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27/07/2022 05:48 UNINTER

GEOMETRIA ANALÍTICA
AULA 1

Prof. Ricardo Alexandre Deckmann Zanardini

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/31
27/07/2022 05:48 UNINTER

CONVERSA INICIAL

Olá! Seja bem-vindo(a) a esta


aula!

Nessa disciplina serão


abordados temas de grande importância para a resolução de problemas
do
cotidiano e para um bom aproveitamento em outras disciplinas do curso. Além dos
aspectos

teóricos, teremos situações e problemas práticos relacionados não só


aos aspectos acadêmicos e

profissionais, mas muitas vezes relacionados também


às nossas vidas.

Desde já nos colocamos à


disposição para auxiliá-lo no que for necessário. A cada aula, novos

assuntos
serão abordados e as aulas estão organizadas de modo a facilitar os estudos.
Para isso, é

importante seguir as orientações de leituras, assistir aos vídeos,


participar do fórum da disciplina,

resolver os exercícios propostos e realizar


as avaliações.

Sempre que possível, crie


grupos de estudos. Está cientificamente comprovado que quando há

interação e
ajuda mútua entre os estudantes, o aprendizado de todos é muito maior. A
leitura

também tem um importante papel na aprendizagem. Busque sempre


complementar os estudos

recorrendo às referências indicadas no plano de ensino.


O nosso principal objetivo é a

aprendizagem. Saiba que faremos sempre o melhor


e que o nosso sucesso depende da participação

de todos.

Nesta aula abordaremos a


origem e a importância da geometria analítica. Aprenderemos a

representar
pontos e vetores em sistemas de eixos coordenados. Aprenderemos a calcular
módulo

e inclinação de vetores e teremos diversos exemplos e exercícios para


fixarmos os temas

abordados.  Bons estudos e conte sempre conosco!

TEMA 1 – A GEOMETRIA ANALÍTICA

A geometria analítica é uma


área da Matemática que utiliza a álgebra na resolução de

problemas de
geometria, ou seja, está baseada em uma forma de resolver esses problemas

utilizando fórmulas específicas e cálculos matemáticos, na maioria das vezes


elementares.

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Há séculos, problemas de
geometria eram resolvidos com o uso de instrumentos, tais como

régua e
compasso. Com o passar do tempo, os problemas geométricos passaram a ser
resolvidos

com o uso da álgebra.

Essa relação entre geometria e


álgebra teve início no século XVII, com René Descartes, que

formalizou os
princípios matemáticos necessários para que fosse possível analisar as
propriedades

de ponto, reta e circunferência. Outro importante matemático que


colaborou com o surgimento da

geometria analítica foi Pierre de Fermat, que


desenvolveu um sistema de coordenadas permitindo

a localização de pontos em um
plano.

Esses sistemas de coordenadas


permitem que nos dias de hoje possamos, por exemplo,

localizar objetos em um
plano ou em um sistema tridimensional, utilizar um dispositivo eletrônico

para
escrever e-mails, jogar, ver fotos, assistir a vídeos em duas ou em três
dimensões entre muitas

outras aplicações. Por meio da geometria analítica


também foi possível ampliar todo esse estudo

para contextos que não possuem uma


representação geométrica. Podemos, por exemplo, estudar

situações que com


quatro, cinco, seis, ou “n” dimensões bem como suas aplicações práticas tais

como a computação, robótica etc., mas que não há representação geométrica nesses
casos.

Com todo esse potencial, a


geometria analítica deu suporte ao desenvolvimento do cálculo

diferencial e
integral como é conhecido nos dias de hoje, ocorrido a partir do século XVII, e
que

promoveu diversos avanços científicos e tecnológicos.

A partir do sistema de
coordenadas cartesianas, desenvolvido por Fermat, mas denominado

em homenagem a
Descartes, surgiram também as primeiras abordagens envolvendo vetores que

são o
tema desta aula. Falaremos sobre vetores mais detalhadamente a seguir, mas,
antecipando

algumas explicações, os vetores são amplamente utilizados na física


e em outras áreas do

conhecimento.

Em diversas situações do
cotidiano nos deparamos com problemas que envolvem vetores.

