑃2 𝑉22
+ = +
𝜌 2 𝜌 2
Temos também a equação da continuidade, em que a vazão é constante ao longo do tubo.
Logo:
𝐴1 . 𝑉1 = 𝐴2 . 𝑉2
𝑉1 𝐴2 1 𝑐𝑚2 1
= = =
𝑉2 𝐴1 2 𝑐𝑚2 2
𝑉2 = 2𝑉1
Agora podemos substituir os valores na equação de Bernoulli. Como todas as unidades
estão no SI, omitiremos elas, pois o resultado final dará em m/s.
54
1,375.105 𝑉12 1.105 (2𝑉1 )2
+ = +
103 2 103 2
3𝑉12
0,375.102 =
2
3𝑉12 = 37,5.2 = 75
75
𝑉12 = = 25
3
𝑚
𝑉1 = √25 = 5
𝑠
𝑚 𝑚
𝑉2 = 2.5 = 10
𝑠 𝑠
Logo, a velocidade de saída equivale a 10 m/s.
Gabarito: b) 10 m/s.
55
Um balde de água de 25 litros, inicialmente vazio, é enchido por um tubo de água em 25
minutos. Qual a vazão de massa no tubo?
Dado: densidade da água = 1,0 x 103 kg/m3
a) 40 kg/s
b) 3.600 kg/h
c) 0,050 kg/s
d) 10 kg/min
e) 60 kg/h
RESOLUÇÃO:
𝑚 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 [𝑘𝑔] 𝑣 − 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 [𝑚3 ]
𝑘𝑔 𝑣̇ − 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
𝑚̇ − 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎 [ ]
𝑠 Relações pertinentes:
𝑘𝑔
𝜌 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 [ 3 ]
𝑚
1 𝑚3 = 1000 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
1 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎 = 1000 𝑘𝑔
𝑡𝑜𝑛 𝑘𝑔 1000 𝑘𝑔 𝑘𝑔
1 3
= 1000 3 = =1
𝑚 𝑚 1000 𝑙 𝑙
Para simplificar, faremos o uso da relação acima.

Relação entre vazão mássica e vazão volumétrica:
𝑚̇ = 𝜌. 𝑣̇
Calculando a vazão volumétrica:

25 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
𝑣̇ = = 1 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜/𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜
25 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
𝑘𝑔 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 𝑘𝑔 𝑚𝑖𝑛 𝑘𝑔
𝑚̇ = 1 .1 =1 . (60 ) = 60
𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 𝑚𝑖𝑛 ℎ𝑜𝑟𝑎 ℎ
Gabarito: e) 60 kg/h
56
3. O tubo de Venturi e o tubo de Pitot.
O tubo de Venturi é constituído de um tubo:
a) colocado com sua abertura na direção das trajetórias das partículas do fluido, tubo
que é dobrado posteriormente em ângulo reto, no qual é adaptado um piezômetro.
b) colocado com sua abertura na direção contrária à direção das trajetórias das
partículas do fluido, tubo que é dobrado posteriormente em ângulo reto, no qual é
adaptado um piezômetro.
c) convergente e não divergente, no qual se adapta um piezômetro.
d) divergente e não convergente, no qual se adapta um piezômetro.
e) convergente/divergente, com a presença de uma garganta.
RESOLUÇÃO:
O medidor de Venturi é um medidor de vazão por obstrução, no qual é aplicado um
balanço de massa e a equação de Bernoulli, para escoamento em uma linha de trajetória.
Ele tem o formato conforme a figura:
Figura 1 - Características geométricas do Tubo de Venturi.
Extraído de: Mecânica dos Fluidos: fundamentos e aplicações. Yunus Cengel, John
Cimbala. McGraw-Hill, 3. Ed. 2015.
Possui uma parte convergente, uma garganta e uma parte divergente. A diferença
de pressão entre a entrada e a garganta permite medir a velocidade do fluido.
As equações são:
Balanço de massa: 𝑣̇ = 𝐴1 . 𝑉1 = 𝐴2 . 𝑉2
𝑑2
𝐴2 𝜋. 4
𝑉1 = .𝑉 = .𝑉
𝐴1 2 𝐷2 2
𝜋. 4
𝑑 2
𝑉1 = ( ) . 𝑉2
𝐷
57
𝑑
𝛽=
𝐷
𝑉1 = 𝛽 2 . 𝑉2
1 𝑃1 𝑉2
2 2 𝑃 𝑉2
Equação de Bernoulli, com 𝑧1 = 𝑧2 . : 𝜌.𝑔 + 2.𝑔 = 𝜌.𝑔 + 2.𝑔
𝑃1 (𝛽 2 . 𝑉2 )^2 𝑃2 𝑉22
+ = +
𝜌. 𝑔 2. 𝑔 𝜌. 𝑔 2. 𝑔
𝑃1 𝛽 4 . 𝑉22 𝑃2 𝑉22
+ = +
𝜌. 𝑔 2. 𝑔 𝜌. 𝑔 2. 𝑔
Isolando V2.
𝛽 4 . 𝑉22 𝑉22 𝑃2 𝑃1
− = −
2. 𝑔 2. 𝑔 𝜌. 𝑔 𝜌. 𝑔
2𝑔
𝑉22 (𝛽 4 − 1) = ( ) . (𝑃2 − 𝑃1 )
𝜌𝑔
2(𝑃2 − 𝑃1 )
𝑉22 =
𝜌. (𝛽 4 − 1)
Multiplicando numerador e denominador por (-1), temos:
2(𝑃1 − 𝑃2 )
𝑉22 =
𝜌. (1 − 𝛽 4 )
Extraindo a raiz:
2(𝑃1 − 𝑃2 )
𝑉2 = √
𝜌. (1 − 𝛽 4 )
Assim, conhecendo a área da garganta e a velocidade do fluido, mediante a diferença de

pressão entre os pontos P1 e P2, é possível determinar a vazão.
58
Figura 2 - Tubo de Venturi em processo para medição de vazão.
Extraído de: https://www.pipingengineer.org/ventury-flow-meter-piping/

Apesar de ter demonstrado os aspectos matemáticos, a resposta é mais quanto a
característica construtiva, tendo uma seção cônica convergente, a garganta (obstrução)
e uma seção cônica divergente. É o medidor de vazão mais exato; evita a separação do
escoamento e turbilhões e sofre apenas perdas por atrito nas superfícies da parede interna
(comparado aos medidores de vazão por orifício e por bocal).
Gabarito: e) convergente/divergente, com a presença de uma garganta.
59
3. O tubo de Venturi e o tubo de Pitot.
A figura apresenta um tubo de Pitot que mede a velocidade relativa de um fluxo de ar. A
pressão Pi é igual à pressão do ponto de estrangulamento em frente ao tubo, enquanto a
pressão atmosférica Patm é medida na parte externa (“furada”) do tubo.
Sabendo-se que Pi − Patm = 3,84 kPa, conclui-se que a velocidade relativa do ar, em
relação ao tubo, em m/s, é de:
Dado: ρar= 1,2 kg/m3
a) 3,8 x 100
b) 8,0 x 100
c) 3,8 x 101
d) 8,0 x 101
e) 3,8 x 102
RESOLUÇÃO:
O tubo de Pitot permite encontrar a pressão de estagnação no ponto, que ocorre quando
um corpo em repouso é imerso em uma corrente de escoamento, e o fluido desacelera
isentropicamente neste ponto. Então, a pressão nesse ponto é chamada de pressão de
estagnação, conforme a figura abaixo.
60
Através da manipulação adequada da Equação de Bernoulli, considerando a velocidade
zero no ponto de estagnação, podemos encontrar:
𝑉12 𝑉22
𝑃1 + 𝜌. + 𝜌𝑔𝑧1 = 𝑃2 + 𝜌. + 𝜌𝑔𝑧2
2 2
𝑍1 = 𝑍2 (𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒)
𝑃2 = 𝑃𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑛𝑎çã𝑜
𝑉2 = 0
𝑉12
𝑃1 + 𝜌. = 𝑃𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑛𝑎çã𝑜
2
𝑉12
𝑃𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑛𝑎çã𝑜 − 𝑃 = 𝜌.
2
2. (𝑃𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑛𝑎çã𝑜 − 𝑃)
= 𝑉12
𝜌
Chamaremos V1=V, então:
2. (𝑃𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑛𝑎çã𝑜 − 𝑃)
𝑉=√
𝜌
Logo, para solução do problema é necessário resolver apenas esta equação. Todos os
demais valores foram dados.
2(3,84.103 )𝑃𝑎
𝑉=√
1,2 𝑘𝑔/𝑚3
61
𝑚2 64.102 𝑚2
𝑉 = √2.3,2.103 = √
𝑠2 𝑠2
𝑚
𝑉 = 8.10
𝑠
Logo, a resposta é a alternativa d) 8,0.101
Gabarito: d) 8,0.101
62
Princípios de Eletricidade
5. Associação de resistores.
6. Noções de eletricidade e eletrônica, circuitos elétricos.
Acerca de princípios relacionados a eletrostática e a eletrodinâmica, julgue o item
subsequente.
Em uma associação de resistores em série, a tensão elétrica é dividida entre os elementos
resistivos associados.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
De acordo com a Lei de Kirchoff das Tensões (LKC), o somatório das tensões em uma
malha é igual a zero (∑ 𝑉𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎 = 0). Assim, resistores associados em série formando
uma malha com uma fonte de tensão, a tensão será dividida entre esses resistores.
Nesta situação, a tensão da fonte será igual a soma das tensões nos resistores R1, R2 e
R3.
𝑉𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 = 𝑉𝑅1 + 𝑉𝑅2 + 𝑉𝑅3
Esse circuito é conhecido como divisor de tensão.
Gabarito: a) Certo.
63
Prova: CESPE - 2008 - INPE - Técnico - TM05
Em determinadas situações, pode-se associar elementos elétricos passivos para se obter
valores de resistência, capacitância e indutância não disponíveis comercialmente. A
respeito da associação desses elementos, julgue os itens a seguir.
Resistores conectados em série possuem como resistência equivalente a soma das
resistências individuais
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Do ensino médio, aprendemos que resistores em série equivalem a soma dos resistores
individuais. Isso é uma consequência da Lei de Kirchoff das Tensões (LKC) para um
laço. Logo, a afirmação está correta.
A seguir, deixo a dedução da fórmula, para título
de curiosidade.
𝑉𝑎𝑏 = 𝑉𝑎 − 𝑉𝑏
𝑉𝑎𝑏 = 𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 . 𝐼
De acordo com a LKT, temos um divisor de
tensão:
𝑉𝑎𝑏 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3
Como só há um caminho, a corrente é igual em todos os resistores. Logo:
𝐼𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐼1 = 𝐼2 = 𝐼3 = 𝐼
Fazendo a substituição de acordo com a lei de Ohm:
𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 . 𝐼 = 𝑅1 . 𝐼 + 𝑅2 . 𝐼+𝑅3 . 𝐼
Divide ambos os lados da equação por I (igual a multiplicar cada elemento por 1/I).
1 1 1 1
𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 . 𝐼. = 𝑅1 . 𝐼. + 𝑅2 . 𝐼. +𝑅3 . 𝐼.
𝐼 𝐼 𝐼 𝐼
Resulta:
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + ⋯ + 𝑅𝑁
Gabarito: a) Certo.
64
subsequente.
Em uma associação de resistores em paralelo, a tensão fornecida aos elementos resistivos
associados é inversamente proporcional à corrente que os atravessa.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Resistores associados em paralelo estão sujeitos a mesma tensão entre os terminais.
Assim, há um divisor de corrente, pois as correntes se dividem no nó de entrada, passam
pelos resistores, e se encontram no nó de saída. A tensão igual pode ser explicada pela
Lei de Kirchoff das Tensões (LKT), em que a soma das tensões nos laços é igual a zero.
∑ 𝑉𝑙𝑎ç𝑜 = 0
−𝑉𝑅1 + 𝑉𝑅2 = 0
𝑉𝑅1 = 𝑉𝑅2
−𝑉𝑅2 + 𝑉𝑅3 = 0
𝑉𝑅2 = 𝑉𝑅3
Deste modo, a afirmação está errada.

65
subsequente.
A potência elétrica de um aparelho em um circuito é tanto maior quanto maior for a
corrente elétrica que circule por ele e tanto maior quanto menor for a tensão à qual ele
esteja submetido.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Potência elétrica P, sendo a razão entre a energia dissipada e o tempo, é definida, em
eletrodinâmica, como o produto entre a tensão U e a corrente I aplicada ao elemento, se
corrente contínua. Assim:
𝑃 = 𝑈. 𝐼
Para circuitos trifásicos, a potência elétrica é definida por:
𝑃3∅ = √3. 𝑈. 𝐼
Deste modo, quanto maior a tensão U aplicada, maior será a potência elétrica no elemento,
considerando a corrente I constante. Também, se a corrente I for maior, resultará em
aumento da potência, considerando a tensão U constante.
Assim, a afirmação “A potência elétrica de um aparelho em um circuito é (...) tanto
maior quanto menor for a tensão à qual ele esteja submetido” está errada, apesar do
trecho “tanto maior quanto maior for a corrente elétrica que circule por ele” estar de
acordo com a definição.
66
Prova: CESPE - 2012 - ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Área 1
10. Medidas elétricas, utilização de instrumentos de medição e testes.
De acordo com os conceitos de eletricidade, julgue os itens que se seguem.
1. Divisor de tensão é um circuito formado por resistores que permite obter, a partir
da alimentação fornecida, qualquer valor de tensão menor, necessário ao funcionamento
dos circuitos.
a) Certo
b) Errado
2. Quando um cabo condutor é percorrido por uma corrente elétrica, o movimento
das partículas no seu interior é orientado. Essa orientação do movimento das partículas,
cujo efeito é semelhante à orientação dos ímãs moleculares, ocasiona o surgimento de um
campo magnético ao redor do cabo condutor.
a) Certo
b) Errado
3. Quando a potência dissipada em uma carga é calculada em função do tempo, pode-
se determinar a quantidade de energia consumida pela carga. A unidade comumente
utilizada no cálculo de energia elétrica é o quilowatt-hora (kWh), que é o produto de
quilowatts por hora.
a) Certo
b) Errado
4. A intensidade da corrente elétrica em um circuito é diretamente proporcional à
tensão aplicada e inversamente proporcional a sua resistência.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Divisor de tensão é um circuito com resistências associadas em série. De acordo com a
Lei de Kirchoff das Tensões (LKT), para uma malha com uma fonte, a tensão da fonte
deve ser igual a tensão nas cargas. Assim, utilizando a combinação de resistores
adequados, é possível obter qualquer valor de tensão menor que a da fonte, de acordo
com a necessidade. Por isso, a afirmação 1 está correta.
Sempre que há a passagem de corrente elétrica i ao redor de um condutor, surge um campo
magnético B, proporcional à corrente que passa pelo condutor. Esse campo é mais intenso
67
próximo ao condutor, e menor quando mais afastado (dependente da distância/raio R).
Também, é dependente da permeabilidade magnética μ do meio. A intensidade do campo
magnética é dada por:
𝜇. 𝑖
𝐵=
2𝜋. 𝑅
B é medido em Tesla, e a permeabilidade magnética no vácuo 𝜇0 = 4𝜋. 10−7 𝑇. 𝑚/𝐴.
Então, a afirmação 2 está correta.
Em física, aprende-se que a unidade de energia E, no sistema internacional, é dada em
Joules. Ainda, aprendemos que potência P é a taxa de variação da energia (dissipada ou
produzida) no tempo t. Assim temos:
𝐸
𝑃=
∆𝑡
Então, a energia pode ser dada pelo produto da potência e tempo:
𝐸 = 𝑃. ∆𝑡
No sistema internacional, 1 Joule seria o produto da potência de 1 Watt em 1 segundo.
1 𝐽 = 1 𝑊. 1 𝑠
Todavia, para sistemas reais, que utilizam potência na ordem de kilowatts e megawatts,
medir a energia em Joules não seria apropriado. Por isso, utilizamos um múltiplo, o
quilowatt-hora (kW.h), que é a energia de uma carga de 1 kW funcionando em uma hora.
É assim que a concessionária nos cobra pela energia consumida mensalmente. Sabemos
que:
1 ℎ𝑜𝑟𝑎 = 60.60 𝑠 = 3600 𝑠
1 𝑘𝑊 = 1000 𝑊
Então, 1 kwh é, em Joules, o equivalente a três milhões e seiscentos mil:
1 𝑘𝑊ℎ = 1000 𝑊. 3600 𝑠 = 3600000 𝑊. 𝑠 = 3600000 𝐽
Conforme demonstrado, a afirmação 3 está correta.
Quanto a afirmação 4, ela indica a Lei de Ohm, com análise na corrente elétrica. É dado
pela equação:
𝑈
𝐼=
𝑅
Se a tensão aumenta, a corrente também aumenta, com a resistência constante.
Mantido a tensão constante, se a resistência R aumentar, a corrente tende a diminuir.
Logo, a afirmação 4 está correta.
Gabarito: 1. a) Certo; 2. a) Certo; 3. a) Certo; 4. a) Certo
68
69
Prova: CESPE - 2010 - INMETRO - Técnico - Metrologia
Considere que um circuito seja dotado de um conjunto com três resistências de
resistividade variável, arranjadas em paralelo, e que essas três resistências tenham,
inicialmente o mesmo valor, de 10 Ω. Suponha, ainda, que um sistema de controle
computadorizado faça que, a cada segundo, o valor da primeira resistência seja reduzido
à metade, o valor da segunda seja dobrado, e o valor da terceira seja triplicado. Nessa
situação, após 3 s, a resistência equivalente do conjunto seria aproximadamente de:
a) 3,60 Ω
b) 3,45 Ω
c) 1,23 Ω
d) 1,07 Ω
e) 0,99 Ω
RESOLUÇÃO:
O primeiro ponto é saber como os valores das resistências estarão no tempo de 3
segundos, seguindo a lógica do enunciado da questão. Para isso, faremos uma tabela:
Segundos R1 R2 R3
t=0 10 10 10
t=1 5 20 30
t-=2 2,5 40 90
t=3 1,25 80 270
Assim, em t=3, teremos essa seguinte associação. Quem já é acostumado a calcular

resistências em paralelo sabe que o resultado final é sempre menor que a resistência de
menor valor. Desta forma, só restam as alternativas “c”, “d” e “e” como possíveis
respostas.
Vamos aos cálculos:
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 1,25 80 270
1 4
=
1,25 5
1 4 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 5 80 270
70
Encontrar o m.m.c. não é prático para a realização de um concurso. Nessa questão, o
caminho mais fácil é resolvê-la pela definição de condutância G, que é o inverso da
resistência, e utilizar aproximações. A unidade de condutância é dada em Siemens (S).
Assim:
1
𝐺=
𝑅
Fazendo a condutância para todos os termos, temos:
𝐺𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐺1 + 𝐺2 + 𝐺3
4 1 1
𝐺𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = + +
5 80 270
4 1 1
≫ >
5 80 270
Assim, faremos aproximações como sendo desprezíveis (aproximadamente igual a zero).
1
≅0
80
1/270 ≅ 0
𝐺𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ≅ 0,8 + 0 + 0 = 0,8 𝑆
1
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐺 −1 = = 1,25 𝛺
0,8
Assim, devido aos valores altos das resistências, comparados a R1, o valor final tende a
ser um valor próximo de 1,25. Logicamente, é um pouco inferior, pois aproximamos as
frações como sendo igual a zero. Analisando as alternativas, a mais próxima é a
alternativa c) 1,23 Ω, sendo ela a resposta correta.
Deixo para o estudante efetuar os cálculos pelo método tradicional, encontrando o m.m.c.
e fazendo as frações equivalentes.
Gabarito: c) 1,23 Ω.
71
A Figura abaixo mostra um arranjo feito com quatro baterias de 5 V para compor uma
fonte de alimentação de tensão contínua. Mostra, também, o gráfico da reta de carga
de uma das baterias, obtida em ensaios laboratoriais.
Considerando todas as baterias idênticas e conectando uma carga resistiva de 18 Ω nos