Muitos filmes
utilizam a computação gráfica como recurso para a criação de cenas.

Muitos softwares possuem


ferramentas que facilitam o trabalho de criar animações, mas em

alguns casos é
preciso programar o movimento desejado. Mas como esse movimento é feito

computacionalmente?

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No caso de movimentos bidimensionais,


o computador precisa da expressão matemática

associada ao movimento e, ao
variar o valor de x, é possível obter os respectivos valores de y. A

cada par
ordenado (x, y), o personagem ou objeto tem a respectiva posição na tela do
computador.

Por exemplo, se o objetivo é fazer com que um determinado objeto se


desloque sobre uma reta, é

preciso a equação dessa reta.

De uma forma mais abrangente,


podemos identificar muitas relações entre elementos da

geometria analítica e
situações reais relacionadas ao nosso cotidiano.

Circunferências e elipses, por


exemplo, são amplamente utilizadas nos logos de empresas e,

mais uma vez, a


representação gráfica dessas figuras, feita por meio de softwares,
utiliza as

respectivas equações.

Mas as aplicações da geometria analítica


vão muito além do ambiente virtual. Diversas

construções utilizam figuras


geométricas conhecidas para otimizar suas funções. O formato de um

hiperboloide
observado em torres de usinas nucleares, por exemplo, permite um melhor

resfriamento do calor que passa por elas.

Créditos: Distelapparath/Pixabay.

Na
construção da Igreja da Pampulha, em Minas Gerais, é possível observar o uso de
uma

parábola como referência para a sua construção.

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Créditos:
Wjgomes/Pixabay.

Esferas
são utilizadas em objetos que servem como peças de decoração, mas que também

seguem princípios físicos.

Créditos: Blue Andy/Shutterstock.

Para
a produção de determinados modelos de pendentes, a base do projeto pode ser
feita por

meio de paraboloides.

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Créditos: Imagens XBQS42/Pixabay.

Nos
esportes temos a presença direta da geometria, desde as marcações no campo e as

construções de arenas e ginásios até os artigos esportivos e os movimentos dos


atletas.

Créditos:
Jarmoluk/Pixabay.

Um
nadador, por exemplo, para ter um melhor desempenho, precisa de precisão nos
movimentos e posicionar os membros de acordo com determinados ângulos.

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Créditos: Fotoemotions/Pixabay.

O
eletromagnetismo estuda as relações entre eletricidade e magnetismo e também
utiliza
fortemente elementos da geometria analítica.

Créditos: Clker-Free-Vector-Images/Pixabay.

Estas são algumas das relações


da geometria analítica com as nossas vidas. É claro que existem
muitas outras
aplicações importantes e veremos algumas delas no decorrer dos nossos estudos.

Para começarmos, vamos estudar


elementos associados ao plano cartesiano.

TEMA 2 – O PLANO CARTESIANO

Um sistema cartesiano ortogonal é muito


utilizado para a localização de pontos em um plano e

é composto de duas retas


perpendiculares entre si. Uma reta é geralmente denominada de eixo x e
a
outra de eixo y. Em cada uma delas temos uma
escala de tal maneira que ambas possuem a

mesma origem.

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Cada
ponto do plano pode ser representado por dois valores. Um indica a distância do
ponto
ao eixo y e o outro a distância do
ponto ao eixo x.

Podemos
dizer que o ponto P é um par ordenado composto
por dois números reais x e y em
que x é a
abscissa e y é a ordenada do ponto.

Exemplo:
Represente graficamente o ponto A (4,
2).

Resolução: A representação do ponto é feita de


uma forma simples. Inicialmente, a partir da
origem do sistema de eixos
coordenados, vamos considerar quatro unidades para a direita. Em

seguida, para
cima, duas unidades. Assim, teremos a seguinte representação.

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Exemplo:
Faça a representação gráfica do ponto B (-3,
-5).

Resolução: Considerando 3 unidades no sentido


do eixo x, da direita para a esquerda e em

seguida,
5 unidades no sentido do eixo y, de
cima para baixo, temos a seguinte representação do
ponto B.

Será que
temos exemplos de localização de coordenadas em situações do nosso dia a dia? A
resposta é sim. Se prensarmos em um computador, cada ponto localizado na tela
corresponde a um

par ordenado do tipo (x, y), algo


muito parecido com as coordenadas cartesianas que conhecemos.
A única diferença
é que os valores positivos de y são
contados de cima para baixo, e não de baixo

para cima como estamos acostumados.

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Créditos: Teeraphoto/Shutterstock.

Também
é possível representar, de maneira análoga, pontos em um sistema
tridimensional:

Exemplo:
Represente graficamente o ponto A (3,
2, 1).

Resolução: Precisamos considerar 3 unidades em


relação ao eixo x, 2 em relação ao eixo y e 1

em relação ao eixo z:

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A
partir de dois pontos em um espaço bidimensional R2,
podemos obter a distância entre eles

por meio da fórmula

que
corresponde a uma aplicação do Teorema de Pitágoras.

Observe
que

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Exemplo:
Em uma parede, uma tomada com interruptor está localizada na posição A de
coordenadas (2, 1) e uma luminária está na posição B de
coordenadas (3, 2).

Sabendo que as unidades estão em metros, qual é


a distância entre a tomada e a luminária?

Resolução:

Para
a distância entre pontos localizados no espaço tridimensional, ou seja, no R3, a
fórmula

segue o mesmo princípio:

Exemplo:
Unreal Engine é uma suíte de ferramentas para o desenvolvimento de
jogos. Um

personagem foi inicialmente colocado em um ponto A de


coordenadas (-30, -40, 20).

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Fonte: <https://www.unrealengine.com/en-US/>.

Fonte: <https://www.unrealengine.com/en-US/>.

Qual é a distância deste personagem a um objeto


colocado no ponto B de coordenadas (0,
20,

20)
conforme a figura a seguir?

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Resolução:

A
(-30,
-40, 20)

B
(0,
20, 20)

Exemplo:
Dois objetos em um ambiente 3D estão posicionados nos pontos A e B de

coordenadas A (5, -17, 0) e B(3,


6, -2).
Calcule a distância d(A, B).

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Fonte: <https://www.unrealengine.com/en-US/>.

Resolução:

Dados
A e B,
temos:

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Um
importante ponto é conhecido como baricentro. O baricentro é o encontro das
medianas
de um triângulo, ou seja, o encontro das linhas que vão do ponto médio
de cada lado do triângulo

até o vértice oposto.

Para
obtermos as coordenadas do baricentro, basta calcularmos as médias das
coordenadas

dos vértices do triângulo:

Exemplo:
Considere o triângulo de vértices nos pontos A(-2,
1),
B(5,
4)
e  C(
6, -2).
Calcule o

baricentro desse triângulo.

Resolução:

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Agora
que já sabemos localizar pontos em sistemas de eixos coordenados, vamos
aprender

mais sobre vetores.

TEMA 3 – VETORES

A origem da palavra “vetor” está em


“levar”, “transportar”. Mais precisamente, na Física e na

geometria, o termo
está associado ao fato de levar um ponto a outro. Um vetor que tem origem no
ponto A e final no ponto B é um
segmento orientado de reta e pode ser denotado por .

Um vetor consiste então em um


segmento de reta que possui uma intensidade ou
comprimento, também chamado de
módulo, uma direção e um sentido.

Utilizamos vetores para


representarmos grandezas que não podem ser descritas apenas por

um número. A
força é um exemplo de uma grandeza vetorial. Ao aplicarmos uma força sobre um

objeto, podemos mover esse objeto em uma determinada direção e sentido,


utilizando uma certa

intensidade. A velocidade e o campo elétrico também são


grandezas vetoriais.

Um vetor pode ser representado


graficamente por meio de uma seta e analiticamente por

meio de componentes.

Exemplo:
Represente graficamente o vetor .

Resolução:
Para representarmos , basta considerarmos um
segmento com início na
origem do sistema de eixos coordenados e final no ponto
de coordenadas (3, 1).

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Também
podemos representar vetores em que o ponto inicial é um ponto qualquer.

Exemplo:
Represente graficamente o vetor   que tem origem
no ponto A(2, 1) e final no

ponto B(5,
2).