terminais dessa fonte de tensão construída, o valor, em ampères, da corrente elétrica
resultante sobre a carga será:
a) 2,0
b) 1,5
c) 1,0
d) 0,8
e) 0,5
RESOLUÇÃO:
A figura apresenta associação de fontes de corrente contínua. As fontes podem ser ligadas
em série e em paralelo. Vamos ver as características:
Fontes em série: Positivo de uma fonte com negativo de outra fonte. À esquerda.
72
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 + ⋯
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐼1 = 𝐼2 = 𝐼3 = ⋯
Fontes em paralelo: Positivo de uma fonte com positivo de outra fonte. Negativo de uma
fonte com negativo de outra fonte. À direita.
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉1 = 𝑉2 = 𝑉3 = ⋯
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 + ⋯
Da questão, devemos observar que há uma associação mista. Duas fontes de 5 V em série,
totalizado 10 V; e elas estão associadas em paralelo com duas fontes de 5 V em série. Ou
seja, temos a associação conforme a figura abaixo, já com a carga de 18 Ω entre os
terminais:
Como podemos observar, temos uma tensão 𝑉𝑎𝑏 = 10 𝑉 e uma carga de 18 Ω entre os
terminais ab. Aplicando a lei de Ohm, temos:
𝑉𝑎𝑏 = 𝑅. 𝑖
𝑉𝑎𝑏 10 𝑉
𝑖= = = 0,555 … 𝐴
𝑅 18 𝛺
Assim, a resposta é a alternativa e) 0,5.
Gabarito: e) 0,5.
73
A Figura abaixo mostra um circuito puramente resistivo.
Qual o valor, em ohms, da resistência equivalente vista entre os pontos 1 e 2?

a) 10,0
b) 9,6
c) 6,0
d) 5,4
e) 4,8
RESOLUÇÃO:
A questão é de associação de resistores, tanto em série quanto em paralelo. Ainda, é
necessário observar o ponto de medição 1-2. Observando através desse ponto, é possível
redesenhar o circuito da seguinte forma, para se tornar mais didático:
Então, entre 1 e 2 temos: (14+10)//80//20 (leia-se 14 em série com 10 em paralelo com

80 e em paralelo com 20).
Para a associação em série de 14 e 10 temos:
74
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (14 + 10) 𝛺 = 24 𝛺
A melhor forma para resolver, em concursos públicos, é utilizando a fórmula para dois
resistores em paralelo. É possível fazer a relação dois a dois.
(𝑹𝟏. 𝑹𝟐)
𝑹𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍𝒆𝒏𝒕𝒆 =
𝑹𝟏 + 𝑹𝟐
Para os resistores em paralelo de 80 e 20, temos:
80 𝛺 . 20 𝛺 1600 𝛺 2
𝑅𝑒𝑞 = = = 16 𝛺
(80 + 20) 𝛺 100 𝛺
Por fim, faremos o cálculo da associação em paralelo 16 e 24: Em cada etapa,
simplificaremos dividindo numerador e denominador por 2, até chegarmos o valor.
16 𝛺. 24 𝛺 384 𝛺 2 192 96
𝑅𝑒𝑞 = = = 𝛺= 𝛺 = 9,6 𝛺
(16 + 24)𝛺 40 𝛺 20 10
Assim, a associação, vista entre os pontos 1 e 2, equivale a 9,6 Ω.
Gabarito: b) 9,6
75
No circuito resistivo da figura, todos os resistores são dados em Ω.
A resistência equivalente [Req] desse circuito, em Ω, é:

a) 50
b) 45
c) 38
d) 30
e) 25
RESOLUÇÃO:
A questão que, inicialmente, parece complicada, se torna simples ao analisar o circuito,
verificar que a resistência de 15 Ω à direita está curto-circuitada e, associar resistores em
paralelo com o mesmo valor, achando a resistência equivalente. Dois resistores em
paralelo com valores iguais possuem Resistência Equivalente como sendo a metade dos
seus valores. Veja a seguir:
𝑅1 . 𝑅2
𝑅𝑒𝑞 =
𝑅1 + 𝑅2
Se 𝑅1 = 𝑅2 , o qual chamaremos de R, temos:
𝑅. 𝑅 𝑅2 𝑅
𝑅𝑒𝑞 = = =
𝑅 + 𝑅 2𝑅 2
Então, isso facilita ao reduzirmos/simplificarmos o circuito.
76
Agora redesenharemos o circuito, com a solução ao lado. A método é:
10//10=5. Leia: dez em paralelo com 10 é igual a 5. Isso equivale para todos.
Entre d-e: 12//12 = 6 Ω

Entre c-e: 6+14=20; 20//20=10; 10//10 = 5 Ω
Logo, a resistência equivalente entre c-e = 5 Ω
Assim, a resistência total em série entre a-b equivale a:

𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (15 + 5 + 10) 𝛺 = 30 𝛺
Gabarito: d) 30.
77
CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário - Telecomunicações e Eletricidade
O circuito mostrado na figura a seguir é constituído de uma fonte de tensão V ideal, em
corrente contínua, e três resistores de resistências iguais a R.
Se for retirado o resistor entre o ponto A e o terra, como mostrado no circuito da figura a
seguir, a corrente I2 permanecerá igual à do circuito original, já que a queda de tensão no
ponto A não se altera.
a) Certo.
b) Errado.
RESOLUÇÃO
A análise do circuito se dá entre o ponto A e o Terra. Como o ponto A, no circuito 1 é um
nó, onde a corrente sofre derivação, aplicando a Lei de Kirchoff das Correntes (LKC),
podemos compreender o circuito 1 como:
𝐼𝐴 = 𝐼1 + 𝐼2
Já no circuito 2, faremos a mesma análise da corrente que passa pelo ponto A, que já não
é mais um nó.
𝐼𝐴 = 𝐼2
Também, não ocorre variação na tensão entre os pontos A e o Terra.
78
Aplicando a Lei de Ohm no Resistor entre A e terra, no circuito 1, temos:
𝑉𝐴𝐵 = 𝑅. 𝐼1
Aplicando a Lei de Ohm entre A e B, no circuito 1, temos:
Aplicando a Lei de Ohm entre A e B, no circuito 2, temos:
A única modificação é na corrente total do circuito, que sofrerá diminuição devido a não
existência de I1.
Deste modo, a afirmação está correta.
Gabarito: a) Certo.
79
subsequente.
Considere o circuito mostrado na figura abaixo, constituído de uma bateria ideal de 12 V,
dois resistores ideais — em que R1 = 2 Ω e R2 = 3 Ω — e uma chave liga-desliga S.
Nesse circuito, é correto afirmar que, quando a chave S estiver fechada, as correntes que
fluem nos resistores R1 e R2 serão, respectivamente, iguais a 6 A e 2 A.
a) Certo.
b) Errado.
RESOLUÇÃO:
De acordo com a imagem, quando a chave S estiver acionada, ela irá causar um “curto”
entre a saída de R1 e o negativo da fonte. Deste modo, não irá passar corrente por R2.
Assim, não é necessário calcular, pois a corrente em R2 será igual a zero. A
afirmação está errada.
Para efeito de curiosidade, calcularemos as correntes para ambas as situações (inicial e
final).
𝑈 12 𝑉
𝐼𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = = = 2,4 𝐴
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (2 + 3) 𝛺
12 𝑉
𝐼𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = = 6𝐴
2𝛺
80
Prova: CESPE - 2015 - FUB - Técnico em Eletrotécnica
Considerando a figura acima, que ilustra um circuito constituído de duas fontes, um

amperímetro e de seis resistores com resistência igual a 15 Ω cada, julgue o item
subsequente.
1. A queda de tensão nos resistores em série será diferente da queda de tensão nos
resistores em paralelo.
a) Certo
b) Errado
2. O módulo da corrente que passa pelos três resistores em série é igual a 300 mA.
a) Certo
b) Errado
3. Considerando que o amperímetro seja ideal, a sua leitura é de 40 mA.

a) Certo.
b) Errado.
4. A leitura registrada no amperímetro é de aproximadamente 8 mA.

a) Certo
b) Errado
81
RESOLUÇÃO:
A primeira forma é simplificar o circuito, para então determinar a corrente da malha.
Na parte superior, há três resistores em série. A resistência total é:
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (15 + 15 + 15) 𝛺 = 45 𝛺
Na parte inferior, há três resistores em paralelo. A resistência equivalente é:
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 15 𝛺 15 𝛺 15 𝛺
1 3
=
𝑅𝑒𝑞 15 𝛺
15 𝛺
𝑅𝑒𝑞 = =5𝛺
3
O circuito reorganizado fica com uma malha, como na figura abaixo:
A partir de agora, aplica-se a LKT para a malha, considerando uma corrente de malha no
sentido horário e, quando a tensão entrar pelo – da fonte, ela recebe sinal negativo.
−3 𝑉 + 45 𝛺. 𝑖 + 9 𝑉 + 5 𝛺. 𝑖 = 0
50 𝛺 . 𝑖 = −6 𝑉
6𝑉 12 𝑉
𝑖=− =− = −0,12 𝐴
50 𝛺 100 𝛺
1000 𝑚𝐴
0,12 𝐴. = 120 𝑚𝐴
1𝐴
Assim, a corrente que percorre a malha é de 120 mA e tem sentido anti-horário, conforme
indicado com o sinal negativo.
Deste modo, a afirmação da questão 2 “O módulo da corrente que passa pelos três
resistores em série é igual a 300 mA” está errada.
Vamos calcular as quedas de tensão nos resistores série e paralelo, aplicando a lei de
Ohm:
82
𝑈45 = 45 𝛺 .0,12 𝐴 = 5,4 𝑉 (𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑠é𝑟𝑖𝑒)
𝑈15𝑠é𝑟𝑖𝑒 = 15 . 0,12 𝐴 = 1,8 𝑉 (ú𝑛𝑖𝑐𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 𝑒𝑚 𝑠é𝑟𝑖𝑒)
𝑈5 = 5 𝛺. 0,12 𝐴 = 0,6 𝑉 (𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 𝑒𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜)
Assim, percebemos distinção entre as tensões nos diferentes resistores, tornando correta
a afirmação 1 “A queda de tensão nos resistores em série será diferente da queda de
tensão nos resistores em paralelo.”
Por fim, calcula-se a corrente na associação em paralelo inferior do circuito inicial. Há
duas formas: Calculando a tensão entre os terminais dos resistores, já que temos a corrente
total nesse ponto (120 mA) e em seguida calculamos a corrente individual; ou faremos
por divisor de corrente no nó, já que os resistores são iguais. Apresentaremos os dois:
𝑈𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = 𝑅𝑒𝑞. 𝐼
𝑈𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = 5 𝛺 . 0,12 𝐴 = 0,6 𝑉
0,6 𝑉 = 15 𝛺 . 𝐼1
0,6
𝐼1 = = 0,04 𝐴 = 40 𝑚𝐴
15
Pela LKC:
No nó A, a corrente total se divide em 3 partes iguais porque todos os resistores tem o

mesmo valor. Como o amperímetro está medindo a corrente que passa resistor superior,
temos:
120 𝑚𝐴
𝐼𝑅 = = 40 𝑚𝐴
3
Como podemos observar, a afirmação 3 “Considerando que o amperímetro seja ideal,
a sua leitura é de 40 mA” está correta, inviabilizando a afirmação 4 “A leitura
registrada no amperímetro é de aproximadamente 8 mA.”
Gabarito: 1. a) Certo; 2. b) Errado; 3. a) Certo; 4.b) Errado.
83
84
Prova: CESPE - 2010 - INMETRO - Técnico em Eletrônica
Considerando que, na associação de resistores ilustrada na figura acima, R1 = 1 Ω, R2 =

0,5 Ω, R3 = 2 Ω, R4 = 4 Ω e R5 = 3 Ω, assinale a opção que contém o valor correto para
a resistência equivalente dessa associação.
a) (45/44) Ω
b) (7/9) Ω
c) (11/7) Ω
d) (15/16) Ω
e) (9/7) Ω
RESOLUÇÃO:
Para resolução, é importante observar que R2 está em paralelo com R3 e com R4. A
seguir, a resistência equivalente está em série com R1, devendo ser calculada a resistência
total.
Por fim, entre os terminais 1 e 2, a resistência total calculada estará em série com R5.
Vamos aos cálculos, fazendo as associações em paralelo duas a duas:
(R2. R3)
R equivalente =
R2 + R3
0,5.2 1 2
𝑅𝑒𝑞1 = = = 𝛺
0,5 + 2 2,5 5
𝑅𝑒𝑞1 . 𝑅4
𝑅𝑒𝑞2 =.
𝑅𝑒𝑞1 + 𝑅4
2
.4 8 5 8 4
𝑅𝑒𝑞2 =. 5 = . = = 𝛺
2 5 22 22 11
+4
5
Calculando a série R1 e Req.
85
4 15
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅1 + 𝑅𝑒𝑞2 = 1 + = 𝛺
11 11
Por fim, calcula-se a associação em paralelo Rtotal e R5.
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 . 𝑅5
𝑅12 =
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑅5
15 45
.3
𝑅12 = 11 = 11 = 45 𝛺 = 15 𝛺
15 48 48 16
11 + 3 11
15
Assim, o resultado final é 16 𝛺.
Gabarito: d) 15/16
86
Prova: CESPE - 2015 - FUB - Técnico em Telecomunicações
Considerando o circuito mostrado na figura acima, julgue os itens seguintes.

1. O valor da tensão v0 é igual a 10 V.
a) Certo
b) Errado
2. O valor da corrente I2 é igual a 1 mA.
c) Certo
d) Errado
3. O equivalente de Thévenin do trecho do circuito à esquerda dos pontos A e B

80 50
contém uma fonte de tensão de 𝑉em série com uma resistência de 𝑘Ω.
3 3
a) Certo
b) Errado
4. O equivalente de Norton do trecho do circuito à esquerda dos pontos A e B contém
uma fonte de corrente de 2 mA em paralelo com uma resistência de 20 kΩ.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Começaremos com comentários sobre o circuito. Os valores utilizados nos resistores
facilitam bastante a análise do circuito. Aqueles mais experimentados conseguem reduzir
o valor da resistência total “de cabeça,” e isso é muito comum em provas de concursos,
87
para que o candidato preparado otimize o tempo de resposta. Os mais experientes sabem
que dois resistores de valores iguais associados em paralelo resultam em resistência
equivalente como metade do valor nominal. Isso é possível perceber através da equação:
𝑅1 . 𝑅2
𝑅𝑒𝑞 =
𝑅1 + 𝑅2
Se 𝑅1 = 𝑅2 , o qual chamaremos de R, temos:
𝑅. 𝑅 𝑅2 𝑅
𝑅𝑒𝑞 = = =
𝑅 + 𝑅 2𝑅 2
Assim, utilizaremos o circuito e faremos a análise a seguir. Lembraremos também as
definições de Equivalente de Thevenin e Equivalente de Norton.
Vamos a análise do circuito.
Em série:
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (10 + 10) 𝑘𝛺 = 20 𝑘𝛺
Assim, teremos dois resistores de 20 kΩ em paralelo.
(20 𝑘𝛺. 20 𝑘𝛺) 400
𝑅𝑒𝑞 = = 𝑘𝛺 = 10 𝑘𝛺
(20 + 20) 𝑘𝛺 40
Por fim, o circuito ficará simplificado conforme a seguir:
A corrente total é:
40 𝑉
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 3
= 2.10−3 𝐴 = 2 𝑚𝐴
20.10 𝛺
A tensão do resistor de 10 kΩ (à direita) é:
𝑈10𝑘𝛺 = 10.103 𝛺. 2.10−3 𝐴 = 20 𝑉
Agora é possível recalcular o valor no ramo com as resistências em paralelo, conforme a
figura:
88
𝑉 − 𝑉𝐵 = 20 𝑉
20 𝑉 = (10 + 10)𝑘𝛺 . 𝐼2
20 𝑉
𝐼2 = = 1.10−3 𝐴 = 1 𝑚𝐴
20.103 𝛺
𝑣0 = 10.103 𝛺. 1.10−3 𝐴 = 10 𝑉
Também é possível chegar esses valores resolvendo o circuito por análise de malhas.
Deixarei para que vocês possam resolver o sistema.
Logo, temos que as afirmações 1 e 2 estão corretas.
Analisaremos agora as afirmações 3 e 4, que envolvem os teoremas de Thevenin e Norton.
“O teorema de Thévenin afirma que um circuito linear de dois terminais pode ser
substituído por um circuito equivalente formado por uma fonte de tensão VTh em série
com um resistor RTh, onde VTh é a tensão de circuito aberto nos terminais e RTh, a
resistência de entrada ou equivalente nos terminais quando as fontes independentes forem
desativadas.”
De acordo com Thevénin, o circuito será visto conforme a seguir:
A resistência de Thevenin será (10 kΩ // 20kΩ) + 10 kΩ (Leia-se: 10 kΩ em paralelo com

20 kΩ, que estão em série com 10 kΩ).
10.20 20 30 50
𝑅𝑇ℎ = ( + 10) 𝑘𝛺 = ( + ) 𝑘𝛺 = 𝑘𝛺
10 + 20 3 3 3
A tensão de Thevénin, que é a tensão de circuito aberto (Voc), é:
89
40 𝑉 80
𝑉𝑇ℎ = 3
. 20.103 𝛺 = 𝑉
(10 + 20). 10 𝛺 3
Observe que, como o circuito está aberto, não passará corrente na resistência superior à
direita de 10 k Ω.
Conforme calculamos, a afirmação 3 “O equivalente de Thévenin do trecho do circuito
80
à esquerda dos pontos A e B contém uma fonte de tensão de 𝑉em série com uma
3
50
resistência de 𝑘Ω” está correta.
3
“O teorema de Norton afirma que um circuito linear de dois terminais pode ser substituído
por um circuito equivalente formado por uma fonte de corrente IN em paralelo com um
resistor RN, em que IN é a corrente de curto--circuito através dos terminais e RN é a
resistência de entrada ou equivalente nos terminais quando as fontes independentes forem
desligadas.”
Assim, pode-se concluir que a Resistência de Norton é igual a Resistência de Thévenin,
e já calculamos anteriormente.
𝑅𝑁 = 𝑅𝑇ℎ
Para descobrir a corrente IN de Norton, determinamos a corrente de curto-circuito que
flui entre os terminais. Assim, calculamos:
A corrente de Norton IN é a que passa no resistor de 10 kΩ superior, à direita. Faremos

por análise de malhas, para exemplificarmos outro método, considerando I1 a corrente no
laço 1 e I2 a corrente no laço 2, com ambas as correntes no sentido horário. Lembrando
que I2 será igual a IN.
90
−40 + 10𝑘𝐼1 + 20𝑘(𝐼1 − 𝐼2 ) = 0
{
10𝑘𝐼2 + 20𝑘(𝐼2 − 𝐼1 ) = 0
30𝑘𝐼1 − 20𝑘𝐼2 = 40
{
−20𝑘𝐼1 + 30𝑘𝐼2 = 0
Multiplicando L1 por 2 e L2 por 3, teremos:
60𝑘𝐼1 − 40𝑘𝐼2 = 80
{
−60𝑘𝐼1 + 90𝑘𝐼2 = 0
Somando as duas equações, L1 e L2, temos:
−40𝑘𝐼2 + 90𝑘𝐼2 = 80
50𝑘𝐼2 = 80
80
𝐼2 =
50𝑘Ω
80 𝑉 80 𝑉
𝐼2 = = = 16.10−4 𝐴 = 1,6 𝑚𝐴.
50.10 Ω 5.104 Ω
3
Apresentado o circuito, também podemos calcular de forma mais simples, através da