Resolução: O primeiro passo é representarmos em


um sistema de eixos coordenados os

pontos A e B.

Em
seguida, basta desenharmos o vetor com início em A e
final em B.

Observe que as componentes do vetor


  correspondem a (3,
1).
Para obtermos as
componentes de um vetor que tem origem em A e
final em B, basta fazermos B
– A, ou seja,
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fazermos as coordenadas do ponto final menos as


coordenadas do ponto inicial: (5, 2) - (2, 1) = (5 -

2, 2 - 1) =
(3, 1).

Podemos dizer que se dois vetores


possuem o mesmo módulo, a mesma direção e o mesmo

sentido, então são vetores


equipolentes (iguais), mesmo que estejam em localizações em
diferentes.

A
seguir, alguns casos particulares de vetores:

Vetores
iguais: possuem mesmo módulo, direção e sentido.

Vetores
paralelos: possuem a mesma direção.

Vetor
nulo: vetor de módulo igual a 0; qualquer ponto do espaço.

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Vetores
opostos: vetores de mesmo módulo e direção, mas de sentidos contrários.

Vetor
unitário: vetor de módulo igual a 1.

Vetores
ortogonais: vetores que formam um ângulo reto.

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Vetores
coplanares: vetores que estão no mesmo plano.

Falamos
em módulo de um vetor, mas o que é o módulo e como podemos calcular o módulo de
um vetor? É o que veremos a seguir.

TEMA 4 – MÓDULO DE UM VETOR

O
módulo é o comprimento do vetor e pode ser calculado pela fórmula

Para
vetores tridimensionais, a fórmula é análoga:

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Exemplo:
Determine o módulo do vetor indicado na figura a seguir.

Resolução: O módulo   consiste no comprimento do vetor . Para calcularmos este

comprimento, vamos utilizar a fórmula .

Como
x
= 4
e y
= 3,
temos

Portanto,
o módulo de , representado por , é igual a 5.

Para
vetores tridimensionais, a fórmula é análoga:

Exemplo:
Dado o vetor ,
calcule .

Resolução:
Para calcularmos o módulo, vamos utilizar a fórmula

Observe
que x
= 5, y
= 6 e z
= 3. Logo

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Além
do módulo, um temo muito importante para os nossos estudos é a inclinação de um

vetor.

TEMA 5 – INCLINAÇÃO DE UM VETOR

A
inclinação de um vetor é a medida  em relação à
horizontal, no sentido anti-horário.

Como
temos um triângulo retângulo e as componentes x e y do
vetor correspondem aos

catetos, temos a seguinte relação:

e para
determinarmos o valor de , utilizaremos
o arco tangente de . O arco tangente é

obtido por meio de uma calculadora científica.

Exemplo:
Determine a inclinação do vetor .

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Resolução:
Para determinarmos a inclinação do vetor ,
podemos utilizar a relação

Como
x
= 4
e y
= 3,
temos

Precisamos,
agora, determinar qual é o ângulo cuja tangente é igual a 0,75. Vamos utilizar
a

função inversa , também conhecida como


arco tangente e representada por . O cálculo do
arco tangente é feito facilmente com o uso de uma calculadora científica. Sendo
assim, o valor de
 é dado por

Nesse
caso, o valor de  é 36,8698976...°.
Portanto, com duas casas decimais,

Mas
como utilizar uma calculadora científica para calcularmos o arco tangente?
Dependendo
do modelo da calculadora, pode haver pequenas diferenças, mas na
maioria das calculadoras o
procedimento é bem simples.

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Créditos: Apisith/Shutterstock.

Utilizaremos
as teclas  e .

Dependendo do modelo da
calculadora, primeiro iremos fazer a divisão de y por x.
Depois

deveremos pressionar a tecla [SHIFT] e em seguida a tecla [tan-1].


Em outros modelos, primeiro

pressionamos a tecla [SHIFT], em seguida a tecla


[tan-1] e depois digitamos, entre parênteses, a
divisão de y por x.

Veja
como é simples:


Caso: [3] [ ] [4]
[=] [SHIFT] [tan-1]


Caso: [SHIFT] [tan-1] [(] [3] [ ]
[4] [)] [=]

Obs.: Dependendo
do modelo da calculadora, vamos encontrar a tecla [2ndf] no lugar da tecla

[SHIFT].

Exemplo:
Determine o módulo e a inclinação do vetor .

Resolução:
Neste exercício temos dois itens a serem calculados: o módulo e a inclinação do
vetor. Para calcularmos o módulo de , vamos
utilizar a fórmula .

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É
importante ressaltar que x = 9 e y =
5.
Vamos agora substituir os valores na fórmula

Para
calcularmos a inclinação do vetor , precisamos
observar um detalhe: como o ângulo que
o vetor forma com a horizontal está
entre 90° e 180°, inicialmente
vamos considerar o ângulo

 indicado na
figura a seguir.

Para
que possamos calcular o valor de , precisaremos
calcular o valor de . Como

, temos que . Para calcularmos , basta utilizarmos a relação

Com o uso de uma calculadora


científica, chegamos à conclusão que  é igual a 29,25°.

Vamos
determinar agora o valor de . Como ,e ,
temos

Logo

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ou
seja, a inclinação do vetor  é igual a 150,75°.

Exemplo: Determine as componentes do vetor  sabendo que seu módulo é igual a


17 e sua
inclinação é igual a 60°.

Resolução:
Quando conhecemos o módulo do vetor e a sua inclinação, podemos utilizar as
relações a seguir para encontrarmos as componentes x e y do
vetor .

Sabemos
que  e que .
Inicialmente, vamos calcular o valor de y

O
primeiro passo é substituirmos os valores de  e
de  por 60° e 17,
respectivamente

Como
, podemos escrever

O
cálculo de x pode ser feito de forma análoga ao
cálculo de y. Para isso, vamos utilizar a

relação

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Substituindo
 por 60° e  por 17,
temos

Sabendo
que , temos

Sendo
assim, as componentes do vetor  são  e .
A representação de  é dada

por

Exemplo:
Determine a inclinação de uma viga que deverá estar apoiada em uma estrutura
que

tem 20 metros de comprimento e 10


metros de altura conforme a figura abaixo.

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Resolução:

Exemplo:
Para que um cadeirante possa ter acesso a planos elevados por meio de rampas,

existem normas que levam em conta o esforço necessário para o deslocamento


sobre rampas. É
bastante comum a relação de 8,33%, que corresponde à proporção
1:12, ou seja, para cada

centímetro de altura, são necessários 12 centímetros


de comprimento. Caso uma rampa tenha a
finalidade de fornecer acesso a um plano
com elevação de 60 cm, a base da rampa precisa ter 720
cm (7,2 m). Sabemos que
essa rampa tem uma relação de 8,33%. Mas qual é a respectiva inclinação

em
graus?

Resolução:
Para essa rampa, temos x = 720 e y
= 60.
Sendo assim,

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Podemos
concluir que a inclinação da rampa que tem uma relação de 8,33% entre altura e

comprimento da base corresponde a 4,76°.

FINALIZANDO

Chegamos ao final da nossa


aula. Agora sabemos o que é geometria analítica e qual a sua
importância em
diversas áreas do conhecimento. Sabemos como devemos proceder para

representarmos pontos e vetores em um sistema de eixos coordenados. Também


aprendemos a
calcular o módulo e a inclinação de vetores.

Esperamos
que você tenha aprendido da melhor forma possível os temas desta aula. Se
necessário, retome os conteúdos abordados e refaça os exercícios propostos.
Para que possamos
avançar nos nossos estudos, é importante que os assuntos
vistos até aqui estejam bem definidos e

que as possíveis dúvidas sejam


esclarecidas.

REFERÊNCIAS

BORIN
JUNIOR, A. M. S. (org). Geometria analítica. São Paulo: Pearson
Education do Brasil,

2014.

FERNANDES,
L. F. D. Geometria Analítica. Curitiba: InterSaberes, 2016.

SANTOS,
F. J. dos; FERREIRA, S. F. Geometria analítica. Porto Alegre: Artmed,
2009.

THOMAS,
G. B.; HASS, J.; WEIR, M. D. Cálculo. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2008.
2 v.

WINTERLE,
P. Vetores e Geometria Analítica. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2014.
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