igualdade:
𝑉𝑇ℎ
𝐼𝑁 =
𝑅𝑇ℎ
80 𝑉
3
50.103Ω 80 𝑉 3
𝐼𝑁 = = . = 1,6.10−3 𝐴 = 1,6 𝑚𝐴
3 3 50.103 Ω
Deste modo, a afirmação 4 “O equivalente de Norton do trecho do circuito à esquerda
dos pontos A e B contém uma fonte de corrente de 2 mA em paralelo com uma resistência
de 20 kΩ” está errada.
Gabarito: 1. a) Certo; 2. a) Certo; 3. a) Certo; 4. b) Errado.
91
Acerca de conceitos relacionados a iluminação, julgue os itens subsequentes.
1. Se uma lâmpada incandescente de 100 W estiver ligada a uma rede monofásica de
220 V eficazes, essa lâmpada será percorrida por uma corrente de valor menor que 1 A
eficaz.
a) Certo b) Errado
2. A lâmpada incandescente se comporta como uma resistência elétrica, tal que
quanto maior o comprimento do filamento de tungstênio, menor o valor da resistência.
a) Certo b) Errado
RESOLUÇÃO:
A lâmpada incandescente é um aparelho puramente resistivo, obedecendo a Lei d Ohm.
O filamento da lâmpada é aquecido durante a passagem da corrente elétrica, até a
incandescência.
Temos as características elétricas da lâmpada: Tensão (U) e Potência (P). Assim,
podemos relacionar com a potência elétrica, pois o circuito é monofásico:
𝑃𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝑈. 𝐼
𝑃𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
𝐼=
𝑈
100 𝑊
𝐼= = 0,45 𝐴
220 𝑉
Deste modo, a afirmação “essa lâmpada será percorrida por uma corrente de valor
menor que 1 A eficaz” está correta.
Quanto a afirmação do filamento de tungstênio, é necessário observar que, para o cálculo
da resistência em um condutor, deve se levar em consideração a resistividade do material
(ρ), o comprimento do fio (l) e a área da seção transversal (A), através da seguinte
equação:
𝜌𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 . 𝑙
𝑅𝑓𝑖𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝐴
Quanto maior o comprimento l do fio, maior será a resistência do filamento. Quanto maior
a área da seção transversal, menor a resistência do filamento, considerando o mesmo
material. Logo, a afirmação “quanto maior o comprimento do filamento de tungstênio,
menor o valor da resistência” está errada.
Gabarito: 1. a) Certo. 2. b) Errado.
92
8. Simbologia e diagramas elétricos e Sistema Internacional de unidades.
Considerando a figura acima, que mostra símbolos, numerados de 1 a 12, utilizados para
representar elementos de circuitos, julgue os itens a seguir.
1. O símbolo 9 representa um transistor NPN, e o símbolo 11, um resistor variável.
a) Certo
b) Errado
2. Os símbolos 8 e 10 indicam, respectivamente, fonte regulável e bateria.

a) Certo
b) Errado
3. Os símbolos 3 e 7 são usados para representar um motor de corrente contínua e

um capacitor, respectivamente.
a) Certo
b) Errado
4. Os símbolos 4 e 5 podem ser utilizados para representar uma fonte ou sinal de

corrente alternada.
a) Certo
b) Errado
93
5. No símbolo 9, as letras E, B e C correspondem a emissor, base e coletor do
transistor, respectivamente.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Para resolver a questão, é necessário o conhecimento da simbologia básica sobre circuitos
elétricos. Colocaremos a mesma imagem, com os nomes dos elementos.
Como são muitas afirmações, e às vezes com elementos verdadeiros e falsos na mesma
afirmação, vamos deixar em negrito as afirmações verdadeiras e em sublinhado as
falsas, de modo que o leitor possa comparar com a imagem acima.
O símbolo 9 representa um transistor NPN, e o símbolo 11, um resistor variável.
(ERRADO).
Os símbolos 8 e 10 indicam, respectivamente, fonte regulável e bateria. (ERRADO).
Os símbolos 3 e 7 são usados para representar um motor de corrente contínua e um
capacitor, respectivamente. (CERTO).
Os símbolos 4 e 5 podem ser utilizados para representar uma fonte ou sinal de corrente
alternada. (ERRADO. O item 5 é o fusível de proteção contra curto-circuito).
No símbolo 9, as letras E, B e C correspondem a emissor, base e coletor do transistor,
respectivamente. (CERTO).
Gabarito: 1. b) Errado; 2. b) Errado; 3. a) Certo; 4. b) Errado; 5. b) Errado.
94
Circuitos em Corrente Alternada e Notação Fasorial
9. Circuitos elétricos de corrente contínua e circuitos elétricos de corrente alternada:
corrente e tensão senoidais, valor eficaz, valor de pico, notação fasorial, impedância.
A figura acima ilustra um circuito de corrente alternada, constituído por uma fonte V, um
resistor R, de resistência 10 Ω, e um indutor XL, de reatância 10 Ω. Considerando que,
no circuito, circula uma corrente de 400 mA, em valor eficaz, julgue os itens subsecutivos.
1. A tensão da fonte é menor que 6 V, em valor eficaz.
a) Certo
b) Errado
2. A corrente do circuito está defasada em 90º, em relação à queda de tensão no
indutor.
a) Certo
b) Errado
3. Não há defasagem entre a queda de tensão no resistor e a tensão de entrada.
a) Certo
b) Errado
4. Se a frequência da onda de entrada for 60 Hz, então a indutância do indutor
será maior que 30 mH.
a) Certo
b) Errado
5. A impedância de entrada do circuito é maior que 14 Ω.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
O resistor e o indutor estão em série. Utilizamos a corrente com fase 0°.
𝑍 = 𝑅 + 𝑋𝐿 = (10 + 10𝑗)𝛺
|𝑍| = √(102 + 102 ) 𝛺 = √200 = 14,14
95
2
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(1) = 45°
2
𝑍 = 14,14⌊45°
𝑉 = 400.10−3 𝐴. (10 + 10𝑗) 𝛺
𝑉 = (4 + 4𝑗 )𝑉
|𝑉| = √42 + 42 ⌊45° 𝑉 = √32 = 5,65 𝑉

𝑉 = 5,65⌊45° 𝑉
A tensão de entrada é 5,65⌊45° 𝑉. Logo, a vimos que a afirmação 1 “A tensão da fonte
é menor que 6 V, em valor eficaz” está correta.
Para o indutor, devemos calcular de acordo com a Lei de Ohm para o elemento.
𝑉𝑖𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 = 400.10−3 𝐴. 10𝑗
𝑉𝑖𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 = 4 𝑉⌊90°
Para o resistor, temos:
𝑉𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟 = 400.10−3 . 10 𝛺 = 4 𝑉⌊0°
Feito esses cálculos, vimos que a tensão no indutor está defasada 90° em relação a
corrente. E que a tensão do resistor tem a mesma fase da corrente elétrica. Todavia, a
tensão do resistor está defasada em relação de entrada. Então, a afirmação 2 “A corrente
do circuito está defasada em 90º, em relação à queda de tensão no indutor” está correta,
e a afirmação 3 “Não há defasagem entre a queda de tensão no resistor e a tensão de
entrada” está errada.
Para verificarmos a afirmação 4, temos de fazer o cálculo da reatância indutiva em função
da frequência, de acordo com a seguinte equação:
𝑋𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿
Assim, temos que 𝑋𝐿 = 10 𝛺:
𝑋𝐿
𝐿=
2𝜋𝑓
10 𝛺 10
𝐿= 1
=
120𝜋. 𝑠 376,99
10
𝐿= = 2,65.10−2 𝐻 = 26,5.10−3 𝐻 = 26,5 𝑚𝐻.
3,77.102
Como podemos observar, a indutância de entrada é menor que 30 mH, e a afirmação 4
“Se a frequência da onda de entrada for 60 Hz, então a indutância do indutor será maior
96
que 30 mH” está errada. Em relação a afirmação 5, já calculamos que o módulo da
impedância de entrada é ligeiramente maior que 14, e ela está correta.
Gabarito: 1. a) Certo; 2. a) Certo; 3. b) Errado; 4. b) Errado; 5. a) Certo.
97
O circuito da Figura abaixo é composto de três impedâncias complexas.
A impedância Zeqv equivalente entre os pontos a e b desse circuito é:

a) 𝑍𝑒𝑞𝑣 = 82 + 𝑗100
b) 𝑍𝑒𝑞𝑣 = 182 + 𝑗160
c) 𝑍𝑒𝑞𝑣 = 182 + 𝑗40
d) 𝑍𝑒𝑞𝑣 = 150 + 𝑗100
e) 𝑍𝑒𝑞𝑣 = 150 − 𝑗100
RESOLUÇÃO:
O primeiro passo para resolver a questão é encontrar a impedância equivalente para as
duas impedâncias em paralelo, de 100+j60 e 100-j60. Para duas impedâncias, podemos
utilizar a fórmula análoga a de dois resistores em paralelo.
𝑍1 . 𝑍2
𝑍𝑒𝑞𝑣 =
𝑍1 + 𝑍2
Então:
(100 + 𝑗60). (100 − 𝑗60)
𝑍𝑒𝑞𝑣 =
100 + 𝑗60 + 100 − 𝑗60
1002 − (100. 𝑗60) + (100. 𝑗60) − (𝑗60. 𝑗60)
𝑍𝑒𝑞𝑣 =
200
1002 − (𝑗60. 𝑗60)
𝑍𝑒𝑞𝑣 =
200
98
Observe que a o produto de 𝑗. 𝑗 = −1, pois 𝑗 = √−1.
Assim:
1002 − (−602 )
𝑍𝑒𝑞𝑣 = −
200
Para simplificar:
100.100 60.60
𝑍𝑒𝑞𝑣 = +
200 200
𝑍𝑒𝑞𝑣 = 50 + 18 = 68
Para finalizar, calculamos a impedância total, com o valor equivalente em série com a
impedância de 82+j100.
𝑍𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (82 + 𝑗100) + (68) = 150 + 𝑗100
Assim, a resposta é a alternativa d) 150+j100.
Gabarito: d) 𝟏𝟓𝟎 + 𝒋𝟏𝟎𝟎
99
Prova: CESPE - 2011 - FUB - Técnico de Laboratório - Física - Específicos
O circuito ilustrado na figura acima é constituído pela interconexão de um gerador

senoidal em série com dois elementos cujas impedâncias são Z1 e Z2. O gerador tem
tensão eficaz (valor RMS) igual a 20 V, frequência igual a 100 kHz e 15 graus de fase. A
magnitude (módulo) e fase dos dois elementos de impedância são, respectivamente, para
Z1, 5 𝛺 e 90 graus e, para Z2, 5√2 𝛺 e 315 graus. Considerando o funcionamento do
circuito em regime permanente, julgue os próximos itens.
1. A impedância equivalente do circuito nos terminais do gerador é de natureza
indutiva, sendo o módulo e a fase, respectivamente, iguais a 𝟓(𝟏 + √𝟐) 𝜴 e 45 graus.
a) Certo
b) Errado
2. A associação, em série, de um resistor de resistência igual a 5 Ω e um

capacitor, cuja capacitância esteja compreendida entre 315 mF e 320 mF, leva a um
elemento com as mesmas características de impedância do elemento Z2 representado
no circuito.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Vamos desenhar as impedâncias Z1 e Z2 no plano cartesiano adequado.
100
Percebemos que Z1 é puramente indutivo e Z2 tem uma parte real a uma parte imaginária,
capacitiva. Se colocarmos na forma algébrica, para realizarmos a soma série, temos:
𝑍1 = 𝑗5
𝑍2 = 5 − 𝑗5
Somando Z1 e Z2, temos:
𝑍1 + 𝑍2 = 𝑗5 + (5 − 𝑗5) = 5 𝛺
Então, a soma algébrica das impedâncias série será um valor resistivo, e a afirmação 1
está errada.
Para verificarmos a afirmação 2, devemos encontrar o valor de XC. Ele é dado em função
da capacitância, em Faradays, e será encontrado pela equação:
1
𝑋𝐶 =
2𝜋𝑓𝐶
Logo:
1
𝑋𝐶 =
120. 𝜋. 100.103 𝐻𝑧. 315.10−3 𝐹
1
𝑋𝐶 = ≅ 0,00 𝛺
120.314.315
Logo, para esta frequência e este valor de Capacitância, o valor de XC está inadequado
para ser próximo a -j5 Ω, e a afirmação 2 está errada.
101
Ao aplicar uma tensão senoidal dada por V = 150sen(120πt) sobre uma impedância
15 𝜋
complexa Z, a corrente elétrica resultante foi 𝐼 = 𝑠𝑒𝑛(120𝜋 + 4 ).
√2
Dessa forma, o valor dessa impedância Z, em Ω, é:

a) 100 + j100
b) 10 − j10
c) 10 + j10
d) 20 + j20
e) 20 − j20
RESOLUÇÃO:
O problema traz, em seu enunciado, dicas para resolução. Da tensão V, podemos extrair
que a frequência é de 60 Hz, em virtude de 120𝜋 = 2𝜋𝑓. Também, obtemos que a fase
da tensão é zero grau.
𝜋
Da corrente, percebemos que ela está adiantada de 4 = 45°. Essa é a fase. Como:
𝑉
𝑍=
𝐼
Antes de resolver o problema, recapitularemos operações de multiplicação e divisão com
números complexos na forma trigonométrica. O produto entre Z1 e Z2 pode ser feito da
seguinte forma:
𝑧1 ∙ 𝑧2 = |𝑧1 | ∙ |𝑧2 | ∙ [𝑐𝑜𝑠(𝜃 + 𝛼) + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 (𝜃 + 𝛼) ]

O quociente entre Z1 e Z2 será dado por:
𝑧1 |𝑧1 |
= . [cos(𝜃 − 𝛼) + 𝑖. 𝑠𝑒𝑛(𝜃 − 𝛼)]
𝑧2 |𝑧2 |
Teremos, em relação a operações com números complexos:
150⌊0° 150√2
𝑍= = ⌊0° − 45° = 10√2⌊−45°
15/√2⌊45° 15
Transformando a forma algébrica, 𝑍 = 𝑎 + 𝑗𝑏:
10√2 = √102 . 2 = √200

√200⌊−45° = √100 + 100
𝑎 = 10; 𝑏 = −10
102
𝑍 = 10 − 𝑗10 𝛺
Pela forma trigonométrica:
𝑧1 𝑉 |150|
= =𝑍= . [cos(0 − 45°) + 𝑖. 𝑠𝑒𝑛(0 − 45°)]
𝑧2 𝐼 15
| |
√2
𝑧1 √2 √2
= 𝑍 = 10√2 [( ) + 𝑗 (− )]
𝑧2 2 2
𝑍 = 10 − 𝑗10
Gabarito: b) 10-j10.
103
Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CENSIPAM
Acerca das grandezas corrente, tensão e impedância em circuitos de corrente alternada,
regime senoidal permanente, julgue o item a seguir.
1. Uma impedância resultante totalmente resistiva ocorre somente quando os
elementos que compõem a rede elétrica que deu origem à impedância equivalente
são puramente resistivos.
a) Certo
b) Errado
2. As grandezas corrente e tensão em um resistor ideal apresentam mesma fase.

Caso a frequência do sinal da fonte de alimentação do circuito seja duplicada, essas
grandezas serão modificadas por um fator que dependerá da potência nominal do
resistor.
a) Certo
b) Errado
3. Considere que a corrente de pico senoidal fluindo por um único elemento

passivo de circuito entre os elementos resistor, indutor e capacitor é igual a 10 A.
Em tal situação, a corrente eficaz fluindo pelo elemento é inferior a 8 A, mas não é
possível identificar o elemento em questão.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Vimos, com o exemplo anterior, que uma impedância indutiva somada com uma
impedância “capacitiva” resultou em um resultado resistivo. Além disso, quando
realizamos a “correção de fator de potência de uma instalação” colocamos capacitores
para diminuição da potência reativa da instalação, de modo a manter o fator de potência
com valores altos, conforme requisitos da concessionária de energia Deste modo, a
afirmação 1 está errada.
104
Em relação a afirmação 2, veja que se trata de um resistor ideal, que possui reatância R
no eixo real. Logo, não depende da frequência, como indutores e capacitores. Por isso, a
variação da frequência não modificará o valor da resistência.
Para análise da afirmação 3, sabemos o valor de pico de 10 A, e necessita saber qual a
corrente eficaz. Como não dá detalhes de fase, não é possível determinar a característica
do elemento. Temos as relações para valor eficaz a seguir:
𝐼𝑝𝑖𝑐𝑜 = √2. 𝐼𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧

𝐼𝑝𝑖𝑐𝑜 1
𝐼𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧 = = . 𝐼𝑝𝑖𝑐𝑜 = 0,707. 𝐼𝑝𝑖𝑐𝑜
√2 √2
𝐼𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧 = 0,707. 𝐼𝑝𝑖𝑐𝑜
Logo, para Ipico de 10 A, temos:

𝐼𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧 = 0,707.10𝐴 = 7,07 𝐴.
Assim, constatamos que a corrente eficaz é menor que 8 A.
Gabarito: 1. b) Errado; 2. b) Errado; 3. a) Certo.
105
Prova: CESPE - 2018 - FUB - Técnico de Laboratório - Industrial
Em uma residência, um chuveiro de 2.200 W, um ferro de passar roupas de 880 W e um
liquidificador de 440 W foram conectados, em paralelo, à rede elétrica de corrente
alternada de 220 V.
Considerando que haja apenas esses dispositivos elétricos nessa residência e que todos os
elementos sejam ideais, julgue o próximo item.
Nesse circuito, a impedância total é igual à soma das impedâncias de cada aparelho.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Temos aqui uma questão puramente teórica, acerca da “natureza” elétrica dos
equipamentos. Chuveiro elétrico e ferro de passar roupas são equipamentos puramente
resistivos, enquanto o liquidificador é um motor elétrico, e sua impedância é indutiva.
Todavia, como estão ligados em paralelo, a impedância Z é dada pela equação:
1 1 1 1
= + + +⋯
𝑍𝑒𝑞𝑣 𝑍1 𝑍2 𝑍3
Logo, a afirmação está errada.
Agora, como admitância Y é o oposto da impedância, a afirmação estaria correta se
estivesse escrita “Nesse circuito, a admitância total é igual à soma das admitâncias de
cada aparelho”.
106
Equipamentos de Medição Elétrica
Prova: CESPE - 2015 - FUB - Técnico em Telecomunicações
Com relação ao circuito elétrico mostrado na figura acima, julgue os itens subsecutivos.
1. Para se medir a queda de tensão sobre o resistor de 10 kΩ por meio de um
multímetro, a conexão entre esse resistor e o resistor de 5 kΩ deve ser interrompida
e, a seguir, o multímetro deve ser conectado em série com esses dois resistores.
a) Certo
b) Errado
2. Para se medir a corrente que flui pelo resistor de 20 kΩ, deve-se conectar as
pontas de prova do multímetro em paralelo com os terminais do resistor.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Devemos levar em conta algumas características do multímetro para efetuar as medições
elétricas.
Quando utilizado para medir tensão elétrica, o multímetro funciona como uma resistência
tendendo ao infinito, impedindo a passagem de corrente elétrica. As pontas de prova do
multímetro devem ser ligadas em paralelo ao(s) elemento(s) a ser medido, que deve estar
energizado.
Quando medindo corrente elétrica, ele funciona como um fio, com resistência
desprezível. Assim, ele deve ser ligado em série com o elemento a ser medido.
Quando mede corrente elétrica, o multímetro insere uma pequena tensão em suas pontas
de prova, de modo a passar uma pequena corrente controlada (medida) pelo resistor e,
107
assim, efetuar a medição da resistência elétrica do elemento. Assim, ele deve ser ligado
em paralelo com o elemento, que deve estar desconectado do circuito (não energizado).
As funções podem ser resumidas no quadro a seguir:
Grandeza a ser Comportamento do Como deve ser ligado
medida Multímetro
Tensão Elétrica Funciona com resistência Em paralelo com o elemento
(DCV e ACV) elétrica tendendo ao infinito, energizado.
impedindo a passagem de
corrente elétrica.
Corrente Elétrica Funciona como um fio, com Em série com o elemento.
(DCA e ACA) resistência desprezível. Observar o limite máximo da
corrente, tanto em DC
(contínua) como em AC
(alternada).
Resistência Injeta uma pequena tensão em Em paralelo com o elemento
Elétrica (Ω, kΩ) suas pontas de prova, de modo desenergizado.
a passar uma pequena corrente
controlada (medida) pelo
resistor.
Então, a afirmação 1 está errada, pois para medir tensão elétrica o multímetro deve
ser ligado em paralelo com o elemento energizado, sem interrupção. Quanto a
afirmação 2, também está errada, pois para medição de corrente elétrica o
multímetro deve ser inserido em série com o elemento.
108
Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB
Os instrumentos de medida, analógicos e digitais, quando bem utilizados, são importantes
para a obtenção de dados em várias situações, sobretudo no campo industrial, no ensino
e na pesquisa científica. Com relação a esses instrumentos, julgue o próximo item.
Em um multímetro, seja ele analógico ou digital, ao se selecionar a função voltímetro
para medir a tensão aplicada aos terminais de um resistor, deve-se inserir esse
voltímetro em série com o resistor.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Conforme vimos na questão anterior, para medição de tensão, o multímetro funciona
como um resistor de alta resistência, impedindo a passagem da corrente elétrica. Assim,
ele deve ser inserido em paralelo com o elemento a ser medido, com o circuito
energizado. Por isso, a afirmação está errada.
109
Prova: CESPE - 2012 - ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Área 1
De acordo com os conceitos de eletricidade, julgue os itens que se seguem.
Os aparelhos eletrônicos com funções técnicas e científicas (multímetros, fontes etc.)
apresentam controles que permitem ao usuário ajustar o funcionamento de forma
adequada. Esses controles estão associados a componentes eletrônicos cujo valor é
fixo.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Componentes como multímetro e fontes de tensão, utilizadas para fins pedagógicos e
científicos, permitem o ajuste de acordo com as necessidades do projeto. Para realizarem,
alguns componentes construtivos desses dispositivos são variáveis, o que permitem o
ajuste da tensão de saída, por exemplo, em fontes de tensão através de um botão. Por isso,
a afirmação está errada.
Prova: CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário - Telecomunicações e Eletricidade

Em manutenção de circuitos elétricos, é de especial importância o multímetro como
instrumento de medição. A respeito desse instrumento, julgue o próximo item.
Há altíssima impedância entre os terminais das pontas de teste de um multímetro
configurado como amperímetro.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Quando configurado como amperímetro, o multímetro funciona como um fio, permitindo
a passagem de corrente por dentro do instrumento. Assim, ele possui baixa impedância
para medição de corrente elétrica. Se estivesse configurado para medição como
voltímetro, ele iria possuir alta impedância. Assim, a afirmação está errada.
110
111
Prova: CESPE - 2013 - Telebrás - Técnico em Gestão de Telecomunicações –
Assistente Técnico
A respeito de medidas realizadas em circuitos elétricos e eletrônicos, julgue os itens que
se segue.
1. Para medir corrente elétrica, os terminais de um amperímetro devem ser
colocados em série com o circuito em que se quer medir a corrente, devendo a
impedância interna do amperímetro ser a mais baixa possível.
a) Certo
b) Errado
2. Um voltímetro deve ter a menor impedância interna possível para que não
cause alterações nas tensões do circuito ao ser colocado em série com componentes
resistivos para medir a queda de tensão sobre esses componentes.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Conforme afirmado nas questões anteriores, o amperímetro possui impedância interna
desprezível e deve ser ligado em série com o circuito, observado a máxima capacidade de
condução de corrente do aparelho, para permitir a passagem da corrente pelo instrumento.
Assim, a afirmação 1 está correta.
No que concerne a afirmação 2, vimos que, como voltímetro, a impedância é elevada, não
permitindo a passagem de corrente elétrica pelo instrumento, e as pontas de prova deve
ser colocada em paralelo com os elementos a serem medidos. Assim, a afirmação 2 está
errada.
Gabarito: 1. a) Certo; 2. b) Errado.
112
Considere o circuito elétrico resistivo mostrado na Figura abaixo.
Conectando os terminais de um amperímetro, considerado ideal, nos pontos 1 e 2 do

circuito, qual será o valor, em ampères, da corrente elétrica medida nesse amperímetro?
a) 4,5
b) 4,0
c) 2,0
d) 1,5
e) 1,0
RESOLUÇÃO:
A questão está em medidas elétricas pois, para efetuar a análise, devemos saber o
funcionamento do amperímetro. Como dito anteriormente, o amperímetro ideal funciona
como um condutor com resistência “nula,” permitindo a passagem da corrente elétrica.
Deste modo, interligado entre os terminais 1 e 2, ele irá curto circuitar estes terminais,
deixando o resistor de 20 Ω em paralelo com o resistor de 80 Ω e, ao mesmo tempo, irá
medir a corrente elétrica que passa no resistor de 20 Ω.
Então, faremos a análise do circuito conforme os princípios básicos da eletrodinâmica.
Também é possível solucionar por análise de malhas.
𝑅1 . 𝑅2
𝑅𝑒𝑞𝑣 =
𝑅1 + 𝑅2
80 𝛺. 20 𝛺 1600 𝛺 2
𝑅𝑒𝑞𝑣 = = = 16 𝛺
80 𝛺 + 20 𝛺 100 𝛺
113
Agora calcula a resistência série e, em seguida, faz a análise da corrente total.
𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 12 𝛺 + 16 𝛺 = 28 𝛺
70 𝑉 10
𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = = 𝐴 = 2,5 𝐴
28 𝛺 4
Observe que, acima, 70/28 foi simplificado por 7.
Agora, podemos calcular a tensão na resistência equivalente dos resistores em paralelo.
𝑈 = 16 𝛺. 2,5 𝐴 = 40 𝑉
Por fim, podemos calcular a corrente no resistor de 20 Ω, com a lei de Ohm.
40 𝑉 = 20 𝛺. 𝑖𝑅20
40 𝑉
𝑖𝑅20 = = 2𝐴
20 𝛺
Logo, a corrente que passa pelo amperímetro é de 2 A.
Gabarito: c) 2,0
114
A Figura a seguir mostra a tela de um osciloscópio com a representação de um sinal
senoidal. As divisões da tela foram ajustadas para medir: 10 volts/div em amplitude e 15
ms/div na base de tempo.
Com base nos dados da tela do osciloscópio, qual o valor aproximado da frequência, em
Hz, desse sinal senoidal?
a) 50
b) 100
c) 150
d) 250
e) 300
RESOLUÇÃO:
Primeiramente, deve-se observar o período, que é o intervalo de tempo que o ciclo se
repete, de acordo com a imagem. Irei desenhar para vocês.
115
30 V
20 V
10 V
-30 V
0 ms 15 ms 30 ms 45 ms 60 ms
No intervalo apresentado, há 3 ciclos. Como a amplitude é de 15 ms/dv, os 3 ciclos

ocupam 4 divisões. Logo, ocupam 60 ms.
Assim, cada ciclo completo ocupa:
60
𝑇1𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 𝑚𝑠 = 20 𝑚𝑠
3
Como o período é o inverso da frequência, temos:
1
𝑇=
𝑓
1
𝑓=
𝑇
1 1
𝑓= =
20 𝑚𝑠 20.10−3 𝑠
1 10−3 1000 50
𝑓= . = = = 50 𝐻𝑧
1 20 𝑠 20 𝑠 𝑠
Logo, a frequência senoidal é de 50 Hz.
Caso fosse perguntado o valor de pico, este seria de 30 V. E o valor eficaz é de:
𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜 = 𝑉𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧 . √2
𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜
𝑉𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧 =
√2
30 𝑉 30 𝑉
𝑉𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧 = = = 21,21 𝑉
√2 1,41
Gabarito: a) 50
116
Uma fonte de tensão contínua com 120 V alimenta uma carga resistiva durante 24 horas.
A corrente elétrica foi medida durante esse tempo, resultando no gráfico (corrente x
tempo) representado na figura, onde os intervalos de tempo marcados no eixo estão
igualmente espaçados.
Qual o total de energia, em kWh, que a carga consumiu da fonte nessas 24 horas?
a) 12,4
b) 18,2
c) 21,6
d) 32,5
e) 48,8
RESOLUÇÃO:
Perceba que, no gráfico, as 24 horas diárias (eixo horizontal) estão espaçados em 8 partes
iguais. Logo, cada “traço” no eixo horizontal é de 3 h. Como a energia é medida em kWh,
teremos:
𝐸 = 𝑃. ∆𝑡
𝑃 = 𝑈. 𝐼
𝐸 = 𝑈. 𝐼. ∆𝑡
Reanalisando o gráfico, com o eixo horizontal devidamente distribuído:
117
𝐸 = 120 𝑉. (10 𝐴. 6ℎ + 5 𝐴. 6ℎ + 0 𝐴. 6ℎ + 15 𝐴. 6ℎ)
𝐸 = 120 𝑉. (60 𝐴ℎ + 30 𝐴ℎ + 0 𝐴ℎ + 90 𝐴ℎ)
𝐸 = 120 𝑉(180 𝐴ℎ) = 1,2.102 𝑉. (18.10 𝐴ℎ)
𝐸 = 21,6.103 𝑊ℎ = 21,6 𝑘𝑊ℎ
Gabarito: c) 21,6
118
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário - Telecomunicações e
Eletricidade
Considerando que a diferença de potencial nas extremidades de saída de um equipamento

de alta tensão cc de valor nominal igual a 10 kV deva ser medida utilizando-se o esquema
ilustrado acima, porque se dispõe apenas de um voltímetro digital de escala máxima igual
a 1.000 V, julgue os itens que se seguem.
1. Para que um par de resistores R1 e R2 propicie uma medição precisa e segura
utilizando-se o esquema acima ilustrado, é suficiente que o valor da resistência de R1 seja
igual a nove vezes o valor da resistência de R2.
a) Certo
b) Errado
2. Resistores R1 e R2 com valores de resistência de 1 MΩ e 100 kΩ respectivamente,

constituiriam uma escolha apropriada para essa medição.
a) Certo
b) Errado
RESOLUÇÃO:
Todo equipamento elétrico tem uma capacidade de suportar algumas grandezas, e para o
multímetro não é diferente. A maioria dos equipamentos são projetados para funcionarem
até uma determinada capacidade de interrupção de corrente elétrica. Veja a imagem do
multímetro abaixo:
119
Fonte: <https://www.amazon.com.br/HIKARI-Mult%C3%ADmetro-Digital-TRUE-
RMS-HIKARI-HM-2090/dp/B07CT2PFV1>. Acesso em 07/03/2023.
Como é possível observar, com a ponta de prova conectada mais à esquerda, o multímetro
suporta uma corrente de até 10 ampères. Com a ponta de prova conectada no conector
central vermelho (mA), ele suporta uma corrente elétrica de apenas 600 mA (ou 0,6 A).
E, com a ponta de prova para medir tensão eficaz, suporta até 1000 V em DC (corrente
contínua) e 750 V em AC (corrente alternada). Logo, por mais que a afirmação 1 esteja
satisfeita com a lei de Ohm e o divisor de tensão (resistências em série), para valores
baixos de resistência, a corrente elétrica que passaria no multímetro iria exceder sua
capacidade nominal, causando um acidente. Consideremos duas resistências de 𝑅1 =
90 𝛺 e 𝑅2 = 10 𝛺, por exemplo.
Aplicando a lei de Ohm, temos:
10 𝑘𝑉 = (90 𝛺 + 10 𝛺). 𝐼
10000 𝑉
𝐼= = 100 𝐴
100 𝛺
Por mais que R1 seja nove vezes R2, não é possível a passagem dessa corrente pelo
aparelho, por isso está errado a afirmação 1.
Faremos a mesma análise para a afirmação 2, considerando os dados: Perceba que
1 𝑀𝛺 = 1000 𝑘𝛺.
120
10 𝑘𝑉 = (1000 𝑘𝛺 + 100 𝑘𝛺). 𝐼
10 𝑘𝑉
𝐼= ≅ 0,091 𝐴 ≅ 9,1 𝑚𝐴.
1100 𝑘𝛺
Perceba que, com esses valores, o multímetro foi projetado para suportar esta corrente.
A tensão em R2, ponto da medição, é:
𝑈 = (100 𝑘𝛺). (9,1 𝑚𝐴)
𝑈 = 100.103 𝛺 . 9,1.10−3 𝐴 = 910 𝑉
Logo, 910 V é menor que a capacidade de 1000 V do multímetro, e a afirmação 2 está
correta.
Gabarito: 1. b) Errado. 2. a) Certo.
121
Princípios de Eletrônica
O diagrama esquemático mostrado na Figura abaixo ilustra um circuito elétrico que
apresenta em sua entrada um sinal de tensão senoidal.
A forma de onda que mais se aproxima da tensão de saída V0 é:
122
RESOLUÇÃO:
A questão aborda princípios de eletrônica básica, com um retificador de sinal, que
transforma uma entrada de corrente alternada em contínua. Apresenta também uma ponte
de diodos e um capacitor entre a saída e a referência.
De antemão, deve-se compreender que diodo só permite a passagem de sinal (corrente
elétrica) quando diretamente polarizado. Quando está inversamente polarizado, o sinal é
cortado.
Temos na figura um retificador de onda completa, deixando passar a fase positiva e
revertendo quando polarizado negativamente. Então, todos os ciclos passam para a saída.
Com a presença do capacitor, na descida da tensão, quando tende a zero, o capacitor
descarrega a carga acumulada na saída, no sentido de manter a saída o “mais constante
possível.” Nessa fase, é chamada dente de serra. Por isso, a alternativa correta é a letra
“e.”
Se não houvesse o capacitor no circuito, teríamos um retificador de meia onda na
alternativa “d”, com apenas um diodo, e um retificador de onda completa na alternativa
“c”.
Gabarito: e)
123
Para que o circuito mostrado na figura funcione corretamente e cumpra com seu objetivo,
quais os dois diodos que estarão inversamente polarizados, isto é, que estarão em estado
de NÃO condução durante o ciclo negativo da senoide de entrada?
a) D1 e D2
b) D2 e D3
c) D1 e D4
d) D3 e D4
e) D2 e D4
RESOLUÇÃO:
Para solução da questão, é necessário observar que os diodos que conduzem são os que
estão “diretamente polarizados,” indicado pelo sentido da seta, e os que estarão
“cortados” são os inversamente polarizados. Também é necessário compreender o ciclo
negativo da senoide de entrada., em que o positivo estará no terminal inferior. Veja a
figura a seguir:
124
A corrente, saindo do positivo no “semiciclo negativo,” passa pela ponte de diodos através
de D4 (diretamente polarizado), passa na carga R, retorna pela ponte de diodos passando
por D1 (diretamente polarizado) e retorna à fonte pelo terminal negativo (acima).
Nessas condições, temos:
Conduzindo D4 e D1
Não Conduzindo D2 e D3
Assim, a resposta correta é a alternativa b) D2 e D3.
Gabarito: b) D2 e D3.
125
REFERÊNCIAS
ALEXANDER, Charles K; SADIKU, Matthew N. Fundamentos de Circuitos
Elétricos. 5. Ed. McGraw-Hill, 2013.
ÇENGEL, Yunus A; CIMBALA, John M. Mecânica dos Fluidos – Fundamentos e
Aplicações. 3. Ed. McGraw-Hill, 2015.
Questões extraídas do portal “Qconcursos.” Disponível em: <qconcursos.com>.
Simulação de circuitos elétricos no MULTISIM on-line. Disponível em: <
https://www.multisim.com/>
126

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SOBRE O AUTOR

Marcus Gomes Medeiros de Macedo é Bacharel em

QUEM PODE SE CANDIDATAR AO CARGO DE OPERADOR DE LASTRO?

2. Se um bloco de ferro de massa 40,0 kg for colocado na extremidade esquerda

Considerando as dimensões indicadas na Figura, a posição do centro de massa (XCM),

Em relação à pressão nos pontos, considere as afirmações abaixo.

2. De acordo com o princípio de Pascal, a pressão em qualquer ponto no interior de

Pascal, com base em estudos do comportamento dos fluidos, enunciou um importante

Fonte: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/teorema-de-stevin.htm>. Acesso em

𝑃𝑚𝑎𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝑃𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 − 𝑃𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎

A Figura representa um manômetro de tubo em U no qual a extremidade aberta possui

𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

De acordo com o princípio de Arquimedes, enunciado na questão, temos:

𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

Para compreender a questão, é necessário compreender sobre estabilidade transversal do

O corpo ovalado observado na Figura acima encontra-se totalmente submerso.

Na seção (a), a área é de 30 cm2, a massa específica do fluido é de 2 kg/m3, e sua

Relação entre vazão mássica e vazão volumétrica:

Um tubo, disposto horizontalmente, tem diâmetro 𝑑1 = 2,0 𝑐𝑚 e se estreita para 𝑑2 =

Multiplicando a equação por g, temos:

A velocidade de saída da água, em m/s, é:

Para simplificar, faremos o uso da relação acima.

Calculando a vazão volumétrica:

Assim, conhecendo a área da garganta e a velocidade do fluido, mediante a diferença de

Extraído de: https://www.pipingengineer.org/ventury-flow-meter-piping/

Deste modo, a afirmação está errada.

Assim, em t=3, teremos essa seguinte associação. Quem já é acostumado a calcular

Considerando todas as baterias idênticas e conectando uma carga resistiva de 18 Ω nos

Qual o valor, em ohms, da resistência equivalente vista entre os pontos 1 e 2?

Então, entre 1 e 2 temos: (14+10)//80//20 (leia-se 14 em série com 10 em paralelo com

A resistência equivalente [Req] desse circuito, em Ω, é:

Entre d-e: 12//12 = 6 Ω

Assim, a resistência total em série entre a-b equivale a:

Considerando a figura acima, que ilustra um circuito constituído de duas fontes, um

3. Considerando que o amperímetro seja ideal, a sua leitura é de 40 mA.

4. A leitura registrada no amperímetro é de aproximadamente 8 mA.

No nó A, a corrente total se divide em 3 partes iguais porque todos os resistores tem o

Gabarito: 1. a) Certo; 2. b) Errado; 3. a) Certo; 4.b) Errado.

Considerando que, na associação de resistores ilustrada na figura acima, R1 = 1 Ω, R2 =

Considerando o circuito mostrado na figura acima, julgue os itens seguintes.

3. O equivalente de Thévenin do trecho do circuito à esquerda dos pontos A e B

A resistência de Thevenin será (10 kΩ // 20kΩ) + 10 kΩ (Leia-se: 10 kΩ em paralelo com

A corrente de Norton IN é a que passa no resistor de 10 kΩ superior, à direita. Faremos

Apresentado o circuito, também podemos calcular de forma mais simples, através da

2. Os símbolos 8 e 10 indicam, respectivamente, fonte regulável e bateria.

3. Os símbolos 3 e 7 são usados para representar um motor de corrente contínua e

4. Os símbolos 4 e 5 podem ser utilizados para representar uma fonte ou sinal de

|𝑉| = √42 + 42 ⌊45° 𝑉 = √32 = 5,65 𝑉

A impedância Zeqv equivalente entre os pontos a e b desse circuito é:

O circuito ilustrado na figura acima é constituído pela interconexão de um gerador

2. A associação, em série, de um resistor de resistência igual a 5 Ω e um

Dessa forma, o valor dessa impedância Z, em Ω, é:

𝑧1 ∙ 𝑧2 = |𝑧1 | ∙ |𝑧2 | ∙ [𝑐𝑜𝑠(𝜃 + 𝛼) + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 (𝜃 + 𝛼) ]

10√2 = √102 . 2 = √200

2. As grandezas corrente e tensão em um resistor ideal apresentam mesma fase.

3. Considere que a corrente de pico senoidal fluindo por um único elemento

𝐼𝑝𝑖𝑐𝑜 = √2. 𝐼𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧

Logo, para Ipico de 10 A, temos:

Prova: CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário - Telecomunicações e Eletricidade

Conectando os terminais de um amperímetro, considerado ideal, nos pontos 1 e 2 do

No intervalo apresentado, há 3 ciclos. Como a amplitude é de 15 ms/dv, os 3 ciclos

Considerando que a diferença de potencial nas extremidades de saída de um equipamento

2. Resistores R1 e R2 com valores de resistência de 1 MΩ e 100 kΩ respectivamente,

A forma de onda que mais se aproxima da tensão de saída V0 é: