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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Interpretação De Texto
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de tex-
tos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em
provas relacionadas a concursos públicos.
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relaci-
onadas a textos.
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informa-
ção que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do
conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacio-
namento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e anali-
sada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.
EXEMPLO
Fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
d) Capacidade de raciocínio.
Interpretar X Compreender
Erros de Interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais freqüentes
são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimen-
to prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas
e, consequentemente, errando a questão.
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam,
mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR
DIZ e nada mais.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou
parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo,
uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai
dizer e o que já foi dito.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pro-
nome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu ante-
cedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semânti-
co, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz
erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo ade-
quado a cada circunstância, a saber:
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente. Mas depende das condições da frase.
Quem (pessoa)
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Como (modo)
onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante)
exemplo:
Depois de treinar bastante e ler muito, você estará pronto para interpretar os mais diversos tipos de
texto
Quantas vezes você já leu um texto e não entendeu nada do que estava escrito ali? Leu, releu e,
mesmo assim, ainda ficou com um nó na cabeça? Eu mesma já fiquei assim muitas vezes! Pensando
nisso, listamos 4 técnicas para fazer de você um mestre na interpretação! Depois disso, vai ficar fácil
entender até os mais complexos manuais de instrução (ok, talvez nem tanto, mas você vai arrebentar
no vestibular!).
Sabendo disso, aqui vão 4 dicas para fazer com que você consiga atingir essas três etapas! Confira
abaixo:
Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom
nível de leituras.
Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um dicionário por perto. Viu
uma palavra esquisita, que você não conhece? Pegue um caderninho (vale a pena separar um só pra
isso) e anote-a. Em seguida, vá ao dicionário e marque o significado ao lado da palavra. Com o tem-
po o seu vocabulário irá crescer e não vai ser mais preciso ficar recorrendo ao dicionário toda hora.
2) Faça paráfrases
Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou
uma nova apresentação do texto, seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras
dele. Existem diversos tipos de paráfrase, só que as mais interessantes para quem está estudando
para o vestibular são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e paráfrase-esquema.
– Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a sua participação
com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da produção,
justificando o porquê.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
3) Leia no Papel
Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um
tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que
aqueles que leram a mesma história em papel.
Os pesquisadores justificam que a falta de possibilidade de virar as páginas pra frente e pra trás ou
controlar o texto fisicamente (fazendo notas e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e
reduz a memória de longo prazo do texto e, portanto, a sua capacidade de interpretar o que apren-
demos. Ou seja, sempre que possível, estude por livros de papel ou imprima as explicações (claro,
fazendo um uso sábio do papel, sem desperdícios!). Vale fazer notas em cadernos, pois já foi prova-
do também que quem faz anotações à mão consegue lembrar melhor do que estuda.
Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem dificul-
dades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de um
mal que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de forma
linear, aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da página)
para lembrar de informações chave de um livro.
Conforme nós aumentamos a nossa frequência de leitura em telas, os nossos hábitos de leitura se
adaptaram aos textos resumidos e superficiais (afinal, muitas vezes você tem links em que poderá “ler
mais” – a internet é isso) e essa leitura rasa fez com que a gente tivesse muito mais dificuldade de
entender textos longos.
Os especialistas explicam que essa capacidade de ler longas sentenças (principalmente as sem links
e distrações) é uma capacidade que você perde se você não a usar. Os defensores do “slow-reading”
(em tradução literal, da leitura lenta) dizem que o recomendável é que você reserve de 30 a 45 minu-
tos do seu dia longe de distrações tecnológicas para ler.
Fazendo isso, o seu cérebro poderá recuperar a capacidade de fazer a leitura linear. Os benefícios da
leitura lenta vão bem além. Ajuda a reduzir o estresse e a melhorar a sua concentração!
a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios
sobre o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do
3º ano do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o assun-
to, porque você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.
b) Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com informa-
ções novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-compreensão o leitor “prende” a informa-
ção nova com a dele e “agarra” (compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer: “Eu en-
tendi, mas não compreendi”. Isso significa dizer que quem leu entendeu o significado das palavras, a
explicação, mas não as justificativas ou o alcance social do texto.
c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de compre-
endê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de fato). É formada então
o que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo texto.
Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos.
Opa, tudo bem? Como vai a vida? Hoje é um dia lindo para aprendermos a estudar interpretação de
textos, não acha? :)
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Você pensa que domina essa matéria e que está tudo bem se ela for deixada de lado, até que PÁ:
tira uma nota RIDÍCULA em português e, justamente, percebe que errou a maioria das questões de
interpretação ou de gramática aplicada ao texto. Ou você realmente é muito ruim interpretando as
coisas mesmo.
Tenho um grave problema com português, especialmente interpretação de texto. Meu desempenho
nunca é regular, sempre sendo 8 ou 80 ( quando vou bem tenho a sensação que pode ser mais no
chute do que racional).
Minha bronca é especificamente com o CESPE. Então, você teria alguma dica, material ou técnica de
estudo para eu quebrar essa barreira com a Língua Portuguesa?
Alright, then! Tá beleza, então! Vamos aprender interpretação e mandar a banca para o beleléu.
1. Leia mais (eu sei que é clichê, então vou te dar alternativas bacanas)
Quem não lê mal ouve, mal fala, mal vê. (Monteiro Lobato)
O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler.
(Mark Twain)
Ler é beber e comer. O espírito que não lê emagrece como o corpo que não come. (Victor Hugo)
Se você quiser interpretar melhor, você deve ter O QUE INTERPRETAR. Sabe, não adianta ficar
querendo tapar o sol com a peneira e pedir para divindades que tudo dê certo. Querer todo mundo
quer. Você tem que ter seu algo a mais, aqui. Leia.
Não, você não odeia LER. Você odeia ler, sei lá, os livros que as pessoas em geral leem, ou aqueles
livros chatos que os professores da escola indicam/indicavam. Machado de Assis? Blergh! Olavo
Bilac? Parnasiano aguado! Manuel Bandeira? No, no, please!
É claro, então, que você odeia ler o que você odeia ler. Para fugir disso e melhorar sua interpretação
de textos, leia o que você achar delicioso. Vou te mostrar algumas boas opções para fugir do lugar-
comum.
Histórias Em Quadrinhos
Eu aprendi a ler com Turma da Mônica. Consegui interpretar desde cedo que o Cebolinha falava
“elado” porque ele era uma criança ainda aprendendo a falar com mais dificuldades do que as outras
crianças.
Sites de fofocas
Exemplo: Papel Pop: os sites de fofocas colocam duplo sentido em um milhão de textos, e isso é
fantástico para você. Toda vez que você não entender alguma coisa, pergunte-se: o que será que o
autor do texto quis dizer com isso? Você começa entendendo frases simples nesse tipo de site e
acaba conseguindo interpretar textos em provas de concursos. How great is that? Isso é muito legal,
né não? :)
Não é por acaso que Stranger Things é uma das séries originais da Netflix mais adoradas da atuali-
dade. Ela tem um ingrediente fascinante para qualquer pessoa de qualquer idade no mundo inteiro:
crianças pré-adolescentes ou adolescentes enfrentando coisas mais fortes do que elas. Come on.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Fala sério. Esse roteiro não é novo: existe em Harry Potter, Percy Jackson, Jogos Vorazes, E.
T., Sexto Sentido, Guerra dos Tronos (sim! Geral se interessou por Guerra dos Tronos por causa do
Jon, da Dany, da Arya, da Sansa, do Jofrey, do Bran…) todo mundo adora uma creepy child (criança
esquisita), e os livros relacionados a elas são do tipo que você começa pela manhã e só termina
quando chega à última página.
Letras de Músicas
Você está a fim de decorar uma nova música? Pegue a letra dela, não tente decorar somente pela
cantoria da pessoa. Além de treinar sua interpretação, você treinará sua memória (é mais fácil deco-
rar uma letra entendendo o sentido dela).
Eu já ouvi um incontável número de pessoas cantando músicas que não condiziam com a letra origi-
nal, trocando totalmente o sentido da coisa. Isso acontece por dois motivos simples:
1. O som da música não permite que as pessoas entendam direito o que se fala; e
Não faz sentido, em um contexto comum, rolar um blues na madrugada e trocar de biquíni sem parar
ao mesmo tempo!
Outra:
Faz sentido você estar em uma festinha belezera, conhecer alguém e perguntar as coisas em Holan-
dês? Só na Holanda, né?
E há vááários outros exemplos! Amar a pé, amar a pé… (amar até, amar até); Ôh Macaco cidadão,
macaco da civilização… (Ôh pacato cidadão); Leste, oeste solidão… (S.O.S. solidão); São tantas
avenidas… (São tantas já vividas); e assim vai hehehe!
A dica que fica é: o que você interpretou não fez sentido? Então procure ENTENDER o que vo-
cê ouviu! Fazendo isso, você conseguirá conectar os fatos muito melhor e até memorizar mais rápido.
Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali sozinhas.
Eu vou repetir.
Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali sozinhas.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Você ouve “trocando” “de” “biquíni” “sem” “parar”. Só que, se você junta tudo isso, o troço não vai
fazer sentido algum! Não trate as palavras como se elas fossem alone in the dark (sozinhas no escu-
ro).
Frases de motivação são umas lindas. Além de ensinar tudo sobre mindset(mentalidade de aprova-
dos) elas são ótimas professoras de interpretação. Veja os exemplos que eu trouxe (logo abaixo, há
os significados das frases, caso você ainda esteja com a interpretação em baixa):
Perfeição é uma palavra capciosa. Ela denota algo positivo, mas leva a resultados negativos.
Na busca pela perfeição ao estudarmos para concursos públicos, acabamos por perder tempo de-
mais com assuntos que não nos levarão a nada (aliás, essa é a minha grande lição no Ritmo de Es-
tudos, o meu curso oficial – eu ensino a excluir conteúdo que não interessa).
Perfeição é uma grande inimiga do resultado. Enquanto a maioria entra em concursos públicos pen-
sando que deve estudar todo o edital de uma mesma maneira, sem colocar os devidos pesos, poucos
são os que realmente conseguem grandes notas por terem sido mais espertos.
Essa frase é de George Eliot. O sr. Eliot mal saberia que muitos anos após sua morte, em um pa-
ís far, far away, grupos de concurseiros falariam coisas como:
Todos os dias eu recebo mensagens de pessoas que têm algum motivo sem noção para desistir (ou
para não entrar em ação). A idade é um dos campeões do desculpismo.
A verdade, entretanto, é só uma: ficar na inércia é que não vai trazer resultados a ninguém.
Colonel Sanders chegou a pensar no suicídio aos 65 anos de idade. Quando começou a escrever sua
carta de adeus, decidiu falar tudo o que faria diferente para que sua vida tivesse seguido o rumo que
ele sempre quis. Ao invés de se matar, Sanders começou a vender sua própria receita de frango frito
de porta em porta. Aos 88 anos, o fundador do Kentucky Fried Chicken (KFC), nos Estados Unidos,
tornou-se um bilionário.
Como fangirl da Apple, eu não poderia deixar de citar uma do Steve Jobs.
Nos concursos públicos, chegará um momento em que você achará que já sabe demais. Até você
passar, você perceberá, entretanto, que precisa sempre de honestidade para entender que não sabe
de tudo, e sempre deve correr atrás de mais e mais conhecimento.
E isso vale para depois que passar, também. Do contrário, você será daquele tipo de concursado
aposentado: morre aos 25 e só é enterrado aos 85.
Napoleon Hill estava no ápice da genialidade quando disso isso. Se você consegue ENTENDER al-
guma coisa, você consegue fazer essa coisa. Se você consegue entender o processo de passar em
concursos públicos, você conseguirá passar muito mais rápido.
Por fim, mas não menos importante: você só aprenderá a interpretar se você aplicar todas as dicas
que eu dei (e darei) neste artigo. Conhecimento só é válido quando se consegue agir sobre ele.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Existem milhares de outras frases de motivação por aí. Faça uma por dia. E, claro, interprete cada
uma delas.
Existe um livro em inglês chamado Happy for No Reason (Feliz sem Ter Motivo), da autora Marci
Shimoff. De acordo com Shimoff, existem as pessoas que não são felizes, existem as pessoas que
são felizes por algum motivo (geralmente por estarem com outras pessoas) e existem as pessoas que
são felizes sem ter motivo.
No primeiro caso, de acordo com a autora, as pessoas estão em um estágio de depressão profunda;
no segundo caso, as pessoas estão felizes, mas, como estão felizes por um MOTIVO, esse motivo
pode ser retirado delas; e no terceiro caso as pessoas são felizes apenas por ser (entretanto, poucas
conseguem chegar lá).
Um dos casos em que as pessoas buscam a felicidade por um motivo (aquela que pode ser tirada
delas) é o da má interpretação. A pessoa se martiriza internamente por uma frase que pegou fora de
contexto, ou cria algum tipo de raiva por algo que ouviu falar por terceiros, e a infelicidade a encontra.
Por isso, interpretar o que ocorre em sua vida dentro de um contexto lógico também te ajudará em
provas de concursos públicos.
Em 90% dos casos, você perceberá que não é pessoal, e isso não será problema seu. Nos outros
10% (se for pessoal), o problema também não é seu.
Querendo ou não, interpretar textos também significa aprender a Língua Portuguesa. Saber qual é o
sujeito, qual é o advérbio, qual é o objeto indireto poderá te salvar de várias situações ruins.
O lance é que a gramática pura (por si só) não te ajudará em basicamente nada se você não conse-
guir aplicá-la. E aprender gramática consiste no seguinte:
Um erro comum é pensar demais. Depois de muito treino (com todas as outras dicas), você estará
com a preparação em nível avançado na interpretação de textos.
Daí, chega o momento da prova e você começa a querer pensar demais: “e se não for realmente
isso? E se for um peguinha? E se? E se?”.
Para evitar que isso aconteça, só existe um remédio: fazer muitas provas de interpretação de textos,
e de preferência da banca que fará seu certame. Eu não estou falando de fazer duas, três provas. Eu
estou falando de 20, 30 provas, cada uma com 15, 20 questões, cada uma com 3, 4 textos. Lembre-
se: permaneça ignorante. Permaneça com fome.
Uma boa interpretação de texto é importante para o desenvolvimento pessoal e profissional, por isso
elaboramos algumas dicas preciosas para auxiliar você nos seus estudos.
Você tem dificuldades para interpretar um texto? Se a sua resposta for sim, não se desespere, você
não é o único a sofrer com esse problema que afeta muitos leitores.
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas, afetando não só o de-
senvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de
nós inúmeras competências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma
boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender aquilo que está sendo lido.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de textos, elaboramos al-
gumas dicas para você seguir e tirar suas dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos
de contemplar alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, apressados, des-
cuidamo-nos das minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufici-
ente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre releia, pois, uma se-
gunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não foram observados anteriormente.
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos fra-
sais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira
aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou apresentando novos concei-
tos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumenta-
tivos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na
superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e ines-
pecíficas.
Quem lê com cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto funcional e ler
com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas dicas, desejamos a você uma
boa leitura e bons estudos!
Interpretação de Texto: veja os principais pontos nos quais você deve focar durante a leitura dos tex-
tos nas provas do Enem, dos vestibulares e do Encceja. Revise como interpretar um texto, e mande
bem nos Exames!
Saber ler e interpretar um texto é o primeiro passo na resolução de qualquer questão do Enem. A
compreensão do enunciado é uma chave essencial para iniciar a resolução dos problemas.
Por isso mesmo o tema da Interpretação de Texto é o que mais cai no Enem e nos Vestibulares. Aqui
vão algumas dicas que podem facilitar a compreensão e tornar o ato de interpretar um texto mais
rápido e eficaz.
A primeira coisa que deve ser feita na Interpretação de texto é decompor o texto em suas “ideias bá-
sicas”. Qual é o foco do texto e quais são os principais conceitos definidos pelo autor. Esta operação
fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. É assim que se estuda interpretação de
texto para o Enem.
“Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a for-
mação da personalidade humana”.
Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique
humana: o inconsciente e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos
anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e
Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895).
Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado pela
psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta por
palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da lin-
guagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos
na fase de vigília.
“Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação
da tese de que toda neurose é de origem sexual.” (Salvatore D’Onofrio). IDEIAS – NÚCLEO. Veja a
seguir o Passo inicial da Interpretação de Texto
O autor do texto afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender os níveis
mais profundos da personalidade humana, o inconsciente e subconsciente.
A segunda ideia – núcleo mostra que Freud deu início à sua pesquisa estudando os comportamentos
humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método criou o das “livres
associações de ideias e de sentimentos”.
* “Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da língua
gemonírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na
fase de vigília”.
Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da compreensão
dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do
dia a dia. É assim, passo a passo, que você faz a interpretação de texto.
* “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi à apresentação
da tese de que toda neurose é de origem sexual.”.
Conclusão: Por fim, o texto afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a
novidade de que todo o trauma psicológico é de origem sexual.
A finalidade deste exemplo foi de mostrar como captar o foco central na interpretação do texto e cap-
tar a ideia transmitida pelo autor de forma sagaz. O ideal, na hora de interpretar um texto, é fazer uma
leitura dinâmica, a fim de captar sua ideia principal, para depois ler novamente para que possa ser
feita uma análise mais a fundo do mesmo.
Ler e interpretar um texto parece muito simples, e de fatoé. Mas, existem os segredos da Interpreta-
ção de Texto nas provas do Enem e similares. Foram estes segredos que você aprendeu nesta aula.
Provavelmente, você já errou algum exercício quando sabia o conteúdo da questão. A decepção
quando a gente erra uma questão por besteira é enorme, né?
A interpretação afeta o nosso relacionamento com amigos, familiares, colegas e professores. E tam-
bém a diversão ao assistir a um filme, ouvir uma música, ver uma série…
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
As próximas dicas tem a intenção de melhorar a sua capacidade interpretativa para as provas e tam-
bém para o dia a dia.
Gráficos e tabelas caem com muita frequência no Enem, nos vestibulares e concursos públicos. Além
dos processos seletivos, eles também são bastante utilizados por jornais e pelo mercado de trabalho.
Entendê-los pode não ser fácil, mas não desista. Muitas vezes, ao se deparar com esse tipo de dado
em um exercício, a gente coloca barreiras como “não sei, sou de Humanas“. Mas não deve ser assim
Quando você aprender como eles funcionam, vai ser cada vez mais fácil fazer a interpretação desse
tipo de texto.
Com o passar do tempo (e depois de praticar bastante), é possível que você comece a gostar de criar
gráficos e tabelas. Eles são uma maneira prática de resumir um conjunto de informações importantes.
Obs: Você percebeu que recomendei uma aula de Português e outra de Matemática para aprender
gráficos? Esse conteúdo é frequente em questões interdisciplinares, incluindo a redação.
A ordem direta é a que organiza as palavras da seguinte forma: sujeito + predicado + complemento
Esse é o jeito objetivo de entender uma oração. Faça o exercício de reorganizar as orações que es-
tão na ordem indireta, principalmente os enunciados das questões.
Preste atenção a todos os tipos de texto (como infográficos, gráficos, tabelas, imagens, citações e
poemas).
Circule os nomes dos autores, livro e ano de publicação nas referências do texto. Tais detalhes talvez
revelem o tema da questão e até mesmo a resposta.
Basta olhar as referências para saber que o texto acima é relacionado aos Direitos Humanos, apro-
ximadamente sobre 2016.
Olhando o título, vejo que ele é sobre intolerância religiosa. Depois de analisar o infográfico e o gráfi-
co, tenho uma ideia das principais religiões discriminadas e da evolução da violência de 2013 a 2014.
Talvez eu não saiba que a liberdade para expressar a religião é um dos Direitos Humanos. Mas a
referência me ajuda a saber que existe uma relação entre os direitos humanos e a intolerância religi-
osa no Brasil (título do texto).
Provavelmente você já viu memes ou menes nas redes sociais. Para entender o que significam, é
preciso interpretar, no mínimo, a relação entre dois elementos, que podem ou não estar na imagem.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
No primeiro post, você precisa saber colocação pronominal segundo a norma culta e saber como são
entrevistas de emprego para entender a referência. No segundo post, deve conhecer o que é um
elétron e a marca Ricardo Eletro.
Para praticar, experimente anotar em um papel o que é engraçado no post e quais são os elementos
que causam esse efeito de sentido.
Depois de um hora fazendo uma leitura densa, ficamos cansados. Precisamos ter resistência para
não fazer análises equivocadas dos textos. Uma das formas de desenvolver a resistência é se acos-
tumar a compreender textos longos.
Procure fontes relevantes para os assuntos que você estuda no dia a dia. As provas do Enem, além
de serem úteis para praticar e simular a avaliação deste ano, podem ajudar a acostumar com a leitura
desse tipo de texto.
Vale lembrar que a maneira que a gente lê um texto impresso e na tela do celular ou computador é
diferente. Se você irá fazer provas impressas, prefira ler textos assim.
6. Compreenda Músicas
As músicas estão presentes no nosso dia a dia e utilizam muitas figuras de linguagem (a gente expli-
ca as principais neste outro artigo).
Depois de escutar uma música de que você gosta, reflita sobre a letra. O que o autor quis dizer com
ela? Pesquise a letra e tente interpretar o significado de cada estrofe.
7. Leia Tirinhas
O Enem costuma avaliar habilidades importantes na vida prática. Tirinhas são facilmente encontra-
das, são uma leitura leve, divertida e sempre precisam de interpretação.
Muitas vezes elas expõem algum problema social, histórico, ou tem uma crítica implícita.
Escolha uma ou duas palavras que resumam o que você leu nos trechos menores, para se lembrar
depois.
Em seguida, procure relações entre o que você acabou de ler. Por exemplo: de oposição, causa e
consequência, adição.
Fazemos o procedimento acima para classificar orações subordinadas, mas ele também pode ser útil
para a interpretação como um todo.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
9. Use Um Dicionário
Quando estiver lendo em casa, tenha um dicionário por perto e pesquise o que não entender. Só
assim vai ser possível interpretar depois.
Para memorizar, anote as palavras que você descobriu o que significam em um caderninho. Elas
poderão ser úteis para resolver exercícios e também para a redação.
Algumas obras literárias utilizam palavras antigas e de difícil entendimento. Vale lembrar que existem
vestibulares que apresentam pequenos glossários nas questões. Então não dê muita atenção aos
termos arcaicos na hora da leitura.
Todos nós já passamos por alguma situação confusa, que não fez muito sentido. Pode ser na hora de
resolver uma lista de exercícios ou em uma conversa com seus parentes, por exemplo.
Quando isso acontece, pode ser porque você não conseguiu interpretar corretamente. Então é útil
procurar ajuda em um dicionário, videoaula ou no Google.
Reescreva o que você acabou de ler de maneira resumida e utilizando sinônimos. Se preferir, escre-
va em tópicos.
O objetivo desta dica é ter certeza de que você interpretou o texto e também consegue explicar de
maneira simples.
Interpretação De Textos
A interpretação de textos é um exercício que requer técnica e dedicação. Existem algumas dicas que
ajudam o leitor a aprimorar a compreensão dos mais variados gêneros textuais.
Letrado não é aquele que decodifica uma mensagem: letrado é o indivíduo que lê e compreende o
que lê.
No Brasil, infelizmente, grande parcela da população sofre com o analfabetismo funcional, que nada
mais é do que a incapacidade que um leitor tem de compreender textos — inclusive os textos mais
simples — de gêneros muito acessados no cotidiano.
O analfabeto funcional não transforma em conhecimento aquilo que lê, pois sua capacidade de inter-
pretação textual é reduzida.
Ao contrário do que muitos pensam, o problema atinge pessoas com os mais variados níveis de esco-
laridade, e não apenas aqueles cuja exposição ao estudo sistematizado foi reduzida.
Para que você possa aprimorar sua capacidade de interpretação, o sítio de Português elaborou al-
gumas dicas que vão te ajudar a alcançar uma leitura proficiente, livre de quaisquer mal-entendidos.
Boa leitura e bons estudos!
Sabemos que nem sempre é possível ter a tranquilidade desejada para estudar, ainda mais quando
somos obrigados a conciliar várias atribuições em nossa rotina, mas sempre que possível, fique livre
de interferências externas e escolha ambientes adequados para a leitura.
Um ambiente adequado é aquele que oferece silêncio e algum conforto, afinal de contas, esses fato-
res influenciam de maneira positiva os estudos.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Quem nunca precisou interromper a leitura diante de um vocábulo desconhecido? Essa é uma situa-
ção corriqueira, mesmo porque o léxico da língua portuguesa é extenso. É claro que desconhecer o
significado de algumas palavras pode atrapalhar a interpretação textual, por isso, o ideal é que você,
diante de um entrave linguístico, consulte um bom dicionário.
Na impossibilidade de consultar um dicionário, anote a palavra para uma consulta posterior. É assim
que um bom vocabulário é construído, e acredite: ele sempre estará em construção, pois estamos
constantemente em aprendizado.
Sabemos que a tecnologia nos oferece diversos suportes que facilitam e democratizam a leitura e
que os livros digitais são uma realidade. Contudo, sempre que possível, opte por livros ou documen-
tos físicos, isto é, impressos.
O papel oferece a oportunidade de ser rabiscado, nele podemos fazer anotações de maneira rápida e
prática, além de ser a melhor opção para quem tem dificuldades de interpretação textual.
Explicações Preliminares
Todos têm dificuldades com interpretação de textos. Encare isso como algo normal, inevitável. Impor-
tante é enfrentar o problema e, com segurança, progredir. Aliás, progredir muito. Leia com atenção os
itens abaixo.
1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas
telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção,
tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal é “ler por ler”, para se livrar.
2) Aumente o seu vocabulário. Os dicionários são amigos que precisamos consultar. Faça exercícios
de sinônimos e antônimos. (Consulte o nosso Redação para Concursos, que tem uma seção dedica-
da a isso.)
3) Não se deixe levar pela primeira impressão. Há textos que metem medo. Na realidade, eles nos
oferecem um mundo de informações que nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua mente e
seu coração para o que o texto lhe transmite, na qualidade de um amigo silencioso.
4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar res-
ponder a qualquer pergunta. Primeiro, é preciso captar sua mensagem, entendê- lo como um todo, e
isso não pode ser alcançado com uma simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A cada
leitura, novas idéias serão assimiladas. Tenha a paciência necessária para agir assim. Só depois
tente resolver as questões propostas.
5) As questões de interpretação podem ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um determi-
nado trecho) ou referir-se ao conjunto, às idéias gerais do texto. No primeiro caso, leia não apenas o
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
trecho (às vezes uma linha) referido, mas todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se: quanto
mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo é uma questão de costume, e você vai acostumar-se a
agir dessa forma. Então - acredite nisso - alcançará seu objetivo.
6) Há questões que pedem conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma determi-
nada personalidade da história ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome dessa
pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o hábito da leitura, como já foi
dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas especializadas.
II) Paráfrase
1) Emprego de sinônimos.
Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados. Conquanto retornasse cedo, deixava os
genitores preocupados.
Ex.: Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; Antônio, ao cinema. Paulo e Antônio já saíram.
Aquele foi ao colégio; este, ao cinema. Aquele = Paulo este = Antônio
Ex.: É necessário que todos colaborem. É necessária a colaboração de todos. Quero o respeito do
grupo. Quero que o grupo me respeite.
Ex.: Nós desejávamos uma missão mais delicada, mais importante. Desejávamos missão mais deli-
cada e importante.
Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo aquilo seria esquecido após três ou quatro me-
ses de investigação. Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo aquilo, após três ou quatro
meses de pesquisa, seria esquecido.
Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa) Uma roseira foi plantada pela mulher em
seu jardim. (voz passiva analítica)
Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso na frase),
haverá duas mudanças possíveis.
Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica)
8) Troca de discurso
Ex.: Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo: - Cortarei a grama sozinho. (discurso direto) Na-
quela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo que cortaria a grama sozinho. (discurso indireto)
9) Troca de palavras por expressões perifrásticas (vide perífrase, no capítulo seguinte) e vice-versa
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Ex.: Castro Alves visitou Paris naquele ano. O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele ano.
Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do céu. O homem urbano não conhece a lingua-
gem celeste.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Tipologia Textual
1. Narração
Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há
uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos
cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo
predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A
classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Nu-
ma abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de
anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer
uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que
se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros
como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do
objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
3.1 Dissertação-Exposição
3.1 Dissertação-Argumentação
4. Injunção / Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do pre-
sente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem
ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex:
recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
OBS1: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns outros consideram que
existe também o tipo predição.
5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por
ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previ-
sões escatológicas/apocalípticas.
OBS2: Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou Conversacional. Entretanto, esse nada
mais é que o tipo narrativo aplicado em certos contextos, pois toda conversação envolve persona-
gens, um momento temporal (não necessariamente explícito), um espaço (real ou virtual), um enredo
(assunto da conversa) e um narrador, aquele que relata a conversa.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista,
conversa telefônica, chat, etc.
Gêneros textuais
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos.
Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com carac-
terísticas comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações
específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa
sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo
então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos:
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se
trata de "carta pessoal", a presença de aspectosnarrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é
mais comum. No caso da "carta denúncia", em que há o relato de um fato que o autor sente necessi-
dade de o exporao seu público, os tipos narrativos e dissertativo-expositivo são mais utilizados.
Bula de remédio: trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo einjuntivo que tem
por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento.
Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para pre-
parar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no impera-
tivo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo
a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.
Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em
um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Ca-
racterísticas do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamen-
te descritos.
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de
caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento
atual, em sua grande maioria.
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em es-
trofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético.
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia,
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais
frequentes neste gênero. Importante também é a distinção entre poema e poesia. Poesia é o conteú-
do capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o que toca e comove pode
ser considerado como poético. Assim, quando aplica-se a poesia ao gênero <poema>, resulta-se em
um poema poético, quando aplicada à prosa, resulta-se na prosa poética (até mesmo uma peça ou
um filme podem ser assim considerados).
Canção: possui muitas semelhanças com o gênero poema, como a estruturação em estrofes e as
rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar em sua estrutura um refrão, parte da letra que se
repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma interação direta com os instrumentos musicais. A
tipologia narrativa tem prevalêncianeste caso.
Adivinha: é um gênero cômico, o qual consiste em perguntas cujas respostas exigem algum nível de
engenhosidade. Predominantemente dialogal.
Anais: um registro da história resumido, estruturado ano a ano. Atualmente, é utilizado para publica-
ções científicas ou artísticas que ocorram de modo periódico, não necessariamente a cada
ano. Possui caráter fundamentalmente dissertativo.
Anúncio publicitário: utiliza linguagem apelativa para persuadir o público a desejar aquilo que é
oferecido pelo anúncio. Por meio do uso criativo das imagens e dalinguagem, consegue utilizar todas
as tipologias textuais com facilidade.
Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo descrição nestes casos, relacionados a informações de
um indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo também se manifesta, através da orientação que cada um
traz.
Profecia: em geral, estão em um contexto religioso, e tratam de eventos que podem ocorrer no futu-
ro da época do autor. A predominância é a do tipo preditivo, havendo também características dos
tipos narrativo e descritivo.
Gêneros literários:
Gênero Narrativo:
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramá-
tico. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do gê-
nero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com características diferentes:
o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas
possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, co-
mo: quem? o que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir:
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de
uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam
um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os Lusí-
adas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero.
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter
mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor
vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam,
o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final.
É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda.
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade
do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis,
e A Metamorfose, de Kafka.
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras,
anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reprodu-
zi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto surgi-
ram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia;
contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade; contos
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são
não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter
um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou
artigo de jornal, revistas e programas da TV..
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e re-
flexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado.
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico,
filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades
como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo:Ensaio sobre a
tolerância, de John Locke.
Gênero Dramático:
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador con-
tando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis
das personagens nas cenas.
Farsa: A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos como o absurdo, as
incongruências, os equívocos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o
engano.
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua
origem grega está ligada às festas populares.
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural
nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo.
Gênero Lírico:
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre corresponde à
do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os
pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem.
Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto má-
ximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poe-
ma melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e yufa, de william shakespeare.
Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e
cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus símbo-
los), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com
acompanhamento musical;
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza,
às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo
de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a pai-
sagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos (muito rara);
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irôni-
co.
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada
verso formam uma palavra ou frase;
Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo
característico e refrão vocal que se destinam à dança;
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio;
Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de
três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3°
verso 5 sílabas;
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima
geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d.
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); satíri-
cas, portanto.
Gêneros e tipos textuais são dois conceitos distintos, embora ainda seja bastante comum a
confusão entre esses elementos.
Tipos Textuais
Gêneros textuais
Os tipos textuais são caracterizados por propriedades lin- Possuem função comunicativa e
guísticas, como vocabulário, relações lógicas, tempos ver- estão inseridos em um contexto
bais, construções frasais etc. cultural.
Podemos afirmar que a tipologia textual está relacionada com a forma como um texto apresenta-se e
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
é caracterizada pela presença de certos traços linguísticos predominantes. O gênero textual exerce
funções sociais específicas, que são pressentidas e vivienciadas pelos usuários da língua. Mas você
deve estar perguntando-se: “por que é importante saber a diferença entre gêneros e tipos textuais?”.
Saber as diferenças elencadas no quadro acima é fundamental para a correta distinção entre gêneros
e tipos textuais, pois quando conhecemos as características de cada um desses elementos, fica mui-
to mais fácil interpretar um texto. A interpretação está relacionada não apenas com a construção de
sentidos, mas também com os diversos fatores inerentes à estruturação textual.
Podemos chamar de tipos textuais o conjunto de enunciados organizados em uma estrutura bem
definida e facilmente identificada por suas características predominantes. O termo tipologia textu-
al (outra nomenclatura possível) designa uma sequência definida pela natureza linguística de sua
composição, ou seja, está relacionado com questões estruturais da língua, determinadas por aspec-
tos lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal. Objetivamente, dizemos que o tipo textual é
a forma como o texto apresenta-se.
Podem variar entre cinco e nove tipos, contudo, os mais estudados e exigidos nas diferentes provas
de vestibular e concursos no Brasil são a narração, a dissertação, a descrição, a injunção e a exposi-
ção. Veja as principais características de cada um deles:
► Narração: Sua principal característica é contar uma história, real ou não, geralmente situada em
um tempo e espaço, com personagens, foco narrativo, clímax, desfecho, entre outros elementos. Os
gêneros que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias
etc.
► Dissertação: Tipo de texto opinativo em que ideias são desenvolvidas por meio de estratégias
argumentativas. Sua maior finalidade é conquistar a adesão do leitor aos argumentos apresentados.
Os gêneros que se apropriam da estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação,
editorial etc.
► Descrição: Têm por objetivo descrever objetiva ou subjetivamente coisas, pessoas ou situações.
Os gêneros que se apropriam da estrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem etc.
Também podem ser encontrados em textos literários por meio da descrição subjetiva.
► Injunção: São textos que apresentam a finalidade de instruir e orientar o leitor, utilizando verbos
no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, sempre indeterminando o sujeito. Os gêneros
que se apropriam da estrutura injuntiva são: manual de instruções, receitas culinárias, bulas, regula-
mentos, editais, códigos, leis etc.
► Exposição: O texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou fato
específico, enumerando suas características por meio de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros
que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo científico, se-
minário etc.
Para que você conheça com detalhes cada um dos tipos textuais citados, o sítio de Português prepa-
rou uma seção sobre tipologia textual. Nela você encontrará vários artigos que têm como objetivo
discutir as características que compõem a narração, a dissertação, a descrição, a injunção e a expo-
sição, bem como apresentar as diferenças entre tipos e gêneros textuais. Esperamos que você apro-
veite o conteúdo disponibilizado e, principalmente, desejamos que todas as informações aqui encon-
tradas possam transformar-se em conhecimento. Boa leitura e bons estudos!
Gêneros Textuais
Os gêneros textuais são um modo de classificar os textos. Veja a diferença entre gênero textual, lite-
rário e tipos de textos
Os textos, sejam eles escritos ou orais, embora sejam diferentes entre si, podem apresentar diversos
pontos em comum. Quando eles apresentam um conjunto de características semelhantes, podem ser
classificados em determinado gênero textual.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Dessa maneira, os gêneros textuais podem ser compreendidos como as diferentes formas de lingua-
gem empregadas nos textos, configurando-se como manifestações socialmente reconhecidas que
procuram alcançar intenções comunicativas semelhantes, exercendo funções sociais específicas.
Cada gênero textual tem o seu próprio estilo e pode ser diferenciado dos demais por meio das suas
características. Algumas das características que determinam o gênero textual são o assunto, o papel
dos interlocutores e a situação. Graças à sua natureza, torna-se impossível definir a quantidade de
gêneros textuais existentes na língua portuguesa.
Antes de vermos mais detalhadamente alguns exemplos de gêneros textuais, é necessário abordar
alguns conceitos a fim de evitar possíveis confusões. Vejamos a seguir:
Gênero literário – Os gêneros textuais abrangem todos os tipos de texto, ao contrário dos gêneros
literários que, como o próprio nome já indica, aborda apenas os literários. O gênero literário é classifi-
cado de acordo com a sua forma, podendo ser do gênero dramático, lírico, épico, narrativo etc.
Tipo textual – É a forma como um texto se apresenta. Pode ser classificado como narrativo, argu-
mentativo, dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo.
Observe que, enquanto os tipos textuais variam entre 5 e 9 tipos, temos infinitos exemplos de gêne-
ros textuais.
Os Gêneros Textuais
Os gêneros textuais são inúmeros e cada um deles possui o seu próprio estilo de escrita e de estrutu-
ra. Confira alguns deles a seguir:
Conto maravilhoso;
Conto de fadas;
Fábula;
Carta pessoal;
Lenda;
Telefonema;
Poema;
Romance;
E-mail;
Manual de instruções;
Lista de compras;
Edital;
Conto;
Piada;
Relato;
Relato de viagem;
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Diário;
Autobiografia;
Curriculum vitae;
Notícia;
Biografia;
Relato histórico;
Texto de opinião;
Carta de leitor;
Carta de solicitação;
Editorial;
Ensaio;
Resenhas críticas;
Seminário;
Conferência;
Palestra;
Texto explicativo;
Relatório científico;
Receita culinária;
Regulamento;
Carta
Na carta pessoal, é comum encontrarmos uma linguagem pessoal e a presença de aspectos narrati-
vos ou descritivos. Já a carta aberta, destinada à sociedade, tende a ser do tipo dissertativo-
argumentativo.
Diário
É escrito em linguagem informal, consta a data e geralmente o destinatário é a própria pessoa que
está escrevendo.
Notícia
Como já foi dito, os gêneros textuais são inúmeros e, por isso, seria impossível estudá-los ao mesmo
tempo. Para produzir um bom texto em determinado gênero textual, é importante estudar as suas
características e ler alguns exemplos.
Os gêneros e os tipos textuais estão intrinsecamente relacionados, o que torna difícil a dissociação
entre as duas noções
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Você já deve ter ouvido falar sobre gêneros e tipos textuais, certo? Mas será que você sabe como
diferenciar essas duas noções?
Diferenciar gêneros e tipologias textuais não é tarefa fácil, contudo é importante que saibamos alguns
aspectos que possam defini-los para, dessa forma, facilitar nossos estudos. Vamos então à análise:
Gêneros Textuais
Os gêneros textuais são aqueles que encontramos em nossa vida diária, inclusive em nossos mo-
mentos de interação verbal. Quando nos comunicamos verbalmente, fazemos, intuitivamente, uso de
algum gênero textual.
Sendo assim, a língua, sob a perspectiva dos gêneros textuais, é compreendida por seus aspectos
discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais. Os gêneros privilegiam a funciona-
lidade da língua, ou seja, a maneira como os falantes podem dela dispor, e não seus aspectos estru-
turais. São inúmeros os gêneros textuais utilizados em nossas ações sociocomunicativas:
Telefonema
Carta comercial
Carta pessoal
Poema
Cardápio de restaurante
Receita culinária
Bula de remédio
Bilhete
Notícia de jornal
Romance
Edital de concurso
Piada
Carta eletrônica
Formulário de inscrição
Inquérito policial
História em quadrinhos
Entrevista
Biografia
Monografia
Aviso
Conto
Obra teatral
É importante ressaltar que os gêneros textuais são passíveis de modificação, pois devem atender
às situações comunicativas do cotidiano. Podemos destacar também que os gêneros atendem a ne-
cessidades específicas, que vão desde a elaboração do cardápio do restaurante à elaboração de
um e-mail. Novos gêneros podem surgir (ou desaparecer) de acordo com a demanda linguística dos
falantes.
Tipos Textuais
Os tipos textuais diferem dos gêneros textuais por serem limitados, abrangendo categorias conheci-
das como:
Narração
Argumentação
Exposição
Descrição
Injunção (imposição)
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
O termo Tipologia textual designa uma sequência definida pela natureza linguística de sua composi-
ção, ou seja, está relacionado com questões estruturais da língua, determinadas por aspectos lexi-
cais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal.
Apesar dessa tentativa arbitrária de diferenciação entre gêneros e tipos textuais – o tema costuma
provocar polêmica até mesmo entre linguistas –, é importante observar que essas duas noções estão
intrinsecamente relacionadas. Um texto narrativo (tipo textual) poderá contar com elementos descriti-
vos (gênero textual), e, para classificá-lo, a predominância de um elemento sobre o outro deve ser
observada, pois um texto pode ser tipologicamente variado.
Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos apresen-
tam em relação à linguagem e ao conteúdo.
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor
e receptor) de determinado discurso.
São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete
ou lista de supermercado.
É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter mais de
um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de ingredien-
tes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais dentro
das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais pe-
culiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e
injuntivo.
Texto Narrativo
Romance
Novela
Crônica
Contos de Fada
Fábula
Lendas
Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento.
Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam imagens a partir
das percepções sensoriais do locutor (emissor).
Diário
Biografia e autobiografia
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Notícia
Currículo
Lista de compras
Cardápio
Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argu-
mentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir
o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimen-
to), nova tese (conclusão).
Editorial Jornalístico
Carta de opinião
Resenha
Artigo
Ensaio
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como:
definição, conceituação, informação, descrição e comparação.
Seminários
Palestras
Conferências
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Enciclopédia
Verbetes de dicionários
Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo
que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na
maioria dos casos, verbos no imperativo.
Propaganda
Receita culinária
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Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos
Anedota
Blog
Reportagem
Charge
Carta
Declaração
Memorando
Bilhete
Relatório
Requerimento
ATA
Cartaz
Cartum
Procuração
Atestado
Circular
Contrato
Tipologia Textual
Quando falamos em tipos de textos, normalmente nos limitamos a tripartição, sob o enfoque tradicio-
nal: Descrição, Narração e Dissertação. Vamos um pouco mais além no intuito de conhecer um pou-
co mais sobre este assunto.
Texto Descritivo
A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado de uma pessoa, animal, objeto ou
lugar. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracteriza-
dora, dando ao leitor uma grande riqueza de detalhes.
A descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. È uma estrutura pictórica, em que os aspec-
tos sensoriais predominam. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas telas, o
autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Texto Narrativo
Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido num determinado
tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O
tempo verbal predominante é o passado.
Texto Dissertativo
Neste tipo de texto há posicionamentos pessoais e exposição de idéias. Tem por base a argumenta-
ção, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de vista. Assim, a disserta-
ção consiste na ordenação e exposição de um determinado assunto. É a nossa conhecida “redação”
de cada dia. É a modalidade mais exigida nos concursos, já que exige dos candidatos um conheci-
mento de leitura do mundo, como também um bom domínio da norma culta.
Está estruturada basicamente assim:
1. Idéia principal (introdução)
2. Desenvolvimento (argumentos e aspectos que o tema envolve)
3. Conclusão (síntese da posição assumida)
Texto Expositivo
Apresenta informações sobre determinados assuntos, expondo idéias, explicando e avaliando. Como
o próprio nome indica, ocorre em textos que se limitam a apresentar uma determinada situação.
As exposições orais ou escritas entre professores e alunos numa sala de aula, os livros e as fontes
de consulta, são exemplos maiores desta modalidade.
Texto Injuntivo
Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente pede, manda ou
aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados
no modo imperativo.
Bons exemplos deste tipo de texto são as receitas de culinária, os manuais, receitas médicas, editais,
etc.
Gêneros Textuais
Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No primeiro, eles funcionam como modos de
organização, sendo limitados. No segundo, são os chamados textos materializados, encontrados em
nosso cotidiano. Eles são muitos, apresentando características sócio-comunicativas definidas por seu
estilo, função, composição conteúdo e canal.
Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se envia ou recebe um e-mail ou usamos
o Orkut ou MSN, estamos utilizando diversos gêneros textuais.
Tipos Textuais
Descrição
Narração
Dissertação
Exposição
Injunção
Gêneros Textuais
Bilhete
Carta pessoal, comercial
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Sempre cai nas provas o assunto “Tipologia textual” (Tipos textuais) mas muita gente confunde
com “Gêneros Textuais” (gêneros discursivos).
Não.
Estas são duas classificações que recebem os textos que produzimos a longo de nossa vida, seja na
forma oral ou escrita.
Sendo que a primeira leva em consideração estruturas específicas de cada tipo, ou seja, seguem
regras gramaticais, algo mais formal.
Já a segunda preocupa-se não em classificar um texto por regras, mas sim levando em consideração
a finalidade do texto; o papel dos interlocutores; a situação de comunicação. São inúmeros os gêne-
ros textuais: Piada, conto, romance, texto de opinião, carta do leitor, noticia, biografia, seminário, pa-
lestras, etc.
Como dito anteriormente, são as classificações recebidas por um texto de acordo com as regras gra-
maticais, dependendo de suas características. São as classificações mais clássicas de um texto:
A narração, a descrição e a dissertação. Hoje já se admite também a exposição e a injunção. Ao
todo são 5 (cinco) tipos textuais.
Narração
Ao longo de nossa vida estamos sempre relatando algo que nos aconteceu ou aconteceu com outros,
pois nosso dia-a-dia é feito de acontecimentos que necessitamos contar/relatar. Seja na forma escrita
ou na oralidade, esta é a mais antiga das tipologias, vem desde os tempos das cavernas quando o
homem registrava seus momentos através dos desenhos nas paredes.
Narrar é contar uma história que envolve personagens e acontecimentos. São apresentadas ações e
personagens: O que aconteceu, com quem, como, onde e quando.
Exemplo:
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste! Vovó chamou-me cedo, ansiada como está, coitadinha
e disse: "Sei que você vai ser sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de sua avozi-
nha que lhe quer tanto". As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu larguei dos braços dela e
vim desengasgar-me aqui no meu quarto, chorando escondida.
Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e de
meus deveres e que eu não fui o que deveria ter sido para ela! Mas juro por tudo, aqui nesta hora,
que eu serei um anjo para ela e me dedicarei a esta avozinha tão boa e que me quer tanto.
Vou agora entrar no quarto para vê-la e já sei o que ela vai dizer: "Já estudou suas lições? Então vá
se deitar, mas antes procure alguma coisa para comer. Vá com Deus". Helena Morley
DESCRIÇÃO
a intenção deste tipo de texto é que o interlocutor possa criar em sua mente uma imagem do que está
sendo descrito. Podemos utilizar alguns recursos auxiliares da descrição. São eles:
A-) A enumeração:
Pela enumeração podemos fazer um “retrato do que está sendo descrito, pois dá uma ideia de au-
sência de ações dentro do texto.
B-) A comparação:
Quando não conseguimos encontrar palavras que descrevam com exatidão o que percebemos, po-
demos utilizar a comparação, pois este processo de comparação faz com que o leitor associe a ima-
gem do que estamos descrevendo, já que desperta referências no leitor. Utilizamos comparações do
tipo: o objeto tem a cor de ..., sua forma é como ..., tem um gosto que lembra ..., o cheiro parece com
..., etc.
Percebemos que até mesmo utilizando a comparação para poder descrever, estamos utilizando tam-
bém os cinco sentidos: Audição, Visão, Olfato, Paladar, Tato como auxílio para criação desta ima-
gem, proporcionando que o interlocutor visualize em sua mente o objeto, o local ou a pessoa descrita.
Por exemplo: Se você fosse descrever um momento de lazer com seus amigos numa praia. O que
você perceberia na praia utilizando a sua visão (a cor do mar neste dia, a beleza das pessoas à sua
volta, o colorido das roupas dos banhistas) e a sua audição (os sons produzidos pelas pessoas ao
redor, por você e pelos seus amigos, pelos ambulantes). Não somente estes dois, você pode utilizar
também os outros sentidos para caracterizar o objeto que você quer descrever.
Pode ser:
Objetiva: Predomina a descrição real do objeto, lugar ou pessoa descrita. Neste tipo de descrição
não há a interferência da opinião de quem descreve, há a tendência de se privilegiar o que é visto,
em detrimento do sujeito que vê.
Subjetiva: aparecem, neste tipo de descrição, as opiniões, sensações e sentimentos de quem des-
creve pressupondo que haja uma relação emocional de quem descreve com o que foi descrito.
- É um retrato verbal
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Exemplo:
“Ele era oito meses mais velho do que Liesel e tinha pernas ossudas, dentes afiado, olhos azuis es-
bugalhados e cabelos cor de limão. Como um dos seis filhos dos Steiner, estava sempre com fome.
Na rua Himmel, era considerado meio maluco ...”
Dissertação
Podemos dizer que dissertar é falar sobre algo, sobre determinado assunto; é expor; é debater. Este
tipo de texto apresenta a defesa de uma opinião, de um ponto de vista, predomina a apresentação
detalhada de determinados temas e conhecimentos.
Dissertar é expor os conhecimentos que se tem sobre um assunto ou defender um ponto de vista
sobre um tema, por meio de argumentos.
Estrutura da dissertação
EXPOSITIVA ARGUMENTATIVA
Predomínio da exposição, explica- Predomínio do uso de argumentos, visando
ção o convencimento, à adesão do leitor.
Conclusão Finalização do texto, com o encer- Retomada do ponto de vista para fechar o
ramento do que foi dito texto de modo mais persuasivo
Exemplo:
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
O advogado criminalista Dalio Zippin Filho explica por que é contrário à mudança na maioridade pe-
nal.
Diuturnamente o Brasil é abalado com a notícia de que um crime bárbaro foi praticado por um ado-
lescente, penalmente irresponsável nos termos do que dispõe os artigos 27 do CP, 104 do ECA e 228
da CF. A sociedade clama por maior segurança. Pede pela redução da maioridade penal, mas logo
descobrirá que a criminalidade continuará a existir, e haverá mais discussão, para reduzir para 14 ou
12 anos. Analisando a legislação de 57 países, constatou-se que apenas 17% adotam idade menor
de 18 anos como definição legal de adulto.
Se aceitarmos punir os adolescentes da mesma forma como fazemos com os adultos, estamos admi-
tindo que eles devem pagar pela ineficácia do Estado, que não cumpriu a lei e não lhes deu a prote-
ção constitucional que é seu direito. A prisão é hipócrita, afirmando que retira o indivíduo infrator da
sociedade com a intenção de ressocializá-lo, segregando-o, para depois reintegrá-lo. Com a redução
da menoridade penal, o nosso sistema penitenciário entrará em colapso.
Cerca de 85% dos menores em conflito com a lei praticam delitos contra o patrimônio ou por atuarem
no tráfico de drogas, e somente 15% estão internados por atentarem contra a vida. Afirmar que os
adolescentes não são punidos ou responsabilizados é permitir que a mentira, tantas vezes dita, trans-
forme-se em verdade, pois não é o ECA que provoca a impunidade, mas a falta de ação do Estado.
Ao contrário do que muitos pensam, hoje em dia os adolescentes infratores são punidos com muito
mais rigor do que os adultos.
Apresentar propostas legislativas visando à redução da menoridade penal com a modificação do dis-
posto no artigo 228 da Constituição Federal constitui uma grande falácia, pois o artigo 60, § 4º, inciso
IV de nossa Carta Magna não admite que sejam objeto de deliberação de emenda à Constituição os
direitos e garantias individuais, pois se trata de cláusula pétrea.
Exposição
Aqueles textos que nos levam a uma explicação sobre determinado assunto, informa e esclarece sem
a emissão de qualquer opinião a respeito, é um texto expositivo.
Neste tipo de texto são apresentadas informações sobre assuntos e fatos específicos; expõe ideias;
explica; avalia; reflete. Tudo isso sem que haja interferência do autor, sem que haja sua opinião a
respeito. Faz uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. A maioria dos verbos está no presente do
indicativo.
Injunção
Os textos injuntivos estão presentes em nossa vida nas mais variadas situações, como por exemplo
quando adquirimos um aparelho eletrônico e temos que verificar manual de instruções para o funcio-
namento, ou quando vamos fazer um bolo utilizando uma receita, ou ainda quando lemos a bula de
um remédio ou a receita médica que nos foi prescrita. Os textos injuntivos são aqueles textos que nos
orientam, nos ditam normas, nos instruem.
Como são textos que expressão ordem, normas, instruções tem como característica principal a utili-
zação de verbos no imperativo. Pode ser classificado de duas formas:
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
Um dos grandes desafios dos professores é como fazer um planejamento capaz de levar a turma a
um ano de muita aprendizagem. No livro Ler e Escrever na Escola, o Real, o Possível e o Necessá-
rio (128 págs., Ed. Penso, tel. 0800-703- 3444, 46 reais), Delia Lerner diz que "o tempo é um fator de
peso na instituição escolar: sempre é escasso em relação à quantidade de conteúdos fixados no pro-
grama, nunca é suficiente para comunicar às crianças tudo o que desejaríamos ensinar-lhes em cada
ano escolar". E a constatação não poderia ser mais realista.
Escolher quais conteúdos abordar e de que maneira são questões fundamentais para o sucesso do
trabalho que será realizado ao longo do ano. A tarefa é complexa, mas há algumas orientações es-
senciais que ajudam nesse processo. "Um bom planejamento é aquele que dialoga com o projeto
político-pedagógico (PPP) da escola e está atrelado a uma proposta curricular em que há desafios,
de forma que exista uma progressão dos alunos de um estado de menor para um de maior conheci-
mento", orienta Beatriz Gouveia, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá. "Tendo claras as
diretrizes anuais, o docente pode desdobrá-las em propostas trimestrais (ou bimestrais) e semanais,
organizadas para dar conta do que foi previsto", complementa Ana Lúcia Guedes Pinto, professora da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Faz-se necessário criar situações didáticas variadas, em que seja possível retomar os conteúdos
abordados em diversas oportunidades. Isso pressupõe um planejamento que contenha diferentes
modalidades organizativas: projetos didáticos, atividades permanentes e sequências didáticas.
Confira, a seguir, as respostas a dez perguntas imprescindíveis para planejar e implementar boas
sequências didáticas.
As sequências sempre são parte de um planejamento didático maior, em que você coloca o que es-
pera dos estudantes ao longo do ano. A escolha dos temas de cada proposta não pode ser aleatória.
Se, por exemplo, seu objetivo for desenvolver bons leitores, precisa pensar qual desafo em relação à
leitura quer apresentar à classe. Com base nele, procure os melhores gêneros textuais para traba-
lhar. "É preciso organizar as ações de modo que exista uma continuidade de desafos e uma diversi-
dade de atividades", explica Beatriz. Converse com o coordenador pedagógico e com os outros do-
centes, apresente suas ideias e ouça o que têm a dizer. Essa troca ajudará a preparar um planeja-
mento eficiente.
A sondagem é fundamental a todo o trabalho por ser o momento em que são levantados os conheci-
mentos da turma. Muitas vezes, os professores acham que perguntar "o que vocês sabem sobre..." é
suficiente para ter respostas, mas não é bem assim. Essa etapa inicial já configura uma situação de
aprendizagem e precisa ser bem planejada. Em vez da simples pergunta, o melhor é colocar o aluno
em contato com a prática. No caso de uma sequência sobre dinossauros, por exemplo, distribua li-
vros, revistas e imagens sobre o tema aos alunos, proponha uma atividade e passe pelos grupos
para observar como se saem. Não se preocupe se precisar de mais de uma aula para realizar a pri-
meira sondagem.
Conteúdo é o que você vai ensinar e objetivo o que espera que as crianças aprendam. Se, por exem-
plo, sua proposta for trabalhar com a leitura de contos de aventura, precisa parar e pensar o que es-
pecificamente quer que a turma saiba após terminar a sequência. "Pode ser comportamento leitor do
gênero, característica da linguagem", exemplifica Beatriz. De nada adianta defnir um conteúdo e en-
xertar uma série de objetivos desconexos ou criar uma sequência com muitos conteúdos. Como es-
creve Myriam Nemirovsky no livro O Ensino da Linguagem Escrita (159 págs., Ed. Artmed, 0800-703-
3444, edição esgotada), "abranger uma ampla escala de conteúdos e crer que cada um deles gera
aprendizagem significa partir da suposição de que é possível conseguir aprendizagem realizando
atividades breves e esporádicas. Porém, isso está longe de ser assim".
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
Definido o que você vai ensinar e o que quer que a turma aprenda, é hora de pensar nas estratégias
que vai usar para chegar aos resultados. Vale detalhar esse "como fazer" nas atividades da sequên-
cia, que nada mais são que orientações didáticas. O melhor, nesse momento, é analisar cada um dos
conteúdos que se propôs a trabalhar, relembrar seus objetivos e ir desdobrando-os em ações concre-
tas. "Para que a classe conheça as características de determinado gênero, por exemplo, posso pen-
sar em itens como: leituras temáticas, análises de textos de referência, análise de alguns trechos
específicos e verificação do que ficou claro para a turma", sugere Beatriz. Cada atividade tem de ser
planejada com intencionalidade, tendo os objetivos e conteúdos muito claros e sabendo exatamente
aonde quer chegar.
Quando você pensa nas ações de uma sequência didática, já tem na cabeça uma primeira ideia de
ordem lógica para colocá-las. Para que essa organização dê resultado, lembre-se de pensar em
quais conhecimentos a classe precisa para passar de uma atividade para a seguinte (considerando
sempre que os alunos têm necessidades de aprendizagem diversas). Como escreve Myriam, "a se-
quência didática será constituída por um amplo conjunto de situações com continuidade e relações
recíprocas". Quanto mais você sabe sobre a prática, as condições didáticas necessárias à aprendiza-
gem e como se ensina cada conteúdo, mais fácil é para fazer esse planejamento. Se ainda não tiver
muita experiência, não se preocupe. Pode fazer uma primeira proposta e ir vendo quais ações têm de
ser antecipadas ou postergadas.
A resposta a essa pergunta não está relacionada à quantidade de tarefas que você vai propor, mas à
complexidade dos conteúdos e objetivos que tem em mente. Para saber a duração de uma sequên-
cia, leve em conta o que determinou que os alunos aprendam e quanto isso vai demorar. Cada ação
pode exigir mais ou menos tempo de sala de aula. "Repertoriar uma criança em um gênero, por
exemplo, demanda mais horas do que uma sequência de fluência leitora", diz Beatriz. É importante,
também, pensar em como essa sequência se encaixa na grade horária da escola e como se relaciona
com as demais ações que estão sendo realizadas com as crianças. Se, por exemplo, você tem duas
aulas por semana, as propostas vão demorar mais do que se tivesse três. "Organize o tempo de mo-
do que seja factível realizar todas as atividades previstas", orienta Ana Lúcia.
"No curso de cada sequência se incluem atividades coletivas, grupais e individuais", escreve Delia.
Cada uma funciona melhor para uma intenção específica. "Você propõe uma atividade no coletivo
quando quer estabelecer modelos de comportamentos e procedimentos", explica Beatriz. Ao partici-
par de um grupo e trocar com os colegas, a criança tem aprendizados que são úteis quando ela for
trabalhar sozinha. Já uma atividade em dupla é interessante quando quiser que o aluno tenha uma
interação mais focada, apresentando suas hipóteses e confrontando-as com o outro. As propostas
individuais, por sua vez, permitem à criança pôr em xeque os conhecimentos que construiu. Essas
organizações são critérios didáticos que precisam ser pensados com base nos objetivos da cada
etapa e nas características da classe.
É bem provável que você tenha, na turma, crianças com necessidades educacionais especiais (NEE).
E elas não podem ficar de fora do planejamento. Procure antecipar quais ajustes podem ser necessá-
rios para que elas participem das propostas. As adaptações não devem ser vistas como um plano
paralelo, em que o aluno é segregado ou excluído. A lógica tem que ser o contrário: diferenciar os
meios para igualar os direitos, principalmente o direito à participação e ao convívio. O ideal é que a
escola conte com um profissional de Atendimento Educacional Especializado (AEE), que ajude você
nessa tarefa, orientando-o sobre como atuar em classe e complementando a prática na sala de re-
cursos. A inclusão não é obrigação apenas dos professores, mas de toda a escola.
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TIPOLOGIAS E GENEROS TEXTUAIS
A avaliação pode ser feita de diferentes formas. A pergunta principal que você tem de responder, ao
final de uma sequência, é se os alunos avançaram de um estado de menor para um de maior conhe-
cimento sobre o que foi ensinado. Para isso, vale registrar os progressos de cada estudante, obser-
vando como ele se sai nas atividades, desde a sondagem inicial - que já é uma situação de aprendi-
zagem - até a etapa final. Ao analisar esses registros, fica fácil entender quais foram os avanços dos
alunos. Aliado a isso, pense em atividades avaliativas propriamente ditas, como provas e trabalhos.
Essas propostas precisam estar diretamente ligadas ao que você ensinou na sala de aula. Retome os
objetivos propostos e prepare uma consigna na qual fiquem claros os saberes que estão sendo pedi-
dos aos estudantes.
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SINTAXE
Sintaxe
1. OBJETO DIRETO
Para Identificar o
OBJETO DIRETO
faça a pergunta
VERBO + O quÊ?
Quem?
VOZ ATIVA
Como você percebeu, o objeto liga-se ao verbo sem auxílio da preposição. Entretanto, há casos em
que ele admite a construção com o conectivo preposicional, sendo denominado, então, de objeto
direto preposicionado.
quando o objeto direto é constituído por nomes próprios ou comuns principalmente com verbos que
expressem sentimentos. Ex.:
quando o objeto direto é constituído por pronome indefinido, que se refira a pessoa, ou pronome de
tratamento. Ex.:
Note que, se não houvesse a preposição diante do objeto, não se poderia identificar qual o sujeito:
o filho emocionado; e qual o objeto: ao pai.
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SINTAXE
2. Objeto Indireto
Para Identificar o
OBJETO INDIRETO
faça a pergunta
VERBO + A quÊ(M)?
DE Que(m)?
EM QUE(M)?
Observação
O objeto indireto pode ser representado também pelos pronomes oblíquos lhe, lhes, me, te, nos, vos,
de acordo com a transitividade verbal.
3. Complemento Nominal
Assim como os verbos, certos nomes também são transitivos, necessitando de um termo que os
complete.
O substantivo medo é completado pelo termo de você que constitui o complemento nominal.
Completar o Sentido de Um
• Substantivo
• adjetivo
• Advérbio
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SINTAXE
4. Agente Da Passiva
Para Identificar o
AGENTE DA PASSIVA
faça a pergunta
VOZ PASSIVA
1. Objeto direto: é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo direto sem
necessitar de preposição.
Exemplo:
Exemplo:
Se o objeto direto for representado por uma oração, haverá oração substantiva objetiva direta. É
substantiva porque somente o substantivo pode exercer a função de objeto direto.
Exemplo:
2. Objeto indireto: é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo indire-
to necessitando de preposição.
Exemplo:
Se o objeto indireto for representado por uma oração, haverá oração substantiva objetiva indireta.
É substantiva porque somente o substantivo pode exercer a função de objeto indireto.
Exemplo:
Concordo (com) que você trabalhe. (Observe que a preposição com está subentendida.)
a) um substantivo:
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SINTAXE
Exemplo:
b) um pronome substantivo:
Exemplo:
c) um numeral:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Os pronomes oblíquos geralmente assumem a função de complementos verbais (objeto direto e obje-
to indireto). Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando complementos do verbo, funcionam como
objeto direto. Os pronomes lhe, lhes funcionam como objeto indireto. Os demais pronomes oblíquos
(me, te, se, nos, vos) podem exercer a função de objeto direto ou de objeto indireto.
Para substituir o objeto direto de 3ª pessoa, devemos usar as formas o (s), a (s), lo (s), la (s), no (s),
na (s). Nunca a forma lhe (s).
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SINTAXE
As formas pronominais o e a variam para -lo e -la, quando estiverem colocadas depois de verbos que
terminem com as letras r, s, z. Neste caso, eliminam-se tais letras. Mas lembre-se que no falar diário
tais formas não são usadas; fica muito pedante. Devemos conhecer estes usos apenas para aplicá-
los a uma linguagem especial, culta.
Exemplo:
Esta é a casa de meus sonhos. Vou comprá-la, sem dúvida. Reformá-la-ei para meu próprio uso.
Meus empregados preparam-na para meu conforto.
2. As formas pronominais -no e -na são usadas depois de verbos que terminem em sons nasais, ou
seja, em am, em, ão ou õe.
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SINTAXE
O pronome lhe nunca substitui objeto direto! Ele é usado para substituir o objeto indireto.
Exemplo:
Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos e vos tanto podem exercer a função de objeto direto
quanto a de objeto indireto. Isto depende da regência verbal, ou seja, é necessário perceber a exi-
gência do verbo. Todavia, fica fácil identificar essas funções. Vamos aplicar um "jeitinho" infalível? Na
dúvida, retire o pronome oblíquo e em seu lugar use a expressão "o garoto" para identificar o objeto
direto e "ao garoto", para identificar o objeto indireto.
Exemplos:
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SINTAXE
Observação:
Você pode aplicar essa substituição para descobrir a função sintática de qualquer pronome deste
grupo.
Como estudamos anteriormente, o objeto direto é o termo da oração que completa a significação de
um verbo transitivo direto sem necessitar de uma preposição.
Há casos em que o objeto pode ser antecedido por uma preposição. Esta, porém, não é obrigatória.
Exemplos:
Lembre-se que o objeto indireto é complemento do verbo transitivo indireto. Já o objeto direto prepo-
sicionado é complemento de verbo transitivo direto.
Objeto Pleonástico
Muitas vezes, com o objetivo de dar ênfase, é antecipado o objeto, colocando-o no início da frase e,
depois ele é repetido através de um pronome oblíquo. Objeto pleonástico é o nome dado a esse
objeto repetido.
Exemplos:
Quando o objeto direto for representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo que
ele completa, receberá o nome de objeto direto interno.
Exemplos:
Observação:
O núcleo do objeto direto interno deverá estar sempre especificado por um adjunto; caso contrário,
pode haver pleonasmo.
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SINTAXE
Orações Coordenadas
As orações coordenadas não exercem função sintática umas em relação às outras, ou seja, não
apresentam dependência entre elas.
Como pode-se observar, as orações são independentes do ponto de vista sintático e estão relaciona-
das através da conjunção e.
As orações coordenadas podem ser classificadas em assindéticas, quando não são introduzidas por
conjunção, ou sindéticas, quando são introduzidas por conjunção. Essas ainda são divididas em
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
Orações Subordinadas
Normalmente são introduzidas por conjunções subordinadas integrantes e podem fazer o papel de
um substantivo nos períodos. Elas são classificadas de acordo com a sua função: subjetiva, completi-
va nominal, predicativa, apositiva, objetiva direta e objetiva indireta.
Essas orações exercem a função de adjunto averbial em relação ao verbo da oração princial. Elas
são classificadas em nove tipos: causais, consecutivas, comparativas, condicionais, conformativas,
concessivas, finais, proporcionais e temporais.
A seção com a qual você se depara neste momento diz respeito às orações coordenadas e orações
subordinadas. Pois bem, sem nenhuma dúvida, tal fato linguístico o (a) faz relembrar algo: período
composto.
Ora, se se trata de um período, obviamente que nele há duas orações, e éexatamente no estudo
delas que reside todo o conhecimento que a partir de agora você irá adquirir. Nesse sentido, gostarí-
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SINTAXE
amos - ainda que de forma superficial- que você se atentasse para os dois exemplos que abaixo se
mostram evidentes:
Em termos de construção sintática, não precisamos ir muito além para constatarmos que as duas
orações não mantêm entre si nenhuma relação de dependência para que se tornem decifráveis,
completas. Isso significa dizer que se classificam como orações coordenadas.
Em se tratando dos elementos sintáticos, não podemos afirmar que tais orações se assemelham às
coordenadas, haja vista que a primeira oração (assim que ela chegou) apresenta uma relação de
dependência para com a segunda – o que significa afirmar que se classificam como orações subordi-
nadas.
Sinais de Pontuação
Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem
como têm a função de desempenhar questões de ordem estílica. São eles: o ponto (.), a vírgula (,),
o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?),
as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).
Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período. O
ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.
Exemplos:
Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e resolvi ligar e
pedir perdão.
Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos historiadores.
Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o significado
quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve para separar termos
com a mesma função sintática, bem como para separar o aposto e o vocativo.
Exemplos:
Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas vegetarianas. (aposto)
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para separar uma
relação de elementos.
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais longa
que a vírgula e ora mais breve que o ponto.
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SINTAXE
Exemplos:
Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam igualmente.
Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para iniciar uma
enumeração.
Exemplos:
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam senti-
mentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.
Exemplos:
Que horror!
Ganhei!
O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases diretas ou
indiretas-livre.
Exemplos:
Reticências (...)
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai muito
mais além do que está expresso na frase.
Exemplos:
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar citações de
obras.
Exemplos:
Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do
meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."
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SINTAXE
Parênteses ( ( ) )
Exemplos:
Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem como para
substituir os parênteses ou dupla vírgula.
Exemplos:
Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora pois teremos
problemas mais tarde.
Agora que você já conhece os sinais e as regras de pontuação, conheça também a Acentuação Grá-
fica.
Eu li;
Ele leu;
Nós lemos;
Eles leram.
O vizinho novo;
A vizinha nova;
Os vizinhos novos;
As vizinhas novas.
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome: sou eu que quero, somos nós que
queremos, são eles que querem.
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SINTAXE
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3.ª pessoa do singular:
sou eu quem quero, sou eu quem quer.
Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3.ª pessoa do singular. Contudo, o uso da
3.ª pessoa do plural é igualmente aceitável: a maioria das pessoas quer, a maioria das pessoas que-
rem.
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do plural: um dos que ouviram, um dos
que estudarão, um dos que sabem.
O verbo pode estabelecer concordância com a 3.ª pessoa do singular ou do plural: nem um nem outro
veio, nem um nem outro vieram.
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma vez que não possui um
sujeito: havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.
O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função de sujeito paciente, po-
dendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se casas.
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular quando a frase é formada por
verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos: precisa-se de funcionário, precisa-se de funci-
onários.
O verbo no infinitivo sofre flexão sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o
sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira: é para eles lerem, acho ne-
cessário comprarmos comida, eu vi eles chegarem tarde.
O verbo no infinitivo não sofre flexão quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da
segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e
com verbos imperativos:
Eles querem comprar, passamos para ver você, eles estão a ouvir.
O verbo estabelece concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no plural:
isto é uma mentira, isto são mentiras; quem é você, quem são vocês.
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o pronome pessoal: ela é simpática,
ele é simpático, elas são simpáticas, eles são simpáticos.
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SINTAXE
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o substantivo que está mais próximo:
caderno e caneta nova, caneta e caderno novo. Pode também estabelecer concordância com a forma
no masculino plural: caneta e caderno novos, caderno e caneta novos.
Quando há dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular apenas se hou-
ver um artigo entre os adjetivos. Sem a presença de um artigo, o substantivo deverá ser escrito no
plural: o escritor brasileiro e o chileno, os escritores brasileiro e chileno.
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando possuem
função de adjetivo: comi meio chocolate, comi meia maçã, há bastante procura, há bastantes pedi-
dos, vi muitas crianças, vi muitos adultos.
A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou como adjetivo: menos
tristeza, menos medo, menos traições, menos pedidos.
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo: resultados ane-
xos, informações anexas, as próprias pessoas, o próprio síndico, ele mesmo, elas mesmas.
Com a expressão um e outro, o adjetivo deverá ser sempre escrito no plural, mesmo que o substanti-
vo esteja no singular: um e outro aluno estudiosos, uma e outra pergunta respondidas.
Você sabe o que é sintaxe? A área da gramática que estuda a relação entre as palavras na oração e
no discurso subdivide-se em sintaxe de concordância, regência e colocação.
A sintaxe é a área da gramática que se ocupa do estudo da disposição das palavras na frase e das
frases quando inseridas em um discurso. Diz-se que um texto está sintaticamente correto quando as
frases estabelecem relação lógica entre si, ou seja, os elementos de uma oração estão dispostos de
maneira que nos permita compreender o conteúdo de determinada mensagem. Mesmo que não saiba
– ou não soubesse – o que é sintaxe, você é capaz de produzir enunciados que obedeçam às suas
regras, já que a finalidade da comunicação é produzir discursos inteligíveis, cujo significado seja
acessível e compreensível. Observe:
Ontem choveu bastante. As ruas ficaram alagadas e o trânsito ficou congestionado em vários pontos
da cidade
ou
Bastante choveu ontem. Alagadas ficaram ruas o congestionado ficou trânsito e o cidade da em pon-
tos vários?
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SINTAXE
Entre as orações acima, qual das duas você seria capaz de produzir? A primeira, não é verdade?
Ambas são compostas pelas mesmas palavras, mas uma delas ficou privada de inteligibilidade (a
segunda) porque seus elementos não foram sintaticamente bem-dispostos, tornando-a agramatical.
Por isso a importância da sintaxe: instrumento indispensável para a correta combinação das palavras
nas orações.
Pensando em sintaxe, falemos sobre suas subdivisões: a sintaxe de concordância, regência e co-
locação. Você sabe para que serve cada uma delas? Vamos conhecer um pouco mais sobre a língua
portuguesa e sua gramática? Fique atento à explicação e bons estudos!
A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode ser
verbal ou nominal. Observe os exemplos:
► Concordância Verbal:
ou
A primeira opção é aquela que estabelece correta combinação entre o verbo e o sujeito. Se o sujeito
(alunos = eles) está no plural, o verbo da oração deverá ser flexionado na terceira pessoa do plural:
eles 'ficaram'.
► Concordância Nominal:
ou
A sintaxe de regência ocupa-se do estudo dos tipos de ligação existentes entre um verbo (regência
verbal) ou nome e seus complementos (regência nominal). Dessa maneira, haverá os termos regen-
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SINTAXE
tes, aqueles que precisam de um complemento, e os termos regidos, aqueles que complementam o
sentido dos termos regentes.
► Regência Verbal:
A regência verbal ocupa-se do estudo da relação estabelecida entre os verbos e os termos que os
complementam ou caracterizam. Estudá-la nos permite aprimorar nossa capacidade expressiva, pois
a partir da análise de uma preposição um mesmo verbo pode assumir diferentes significados. Obser-
ve:
► Regência Nominal:
A regência nominal estuda a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os
termos por ele regidos. É a partir da análise da preposição que essa relação será construída. Obser-
ve os exemplos:
Na regência nominal é interessante observar que alguns nomes apresentam o mesmo regime dos
verbos de que derivam: se você conhece o regime de um verbo, conhecerá também o regime dos
nomes cognatos, ou seja, dos nomes que têm a mesma raiz ou origem etimológica:
A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos átonos, embora possam ser dispostos de
maneira livre, possuem uma posição adequada na oração. Quando há liberdade de posição desses
termos, o enunciado poderá assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é bem-vindo.
Existem três possíveis colocações para os pronomes oblíquos átonos:
► Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito
do indicativo. O pronome surge intercalado ao verbo.
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SINTAXE
Sinônimos e Antônimos
Sinônimos
Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia” (nome),
ou seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou mesmo semelhante a ele. Não obs-
tante, a sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possu-
em significado ou sentido semelhante, sendo muito utilizadas nas produções dos textos, uma vez que
a repetição das palavras empobrece o conteúdo.
Tipos de Sinônimos
Embora, muito estudiosos da área advogam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor
semântico idêntico), posto que para eles, cada palavra possui um significado distinto; de acordo com
a aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de duas maneiras:
Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico
e vocabulário; morrer e falecer; após e depois.
Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados semelhantes e não idênti-
cos, por exemplo: feliz e alegre; cidade e município; córrego e riacho.
Exemplos de Sinônimos
Adversário e antagonista
Adversidade e problema
Alegria e felicidade
Alfabeto e abecedário
Ancião e idoso
Apresentar e expor
Belo e bonito
Brado e grito
Bruxa e feiticeira
Calmo e tranquilo
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SINTAXE
Carinho e afeto
Carro e automóvel
Cão e cachorro
Casa e lar
Contraveneno e antídoto
Diálogo e colóquio
Encontrar e achar
Enxergar e ver
Extinguir e abolir
Gostar e estimar
Importante e relevante
Longe e distante
Moral e ética
Oposição e antítese
Percurso e trajeto
Perguntar e questionar
Saboroso e delicioso
Transformação e metamorfose
Translúcido e diáfano
Antônimos
Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e
“onymia” (nome). A antonímia é o ramo da semântica que se debruça nos estudos sobre as palavras
antônimas. Do mesmo modo que os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos estilísti-
cos na produção dos textos.
Exemplos de Antônimos
Aberto e fechado
Alto e baixo
Amor e ódio
Ativo e inativo
Bendizer e maldizer
Bem e mal
Bom e mau
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SINTAXE
Bonito e feio
Certo e errado
Doce e salgado
Duro e mole
Escuro e claro
Forte e fraco
Gordo e magro
Grosso e fino
Grande e pequeno
Inadequada e adequada
Ordem e anarquia
Pesado e leve
Presente e ausente
Progredir e regredir
Quente e frio
Rápido e lento
Rico e pobre
Rir e chorar
Sair e entrar
Seco e molhado
Simpático e antipático
Soberba e humildade
Sozinho e acompanhado
A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa do
discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre os
significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus signi-
ficados.
Sinonímia: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que
possuem significado ou sentido semelhante.
Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia.
Estas palavras são chamadas de sinônimos.
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SINTAXE
adversário e antagonista;
translúcido e diáfano;
semicírculo e hemiciclo;
contraveneno e antídoto;
moral e ética;
colóquio e diálogo;
transformação e metamorfose;
oposição e antítese.
Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe
ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.
bendizer e maldizer;
simpático e antipático;
progredir e regredir;
concórdia e discórdia;
ativo e inativo;
esperar e desesperar;
comunista e anticomunista;
simétrico e assimétrico.
Parônimos e Homônimos
Palavras que possuem a mesma grafia e som, porém com significados diferentes, são caracterizadas
como parônimos e homônimos.
Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia, porém se
constituem de significados diferentes.
E por falar em significado, cabe-nos ressaltar que esse é um fator preponderante na construção de
nossos discursos – na oralidade e, principalmente, na escrita.
Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja equivocado, é essencial
dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos enunciados, tais como a prática constante
da leitura, o uso de um bom dicionário, enfim, o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para
o aprimoramento da competência linguística.
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SINTAXE
Homônimos
São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao som) ou igualdade gráfi-
ca (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada essa particularidade, temos que os ho-
mônimos se subdividem em três grupos.
Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no significado. Veja-
mos alguns exemplos:
Homófonos – São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no significado. São
exemplos:
Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes no significa-
do. Observemos alguns exemplos:
Parônimos
São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos alguns
casos:
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SINTAXE
Um poema é constituído de verso e estrofe, seus versos podem apresentar ou não rima.
Por tratar-se de texto poético, nada mais sugestivo que admirarmos a beleza da poesia retratada a
seguir:
Soneto
Esteticamente, percebemos que se trata de um soneto, uma vez que o mesmo é constituído por qua-
tro estrofes, sendo que uma possui quatro versos e a outra, três versos.
Verso - É cada linha poética. Como o soneto é uma forma fixa, há sempre quatorze versos.
Estrofe - É o conjunto de versos. Como já foi mencionado, o soneto é formado por dois quartetos
(estrofe com quatro versos) e dois tercetos (estrofes com três versos).
Os versos de uma poesia podem ter rima, ou seja, semelhança sonora entre as palavras, seja no final
ou no meio dos versos (rima interna).
Emparelhadas
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SINTAXE
Encadeadas
Não só o número de versos, estrofes e a presença de rimas que são fatores preponderantes numa
poesia, mas também outros elementos formais, tais como: Métrica (medida dos versos)
e Ritmo (alternância de sílabas quanto à intensidade).
É importante sabermos que existem poemas escritos com ou sem rima, e com ou sem regularidade
métrica. Os versos sem métrica regular (possuem tamanhos diferentes) são versos livres, e os ver-
sos soltos, sem rima entre si, são chamados de versos brancos.
Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabe-
lece relação entre duas orações.
Como se pode perceber, o que, nessa frase, está substituindo o termo professor e está relacionando
a segunda oração com a primeira.
Variáveis Invariáveis
O qual, a qual Que (quando equivale a o qual e flexões)
Os quais, as quais Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Cujo, cuja Onde (quando equivale a no qual e flexões)
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas
3. O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo classificado como pronome relativo
indefinido.
5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser em-
pregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.
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SINTAXE
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, os, as.
7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com prepo-
sições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivalente a do qual, de que, de quem.
Deve concordar com a coisa possuída.
9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os pro-
nomes indefinidos tudo, todos ou todas.
10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual.
a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser usado sem anteceden-
te.
b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a para onde, sendo re-
sultado da combinação da preposição a + onde.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem
mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo particula-
ridades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o pensamen-
to de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam sonoridade de vocá-
bulos e frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura gra-
matical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de linguagem costumam
ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de palavras ou semânticas.
Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos estilísticos da linguagem utilizados para dar maior ênfase às
palavras ou expressões da língua, sendo classificadas de acordo com as características que querem
expressar, a saber:
Figuras de Pensamento: estas figuras de linguagem estão relacionadas ao significado (campo se-
mântico) das palavras, por exemplo: ironia, antítese, paradoxo, eufemismo, litote, hipérbole, gradação,
prosopopeia e apóstrofe.
Figuras de Palavras: semelhantes às figuras de pensamento, elas também alteram o nível semântico
(significado das palavras), por exemplo: metáfora, metonímia, comparação, catacrese, sinestesia e
antonomásia.
Figuras de Som: nesse caso, as figuras estão intimamente relacionada com a sonoridade, por exem-
plo: aliteração, assonância, onomatopeia e paranomásia.
Figuras de Sintaxe: também chamadas de “Figuras de construção”, estão relacionadas com a estrutu-
ra gramatical da frase, as quais modificam o período, por exemplo: elipse, zeugma, hipérbato, anacolu-
to, anáfora, elipse, silepse, pleonasmo, assíndeto e polissíndeto.
Figuras de Linguagem são recursos estilísticos usados para dar maior ênfase à comunicação e torná-la
mais bonita.
Figuras de pensamento
Figuras de Palavras
Metáfora
Comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica subentendido na
frase.
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Na semântica, a metáfora representa uma das figuras de linguagem, ou seja, recursos linguísticos-
semânticos utilizados em diversos contextos a fim de dar mais ênfase aos enunciados.
Assim, a metáfora, considerada uma figura de palavra, utiliza os termos no sentido denotativo e os
transforma no modo figurado (conotativo), afim de estabelecer uma analogia (comparação metafórica),
tendo em vista a relação de semelhança entre eles.
Do grego, a palavra “metáfora” (metáfora) é formada pelos termos “metá” (entre), e “pherō” (carregar)
que significa transporte, transferência, mudança.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Da língua latina a palavra metáfora, representa a união dos termos “meta” (algo) e “phora” (sem senti-
do), no sentido literal é "algo sem sentido".
De acordo com estudos linguísticos, a metáfora é uma das figuras de linguagem mais utilizadas cotidi-
anamente.
Comparação
Comparação explícita. Ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação
(como, assim, tal qual).
A comparação (ou símile) é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de palavras.
Ela é determinada por meio da relação de similaridade, ou seja, pela comparação de dois termos ou
ideias num enunciado.
Geralmente, é acompanhada de elementos comparativos (conectivos): com, como, tal qual, tal como,
assim, tão, quanto, parece, etc.
É muito comum o emprego da comparação na linguagem informal (coloquial) e nos textos artísticos,
por exemplo, na música, na literatura e no teatro.
Exemplos
Para compreender melhor a figura de linguagem comparação, confira abaixo alguns exemplos na litera-
tura e na música:
“É que teu riso penetra n'alma/Como a harmonia de uma orquestra santa.” (Castro Alves)
“Meu amor me ensinou a ser simples como um largo de igreja.” (Oswald de Andrade)
“Meu coração tombou na vida/tal qual uma estrela ferida/pela flecha de um caçador”. (Cecília Meire-
les)
“Eu faço versos como quem chora/De desalento... de desencanto...” (Manuel Bandeira)
“A vida vem em ondas,/como um mar/Num indo e vindo/infinito.” (Música “Como uma onda” de Lulu
Santos)
“Avião parece passarinho/Que não sabe bater asa/Passarinho voando longe/Pareceborboleta que
fugiu de casa.” (Música “Sonho de uma flauta” de Teatro Mágico)
Comparação e Metáfora
É muito comum haver confusão entre as figuras de palavras: comparação e metáfora. Apesar de am-
bas utilizarem uma analogia entre termos, elas são diferentes.
Enquanto na metáfora ocorre uma comparação entre dois termos de forma implícita, na comparação
ela acontece de maneira explícita.
Importante ressaltar que a metáfora não utiliza um elemento comparativo, o qual surge na comparação.
Exemplos:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Metonímia
Na semântica, a metonímia é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de palavra, as
quais são largamente utilizadas para dar ênfase aos discursos.
Dessa maneira, a metonímia é um recurso linguístico-semântico que substitui outro termo segundo a
relação de contiguidade e/ou afinidade estabelecida entre duas palavras, conceitos, ideias, por exem-
plo:
Do grego, a palavra "metonímia" (metonymía) é constituída pelos termos “meta” (mudança) e “onoma”
(nome) que literalmente significa “mudança de nome”.
Exemplos de Metonímia
A metonímia pode ocorrer de inúmeras maneiras sendo as mais comum os casos abaixo:
Causa pelo efeito: Consegui comprar a televisão com meu suor. (trabalho)
Inventor pelo Invento: Meu pai me presenteou com um Ford. (inventor da marca Ford: Henri Ford)
Marca pelo produto: Meu pai adora tomar Nescau com leite. (chocolate em pó)
Singular pelo plural: O cidadão foi às ruas lutar pelos seus direitos. (vários cidadãos)
Concreto pelo abstrato: Natália, a melhor aluna da classe, tem ótima cabeça. (inteligência)
Catacrese
Emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, em-
barcar é o utilizado.
A catacrese é uma figura de linguagem que representa um tipo de metáfora de uso comum que, com o
passar do tempo, foi desgastada e se cristalizou.
Isso porque ao utilizarmos tanto determinada palavra, não notamos mais o sentido figurado expresso
nela. Por exemplo: O pé da cadeiraestá quebrado.
O exemplo acima nos leva a pensar no sentido denotativo e conotativo das palavras. Ou seja, a cadeira
não possui um “pé”, que no sentido denotativo é uma extremidade do membro inferior encontrada nos
animais terrestres.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Lembre-se que o sentido denotativo é aquele encontrado nos dicionários, o qual representa o conceito
“real” da palavra. No exemplo acima, o pé da cadeira está no sentido conotativo (ou figurado) da pala-
vra.
Sendo assim, a catacrese é um tipo especial de metáfora que já foi incorporada por todos os falantes
da língua.
Mas, por ser uma expressão muito utilizada e, portanto, desgastada, estereotipada, viciada e pouco
original, ela é considerada uma catacrese.
Nesse sentido, utilizamos essa figura de linguagem por meio da aproximação ou semelhança da forma
de tal objeto.
Assim, a catacrese faz uma comparação e usa um determinado termo por não ter outro que designe
algo específico. De tal modo, a palavra perde seu sentido original.
Conotação e Denotação
Metáfora
Exemplos de Catacrese
A catacrese é muito utilizada na linguagem coloquial (informal) e também em textos poéticos e músi-
cas. Pode ser considerada uma gíria, uma vez que facilita o processo comunicativo pelo uso de outras
palavras.
Árvore genealógica
Fio de óleo
Céu da boca
Boca do túnel
Boca da garrafa
Pele do tomate
Braço do sofá
Braço da cadeira
Braço de rio
Corpo do texto
Pé da página
Pé da cama
Pé da montanha
Pé de limão
Perna da mesa
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Maçã do rosto
Coroa do abacaxi
Asa da xícara
Asa do avião
Dentes do serrote
Dentes de alho
Cabeça do alho
Cabeça do prego
Cabeça do alfinete
Batata da perna
“Dobrando o cotovelo da estrada, Fabiano sentia distanciar-se um pouco dos lugares onde tinha vivido
alguns anos.” (Graciliano Ramos em Vidas Secas.)
A expressão “cotovelo da estrada” é um tipo de catacrese, utilizada nos textos poéticos para oferecer
maior expressividade ao texto.
“Usei a cara da lua/As asas do vento/Os braços do mar/O pé da montanha” (MPB-4 em “Composição
Estranha”)
Já as expressões “cara da lua” e “asas do vento” são exemplos de metáfora que ocorrem por meio de
uma relação de similaridade.
Segundo a origem etimológica, a palavra catacrese vem do latim “catachresis” e do grego “katakhresis”
e significa “mau uso”.
Originalmente, o termo “embarcar” era utilizado para expressar a entrada num barco. Mas de tanto que
foi utilizada pelos falantes para entrar em outros meios de transporte, hoje a utilizamos sem notar seu
sentido original. Assim, a palavra “embarcar” trata-se de uma catacrese.
Da mesma forma, a palavra “azulejo” era utilizada para determinar ladrilhos azuis. Atualmente, a utili-
zamos para determinar qualquer cor de ladrilho. E, portanto, também se trata de uma catacrese.
Ainda temos a palavra “encaixar” que no sentido original significava “colocar em caixas”. O termo foi
tão utilizado pelos falantes da língua que hoje determina a colocação de algo num local que cabe per-
feitamente.
Sinestesia
Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
A sinestesia é uma figura de linguagem que faz parte das figuras de palavras. Ela está associada com
a mistura de sensações relacionadas aos sentidos: tato, audição, olfato, paladar e visão.
Sendo assim, essa figura de linguagem estabelece uma relação entre planos sensoriais diferentes.
Ela é muito utilizada como recurso estilístico e, portanto, surge em diversos textos poéticos e musicais.
No movimento simbolista, a sinestesia foi muito empregada pelos escritores.
Exemplos
“E um doce vento, que se erguera, punha nas folhas alagadas e lustrosas um frêmito alegre e doce.”
(Eça De Queiros)
“Por uma única janela envidraçada, (…) entravam claridades cinzentas e surdas, sem sombras.” (Cla-
rice Lispector)
“Insônia roxa. A luz a virgular-se em medo. / O aroma endoideceu, upou-se em cor, quebrou / Gritam-
me sons de cor e de perfumes.” (Mário de Sá-Carneiro)
“As falas sentidas, que os olhos falavam/ Não quero, não posso, não devo contar.” (Casimiro de
Abreu)
“Esta chuvinha de água viva esperneando luz e ainda com gosto de mato longe, meio baunilha, meio
manacá, meio alfazema.” (Mário de Andrade)
“O céu ia envolvendo-a até comunicar-lhe a sensação do azul, acariciando-a como um esposo, dei-
xando-lhe o odor e a delícia da tarde.” (Gabriel Miró)
Sinestesia na Medicina
A sinestesia é um termo utilizado também na área da medicina. Trata-se de uma condição neurológica
(não é considerada doença), geralmente de causa genética (hereditária).
Ela faz com que um estímulo neurológico cognitivo ou sensorial provoque uma resposta numa outra via
cognitiva ou sensorial. Trata-se, portanto, de uma confusão mental.
Assim, um estímulo num determinado sentido provoca reações em outro, criando uma combinação
entre visão, audição, olfato, paladar e tato.
Pessoas que tem essa condição neurológica, por exemplo, ouvem cores e sentem sons.
Curiosidades
Do grego, o termo “synaísthesis” é formado pelos vocábulos “syn” (união) e “esthesia” (sensação). As-
sim, a palavra está relacionada com a união de sensações.
O termo “cinestesia” (com c) está relacionado com a percepção corporal por meio da ação dos múscu-
los e da sustentação do corpo.
Perífrase
Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é
ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
A perífrase é uma figura de linguagem que está relacionada com as palavras. Por esse motivo, ela está
na categoria de figuras de palavras.
A perífrase ocorre pela substituição de uma ou mais palavras por outra expressão. Essa substituição é
feita mediante uma característica ou atributo marcante sobre determinado termo (ser, objeto ou lugar).
Além de ser usada na linguagem coloquial (informal), é comum a utilização da perífrase como recurso
estilístico em textos poéticos e musicais.
Ainda que a perífrase e a antonomásia sejam consideradas a mesma figura de linguagem, a antono-
másia trata-se de um tipo de perífrase. Assim, a antonomásia é quando se refere a uma pessoa (no-
mes próprios).
Note que a perífrase é também chamada de circunlóquio uma vez que apresenta um pensamento de
modo indireto, com rodeios. Do grego, a palavra “períphrasis” significa o ato de falar em círculos.
Para saber mais sobre essa figura de linguagem, confira abaixo alguns exemplos.
Exemplos de Perífrase
O Velho Chico vem sofrendo com problemas ambientais. (Rio São Francisco)
Exemplos de Antonomásia
A dama do teatro brasileiro foi indicada ao Oscar de melhor atriz. (Fernanda Montenegro)
O poeta da vila é considerado um dos mais importantes músicos do Brasil. (Noel Rosa)
A rainha dos baixinhos nasceu na cidade de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. (Xuxa)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Perífrase Verbal
No âmbito da gramática, a perífrase verbal é uma locução verbal que substitui um verbo simples, por
exemplo:
Hipérbole
Na língua portuguesa, a Hipérbole ou Auxese é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figu-
ra de pensamento, a qual indica o exagero intencional do enunciador.
Note que o "contrário" da hipérbole, é a figura de pensamento denominada eufemismo, posto que ele
suaviza ou ameniza as expressões, enquanto a hipérbole as intensifica.
Figuras de Pensamento
Hipérbole
Na língua portuguesa, a Hipérbole ou Auxese é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figu-
ra de pensamento, a qual indica o exagero intencional do enunciador.
Note que o "contrário" da hipérbole, é a figura de pensamento denominada eufemismo, posto que ele
suaviza ou ameniza as expressões, enquanto a hipérbole as intensifica.
Eufemismo
O Eufemismo é uma figura de pensamento, que corresponde a um dos subgrupos das figuras de lin-
guagem, a qual está intimamente relacionada ao significado das palavras. Do grego, a palavra
“euphémein” é formada pelo termo “pheme” (palavra) e o prefixo "eu-" (bom, agradável), que significa
“pronunciar palavras agradáveis”.
Sendo assim, o eufemismo é um recurso estilístico muito utilizado na linguagem coloquial bem como
nos textos literários com o intuito de atenuar ou suavizar o sentido das palavras, substituindo assim, os
termos contidos no discurso, embora o sentido essencial permanece, por exemplo: Ele deixou esse
mundo. (nesse caso, a expressão “deixou esse mundo”, ameniza o discurso real: ele morreu.)
Dessa forma, esse recurso é utilizado muitas vezes pelo emissor do discurso, para que o receptor não
se ofenda com a mensagem triste ou desagradável que será enunciada. No entanto, há expressões em
que notamos a presença do eufemismo, com um tom irônico, por exemplo: Ela vestiu o paletó de ma-
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FIGURAS DE LINGUAGEM
deira, frase indicando a morte da pessoa, de forma que a expressão “paletó de madeira” faz referência
ao objeto “caixão, ataúde, urna funerária”.
Note que o eufemismo se opõe a figura de pensamento denominada hipérbole, visto que ela é baseada
no exagero intencional do enunciador do discurso. Em outras palavras, enquanto o eufemismo suaviza
as expressões, a principal função da hipérbole é intensificar ou aumentar o sentido das palavras.
Litote
Forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao eufemismo, bem como é a oposição da
hipérbole.
Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.
Litote é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de pensamento. Ele é usado para
abrandar uma expressão por meio da negação do contrário. Ele permite afirmar algo por meio da ne-
gação, por exemplo:
Eu não estou feliz com a notícia da prefeitura. Nesse exemplo, a expressão “não estou feliz” atenua a
ideia de “ficar triste”.
Lembre-se que essas palavras de significados opostos são chamadas de antônimos, por exemplo: bom
e mau, feliz e triste, caro e barato, bonito e feio, rico e pobre, etc.
O litote é muito utilizado na linguagem coloquial (informal) e geralmente o locutor tem o intuito de não
dizer diretamente o que se pretende. Além disso, ele é empregado nos textos literários.
Isso porque algumas vezes a expressão pode soar desagradável ou mesmo ter um tom agressivo para
o ouvinte.
Exemplos
Joana pode não ser das melhores alunas da classe. (é ruim, ou seja, não é boa)
Seus conselhos não são maus. (são bons, ou seja, não são maus)
Rafael não está certo sobre o crime. (está errado, ou seja, não está certo)
Essa bebida não está quente. (está fria, ou seja, não está quente)
Samuel não é pobre pois tem uma grande casa na praia. (é rico, ou seja, não é pobre)
Manuela não dançou bem na apresentação da escola. (dançou mal, ou seja, não dançou bem)
O supervisor Marcos não está limpo. (está sujo, ou seja, não está limpo)
Litote e Eufemismo
O litote e o eufemismo são duas figuras que pensamento que podem causar confusão. Isso porque o
eufemismo também é usado para atenuar uma ideia, por exemplo: Salvador não está mais entre nós
(ele morreu).
Da mesma maneira, o litote suaviza um enunciado, mas lembre-se que ele ocorre mediante a negação
do contrário.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Sendo assim, o litote se opõe à figura de pensamento chamada hipérbole, uma vez que ela marca um
exagero intencional do enunciador.
Ironia
Sarcasmo e Ironia
O sarcasmo e a ironia são recursos estilísticos empregados pelos emissores dos textos (sejam os tex-
tos orais ou escritos) com o intuito de oferecer maior expressividade ao discurso enunciado.
Em outras palavras, o sarcasmo e a ironia são utilizadas quando o autor do texto pretende oferecer
uma maior dramaticidade ao discurso, utilizando, dessa maneira, as palavras em seu sentido conotati-
vo (figurado), em detrimento de seu sentido real, chamado de denotativo.
Embora sejam termos que se aproximem e muitas vezes são empregados como sinônimos, o sarcas-
mo e a ironia possuem suas peculiaridades. Destarte, o sarcasmo é um recurso expressivo utilizado
sobretudo, com um sentido provocativo, malicioso e de crítica, enquanto a ironia é a uma figura de
linguagem que expressa o oposto do que o autor pretende afirmar.
Sarcasmo e Ironia
O sarcasmo e a ironia são recursos estilísticos empregados pelos emissores dos textos (sejam os tex-
tos orais ou escritos) com o intuito de oferecer maior expressividade ao discurso enunciado.
Em outras palavras, o sarcasmo e a ironia são utilizadas quando o autor do texto pretende oferecer
uma maior dramaticidade ao discurso, utilizando, dessa maneira, as palavras em seu sentido conotati-
vo (figurado), em detrimento de seu sentido real, chamado de denotativo.
Embora sejam termos que se aproximem e muitas vezes são empregados como sinônimos, o sarcas-
mo e a ironia possuem suas peculiaridades. Destarte, o sarcasmo é um recurso expressivo utilizado
sobretudo, com um sentido provocativo, malicioso e de crítica, enquanto a ironia é a uma figura de
linguagem que expressa o oposto do que o autor pretende afirmar.
Em resumo, o sarcasmo e a ironia estão intimamente ligados, entretanto, diferem na intenção estabe-
lecida pelo escritor, ou seja, o sarcasmo sempre apresenta um tom provocador, mordaz e de zombaria,
que apela ao humor ou ao riso, todavia, a ironia apresenta um tom menos áspero, de forma que se
trata de uma contradição do sentido literal das palavras, sendo utilizada de forma mais amena, sutil.
Não obstante, para alguns estudiosos do tema, o sarcasmo corresponde a um tipo de ironia com um
teor provocativo, e por sua vez, a ironia pode ser classificada de três maneiras, a saber: a ironia oral,
que expressa a diferença entre o discurso e a intenção; a ironia dramática ou satírica, diferença entre a
expressão e a compreensão; e a ironia de situação que corresponde a diferença existente entre a in-
tenção e o resultado da ação.
Ambos termos são provenientes da língua grega: a palavra sarcasmo (sarkasmós) significa zombaria,
escárnio, enquanto a palavra ironia (euroneia) significa dissimular, fingir. Para o escritor contemporâ-
neo brasileiro Gabito Nunes: “Quando uso o humor como escudo, é ironia. Quando uso o humor como
arma, é sarcasmo”.
Exemplos
Para estabelecer melhor essa distinção entre o sarcasmo e a ironia, vejamos os exemplos abaixo:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Sua maquiagem está linda, mas seu rosto é bem mais. (Sarcasmo)
Personificação
Ela está diretamente relacionada com o significado (campo semântico) das palavras e corresponde ao
efeito de “personificar”, ou seja, dar vida aos seres inanimados.
Desse modo, a personificação é utilizada para atribuir sensações, sentimentos, comportamentos, ca-
racterísticas e/ou qualidades essencialmente humanas (seres animados) aos objetos inanimados ou
seres irracionais, por exemplo: O dia acordou feliz.
Segundo o exemplo, a característica de “acordar feliz” é uma característica humana, que, nesse caso,
está atribuída ao dia (substantivo inanimado).
Note que a personificação pode também atribuir qualidades de seres animados a outros seres anima-
dos, por exemplo, os animais: A cachorro sorriu para o dono.
A palavra personificação, derivada do verbo personificar, possui origem latina, sendo formada pelos
termos “persona” (pessoa, face, máscara) e o sufixo "–ção", que denota ação, ou seja, significa, ao pé
da letra, uma pessoa mascarada.
Da mesma maneira, a palavra prosopopeia, derivada do grego, é formada pelos termos “prosopon”
(pessoa, face, máscara) e “poeio” (finjo), ou seja, significa pessoa que finge.
Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos estilísticos muito utilizadas nos textos literários, de modo que o
enunciador (emissor, autor) pretende dar mais ênfase ao seu discurso. Assim, ele emprega as palavras
no sentido conotativo, ou seja, no sentido figurado, em detrimento do sentido real atribuído à palavra, o
sentido denotativo.
Figuras de Pensamento: ironia, antítese, paradoxo, eufemismo, litote, hipérbole, gradação, personifi-
cação e apóstrofe.
Figuras de Sintaxe: elipse, zeugma, silepse, assíndeto, polissíndeto, anáfora, pleonasmo, anacoluto e
hipérbato.
Exemplos de Personificação
Nos exemplos acima, nota-se a utilização da personificação, na medida em que características de se-
res animados (que possuem alma, vida) são atribuídas aos seres inanimados (sem vida).
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Note que os verbos ligados os substantivos inanimados (dia, sol, vento, fogo e lua) são características
dos seres humanos: acordar, sorrir, assobiar, chorar e beijar.
Antítese
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
A Antítese representa uma figura de pensamento, pertencente a um dos subgrupos que compõem as
figuras de linguagem, que por sua vez, são recursos estilísticos que buscam proporcionar maior ênfa-
se, destaque ou expressividade ao discurso proferido.
De tal modo, a antítese corresponde a aproximação de palavras com sentidos opostos, por exemplo: o
ódio e a amor andam de mãos dadas. (nesse caso, o termo “ódio” está posicionada ao lado de seu
termo contrário, o "amor")
Na história literatura, a linguagem do período barroco (1580-1756), escola literária baseada nos con-
trastes, conflitos, dualidades e excessos, utilizou a antítese como um dos principais recursos estilísti-
cos. Do grego, a palavra “antithèsis” é formada pelos termos “anti” (contra) e thèsis (ideia), que significa
literalmente ideia contra.
Muito comum haver confusão entre as figuras de pensamento denominadas antítese e paradoxo, uma
vez que ambas estão pautadas na oposição.
No entanto, a antítese apresenta palavras ou expressões que contenham significados contrários, en-
quanto o paradoxo (também chamado de oximoro) emprega ideias opostas e absurdas entre o mesmo
referente no discurso.
Ambos exemplos estão pautados na oposição, no entanto, o primeiro buscou expor palavras contrárias,
ou seja, "verdade" e "mentira", enquanto no segundo, a oposição ocorre no mesmo referente, por meio
da ideia absurda de que a solidão é boa companhia, o que contraria o conceito ruim associado à condi-
ção da solidão: não ter amigos ou companheiros, ser um dos principais motivos da depressão, suicí-
dios, dentre outros.
Exemplos de Antítese
Segue abaixo alguns exemplos em que a antítese é empregada. Note que os termos em destaque
apontam para seus opostos:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Paradoxo
Uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).
Muitas vezes pode apresentar uma expressão absurda e aparentemente sem nexo, entretanto, expõem
uma ideia fundamentada na verdade.
Esse conceito é também utilizado em outras áreas do conhecimento, tal qual a filosofia, psicologia,
retórica, matemática e física.
Do latim, o termo paradoxo (paradoxum) é formado pelo prefixo “para” (contrário ou oposto) e o sufixo
“doxa” (opinião), que literalmente significa opinião contrária.
Exemplo de Paradoxo
Para entender melhor o conceito de paradoxo, vejamos a seguir, o soneto do português Luís Vaz de
Camões (1524-1580).
O escritor utiliza o paradoxo como principal figura de linguagem, ao unir ideais contraditórias que, por
sua vez, apresentam uma coerência:
Gradação
Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.
A gradação (ou clímax) é uma figura de linguagem que está na categoria de figura de pensamento. Ela
ocorre mediante uma hierarquia dos termos que compõem a frase.
A gradação é empregada por meio da enumeração de elementos frasais. Tem o intuito de enfatizar as
ideias numa sentença de ritmo crescente, até atingir o clímax (grau máximo).
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Ou seja, ela oferece maior expressividade ao texto utilizando uma sequência de palavras que intensifi-
cam uma ideia de maneira gradativa, e por isso recebe esse nome.
Essa figura de estilo é utilizada na linguagem artística, seja em textos poéticos ou musicais.
Classificação
Na gradação, essa hierarquia pode ocorrer na forma crescente ou decrescente. Quando ela ocorre de
maneira crescente é chamada de clímax ou gradação ascendente.
Por sua vez, se ocorre de maneira decrescente é chamada de anticlímax ou gradação descendente.
Para compreender melhor, confira abaixo os exemplos:
Ana estava pelo mundo e chegou no país, no estado, na cidade, no bairro. (anticlímax)
Exemplos de Gradação
“Por mais que me procure, antes de tudo ser feito,/eu era amor. Só isso encontro./Caminho, navego,
voo,/- sempre amor.” (Cecília Meireles)
“Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bilião, uns cingidos de luz, outros ensangüentados (...).”
(Machado de Assis)
“Em cada porta um freqüentado olheiro,/que a vida do vizinho, e da vizinha/pesquisa, escuta, esprei-
ta, e esquadrinha,/para a levar à Praça, e ao Terreiro.” (Gregório de Matos)
“Oh, não aguardes, que a madura idade/Te converta em flor, essa beleza/Em terra, em cinza, em pó,
em sobra, em nada.” (Gregório de Matos)
“Ninguém deve aproximar-se da jaula, o felino poderá enfurecer-se, quebrar as grades, despedaçar
meio mundo.” (Murilo Mendes)
“E o meu jardim da vida/Ressecou, morreu/Do pé que brotou Maria/Nem margarida nasceu.” (Música
“Flor de Lis de Djavan)
Apóstrofe
Por esse motivo, a apóstrofe exerce a função sintática de vocativo, sendo, portanto, uma característica
dos discursos diretos.
De tal maneira, ela interrompe a narração com o intuito de invocar alguém ou algo que esteja presente
ou ausente no momento da fala.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
A apóstrofe é um recurso estilístico muito utilizado na linguagem informal (cotidiana), nos textos religio-
sos, políticos e poéticos.
Além da apóstrofe, as figuras de pensamento são: gradação (ou clímax), personificação(ou prosopo-
peia), eufemismo, hipérbole (ou auxese), litote, antítese, paradoxo (ou oxímoro) e ironia.
Exemplos
Exemplos na Literatura
“Olha Marília, as flautas dos pastores,/Que bem que soam, como são cadentes!” (Bocage)
“Criança! não verás país nenhum como este:/Imita na grandeza a terra em que nasceste!” (Olavo
Bilac)
“Supremo Senhor e Governador do universo, que às sagradas quinas de Portugal, e às armas e cha-
gas de Cristo, sucedam as heréticas listas de Holanda, rebeldes a seu rei e a Deus?...” (Padre Antônio
Vieira)
Atenção!
Não confunda apóstrofe com apóstrofo. Enquanto o primeiro é uma figura de pensamento, o segundo é
um sinal gráfico (’) que indica a supressão de letras e sons, por exemplo: copo d’água.
A apóstrofe e o apóstrofo são palavras parônimas. Ou seja, termos que se assemelham na grafia e na
pronúncia, mas diferem no sentido.
Figuras de Sintaxe
Elipse
A elipse é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de sintaxe (ou de construção).
Isso porque ela está relacionada com a construção sintática dos enunciados.
Ela é utilizada para omitir termos numa sentença que não forem mencionados anteriormente. No entan-
to, esses termos são facilmente identificáveis pelo interlocutor.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
No exemplo acima, sabemos que pela conjugação do verbo (primeira pessoa do singular), o termo
omitido foi o pronome pessoal (eu). Esse caso é chamado de “elipse de sujeito”. Além da omissão do
sujeito, a elipse pode ocorrer com outros termos da frase: verbos, advérbios e conjunções.
Utilizamos essa figura de linguagem (ou estilo) cotidianamente nos discursos informais (linguagem
oral).
Ela é também muito empregada nos textos de modo a oferecer maior fluidez textual, evitando, por
exemplo, a repetição de alguns termos nas frases. Importante notar que a ausência desses termos não
interfere na compreensão textual. Além da elipse, outras figuras de sintaxe são:
Exemplos
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (Machado de Assis) – omissão do verbo “haver”. (Na
sala havia apenas quatro ou cinco convidados)
“A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos.” (Carlos Drummond de Andrade) – omissão
da conjunção “se”. (A tarde talvez fosse azul se não houvesse tantos desejos)
“Onde se esconde a minha bem-amada?/Onde a minha namorada...” (música “Canto triste” Edu Lo-
bo) – omissão do verbo “está”. (Onde está a minha namorada...)
“Quando olhaste bem nos olhos meus/E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei.” (música
“Atrás da porta”) –omissão dos pronomes “tu” e “eu” (Quando tu olhaste bem nos olhos meus/E o teu
olhar era de adeus, eu juro que não acreditei)
Elipse e Zeugma
A zeugma, tal qual a elipse, é figura de sintaxe. Ela é considerada um tipo de elipse.
A diferença entre elas consiste na identificação do termo na frase. Ou seja, na elipse, o termo pode ser
identificado pelo contexto, ou mesmo, pela gramática. Mas, na elipse esses termos não foram mencio-
nados anteriormente.
Já na zeugma, os termos que foram omitidos já foram mencionados. Para compreender melhor, veja
abaixo os exemplos:
Atenção!
Quando a zeugma é empregada, o uso da vírgula, do ponto e vírgula ou do ponto final é obrigatório.
Exemplos:
Curiosidades
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Zeugma
Omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Exemplo: Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)
A Zeugma é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de sintaxe ou de construção.
Isso porque ela interfere na construção sintática das frases.
Ela é usada para omitir termos na oração com o intuito de evitar a repetição desnecessária de alguns
termos, como o verbo ou o substantivo.
Sendo assim, ela torna a linguagem do texto mais fluida. Quando é utilizada, o uso da vírgula torna-se
necessário.
Exemplos
“Um deles queria saber dos meus estudos; outro, se trazia coleção de selos.” (José Lins do Rego).
“Pensaremos em cada menina/que vivia naquela janela;/uma que se chamava Arabela,/outra que se
chamou Carolina.” (Cecília Meireles)
“O meu pai era paulista/Meu avô, pernambucano/O meu bisavô, mineiro/Meu tataravô, baiano.” (Chi-
co Buarque)
É muito comum haver confusão entre as duas figuras de sintaxe: zeugma e elipse. No entanto, elas
apresentam diferenças.
Para muito estudiosos do tema, a zeugma é considerada um tipo de elipse, visto que também é em-
pregada por meio da omissão de um ou mais termos na oração.
A elipse é a omissão de um ou mais termos do discurso que não foram expressos anteriormente. Mas
estes são facilmente identificáveis pelo interlocutor (receptor). Já na zeugma, os termos já foram men-
cionados antes no discurso.
Ficamos ansiosos com o resultado. (pelo conjugação verbal podemos identificar a omissão do pro-
nome “nós”.) – elipse
Joaquim comprou duas calças, eu uma. (omissão do verbo no segundo período: comprei). – zeugma
Curiosidade
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Hipérbato
Exemplo: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)
O hipérbato ou inversão é uma figura de sintaxe que faz parte das figuras de linguagem. Ele é caracte-
rizado pela inversão brusca da ordem direta dos termos de uma oração ou período.
Na construção usual da língua, a ordem natural dos termos da oração vem posicionada dessa maneira:
sujeito + predicado + complemento.
Sendo assim, o hipérbato interfere na estrutura gramatical, invertendo a ordem natural dos termos da
frase. Por exemplo: Feliz ele estava. Na ordem direta a frase ficaria: Ele estava feliz.
Note que o uso do hipérbato pode comprometer muitas vezes o entendimento, ou mesmo gerar ambi-
guidade.
Anástrofe e Sínquise
Outras figuras de sintaxe que invertem os termos da frase são: a anástrofe e a sínquise.
A anástrofe é uma inversão suave dos termos frasais. Já a sínquise é uma inversão mais acentuada e
que pode prejudicar o entendimento do período.
Por esse motivo, a anástrofe e a sínquise são consideradas por diversos estudiosos como tipos de
hipérbato.
Hipérbato e Anacoluto
Muitas vezes o hipérbato é confundido com o anacoluto, no entanto eles são diferentes. O anacoluto
apresenta uma irregularidade gramatical na estrutura gramatical do período, mudando de maneira re-
pentina a estrutura da frase.
Dessa maneira, temos a impressão de que o pronome “ele” não exerce sua função sintática correta-
mente visto a pausa do período. E de fato, ele não possui relação sintática com os outros termos da
frase.
O anacoluto altera, portanto, a sequência lógica do plano sintático dos termos da frase, o que não ocor-
re no hipérbato.
Já o hipérbato não é marcado por uma pausa, e sim pela inversão sintática dos termos da frase.
Exemplos de Hipérbato
Tanto na literatura, como na música, o hipérbato é usado muitas vezes para auxiliar na rima e sonori-
dade dos versos.
Mas lembre-se que também utilizamos essa figura de linguagem no cotidiano, por exemplo:
Hipérbato na Música
O hino nacional brasileiro é um exemplo notório em que o hipérbato foi utilizado muitas vezes. Analise
abaixo os trechos:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Ordem direta do primeiro trecho: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um
povo heroico.
Ordem direta do segundo trecho: O sol da Liberdade brilhou em raios fúlgidos no céu da Pátria nesse
instante.
Hipérbato na Literatura
O hipérbato é utilizado com fins estilísticos para dar maior ênfase ou expressividade à linguagem literá-
ria.
“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada/E triste, e triste e fatigado eu vinha. /Tinhas a alma de sonhos
povoada, /E alma de sonhos povoada eu tinha...” (Olavo Bilac)
Na ordem direta, o poema de Olavo Bilac ficaria: E eu vinha triste, e triste e fatigado/ Tinhas a alma
povoada de sonhos/ E eu tinha a alma povoada de sonhos.
“Aquela triste e leda madrugada, /cheia toda de mágoa e de piedade, /enquanto houver no mundo sau-
dade, /quero que seja sempre celebrada.” (Luís de Camões)
Na ordem direta o primeiro verso do soneto de Camões ficaria: aquela madrugada triste e leda.
Polissíndeto
Ele é caracterizado pelo uso de síndetos, ou seja, de elementos conectivos (conjunções) nos períodos
compostos.
o polissíndeto forma as orações coordenadas sindéticas sendo que os elementos mais utilizados são:
e, ou, nem.
Essa figura de sintaxe é muito utilizada como recurso estilístico, sobretudo nos textos poéticos e musi-
cais.
Esse uso repetitivo das conjunções dá uma ideia de acréscimo, sucessão e continuidade, oferecendo
mais expressividade ao texto.
Exemplos
“As ondas vão e vem/ E vão e são como o tempo.” (Música “Sereia” de Lulu Santos)
“Enquanto os homens exercem seus podres poderes/ índios e padres e bichas, negros e mulheres/E
adolescentes fazem o carnaval.” (Música “Podre Poderes” de Caetano veloso)
“Do claustro, na paciência e no sossego,/Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!” (“A um poeta” de
Olavo Bilac)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Polissíndeto e Anáfora
A anáfora é uma figura de sintaxe que também está relacionada com a repetição.
O que a difere do polissíndeto é que essa repetição pode ser de palavras ou expressões, e não somen-
te de elementos conectivos. Geralmente, a anáfora aparece no início das frases.
Acima, temos um exemplo em que as duas figuras de linguagem estão presentes por meio da repeti-
ção da conjunção "e".
Do grego, o termo “polysýndeton” é formado pelo vocábulo “polýs” (muitos) e pelo verbo “syndéo” (unir,
ligar). Sendo assim, a palavra polissíndeto significa “muitas ligações”.
Assíndeto
Exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.
O assíndeto é uma figura de linguagem, mais precisamente umafigura de sintaxe. Ela é caracterizada
pela ausência de síndeto.
O síndeto, nesse caso, é uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações coorde-
nadas.
Logo, o assíndeto corresponde a uma figura de sintaxe marcada pela omissão de conjunções (conecti-
vos) nos períodos compostos.
Geralmente, no lugar dos conectivos são colocados vírgula ou ponto e vírgula, criando assim orações
coordenadas assindéticas.
Além de ser utilizada na linguagem oral, o assíndeto é empregado como recurso estilístico nos textos
poéticos e musicais com o intuito de aumentar a expressividade, bem como enfatizar alguns termos da
oração.
Exemplos de Assíndeto
“Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado, se quiser voar. Pra lua, a taxa é alta.
Pro sol: identidade.” (música “Carimbador Maluco” de Raul Seixas)
“Por você eu largo tudo. Vou mendigar, roubar, matar./ Que por você eu largo tudo. Carreira, dinheiro,
canudo.” (música “Exagerado” de Cazuza)
“Nascendo, rompendo, rasgando, E tomando meu corpo e então...Eu... chorando, sofrendo, gostan-
do, adorando.” (música “Não Dá Mais Pra Segurar (Explode Coração)” de Gonzaguinha)
“A tua raça de aventura quis ter a terra, o céu, o mar/A tua raça quer partir, guerrear, sofrer, vencer,
voltar.” (“Epigrama nº 7” de Cecília Meireles)
“Tive ouro, tive gado, tive fazendas.” (“Confidência do Itabirano” de Carlos Drummond de Andrade)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
“Era impossível saber onde se fixava o olho de padre Inácio, duro, de vidro, imóvel na órbita escura.
Ninguém me viu. Fiquei num canto, roendo as unhas, olhando os pés do finado, compridos, chatos,
amarelos.” (“Angústia” de Graciliano Ramos)
Enquanto o assíndeto é determinado pela omissão de uma conjunção (síndeto), o polissíndeto é mar-
cado pela repetição da conjunção coordenativa (conectivo).
Exemplos:
Do grego, o vocábulo “asýndetos” é composto pelo “a”, que indica uma negação, e pelo verbo “syn-
déo”, que significa “unir”, “ligar”. Portanto, o termo assíndeto significa a ausência de ligação.
Anacoluto
Exemplo: Eu, parece que estou ficando zonzo. (Parece que eu estou ficando zonzo.)
O anacoluto é uma figura de linguagem que está relacionada com a sintaxe das frases. Por esse moti-
vo, é chamada de figura de sintaxe.
Ele é caracterizado por alterar a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no dis-
curso. Assim, o anacoluto realiza uma “interrupção” na estrutura sintática da frase.
Note que as figuras de linguagem são muito utilizadas nos textos poéticos. Isso porque elas oferecem
maior expressividade ao texto.
No caso do anacoluto, na maioria das vezes, ele enfatiza uma ideia ou mesmo uma pessoa do discur-
so.
Normalmente, o termo inicial fica “solto” na frase sem apresentar uma relação sintática com os outros
termos. Por exemplo: Meu vizinho, soube que ele está no hospital.
A expressão "meu vizinho" parece ser o sujeito da oração, mas quando terminamos a frase podemos
constatar que ele não possui essa função sintática estabelecida.
Além de ser usado na linguagem literária e musical, o anacoluto é utilizado na linguagem coloquial
(informal). Na linguagem cotidiana ele é empregado pela espontaneidade típica desses tipos de discur-
sos.
Para compreender melhor essa figura de sintaxe, veja abaixo alguns exemplos:
Exemplos
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Anacoluto na Literatura
“Eu, que era branca e linda, eis-me medonha e escura.” (Manuel Bandeira)
“O relógio da parede eu estou acostumado com ele, mas você precisa mais de relógio do que eu”.
(Rubem Braga)
“Umas carabinas que guardavam atrás do guarda-roupa, a gente brincava com elas, de tão imprestá-
veis.” (José Lins do Rego)
Figuras de Sintaxe
Além do anacoluto, outras figuras de sintaxe (ou de construção) que interferem na estrutura gramatical
das frases são:
Elipse
Zeugma
Hipérbato
Silepse
Assíndeto
Polissíndeto
Anáfora
Pleonasmo
Pleonasmo
Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
O pleonasmo é uma figura ou um vício de linguagem que acrescenta uma informação desnecessária
ao discurso, seja de maneira intencional ou não.
Classificação
Pleonasmo Vicioso
Nesse caso, ele é um erro sintático não intencional que a pessoa comete por desconhecimento das
normas gramaticais.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Trata-se de um desvio gramatical que passa despercebido pelos falantes da língua. Note que ele é
muito utilizado no cotidiano e na linguagem coloquial.
Exemplos:
descer para baixo: o verbo “descer” já denota mover de cima para baixo, declinar.
sair para fora: o verbo “sair” é sempre passar de dentro para fora, afastar-se.
encarar de frente: o verbo “encarar” significa olhar de frente, de cara. Ou seja, quando encaramos, já
estamos posicionados de frente.
ver com os olhos: o verbo “ver” (perceber pela vista) está intimamente relacionado com os olhos, uma
vez que enxergamos com esse órgão
outra alternativa: a palavra “alternativa” denota outra escolha dentre duas ou mais opções.
Pleonasmo Literário
Já o pleonasmo literário (ou intencional) é usado com intenção poética de oferecer maior expressivida-
de ao texto. Assim, nesse caso ele é considerado uma figura de linguagem.
Em outras palavras, o pleonasmo literário é utilizado intencionalmente como recurso estilístico e se-
mântico para reforçar o discurso de seu enunciador. Observe que nesse viés, o escritor tem 'licença
poética' para fazer essa ligação.
Exemplos:
“Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã” (Chico Buarque)
“Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)
Vícios de Linguagem
Os Vícios de Linguagem são desvios das normas gramaticais que podem ocorrer por descuido do fa-
lante ou por desconhecimento das regras da língua.
Tratam-se de irregularidades que ocorrem no dia-a-dia, das quais se destacam: pleonasmo, barbaris-
mo, ambiguidade, solecismo, estrangeirismo, plebeísmo, cacofonia, hiato, eco e colisão.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Silepse
Concordância com o que se entende e não com o que está implícito. Há silepse de gênero, de número
e de pessoa.
Exemplos:
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade
de São Paulo.)
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioriados clien-
tes ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de
eles: Todos terminaram os exercícios)
A silepse é uma figura de linguagem que está na categoria de figura de sintaxe (ou de construção).
Isso porque ela está intimamente relacionada com a construção sintática das frases.
A silepse é empregada mediante a concordância da ideia e não do termo utilizado na frase. Dessa
forma, ela não obedece as regras de concordância gramatical e sim por meio de uma concordância
ideológica.
Classificação
Silepse de Pessoa: quando há discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o ver-
bo, que surge na primeira pessoa do plural.
Exemplos
No primeiro exemplo, notamos a união dos gêneros masculino (São Paulo) e feminino (velha).
No segundo exemplo, o uso do singular e plural denota o uso da silepse de número: povo (singular) e
gritavam (plural).
No terceiro exemplo, o verbo não concorda com o sujeito, e sim com a pessoa gramatical: pesquisado-
res (terceira pessoa); estamos (primeira pessoa do plural)..
Anáfora
Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui
sempre para você.
A anáfora é uma figura de linguagem que está intimamente relacionada com a construção sintática do
texto. Por esse motivo, ela é chamada de figura de sintaxe.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
A anáfora ocorre por meio da repetição de termos no começo das frases (ou dos versos). É um recurso
estilístico muito utilizado pelos escritores na construção dos versos com o intuito de intensificar uma
expressão.
Exemplos
A anáfora é muito utilizada na poesia, na música e nas propagandas publicitárias. Veja abaixo alguns
exemplos:
Anáfora na Música
Anáfora na Literatura
Anáfora na Publicidade
Além da figura de linguagem anáfora, temos também a anáfora como mecanismo de coesão textual.
Nesse caso, ela retoma um componente textual, ou seja, faz referência a uma informação que já fora
mencionada no texto. Ela pode ser chamada de elemento anafórico.
Por sua vez, a catáfora antecipa um componente textual, sendo chamada de elemento catafórico.
Figuras de Som
Aliteração
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FIGURAS DE LINGUAGEM
A aliteração é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de som (ou de harmonia).
É definida pela repetição de fonemas consonantais num enunciado. Isso significa que esses sons po-
dem ser parecidos ou iguais e, geralmente, estão localizados no início ou no meio da palavra.
A aliteração produz um efeito sonoro interessante, marcando o ritmo e sugerindo alguns sons seme-
lhantes às palavras que compõem o texto.
Sendo assim, a aliteração é um recurso linguístico muito utilizado nos textos poéticos para enfatizar
determinado som oferecendo maior expressividade ao texto.
Exemplos de Aliteração
“Leva-lhe o vento a voz, que ao vento deita.” (Luís de Camões) – repetição da consoante “v”.
“O rato roeu a roupa do rei de Roma.” (provérbio popular) – repetição da consoante “r”.
“Quem com ferro fere com ferro será ferido.” (provérbio popular) – repetição da consoante “f”.
“O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.” (provérbio popular) – repetição
da consoante “s”.
Paronomásia
Exemplo: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo,
cavalheiro = homem gentil)
A paronomásia é uma figura de linguagem que está definida na categoria de figuras de som.
Isso porque ela está relacionada com a sonoridade das palavras. Dessa forma, ela utiliza os parônimos
para enfatizar uma ideia e por isso recebe esse nome.
Lembre-se que as palavras parônimas apresentam sonoridade e são escritas de forma semelhante.
Mas o significado delas é muito diferente.
Geralmente a paronomásia é utilizada em textos literários, mas também pode ser usada na linguagem
oral e popular.
Palavras Parônimas
As palavras parônimas se assemelham no som e escrita. Mas fique atento, pois um erro pode causar
grande confusão. Veja abaixo algumas palavras parônimas:
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Obs: O trava-línguas é um tipo de parlenda que faz parte da literatura popular. Um dos recursos estilís-
tico utilizado para dificultar o falante na recitação da frase é a paronomásia, por exemplo: "Fia, fio a fio,
fino fio, frio a frio".
Nesse caso, além da aproximação de palavras semelhantes, temos também a repetição da consoante
"f" e da vogal "o". Portanto, o uso das figuras de som: aliteração e assonância.
Assonância
Exemplo:
A assonância é um tipo de figura de linguagem, chamada de figura de som ou harmonia. Ela é caracte-
rizada pela repetição harmônica de sons vocálicos (vogais) numa frase.
É um recurso estilístico muito utilizado na literatura, na música e nos provérbios populares. Ela oferece
maior expressividade ao texto por meio da intensificação da musicalidade e do ritmo.
Além da assonância, as figuras de som mais importantes são: aliteração, paronomásia, onomatopeia.
Exemplos
“Juro que não acreditei, eu te estranhei/Me debrucei sobre teu corpo e duvidei/E me arrastei e te arra-
nhei/E me agarrei nos teus cabelos” (Atrás da Porta – Chico Buarque) – repetição das vogais “ei”.
“Meu amor/O que você faria/Se só te restasse esse dia?/Se o mundo fosse acabar/Me diz o que você
faria” (O que você faria – Lenine) – repetição das vogais “ia”.
Aliteração e Assonância
Quanto às figuras de som, há duas que geram maior confusão. São elas a aliteração e a assonância.
Aliteração: “O pato pateta pintou o caneco” (Vinícius de Moraes) – repetição das consoantes “p” e “t”.
Assonância: “Minha foz do Iguaçu/Pólo sul, meu azul/Luz do sentimento nu(Djavan) – repetição da
vogal “u”.
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Há muitos casos em que elas são utilizadas num mesmo verso ou frase, por exemplo:
“Na messe, que enlourece, estremece a quermesse…/O sol, celestial girassol, esmorece…/E as canti-
lenas de serenos sons amenos/Fogem fluidas, fluindo a fina flor dos fenos…” (Eugênio de Castro)
No exemplo acima notamos o uso de ambas figuras de som. A aliteração dos fonemas “ss” e “c”, além
da repetição das consoantes “f”. Já a assonância é marcada pela repetição das vogais tônicas “e”.
Onomatopeia
A Onomatopeia é uma figura de linguagem que reproduz fonemas ou palavras que imitam os sons
naturais, quer sejam de objetos, de pessoas ou de animais.
Esse recurso aumenta a expressividade do discurso, motivo pelo qual é muito utilizado na literatura e
nas histórias em quadrinhos.
Também é muito empregada nos textos enviados pela internet. São exemplos os fonemas que expres-
sam, por exemplo, o som do riso: “hahahaha, kkkkkk, rsrsrs”.
Do grego o termo “onomatopeia” (onomatopoiía) é formado pelos vocábulos “onoma” (nome) e “poiein”
(fazer”) o qual significa “criar ou fazer um nome”.
Exemplos
Ratimbum: som de instrumentos musicais (Ra = caixa, tim = pratos, bum = bombo)
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FIGURAS DE LINGUAGEM
Confira na tabela abaixo o que diferencia cada uma das figuras de linguagem, bem como cada um dos
seus tipos.
Produzem maior Produzem maior expres- Produzem maior expressivi- Produzem maior
expressividade à sividade à comunicação dade à comunicação atra- expressividade à
comunicação atra- através da combinação vés da inversão, repetição comunicação
vés das palavras. de ideias e pensamentos. ou omissão dos termos na através da sono-
construção das frases. ridade.
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ARTICULAÇÃO DE TEXTO
Articulação De Texto
Para construir um texto, necessitam-se de palavras (óbvio!). Estas palavras podem estar conectadas
entre si por meio de conjunções, pronomes, os quais irão dar sentido ao texto. Os operadores se-
quenciais e as expressões referenciais podem ser tanto sinônimos, os quais irão recuperar termos,
como antônimos, pronomes. Dessa forma, a unidade textual não fica redundante ou repetitiva - daí a
importância desses operadores e expressões de referência.
Em uma redação, por exemplo, é preciso saber qual conectivo (conjunções e preposições) ligam as
ideias para que estas se tornem claras. Esses elementos estão inclusos no que se convencionou, em
Linguística, chamar de coesão, tema que veremos nas linhas seguintes.
De acordo com Neves (2011, p. 449), os pronomes têm “a capacidade de fazer referência”. São eles:
Mim, Comigo, Nós, Conosco, Ti, Contigo, Vós, Convosco, Si, Consigo.
As preposições também são operadores sequenciais. São elas: a, até, com, contra, de, em, entre,
para, por, sob, sobre, ante, após, desde, perante, sem.
As conjunções, por sua vez, podem ser tanto coordenativas ou subordinativas. O primeiro tipo liga
duas orações independentes entre si. A segunda liga o sentido entre as frases dependentes.
Conjunções Coordenativas:
Aditivas: e, nem, também, como também, bem como, mas ainda, não só… mas, não só... mas tam-
bém, não só... como também, não só... bem como, não só... mas ainda.
Alternativas: ou, ou… ou, ora… ora, já… já, quer… quer, seja… seja.
Conjunções Subordinativas:
Causais: porque, uma vez que, sendo que, visto que, como, já que, desde que, pois.
Consecutivas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), sem que, de modo que, de forma que, de
maneira que.
Comparativas: como, tal qual, que, do que, assim como, mais… que, menos… que, (tanto) quanto.
Conformativas: conforme, assim como, segundo, consoante, como, de acordo com que.
Condicionais: se, caso, contanto que, a menos que, sem que, salvo se, desde que.
Concessivas: mesmo que, por mais que, ainda que, ainda quando, quando mesmo, se bem que, em-
bora, conquanto, posto que, por muito que, apesar de que, que, malgrado, dado que, suposto que.
Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (tanto menos), quanto
menos.
Temporais: quando, enquanto, sempre que, logo, que, depois que, desde que, assim que, até que,
cada vez que, sem que.
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ARTICULAÇÃO DE TEXTO
Coerência: manifestada em grande parte macrotextualmente, refere-se aos modos como os compo-
nentes do universo textual se unem de maneira acessível e relevante;
Por essas duas palavras - coesão e coerência - compreendemos a relação de sentido que se estabe-
lece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido (ou seja, criando um discurso que faça
sentido para o receptor). A coesão auxilia a coerência, mas não é algo necessário para que esta se
dê: mesmo não havendo coesão, pode haver coerência. A coerência manifestada no nível microtex-
tual refere-se aos modos como os componentes do universo textual estão ligados entre si dentro de
uma sequência.
Coesão: quando manifestada no nível microtextual, refere-se aos modos como os componentes do
universo textual estão ligados entre si dentro de uma sequência;
Exofórica é quando há uma relação extralinguística, isto é, textos orais. Já a endofórica é uma rela-
ção interna. Será anáfora quando houver retomada, recuperação de termos, com o uso de pronomes,
por exemplo. Já a catáfora indica um termo subsequente, que será ainda falado.
Por exemplo:
Substituição: quando ocorre substituição de termos, como sinônimos que não são completamente
idênticos para a troca.
Portanto, ao fazer essa ligação, eles indicam que tipo de relação: causa e consequência, conclu-
são, oposição ou ressalva, soma de duas ideias, objetivo ou finalidade, e assim por diante.
Por isso, há vários tipos desses operadores argumentativos, que indicam argumentos diferentes e
sentidos diferentes no texto. Vejamos o esquema:
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ARTICULAÇÃO DE TEXTO
Operadores que somam argumentos a favor de uma mesma conclusão, isto é, eles indicam a so-
ma de duas ideias: e, também, ainda, não só... mas também, além de..., além disso..., aliás...
Exemplo:
a) João é o melhor candidato: além de ter boa formação em Economia, tem experiência no cargo, e
também não se envolve em negociatas.
Observe que além de e e também dão ideia de soma. Somam as idéias de boa formação em Econo-
mia + não se envolver em negociatas.
b) João é o melhor candidato: a par de uma boa formação em Economia,também tem experiência no
cargo; além de que, não se envolver em negociatas.
Novamente temos operadores - a par de, também e além de - que somam argumentos a favor de
uma mesma conclusão.
Exemplo:
a) O custo de vida continua subindo bastante; as condições de saúde do povo brasileiro são
péssimas e a educação vai de mal a pior portanto (= logo, por consequinte, consequentemente) o
Brasil não é um país de primeiro mundo.
Operadores que indicam comparação entre elementos, com vista a uma dada conclusão: mais...
que, menos... que, tão... como, etc. Exemplos:
Antônio propõe:
Jorge responde:
Exemplo:
Observação:
De acordo com Garcia (1988), legitimamente, só os fatos ou fenômenos físicos têmcausa;
os atos ou atitudes praticados ou assumidos pelo homem têm razões,motivos ou explicações.
Da mesma maneira, os primeiros têm efeitos; e os segundos, consequências.
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ARTICULAÇÃO DE TEXTO
Operadores que apresentam argumentos que indicam ideias contrárias, ou seja, operadores que
ligam enunciados (= orações, frases) de sentido contrário, aqui temos dois grupos:
Toda oração que vem à direita dos operadores: mas, porém, contudo, todavia e no entanto
sempre tem o argumento mais forte, o argumento que predomina. Exemplo:
a) O candidato esforçou-se para causar boa impressão mas ele não foi selecionado.
Observe que o argumento que está à direita do mas é o mais forte, podemos dizer que ele vence o
argumento anterior.
É diferente, porém, o que acontece com os operadores: embora, ainda que, posto que, apesar de
(que). Esses operadores admitem o outro argumento, colocando apenas uma ressalva. Por isso, o
argumento introduzido por eles não predomina sobre o outro argumento.
Exemplos:
Operadores que indicam o argumento mais forte de um enunciado (= frase, oração): até, mesmo,
até mesmo, inclusive, pelo menos, no mínimo.
Exemplos:
b) O homem teme o pensamento como nada mais sobre a terra, mais ainda que a ruína e mesmo
mais que a morte. (Bertrand Russel) - O filósofo usou o operador mesmo para indicar o que seria
(para ele) o argumento mais forte neste enunciado.
c) O rapaz era dotado de grandes ambições; pensava em ser, no mínimo, prefeito da cidade onde
tinha nascido.
Operadores que se distribuem em escalas opostas: quase: o argumento indica maioria; apenas
(só, somente, poucos): o argumento aponta para a negação da totalidade. Exemplos:
Os operadores que indicam uma relação de tempo no enunciado: quando, assim que, logo que.
no momento em que...
Exemplo:
a) Assim que Antonio chegar, peça para ele vir a minha sala.
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ARTICULAÇÃO DE TEXTO
Operadores que indicam finalidade, objetivo no enunciado: para, para que, a fim de (que)...
Exemplo:
Coesão
Coesão é microestrutural, ou seja, acontece nas frases, perto uma das outras. Ela está sempre
marcada no texto. E fácil de vê-la. Há basicamente dois tipos de coesão:
a) a coesão por substituição, que é aquela que diz respeito ao modo como as palavras e as frases
do texto substituem umas às outras .
b) a coesão por ligação é como uma palavra liga uma frase à outra. Quem faz essa ligação e deter-
minam a sua linha argumentativa são os operadores argumentativos.
Os principais elementos de coesão são quatro: a referência, a elipse, a conjunção - cujos elemen-
tos são também chamados de operadores argumentativos e a coesão lexical.
Coesão referencial. É quando uma palavra remete a outra para ser entendida. Exemplos de coesão
referencial: endófora- anáfora, catáfora e exófora.
Endófora. A referência é endofórica quando o referente se acha expresso no próprio texto, é divi-
dida em: anáfora e catáfora.
Por exemplo: João trouxe vários objetos: lápis, borracha, caneta, etc.
Exófora. Ela acontece quando a remissão é feita a algum elemento que estáfora do texto.
Coesão por elipse. É a omissão de uma palavra, uma frase ou parte de um texto, mas
que facilmente entendemos qual seja. Exemplos:
Quero estudar para ter conhecimento. (O eu não aparece, mas facilmente entende-se quem
quer ter alguma coisa. Ele está elíptico. )
Coerência
A coerência é macroestrutural, ou seja, para que você possa achar um de seus elementos, deve ler
o texto todo. Diferentemente da Coesão, ela pode, muitas vezes, estar oculta, subentendida, im-
plícita.
Para que a textualidade aconteça, quatro fatores são necessários: a continuidade, a progressão, a
articulação e a não-contradição.
A continuidade é a retomada de conceitos e ideias no decorrer do texto e ideias só podem ser re-
tomadas por palavras... Ela acontece pela repetição da mesma palavra por um sinônimo, por
um pronome, por uma palavra da mesma área semântica do assunto principal do texto. José de
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ARTICULAÇÃO DE TEXTO
Alencar, em Iracema, faz umadescrição da natureza, das coisas nacionais (Nacionalismo), pela
continuidade. Observe o fragmento:
"Além, muito além daquela serra, que ainda azul no horizonte, nasceuIracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que aasa da graúna, e mais
longos que seu talhe da palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso: nem a baunilha recendia nobosque seu hálito perfu-
mado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde cam-
peava sua guerreira tribo da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a
verde pelúcia que vestia a terra com asprimeiras águas."
A progressão é o outro lado da continuidade, ou seja, o texto deve continuar abordando o mesmo
assunto, mas não pode ficar repetindo as mesmas informações, deve ir acrescentando novos
dados, para que sua leitura não fique cansativa e seja útil, informativo para quem o lê e ter aceitabili-
dade. Essas novas informações é que fazem o texto progredir.
A articulação cuida da organização do texto todo harmonizando as partes que o compõem, estabe-
lecendo, quando for o caso, relações de causa e consequência, oposição e assim por diante.
Este fator de coerência tem a ver como os fatos e conceitos apresentados no texto se encadeiam,
como se organizam, que papéis exercem uns em relação ao outros, que valores assumem uns em
relação aos outros.
Muitas vezes, pode acontecer que a articulação não está explicitada por palavras ou expressões, ou
seja, por palavras de transição, mas a relação estáimplícita, subentendida. Um exemplo:
Em “João não veio à aula. Está doente”. A relação causa/consequência não está explícita com o ope-
rador argumentativo porque, mas está implícita e pode ser entendida normalmente.
Outro exemplo:
Funcionários que recebem uma nova proposta de trabalho na qual não estão interessados devem
evitar aquele joguinho de tentar leiloar-se para obter um aumento de salário ou uma promoção
(consequência).
A Mudança –
O Homem voltou a terra natal e achou tudo mudado. Até a Igreja mudara de lugar. Os moradores
pareciam ter trocado de nacionalidade, falavam língua incompreensível. O clima também era diferen-
te.
A custo, depois de percorrer avenidas estranhas, que se perdiam no horizonte, topou com um ca-
chorro que também vagava inquieto, em busca de alguma coisa. Eraum velhíssimo animal sem
trato, que parou a sua frente.
Piloto farejou longamente o homem sem abanar o rabo. O homem não se animou a acariciá-
lo. Depois, o cão virou as costas e saiu sem destino. O homem pensou em chamá-lo, mas desistiu.
Afinal, reconheceu que ele próprio tinha mudado, ou que talvez só ele mudara, e a cidade era a
mesma, vista por olhos que tinham, esquecido a arte de ver.
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A COERÊNCIA TEXTUAL
A Coerência Textual
A coerência resulta da configuração que assumem os conceitos e relações subjacentes à sua superfí-
cie textual. É considerada o fator fundamental da textualidade, porque é responsável pelo sentido do
texto. Envolve não só aspectos lógicos e semânticos, mas também cognitivos, na medida em que de-
pende do partilhar de conhecimentos entre os interlocutores.
Um discurso é aceito como coerente quando apresenta uma configuração conceitual compatível com
o conhecimento de mundo do recebedor. Essa. O texto não significa exclusivamente por si mesmo.
Seu sentido é construído não só pelo produtor como também pelo recebedor, que precisa deter os
conhecimentos necessários à sua interpretação. O produtor do discurso não ignora essa participação
do interlocutor e conta com ela. É fácil verificar que grande parte dos conhecimentos necessários à
compreensão dos textos não vem explícita, mas fica dependente da capacidade de pressuposição e
inferência do recebedor.
Através dessa visão Ingedore villaça e Luiz Carlos travagua em seu livro “A coerência textual” pre-
tende em sua obra apenas introduzir os leitores ao estudo da coerência textual . É a coerência que
faz com que uma seqüência linguística qualquer seja vista como um texto, porque é a coerência, atra-
vés de vários fatores, que permite estabelecer relações (sintático-gramaticais, semânticas e pragmáti-
cas) entre os elementos da sequência (morfemas, palavras, expressões, frases, parágrafos, capítu-
los, etc), permitindo construí-la e percebê-la, na recepção, como constituindo uma unidade significa-
tiva global. Portanto é a coerência que dá textura etextualidade à sequência linguística, entendendo-
se por textura ou textualidade aquilo que converte uma seqüência lingüística em texto. Assim sendo,
podemos dizer que a coerência dá início à textualidade
Mesmo sendo uma obra que aponta vários fatores responsáveis pela coerência textual de um dis-
curso qualquer:a intencionalidade e aceitabilidade,fatores de contextualização, a situacionabilidade, a
informatividade e a intertextualidade,a intertextualidade e inferência , que têm a ver com os fatores
pragmáticos envolvidos no processo sociocomunicativo ,acrescentamos com outros fatores relevan-
tes de outros autores com a intenção de ampliar ainda mais nosso estudo sobre coerência textual
A idéia de incoerência depende de conhecimentos prévios sobre o mundo e do tipo de mundo em que
o texto se insere, bem como do tipo de texto.
O conhecimento de mundo é importante, não menos importante é que esse conhecimento seja parti-
lhado pelo produtor e receptor do texto. O produtor e receptor do texto devem ter conhecimento co-
mum.
Finalmente é preciso lembrar que o sentido que damos a um texto pode depender (e com freqüência
depende) do conhecimento de outros textos, com os quais ele se relaciona.
Neste capitulo você deve ter intuído uma concepção básica do que seja o fenômeno da coerência e
do que depende. Busquemos a seguir uma visão mais detalhada e sistemática da coerência textual.
Conceito de Coerência
O que é coerência
Dificilmente se poderá dizer o que é coerência apenas através de um conceito, pó isso vamos defini-
la através da apresentação de vários aspectos e/ou traços que, em seu conjunto, permitem perceber
o que esse termo significa.
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A COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja,
ela é o que faz com que o texto faça sentido para os usuários, devendo, portanto, ser entendida com
um principio de interpretabilidade, ligada à inteligibilidade do texto numa situação de comunicação e à
capacidade que o receptor tem para calcular o sentido desse texto. Este sentido, evidentemente,
deve ser do todo, pois a coerência é global. Para haver coerência é preciso que haja possibilidade de
estabelecer no texto alguma forma de unidade ou relação entre seus elementos.
A relação que tem de ser estabelecida pode ser não só semântica (entre conteúdos), mas também
pragmática, entre atos de fala, ou seja, entre as ações que realizamos ao falar (por exemplo: jurar,
ordenar, asseverar, ameaçar, prometer, avisar). Este fato é que levou Widdowson (1978) a dizer que
a coerência seria a relação entre os atos de fala que as proposições realizam (uma proposição é defi-
nida como representação lingüística de um estado de coisas por meio de um ato de referencia e um
ato de predicação, daí a expressão conteúdo proposicional).
Beaugrande & Dressler (1981) e Marcushi (1983) afirmam que, se há uma unidade de sentido no todo
do texto quando este é coerente, então a base da coerência é a continuidade de sentidos entre os co-
nhecimentos ativados pelas expressões do texto. Essa continuidade diz respeito ao modo como os
componentes do mundo textual, ou seja, o conjunto de conceitos e relações subjacentes à superfície
lingüística do texto, são mutuamente acessíveis e relevantes. Evidentemente, o relacionamento entre
esses elementos não é linear e a coerência aparece, assim, como uma organização reticulada, tenta-
cular e hierarquizada do texto. A continuidade estabelece uma coesão conceitual cognitiva entre os
elementos do texto através de processos cognitiva entre os elementos do texto através de processos
cognitivos que operam entre os usuários (produtor e receptor) do texto e são não só de tipo lógico,
mas também dependem de fatores socioculturais diversos e de fatores interpessoais, entre os quais
podemos citar:
As regras sócias que regem o relacionamento entre pessoas ocupando determinados “lugares soci-
ais”
O Simples cortejo das idéias, das expressões lingüísticas que as ativam e das suas posições no texto
deixam evidente o caráter não linear, reticulando, tentacular da coerência.
A coerência se estabelece na interlocução entre os usuários do texto, (seu produtor e receptor). Tex-
tos sem que continuidade são considerados como incoerente, embora a continuidade relativa a um
dado tópico discursivo seja uma condição para o estabelecimento da coerência, nem sempre a conti-
nuidade representará incoerência. Os processos cognitivos operantes entre os usuários do texto ca-
racterizam a coerência na medida em que dão aos usuários a possibilidade de criar um mundo textual
que pode ou não concordar com a versão estabelecida do “mundo real”.
A coerência é algo que se estabelece na interlocução, na interação entre dois usuários numa dada
situação comunicativa. Carolles (1979) afirmou que a coerência seria a qualidade que têm os textos
que permitem aos falantes reconhece-los como bem formados, dentro de um mundo possível (ordiná-
rio ou não). A boa formação seria vista em função da possibilidade de os falantes recuperarem o sen-
tido de um texto, calculando sua coerência. Considera-se , pois , a coerência como principio de inter-
pretabilidade, dependente da capacidade dos usuários de recuperar o sentido do texto pelo qual inte-
ragem, capacidade essa que pode ter limites variáveis para o mesmo usuário dependendo da situa-
ção e para usuários diversos, dependendo de fatores vários (como grau de conhecimento sobre o as-
sunto, grau de cursos lingüísticos utilizados , grau de integração dos usuários. A coerência tem a ver
com a boa formação em termos da interlocução comunicativa, que determina não só a possibilidade
de estabelecer o sentido do texto, mas também , com freqüência, qual sentido se estabelece.
Não se deve pensar que a questão de estabelecimento de sentido esteja apensa do lado receptor. A
questão é mesmo de interação.
Van Dijk e Kintsch falam de coerência local, referente a parte do texto ou a frases ou a seqüência de
frase dentro do texto; e em coerência global, que diz respeito ao texto em sua totalidade. Já mostra-
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A COERÊNCIA TEXTUAL
mos que a coerência do texto é global. A coerência local adv~em do bom uso dos elementos da lín-
gua em seqüências menores, para expressar sentidos que possibilitem realizar uma intenção comuni-
cativa. Incoerências locais advêm do mau uso desse mesmos elementos lingüísticos para o mesmo
fim. Ao se construir um texto, é preciso cuidado, pois o acumulo de incoerências locais pode tornar o
todo do texto incoerente.
Coerência semântica, que se refere à relação entre significados dos elementos das frases em se-
qüência em um texto ou entre os elementos do texto como um todo.
Coerência sintática, que se refere aos meios sintática para expressar a coerência semântica como,
por exemplo, os conectivos, o uso de pronomes, de sintagmas nominais definidos e indefinidos.
A coerência sintática nada mais é do que um aspecto da coesão que pode auxiliar no estabeleci-
mento da coerência.
Coerência estilística, pela qual um usuário deveria usar em seu texto elementos lingüísticos, (léxico,
tipos de estruturas, frases, etc.) pertencentes ou constitutivos do mesmo estilo ou registro lingüístico.
Coerência pragmática, que tem a ver com o texto visto como uma seqüência de atos de fala. Estes
são relacionados de modo que, para a seqüência de atos ser percebida como apropriada, os atos de
fala que a constituem devem satisfazer as mesmas condições presentes em uma dada situação co-
municativa. Caso contrário temos incoerência.
A divisão da coerência em tipo tem o mérito de chama a atenção para diferentes aspectos daquilo
que chamamos de coerência: o semântico, o pragmático, o estilístico e o sintático. Mas é preciso ter
sempre em mente que a coerência é um fenômeno que resulta da ação conjunta de todos esses ní-
veis e de sua influência no estabelecimento do sentido do texto, uma vez que a coerência é, basica-
mente, um principio de interpretabilidade do texto, caracterizado por tudo do que o processo aí impli-
cado possa depender inclusive a própria produção do texto, na medida em que o produtor do texto
quer que seja entendido e o constitui para isso, excetuadas situações muito especiais.
A coerência é subjacente, tentacular, reticulada, não-linear, mas, como bem observa Charolles, se
relaciona com a linearidade do texto. Isto quer dizer que a coerência se relaciona com a linearidade
do texto. Isto quer dizer que a coerência se relaciona com a coesão do texto , pois por coesão se en-
tende a ligação , a relação , os nexos que se estabelecem entre os elementos que constituem a su-
perfície textual. A coerência , que é subjacente, a coesão é explicitamente revelada através de mar-
cas lingüísticas, índices formais na estrutura da seqüência lingüística, índices formais na estrutura da
seqüência lingüística e superficial do texto, o que lhe dá um caráter linear, uma vez que se manifesta
na organização seqüencial do texto, tendo em vista a ordem em que aparecem , a coesão é sintática
e gramatical, mas também semântica , pois , em muitos casos, os mecanismos coesivos se baseiam
numa relação entre os significados de elementos da superfície do texto , como na chamada coesão
referencial.
A sequenciação por recorrência (ou parafrástica) é obtida pelos seguintes mecanismos: recorrência
de termos, de estruturas (o chamado paralelismo), de conteúdos semânticos (paráfrase), de recursos
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A COERÊNCIA TEXTUAL
fonológicos segmentais e suprassegmentais (ritmos, rima, aliteração, eco, etc), de aspectos e tempos
verbais.
A coesão seqüencial por progressão (ou frástica) é feita por mecanismos que possibilitam:
A manutenção temática;
A relação da coesão com a coerência existe porque a coerência é estabelecida a partir da seqüência
lingüística que constitui o texto, isto é, os elementos da superfície lingüística é que servem de pistas,
de ponto de partida para o estabelecimento da coerência. A coesão ajuda a estabelecer a coerência
na interpretação do textos, porque surge como uma manifestação superficial da coerência no pro-
cesso de produção desse mesmos textos.
Embora a coesão auxilie no estabelecimento da coerência, ela não é garantia de se obter um texto
coerente. Observa Charolles, os elementos lingüísticos da coesão não são nem necessários, nem su-
ficientes para que a coerência seja estabelecida.
Como a coesão não é necessária, há muitas conseqüências lingüísticas com poucos ou nenhum ele-
mento coesivo, mas que constituem um texto porque são coerentes e por isso têm o que se chama
de textualidade.
Como a coesão não é suficiente, há seqüências lingüísticas coesas, para as quais o receptor não
pode ou dificilmente consegue estabelecer um sentido global que as faça coerentes.
O mau uso dos elementos lingüísticos de coesão pode provocar incoerências locais pela violação de
sua especificidade de uso e função. Às vezes também ocorre um tipo de incoerência porque o não
uso de elementos necessários calcula-la de forma mais direta causa uma estranhamento da seqüên-
cia pelo receptor. A separação entre coesão e coerência não é tão nítida, a coesão tem relação com
a coerência na medida em que é um dos fatores que permite calcula-a e , embora do ponto de vista
analítico seja interessante separa-las , distingui-las, cumpre não esquecer que são duas faces do
mesmo fenômeno.
Coerência e texto
È a coerência que faz com que uma seqüência lingüística qualquer seja vista como um texto, porque
é a coerência, através de vários fatores, que permite estabelecer relações (sintático-gramaticais, se-
mânticas e pragmáticas) entre os elementos da seqüência (morfemas, palavras, expressões, frase,
parágrafos, capítulos, etc), permitindo construí-la e percebe-la, na recepção, como constituindo uma
unidade significativa global. Portanto, é a coerência que dá textura ou textualidade à seqüência lin-
güística, entendendo-se por textura ou textualidade.
A coerência dá origem a textualidade , o que responde a primeira questão.A coesão é apenas um dos
fatores de coerência, que contribui para a constituição do texto enquanto tal, representando fatos de
face lingüística da coerência, mas não sendo nem necessária, nem suficiente para converter uma se-
qüência lingüística da coerência, mas não sendo nem necessária, nem suficiente para converter uma
seqüência lingüística em texto. A coesão não dá textualidade é a coerência que faz isso.
Para Beaugrande e Dressler, para quem a coerência é definida em função da continuidade de senti-
dos há seqüências lingüísticas incoerentes, que seriam aqueles em que o receptor não consegue
descobrir qualquer continuidade de sentido. Marcuschi e mesmo Fávero e Koch falam na existência
de textos incoerentes.
Já Charolles afirma que as seqüências de frases não são coerentes ou incoerentes em si. Para Cha-
rolles não há texto incoerente em si. Charolles admite o tipo de incoerência que já referimos com o
nome de incoerência local e que pode resultar do uso inadequado de elementos lingüísticos, violando
seu valor e função.
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A COERÊNCIA TEXTUAL
Bernárdez, ao falar do processo de criação de um texto coerente, propõe que ele se dá em três fases
e que, em cada uma delas, podem ocorrer falhas causadoras de incoerência em determinados casos:
Na segunda fase, o produtor do texto desenvolve um plano global que lhe possibilite conseguir que
seu texto cumpra sua intenção comunicativa, ou seja, tenha êxito face a todos os fatores envolvidos.
Na terceira fase, o produtor realiza as operações necessárias para expressar verbalmente o plano
global, de maneira que, através das estruturas superficiais, oprecebedor seja capaz de reconstituir ou
identificar a intenção comunicativa.
Não existe o texto incoerente em si, mas que o texto poder incoerente em/para determinada situação
comunicativa. Assim, ao dizer que um texto é incoerente, temos que especificar as condições de inco-
erência.
O texto será incoerente se seu produtor não souber adequá-lo à situação, levando em conta intenção
comunicativa, objetivos, destinatário, regras socioculturais, outros elementos da situação, uso dos re-
cursos linguísticos, etc. Caso contrário, será coerente.
O mau uso de elementos lingüísticos e estruturais cria incoerências no nível local. O produtor do
texto, em função de sua intenção comunicativa, levando em conta todos os fatores da situação e
usando seu conhecimento lingüístico, de mundo , etc., constrói o texto, cuja superfície lingüística é
constituída de pistas que permitem aos receptor calcular o (um) sentido do texto, estabelecendo sua
coerência, através da consideração dos mesmos fatores que o produtor e usando os mesmo recur-
sos. A coerência não é nem característica do texto, nem dos usuários do mesmo, mas está no pro-
cesso que coloca texto e usuários em relação numa situação comunicativa. Tendo em vista:
Os elementos lingüísticos da superfície do texto funcionam como pistas que o produtor do texto es-
colheu em função de sua intenção comunicativa e do(s) sentido(s) que desejava que o receptor do
texto fosse capaz de recuperar – pode-se esperar que diferentes tipos de textos apresentem diferen-
tes modos, meios e processos de manifestação da coerência na superfície lingüística.
Diferentes tipos de textos têm diferentes esquemas estruturas que, na Lingüística Textual, recebem o
nome de superestruturas. Narrativos, descritivos, dissertativos, líricos, ficção, dramáticos, poéticos e
prosas. O conhecimento ou não, a utilização ou não das características de superestrutura de cada
tipo pode auxiliar ou dificultar o estabelecimento de coerência.
Os estudos da coerência e coesão nos textos orais, em comparação com os textos escritos, os usuá-
rios utilizam recursos diferenciados na superfície lingüística, de modo que sua coerência tem de se
estabelecer e ser julgada por mecanismos e critérios diversos dos utilizados para o texto escrito, sob
pena de incorrermos em falhas de julgamento.
Quando a lingüística começou a tomar o texto como unidade de estudo, os estudiosos, acreditando
na existência de textos e não-textos, propuseram a formulação de uma gramática do texto.Com a
evolução dos estudos que não existe a seqüência lingüística incoerente em si e, portanto, não existe
o não texto. Passou-se à construção de uma Teoria do texto ou Lingüística do Texto, que é dizer a
boa ou má formação dos textos, mas permitir representar os processos e mecanismos de tratamentos
dos dados textuais que os usuários põem em ação quando buscar interpretar uma seqüência lingüís-
tica, estabelecendo o seu sentido e, portanto, calculando sua coerência.
Tais processos e mecanismos , em sua atuação , sofrem restrições que obedecem a determinações
psicológicas e cognitivas, socioculturais, pragmáticas e lingüísticas. Por isso, o estudo da produção ,
compreensão e coerência textuais tornou-se um campo inter e pluridisciplinar. Charolles cabe aos lin-
güistas “delimitar, na constituição e composição textuais, qual é a parte e a natureza das determina-
ções (que referimos no parágrafo anterior) que resultam dos diferentes meios que existem na diferen-
tes línguas, para exprimir a continuidade ou a seqüência do discurso”.
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A COERÊNCIA TEXTUAL
O lingüista deve, assim, fazer “a analise das marcas de relação entre as unidade de composição tex-
tual que a língua usa para resolver, o melhor possível, os problemas de interpretação que seu uso
possa gerar. Isto para além da generalidade dos processos psico e sociocognitivos que intervêm na
interpretação (da coerência) do discurso”.
Fatores de Coerência
A construção da coerência decorre de uma multiplicidade de fatores das mais diversas ordens: lin-
güísticos, discursivos, cognitivos, culturais e interacionais .
Elementos lingüísticos
Conhecimento de Mundo
Os scripts modos de agir altamente estereotipados em dada cultura, inclusive em termos de lingua-
gem;
È o nosso conhecimento de mundo que nos faz considerar estranho o texto. È a partir dos conheci-
mento que temos que vamos construir u modelo do mundo representado em cada texto – é o uni-
verso (ou modelo) textual. Para que possamos estabelecer a coerência de um texto, é preciso que
haja correspondência ao menos parcial entre os conhecimentos nele ativados e o nosso conheci-
mento de mundo , pois , caso contrário, não teremos condições de construir o universo textual dentro
do qual as palavras e expressões do texto ganham sentido.
Conhecimento Compartilhado
È preciso que o produtor e receptor de um texto possuam , ao menos uma boa parcela de conheci-
mentos comuns.
Constituem o co-texto;
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A COERÊNCIA TEXTUAL
Inferências
Inferência é a operação pela qual, utilizando seu conhecimento de mundo, o receptor de um texto es-
tabelece uma relação não explicita entre dois elementos (normalmente frases ou trechos) deste texto
que ele busca compreender e interpretar; ou, então, entre segmentos de textos e os conhecimentos
necessários para a sua compreensão.
Fatores de Contextualização
Os fatores de contextualização são aqueles que “ancoram” o texto em uma situação comunicativa de-
terminada. Segundo Marcushi podem ser de dois tipos: os contextualizadores propriamente ditos e os
perspectivos ou prospectivos. Entre os primeiros estão a data, o local, a assinatura, elementos gráfi-
cos, timbre, etc., que ajudam a situar o texto e , portanto , a estabelecer-lhe a coerência.
Entre os fatores gráficos, temos: disposição na página, ilustrações, fotos, localizações no jornal (ca-
derno, página), que contribuem para a interpretação do texto.
Os fatores perspectivos ou prospectivos são aqueles que avançam expectativas sobre o conteúdo – e
também a forma – do texto: titulo, autor, inicio do texto.
Situacionalidade
A Situacionalidade, outro fator responsável pelo coerência, pode ser vista atuando em duas direções:
Da situação para o texto – trata-se de determinar em que medida a situação comunicativo interfere
na produção recepção do texto e , portanto no estabelecimento da coerência., o contexto imediato da
interação, o contexto sociopolitico-cultural em que a interação está inserida. Ao construir um texto,
verificar o que é adequado àquela situação especifica: grau de formalidade, variedade dialetal, trata-
mento a ser dado ao tema, etc. O lugar e o momento da comunicação, as imagens recíprocas que os
interlocutores fazem uns do outros, os papéis que desempenham, seus pontos de vista , o objetivo da
comunicação.
Do texto para a situação – também o texto tem reflexos importantes sobre a situação comunicativa:
o mundo textual não é jamais idêntico ao mundo real. O produtor recria o mundo de acordo com seus
objetivos, propósitos, interesses, convicções, crenças, etc. Os referentes textuais não são idênticos
ao do mundo real, mas são construídos no interior do texto. O receptor, por sua vez, interpreta o texto
de acordo com a sua ótica, os seus propósitos, as suas convicções – há sempre uma mediação entre
o mundo real e o mundo textual.
Informatividade
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A COERÊNCIA TEXTUAL
Mas também são freqüentes, tanto em texto poéticos como em textos publicitários ou manchetes jor-
nalísticas.
È a informatividade que vai determinar a seleção e o arranjo das alternativas de distribuição da infor-
mação no texto, de modo que o receptor possa calcular-lhe o sentido com maior ou menor facilidade,
dependendo da intenção do produtor de construir um texto mais ou menos hermético, mais ou menos
polissêmico, ou que está, evidentemente, na dependência da situação comunicativa e do tipo de texto
a ser produzido.
Focalização
A focalização tem a ver com a concentração dos usuários (produtor e receptor) em apenas uma parte
do seu conhecimento, bem como com a perspectiva da qual são vistos os componentes do mundo
textual. O produtor fornece ao receptor pistas sobre o que está focalizando. Diferenças de focalização
podem causar problemas sérios de compreensão, impedindo, por vezes, o estabelecimento da coe-
rência.
A mesma palavra poderá ter sentido diferente, dependendo da focalização. No caso de palavras ho-
mônimas, a focalização comum do interlocutores permitirá depreender o sentido do termo naquela
situação especifica. A focalização determina também, em dados casos, o uso adequado de certos
elementos lingüísticos. Um dos mais importantes meios de evidenciar a focalização é o uso do que
chamamos de descrições ou expressões definidas, isso é, grupos nominais introduzidos por artigo
definido (ou por demonstrativos). Tais expressões selecionam , dentre as propriedades e característi-
cas do referente, aquelas sobre as quais se deseja chamar a atenção.
O titulo do texto é, em grande parte dos casos, responsável pela focalização. Como já vimos anterior-
mente ativa e/ou seleciona conhecimentos de mundo que temos arquivados na memória, avançando
expectativas sobre o conteúdo do texto.
Intertextualidade
Intertextualidade implícita não se tem indicação de fonte, de modo que o receptor deverá ter os co-
nhecimentos necessários para recupera-la; do contrário, não será capaz de captar a significação im-
plícita que o produtor pretende passar. Não havendo indicação da fonte do texto original, caberá re-
ceptor, através de seu conhecimento de mundo, não só descobri-la como detectar a intenção do pro-
dutor do texto ao retomar o que foi dito por outrem.
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A COERÊNCIA TEXTUAL
Intencionalidade e Aceitabilidade
O produtor de um texto tem, necessariamente, determinados objetivos ou propósitos, que vão desde
a simples intenção de estabelecer ou manter o contato com o receptor até a de leva-lo a partilhar de
suas opiniões ou a agir ou comportar-se de determinada maneira. A intencionalidade refere-se ao
modo como os emissores usam textos para perseguir e realizar suas intenções, produzindo, para
tanto, textos adequados à obtenção dos efeitos desejados.
A intencionalidade tem relação estreita com o que se tem chamado de argumentatividade. Se aceita-
mos como verdade que não existem textos neutros, que há sempre alguma intenção ou objetivo da
parte de quem produz um texto, e que este não é jamais uma “cópia” do mundo real, pois o mundo é
recriado no texto através da mediação de nossas crenças, convicções, perspectivas e propósitos, en-
tão somo obrigados a admitir que existe sempre uma argumentatividade subjacente ao uso da lingua-
gem. A argumentatividade manifesta-se nos textos por meio de uma série de marcas ou pistas que
vão orientar os seus enunciados no sentido de determinadas conclusões.
Entre estas marcas encontram-se os tempos os tempos verbais, os operadores e conectores argu-
mentativos, os modalizadores, entre outros. A partir dessa marcas, como também das inferências e
dos demais elementos construtores da textualidade, o receptor construirá a sua leitura, entre aquelas
que o texto, pela maneira como se encontra lingüisticamente estruturado, permite. È por isso que
todo texto abre a possibilidade de várias leituras.
Consistência e Relevância
De acordo com Giora, dois requisitos básicos para que um texto possa ser tido como coerente são a
consistência e a relevância.
A condição de consistência exige que cada enunciado de um texto seja consistente com os enuncia-
dos anteriores, isto é, que todos os enunciados do texto possam ser verdadeiros dentro de um
mesmo mundo ou dentro dos mundos representados no texto. O requisito da relevância exige que o
conjunto de enunciados que compõe o texto seja relevante para um mesmo tópico discursivo subja-
cente, isto é, que os enunciados sejam interpretáveis como falando sobre um mesmo tema.
A relevância tópica é outro fator importante da coerência. A coerência não é apenas um traço ou uma
propriedade do texto em si, mas sim que ela se constrói na interação entre o texto e seus usuários,
numa situação comunicativa concreta, em decorrência de todos os fatores aqui examinados.
Coerência e Ensino
O objetivo é registrar alguns pontos fundamentais quando se pergunta em que as análises da lingüís-
tica sobre coerência, coesão e texto podem auxiliar no trabalho do professor no ensino de língua ma-
terna. Lembraremos alguns aspectos que podem ser importantes para a adoção de uma postura me-
todológica pelo professor. Metodologia, uma questão de postura, ideologia, metas, objetivos e funda-
mentos e não apenas técnicas de ensino.
Assim, a coerência do texto deriva de sua lógica interna, resultante dos significados que sua rede de
conceitos e relações põe em jogo, mas também da compatibilidade entre essa rede conceitual – o
mundo textual – e o conhecimento de mundo de quem processa o discurso.
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A COERÊNCIA TEXTUAL
só entre os elementos no interior de uma frase, mas também entre frases e seqüências de frases
dentro de um texto.
Aceitabilidade – dá-se quanto à expectativa de que o recebedor tenha acesso a um texto coerente e
coeso.
Intertextualidade – para isso o texto deve interagir com outros textos que funcionam oco seu con-
texto
Entre os cinco fatores pragmáticos estudados por Beaugrande e Dressler (1983), os dois primeiros se
referem aos protagonistas do ato de comunicação: a intencionalidade e a aceitabilidade.
O outro lado da moeda é a aceitabilidade, que concerne à expectativa do recebedor de que o con-
junto de ocorrências com que se defronta seja um texto coerente, coeso, útil e relevante, capaz de
levá-lo a adquirir conhecimentos ou a cooperar com os objetivos do produtor.
Grice (1975. 1978) estabelece máximas conversacionais, que seriam estratégias normalmente adota-
das pelos produtores para alcançar a aceitabilidade do recebedor. Tais estratégias se referem à ne-
cessidade de cooperação (no sentido de o produtor responder aos interesses de seu interlocutor) e à
qualidade (autenticidade), quantidade (informatividade), pertinência e relevância das informações,
bem como à maneira como essas informações são apresentadas (precisão, clareza, ordenação, con-
cisão, etc).
Informatividada
O texto com bom índice de informatividade tem que apresentar todas as informações necessárias
para que seja compreendido com o sentido que o produtor pretende. Não é possível nem desejável
que o discurso explicite todas as informações necessárias ao seu processamento, mas é preciso que
ele deixe inequívocos todos os dados necessários à sua compreensão aos quais o recebedor não
conseguirá chegar sozinho.
Focalização
A focalização que tem a ver com a concentração dos usuários (produtor e receptor) em apenas uma
parte do seu conhecimento e com a perspectiva da qual são vistos os componentes do mundo tex-
tual. Seria como uma câmera que acompanhasse tanto o produtor como o receptor no momento em
que um texto é processado. O primeiro fornece ao segundo determinadas pistas sobre o que está fo-
calizando, ao passo que o segundo terá de recorrer a crenças e conhecimentos compartilhados sobre
o que está sendo focalizado, para poder entender o texto (e as palavras que o compõem), de modo
adequado.
Fatores da Contextualização
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A COERÊNCIA TEXTUAL
Intencionalidade e Aceitabilidade
A obra expõe a constituição dos sentidos nos textos e seus fatores, tais como os elementos lingüísti-
cos, o conhecimento do mundo, as inferências e a situação. Um de seus capítulos é dedicado ao re-
gistro de como a análise da coerência textual pode auxiliar no trabalho do professor no ensino da lín-
gua e em sala de aula. Assim, a coerência do texto deriva de sua lógica interna, resultante dos signifi-
cados que sua rede de conceitos e relações põe em jogo, mas também da compatibilidade entre essa
rede conceitual – o mundo textual – e o conhecimento de mundo de quem processa o discurso.
Tipos de Coerência
São seis os tipos de coerência: sintática, semântica, temática, pragmática, estilística e genérica. Co-
nhecê-los contribui para a escrita de uma boa redação.
Você já deve saber que alguns elementos são indispensáveis para a construção de um bom texto.
Entre esses elementos, está a coerência textual, fator que garante a inteligibilidade das ideias apre-
sentadas em uma redação. Quando falta coerência, a construção de sentidos fica seriamente com-
prometida.
É importante que você saiba que existem tipos de coerência, elementos que colaboram para a cons-
trução da coerência global de um texto. São eles:
Coerência Sintática: está relacionada com a estrutura linguística, como termo de ordem dos ele-
mentos, seleção lexical etc., e também à coesão. Quando empregada, eliminamos estruturas ambí-
guas, bem como o uso inadequado dos conectivos.
Coerência Semântica: Para que a coerência semântica esteja presente em um texto, é preciso, an-
tes de tudo, que o texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está relacionada com as
relações de sentido entre as estruturas. Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma
leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e inferência.
Coerência Temática: Todos os enunciados de um texto precisam ser coerentes e relevantes para o
tema, com exceção das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser evitados, impe-
dindo assim o comprometimento da coerência temática.
Coerência Pragmática: Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Os textos,
orais ou escritos, são exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às condições para a
sua realização. Se o locutor ordena algo a alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um
pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém, esperamos receber como resposta uma afirma-
ção ou uma negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo que foi indagado. Quando
essas condições são ignoradas, temos como resultado a incoerência pragmática.
Coerência Estilística: Diz respeito ao emprego de uma variedade de língua adequada, que deve
ser mantida do início ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A incoerência estilística
não provoca prejuízos para a interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros — como
o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem formal — deve ser evitada, principalmente
nos textos não literários.
Coerência Genérica: Refere-se à escolha adequada do gênero textual, que deve estar de acordo
com o conteúdo do enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social exige que ele tenha
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A COERÊNCIA TEXTUAL
como objetivo ofertar algum serviço, bem como vender ou comprar algum produto, e que sua lingua-
gem seja concisa e objetiva, pois essas são as características essenciais do gênero. Uma ruptura
com esse padrão, entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos encontrar um deter-
minado gênero assumindo a forma de outro.
É importante ressaltar que em alguns tipos de texto, especialmente nos textos literários, uma ruptura
com os tipos de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos demais textos, a coerência
contribui para a construção de enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na compreensão
do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência depende de outros aspectos, como o conhecimento
linguístico de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a informatividade, a intertextualidade e a
intencionalidade.
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MORFOSSINTAXE
Morfossintaxe
A palavra pode ser classificada isoladamente, analisando apenas sua classe gramatical, ou pode ser
estudada a partir da função que estabelece dentro da oração. Se o objeto de estudo é a palavra, tem-
se a análise morfológica. Entretanto, se a busca é por sua função na oração, surge a análise sintá-
tica.
Quando a análise ocorre no âmbito da palavra e da frase, ou seja, quando o estudo envolve classe
gramatical e função sintática, as dúvidas são muitas quando essa análise é exigida. Em geral, ela não
é solicitada explicitamente. Entretanto, sempre que a função sintática é pedida, é importante pensar a
que classe gramatical a palavra pertence. Fazendo isso, ficará mais fácil definir sua função.
Embora a língua portuguesa não seja uma ciência exata, no caso da morfossintaxe é possível pen-
sar de forma mais objetiva, pois as funções sintáticas são definidas previamente. Por exemplo, o ad-
jetivo é um caracterizador, portanto, ou estará ao lado do nome, ou se relacionando com ele. Então, a
única função sintática dessa classe gramatical será a de adjunto adnominal. Por isso, é melhor que a
análise morfológica preceda à sintática.
Se a análise é morfológica, qual é o objeto de estudo? A palavra. Então, por alguns minutos, imagine
que a frase não exista, somente a palavra. “Corte-a” e indique sua classe gramatical. Coloque em
prática todo seu conhecimento. “Dialogue” com cada palavra. Pense em que classe gramatical ela se
enquadra. Se as dúvidas nos conceitos de substantivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio,
preposição, adjetivo, conjunção e interjeição aparecerem, é importante voltar e revisar.
Façamos a análise morfológica do enunciado abaixo, lembre-se de que o objeto de estudo é a pala-
vra:
A: Artigo
Prova: Substantivo
Estava: Verbo
Muito: Advérbio
Complicada: Adjetivo
Qual é a função do artigo? Acompanhar o substantivo, não é? Sintaticamente, quem tem a função de
vir junto ao nome? Adjunto adnominal. Portanto, toda classe gramatical cuja função é a de acompa-
nhar o nome (numeral, pronome adjetivo, artigo) exercerá função sintática de adjunto adnominal.
E o substantivo? Que função pode exercer? Vamos recordar? Núcleo do sujeito, do objeto indireto, do
objeto direto, do predicativo, do agente da passiva, do complemento nominal e do aposto. Podendo
exercer ainda as funções de adjunto adnominal e adjunto adverbial, quando compõe locuções adjeti-
vas ou adverbiais. Qual o único termo do enunciado que estamos analisando que poderá exercer a
função de núcleo do sujeito? Prova, não é? Por quê? Porque é um substantivo.
Que função sintática terá o verbo? Se for significativo (intransitivo, transitivo direto, indireto ou direto e
indireto) terá a função de núcleo, ou seja, parte mais importante do predicado verbal ou verbo-nomi-
nal. Se a função dele for de ligar o sujeito ao seu predicativo, terá a função de verbo de ligação. O
verbo do enunciado que estamos analisando recebe esta classificação.
Há algum advérbio? Qual é a única função sintática exercida por essa classe gramatical? Núcleo do
adjunto adverbial. Então, no exemplo, a palavra muito (classificação: advérbio de intensidade – fun-
ção sintática: adjunto adverbial)
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MORFOSSINTAXE
O adjetivo também aparece no exemplo. Que função sintática será exercida por ele? É importante re-
cordar que o adjetivo pode ser núcleo do adjunto adnominal e do predicativo do sujeito. Para definir a
função do adjetivo, a pergunta que deve ser feita é: onde o adjetivo está posicionado, ao lado de um
nome, no sintagma nominal, ou no sintagma verbal? Se acompanhar um nome, sua função será de
adjunto adnominal. Se estiver no sintagma verbal caracterizando o sujeito, como é o caso do adjetivo
complicada, será um predicativo do sujeito, pois estará caracterizando-o.
Agora, ficou fácil classificar o sujeito e o predicado do exemplo, não é mesmo? Se o sujeito está ex-
plícito e só possui um núcleo, será sujeito simples. Se o predicado é constituído de verbo de ligação,
só poderá ser predicado nominal.
É possível perceber que, embora para facilitar o estudo haja uma divisão entre morfologia e sintaxe,
forma e função são inseparáveis. Por isso a morfossintaxe é tão importante.
Ao nos depararmos com ambas (Morfologia e Sintaxe), sabemos que se relacionam às subdivisões
conferidas pela gramática, e mais: que uma corresponde às classes gramaticais e a outra se refere
às distintas posições ocupadas por uma mesma palavra em se tratando de um dado contexto linguís-
tico.
Visando à plena efetivação de nossos conhecimentos acerca deste assunto, ora concebível como
sendo de extrema relevância, ater-nos-emos a alguns casos em que esta ocorrência se materializa.
Analisemos:
Defrontamo-nos com um típico exemplo em que um mesmo termo é visto sob diferentes ângulos, po-
dendo ser assim analisados:
4º - objeto indireto, uma vez que completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
5º - predicativo do sujeito, pois além de revelar uma característica a que o sujeito se refere, ainda se
liga a este por intermédio de um verbo de ligação, configurando um caso de predicado nominal.
A morfossintaxe compreende uma análise feita às orações a partir de termos sintáticos e morfológi-
cos. Sendo assim, a morfossintaxe compreenderá uma análise completa, abrangendo tanto a análise
sintática, como também morfológica.
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MORFOSSINTAXE
Por meio disso, é importante ressaltar e relembrar o que é uma análise sintática e uma análise morfo-
lógica. Elas serão fundamentais, uma vez que abrangem a morfossintaxe.
Análise morfológica: realiza a análise individual dos elementos componentes da ligação. A mesma
independe da ligação entre as palavras que compõem a oração;
Análise sintática: faz uma análise mais abrangente, compreendendo a relação das palavras dentro de
uma oração. Por meio disso, a função da análise sintática é entender a função que os elementos inte-
grantes da oração desempenham entre si;
Como ressaltado anteriormente, para fazer a análise segundo a morfossintaxe de uma oração, é ne-
cessário combinar ambas as análises anteriormente apresentadas. A formação e o destrinchar da
oração se dará em duas etapas:
Serão as duas as responsáveis por cobrir a morfossintaxe, a fim de entender a formação da oração.
Sendo assim, seja por meio da representação de cada palavra, ou do sentido da frase como um todo,
será possível entender o contexto e sentido.
Análise Morfológica
A análise morfológica tem como função a análise individual das classes de palavras. Entre elas, estão
o substantivo, o artigo, o adjetivo, o numeral, o pronome, o verbo, advérbio, preposição, conjunção e
interjeição.
Utilizamos: 1ª pessoa do plural do verbo utilizar, com conjugação no presente do indicativo, da voz
ativa;
a: artigo definido;
sem: preposição;
Análise Sintática
Por outro lado, a análise sintática abrange a função de verificar a ligação dos termos que integram a
oração, a fim de compreender o contexto. Estão entre eles: complemento verbal e nominal, agente da
passiva, adjunto adverbial e adnominal e, por fim, o aposto.
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MORFOSSINTAXE
Morfossintaxe
Por meio disso, teremos a morfossintaxe a simples combinação das análises. Ao cobrir tanto a aná-
lise individual, como o sentido do contexto, temos a análise morfossintaxe.
A análise morfológica das palavras preconiza a classificação isolada das palavras em diferentes
classes gramaticais.
A análise sintática das palavras preconiza a classificação da função que as palavras desempenham
inseridas numa oração.
Análise morfológica
Tendo como base uma análise morfológica, as palavras podem ser classificadas em:
substantivo;
artigo;
adjetivo;
pronome;
numeral;
verbo;
advérbio;
preposição;
conjunção;
interjeição.
ontem: advérbio
a: artigo definido
Ana: substantivo próprio
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MORFOSSINTAXE
Análise sintática
Tendo como base uma análise sintática, os termos de uma oração podem ser classificados em:
sujeito;
predicado;
objeto direto;
objeto indireto;
predicativo do sujeito;
predicativo do objeto;
complemento nominal;
agente da passiva;
adjunto adnominal;
adjunto adverbial;
aposto.
sujeito: A Ana
predicado: comprou um livro novo
objeto direto: um livro novo
adjunto adverbial: ontem
adjunto adnominal: a, um, novo
Análise morfossintática
Através da análise morfossintática, ou seja, através da análise simultânea desses dois tipos de classi-
ficação, é possível compreender quais as funções que uma determinada classe gramatical pode de-
sempenhar numa oração.
Sujeito: Pode ser representado por substantivos, pronomes pessoais retos, pronomes demonstrati-
vos, pronomes relativos, pronomes interrogativos, pronomes indefinidos e numerais.
Predicativo do sujeito: Pode ser desempenhado por adjetivos, locuções adjetivas, substantivos, pro-
nomes e numerais.
Predicativo do objeto: Pode ser desempenhado por adjetivo, locuções adjetivas e substantivos.
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MORFOSSINTAXE
Adjunto adnominal: Pode ser representado adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos, nume-
rais adjetivos e artigos.
Trata-se de uma análise individual, fazendo a definição das palavras de acordo com as seguintes
classes:
Substantivo;
Artigo;
Adjetivo;
Numeral;
Pronome;
Verbo;
Advérbio;
Preposição;
Conjunção;
Interjeição.
Exemplo 1:
Utilizamos = primeira pessoa do plural do verbo utilizar (nós), sendo conjugado no presente do indica-
tivo e possuindo voz ativa
a = artigo definido
Exemplo 2:
Ontem = advérbio
a = artigo definido
Um = artigo indefinido
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MORFOSSINTAXE
Novo = adjetivo
Conforme é possível observar, essa análise classifica as palavras de maneira objetiva e individual,
sem considerar qualquer tipo de relação entre elas.
Já com relação à análise sintática, é apontada a função e relação existente entre os termos da ora-
ção, fazendo uma análise um pouco mais complexa que a análise morfológica. Essa classificação
consiste em apontar:
Sujeito;
Predicado;
Complemento verbal;
Complemento nominal;
Agente da passiva;
Adjunto adnominal;
Adjunto adverbial;
Aposto.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
A Bruna = sujeito
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MORFOSSINTAXE
Resposta
Resposta
Análise morfológica
As = artigo definido
Meninas = substantivo
Preocupadas = adjetivo
Análise sintática
No caso de pessoas que estão estudando para provas mais específicas como Enem, vestibulares e
concursos ou simplesmente desejam saber mais sobre esta matéria, é recomendado realizar listas de
exercícios especificamente sobre morfossintática e consultar os melhores livros da área.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Eu li;
Ele leu;
Nós lemos;
Eles leram.
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome: sou eu que quero, somos nós que
queremos, são eles que querem.
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3.ª pessoa do singular:
sou eu quem quero, sou eu quem quer.
Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3.ª pessoa do singular. Contudo, o uso da
3.ª pessoa do plural é igualmente aceitável: a maioria das pessoas quer, a maioria das pessoas
querem.
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do plural: um dos que ouviram, um dos
que estudarão, um dos que sabem.
O verbo pode estabelecer concordância com a 3.ª pessoa do singular ou do plural: nem um nem outro
veio, nem um nem outro vieram.
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma vez que não possui um
sujeito: havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.
O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função de sujeito paciente,
podendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se casas.
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular quando a frase é formada por
verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos: precisa-se de funcionário, precisa-se de
funcionários.
O verbo no infinitivo sofre flexão sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o
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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira: é para eles lerem, acho
necessário comprarmos comida, eu vi eles chegarem tarde.
O verbo no infinitivo não sofre flexão quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da
segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e
com verbos imperativos: eles querem comprar, passamos para ver você, eles estão a ouvir.
O verbo estabelece concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no plural:
isto é uma mentira, isto são mentiras; quem é você, quem são vocês.
O vizinho novo;
A vizinha nova;
Os vizinhos novos;
As vizinhas novas.
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o pronome pessoal: ela é simpática,
ele é simpático, elas são simpáticas, eles são simpáticos.
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o substantivo que está mais próximo:
caderno e caneta nova, caneta e caderno novo. Pode também estabelecer concordância com a forma
no masculino plural: caneta e caderno novos, caderno e caneta novos.
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando possuem
função de adjetivo: comi meio chocolate, comi meia maçã, há bastante procura, há bastantes
pedidos, vi muitas crianças, vi muitos adultos.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou como adjetivo: menos
tristeza, menos medo, menos traições, menos pedidos.
Com a expressão um e outro, o adjetivo deverá ser sempre escrito no plural, mesmo que o
substantivo esteja no singular: um e outro aluno estudiosos, uma e outra pergunta respondidas.
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Definição:
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e
seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambí-
guas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
Regência Verbal
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os comple-
mentam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportu-
nidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudan-
ça ou retirada de uma preposição. Observe:
Saiba que:
As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja
os exemplos:
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim
utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai,
possui, no padrão culto da língua, sentido diferente.
Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e
a regência culta.
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A transiti-
vidade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases
distintas.
Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns deta-
lhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
a) Chegar, Ir
Exemplos:
Fui ao teatro.
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Obs.: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida." Ir a algum lugar" sugere também o retorno.
b) Comparecer
Por Exemplo:
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem
preposiçãopara o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lem-
brar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem as-
sumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos,
nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complemen-
tos verbais, objetos indiretos.
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar,
amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, esti-
mar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam
como adjuntos adnominais).
Exemplos:
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses
verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pesso-
ais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são lhe, lhes (ambos
para substituir pessoas).
Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os
objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pes-
soa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. São verbos transitivos indiretos, dentre outros:
a) Consistir
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Por Exemplo:
b) Obedecer e Desobedecer:
Por Exemplo:
c) Responder
Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a
quem" ou "ao que" se responde.
Por Exemplo:
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, ad-
mite voz passiva analítica. Veja:
d) Simpatizar e Antipatizar
Por Exemplo:
Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso impli-
que modificações de sentido. Dentre os principais, temos:
Abdicar
Acreditar
Almejar
Ansiar
Anteceder
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma série de fatos
estranhos.
Atender
Atentar
Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma de digitar.
Cogitar
Consentir
Deparar
Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa
trilha.
Gozar
Necessitar
Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de algumas horas para
preparar a apresentação.
Preceder
Presidir
Renunciar
Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta.
Satisfazer
Versar
Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas.
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. Mere-
cem destaque, nesse grupo:
São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado
a pessoas. Veja os exemplos:
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. Observe:
Saiba que:
Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto indireto,
mesmo que na frase não haja objeto direto. Veja os exemplos:
Informar
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Por Exemplo:
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cien-
tificar, prevenir.
Comparar
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou "com" para introduzir o
complemento indireto.
Por Exemplo:
Pedir
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e
indireto de pessoa.
Por Exemplo:
Pedi-lhe favores.
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Saiba que:
1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado
na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver subentendida.
Por Exemplo:
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração subordinada adverbial final redu-
zida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
2) A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente considerada incorreta.
Preferir
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição "a".
Por Exemplo:
Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito,
antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no próprio ver-
bo (pre).
Agradar
Por Exemplo:
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege com-
plemento introduzido pela preposição "a".
Por Exemplo:
ASPIRAR
Por Exemplo:
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Por Exemplo:
Obs.: como o objeto indireto do verbo "aspirar" não é pessoa, mas coisa, não se usam as formas
pronominais átonas "lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja o exemplo:
Assistir
Por Exemplo:
2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer.
Exemplos:
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é intransitivo, sendo acompanhado de adjunto
adverbial de lugar introduzido pela preposição "em".
Por Exemplo:
Chamar
Por exemplo:
2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se
refere predicativo preposicionado ou não.
Exemplos:
Custar
1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto
adverbial.
Por exemplo:
Por exemplo:
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo "custar" um sujeito re-
presentado por pessoa. Observe o exemplo abaixo:
Implicar
Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com preposição "com".
Por Exemplo:
Proceder
1) Proceder é intransitivo no sentido de ter fundamento ou agir. Nessa segunda acepção, vem sem-
pre acompanhado de adjunto adverbial de modo.
Exemplos:
Exemplos:
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Querer
Exemplos:
Visar
1) Como transititvo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
Por Exemplo:
2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a preposi-
ção "a".
Exemplos:
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CRASE
Crase
Crase é um dos metaplasmos por supressão de fonemas a que as palavras podem estar sujeitas à
medida que uma língua evolui.
O termo crase significa fusão, junção. Em português, a crase é o nome que se dá à contração da pre-
posição "a" com:
OBS.: Nunca haverá crase no termo a que, mesmo quando puder ser substituído por à qual. Ex.: A
questão a que me refiro é esta. = A questão à qual me refiro é esta.
O sinal que indica a fusão, que indica ter havido crase de dois aa é o acento grave.
Acentua-se a preposição a quando, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina, o a torna-
se ao.
As palavras terra, casa e distância são casos especiais de crase. A preposição "a" antes da pala-
vra casa (lar) só recebe o acento grave quando vier acompanhada de um modificador, caso contrário
não ocorre a crase. Já com a palavra terra (chão firme, oposto de bordo) só ocorre crase quando vier
acompanhada de um modificador — da mesma maneira que existe a expressão "a bordo", enquanto
que com a palavra terra (terra natal ou planeta) sempre ocorre crase. Quanto à palavra distância, só
haverá crase se esta estiver especificada.
Exemplos:
O pronome aquele (e variações) e também aquilo e aqueloutro (e variações) podem receber acento
grave no a inicial, desde que haja um verbo ou um nome relativo que peça a preposição a.
A contração "à" pode surgir também com a elipse de expressões como "à moda (de)", "à maneira
(de)", como em "arroz à grega" (à maneira grega), "filé à Chatô" (à moda de Chatô)", etc. É este o único
caso em que "à" se pode usar antes de um nome masculino.
Regras de Verificação
Para saber se a crase é aplicável, ou seja, se deve ser usada a contração à (com acento grave) em vez
da preposição a (sem acento), aplique-se uma das regras de verificação:
1) Substitui-se a preposição a por outra preposição, como em ou para; se, com a substituição, o artigo
definido a permanecer, então a crase é aplicável.
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CRASE
Exemplos:
2) Troca-se o complemento nominal, após "a", de um substantivo feminino para um substantivo mascu-
lino; se, com a troca, for necessário o uso da combinação ao, então a crase é aplicável.
Exemplos:
Com crase, porque ao se trocar o complemento — Prestou relevantes serviços ao povo — aparece a
combinação ao.
Sem crase, porque ao se trocar o complemento — Chegarei daqui a um minuto — não aparece a com-
binação ao.
Obs.: a crase não ocorre antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de
nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio
lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).
Crase facultativa
Casos Proibidos
Tendo por princípio basilar que a palavra "à" é o feminino de "ao", não existe crase onde também não
cabe o uso de "ao". Portanto, nas seguintes situações:
Antes de verbos:
Preços a combinar.
Antes de substantivos masculinos, salvo no já supracitado caso de estar subentendida a expressão "à
moda de":
Passear a Cavalo
Antes de numerais:
De 10 a 100
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CRASE
a brilhantes psicólogas
a soluções
Mas: Caminhamos até à (a) casa. (no caso específico de "até", a crase é facultativa)
Antes de pronomes pessoais, relativos cujo/s, cuja/s e quem, demonstrativos, indefinidos, interrogati-
vos e de tratamento (com exceção de senhora, senhorita, dona e madame):
Obs.: (Pronomes demonstrativos de terceira pessoa, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aqueloutro*,
aqueloutra*, aqueloutros*, aqueloutras* podem levar crase):
Os pronomes aqueloutro/s e aqueloutra/s não são muito usados, mas são encontrados em textos literá-
rios.
À exceção de:
Vou a Salvador.
Vou a Lisboa.
Vou a Madri.
Obs.: substituir por "Fui à" ou "Vim da" (pode crasear) — "Fui a" ou "Vim de" (crasear pra quê?).
Vou a Brasília.
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CRASE
Vou à Bahia.
À exceção de: Quando o lugar está determinado com um adjunto adnominal, assim como ocorre com
"casa" e "terra", a crase é obrigatória em topônimos que não admitem artigo
A crase é um fenômeno fonético ( ` ) que representa a junção da preposição “a” com o artigo feminino
“a”. Além disso, pode haver crase também na combinação da mesma preposição
com pronomes demonstrativos que se iniciem com a letra “a”.
Exemplo:
Normas
Fica a dica – Em uma oração, se você puder substituir o substantivo feminino por um masculino e este
for antecedido por “ao”, haverá crase.
Exemplo:
Júlia levou sua irmã ao teatro / Júlia levou sua irmã à praça
Locuções adverbiais: às vezes, à noite, à tarde, às claras, à meia noite, às três horas;
Exemplo:
Horas específicas
Exemplo:
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CRASE
Hora genérica
Exemplo:
5- Antes dos substatnivos casa e terra, desde que não tenham o sentido de lar e terra firme, respecti-
vamente.
Exemplo:
Mas
Lugar específico
Mas
6- Usa-se crase com pronomes demonstrativos e relativos quando vierem precedidos da preposição a.
Exemplo:
A crase é, na língua portuguesa, a contração de duas vogais iguais, sendo representada com acento
grave.
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CRASE
Antes de verbos:
Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:
Nota: Caso se especifique os substantivos femininos através da utilização do artigo definido as, ocorre
crase, dada a contração desse artigo com a preposição a: a + as = às.
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CRASE
Ocorre crase:
Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem a pre-
posição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere,
como: agradecer a, pedir a, dedicar a,…
Meu filho mais velho está completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada.
Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que
se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.
Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.
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CRASE
Estudei a distância.
Estudei à distância.
Nota: Não ocorre crase em contexto formal e na nomeação de personalidades ilustres porque nestes
casos, segundo a norma culta, não se usa artigo definido.
Antes de nomes de localidades: Apenas ocorre crase antes de nomes de localidades que admitam a
anteposição do artigo a quando regidos pela preposição a. Uma forma fácil de verificar se há anteposi-
ção do artigo a é substituir a preposição a pelas preposições de ou em.
Havendo contração com as preposições de e em, ficando da e na, também haverá contração com a
preposição a, ficando à:
Vim da Bahia.
Estou na Bahia.
Não havendo contração com as preposições de e em, permanecendo de e em, também não haverá
contração com a preposição a, permanecendo a:
Vim de Brasília.
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CRASE
Estou em Brasília.
Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de localidade, se esta
estiver determinada. Com o sentido de chão, estando indeterminado, não ocorre crase.
O astronauta regressou à Terra trinta dias após sua partida. (Planeta Terra)
Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um adjunto
adnominal. Sem a determinação de um adjunto adnominal não há crase.
Regresso à casa de meus pais sempre que posso. (Com adjunto adnominal)
O que é a crase?
A crase é a contração de duas vogais iguais, sendo a contração mais comum a da preposição a com o
artigo definido feminino a (a + a = à).
Existem outras contrações, embora menos utilizadas, como a contração da preposição a com os pro-
nomes demonstrativos a, aquele, aquela e aquilo:
a + aquele = àquele;
a + aquela = àquela;
a + aquilo = àquilo.
Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o substan-
tivo feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da preposição a
contraindo com o artigo definido a.
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CRASE
Atenção!
Mais importante do que decorar regras de quando usar ou não usar crase, o correto uso da crase de-
pende de um bom conhecimento estrutural da língua e de uma capacidade de análise do enunciado
frásico, sendo importante compreender que não acorre crase se houver apenas a preposição a, ou
apenas o artigo definido a ou apenas o pronome demonstrativo a. Para que haja crase, é preciso que
haja uma sequência de duas vogais iguais, que sofrem contração, formando crase.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Colocação Pronominal
A Colocação Pronominal respeita aos três tipos de posição que os pronomes átonos me, te, o, a, lhe,
nos, vos, os, as, lhes podem ocupar na oração:
Embora existam regras, a colocação dos pronomes está pendente de fatores como por exemplo, o
ritmo, a ênfase e o estilo.
Uso da Próclise
Orações negativas, que contenham palavras tais como não, ninguém, nunca.
Exemplos:
Nunca o vi assim.
Exemplos:
Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, exceto quando haja vírgula depois do
advérbio, uma vez que dessa forma o advérbio deixa de atrair o pronome.
Exemplos:
Agora, descansa-se.
Exemplos:
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Orações interrogativas.
Exemplos:
Quem te presenteou?
Uso da Mesóclise
A Mesóclise é possível apenas com verbos do Futuro do Presente ou do Futuro do Pretérito. Se hou-
ver palavra atrativa, todavia, dá-se preferência ao uso da Próclise.
Exemplos:
Uso da Ênclise
Quando o uso da Próclise e da Mesóclise não for possível, usa-se a Ênclise. A colocação de pronome
depois do verbo é atraída pelas seguintes situações:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois quando regido pela preposição em deve ser usada a
Próclise).
Exemplos:
Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas locuções verbais. Lembrando que as re-
gras citadas para os verbos na forma simples devem ser seguidas.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções verbais em que o
verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio.
Exemplos:
Caso não haja palavra que atraia a Próclise, usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar em que o
verbo principal está no particípio.
Exemplos:
O pronome "se" pode ter a função de objeto direto ou, por vezes, de objeto indireto em orações em
cuja voz verbal é reflexiva.
Exemplos:
Exemplos:
Procura-se cãozinho.
Alugam-se casas.
É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas
normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita.
Dicas:
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e
em último caso, ênclise.
Próclise
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São
elas:
b) Advérbios.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
c) Conjunções subordinativas.
d) Pronomes relativos.
e) Pronomes indefinidos.
f) Pronomes demonstrativos.
Mesóclise
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos
não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.
Exemplos:
Ênclise
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
forem possíveis:
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Dicas:
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atra-
tiva.
Exemplos:
b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxi-
liar.
Dicas:
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo
principal.
Exemplos:
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do
verbo principal.
Exemplos:
Observações importantes:
Emprego de o, a, os, as
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Exemplos:
Chame-o agora.
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las.
Exemplos:
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-
se para no, na, nos, nas.
Exemplos:
Chamem-no agora.
4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso, podem
ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise.
A colocação pronominal faz referência à posição dos pronomes pessoais oblíquos átonos em relação
ao verbo.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos são: me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos.
Em se tratando de saneamento, o Brasil ainda tem que investir muito na área de tratamento de es-
goto.
É importante informar que a ênclise não ocorre no início da frase, na linguagem formal. Portanto, os
pronomes pessoais oblíquos átonos não iniciam orações.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do
caso oblíquo quando desempenha função de complemento. Vamos entender, primeiramente, como o
pronome pessoal surge na frase e que função exerce. Observe as orações:
Na primeira oração, os pronomes pessoais “eu” e “ele” exercem função de sujeito, logo, são perten-
centes ao caso reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo função de com-
plemento, e consequentemente é do caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, assim, o pronome oblíquo “lhe”, da segunda
oração, aponta para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar.... Aju-
dar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do pronome oblíquo "lhe" é justificado an-
tes do verbo intransitivo "ajudar" porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou entre locução
verbal, caso o verbo principal (no caso "ajudar ") estiver no infinitivo ou gerúndio.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: os primeiros não são precedidos de
preposição, diferentemente dos segundos que são sempre precedidos de preposição.
Colocação Pronominal
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a colocação pronominal é a posição que os
pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem.
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração em relação ao verbo:
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
3. mesóclise: pronome no meio do verbo
Próclise
• Advérbios:
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
• Pronomes relativos:
• Pronomes indefinidos:
• Pronomes demonstrativos:
• Conjunção subordinativa:
Ênclise
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes
oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando:
Mesóclise
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, o, a, lhe, os, as, lhes, nos e vos, como todos os outros mo-
nossílabos átonos, apoiam-se na tonicidade de alguma palavra próxima.
Próclise
Conjunção subordinativa:
Advérbio:
Caso haja pausa depois do advérbio (marcada na escrita por vírgula), ocorrerá a ênclise.
Pronome indefinido:
Pronome relativo:
Ocorre também a próclise nas orações iniciadas por palavras interrogativas e exclamativas e nas ora-
ções optativas (orações que exprimem um desejo):
Quem te disse que ele não viria? (oração iniciada por palavra interrogativa)
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Mesóclise
A mesóclise só poderá ocorrer com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que
não haja algum fator de próclise.
Caso o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo venha precedido por pro-
nome pessoal reto, ou de alguma palavra que exija a próclise, está será de rigor.
Se a locução verbal não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono poderá ficar depois
do verbo auxiliar ou depois do verbo principal:
Havendo fator de próclise, o pronome átono ficará antes do verbo auxiliar ou depois do principal:
Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará depois do verbo auxiliar:
Se houver fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes do verbo auxiliar:
Ênclise
De acordo com a gramática normativa, a posição adequada dos pronomes átonos é depois do verbo,
desde que não haja condições para a próclise ou para a mesóclise.
Com o verbo no inicio do período, desde que não esteja no futuro do indicativo:
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Com o verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido da preposição em:
Aspirava com ânsia, como se aquele ambiente tépido não bastasse a saciá-lo.
Em orações interrogativas iniciadas por palavras interrogativas, com verbo no infinitivo impessoal:
A colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos na oração pode ser feita de três formas distin-
tas, existindo regras definidas para cada uma dessas formas.
Próclise ou ênclise?
A colocação pronominal depois do verbo é a forma básica de colocação pronominal, seguindo a es-
trutura sintática básica de uma oração: verbo + complemento. Contudo, o uso da próclise encontra-se
generalizado na linguagem falada e escrita.
É facultativo o uso da próclise ou da ênclise, caso o verbo não se encontre no início da frase, nem
haja situações que justifiquem o uso específico de uma forma de colocação pronominal.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A próclise nunca deverá ser utilizada quando o verbo se encontrar no início das frases. Nesta situa-
ção, a forma correta de colocação pronominal é depois do verbo.
Ouviram-me chamar?
Deram-lhe os parabéns!
Existem diversas situações que justificam o uso específico de uma forma de colocação pronominal.
Ênclise
Em orações iniciadas com verbos (com exceção do futuro do presente do indicativo e do futuro do
pretérito do indicativo), uma vez que não se iniciam frases com pronomes oblíquos.
Sente-se imediatamente!
Próclise
A colocação pronominal deverá ser feita antes do verbo apenas quando houver palavras atrativas que
justifiquem o adiantamento do pronome, como:
Nunca a esquecerei.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Quem me chamou?
Deus te guarde!
Advérbios, sem que haja uma pausa marcada. Havendo uma pausa marcada por uma vírgula, deverá
ser usada a ênclise.
Mesóclise
A colocação pronominal deverá ser feita no meio do verbo quando o verbo estiver conjugado no fu-
turo do presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo.
A mesóclise é maioritariamente utilizada numa linguagem formal, culta e literária. Caso haja situação
que justifique a próclise, a mesóclise não ocorre.
A colocação pronominal nas locuções verbais difere caso o verbo principal esteja no particípio ou no
gerúndio e infinitivo.
Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar após o verbo prin-
cipal ou após o verbo auxiliar.
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Caso haja alguma palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar antes da locu-
ção verbal ou depois da locução verbal.
Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá ficar depois do verbo
auxiliar, nunca depois do verbo principal no particípio.
Caso haja alguma palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá ficar antes da locu-
ção verbal.
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Apesar do tema pedir para abordar somente sobre a oração e o período, colocarei também um pouco
sobre frase para tornar o assunto mais completo.
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação. Expressa juízo, indi-
ca ação, estado ou fenômeno, transmite um apelo, ordem ou exterioriza emoções.
Normalmente a frase é composta por dois termos – o sujeito e o predicado – mas não obrigatoria-
mente, pois, em Português há orações ou frases sem sujeito: Há muito tempo que não chove.
Enquanto na língua falada a frase é caracterizada pela entoação, na língua escrita, a entoação é re-
duzida a sinais de pontuação.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em verbais e nominais, feita a partir de seus ele-
mentos constituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido global:
frases interrogativas: o emissor da mensagem formula uma pergunta. / Que queres fazer?
frases imperativas: o emissor da mensagem dá uma ordem ou faz um pedido. / Dê-me uma mão-
zinha! – Faça-o sair!
Quanto a estrutura da frase, as frases que possuem verbo são estruturadas por dois elementos es-
senciais: sujeito e predicado.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É o “ser de quem se
declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”.
O predicado é a parte da frase que contém “a informação nova para o ouvinte”. Ele se refere ao tema,
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
Quando o núcleo da declaração está no verbo, temos o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver
num nome, teremos um predicado nominal.
A existência é frágil.
A oração, às vezes, é sinônimo de frase ou período (simples) quando encerra um pensamento com-
pleto e vem limitada por ponto-final, ponto-de-interrogação, ponto-de-exclamação e por reticências.
Acima temos três orações correspondentes a três períodos simples ou a três frases.
Mas, nem sempre oração é frase: “convém que te apresses” apresenta duas orações mas uma só
frase, pois somente o conjunto das duas é que traduz um pensamento completo.
Outra definição para oração é a frase ou membro de frase que se organiza ao redor de um verbo. A
oração possui sempre um verbo (ou locução verbal), que implica, na existência de um predicado, ao
qual pode ou não estar ligado um sujeito.
Rua!
Já em:
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
“Quero a rosa mais linda que houver, para enfeitar a noite do meu bem.”
Temos uma frase e três orações: As duas últimas orações não são frases, pois em si mesmas não
satisfazem um propósito comunicativo; são, portanto, membros de frase.
Quanto ao período, ele denomina a frase constituída por uma ou mais orações, formando um todo,
com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
Período simples é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absolu-
ta.
Chove.
A existência é frágil.
A sintaxe é a parte da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as pala-
vras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda também
as relações existentes entre as diversas orações que formam um período.
termos essenciais;
termos integrantes;
termos acessórios.
Sujeito: a Madalena
Predicado: pagará suas dívidas ao banco
Objeto direto: suas dívidas
Objeto indireto: ao banco
Adjunto adverbial: amanhã
Adjunto adnominal: a, suas
Sujeito: o diretor
Predicado: está livre de compromissos
Predicativo do sujeito: livre
Complemento nominal: compromissos
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Sujeito: a roupa
Predicado: foi passada pela vizinha
Agente da passiva: vizinha
Aposto: uma senhora trabalhadora
Sujeito: ela
Predicado: acusou-a de fofoqueira
Objeto direto: a
Predicativo do objeto: fofoqueira
Os períodos compostos são formados por várias orações. As orações estabelecem entre si relações
de coordenação ou de subordinação.
Os períodos compostos por coordenação são formados por orações independentes. Apesar de esta-
rem unidas por conjunções ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas individual-
mente porque apresentam sentidos completos.
Os períodos compostos por subordinação são formados por orações dependentes uma da outra.
Como as orações subordinadas apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas de
forma separada.
Conforme a função sintática que desempenham, as orações subordinadas são classificadas em subs-
tantivas, adjetivas ou adverbiais.
Oração subordinada substantiva subjetiva: Foi anunciado que Jorge será o novo diretor.
Oração subordinada substantiva objetiva direta: Nós não sabíamos que isso seria obrigatório.
Oração subordinada substantiva objetiva indireta: A empresa precisa de que todos os funcioná-
rios sejam assíduos.
Oração subordinada substantiva completiva nominal: Tenho esperança de que tudo será melhor
no futuro!
Oração subordinada substantiva predicativa: O importante é que minha filha é feliz.
Oração subordinada substantiva apositiva: Apenas quero isto: que você desapareça da minha
vida!
Oração subordinada adverbial causal: Ele não pode esperar porque tem hora marcada no médico.
Oração subordinada adverbial consecutiva: A Luísa esperou tanto tempo que adormeceu no sofá.
Oração subordinada adverbial final: Eles ficaram vigiando para que nós chegássemos a casa em
segurança.
Oração subordinada adverbial temporal: Mal você foi embora, ele apareceu.
Oração subordinada adverbial condicional: Se o Paulo vier rápido, eu espero por ele.
Oração subordinada adverbial concessiva: Embora eu esteja atrasada para o trabalho, continuarei
esperando por ele.
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Oração subordinada adverbial comparativa: Júlia se sentia como se ainda tivesse dezesseis anos.
Oração subordinada adverbial conformativa: Ficaremos esperando por você, conforme combina-
mos ontem.
Oração subordinada adverbial proporcional: Quanto mais eu estudava, mais tinha a sensação de
não saber nada.
Oração subordinada adjetiva explicativa: A Júlia, que é a funcionária mais nova da empresa, não
teve uma boa avaliação.
Oração subordinada adjetiva restritiva: Todos os funcionários que conhecem bem a empresa tive-
ram uma boa avaliação.
Sintaxe de concordância
Para haver concordância nominal é necessário que haja concordância de gênero e número entre os
diversos nomes da oração, ou seja, entre o substantivo e o adjetivo que o caracteriza, entre o subs-
tantivo e o artigo que o determina, entre um pronome adjetivo e o substantivo,...
Concordância em número indica a flexão em singular e plural. Concordância em gênero indica a fle-
xão em masculino e feminino.
O vizinho novo;
A vizinha nova;
Os vizinhos novos;
As vizinhas novas.
Para que haja concordância verbal é necessário que haja concordância em número e pessoa entre
o sujeito gramatical e o verbo.
Concordância em número indica a flexão em singular e plural. Concordância em pessoa indica a fle-
xão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa.
Eu li;
Ele leu;
Nós lemos;
Eles leram.
Sintaxe de regência
A sintaxe de regência estuda a regência nominal e a regência verbal que ocorre entre os diversos
termos de uma oração. Há um termo regente que apresenta um sentido incompleto sem o termo regi-
do, que atua como seu complemento.
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu comple-
mento (termo regido) através do uso de uma preposição.
favorável a;
apto a;
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
livre de;
sedento de;
intolerante com;
compatível com;
interesse em;
perito em;
mau para;
pronto para;
respeito por;
responsável por.
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu complemen-
to (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os termos regidos
são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).
assistir a;
obedecer a;
avisar a;
agradar a;
morar em;
apoiar-se em;
transformar em;
morrer de;
constar de;
sonhar com;
indignar-se com;
ensaiar para;
apaixonar-se por;
cair sobre.
A sintaxe de colocação pronominal estuda a forma como os pronomes pessoais oblíquos átonos se
associam aos verbos. Existem três formas de colocação pronominal:
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
A ênclise é a forma básica de colocação pronominal. Contudo, há um maior uso da próclise no portu-
guês falado no Brasil, sendo a forma de colocação pronominal privilegiada pelos falantes.
Assim, em muitas ocasiões torna-se facultativo o uso da próclise ou da ênclise, desde que não ocorra
nenhuma situação que exija um tipo específico de colocação pronominal.
É, por exemplo, obrigatório o uso da ênclise em orações iniciadas com verbos, estando errado iniciar
uma frase com um pronome oblíquo.
Além disso, há diversas palavras que exigem o uso da próclise, como palavras negativas, conjunções
subordinativas, pronomes relativos, indefinidos e demonstrativos, entre outras.
Estudar as diferenças entre Frase, Oração e Período é importante para que possamos compre-
ender a sintaxe da língua portuguesa, os enunciados e suas unidades.
Para que possamos compreender a sintaxe da Língua Portuguesa, ou seja, o conjunto das relações
que as palavras estabelecem entre si, é necessário, antes de tudo, estudarmos a respeito
dos enunciados e suas unidades, os quais apresentam características estruturais próprias: a Frase,
a Oração e o Período. Vejamos cada um deles!
Frase
A frase pode ser definida por seu propósito comunicativo. Isso significa que Frase é todo enuncia-
do capaz de transmitir, de traduzir sentidos completos em um contexto de comunicação,
de interação verbal.
O início e o final da frase são marcados, na escrita, por pontuação específica (. ! ? …);
Na fala, o início e o final da frase são marcados por uma entoação característica. Não se esqueça
de que a entoação é a forma como os falantes associam o contorno da expressividade, como é visto
na frase interrogativa ou declarativa;
Na escrita, os limites da frase são indicados pela letra inicial maiúscula e pelo sinal de pontuação (. !
? …).
– Ai!
– Socorro!
– O quê?
– Quanta bagunça...
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
– Que tragédia!
– Como assim?
– Fogo!
Tipos de Frases
Frases exclamativas: Entonação expressiva, reação mais exaltada. Geralmente, finalizada com
ponto de exclamação ou reticências (! …). Exemplo: Que horror!
Frases declarativas: Não são marcadas pela entonação expressiva ou intencional. Geralmente
apresentam declarações afirmativas ou negativas e são finalizadas com o ponto final
(.). Exemplo: Amanhã não poderei levantar.
Frases imperativas: Enunciado que traz um verbo no modo imperativo. Geralmente sugere uma
ordem e é finalizado pelos pontos de exclamação e final (! .). Exemplo: Fale mais baixo!
Oração
A oração é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado linguístico cuja estrutura caracteriza-
se, obrigatoriamente, pela presença de um verbo. Na verdade, a oração é caracterizada, sintatica-
mente, pela presença de um predicado, o qual é introduzido na língua portuguesa pela presença de
um verbo. Geralmente, a oração apresenta um sujeito, termos essenciais, integrantes ou acessórios.
– Corra!
PERÍODO
O período é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado construído por uma ou mais orações e
possui sentido completo. Na fala, o início e o final do período são marcados pela entonação e, na
escrita, são marcados pela letra maiúscula inicial e a pontuação específica que delimita sua exten-
são. Os períodos podem ser simples ou compostos. Vejamos cada um deles:
Período simples
Os períodos simples são aqueles constituídos por uma oração, ou seja, um enunciado com ape-
nas um verbo e sentido completo. Exemplo: Os dias de verão são muito longos! (verbo ser)
Período composto
Os períodos compostos são aqueles constituídos por mais de uma oração, ou seja, dois ou mais
verbos. Exemplo: Mariana me ligou para dizer que não virá mais tarde. (Período composto por três
orações: verbos ligar, dizer e vir.)
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Sujeito: é identificado com o questionamento de “quem é que”. O sujeito pode ser simples (único
núcleo), composto (mais de um núcleo), oculto (quando é a partir da desinência verbal que você en-
contra o sujeito), indeterminado (verbos em terceira pessoa indicam a indeterminação do sujeito) e
poderá haver orações sem sujeito (com os verbos haver, acontecer, ser).
Objeto direto: complementa o sentido do também verbo direto, geralmente está acompanhado de
artigos.
Objeto indireto: aparece com preposição e complementa o sentido do verbo transitivo indireto.
Agente da passiva: inicia-se com “por”, “pelo”, “de” e pratica a ação verbal na voz chamada passiva.
Adjunto adverbial: são informações de tempo, dúvida, causa, modo, lugar, intensidade, ao verbo.
Para que a frase seja classificada com oração, é preciso que se atente para duas características prin-
cipais: que exista um verbo ou locução verbal, e que promova o sentido completo. Por isso que, nem
sempre toda frase será oração. Veja:
Que noite bonita! -> mesmo que tenha sentido, não há verbo, portanto, é frase.
Concordância verbal é quando o verbo se flexiona para concordar com o número e pessoa do sujeito.
Lápis, caderno, livro, tudo é necessário para uma educação de qualidade (quando se refere a tudo,
ninguém ou nada, o verbo permanece no singular)
Vossa Excelência quer um chá? (pronomes de tratamento, o verbo fica em terceira pessoa)
Os alunos novos precisam das apostilas que estão em meus dois armários da biblioteca
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Há verbos, na língua portuguesa, que exigem a presença de outros termos na oração a que perten-
cem. Quando um verbo exige a presença de outro termo na oração, ele se chama REGENTE e a
palavra que completa a sua significação chama-se REGIDO.
Transitivo direto: é acompanhado de um objeto direto sem preposição. Ex: Minha mãe reconquistou
o pai.
Transitivo indireto: é acompanhando de um objeto indireto com preposição. Ex: Vamos brincar de
boneca?
Transitivo direto e indireto: quando há tanto o objeto direto quanto indireto. Ex: O jornal dedicou uma
folha ao acidente.
É possível que algumas orações se encontrem na ordem inversa (indireta) quando não seguem a
estrutura direta, como veremos abaixo:
Eu fui ao casamento
No casamento, fui eu
Geralmente, a ordem indireta aparece mais em poemas, textos literários e obras para que a cadência
fique mais fluida. O mesmo acontece com o nosso hino nacional, que em sua maioria está invertido.
A ordem direta está classificada como sujeito + verbo + complemento.
1. Sujeito e Predicado
Sujeito: termo sobre o qual recai a afirmação do predicado e com o qual o verbo concorda.
Tipos de sujeito
Determinado: o predicado se refere a um termo explícito na frase. Mesmo que venha implícito, pode
ser explicitado.
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Indeterminado: o predicado não se refere a qualquer elemento explícito na frase, nem é possível
identificá-lo pelo contexto.
Choverá amanhã.
Haverá reclamações.
Faz quinze dias que vem chovendo.
É tarde.
Adjunto adverbial: liga-se ao verbo, não para completá-lo, mas para indicar circunstância em que
ocorre a ação.
Agente da voz passiva: liga-se a um verbo passivo por meio de preposição para indicar quem exe-
cutou a ação.
Predicativo: caracteriza o nome a que se refere sempre por meio de um verbo. Pode ser do sujeito e
do objeto.
Aposto: termo de núcleo substantivo, que se liga a um nome para identificá-lo. O aposto é sempre
um equivalente do nome a que se refere.
Complemento nominal: liga-se ao nome por meio de preposição obrigatória e indica o alvo sobre o
qual se projeta a ação.
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
4. Vocativo:
Termo isolado, que indica a pessoa a quem se faz um chamado. Vem sempre entre vírgulas e admite
a anteposiçãoo da interjeição ó.
SINTAXE DO PERÍODO
Restritiva: É aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere. Vem iniciada por pronome
relativo e não vem entre vírgulas.
Explicativa: É aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma propri-
edade pressuposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere. Inicia-se por
pronome relativo e vem entre vírgulas.
Exemplo: O aluno foi bem na prova porque estava calmo. (devido à sua calma)
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Condicional: indica um evento ou fato do qual depende a ocorrência indicada na oração principal.
Conformativa: indica que o fato expresso na oração subordinada está de acordo com o da oração
principal.
Final: indica o fim, o objetivo com que ocorre a ação do verbo principal.
4. Orações coordenadas
São todas as orações que não se ligam sintaticamente a nenhum termo de outra oração.
As coordenadas podem ou nãoo vir iniciadas por conjunção coordenativa. Chamam-se coordenadas
sindéticas as que se iniciam por conjunção e assindéticas as que nã;o se iniciam.
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
O que é Sintaxe?
A sintaxe é o estudo das palavras dentro das frases ou orações, da relação que elas criam entre si
para compor o significado. É também o estudo da relação das orações dentro do período. A sintaxe é
a ferramenta usada para formar uma frase compreensível, por isso se as relações que as palavras
estabelecem entre si dentro de uma oração mudam, o sentido também muda, mesmo se usarmos as
mesmas palavras. Assim como na matemática, se você tem a operação 10 dividido por 2, o resultado
será diferente caso sejam invertidos os números. 10 dividido por 2 é igual 5, mas 2 dividido por 10 é
igual a 0,2. Percebemos que com a inversão dos números obtivemos um resultados diferentes.
Para entender melhor o sentido de sintaxe, é preciso compreender os conceitos de frase, oração
e período. Esses três elementos, apesar de possuírem significados diferentes. estão diretamente
ligados. São os elementos essenciais para a criação de um discurso. Comecemos pela frase, que
possui um significado muito mais aberto. As frases têm o objetivo de transmitir uma mensagem, então
elas podem ser formadas por apenas uma palavra ou ter uma complexidade muito maior. Sempre é
possível reconhecer o começo e o fim de uma frase oralmente, e na escrita normalmente se identifica
o começo por uma letra maiúscula e o final por um ponto.
EXEMPLOS: “Socorro!” e “Eu preciso que alguém envie ajuda para atender uma senhora que foi
atropelada e já não está conseguindo respirar.”
Orações e períodos possuem conceitos mais definidos. Uma oração é uma frase ou um fragmento
dela que é formada por um verbo ou locução verbal. As frases compostas por orações são chamadas
de períodos. Os períodos podem ser simples ou compostos, esta definição depende do número de
orações em sua estrutura. Caso o período possua apenas uma oração, é chamado de período sim-
ples; se é formado por duas ou mais orações, é um período composto.
EXEMPLOS: “Pare com isso” é um período simples. “Pare com isso que já ficou chato” é um período
composto.
Tipos de frase
A frase tem o objetivo de transmitir um conteúdo para alguém, e existem diversas maneiras para se
fazer isso. Na língua portuguesa algumas dessas formas de se expressar já são muito comuns, e por
isso a entoação delas tornou-se previsível. Esses tipos comuns de frases podem ser classificados
conforme as categorias a seguir:
Frases declarativas: Frases que declaram ou informam algo. Podem ser tanto no sentido positivo
quanto no negativo.
EXEMPLOS: frase declarativa afirmativa: “Isto vai cair”; frase declarativa negativa: “Isto não vai cair”.
Frases interrogativas: Frases através das quais se procura obter alguma informação ou faz-se um
questionamento. Podem ser diretas ou indiretas.
EXEMPLOS: frase interrogativa direta: “Isto vai cair?”; frase interrogativa indireta: “Queria saber se
isto vai cair”.
Frases imperativas: Normalmente empregadas em pedidos, ordens e conselhos. São frases que
têm o objetivo de influenciar as ações do receptor da mensagem. Também podem ser afirmativas e
negativas.
EXEMPLOS: frase imperativa afirmativa: “Corra pelo campo”; frase imperativa negativa: “Não corra
pelo campo”.
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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Frases exclamativas: Frases usadas para expressar uma emoção ou estado emotivo.
Elementos da sintaxe
O campo de estudo da sintaxe é composto por três elementos: frase, oração e período. Frase é muito
abrangente, logo não é necessário um estudo tão aprofundado. Oração e período, apesar de já terem
sido definidos, ainda podem ser estudados mais a fundo. A oração possui alguns elementos que são
fundamentais na sua constituição:
Sujeito
Predicado
Complemento
Adjunto
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__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Semântica e Pragmática
Semântica é o estudo do significado, isto é a ciência das significações, com os problemas suscita-
dos sobre o significado: tudo tem significado? Significado é imagem acústica, ou imagem visual?
O homem sempre se preocupou com a origem das línguas e com a relação entre as palavras e
as coisas que elas significam, se há uma ligação natural entre os nomes e as coisas nomeadas ou se
essa associação é mero resultado de convenção. Nesse estudo consideram-se também as mudanças
de sentido, a escolha de novas expressões, o nascimento e morte das locuções.
A semântica como estudo das alterações de significado prende-se a michel bréal e a gaston pa-
ris. Um tratamento sincrônico descritivo dos fatos da linguagem e da visão da língua como estrutura e
as novas teorias do símbolo datam do século. Xx.
As formas linguísticas são símbolos e valem pelo que significam. São ruídos bucais, mas ruídos signi-
ficantes. É a constante referência mental de uma forma a determinado significado que a eleva a ele-
mento de uma língua.
Não há nenhuma relação entre o semantema (ou lexema ou morfema lexical – unidade lé-
xica, que compõe o léxico) cão e um certo animal doméstico a não ser o uso que se faz desse se-
mantema para referir-se a esse animal.
Cada língua“ recorta” o mundo objetivo a seu modo, o que humboldt chama “visão do mundo”. Regis-
tre-se a existência da linguagem figurada, a metáfora, uso de uma palavra por outra, subjazendo
à segunda a significação da primeira. Há que se levar em conta a denotação (significado mais res-
trito) e a conotação (halo de emoção envolvendo o semantema – casa / lar).
O estudo dos semantemas é difícil, pois são em número infinito e sua significação fluída, sujeita às
variações sincrônica, sintópica etc.
Quanto à significação interna dos morfemas, (ou gramema ou morfema gramatical) ela se distribui
nas categorias gramaticais que enquadram uns dados e mantema numa gama de categoria – gê-
nero, número etc – para maior economia da linguagem.
Os elementos lexicais que fazem parte do acervo do falante de uma língua podem ser:
– Simples – cavalo
– Compostos – cavalo-marinho
– Textuais – orações, pragas, hinos (são pragmáticos, não entram nos dicionários de língua,
a não ser por comodidade. O conceito de gato não está contido em "à noite todos os gatos são par-
dos”)
Nem todo lexema é, portanto, uma palavra, às vezes é um conjunto, em geral idiomático: favas conta-
das, nabos em saco etc. Nesse caso, falamos em sentido figurado, oposto a sentido literal.
Nas alterações sofridas nas relações entre as palavras estão as chamadas figuras de retórica clás-
sica:
Metonímia – transferência do nome de um objeto a outro, com o qual guarda alguma relação de:
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Etc
Catacrese – extensão do sentido de uma palavra a objetos ou ações que não possuem denomina-
ção própria – embarcar no ônibus; o pé da mesa
No levantamento da tipologia das relações entre as palavras assinalam-se ainda os fenômenos da si-
nonímia, antonímia, homonímia, polissemia e hiponímia.
Os sinônimos se dizem completos, quando são intercambiáveis no contexto em questão. São perfei-
tos quando intercambiáveis em todos os contextos, o que é muito raro, a não ser em termos técnicos.
Por exemplo, em: casamento, matrimônio, enlace, bodas, consórcio, há um fundo comum, um "nú-
cleo"; os empregos são diferentes, porém próximos. Nem todas as palavras aceitam sinônimos ou an-
tônimos.
A escolha entreséries sinonímicas é, às vezes, regional. (ex: pandorga, papagaio, pipa). Quanto à ho-
monímia, pode ocorrer coincidência fônica e/ou gráfica.
A coincidência de grafemas e fonemas pode decorrer de convergência de formas (ex: são verbo
ser, sinônimo de sadio, forma variante de santo derivando respectivamente de sunt, sanum, sanc-
tum). Ou é resultado de existência coincidente do mesmo vocábulo em línguas diferen-
tes (ex: manga – parte da roupa ou fruto, provindo, respectivamente do latim e do malaio).
Cumpre distinguir homonímia de polissemia, o que nem sempre é fácil. A distinção pode ser:
– descritiva – considerando ser a palavra um feixe de semas, se entre duas palavras com a mesma
forma, houver um sema comum, diz-se ser um caso de polissemia (ex: coroa – adorno para a ca-
beça ou trabalho dentário). Em caso contrário, será homonímia (ex pena – sofrimento ou revesti-
mento do corpo das aves) .
– diacrônica – se as palavras provém do mesmo léxico, diz-se ocorrer um caso de polissemia; (ex:
cabo – acidente geográfico e fim de alguma coisa) no contrário, ocorrerá um caso de convergên-
cia de formas (ex: canto – verbocantar e ângulo).
Quando a mesma forma fônica cobre significações diferentes, emboracorrelatas, tem-se a polisse-
mia; quando cobre significações completamente diferentes, tem-se a homonímia.
A polissemia envolve matizes emocionais, é determinada pelo contexto; constitui, às vezes, lingua-
gem figurada e linguagem literária. A tarefa do ouvinte é fazer uma seleção entre as significações al-
ternativas, por meio do contexto em que se acha o signo.
Diz-se serem os homônimos lexemas iguais e palavras diferentes, isto é, com conteúdo semânticodi-
ferente.
Como os lexemas também podem se apresentar com mais de uma forma, a descrição de homoní-
mia precisa ser refinada para se distinguir homonímia parcial de homonímia total, considerando-
se aqui a não coincidênciaentre língua escrita e falada.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Já a polissemia só ocorre com lexemas simples. É, por vezes, difícil distingui-la de homonímia.
Um dos critérios é o etimológico, não relevante na linguagem estrutural. O principal, aqui, é haver re-
lação entre significados. Permanece o problema do dicionário: deve haver uma ou mais de uma en-
trada lexical?
Ex: pupila – parte do olho / menor de que se deve cuidar – têm a mesma etimologia. Mas deve-se
considerar a relação sincrônica entre ossignificados. O fato de a língua sofrer alterações dificulta
o problema.
Quanto à sinonímia, os lexemas podem ser completamente sinônimos ou não, conforme sejam inter-
cambiáveis em todos os contextos ou não. A sinonímia total é muito rara, só ocorre em termos cientí-
ficos.
A distinção é, por vezes, sutil, inclui o fator eufemismo. (vide anexo). Podemos dizer que um lexema
se relaciona a outros pelo sentido e se relaciona com a realidade pela denotação. Sentido e denota-
ção são interdependentes. Isomorfia total entre duas línguas é difícil, ocorre mais frequentemente
em empréstimos decorrentes de intercâmbios cultural (ex. A palavra camisa, herdada pelos roma-
nos aos iberos).
A análise componencial coloca a tese de serem os lexemas de todas aslínguas complexos de concei-
tos atomísticos universais como os fonemas são complexos de traços atomísticos universais (possi-
velmente).
Assim o lexema mulher pode ser descrito pelos traços adulto, feminino, humano, em relação aho-
mem que seria adulto, não-feminino, humano. Nem todo lexema é passível de análise componencial
(a análise componencial ajuda a distinguir homonímia de polissemia).
Entre as relações pelo sentido, colocamos também a hiponímia e a antonímia. A antonímia inclui
os casos de oposição de sentido (solteiro / casado; morto / vivo), ou, como dizem alguns autores,
a incompatibilidade (vermelho /azul / branco seriam incompatíveis entre si).
As relações hiponímicas provêm do fato de um termo ser mais abrangente que outro:
(ex: flor > rosa, orquídea etc)
Um grande número de palavras aceita polissemia. Escapam os termos técnicos, palavras muito raras
e palavras muito longas. O deslizar de sentido ocorre por muitas causas:
Na evolução semântica, as palavras ganham conotação pejorativa (tratante – que faz um trato) ou va-
lorativa (ministro – que serve os alimentos); ampliam o significado (trabalho– instrumento de tortura),
ou restringem (anjo– mensageiro).
Fontes de renovação do léxico em suas acepções, são as gírias (falares grupais), aí incluídos os jar-
gões profissionais (chutar, no sentido de mentir; o doente fez uma hipoglicemia).
As siglas são outra fonte do léxico, dando até palavras derivadas (clt → celetista).
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Na chamada linguagem figurada há várias ocorrências: elipse (bife com fritas); similaridade (chapéu-
coco); sinestesia (cor berrante); contiguidade (beber champanhe); perda de motivação (átomo); eufe-
mismo (vida-fácil). Porvezes, o eufemismo provém de um tabu linguístico mal dos peitos, do-
ença ruim, malino < maligno etc. Esses fenômenos são grupais, acabam por convencionalizar-se.
Toda criação de palavras repousa, portanto, em associações, sendo a língua uma estrutura. O va-
lor de uma palavra se estabelece em relação a outras e em relação ao sistema, é o centro de
uma constelação associativa; todamudança em um conceito resulta em mudança nos conceitos vizi-
nhos (mulher / senhora; sopa fria / água fria)
A significação gramatical está ligada aos morfemas, sem se desligar da significação léxica; refere-se
às propriedades e relações dos signos verbais dados e às propriedades e relações dos objetos re-
ais que são refletidos na linguagem e no pensamento: gênero, número etc.
A significação sintática é, por assim dizer, uma extensão da significação gramatical – lato-sensu, diz-
se que a significação dos morfemas é um elemento da significação sintática; na significação sintá-
tica sempre se acrescenta um elemento qualquer à significação léxica; isso provém dos morfemas,
das regras da ordem das palavras e das palavras funcionais.
A significação interna, como já se disse, distribui-se pelas categorias gramaticais para maior econo-
mia e eficiência da linguagem. A estrutura sintagmática é também relevante para o significado, donde
poder-se falar em significado gramatical; esse depende da regência, da colocação e, até, de fatores
como pausa, entonação que, na linguagem escrita são assinaladas, tanto quanto possível, pela pon-
tuação. O significado da sentençanão é, portanto, a soma do significado dos seus elementos lexi-
cais, muito embora a relevância do significado de cada um deles.
O significado de uma sentença depende, portanto, do significado dos seus lexemas constituintes e o
significado de alguns lexemas dependerá, por sua vez, da sentença em que aparece. Mas a estru-
tura da sentença é relevantepara a determinação do significado. Devemos, por conseguinte, conside-
rar o significado gramatical como componente para o significado da sentença.
É preciso considerar que as línguas possuem variadas funções. As proposições podem ser declarati-
vas, imperativas ou imperativas. As declarativas podem ser afirmativas ou negativas (falsas ou verda-
deiras).
Há, então, uma grande divisão entre significado descritivo e não-descritivo. (Ex. João levanta tarde (!
?) Dependendo da entonação, será uma informação ou uma exteriorização de sentimentos).
O que é dito e o modo de dizer dependem das relações sociais entre os interlocutores. Quanto aos
lexemas, há que se considerar que eles tanto transportam conteúdo sêmico (do significado), quanto
informações gramaticais expressas nas desinências e nos determinantes e nas funções que expres-
sam na sentença.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Há informações portanto, mórficas e sintáticas, apontadas já no dicionário. (p. Ex. Subst. Fem., v.
Trans. Etc).
– Pressuposição – quanto tempo ele ficou em brasília? – supõe: ele foi a brasília.
– Implicação – muitos estudantes não foram capazes de responder à pergunta. – implica: – só al-
guns estudantes responderam.
Enfim, o sentido das palavras não é transcendental nem produzido pelo contexto; é a resul-
tante de contextos já produzidos. A relação entre significante e significado é flutuante, está sem-
pre em aberto. Disso resultam osproblemas lexicográficos. Mesmo aqui, usamos termos como pala-
vra, vocábulo e outros sobre cujas acepções divergem os estudiosos, muito embora o seu fundo co-
mum, do qual temos, inclusive os leigos, um conhecimento intuitivo.
Como dissemos, para alguns autores, o significado do enunciado extrapola o âmbito da linguística,
entrando no terreno da pragmática. Essa ciência pode, em brevíssimas palavras, ser definida como
“relações da linguagem com seus usuários. ” Ou por outra, exame dos discursos formadores da e for-
mados pela visão do mundo. Sendo a língua uma abstração, um agregado de dialetos, de socioletos,
de idioletos, é a fala que tem existência real, merecedora deatenção por parte de todos que se inte-
ressam pelos fenômenos da linguagem.
Quando se fala, faz-se mais que trocar informações. A fala é cooperação, mas é também conflito,
persuasão, negociação. Todo ato de fala se realiza emdeterminadas condições psicológicas, den-
tro de um contexto sociocultural que, mais ou menos, as controlam. Para a real ocorrência, com su-
cesso, de um ato de fala são imprescindíveis os chamados fatores de textualidade:
Coesão Intencionalidade
Coerência Aceitabilidade
Intertextualidade Informatividade
Situacionalidade
Esses fatores residem em competências do falante e do ouvinte, em um pacto social que começa no
compartilhamento do mesmo idioma e que transforma a linguagem em discurso.
Para austin dizer é sempre fazer. Além dosimples fenômeno de emissão de sons bucais dotados de
significação clara e permanente, coesos e coerentes, há necessidade de se situar a emissão, acei-
tar o emissor, perceber-lhe a intenção (ou, ao menos, a intenção frontal) para que ocorra a informa-
ção. Desse modo, podem os atos de fala, por si, mudar uma situação.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Por exemplo, quando o juiz afirma ao casal de noivos – eu os declaro marido e mulher – essas pes-
soas passam da condição de solteiros para a de casados. Muitos exemplos podem ser apresenta-
dos, inclusive o inicial de todos eles e de tudo mais– “faça-se a luz”.
As religiões, inclusive em suas cosmogonias, atribuem valor aos atos de fala, com recomendações
de que sejam seguidos à risca para que surtam efeito.
Nos atos declarativos, há que se distinguir entre locutor e enunciador. Locutor será o autor das pala-
vras, o que diz; enunciador será o indivíduo a quem o locutor atribui a responsabilidade do foi dito.
Por exemplo, no enunciado“ o homem teria chegado ao brasil há 45.800 anos”
O locutor é o jornalista que redige a notícia e o enunciador a arqueóloga que faz a afirmação.
O uso do futuro do pretérito, muito usado no discurso jornalístico, exime o jornalistada responsabili-
dade quanto à veracidade das palavras.
A essa superposição de falas dá-se o nome de polifonia. O locutor dá voz a um ou vários enunciado-
res, cujos discursos ele difunde, organizando-os e não deixando de manifestar a própria posição. Se
o enunciador não é reconhecido pelo ouvinte (caso das citações muito repetidas –
“penso, logo existo”) esse fato não impede a comunicação, logo não impede o sucesso do ato de fala.
O mesmo se pode dizer da ironia, da hipérbole, que, mesmo quando não de imediato percebidas, de
alguma forma atingem os objetivos do falante.
Outra situação remarcável é dos tropos: desvio de um sentido literal, primitivo a um sentido implícito.
O brasileiro, tido como povo afável, é farto em tropos:
– Não está um pouco tarde? Não vá perder seu ônibus (para a visita) – por – você está me can-
sando com sua permanência.
– Diga boa-noite a seus irmãozinhos. (a mãe para o filho de poucas semanas) – por – vão se deitar.
(para os filhos mais velhos).
A pragmática é observável em todos os contextos. Porém, em algumas situações, torna-se mais evi-
dente o trato da linguagem como instrumento de manipulação.
É o que acontece nos discursos político, pedagógico, religioso eaté no discurso amoroso. Em todos
esses casos, há uma base afirmativa que, manipulada, serve aos objetivos do emissor.
A diferença está no grau de consciência quanto aos recursos utilizados para o convencimento. A lin-
guagempublicitária prima na utilização desses recursos para mudar ou manter a opinião do público-
alvo.
Como um estranho não tem autoridade para mandar, a publicidade adota técnicas variadas:
A mensagem publicitária, utilizando a moderna tecnologia, promete, abundância, progresso, lazer, be-
leza, juventude. Ao contrário das catástrofes noticiadas nos jornais, a publicidade fala de um mundo
bonito e prazeroso.
Esse prazer está associado ao uso de determinado objeto, criando a linguagem da marca, o ícone do
produto. Possuir certos objetos passa a ser sinônimo de felicidade. Se na linguagem do cotidi-
ano muito pouco se usam as ordens, preferindo formas eufemísticas (faça o favor de entrar), a publi-
cidade pode ser mais direta: – abuse e use c & a!.
A publicidade diz e, também, sugere sem dizer explicitamente. Usa recursos estilísticos:
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Léxico-semânticos: criação de termos novos, novos significados, clichês, duplo sentido etc.
1– Psicológica – a eficácia do jogo de palavras resulta do fato de que esse jogo causa pra-
zer, quando de sua decifração; é erótico, no sentido psicanalítico do termo;
No domínio dessa linguagem, parece dizer-se sempre uma só coisa, utilizando-se o já utilizado, ven-
dendo ilusão para vender produtos e serviços.
De tudo, parece válido concluir ser a linguagem uma variável com participação fundamental nos pro-
cessos de convivência com a realidade física e social, além de sua importância na maneira de organi-
zar as idéias sobre arealidade que nos rodeia. Sendo assim, a linguagem nunca se esgota em sim-
ples instrumento de referência ao mundo externo.
Ao falarmos, manifestamos a nossa perspectiva, nossa avaliação do conteúdo do dito. Essa posi-
ção éresultado da soma de nossas experiências, de nossa própria ideologia, desaguando num dis-
curso que, de modo algum pode ser simples e objetiva descrição da realidade.
Todo discurso quer converter a uma ideologia e essa ideologiaserá, evidentemente, a ideologia do fa-
lante. Uma linguagem que vise, apenas, a reproduzir as próprias coisas esgota seu poder de informa-
ção a dados de fatos. Uma forma de expressão, se é produtiva, deve conter não sóinforma-
ções, como levantar procuras. O mesmo se pode dizer das artes visuais. Mesmo quando se di-
zem meramente representativas, na verdade, nunca o são. Sempre haverá a dimensão criativa.
A linguagem apenas prolonga a percepção e essa percepção sempre se mostrará dotada de uma di-
mensão produtiva.
Anexo
Análise componencial
Afir- As- As- Ates- Cer- Ga- Con- Nar- Re- Ex- His- Re-
mar se- se- tar tifi- rantir tar rar la- por to- fle-
gu- ve- car tar riar tir
rar rar
+ + + + + + – – + + + + Levar ao conhe-
cimento do fa-
lante, com con-
vicção
– – + – – – – – – – – – Com insistência
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
– – – + + + – – – – – – Verifi-
car pela pre-
Provi- Defi- Tem sença
sório ni-
tivo Prazo
– – – + + + – – – – – – O falante se res-
ponsabi-
liza pela ver-
dade
+ + + + + + + + + + + + Levar ao conhe-
cimento de al-
guém al-
guma coisa
+ + + + + + + + + + – – Um só receptor
– – – – – – + + – – + – Abordagem ex-
tensa
– – – + + + – – + + + – Com formali-
dade
– – – – – – – – – – – + Reflexivo
+ + + + + + + + + + – – Com men-
ção do ou-
vinte no enunci-
ado
As considerações feitas por ilari e geraldi (1985:66) focalizam a importância dos fenômenos das dêi-
xis – ato de mostrar através de palavras – que garantem a distinção entre a “linguagem humana de
linguagens artificiais; tornando-a apropriada para o uso em situações correntes”, ou seja, as palavras
e formas dos dêiticos permitem interpretações estritamente ligadas a determinadas situações, anali-
sadas pragmaticamente.
É pelo uso efetivo da língua, como ação tipicamente humana, social e intencional que austin tenta es-
tabelecer critérios para definir o caráter performativo da linguagem, ou seja, o poder que esta facul-
dade humana tem de praticar ações através dos atos de fala.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Uma comunidade linguística sedimenta e compartilha as regras e as normas de uso da língua, o que
a torna suscetível a modificações. As circunstâncias apropriadas e o proferimento de algumas (deter-
minadas) palavras garantem à expressão performativa uma condição não necessária, mas suficiente
para a realização de um ato, por ele chamado de ilocucionário. Os constatativos são verificáveis em
termos de verdade ou falsidade, enquanto os performativos não. Assim temos:
Eu abro a porta.
Nestes casos, o proferimento de (1) torna-se apenas um enunciado constativo, enquanto que em (2),
diante de condições reunidas que autorizam o pronunciamento do enunciado, considerado performa-
tivo. Ao ato de produzir sons, emitir palavras que pertençam a um sistema gramatical e que possuam
sentido e referência, austin chama de ato locucionário.
O ato perlocucionário é o efeito produzido pelo que se disse, que pode, muitas vezes, não atingir o
feito esperado. O ilocucionário, ao contrário, é convencional, como explica o autor: dizer 'eu declaro'
é, em virtude de convenções, em certas circunstâncias apropriadas, de fato abrir uma sessão legisla-
tiva, por exemplo. Outro exemplo:
Quando digo (estando dentro de uma sala) “tá frio hoje!” E alguém – neste caso meu interlocutor – se
dirige até a porta para fechá-la, é um exemplo de performatividade, provocada não pelo verbo, mas
sim pelo ato de fala. Tal situação remete à percepção do não-dito, do que estava (talvez) implícito na
minha fala.
Observamos no trabalho de austin, que os critérios estritamente estruturais não são suficientes para
resolver os problemas que permeiam o campo semântico e que os aspectos extralinguísticos não po-
dem ser deixados de lado.
Para o filósofo paul grice a linguagem é um instrumento para o locutor comunicar ao seu destinatário
suas intenções e é nessas intenções que está embutido o sentido. É também graças a essa intencio-
nalidade que grice concebe um sujeito psicológico, individual, consciente, retomando, segundo gui-
marães (1995: 31) a proposta psicológica do sujeito abandonada por saussure .
Para dar conta de sua teoria, grice estabelece um conjunto de regras que devem reger o ato conver-
sacional. São as máximas conversacionais, reunidas sob o princípio da cooperação, em que os inte-
grantes se engajam na conversa e contribuem de acordo com as exigências da troca conversacional.
A partir deste princípio, sob as categorias de quantidade, qualidade, relação e modo, grice formula as
máximas e estabelece as implicaturas conversacionais, geradas quando há violação das regras. Elas
descrevem um conjunto de raciocínios que o ouvinte faria, para deduzir, concluir ou interpretar o sen-
tido do que o locutor disse.
O ouvinte procura um sentido para o enunciado que esteja de acordo com as máximas estabelecidas
anteriormente, considerando o que a informação literal pode estar dizendo de cooperativo, verda-
deiro, relevante para uma determinada situação discursiva. Caso não haja um sentido literal, então é
preciso encontrar um sentido que responda tais princípios.
Fortemente influenciado por de austin e grice, ducrot também parte de uma definição inicial de enun-
ciação como a atividade de linguagem exercida por aquele que fala no momento em que fala. O su-
jeito aqui também ainda possui os traços do sujeito de benveniste: homogêneo, indivisível, etc.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
O autor modifica sua pesquisa ao longo dos anos, e passa a considerar a enunciação como o aconte-
cimento constituído pelo aparecimento do enunciado, descentralizando o sujeito, de maneira a não
investi-lo de poder absoluto sobre a linguagem. Para ducrot, o sujeito não é a fonte do sentido.
Ducrot faz várias distinções entre ‘as cadeias enunciativas’. A primeira distinção é entre "locutor"
aquele que profere o discurso – e o sujeito falante – o ser empírico. Esses sujeitos podem coincidir ou
não, sendo irrelevante para ele a noção de empirismo. O que lhe interessa é a noção de locutor, que
é o ser do discurso, alguém a quem se deve imputar a responsabilidade do enunciado.
Ducrot também se baseia em bakhtin, cuja concepção de linguagem é de interação social, que dá ori-
gem a uma linha de pensamento com grandes repercussões. Dentro dessa perspectiva, ducrot
chama a atenção para o risco de um retorno à imagem idílica de uma língua consagrada a dizer coi-
sas, e que ignora as relações de força entre os homens.
Com base neste pensamento é que podemos avaliar a questão do pressuposto na construção dos
discursos. Os pressupostos vêm satisfazer as exigências discursivas, além daquelas que já são da-
das pelo posto. O posto e o pressuposto, neste caso, são as ferramentas utilizadas pelos locutores
para resgatar os referentes comuns entre os interlocutores.
Segundo ducrot (1972), a função dos pressupostos na atividade da fala é garantir a coesão do dis-
curso como "condição de coerência", definida por ele como "a obrigação de se situarem os enuncia-
dos num quadro intelectual constante", constituindo, desse modo, um só discurso e não um "emara-
nhado de frases sem nexo" ou enunciações independentes. Para isso, é necessário que o discurso
manifeste uma espécie de "redundância", assegurada pelo reaparecimento ou retomada regular de
certos conteúdos ou elementos semânticos no decorrer do discurso. Como no exemplo:
É interessante observar na história acima o impasse provocado pela frase “tudo o que quiser”. Na
tentativa de satisfazer os desejos dos clientes o garçom sugere que naquele estabelecimento há tudo
o que as pessoas quiserem para comer, beber, etc. Porém o personagem eddie sortudo não compre-
ende o que estava implícito na fala do garçom e interpreta que “tudo o que quiser” seja, talvez, um
dos pratos do menu.
O que podemos concluir diante das diferentes concepções de sujeito, linguagem e discurso dos auto-
res citados neste trabalho, é que todas as definições envolvem aspectos sociais, políticos e ideológi-
cos, embora seja de ducrot a maior aproximação com a ‘análise do discurso’, defendendo uma con-
cepção de linguagem construída pelos sujeitos, através de práticas cognitivas e discursivas comparti-
lhadas social e culturalmente com os demais sujeitos do mundo.
Ensino de Gramática
Há algum tempo, muitos educadores e linguistas têm enfaticamente defendido a primazia do texto
no ensino de línguas.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
As atividades de leitura e de produção textual têm ocupado cada vez mais espaço nas aulas deportu-
guês. Embora muitos ainda não tenham, na prática, privilegiado essas atividades, ninguém pode dis-
cordar de que desenvolver a competência textual dos alunos deva ser um dos principais objeti-
vos do ensino de línguamaterna.
Por outro lado, no que se refere à gramática, muitas são as divergências. Alguns ainda defendem o
seu ensino sistemático; outros, o abandono deste, principalmente nas séries iniciais; uns, tentando
"contextualizá-lo", procuram dar-lhe uma perspectiva "textual", apesar de, muitas vezes, encobri-
rem um ensino tradicional, utilizando o texto apenas como "pretexto" para uma análise metalinguís-
tica.
Cresce, no entanto, o número de professoresque, conscientes de que o estudo da gramática deve ha-
bilitar os alunos a usarem adequadamente os recursos linguísticos, tem enfatizado abordagens dife-
rentes das tradicionais.
A proposta deste minicurso é refletir sobre as diferentes abordagens, relacionando-as com as con-
cepções de ensino de língua e de gramática. Além disso, serão propostas atividades para tornar mais
produtivo o trabalho comos conteúdos gramaticais nas aulas de português.
Prescritivo – objetiva levar o aluno a substituir seus padrões de atividade linguística considerados er-
rados/inaceitáveis por outros tidos como corretos/aceitáveis.
Concepções de Gramática
Conjunto sistemático de normas para bem falar e escrever, estabelecidas pelos especialis-
tas, com base no uso da língua consagrado pela tradição (gramática normativa). Tudo o que foge
ao padrão é "errado".
Saber gramática significaria ser capaz de distinguir, nas expressões de uma língua, as categorias,
as funções e as relações que entram em sua construção, descrevendo com elas sua estrutura in-
terna e avaliando suagramaticalidade, o que implicaria a utilização de uma metalinguagem especí-
fica da teoria linguística adotada.
Conjunto de regras internalizadas que o falante de fato aprendeu e das quais lança mão ao falar (gra-
mática internalizada).
Ensino de Gramática
Gramática teórica – leva o aluno a identificar os elementos linguísticos e a empregar uma metalingua-
gem apropriada para nomeá-los e classificá-los.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Gramática normativa – o aluno aprende as normas de bom uso da língua, para falar e escrever bem,
de acordo com a variedade culta, padrão.
Leva o aluno a explicitar fatos da estrutura e do funcionamento da língua. Ao invés de, por meio
de aulas expositivas, dar a teoria gramatical pronta para o aluno, são desenvolvidas atividades que o
levem aredescobrir fatos já estabelecidos pelos especialistas.
Ex: de uma lista de monossílabos, o aluno depreende a regra de acentuação dos monossílabos tôni-
cos.
De uma lista de formas nominais, o aluno separa adjetivos e substantivos a partir de característi-
cas dadas.
Ex: diferenças entre palavras sinônimas (ex: belo e bonito, ganhar e vencer).
Diferenças acarretadas pela inversão de palavras (ex: homem grande e grande homem, "ma-
ria só veio à reunião." e "maria veio à reunião só.").
Diferenças entre a negação do adjetivo e o uso do antônimo formado por prefixo ( ex: "não ser favorá-
vel" e ser "desfavorável").
Gramática de uso – desenvolve-se um trabalho voltado para o conhecimento prático da língua. Pode
e deve ser trabalhada a partir de produções orais e escritas, inclusive dos alunos.
São realizadas atividades de produção e compreensão textual, exercícios estruturais (ex: transforma-
ção da voz ativa para passiva, substituição de nomes por pronomes, junção de frases através de ele-
mentos conectivos, ampliação de frases, etc.) , de vocabulário (ex: processos de formação de pala-
vras, campos semânticos, sinônimos, antônimos, homônimos, hiperônimos, hipônimos, etc.) , de vari-
edades linguísticas.
Segundo perini (1997), é necessário destacar os principais problemas no ensino de gramática: objeti-
vos mal colocados, metodologia inadequada e falta de organização lógica da matéria.
Se, com relação a este último ponto, oprofessor não pode fazer muito, já que a tarefa de atualizar
e organizar a gramática caberia a linguistas e gramáticos, no que se refere aos dois primeiros, será
ele essencial para a adoção de uma abordagem mais adequada. Paraisso, ele conta com algu-
mas sugestões dos pcn (1998: 89-90) , como se percebe no fragmento a seguir:
É no interior da situação de produção do texto, enquanto o escritor monitora a própria escrita para as-
segurar sua adequação, coerência, coesão e correção, que ganham utilidade os conhecimentos so-
bre os aspectosgramaticais.
Saber o que é um substantivo, adjetivo, verbo, artigo, preposição, sujeito, predicado, etc. Não signi-
fica ser capaz de construir bons textos, empregando bem esses conhecimentos.
Quando se enfatiza a importância das atividades de revisão é por esta razão: trata-se de uma oportu-
nidade privilegiada de ensinar o aluno a utilizar os conhecimentos que possui, ao mesmo tempo que
é fonte de conteúdos a serem trabalhados. Isso porque os aspectos gramaticais – e outros discursi-
vos como a pontuação – devem ser selecionados a partir dos das produções escritas dos alunos.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
O critério de relevância dos aspectos identificados como problemáticos – que precisam, portanto, se-
rensinados prioritariamente – deve ser composto pela combinação de dois fatores: por um lado,
o que pode contribuir para maior adequação e legibilidade dos textos e, por outro, a capaci-
dade dos alunos em cada momento.
A propriedade que linguagem tem de poder referir-se a si mesma é o que torna possível a aná-
lise da língua e o que define um vocabulário próprio, uma metalinguagem. Em relação a essa termi-
nologia característica, é precisoconsiderar que, embora seja peculiar a situações de análise linguís-
tica (em que inevitavelmente se fala sobre língua) , não se deve sobrecarregar os alunos com um pa-
lavreado sem função, justificado exclusivamente pela tradiçãode ensiná-lo.
O critério do que deve ser ou não ensinado é muito simples: apenas os termos que tenham utilidade
para abordar os conteúdos e facilitar a comunicação nas atividades de reflexão sobre a língua exclu-
indo-se tudo oque for desnecessário e costuma apenas confundir os alunos.
Por exemplo, torna-se necessário saber, nas séries iniciais, o que é "proparoxítona", no fim de um
processo em que os alunos, sob orientação do professor, analisam e estabelecem regularidades na
acentuação de palavras e chegam à regra de que são sempre acentuadas as palavras em que a sí-
laba tônica é a antepenúltima. Também é possível ensinar concordância sem necessariamente fa-
lar em sujeito ou em verbo.
Isso não significa que não é para ensinar fonética, morfologia ou sintaxe, mas que elas de-
vem ser oferecidas à medida que se tornarem necessárias para a reflexão sobre a língua. "
De onde vêm
Ao ler os pcn, muitos professores sentem-se diante de um material idealista e utópico, sem respaldo
científico que justifique a aplicação das idéias apresentadas.
Enganam-se os que pensam dessa forma, pois os pcn, naverdade, nada mais fazem que reunir resul-
tados e pressupostos teóricos de pesquisas desenvolvidas no brasil, desde a década de 1970, englo-
bando perspectivas linguísticas, que vão da sociolinguística à análise do discurso.
As informações dos pcn sobre variação linguística, por exemplo, há muito tempo vêm sendo divulga-
das em congressos, e esse tópico costuma figurar na grade curricular dos cursos de letras.
Com relação às idéias sobre pedagogia deleitura, desde paulo freire, na década de 1960, abordava-
se a necessidade de fazer do aluno um agente do ato de ler, sentindo-se também um produtor de tex-
tos eficaz. E no que se refere às propostas da linguística textual e da análise do discurso, diver-
sas pesquisas vêm sendo cada vez mais divulgadas, desde a década de 1980.
Assim, não há como negar o valor dos pcn-lp, como material de divulgação e incentivo nos estudos
da linguagem, embora haja problemas de nível estrutural e teórico no corpo do texto dos parâme-
tros (cf. Santos, 2005). Oensino de língua portuguesa, segundo esse documento, parte do texto e
apóia-se no tripé leitura/escuta – produção textual – análise linguística. É, porém, esse último item,
a análise linguística, que parece ser mais difícil desentender.
Como explica geraldi (1997) , por análise linguística entende-se, não apenas a abordagem metalin-
guística tradicional, nem o abandono da teoria gramatical, mas o ensino de aspectos linguísticos
a partir de textos, observando como se constrói o sentido com o uso de um ou outro elemento grama-
tical.
Além disso, a teoria passa a segundo plano, a serviço do papel das estruturas gramaticais nos tex-
tos dos mais diversos gêneros, literários ou não, produzidos por alunos inclusive.
As propostas que se seguem abordam aspectos da grade curricular do ensino fundamental como
pontuação, uso dos tempos e modos verbais, seleção lexical – a partir de textos. Destaque-se que al-
guns exercícios foram elaborados por alunos da faculdade de letras da ufrj, formandos de 2005.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Demonstra-se, assim, que é possível elaborar atividades com base nos princípios dos pcn, abor-
dando leitura/escuta, produção e análise linguística, com oobjetivo de fazer o aluno refletir so-
bre a língua.
A primeira operação de controle urbano nas praias coordenada pelo novo “xerife” da orla, rafael
luiz morais de souza bandeira, foi marcada para hoje.
Guardas municipais em parceria com a comlurb e a secretaria municipal de governo vão concen-
trar esforços para retirar todas as propagandas irregulares das praias da zona sul. Este será o iní-
cio de uma série de intervenções na orla.
Uma das etapas mais complexas do trabalho, entretanto, é o acolhimento de mendigos, que on-
tem ocupavam parte do canteiro central de um dos mais famosos cartões-postais do rj, avenida atlân-
tica, em copacabana.
Para o “xerife”, a tarefa é complexa, porque exige um trabalho preventivo por parte do municí-
pio, já que muitos mendigos voltam para as ruas, se não encontram outras maneiras de sobrevi-
ver. Em copacabana, elesconseguem locais para descansar e ganhar dinheiro, pedindo esmolas.
– Não adianta a gente retirar os moradores da rua, porque eles voltam. O problema é mais sério e va-
mos contar com o apoio da secretaria municipal de assistência social, para tentarmos solucio-
nar o problema – afirmabandeira.
Ontem, dezenas de mendigos podiam ser vistos em quase toda orla do leme e de copacabana. Pró-
ximo a hotéis como o othon pálace e o meridien, eles dormiam no canteiro central da atlântica e
nas areias da praia, ao ladode tapumes de obras, de quiosques e da arquibancada onde foi realizada
a copa do mundo de futebol.
Reunidos em grupos, eles guardavam seus objetos pessoais em carrinhos de supermercados e saco-
las. Alguns aproveitaram osgalhos de árvores para estender suas roupas.
Compare a frase a seguir com a primeira frase do texto e responda: a primeira operação de con-
trole urbano nas praias coordenada pelo novo “xerife” da orla foi marcada para hoje.
A– que elemento foi omitido? A retirada desse elemento dificulta a compreensão do texto? Justifi-
que sua resposta.
C– elabore uma regra que justifique o uso das vírgulas na 1ª. Frase do texto.
Observe a última frase do 3º. Parágrafo: em copacabana, eles conseguem locais para descan-
sar e ganhar dinheiro, pedindo esmolas.
A– altere a posição do elemento “em copacabana”, na frase e verifique como fica a pontuação.
Horóscopo
Leia o seu signo nos horóscopos das revistas marie claire e toda teen:
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Eu e o mundo: prepare-
se para enfrentar desa-
fios nas relações de traba-
lho, perto dodia 6. Mudanças
bruscas oudecepções po-
dem deixar o ambiente con-
fuso. A par-
tir do dia15, sua visão estra-
tégica ficará mais apu-
rada, com a entrada de mer-
cúrio em escorpião. Evite pa-
lavras cortantes, de 12 a
20, para não gerar confron-
tos ourupturas.
Os exemplos do horóscopo privilegiam duas formas verbais diferentes. Destaque os verbos, identifi-
cando seu modo e tempo.
Levando em consideração o público leitor de cada um desses veículos de comunicação, observe a di-
ferença em relação à linguagem utilizada.
Em dupla, escreva o horóscopo para o signo de seu colega, seguindo os critérios abaixo:
Escolha em qual veículo de comunicação seu horóscopo será publicado, atentando para a lingua-
gem adequada ao seu público alvo;
Leia-o e perceba se o texto está de acordo com a questão 3. Faça os comentários necessários.
Reescreva o seu texto levando em consideração as observações feitas pelo seu colega. Pretendeu-
se, neste minicurso, mostrar caminhos para ajudar a solucionar os problemas do ensino de lín-
gua portuguesa. Não existem receitas absolutas, nem fórmulas mágicas, mas é possível melho-
rar a compreensão doaluno sobre a língua, tornando-o, de fato, um leitor e produtor de textos eficaz.
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SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Os exercícios citados como exemplo – alguns elaborados por futuros professores – ilustram que, se
é difícil pensar em atividades produtivas, por outrolado é instigante o desafio de apresentar propos-
tas interessantes.
Ainda que não seja possível ser criativo em 100% do tempo em que estamos com nossos alunos,
pelo menos em algumas situações o professor pode trabalhar com exercícios que façam
do aluno um agente do próprio ato de
Aprender. Dessa forma, as abordagens de ensino gramatical citadas por travaglia (1996) podem ser
colocadas em prática.
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ANÁLISE SINTÁTICA
Análise Sintática
Essa análise consiste numa área da gramática responsável por estudar a função e ligação de cada
elemento na formação dos períodos.
Em outras palavras, a análise sintática trata da relação lógica entre as palavras da frase. A análise
detalhada de cada elemento da frase permite observar como as palavras se relacionam com outras
por meio de mecanismos como a concordância e a regência, elaborando frases com sentido com-
pleto.
Conceito de Frase
Para prosseguirmos no estudo sobre essa importante área da gramática, é necessário recapitularmos
o conceito de frase:
Frase = todo enunciado linguístico com sentido completo, que estabelece uma comunicação de
acordo com o contexto no qual os interlocutores estão inseridos.
Declarativas
Interrogativas
Exemplo:
Imperativas
Exemplo:
Exclamativas
Exemplo:
Optativas
Exprimem desejo.
Exemplo:
Para compreendermos a importância da análise sintática, vejamos todos os itens estudados nessa
área.
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ANÁLISE SINTÁTICA
Oração
Consiste na frase ou membro de frase que se organiza ao redor de um verbo ou de uma locução ver-
bal.
Exemplo:
Período
Trata-se da frase constituída por uma ou mais orações. O período pode ser classificado em simples
(formado por uma única oração) ou composto (formado por mais de uma oração).
Sujeito
É o elemento a respeito do qual se informa algo, sendo que o sujeito geralmente pode ser substituído
por um pronome pessoal.
Exemplo:
“As meninas do Leblon não olham mais pra mim.” (Herbert Vianna)
Geralmente, o sujeito aparece logo no início da oração. Quando isso ocorre, é dado o nome de ordem
direta.
Já quando o sujeito aparece depois do predicado ou está intercalado, a oração está em ordem in-
versa ou indireta.
De acordo com a análise sintática, uma das principais características do sujeito é que ele normal-
mente é representado por um substantivo ou vários substantivos coordenados.
Sujeito simples
Exemplo:
Sujeito composto
Exemplo:
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ANÁLISE SINTÁTICA
Sujeito Determinado
Aquele que pode ser reconhecido gramaticalmente, ocorrendo geralmente com o sujeito simples e
com o sujeito composto.
Sujeito Indeterminado
Aquele que ocorre quando a informação contida no predicado se refere a um elemento que não se
pode (ou não se quer) revelar.
Exemplos:
Precisa-se de cozinheiras.
Predicado
Predicação Verbal
Refere-se à relação existente entre o verbo e o seu sujeito, sendo que os verbos podem ser lexicais
ou de ligação.
No que se refere aos verbos lexicais, eles podem ser classificados em intransitivos ou transitivos.
Predicativo
De acordo com a análise sintática, consiste no termo da oração que funciona como núcleo nominal do
predicado, havendo:
Predicativo do sujeito: é o elemento do predicado que se refere ao sujeito mediante um verbo (de li-
gação ou não).
Predicativo do objeto: termo da oração que se relaciona ao objeto, atribuindo-lhe uma característica.
Tipos de Predicado
Predicado verbal: quando o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num verbo
lexical.
Predicado nominal: quando o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num nome
(predicativo do sujeito).
Com todas essas informações fica fácil perceber como o estudo de análise sintática é amplo, sendo
necessário estudar de forma específica cada um dos itens mencionados. Para isso, basta acompa-
nhar nossos conteúdo.
A análise sintática é a parte da gramática que estuda a função e a ligação de cada elemento que
forma um período.
Há também a análise morfológica. Essa é a parte da gramática que estuda individualmente cada ele-
mento que forma um enunciado linguístico, ou seja, independentemente da sua função.
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ANÁLISE SINTÁTICA
A análise morfossintática, por sua vez, analisa os elementos do mesmo enunciado linguístico sintática
e morfologicamente.
Termos da Oração
A oração é dividida de acordo com a função que exerce. Essa divisão é feita através de termos, os
quais podem ser essenciais, integrantes ou acessórios.
Os termos essenciais são os termos básicos, que geralmente formam uma oração. Trata-se do sujeito
e do predicado. Vale lembrar que nem sempre a oração tem sujeito.
Sujeito
O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. O núcleo do sujeito é a pa-
lavra que tem mais importância, é o principal termo contido no sujeito.
Exemplos:
Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (pessoa é o núcleo do sujeito Uma pessoa)
Nem sempre o sujeito está expresso na oração. Quando isso acontece, estamos diante do sujeito
oculto, elíptico ou desinencial.
Exemplos:
Predicado
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o resto
faz parte do predicado.
Predicação Verbal
Verbos Intransitivos
Verbos Transitivos
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ANÁLISE SINTÁTICA
Exemplos:
Verbos de Ligação
Os verbos de ligação não indicam uma ação, mas sim uma forma de estar.
Exemplos:
O Predicativo do sujeito e o Predicativo do objeto são complementos que informam algo ou atribuem
uma característica a respeito do sujeito ou do objeto. Esse complemento pode seguir (ou não) um
verbo de ligação.
Exemplos:
Complemento Verbal
Os complementos verbais são os termos utilizados para completar o sentido dos verbos transitivos.
Assim, os verbos transitivos subdividem-se em:
Transitivos Diretos e Indiretos - exigem dois complementos, um sem e um com preposição. (Objeto
Direto e Indireto).
Exemplos:
Complemento Nominal
O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome (substantivo, adje-
tivo ou advérbio).
Exemplos:
Agente da Passiva
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ANÁLISE SINTÁTICA
Agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva e vem sempre seguido
de preposição.
Exemplos:
O bolo foi feito por mim. (por mim é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria: Eu fiz o bolo.)
Os índios foram catequizados pelos jesuítas. (pelos jesuítas é o agente da passiva. Na voz ativa a
oração seria: Os jesuítas catequizaram os índios.)
Os termos acessórios são os termos dispensáveis e são utilizados para determinar, caracterizar, ex-
plicar ou intensificar.
Adjunto Adnominal – caracteriza um substantivo, agente da ação, através de adjetivos, artigos, nume-
rais, pronomes ou locuções adjetivas.
Exemplos:
O homem educado cedeu a sua cadeira à senhora de idade. (educado, sua, de idade = adjunto adno-
minal)
Exemplos:
Exemplos:
Sábado, dia sete, não haverá aula de música. (dia sete = aposto)
O melhor do carnaval: alegria e disfarce das crianças. (alegria e disfarce das crianças = aposto)
Sujeito: o professor
Predicado: emprestou um dicionário ao Lucas
Objeto direto: um dicionário
Objeto indireto: ao Lucas
Adjunto adverbial: hoje
Adjunto adnominal: o, um
Sujeito: eu
Predicado: liguei ao diretor
Objeto indireto: ao diretor
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ANÁLISE SINTÁTICA
Sujeito: a solução
Predicado: foi encontrada por Heloísa
Agente da passiva: Heloísa
Aposto: pedagoga e mãe de cinco filhos
Sujeito: o presidente
Predicado: está livre de compromissos
Predicativo do sujeito: livre
Complemento nominal: compromissos
Adjunto adverbial: esta semana
Sujeito: ela
Predicado: acusou-o de infiel
Objeto direto: o
Predicativo do objeto: infiel
As orações encontram-se divididas em termos essenciais, integrantes e acessórios. Todos são usa-
dos na realização de análises sintáticas.
Sujeito
Indica quem ou do que se fala. Para identificar o sujeito, fazem-se as perguntas quem? ou o quê? an-
tes do verbo da oração.
O feijão queimou.
Sujeito: o feijão
Predicado
Indica o que acontece ao sujeito. É formado, obrigatoriamente, por um verbo ou locução verbal.
O feijão queimou.
Predicado: queimou
Objeto Direto
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ANÁLISE SINTÁTICA
Objeto indireto
Indica de quem, de que, para quem, para que, em quem, em que, a quem, a que, se destina a ação
verbal. Vem sempre iniciado por uma preposição.
Eu preciso de ajuda.
Objeto indireto: de ajuda
Predicativo do Sujeito
Indica uma qualidade do sujeito, atribuindo-lhe uma característica. Aparece depois de um verbo de
ligação.
A blusa é nova.
Predicativo do sujeito: nova
Predicativo do Objeto
Complemento Nominal
Completa o sentido de substantivos abstratos, adjetivos e advérbios que possuem sentido incom-
pleto. Vem sempre precedido por uma preposição.
Agente da Passiva
Indica quem pratica a ação de uma oração na voz passiva. Quase sempre, vem precedido pela pre-
posição por ou pelas suas formas contraídas (pelo, pela, pelos, pelas).
Adjunto Adnominal
Acompanha e modifica um substantivo nuclear de uma função sintática, atribuindo-lhe uma caracte-
rística.
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ANÁLISE SINTÁTICA
Adjunto Adverbial
Indica uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…), alterando o significado de um verbo,
adjetivo ou advérbio.
Aposto
Serve para explicar, esclarecer, desenvolver, detalhar, especificar, … outro termo da oração.
Enquanto na análise sintática é feita a classificação da função que as palavras desempenham na ora-
ção, na análise morfológica as palavras são classificadas de forma isolada, de acordo com a classe
gramatical que representam.
Frase: Eu vi o relâmpago!
Análise sintática:
Eu: sujeito
Vi o relâmpago: predicado
O relâmpago: objeto direto
O: adjunto adnominal
Análise morfológica:
Eu: pronome pessoal reto
Vi: verbo ver
O: artigo definido
Relâmpago: substantivo comum
Nota: É feita uma análise morfossintática de uma oração quando ocorre, simultaneamente, uma aná-
lise sintática e uma análise morfológica.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Acentuação Gráfica
Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são as paroxíto-
nas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não
ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já
as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas.
Proparoxítonas
Paroxítonas
l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
om, ons iândom, íons
um, uns álbum, álbuns
ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos
ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis
Observações:
2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super).
Exemplos:
Oxítonas
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
ral estes acentos são usados para auxiliar a pronúncia de palavras que fogem do padrão prosódico
mais comum.
Acento Agudo
O acento agudo ( ´ ) é usado na maioria dos idiomas para assinalar geralmente uma vogal aberta ou
longa. Em português, aparece em todas as vogais tônicas na última sílaba ou na antepenúltima síla-
ba. Aparece também nos grupos "em" e "ens" (como em armazém, além, etc.) e para separar as le-
tras i e u dentro de um hiato (como em alaúde). Em idiomas como o holandês e o islandês, pode fun-
cionar como marca diferencial em palavras homônimas cujo significado não pode ser inferido pelo
contexto. Na escrita pinyin do mandarimindica o segundo tom, de baixo para cima. Em polonês pode
aparecer sobre as consoantes c e n para indicar a palatização (passando a ser pronunciadas como
/tch/ e /nh/).
Acento Grave
O acento grave (`) era usado geralmente para designar uma vogal curta ou grave em latim e grego.
Em português serve para marcar a crase. É de uso frequente em italiano e francês para marcar a
sílaba tônica de algumas palavras. Em norueguês e romeno, serve como acento para desambiguação
de palavras. Na escrita pinyin, indica o quarto tom, de cima para baixo.
Acento Circunflexo
O acento circunflexo (^) é um sinal diacrítico usado em português e galês tem função de marcar a
posição da sílaba tônica. No caso específico do português, aparece sobre as vogais a, e, o quando
são tônicas na última ou antepenúltima sílaba (p. ex.: lâmpada, pêssego, supôs) e têm timbre fecha-
do. Em francês é usado para marcar vogais longas decorrentes da supressão da letra s na evolução
histórica da palavra (p. ex. hospital → hôpital).
Cáron
O cáron (ˇ), ou circunflexo invertido, é um acento inexistente em português. Aparece em várias lín-
guas balto-eslavas e línguas urálicas sobre consoantes para indicar a palatização. Também indica o
terceiro tom na escrita pinyin do mandarim (alto - baixo - alto).
Til
O til é um sinal diacrítico cujo uso mais frequente é em português. Serve para indicar a nasalização
das vogais - atualmente somente nos ditongos ão, ãe, õe e isoladamente na vogal ã, mas no passado
podia aparecer também sobre a vogal e. Também aparece no espanhol sobre a letra n para indicar a
palatização (devendo ser pronunciada como /nh/) e no estoniano sobre a letra o para indicar uma
vogal intermediária entre /o/ e /e/.
Trema
O trema (¨) é um sinal gráfico presente em várias línguas românicas e línguas germânicas, e usado
em português do Brasil até o acordo ortográfico de 1990 sobre a letra u nos gru-
pos que, qui, gue e gui quando fossem pronunciados, como em freqüência e ungüento, uso ainda
presente em espanhol. Em francês, holandês e italiano, serve para marcar a segunda vogal de um
hiato.
Em alemão, sueco e finlandês aparece sobre as vogais a, o e u para indicar que devem ser pronunci-
adas como vogais posteriores.
Cedilha
A cedilha (¸) é usada geralmente para indicar que uma consoante deve ser pronunciada de forma
sibilante. Em português, francês e turco aparece sob a letra c (ç) - no caso do turco, para indicar a
palatização. Em romeno aparece sob as letras s e t.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Anel
O anel (˚) é um acento inexistente em português. Aparece nas línguas escandinavas sobre a le-
tra a (å) para indicar que deve ser pronunciada como /ó/. Também aparece em checosobre a le-
tra u para indicar que deve ser pronunciada como uma vogal longa.
Ogonek
O ogonek (˛) é um acento exclusivo do polonês, colocado abaixo das vogais nasais (ą, ę, ǫ, ų). Tem a
mesma função do til em português.
Monossílabos
Exemplos: pá, vá, gás, Brás, cá, má, pé, fé, mês, três, crê, vê, lê, sê, nós, pôs, xô, nó, pó, só.
Oxítonas ou agudas
As palavras oxítonas ou agudas (quando a última sílaba é a sílaba tônica) com a mesma terminação
dos monossílabos tônicos acentuados, com acréscimo do em e ens, são acentuadas. [1] Também são
acentuadas as oxítonas terminadas nos ditongos éu, éi e ói. Exemplos: pará, vatapá, estás, irás, cajá,
você, café, Urupês, jacarés, jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, cipó, mocotó, alguém, armazéns,
vintém, parabéns, também, ninguém, aquém, refém, réu, céu, pastéis, herói.
Paroxítonas ou Graves
As palavras paroxítonas ou graves (quando a penúltima sílaba é a sílaba tônica) que possuem termi-
nação diferente das oxítonas acentuadas, são acentuadas. Exemplos: táxi, beribéri, lápis, grátis, jú-
ri,bónus/bônus, álbum, álbuns, nêutron, prótons, incrível, útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen, pólen,
éter, mártir, caráter, revólver, destróier, tórax, ónix/ônix, fénix/fênix, bíceps, fórceps, ímã, órfã, ímãs,
órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos. São exceções as com prefixos como anti e super.
Proparoxítonas ou Esdrúxulas
As palavras proparoxítonas ou esdrúxulas (quando a antepenúltima sílaba é a sílaba tônica) são to-
das acentuadas. A vogal com timbre aberto é acentuada com um acento agudo, já a com timbre fe-
chado ou nasal é acentuada com um acento circunflexo. [1] Exemplos: lâmpada, relâmpago, Atlântico,
trôpego, Júpiter, lúcido, ótimo, víssemos, flácido.
Observação.: Palavras terminadas em encontro vocálico átono podem ser consideradas tanto paroxí-
tonas quanto proparoxítonas, e devem ser todas acentuadas. Encontros vocálicos átonos no fim de
palavras tanto podem ser entendidos como ditongos quanto como hiatos.
Exemplos: cárie, história, árduo, água, errôneo. FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda
(2010). mini Aurélio 8 ed. Curitiba: Positivo. p. 20. ISBN 85-385-4239-1 Verifique |isbn=(ajuda) </ref>
Exemplos: anéis, fiéis, papéis, céu, troféu, véu, constrói, dói, herói.
Hiatos
As letras i e u (seguidos ou não de s) quando em hiatos, são acentuados desde que estas letras se-
jam precedidas por vogal e que estejam isoladas em uma sílaba (só o i ou só o u).
Obs.: Não se acentuam as palavras oxítonas terminadas em i ou u, seguidos ou não do s, pois fo-
gem a regra das oxítonas acentuadas. Palavras como baú, saí, Anhangabaú, etc., são acentuadas
não por serem oxítonas, mas pelo i e u formarem sílabas sozinhos (hiato).
Não se acentuam hiatos que precedem as letras l, r, z, m, n, e o dígrafo nh. Exemplo contribuinte.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Acento diferencial
têm (terceira pessoa do plural do verbo ter) de tem (terceira pessoa do singular do verbo ter);
derivados do verbo ter têm na terceira pessoa do singular um acento agudo "´", já a terceira pessoa
do plural tem um acento circunflexo "^" mantém/mantêm;
vêm (terceira pessoa do plural do verbo vir) - vem (terceira pessoa do singular do verbo vir);
derivados do verbo vir têm na terceira pessoa do singular um acento agudo "´", já a terceira pessoa
do plural tem um acento circunflexo "^" provém/provêm.
Após a reforma ortográfica, o acento diferencial foi quase totalmente eliminado da escrita, porém,
obviamente, a pronúncia continua a mesma.
Acentuação Gráfica
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Toda palavra da língua
portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas tônicas das pala-
vras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba inicial em arte, a
final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó. Além disso, notou que a sílaba tônica nem sem-
pre recebe acento gráfico. Portanto, todas as palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico,
mas nem sempre terão acento gráfico. A tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento
gráfico está para a escrita (grafia).
Oxítonas
1. São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas que terminam em a, e e o abertos, e
com acento circunflexo as que terminam em e e o fechados, seguidos ou não de s.
Exemplos:
2. São acentuados os infinitivos seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
4. Nunca se acentuam os infinitivos em i, seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las.
Paroxítonas
Exemplos:
Observação
2. Os prefixos anti-, inter-, semi- e super-, embora paroxítonos, não são acentuados grafica-
mente.
4. Depois do Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento no i e no u tônicos das palavras
paroxítonas quando vierem depois de um ditongo decrescente. Se o i ou o u forem precedidos
de ditongo crescente, porém, o acento permanece.
Proparoxítonas
Exemplos: abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, têmpora.
Casos especiais
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
2. Depois do Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
palavras paroxítonas.
3. Acentuam-se sempre o i e o u tônicos dos hiatos, quando estes formam sílabas sozinhas ou
são seguidos de s.
Exemplos: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo.
Exemplos: área, ágeis, importância, jóquei, lírios, mágoa, extemporâneo, régua, tênue, túneis.
7. Depois do Acordo Ortográfico, não são mais acentuadas as formas verbais dissílabas termi-
nadas em eem.
Observação
9. Depois do Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis,
(ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu com-
posto redarguir.
10. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, apazi-
guar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias
em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Exemplos:
Exemplos:
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Observação
a) A vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras.
11. O acento diferencial é utilizado para distinguir uma palavra de outra que se grafa de igual manei-
ra. Depois do Acordo Ortográfico, passamos a usar apenas alguns acentos diferenciais.
Exemplos:
Observações
a) O Acordo Ortográfico passou a aceitar a dupla grafia da palavra fôrma/forma, acentuada ou não.
b) Os derivados do verbo ter (conter, deter, manter etc.) seguem a mesma regra do verbo ter.
Exemplos:
c) Depois do Acordo Ortográfico, não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, pé-
la(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Exemplos:
Acentuação
Gramática
O Novo Acordo Ortográfico, em uso desde 2009, estabeleceu muitas mudanças nas regras de acen-
tuação gráfica.
Em se tratando de acentuação, devemos nos ater à questão das novas regras ortográficas da Língua
Portuguesa, as quais entraram em uso desde o dia 1º de janeiro de 2009. Como toda mudança impli-
ca adequação, o ideal é que façamos uso das novas regras o quanto antes.O estudo exposto a seguir
visa a aprofundar seus conhecimentos no que se refere à maneira correta de grafar as palavras, le-
vando em consideração as regras de acentuação e o que foi proposto pelo novo acordo ortográfico.
Acentuação Tônica
A acentuação tônica refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aque-
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
la que é pronunciada de forma mais acentuada é a sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas
com menos intensidade, são denominadas de átonas.
Oxítonas: são aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba.
Acentuação gráfica
Regras fundamentais:
Palavras oxítonas: acentuam-se todas as oxítonas terminadas em "a", "e", "o", "em", seguidas ou
não do plural(s). Ex.: Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
Ex.: pá – pé – dó – há
→ Formas verbais terminadas em "a", "e", "o" tônicos seguidas de lo, la, los, las.
→ i, is
→ l, n, r, x, ps
Regras especiais:
→ Os ditongos de pronúncia aberta "ei", "oi", que antes eram acentuados, perderam o acento com o
Novo Acordo. Veja na tabela a seguir alguns exemplos:
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
ANTES AGORA
Assembléia Assembleia
Idéia Ideia
Geléia Geleia
Jibóia Jiboia
Apóia (verbo apoiar) Apoia
Paranóico Paranoico
→ Quando "i" e "u" tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de "s", desde
que não sejam seguidos por "-nh", haverá acento:
Observação importante:
→ Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo:
ANTES AGORA
Bocaiúva Bocaiuva
Feiúra Feiura
Sauípe Sauipe
ANTES AGORA
crêem creem
lêem leem
vôo voo
enjôo enjoo
→ Não se acentuam as vogais "i" e "u" dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica:
→ As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e
seguido de "e" ou "i" não serão mais acentuadas.
ANTES AGORA
apazigúe (apaziguar) apazigue
averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui
→ Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir e dos seus com-
postos (conter, reter, advir, convir etc.).
SINGULAR PLURAL
ele tem eles têm
ele vem eles vêm
ele contém eles contêm
ele obtém eles obtêm
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
→ Não se acentuam mais as palavras homógrafas para diferenciá-las de outras semelhantes. Apenas
em algumas exceções, como:
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo) ainda
continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do
indicativo). O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por.
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ORTOGRAFIA
Ortografia
A Ortografia é o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa para a grafia correta das
palavras e o uso de acentos, da crase e dos sinais de pontuação. A origem da palavra é grega e signi-
fica -orthós = certo, correto, direito, exato; e -grafia = escrita, estabelecendo, portanto, padrões para a
forma escrita correta das palavras de uma língua.
A escrita correta das palavras de uma língua está relacionada tanto com critérios ligados à origem das
palavras (etimológicos) quanto aos ligados aos fonemas(fonológicos). A forma de grafar/escrever as
palavras é fruto de uma convenção social, ou seja, de acordos ortográficos que envolvem os diversos
países em que uma língua é reconhecida como sendo idioma oficial.
Quando falamos sobre ortografia, é preciso também refletirmos a respeito dos acordos ortográfi-
cos envolvendo países cuja língua portuguesa representa o idioma oficial. O primeiro acordo foi reali-
zado em 1931 com o objetivo de promover a unificação dos dois sistemas ortográficos, entretanto, não
obteve êxito. No Brasil, houve reformas ortográficas nos anos de 1943, 1945, 1971 e 1973. Em 1986,
no Rio de Janeiro, houve um encontro de todos os representantes dos países lusófonos, ficando esta-
belecido o acordo ortográfico de 1986, mas também foi inviabilizado.
O último acordo ortográfico entre os países lusófonos entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2009.
Esse acordo legitimou outra reforma ortográfica, estabelecendo mudanças em diferentes aspectos,
como a inclusão das letras “K”, “W” e “Y” ao alfabeto português oficial.
Dicionário
Para que os falantes possam acessar a grafia correta das palavras de uma língua, basta recorrer
ao dicionário, um livro que reúne todas (ou quase todas) as palavras da língua, seus significados
e classificação gramatical. As palavras são apresentadas no dicionário em ordem alfabética. Alguns
dicionários também foram criados para a tradução de uma língua para outra.
Apesar de oficialmente sancionada, a ortografia não é mais do que uma tentativa de transcrever os
sons de uma determinada língua em símbolos escritos. Esta transcrição costuma se dar sempre por
aproximação e raramente está isenta de ambiguidades.
Um dos sistemas ortográficos mais complexos é o da língua japonesa, que usa uma combinação de
várias centenas de caracteres ideográficos, o kanji, de origem chinesa, dois silabários, katakana e hira-
gana, e ainda o alfabeto latino (não se trata de alfabeto latino, mas sim a forma fonética de representar
os silabários) , a que dão o nome romaji. Todas as palavras em japonês podem ser escritas em kata-
kana, hiragana ou romaji. E a maioria delas também pode ser identificada por caracteres kanji. A esco-
lha de um tipo de escrita depende de vários fatores, nomeadamente o uso mais habitual, a facilidade
de leitura ou até as opções estilísticas de quem escreve.
Ortografia fonética
Cada som corresponde a uma letra ou grupo de letras únicos e cada letra ou grupo de letras corres-
ponde a um único som.
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ORTOGRAFIA
Ortografia etimológica
Um mesmo som pode corresponder a diversas letras e cada letra ou grupo de letras pode corresponder
a diversos sons, dependendo da história, da gramática e dos usos tradicionais.
Exceto o Alfabeto Fonético Internacional, que consegue fazer a transcrição para caracteres alfabéticos
de todos os sons, não há sistemas ortográficos pura e exclusivamente fonéticos. No entanto, podemos
dizer que são eminentemente fonéticas as ortografias das línguas búlgara, finlandesa, italiana, russa,
turca, alemã e, até certo ponto, a da língua espanhola.
No caso particular do espanhol, podemos admitir que se trata de uma ortografia fonética em relação ao
espanhol padrão falado na Espanha, mas não tanto em relação aos falares latino-americanos, em es-
pecial aos da Argentina e Cuba, nos quais nem sempre se verifica que cada som corresponde a uma
letra ou grupo de letras.
A ortografia atual do português é, também, mais fonética do que etimológica. No entanto, antes
da Reforma Ortográfica de 1911 em Portugal, a escrita oficialmente usada era marcadamente etimoló-
gica.
Um exemplo típico de ortografia etimológica é a escrita do inglês. Em inglês um grupo de letras (por
exemplo: ough) pode ter mais de quatro sons diferentes, dependendo da palavra onde está inserido. É
também a etimologia que rege a escrita da grande maioria das palavras no francês, onde um mesmo
som pode ter até nove formas de escrita diferentes, caso das palavras homófonas au, aux, haut, hauts,
os, aulx, oh, eau, eaux.
Erros Ortográficos
Paragrama
Um paragrama é um erro ortográfico que resulta da troca de uma letra por outra, co-
mo previlégio (privilégio), visinho (vizinho), vizita (visita), meza (mesa) e outras.
A Ortografia é a parte da gramática que se encarrega da forma correta de escrita das palavras da Lín-
gua Portuguesa.
As orientações ortográficas levam em conta a etimologia (origem) das palavras, bem como a fonologia
(sons), de modo que a Ortografia se insere numa categoria ainda maior da gramática que é justamente
a Fonologia.
A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego "ortho", que quer
dizer correto e "grafo", por sua vez, que significa escrita.
A ortografia se insere na Fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a Morfologia e a Sintaxe são as
partes que compõem a gramática.
A ortografia é influenciada pela etimologia e fonologia das palavras. Além disso, são feitas convenções
entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia oficial. Trata-se dos acordos
ortográficos.
O Alfabeto
A escrita é possível graças aos sinais gráficos ordenados que transcrevem os sons da linguagem.
Na nossa cultura, esses sinais são as letras, cujo conjunto é chamado de alfabeto.
A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos especiais: K, W e Y.
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ORTOGRAFIA
Regras Ortográficas
Uso do x/ch
Exceção: O verbo encher escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele derivem:
enchente, encharcar, enchido.
Uso do h
Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico baía é
grafado sem h.
Uso do s/z
Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que indicam grande quantidade, estado ou circuns-
tância: bondoso, feiosa, oleoso.
Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa, poetisa.
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ORTOGRAFIA
Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza,
grande - grandeza.
Uso do g/j
Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio, relógio, refúgio.
Observações:
1. A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que ) eles/elas viajem.
angélico anjinho
estrangeiro berinjela
gengibre cafajeste
geringonça gorjeta
gim jeito
gíria jiboia
ligeiro jiló
sargento laje
tangerina sarjeta
tigela traje
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ORTOGRAFIA
Parônimos e Homônimos
Há diferentes formas de escrita que existem, ou seja, são aceitas, mas cujo significado é diferente.
Assim, estamos diante de palavras parônimas quando as palavras são parecidas na grafia ou na pro-
núncia, mas têm significados diferentes.
Exemplos:
Por outro lado, podemos estar diante de palavras homônimas quando as palavras têm a mesma pro-
núncia, mas significados diferentes.
Exemplos:
Além das situações mencionadas acima e os casos de acentuação e pontuação, há uma série de pala-
vras e expressões que oferecem dificuldades. São exemplos: A baixo / Abaixo, Onde / Aonde, Mas /
Mais, entre tantas outras.
Palavras difíceis são geralmente as que não são utilizadas com frequência, que surgem principalmente
em contexto formal. Por esse motivo, parecem diferentes, ou mesmo estranhas. A sua dificuldade res-
peita ao seu significado, mas também ao ato de falar, ou seja, a forma correta de pronunciá-las.
1. Alvíssaras
2. Agnóstico
Aquele que não acredita em Deus e nem nega a sua existência. Exemplo: Ele dizia ser agnóstico, até
que, desesperado, se viu a pedir ajuda a Deus.
3. Beneplácito
4. Cuntatório
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ORTOGRAFIA
5. Desasnado
Que recebeu instrução, que desasnou. Exemplo: Depois de muita instrução, finalmente parece desas-
nado.
6. Empedernido
Aquele que não se deixa persuadir ou não se comove. Exemplo: É a tal ponto empedernido que nem
uma notícia dessas o comove.
7. Filaucioso
Presunçoso. Exemplo: Com seu ar filaucioso, disse que já sabia tudo aquilo.
8. Graçolar
Dizer graçolas ou brincadeiras. Exemplo: Apesar da sua condição, passa os dias a graçolar.
9. Horrípilo
10. Iconoclasta
Aquele que contesta a veneração de símbolos religiosos. Exemplo: Não faz sentido contar com um
iconoclasta para a restauração desse monumento religioso.
11. Inócuo
Inofensivo. Exemplo: Com a garantia de que qualquer reação seria inócua, aceitou experimentar.
12. Juvenelizante
Que rejuvenesce. Exemplo: Sinto-me muito melhor! O passeio foi realmente juvenelizante.
13. Kafkaesco
Que se assemelha às propostas de Kafka. Exemplo: A realidade transcendente presente nas obras
traduz o seu estilo kafkaesco.
14. Loquaz
Eloquente, aquele que fala muito. Exemplo: É admirável a maneira loquaz com que discursa à plateia.
15. Mendacioso
Aquele que mente. Exemplo: Ninguém seria capaz em acreditar num discurso tão mendacioso.
16. Nitidificar
Tornar nítido. Exemplo: Com mais esclarecimentos sobre o tema, conseguiremos nitidificar tudo o que
foi exposto.
17. Odiento
Que guarda ódio. Exemplo: Não chegará a lado nenhum com suas palavras odientas.
18. Prognóstico
Que indica previsão. Exemplo: O prognóstico do médico indicou sérias complicações no seu estado de
saúde.
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ORTOGRAFIA
19. Putrefato
Em estado de apodrecimento. Exemplo: Tempos depois da tragédia, foram encontrados vários animais
putrefatos.
20. Quimera
Sonho que não é possível realizar. Exemplo: Nesse momento, resolver esse problema seria uma ver-
dadeira quimera.
21. Recôndito
22. Sumidade
Aquele que se destaca pela erudição. Exemplo: O professor era uma sumidade em arte barroca.
23. Tergiversar
Fazer rodeios. Exemplo: Não tentem tergiversar porque já entendi muito bem o que tais candidatos
querem.
24. Ufanismo
Aquele que se orgulha de algo de forma exagerada. Exemplo: O ufanismo o faz encarar os problemas
com muita seriedade.
25. Vicissitude
Sucessão de mudanças. Exemplo: Dependerá não só de nós, mas das vicissitudes da vida.
26. Vitupério
Comportamento ofensivo. Exemplo: Jamais imaginaria que ele respondesse com vitupério.
27. Warrantagem
Garantia pelo título de crédito conhecido como warrant. Exemplo: Sugeriu a warrantagem como garan-
tia.
28. Xaropear
Aborrecer. Exemplo: O que meu colega de turma mais sabe fazer é xaropear com conversas sem sen-
tido.
29. Yanomami
Denominação de povo indígena que habita o Brasil e a Venezuela. Exemplo: Faz parte da cultura dos
Yanomamis usar vários tipos de corantes nas pinturas corporais.
30. Zoomórfico
Que apresenta forma de animal. Exemplo: Seu aspecto zoomórfico assusta qualquer um.
Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico
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ORTOGRAFIA
Além dessas há várias palavras difíceis de falar especialmente em virtude de sua extensão. Muitas
delas estão ligadas às área de Biologia e Química:
Perca ou Perda?
Perca é verbo, enquanto perda é substantivo. O uso incorreto de perca ou perda é um dos erros de
português mais frequentes. Isso acontece porque essas palavras são parônimas, o que quer dizer que
elas são parecidas tanto na grafia como na pronúncia, mas têm significados diferentes.
Se ambas as palavras existem, como sei quando usar cada uma delas? Pense no seu significado e
confira os exemplos:
Caso não perca peso, vamos ter que ser mais rigorosos com a tua alimentação.
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ORTOGRAFIA
Erros de Português
Para você não errar mais, confira 40 dos maiores erros de português mais comuns que tiram a credibi-
lidade do seu texto. Se você prestar atenção, terá mais chance de gabaritar na prova de redação no
Enem e no Vestibular.
1. Precisa-se ou Precisam-se
Precisa-se de pessoas que lembrem: quando o “se” indica índice de indeterminação de sujeito, o verbo
é sempre conjugado na 3ª pessoa do singular, nunca do plural.
"Anexo" é um adjetivo, tal como bonita. Assim, foto bonita, foto anexa, certo? Foto em bonita, foto em
anexa? Não, não pode ser.
3. Você ou Voçê
Você tem que deixar de cometer este erro! O ç somente é usado antes das letras “a”, “o” e “u”, somen-
te essas, nunca antes do “e” e do “i”.
Leia Uso do Ç.
Além da dúvida quanto à ortografia, esse pronome de tratamento também confunde na hora da crase.
4. A você ou À você
A você que não quer errar mais, dedico este ponto. A crase só existe quando o artigo “a” se une à pre-
posição “a”, o que não acontece neste caso.
A senhora, a vossa alteza, por exemplo, pode ser antecedidas por artigo “a”, mas “a você” não dá, não
é? Então, esqueça a crase! "À você" também não existe!
5. A ou Há
Daqui a pouco você não terá mais dúvidas, pois isto é muito fácil. Quando estiver falando do futuro
deve usar “a”, mas se estiver falando do passado, você usa o “há”.
Há pouco eu disse que você não teria mais dúvidas, não disse?
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ORTOGRAFIA
6. Em vez de ou Ao invés de
“Em vez de” significa uma coisa no lugar de outra. “Ao invés de” tem o sentido de contrário.
Em vez de explicar, vamos ao exemplo, ao invés de deixar que as pessoas fiquem mais confusas.
7. Ao encontro de ou De encontro a
“Ao encontro de” tem o sentido de mesma direção. “De encontro a” significa direção contrária.
Espero que essa explicação vá ao encontro das suas expectativas. Se for de encontro, ficarei muito
aborrecido!
8. Medeia ou Media
Se você quer dizer que algo está no meio ou que é intermediário, ou seja, que ele "medeia", é assim
que deve falar.
Isso porque a conjugação do verbo mediar é: eu medeio, tu medeias, ele medeia, nós mediamos, vós
mediais, eles medeiam.
“Através de” carrega a ideia de atravessar. “Por meio de” indica o instrumento utilizado para determina-
do fim.
Através da janela posso ver o que o professor escreveu no quadro. É por meio dele que eu consigo
aprender alguma coisa.
“A princípio” é usado para expressar tempo inicial. “Em princípio” é sinônimo de “em tese”.
“Senão” tem o mesmo sentido de “caso contrário”. “Se não” é uma expressão que impõe condição.
Se não aprender agora, ficarei desapontado. Senão podemos tentar de outra forma.
Como se não soubesse quais são as suas dúvidas… Mais um exemplo, senão não passamos para o
ponto n.º 12.
“Onde” indica a localização de algo. “Aonde” tem o mesmo sentido de “para onde”.
Onde estamos mesmo? No ponto n.º 12. E aonde vamos a seguir? Para o ponto n.º 13.
Quando não há referência a lugar somente “em que” deve ser utilizado.
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ORTOGRAFIA
Onde acaba esta conversa? Vamos arejar um pouco e terminar a aula ao ar livre. Lá (naquele lugar, ao
ar livre) terminaremos a nossa conversa sobre erros de português.
Sem tempo para conversar mais, aquele livro que indiquei em que há vários problemas gerais com a
língua, ajudará você em dúvidas futuras.
Ratifico que compreendo as suas dúvidas, mas a partir de agora você já consegue retificar algumas.
Agora é entre mim e você: vamos acabar com essa dúvida de uma vez!
As preposições vem sempre seguidas de pronomes pessoais do caso oblíquo (mim, ti) e nunca de
pronomes pessoais do caso reto (eu, tu).
A fim de você entender, leia isto com atenção. É este o nosso objetivo afim: esclarecer dúvidas e elimi-
nar erros de português.
A forma “tem” é a conjugação do verbo ter na 3.ª pessoa do singular. “Têm” é a conjugação do verbo
ter na 3.ª pessoa do plural.
Ele tem menos dúvidas agora. Eles têm mais chances de escrever melhor.
Assisto ao debate na sala de aula. De seguida, assisto os alunos com as dúvidas que discutiram.
“A nível de” tem o sentido de nivelar. “Em nível de” é o mesmo que “em termos de”.
Em nível de erros de português, prometo ajudar você a chegar a um nível que nunca tinha chegado
antes.
Se a dúvida é qual o particípio do verbo chegar, a resposta é "chegado": Como sempre, eu ti-
nha chegado atrasado.
É normal que você tenha essa dúvida, afinal há muitos verbos que têm mais do que uma forma
de particípio, a regular e a irregular. Por exemplo: aceitado e aceito, matado e morto, prendido e preso.
"Chego" é a conjugação do verbo chegar na 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo: Eu sem-
pre chego atrasado.
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ORTOGRAFIA
“Meio” significa um pouco. “Meia” é o mesmo que metade e como é um número fracionário, varia con-
forme o termo a que se refere.
Parece meio difícil, mas em menos de meia hora você não terá mais dúvidas sobre isso.
E não esqueça, o certo é meio-dia e meia! Porque meio concorda com “dia”, enquanto meia concorda
com “hora”.
Mal eu terminei de explicar e você já entendeu. Agora, vai ser muito mau se você voltar a cometer o
mesmo erro.
“À medida que” equivale à “à proporção que”. “Na medida em que” tem o sentido de “porque”.
À medida que o você aprende, fica mais descansado, na medida em que terá mais chances de passar
em qualquer concurso.
Vocês está ficando cada vez mais esperto, mas não pense que já sabe tudo. Ainda temos alguns pon-
tos pela frente.
"Perca" é uma forma de conjugar o verbo perder. "Perda" é um substantivo, que é o contrário de “ga-
nho”.
Que eu perca tudo, menos a minha paciência. Afinal, essa seria uma grande perda.
"Deu" ou "deram" podem ser utilizados corretamente na indicação de horas. Tudo vai depender do
sujeito da oração.
Deu uma hora. (certo, porque o verbo concorda com o sujeito, que é “uma hora”).
Deram duas horas. (certo. Neste caso o sujeito é “duas horas”).
O relógio deu três horas. (certo, porque o verbo concorda com o sujeito, que é “o relógio”).
Deram quatro horas no meu relógio. (certo, “no meu relógio” indica lugar e não é o sujeito. Nesta ora-
ção o sujeito é “quatro horas”, com o qual o verbo está concordando).
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ORTOGRAFIA
Se quem agradece é do sexo masculino, deve usar sempre “Obrigado”. Se quem agradece é do sexo
feminino, deve usar sempre “Obrigada”.
A partir de hoje, não vou mais descriminar os alunos do crime cometido contra a língua até agora. Eles
precisam entender que há muitas pessoas que discriminam as pessoas pelo fato de falarem errado.
“Acerca de” significa “a respeito de”. “A cerca de” tem o sentido de “próximo”.
Nunca tínhamos falado acerca disto. Estamos a cerca de chegar dez pontos para terminar.
É isso mesmo, tanto “a meu ver” como “ao meu ver” são expressões que podem usadas. No entanto,
“a meu ver” é mais aceita, por ser a mais clássica.
Ao meu ver isto ficou esclarecido. Mas, a meu ver, os gramáticos preferiam condenar uma das expres-
sões.
Então, "ao meu ver" não está errado, mas de preferência vamos usar "a meu ver".
“Por hora” faz referência às horas. “Por ora” tem o mesmo sentido de que “por enquanto”.
Vamos nos dedicar a quatro erros de português por hora. Por ora, penso que conseguiremos nos orga-
nizar assim.
"Vem" e "vêm" são formas de conjugação do verbo vir. "Veem" é uma forma de conjugação do verbo
ver.
Ele vem às aulas com frequência. (3.ª pessoa do singular do verbo vir no presente do indicativo)
Eles também vêm. (3.ª pessoa do plural do verbo vir no presente do indicativo)
Eles veem o horário antes das aulas começarem. (3.ª pessoa do plural do verbo ver no presente do
indicativo)
“Seção” é uma parte, “sessão” é a duração de algo, “cessão” é o mesmo que cedência, de ceder.
Nesta seção, vamos aprender algumas palavras homófonas. Esta sessão terá a duração de 45 minu-
tos. A cessão do material utilizado nas aulas será feita por e-mail.
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ORTOGRAFIA
“Por que” e “Por quê” são usados quando se questiona algo. O que os diferencia é que com acento
vem sempre no fim das orações.
“Embaixo” é um advérbio de lugar, tem o mesmo sentido que “debaixo” e é o antônimo de “em cima”.
“Em baixo” é um adjetivo, ou seja, é usado para indicar algo em altura inferior.
Embaixo há mais pontos que vão acabar de vez com as suas dúvidas. Se não estiver fácil de entender,
chame-me em baixo tom e eu vou até sua mesa.
“Ainda assim” é uma conjunção adversativa, ou seja, ela indica oposição ou compensação. Por isso
que eu disse que era fácil, apesar disso iria explicar.
De acordo com a norma culta, quando você chega, chega a algum lugar.
É muito comum ouvirmos “chegar em”. Isso até pode indicar que a língua se transforma com o tempo,
mas na dúvida, use sempre “chegar a”.
Viagem (com G) é substantivo. Viajem (com J) é a conjugação do verbo viajar na 3.ª pessoa do plural
do presente do subjuntivo (Que eles viajem) ou o seu imperativo (Viajem eles).
Aprender é uma viagem, mas não se distraía muito para que os alunos não viajem nos seus pensa-
mentos.
Acerca ou A Cerca
O “acerca” escrito junto, e o “a cerca” escrito separado, são termos utilizados em diferentes contextos.
Por isso, causam muita confusão na hora de escrever um texto. Para acabar com a dúvida, confira
abaixo as regras, os usos e alguns exemplos.
Acerca
Acerca, escrito junto, é um advérbio que significa que algo está próximo. É muito comum ser utilizado
com a preposição “de”, formando assim uma locução prepositiva: acerca de.
Nesse caso, é utilizado com o significado de sobre, a respeito de, com relação a, relativamente a, etc.
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Nossa opinião acerca do tema é que tais ações são de extrema importância.
Naquela noite, discutimos acerca da nossa relação.
Obs: O termo "acercar" é um verbo transitivo e pronominal que significa aproximação, por exemplo:
Estamos nos acercando da propriedade.
A Cerca
A cerca, escrito separado, significa “aproximado” sendo sinônimo do advérbio “perto”. É formado pelo
artigo “a” e o substantivo “cerca”. Geralmente, esse termo vem acompanhado com a preposição “de”.
Obs: quando utilizamos a expressão “cerca de” significa “aproximadamente”, por exemplo:
E o Há Cerca?
Nesse caso, o “há”, forma conjugada do verbo haver, é utilizado com o significado de existir e indica
tempo decorrido. A expressão “há cerca de” significa, portanto, “faz aproximadamente”.
Exemplos:
Obs: Note que “a cerca de” faz referência à distância e “há cerca de” ao tempo.
Abaixo ou A Baixo?
Os termos "abaixo", escrito junto, e "a baixo", escrito separado, costumam confundir quando vamos
escrever um texto.No entanto, eles são usados em contextos diferentes. Para que você não erre mais,
confira abaixo as regras, os usos e alguns exemplos.
Abaixo
O termo "abaixo', escrito junto, faz referência a algo que esteja numa posição inferior. Portanto, essa
palavra é sinônima de "embaixo", "debaixo", "sob", "por baixo", etc.
Embora seja mais utilizada como advérbio de lugar, esse vocábulo também é utilizado em situações
que envolvem interjeições.
Exemplos:
Abaixo a Ditadura!
Veja abaixo um exercício sobre o tema da aula.
Na lista de convocados, seu nome está abaixo do meu.
Nesse semestre suas notas estão abaixo da média da classe.
Fizemos um abaixo-assinado para retirar o professor da disciplina.
Obs: Note que o termo “abaixo-assinado” leva hífen quando se trata da petição que reúne diversas
assinaturas.
Por outro lado, se ele está sendo usado para indicar a pessoa que assina o documento é escrito sem o
hífen:
Atenção!
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ORTOGRAFIA
Há muitos casos em que o termo “abaixo” acompanha o verbo “seguir”. A dúvida é se o verbo é escrito
no singular ou plural.
Em todos os casos, o verbo concorda com o sujeito. Ou seja, se o sujeito estiver no plural, o verbo
também ficará no plural. Do contrário, se ele estiver no singular, o verbo também será escrito no singu-
lar.
Exemplos:
A Baixo
Já a expressão “a baixo”, escrito separado, é sinônima de “de baixo”, “para baixo” ou “até embaixo” e
antônima de “do alto” ou “de cima”. Esse termo é formado pela preposição “a” mais o adjetivo “baixo”.
Exemplos:
Enfim ou Em Fim?
O “enfim”, escrito junto, e o “em fim”, escrito separado, costumam confundir muito quando vamos es-
crever um texto. Eles têm significados diferentes e, portanto, devem ser usados em contextos distintos.
Saiba aqui como se escreve e quando você deve usar cada um deles. Confira abaixo as regras, usos e
exemplos.
Enfim
“Enfim”, escrito junto e com “n” depois do “e”, é um termo sinônimo de finalmente, por fim, afinal, etc.
Trata-se de um advérbio de tempo que é também utilizado com sentido de que algo está concluído: em
síntese, em conclusão, em suma, etc..
Exemplos:
Enfim sós!
Após tantas dificuldades, enfim poderemos comprar o carro.
Enfim poderei ver Maciel nesse final de semana.
Após tantas provas, podemos enfim viajar.
Atenção!
A expressão “En fim”, escrito separado e com “n” depois do “e”, não existe na língua portuguesa.
Exemplo: Até que enfim você chegou!
Em Fim
O “em fim”, escrito separado, é utilizado com o sentido de “no final de” ou “no fim de”. Portanto, essa
expressão indica o fim próximo ou mesmo o término de algo.
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ORTOGRAFIA
Trata-se de uma locução adverbial de tempo, ou seja, que desempenha o papel de advérbio na frase.
Ela é formada pela preposição “em” mais o substantivo “fim”.
Exemplos:
Acima ou A Cima?
O termo “acima” e a locução “a cima” possuem o mesmo som, no entanto, são utilizadas em contextos
diferentes. Por isso, causam grande confusão quando temos que escrever um texto.Para que você
aprenda de uma vez por todas a usá-las corretamente, confira abaixo dicas com as regras, os usos e
alguns exemplos.
Acima
A palavra “acima”, escrito junta, é um advérbio de lugar e antônima de “abaixo”. Assim, ela é emprega-
da com o sentido de que algo está num local elevado, ou seja, localizado numa posição superior.
Exemplos:
Obs: Uma dica para saber se o termo está sendo utilizado corretamente é trocá-lo por seu antônimo:
Estacionei o carro mais abaixo.
Fique Atento!
A expressão “acima de” é uma locução prepositiva muito utilizada, por exemplo: Suas médias es-
tão acima de qualquer um da sala.
A Cima
O termo “a cima”, escrito separado, é sinônimo de “para cima” e antônimo de “de baixo” ou “para baixo”
e não leva crase.
Ele significa que algo está no alto ou no topo sendo formado pela preposição “a” mais o substantivo
“cima”.
Exemplo:
Fiquei muito nervosa pois quando entrei na sala ela me olhou de baixo a cima.
Antes de comprar a casa José verificou tudo de baixo a cima.
Levamos quatro horas para subir a montanha de baixo a cima.
Resolvemos correr na ladeira de baixo a cima.
O elevador subiu de baixo a cima em poucos segundos.
Obs: uma dica para saber se você está utilizando o termo corretamente é trocar pelo seu sinônimo
“para cima”: o elevador subiu de baixo para cima em poucos segundos.
Fique Atento!
A expressão “de cima” é uma locução adverbial. Já as expressões “para cima de”, “por cima de” ou “em
cima de” são locuções prepositivas.
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Sob ou Sobre?
O “sob” e o “sobre” são duas preposições essenciais que causam muita confusão na hora de escrever
um texto.Isso porque elas são palavras parônimas, uma vez que são muito semelhantes na pronúncia
e na escrita, entretanto, possuem significados diferentes.
Sendo assim, o sob e o sobre são termos antônimos, ou seja, o significado de uma é o contrário da
outra.
Lembre-se que preposição é uma palavra invariável utilizada para ligar dois termos numa oração. Con-
fira aqui o significado, usos e exemplos de cada uma delas.
Sob
O sob é uma preposição utilizada com o sentido de “embaixo de”, “por baixo de” e “debaixo de”. Ou
seja, faz referência a algo que esteja numa posição inferior.
Além disso, ela pode ser usada com o sentido de “condição” ou “em estado de”.
Exemplos:
Sobre
O “sobre” é uma preposição utilizada como sinônimo de “em cima de”, “por cima de” e “acima de”. Ou
seja, ela faz referência a algo que esteja numa posição superior.
Esse termo também pode ser utilizado com o sentido de “acerca de”, “em relação à” e “a respeito de”.
Exemplos:
Debaixo ou De Baixo?
"Debaixo" e "de baixo" são dois termos utilizados em situações diferentes. A grande confusão na hora
de escrever é porque essas palavras possuem o mesmo som. Portanto, confira aqui as principais re-
gras, usos e exemplos sobre cada um desses vocábulos.
Debaixo
A palavra “debaixo”, escrito junto, é um advérbio de lugar que significa que algo está localizado na par-
te inferior em relação à outra coisa.
Assim, ela é sinônimo de embaixo, abaixo, sob, por dentro; e antônimo de em cima ou acima. Na maior
parte das vezes, esse advérbio vem acompanhado de uma proposição formando assim, uma locução
adverbial: debaixo de.
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Obs: Geralmente o termo “debaixo” pode ser substituído pela preposição “sob”. Dessa forma, você
pode substituí-la na frase para confirmar se o termo que está usando é o correto. Assim, se a sentença
estiver coerente o termo utilizado está certo.
De Baixo
Quando é escrito de maneira separada, esse termo exerce a função de adjetivo de modo que qualifica
o substantivo na frase. A palavra “de baixo” é formada pela preposição “de” mais o adjetivo “baixo”.
Exemplos:
Obs: Uma dica é substituir a palavra por “sob” e se a sentença não fizer sentido, o termo correto é “de-
baixo”.
Embaixo ou Em Baixo?
Os termos “embaixo”, escrito junto, e “em baixo”, escrito separado, são duas palavras que possuem o
mesmo som, porém grafias diferentes. Além disso, são utilizadas em situações distintas.
Ambas causam muita confusão quando temos que escrever uma redação. Portanto, aprenda de uma
vez por todas a usá-las corretamente conferindo abaixo seus significados, regras, usos e exemplos.
Embaixo
A palavra "embaixo", escrito junto, é um advérbio de lugar que significa que algo está numa posição
inferior em relação a outra coisa.
Ela é sinônimo de abaixo, debaixo, sob, por baixo e antônimo de em cima, acima e sobre.
Além disso, é comum esse termo vir acompanhado de uma preposição, formado assim, uma locução
adverbial, por exemplo: embaixo de.
Exemplos:
Obs: uma maneira de saber se está utilizando o termo correto, é trocar na frase pelo seu antônimo.
Exemplo: Os livros estão em cima da mesa.
Em Baixo
Quando escrito de forma separada o termo “em baixo” desempenha a função de adjetivo na sentença.
Ou seja, nesse caso, ele qualifica um substantivo:
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Você sabia?
No português falado em Portugal o termo escrito separado “em baixo” é utilizado como advérbio de
lugar: "Estou em baixo do toldo te esperando".
Trás ou Traz?
O “trás” e o “traz” são dois termos homófonos, ou seja, que possuem o mesmo som, porém grafias
diferentes.
Por esse motivo, esses monossílabos tônicos causam muita confusão quando vamos escrever um
texto.
Trás
O trás com “s” e acento agudo é uma palavra que significa na parte traseira, sendo utilizada como si-
nônima de atrás, detrás, após, etc.
Esse termo sempre vem sempre precedido por uma preposição e, nesse caso, desempenha o papel de
um advérbio de lugar formando uma locução adverbial.
Exemplos:
Obs: A palavra “atrás” é grafada com “s” no final e, portanto, o termo “atraz” está incorreto.
Traz
O traz com “z” é uma forma verbal do verbo trazer que significa transportar, levar, conduzir, encami-
nhar, ocasionar, oferecer, etc.
Essa forma é conjugada na terceira pessoa do singular do indicativo (ele/ela traz) e ainda, na segunda
pessoa do singular do imperativo (traz tu).
Exemplos:
Obs: uma dica para verificar se o uso desse termo está correto é substituindo por verbos relacionados,
por exemplo, o levar:
Assim, se a sentença estiver coerente, você está usando o termo corretamente. Do contrário, você
deve utilizar o advérbio de lugar “trás”.
Encima ou Em Cima?
"Encima" junto e "em cima" separado são duas palavras homófonas que apresentam sonoridade igual,
porém grafias diferentes.
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ORTOGRAFIA
Confira aqui o significado de cada uma para você não ficar mais na dúvida de quando usar cada uma
delas.
Encima
O termo “encima”, escrito junto e com “n” representa uma forma verbal do verbo encimar. Esse verbo,
pouco utilizado pelos falantes da língua, significa colocar sobre algo, sendo sinônimo de elevar, coroar,
etc.
Ele é conjugado na terceira pessoa do singular (ele/ela encima) do indicativo ou na segunda pessoa do
singular do imperativo (encima tu).
Exemplos:
Em Cima
Já o termo “em cima” escrito separado é o antônimo de embaixo. Numa frase ela exerce a função de
locução adverbial de lugar.
Portanto, utilizamos essa palavra para nos referir a algo que está numa posição elevada em relação a
outra coisa.
Exemplos:
Curiosidade
Utilizamos frequentemente na linguagem coloquial (informal) a expressão “dar em cima”. Ela faz refe-
rência quando alguém está cortejando ou interessado numa pessoa.
Acento Agudo
Eles marcam a sílaba tônica (mais forte) de uma palavra e, portanto, são utilizados nas vogais abertas
e semiabertas.
Além do acento agudo, o mais utilizado na nossa língua, há também o circunflexo (^) e o grave (`), esse
último chamado de crase.
Regras
Nas vogais tônicas abertas e semiabertas “a”, “e” e “o”, por exemplo:
sofá
estádio
átomo
réptil
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ORTOGRAFIA
sintético
parabéns
sólido
ótica
dominó
íngreme
almíscar
líquen
útil
inútil
úmido
Com a implementação do Novo Acordo Ortográfico (2009), algumas palavras paroxítonas perderam o
acento agudo.
Palavras homógrafas
Para
Polo
Pára
Pólo
Heroico
Jiboia
Paranoia
Assembleia
Ideia
Heróico
Jibóia
Paranóia
Assembléia
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ORTOGRAFIA
Idéia
Obs: Segundo o Novo Acordo Ortográfico o acento agudo permanece nos monossílabos tônicos e nas
palavras oxítonas com ditongos abertos “éi”, “éu” ou “oi”:
Exemplos:
anéis
decibéis
chapéu
ilhéus
herói
remóis
Sofá
Olá
Chalé
Café
Açaí
Piauí
Avó
Paletó
Baú
Grajaú
Cadáver
Amável
Réptil
Éden
Ímpar
Vírus
Dócil
Fóssil
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ORTOGRAFIA
Lúmen
Túnel
Árabe
Cálice
Exército
Espécie
Líquido
Míope
Próximo
Cleópatra
Rústico
Músico
Atenção!
Algumas palavras iguais escritas com e sem acento agudo, são utilizadas em contextos diferentes.
Exemplos:
Acento Circunflexo
O acento circunflexo (^) é um tipo de notação léxica utilizado nas vogais tônicas semifechadas: “a”, “e”
e “o”.
No português as semivogais “i” e “u” nunca levam esse tipo de acento. Além do circunflexo, temos o
acento agudo (´) e o grave (`)
Regras e Usos
O acento circunflexo é geralmente usado nas vogais fechadas /â/, /ê/ e /ô/ e nas vogais nasais que
aparecem nos dígrafos “âm”, “ân”, “êm”, “ên’, “ôm” e “ôn”.
Exemplos:
Importância
Êxito
Metrô
Âmbito
Discrepância
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ORTOGRAFIA
Efêmero
Essência
Nômade
Antagônico
No Novo Acordo Ortográfico (2009) algumas palavras que recebiam o acento circunflexo foram altera-
das. Portanto, fique atento às novas regras para não errar na hora da escrita.
Nas palavras paroxítonas que possuem o ditongo “ee” e “oo”, o circunflexo foi abolido:
Leem
Deem
Creem
Abençoo
Enjoo
Voo
Você deve lembrar que antes do acordo, a primeira vogal igual levava o acento circunflexo. Sendo as-
sim, elas eram escritas da seguinte maneira:
Lêem
Dêem
Crêem
Abençôo
Enjôo
Vôo
Nas palavras paroxítonas homógrafas (mesma grafia) o acento circunflexo era mantido para diferenciar
uma da outra, por exemplo:
Pêlo
Pêra
Exemplo:
Exemplo:
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ORTOGRAFIA
Pôr
Pôde
Têm
Vêm
Portanto, segundo o Novo Acordo Ortográfico, algumas palavras podem ser escritas de duas maneiras:
Confira abaixo alguns exemplos de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas que levam acento
circunflexo:
Palavras Oxítonas
Purê
Bebê
Nenê
Caratê
Robô
Avô
Pôs
Pôr
Advêm
Convêm
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ORTOGRAFIA
Detêm
Retêm
Palavras Paroxítonas
Têxtil
Plâncton
Câncer
Fênix
Zângão
Escrevêsseis
Tônus
Palavras Proparoxítonas
Palavras terminadas em vogais “a”, “e” e “o”, seguidas das consoantes nasais “m” ou “n”:
Cânfora
Lâmpada
Amêndoa
Amazônia
Mântua
Tênue
Gêmeo
Gênio
Cômodo
Acadêmico
Curiosidade
Algumas palavras escritas com e sem acento circunflexo são utilizadas em contextos diferentes.
Exemplo:
E o Acento Agudo?
O acento agudo (´) é utilizado nas vogais abertas “a”, “e”, “o” e nas semivogais “i” e “u”. Além disso,
vogais nasais representadas por alguns dígrafos (ín, ím, ún, e úm) também levam o acento agudo.
Confira alguns exemplos abaixo:
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ORTOGRAFIA
Sofá
Café
Jiló
Ídolo
Útil
Índio
Ímpio
Único
Úmero
Há ou A?
“Há” e “A” são dois termos que geram muita confusão para os utilizadores da língua. Isso porque am-
bas possuem o mesmo som, porém apresentam grafias diferentes.
Aqui você vai encontrar explicações e exemplos de quando você deve usar cada uma delas.
Há
Com o “h” o “há” representa uma forma do verbo haver. Assim, podemos utilizar o “há” quando o verbo
haver é impessoal (sem sujeito) e possui o sentido de “existir”.
Também utilizamos o “há” em frases que expressam tempo passado e, nesse caso, pode ser substituí-
do pelo verbo “fazer” ou “ter”.
É muito comum usarmos esse termo com a palavra “atrás”, por exemplo:
Como o “há” pode ser utilizado para fazer referência a algo que ocorreu no passado, fica redundante
colocar esse vocábulo na mesma sentença.
Curiosidade
Existe também outra forma que tem o mesmo som do “há”: ah!
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ORTOGRAFIA
Nesse caso, ele é usado como interjeição, ou seja, quando expressa emoção ou sentimento.
O “a” é um artigo definido utilizado antes de substantivos e diferente do “há” que indica um tempo pas-
sado, esse é utilizado para falar de uma ação futura.
E o “À” e o “Á”?
Além do “a” sem acento, temos mais duas formas acentuadas que surgem dúvidas quando utilizadas.
O “à” representa a união e contração de duas vogais: o artigo definido “a” e a preposição “a” marcada
pelo acento grave: à (a+a). Nesse caso, é chamada de “crase”.
1. Empregada antes de alguns verbos que indiquem destino: ir, vir, voltar, etc.
2. Utilizada antes de palavras femininas. Por sua vez, antes de palavras masculinas não se utiliza a
crase.
4. Usada em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas tais como: à medida que, às pressas, às
vezes, à tarde, à noite, etc.
Já o “á” com acento agudo não é utilizado isoladamente, ou seja, sozinho esse termo não existe. Ele é
empregado na sílaba tônica (mais forte) de uma palavra.
No entanto, existem diversas regras de acentuação que você deve conhecer para utilizá-la corretamen-
te. Veja alguns exemplos de palavras com “á”.
Sofá
Água
Fácil
Árvore
Lápis
Mais ou Mas?
O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em contex-
tos distintos. Aprenda aqui a diferença entre elas.
Mais
A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento da
quantidade de algo.
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ORTOGRAFIA
Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na frase,
o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.
Exemplos:
Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu antônimo “me-
nos”.
Mas
Como conjunção adversativa, o “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia contrária a que
foi dita anteriormente:
Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que, etc.
Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação, por exemplo:
Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces.
Obs: a palavra "más" com acento é o plural de "mal", ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por
exemplo: Nesse semetre suas notas estão muito más.
Senão ou Se não?
"Senão" ou "se não" são dois termos que possuem o mesmo som, no entanto, são utilizados em situa-
ções diferentes. Aprenda de uma vez por todas a usá-los corretamente.
Senão
Quando esse termo é escrito junto, ele geralmente significa “do contrário”, “caso contrário”, “a não ser”.
Exemplo:
No entanto, dependendo de sua função na frase, essa palavra pode desempenhar o papel de substan-
tivo, conjunção ou preposição.
Quando é conjunção significa algo negativo, e pode ser substituído por “do contrário”, “caso contrário”,
“de outro modo (maneira)”, etc.
Nesse caso, o termo pode desempenhar o papel de uma conjunção alternativa ou conjunção adversati-
va.
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ORTOGRAFIA
Conjunção Alternativa
Conjunção Adversativa
Júlio não ganhou um presente pelo aniversário, senão pelas bodas de casamento.
Júlio não ganhou um presente pelo aniversário, mas pelas bodas de casamento
Quando é preposição significa uma exceção, e pode ser substituído por: “exceto”, “com exceção de”,
“salvo”, “a menos que”.
Se não
Já quando o termo é escrito separadamente ele dá a ideia de “caso não”. Portanto, para saber qual
palavra usar você deve substituir na frase e analisar se continua coerente.
Exemplo:
A fim ou Afim?
A fim ou afim são dois termos que causam muita confusão nos usuários da língua. Usar esse termo
junto ou separado pode afetar o entendimento do texto.
Enquanto o primeiro é parte de uma locução, o segundo é um adjetivo. Portanto, vale saber qual o
proposito para que você não erre mais.
A fim
O termo quando usado separado faz parte de uma locução prepositiva “a fim de”. Nesse caso, ela tem
o significado de finalidade. Ou seja, apresenta uma intenção, um objetivo, um intuito ou um propósito.
Para visualizar melhor, podemos perceber que no exemplo acima se trocarmos o “a fim de” por outros
termos, a frase tem o mesmo significado:
Obs: É comum usarmos esse termo para nos referirmos a algo que nos agrade, que temos vontade ou
mesmo quando estamos interessados em alguém.
Nesse caso, ele acompanha o verbo "estar": estar afim de alguém; estar afim de algo, etc.
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ORTOGRAFIA
Importante destacar que esse termo é utilizado numa linguagem informal ou coloquial. Ou seja, não
devemos utilizá-la num texto formal, a não ser que seja esse mesmo o enfoque, por exemplo, na fala
de personagens.
Afim
Quando usamos esse termo junto ele pertence as classes gramaticais de substantivos e adjetivos.
Note que se usado no plural, o termo fica “afins” e não “afims”.
Quando desempenha o papel de adjetivo na frase, ele significa igual, semelhante, próximo.
Mal ou Mau?
“Mal” e “mau” são duas palavras homófonas. Ou seja, elas são pronunciadas da mesma maneira, mas
escritas de maneiras diferentes.
Uma vez que possuem o mesmo som, elas costumam gerar muitas dúvidas para os utilizadores da
língua.
Diferenças e Exemplos
Mal
A palavra mal com “l” é antônima de bem. Portanto, para usá-la da forma correta basta lembrar qual
termo é seu contrário.
Exemplos:
Estou me sentindo mal essa manhã. (Estou me sentido bem essa manhã)
Fui muito mal no exame final. (Fui muito bem no exame final)
Felipe nasceu para fazer o mal. (Felipe nasceu para fazer o bem)
Esse vocábulo pode ser um advérbio de modo, um substantivo e ainda, uma conjunção subordinativa
temporal.
Quando é advérbio, mal significa que algo foi realizado de maneira errada, por exemplo: Sofia se com-
portou mal na palestra.
Quando é substantivo, esse termo é sinônimo de doença, problema, angústia, tristeza ou sofrimento,
por exemplo: Todo o mal deve ser evitado.
Nesse caso, o artigo “o” colocado na frente do termo determina esse substantivo.
Quando é conjunção, mal significa “assim que; logo que; quando”, por exemplo: Malcheguei ao colégio,
os portões fecharam.
Mau
A palavra mau com “u” é antônimo de bom. Da mesma maneira que sua homófona, para usá-la da
forma correta basta lembrar a palavra que é contrária dela.
Em relação à classe gramatical, esse vocábulo é um adjetivo que qualifica seres e objetos.
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Ele foi muito mau comigo. (Ele foi muito bom comigo)
O chefe sempre estava de mau humor (O chefe sempre estava de bom humor)
Obs: Quando nos referimos à má disposição de alguém, o termo correto é mau humor.
Nesse caso, ele não é escrito com o hífen. Portanto, as palavras mau-humor, mal humor e mal-humor
estão escritas de maneira errada.
Por outro lado, devemos lembrar que quem tem mau humor é uma pessoa mal-humorada. Nesse caso,
utilizamos o mal com “l” visto que o contrário seria “bem-humorado”.
Além disso, de acordo com as regras de ortografia esses termos são separados por hífen.
Demais ou De Mais
Demais é, na maior parte das vezes, advérbio de intensidade, mas também pode ser substantivo ou
adjetivo.
De mais também existe. É uma expressão que tem o sentido equivalente a “de menos”. E ademais,
existe ou não?
Demais
Exemplos:
Molhou-se demais.
Exemplos:
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
De Mais
Exemplos:
Ademais
Exemplos:
Acho que você deveria aproveitar porque não está chovendo. Ademais, pode não ter tempo para sair
amanhã.
Não tem com o que se preocupar, ademais, eu estou aqui para o que precisar.
Fonema e Letra
Os fonemas são as unidades sonoras que compõem o discurso ou a fala e são representados entre
barras oblíquas.
As letras, por sua vez, são os sinais gráficos que tornam possível a escrita. Juntas de forma ordenada,
as letras constituem o alfabeto.
Exemplos:
coçar = 5 letras
/k/ /o/ /s/ /a/ /r/ = 5 fonemas
máximo = 6 letras
/m/ /á/ /s/ /i/ /m/ /o/ = 6 fonemas
acesso = 6 letras
/a/ /c/ /e/ /s/ /o/ = 5 fonemas
chute = 5 letras
/x/ /u/ /t/ /e/ = 4 fonemas
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ORTOGRAFIA
Vogais
São sons que são emitidos sem obstáculos, somente pela boca (a, e, i , o, u), ou pela boca e pelas
fossas nasais (ã, ẽ, ĩ, õ, ũ).
Exemplos: pia, ando, cesto,quero, lente, li, lindo, sonho, avó, som, susto, untar.
Consoantes
As consoantes encontram obstáculos na sua passagem pela boca, por isso, precisam sempre do
acompanhamento das vogais.
Semivogais
As semivogais são os fonemas /i/ e /u/ que aparecem juntos com uma vogal formando uma sílaba. É
importante dizer que enquanto as vogais são essenciais na formação de sílabas, as semivogais não.
Embora o número de fonemas e letras coincidam em muitas palavras, nem sempre essa equivalência
existe.
Exemplos:
gole = 4 letras
/g/ /o/ /l/ /e/ = 4 fonemas
singelo = 7 letras
/s/ /ĩ/ /j/ /e/ /l/ /o/ = 6 fonemas
Letra H.
Exemplos:
harpa = 5 letras
/a/ /r/ /p/ /a/ = 4 fonemas
hoje = 4 letras
/o/ /j/ /e/ = 3 fonemas
Letras M e N
Exemplos:
campo = 5 letras
/k/ /ã/ /p/ /o/ = 4 fonemas
atento = 6 letras
/a/ /t/ /ẽ/ /t/ /o/ = 5 fonemas
navio = 5 letras
/n/ /a/ /v/ /i/ /o/ = 5 fonemas
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ORTOGRAFIA
Exemplos:
sexto = 5 letras
/s/ /e/ s/ /t/ /o/ = 5 fonemas
exalar = 6 letras
/e/ /z/ /a/ /l/ /a/ /r/ = 6 fonemas
fixo = 4 letras
/f/ /i/ /k/ /s/ /o/ = 5 fonemas
Dígrafos
Emprego do Hífen
Aqui, de forma simples, você vai percorrer todas as regras para aprender de vez o Emprego do Hífen.
Esse é um dos temas contemplados no novo acordo ortográfico, onde é abordado em três das 21 ba-
ses que compõem esse documento.
Todas as Regras
Palavras compostas
1) Palavras compostas por justaposição (radicais que se juntam sem que haja alteração fonética).
Exemplos: couve-flor, ano-luz, arco-íris.
2) Nomes de lugares que se iniciam com grã, grão ou que sejam ligados por artigos.
4) Bem e Mal. Palavras compostas cujo primeiro elemento são as palavras bem ou mal e os elementos
que se seguem se iniciam com a letra h ou com vogal. Exemplos: bem-humorado, bem-amado, mal-
assombrado.
Contudo, no caso do advérbio bem, há palavras cujos elementos se iniciam com consoante em que o
hífen é empregado, embora com o advérbio mal não sejam. Exemplos: bem-criado, mas malcriado.
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ORTOGRAFIA
2) Segundo elemento começa com a vogal igual a que termina o primeiro elemento, ou prefixo. Exem-
plos: micro-ondas, auto-observação, semi-interno.
Exceção: com o prefixo co o hífen é dispensado, tal como em cooperante.
3) Circum e Pan. Quando o segundo elemento começa com vogal ou com as letras h, m ou n. Exem-
plos: circum-ambiente, pan-americano, pan-africanismo.
4) Hiper-, Inter- e Super-. Quando o segundo elemento começa com a letra r. Exemplos: hiper-
resistente, inter-relação, super-revista.
6) Pós-, Pré- e Pró-. Quando são acentuados. Exemplos: pós-moderno, pré-escola, pró-europeu.
Pronomes Oblíquos
O hífen é um sinal gráfico. Quer saber quais são os outros? Leia Notações Léxicas.
Ao Encontro de e De Encontro a
Ao Encontro de e De Encontro a são expressões opostas. Enquanto uma significa "a favor de" a outra
é justamente "contra alguma coisa".
Usadas no cotidiano, essas expressões podem confundir na hora da elaboração de um texto e, mesmo
em uma conversa informal.
Seu emprego incorreto pode não oferecer a ideia do que, de fato, o emissor gostaria de transmitir.
Não confunda!
Ao Encontro de
A expressão "ao encontro" é usada para reger a preposição "de" e significa "a favor de", "em direção
a", "de acordo com".
Exemplos:
De Encontro a
A expressão "de encontro" é utilizada para reger a preposição "a" e significa "contra alguma coisa".
Exemplos:
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ORTOGRAFIA
Sessão ou Seção
As palavras sessão e seção (ou secção) estão escritas corretamente. Apesar das grafias diferentes,
apresentam a mesma pronúncia, com excepção da palavra secção, cujo c é pronunciado.
Pelo fato de serem pronunciadas da mesma forma, mas serem escritas de forma diferente, são cha-
madas de palavras homófonas. Conforme a sua grafia, cada uma delas apresenta um significado dife-
rente.
Exemplos:
Seção e secção têm, portanto, o mesmo significado, mas apresentam formas gráficas diferentes. No
Brasil, a forma mais comum é seção, enquanto em Portugal, é secção.
Exemplos:
3. Mudei de estado, por isso, preciso saber qual a minha seção eleitoral.
4. Por favor, poderia me dizer onde é a secção (ou seção) dos livros infantis?
E Cessão?
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ORTOGRAFIA
Exemplos:
Onde e Aonde são palavras que indicam lugar, mas que são usados em situações diferentes. Assim,
há dúvidas quanto ao seu emprego, as quais você não terá mais depois de ler este artigo.
Como usar
A palavra "onde" indica o lugar onde está ou em que se passa um acontecimento. Está ligada a verbos
que expressam permanência.
Exemplos:
Já a palavra "aonde" indica movimento ou aproximação e está ligada a verbos que expressam essa
ideia.
Exemplo:
Dica!
Substitua as palavras "aonde" ou "onde" por "para onde". Se fizer sentido, você deve utilizar a palavra
aonde.
Exemplos:
Mas,
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ORTOGRAFIA
Uso do S e do Z
As palavras em português podem ter o mesmo som e serem grafadas com letras diferentes. Uma
mesma letra também pode apresentar mais de um som. Esse é o caso das letras S, Z, Ç, SS e SC cujo
emprego depende não só do fonema correspondente, mas também da tradição na grafia, na oralidade
e na etimologia das palavras.
Como usar o S
Exemplos:
Análise = analisado
Pesquisa = pesquisado
Casa = casinha = casebre = casarão
Liso = alisado
Análise = analisar
Nos adjetivos terminados pelo sufixo –oso (a): quando indica abundância ou estado pleno.
Exemplos:
Gasoso = gasosa
moroso = amorosa
Espalhafatoso = espalhafatosa
Cheiroso = cheirosa
Formoso = formosa
Dengoso = dengosa
Feioso = feiosa
Horroroso = horrorosa
Calamitoso = calamitosa
Exitoso = exitosa
Exemplos:
Paranaense
Fluminense
Paraense
Catarinense
Nos sufixos -ês (a) e isa, quando indicam origem, título de nobreza e profissão
Exemplos:
Chinês = chinesa
Gaulês = gaulesa
Francês = francesa
Escocês = escocesa
Burguês = burguesa
Marquês = marquesa
Princesa
Baronesa
Duquesa
Poetisa
Profetisa
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ORTOGRAFIA
Depois de ditongo
Exemplos:
Coisa
Faisão
Mausoléu
Maisena
Lousa
Coisa
Ausência
Exemplos:
Exemplos:
Nos sufixos –ez, -eza, que são formados por substantivos abstratos a partir de adjetivos
Exemplos:
Macio = Maciez
Surdo = Surdez
Inválido = invalidez
Rígido = rigidez
Insensato = insensatez
Mesquinho = mesquinhez
Estúpido = estupidez
Magro = magreza
Belo = beleza
Grande = grandeza
Avarento = avareza
Singelo = singeleza
Nobre = nobreza
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ORTOGRAFIA
O Uso das Letras Maiúsculas e Minúsculas, embora pareça um tema bastante simples - aprendido nos
primeiros anos da escola - requer alguns cuidados.
Assim, neste artigo, trataremos sobre as regras, especialmente após à adesão ao Novo Acordo Orto-
gráfico, que promoveu alterações também nessa área.
Ocorrências Exemplos
1. Dias, meses, esta- Estas aulas são dadas aos sábados.
ções do ano Nosso trabalho fica reduzido no mês de julho.
Costumam viajar na primavera.
2. Fulano, sicrano e Ninguém quer dizer quem foi o fulano que fez isso.
beltrano Uma vez que não haja voluntários serão indicados fulano, sicrano e
beltrano para colaborarem neste trabalho.
3. Formas de Trata- O doutor João não está atendendo neste momento.
mento Perguntou se sua excelência precisava de algo.
4. Adjetivos Pátrios Como boa mineira, adoro comer queijo com goiabada.
Os cabo-verdianos serão os últimos a adotar o novo acordo ortográ-
fico.
Ocorrências Exemplos
1. Início das frases Este é o tema da pauta.
Trata-se da maior empresa petrolífera do Brasil.
2. Substantivos próprios Maria José foi escolhida a funcionária do mês.
Zezé foi escolhida a funcionária do mês.
A região com a maior bio diversidade do mundo é a Flo-
resta Amazônica.
Estava linda com a sua fantasia de Chapeuzinho Verme-
lho.
A deusa grega do amor é Afrodite.
3. Festas e datas comemorativas A família se reúne sempre no Natal.
Já planejaram o trabalho sobre a Independência do Bra-
sil?
4. Siglas, símbolos e abreviatu- ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ras Al - alumínio
V.Sa. - Vossa Senhoria
5. Nomes de instituições e repar- Os dados foram retirados do Instituto Brasileiro de Geo-
tições grafia e Estatística.
São sérios os problemas do Sistema Único de Saúde.
Ocorrências Exemplos
1. Nomes dos livros Quem não leu O pequeno príncipe?
Quem não leu O Pequeno Príncipe?
Comprei O diário de Anne Frank.
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ORTOGRAFIA
E os pontos cardeais?
Os pontos cardeais devem ser grafados com iniciais minúsculas, mas quando são usados de forma
independente, são grafadas obrigatoriamente com maiúsculas.
Exemplos:
As Palavras Homófonas são aquelas que têm pronúncia idêntica, mas grafias diferentes. Assim, a pa-
lavra é composta pela junção dos termos homo, que significa “mesmo” e fonia, que significa “som”.
Homônimos
Homônimos são termos semelhantes, quer na pronúncia quer na grafia, mas que têm significados dis-
tintos.
Homófonos
Exemplos:
Resulta que, muitas vezes, somente mediante o seu contexto nos certificamos se uma palavra está
grafada correta ou incorretamente.
Homógrafos
As palavras homógrafas, por sua vez, têm grafia idêntica (homo=mesmo e grafia=escrita).
Exemplos:
apelo (com e fechado): pedido de auxílio / apelo (com e aberto): conjugação do verbo apelar
começo (com e fechado): início / começo (com e aberto): conjugação do verbo começar
sobre (com o fechado): em cima de / sobre (com o aberto): conjugação do verbo sobrar
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ORTOGRAFIA
Quando grafia e pronúncia são idênticas, temos homônimos perfeitos - o terceiro e último tipo de classi-
ficação.
Homônimos Perfeitos
As palavras homônimas perfeitas têm a mesma grafia, bem como a mesma pronúncia.
Exemplos:
Para saber mais sobre questões semânticas, veja também o artigo: Homônimos e Parônimos.
Relações Homófonas
Entre as letras X e CH
Entre as letras S e X
Entre as letras S e C
O atual Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi aprovado em definitivo no dia 12 de outubro de
1990 e assinado em 16 de dezembro do mesmo ano.
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ORTOGRAFIA
O documento foi firmado pela Academia de Ciências de Lisboa, a Academia Brasileira de Letras e re-
presentantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Também houve adesão da delegação de observadores da Galiza. Isso porque na Galiza, região locali-
zada no norte da Espanha, a língua falada é o galego, a língua-mãe do português.
No Brasil, a implantação do novo acordo começou em 2008. O prazo final para a adesão é 31 de de-
zembro de 2015, conforme o Decreto 7875/2012.
Este também é o prazo em Portugal, mas nem todos os países unificarão ao mesmo tempo. Cabo Ver-
de, por exemplo, só estará totalmente adaptado ao novo acordo em 2019.
Até lá, concursos públicos, provas escolares e publicações oficiais do governo estarão adaptadas às
regras. A implantação nos livros didáticos brasileiros começou em 2009.
O objetivo do acordo é unificar a ortografia oficial e reduzir o peso cultural e político gerado pelas duas
formas de escrita oficial do mesmo idioma. A ideia é aumentar o prestígio internacional e a difusão do
Português.
As diferenças na grafia da língua utilizada por Brasil e Portugal começaram em 1911, quando o país
lusitano passou pela primeira reforma ortográfica. A reformulação não foi extensiva ao Brasil.
As primeiras tentativas para minimizar a questão ocorreram em 1931. Nesse momento, representantes
da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa passaram a discutir a unifica-
ção dos dois sistemas ortográficos. Isso só ocorreu em 1943, mas sem sucesso.
Representantes dos dois países voltaram a discutir o assunto novamente em 1943, quando ocorreu a
Convenção Ortográfica Luso-brasileira.
Tal como o primeiro, este também não surtiu o efeito desejado e somente Portugal aderiu às novas
regras.
Uma nova tentativa reuniu novamente os representantes. Desta vez, em 1975, quando Portugal não
aceitou a imposição de novas regras ortográficas.
Somente em 1986, estudiosos dos dois países voltaram a tocar na reforma ortográfica tendo, pela pri-
meira vez, representantes de outros países da comunidade de língua portuguesa.
Na ocasião, foi identificado que entre as principais justificativas para o fracasso das tratativas anterio-
res estava a drástica simplificação do idioma.
A crítica principal estava na supressão dos acentos diferenciais nas palavras proparoxítonas e paroxí-
tonas, ação rejeitada pela comunidade portuguesa.
Outro ponto rejeitado pela opinião pública brasileira estava na acentuação de vogais tônicas "e" e "o"
quando seguidas das consoantes nasais "m" e "n". Essa regra era válida para as palavras proparoxíto-
nas com acento agudo e não o circunflexo.
Assim, além da grafia, os estudiosos passaram a considerar também a pronúncia das palavras.
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ORTOGRAFIA
Principais Mudanças
As Consoantes C, P, B, G, M e T
Ficou decidido que nesses casos, os dicionários da língua portuguesa passarão a registrar as duas
formas em todos os casos de dupla grafia. O fato será esclarecido para apontar as diferenças geográfi-
cas que impõem a oscilação da pronúncia.
Acentuação Gráfica
Exemplos:
Também deixam de receber acento gráfico as paroxítonas com ditongos "ei" e "oi" na sílaba tônica.
Exemplos:
Cai, ainda, o acento nas palavras paroxítonas com vogais dobradas. Isto ocorreu porque em palavras
paroxítonas ocorre a mesma pronúncia em todos os países de língua portuguesa.
Exemplos:
Uso do c cedilha – ç
O cedilha é um sinal gráfico usado debaixo da letra c. Tem o som de ss (dois s) e fica com a seguinte
aparência: “ç”. Nunca pode iniciar palavras e é usado sempre antes das vogais a, o e u.
A letra c, por sua vez, é usada sempre ante antes das vogais e e i. Por exemplo: centeio, peraltice,
tencionar, cinto.
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ORTOGRAFIA
1. açafrão
2. açaí
3. açougue
4. açúcar
5. açucena
6. açude
7. araçá
8. cachaça
9. caçula
10. Iguaçu
11. miçanga
12. muçulmano
13. paçoca
14. Paiçandu
15. Paraguaçu
Palavras formadas a partir dos sufixos -aça, -aço, -iça, -iço, -uça
1. carduça
2. cansaço
3. cobiça
4. copaço
5. dentuça
6. dentuço
7. esperança
8. espicaçar
9. fumaça
10. justiça
11. preguiça
12. quebradiço
13. rebuliço
14. sumiço
15. vidraça
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ORTOGRAFIA
1. apreciação (apreciar)
2. atribuição (atribuir)
3. consideração (considerar)
4. continuação (continuar)
5. deliberação (deliberar)
6. designação (designar)
7. emulação (emular)
8. estagnação (estagnar)
9. exortação (exortar)
1. alienação (alienar)
2. canção (cantar)
3. consolidação (consolidar)
4. degradação (degradar)
5. discriminação (discriminar)
6. disseminação (disseminar)
7. especulação (especular)
8. exceção (excetuar)
9. explanação (explanar)
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ORTOGRAFIA
1. absolvição (absolver)
2. afirmação (afirmativo)
3. asserção (assertivo)
4. contenção (conter)
5. detenção (deter)
6. infração (infrator)
7. intuição (intuitivo)
8. manutenção (manter)
9. obtenção (obter)
1. afluição
2. arcabouço
3. beiço
4. bouça
5. calabouço
6. Conceição
7. eleição
8. feição
9. insurreição
10. louça
11. ouço
12. refeição
13. traição
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ORTOGRAFIA
Devemos aplicar o “por que” como instrumento para fazer perguntas; o “porque” para responder per-
guntas; o “por quê” para finalizar as frases; e o “porquê” na função de substantivo, explicando os moti-
vos e razões dentro da frase.
A maneira de grafar depende da aplicabilidade na frase, como substantivo sinônimo de motivo, conjun-
ção causal ou explicativa ou, ainda, como advérbio explicativo.
Separado e sem acento é usado no início das frases interrogativas diretas ou indiretas e pode ser
substituído por “o que” e por “qual”. Portanto, é um advérbio interrogativo formado da junção da prepo-
sição “por” com o pronome relativo “pelo qual”.
Grafado junto e com acento circunflexo é um substantivo. Na sentença o “porquê” significa “motivo” ou
“razão”. Aparece nas sentenças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral com objetivo de
explicar o motivo dentro da frase.
Separado e com acento circunflexo. É usado no fim das frases interrogativas diretas ou de maneira
isolada. Antes de um ponto mantém o sentido interrogativo ou exclamativo.
O “por quê” vem antes de um ponto, considerando frases onde forma um sentido interrogativo ou ex-
clamativo. O “por quê” mantém o sentido de “por qual motivo”.
Grafado junto e sem acento é uma conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicati-
va que pode ser substituído por palavras como “pois” ou as expressões “para que” e “uma vez que”.
Assim, pode ser usado nas orações onde o motivo está diretamente relacionado.
Homônimos e Parônimos
Os Homônimos e os Parônimos são termos que fazem parte do estudo da semântica (significado das
palavras).
Assim, os homônimos são palavras que possuem a mesma pronúncia (às vezes, a mesma escrita) e
significados distintos.
Já as palavras parônimas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, entretanto, possuem signifi-
cados diferentes.
Homônimos
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ORTOGRAFIA
Homógrafas: são palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia, por exemplo: colher (verbo) e
colher (substantivo); jogo (substantivo) e jogo (verbo); denúncia (substantivo) e denuncia (verbo).
Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na grafia, por exemplo: concertar (harmo-
nizar) e consertar (reparar); censo (recenseamento) e senso (juízo); acender (atear) e ascender (subir).
Perfeitas: são palavras iguais na grafia e iguais na pronúncia, por exemplo: caminho (substantivo) e
caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (advérbio de tempo); livre (adjetivo) e livre (verbo).
Parônimos
Por isso, é muito importante tomar conhecimento desses termos para que não haja confusão.
Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui fundamento)
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ORTOGRAFIA
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PONTUAÇÃO
Pontuação:
Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com nos-
sos gestos para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais de
pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de senti-
dos dos enunciados.
Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita:
Ponto ( . )
b) Separar períodos:
c) Abreviar palavras:
Av. (Avenida)
p. (página)
Dr. (doutor)
Dois-pontos ( : )
O aluno respondeu:
– Parta agora!
Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos.
Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja
infinito enquanto dure.”
Reticências ( ... )
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PONTUAÇÃO
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecí-
lia - José de Alencar)
Parênteses ( )
Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a vír-
gula ou o travessão:
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma
grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)
Ponto de Exclamação ( ! )
Após vocativo
Cale-se!
c) Após interjeição:
Que pena!
Ponto de Interrogação ( ? )
Em perguntas diretas:
Vírgula ( , )
De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o maior número de funções.
Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a finalidade de nos indicar que os ter-
mos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam
uma unidade sintática. Por outro lado, quando há umarelação sintática entre termos da oração,
não se pode separá-los por meio de vírgula.
Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar primeiro
os casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:
Sujeito de Predicado;
Objeto de Verbo;
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PONTUAÇÃO
Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na
ordem inversa).
Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre.
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PONTUAÇÃO
2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizaralguma ideia
(polissíndeto):
3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sen-
tido de adição (adversidade, consequência, por exemplo):
b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações
iniciadas pela conjunção “e”:
"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o
gancho." (O selvagem - José de Alencar)
Ponto e vírgula ( ; )
Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
O que dizer;
A quem dizer;
Como dizer;
Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coor-
denadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto ten-
so."
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PONTUAÇÃO
Travessão ( — )
Aspas ( “ ” )
Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares:
“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz
a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Fique Atento!
Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença destacada por
aspas, esse termo deve ser destacado com marcação simples ('), não dupla (").
Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem.
Observe:
Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a fina-
lidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório.
Observe:
Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele.
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
Variação Linguística
A língua abriga vários registros que dependem basicamente da situação de fala e de com quem se
fala. Há variações dentro da mesma língua decorrentes de fatores como: a região geográfica (nordes-
tino, mineiro, carioca, paulista etc.), o sexo, a idade, a classe social e o grau de instrução dos falantes
e o grau de formalidade do contexto (formal e informal).
Dentre as diversas variações pode-se dizer que a oposição mais importante se dá entre a chamada
linguagem culta (ou padrão) e a linguagem popular, coloquial.
A noção de certo e errado está ligada ao prestígio que a variedade culta adquiriu na sociedade. No
entanto, todas as demais variedades são legítimas e devem ser respeitadas, combatendo o precon-
ceito linguístico.
A variedade culta é difundida principalmente pela escola e pelos meios de comunicação e está relaci-
onada a um grupo de pessoas de maior prestígio social.
A linguagem
e de entender.
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe e vai desmatando as amazonas de minha ignorância. Figuras
de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a lín-
gua, breve língua entrecortada do namoro com a prima.
Tipos De Variação:
Variação histórica: acontece ao longo de um determinado período de tempo e pode ser identificada
ao serem comparados dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante
inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeco-
nomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, pe-
ríodo em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na
fala, e finalmente consagra-se pelo uso, na modalidade escrita. As mudanças podem ser de grafia ou
de significado.
Variação social: agrupa alguns fatores de diversidade: o nível socioeconômico, o grau de educação, a
idade e o gênero do indivíduo. A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos,
como poderia acontecer na variação regional. O uso de certas variantes pode indicar qual o nível so-
cioeconômico de uma pessoa, e há a possibilidade de que alguém, oriundo de um grupo menos favo-
recido, venha a atingir o padrão de maior prestígio.
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
que o grau de reflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conte-
údo é mais elaborado e complexo. Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua escrita
efalada, pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação.
Fonética: alteração na pronúncia das palavras. Ex: planta/pranta; vossa mercê/ você/ocê/cê. Morfoló-
gica: alteração na forma das palavras.
Ex: Os meninos fizeram o dever. / Os menino fez o dever. Lexical: alteração na escolha das palavras.
Ex: mandioca /aipim; “Choveu direto essa semana”/ “Choveu todos os dias nesta semana”
Variação Linguística
Variação linguística é o movimento comum e natural de uma língua, que varia principalmente por fato-
res históricos e culturais. Modo pelo qual ela se usa, sistemática e coerentemente, de acordo com o
contexto histórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes dessa língua se manifestam verbal-
mente. É o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma mesma
língua. Tais diferenças decorrem do fato de um sistema linguístico não ser unitário, mas comportar
vários eixos de diferenciação: estilístico, regional, sociocultural, ocupacional e etário. A variação e
a mudança podem ocorrer em algum ou em vários dos subsistemas constitutivos de uma língua (fo-
nético, morfológico, fonológico, sintático, léxico e semântico). O conjunto dessas mudanças constitui
a evolução dessa língua.
A variação é também descrita como um fenômeno pelo qual, na prática corrente de um dado grupo
social, em uma época e em certo lugar, uma língua nunca é idêntica ao que ela é em outra época e
outro lugar, na prática de outro grupo social. O termo variação pode também ser usado como sinô-
nimo de variante. Existem diversos fatores de variação possíveis - associados a aspectos geográficos
e sociolinguísticos, à evolução linguística e ao registro linguístico.
Variedade ou variante linguística se define pela forma pela qual determinada comunidade de falantes,
vinculados por relações sociais ou geográficas, usa as formas linguísticas de uma língua natural. É
um conceito mais forte do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Refere-se a cada uma das mo-
dalidades em que uma língua se diversifica, em virtude das possibilidades de variação dos elementos
do seu sistema (vocabulário, pronúncia, sintaxe) ligadas a fatores sociais ou culturais (escolaridade,
profissão, sexo, idade, grupo social etc.) e geográficos (tais como o português do Brasil, o português
de Portugal, os falares regionais etc.). A língua padrão e a linguagem popular também são variedades
sociais ou culturais. Um dialeto é uma variedade geográfica.[3]Variações de léxico, como ocorre
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
na gíria e no calão, podem ser consideradas como variedades mas também como registros ou, ainda,
como estilos - a depender da definição adotada em cada caso. Os idiotismos são às vezes considera-
dos como formas de estilo, por se limitarem a variações de léxico.
Utiliza-se o termo 'variedade' como uma forma neutra de se referir a diferenças linguísticas entre os
falantes de um mesmo idioma. Evita-se assim ambiguidade de termos como língua (geralmente asso-
ciado à norma padrão) ou dialeto (associado a variedades não padronizadas, consideradas de menor
prestígio ou menos corretas do que a norma padrão).
O termo "leto" também é usado quando há dificuldade em decidir se duas variedades devem ser con-
sideradas como uma mesma língua ou como línguas ou dialetos diferentes. Alguns sociolinguistas
usam o termo leto no sentido de variedade linguística - sem especificar o tipo de variedade. As varie-
dades apresentam não apenas diferenças de vocabulário, mas também diferenças de gramática, fo-
nologia e prosódia.
Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um
sem-número de diferenciações. Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até
individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o
gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os
que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifesta-
ção e de emoção.
A sociolinguística procura estabelecer as fronteiras entre os diferentes falares de uma língua. O pes-
quisador verifica se os falantes apresentam diferenças nos seus modos de falar de acordo com o lu-
gar em que estão (variação diatópica), com a situação de fala ou registro (variação diafásica) ou de
acordo com o nível socioeconômico do falante (variação diastrática).e, de acordo com o contexto his-
tórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes dessa língua se manifestam verbalmente.
É o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma mesma língua.
Tais diferenças decorrem do fato de um sistema linguístico não ser unitário, mas comportar vários ei-
xos de diferenciação: estilístico, regional, sociocultural, ocupacional e etário. A variação e a mu-
dança podem ocorrer em algum ou em vários dos subsistemas constitutivos de uma língua (foné-
tico, morfológico, fonológico, sintático, léxico e semântico). O conjunto dessas mudanças constitui a
evolução dessa língua.
2Definições
Variedades geográficas: dizem respeito à variação diatópica e são variantes devidas à distância geo-
gráfica que separa os falantes.[9] Assim, por exemplo, a mistura de cimento, água e areia, se
chama betão em Portugal; no Brasil, se chama concreto.
As mudanças de tipo geográfico se chamam dialetos (ou mais propriamente geoletos), e o seu estudo
é a dialetologia. Embora o termo 'dialeto' não tenha nenhum sentido negativo, acontece que, erronea-
mente, tem sido comum chamar dialeto a línguas que supostamente são "simples" ou "primitivas". Di-
aleto é uma forma particular, adotada por uma comunidade, na fala de uma língua. Nesse sentido,
pode-se falar de inglês britânico, inglês australiano, etc.
É preciso também ter presente que os dialetos não apresentam limites geográficos precisos - ao con-
trário, são borrados e graduais - daí se considerar que os dialetos que constituem uma língua formam
um continuum sem limites precisos. Diz-se que uma língua é um conjunto de dialetos cujos falantes
podem se entender.
Embora isto possa ser aproximadamente válido para o português, não parece valer para o alemão,
pois há dialetos desta língua que são ininteligíveis entre si. Por outro lado, fala-se de línguas escandi-
navas, quando, na realidade, um falante sueco e um dinamarquês podem se entender usando cada
um a sua própria língua.
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
No que diz respeito ao português, além de vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, há dois
padrões reconhecidos internacionalmente: o português de Portugal e o português do Brasil.
Variedades históricas: relacionadas com a mudança linguística, essas variedades aparecem quando
se comparam textos em uma mesma língua escritos em diferentes épocas e se verificam diferenças
sistemáticas na gramática, no léxico e às vezes na ortografia (frequentemente como reflexo de mu-
danças fonéticas).
Tais diferenças serão maiores quanto maior for o tempo que separa os textos. Cada um dos estágios
da língua, mais ou menos homogêneos circunscritos a uma certa época é chamado variedade diacrô-
nica. Por exemplo, na língua portuguesa pode-se distinguir claramente o português moderno (que,
por sua vez, apresenta diversidades geográficas e sociais) e o português arcaico.
Em certos países onde existe uma hierarquia social muito clara, o socioleto da pessoa define a qual
classe social ela pertence. Isso pode significar uma barreira para a inclusão social.
Variações Diafásicas
Variações Diatópicas
São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra “abó-
bora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões que
se divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo.
Variações Diastráticas
São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como exem-
plo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre outras.
Definições
Socioletos: variedades faladas por comunidades socialmente definidas, ou seja, por grupos de indiví-
duos que, tendo características sociais em comum (profissão, faixa etária etc.), usam termos técnicos,
gírias ou fraseados que os distinguem dos demais falantes na sua comunidade. É também chamado
dialeto social ou variante diastrática.
linguagem padrão ou norma padrão ou norma culta: variedade linguística padronizada com base em
preceitos estabelecidos de seleção do que deve ou não ser usados, levando em conta fatores linguís-
ticos e não linguísticos, como tradição e valores socioculturais (prestígio, elegância, estética etc.).
Corresponde à variedade usualmente adotada pelos falantes instruídos ou empregada na comunica-
ção pública.
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
Idioletos: variedade peculiar a um único indivíduo ou o conjunto de traços próprios ao seu modo de se
expressar.
registros (ou diátipos): o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou profis-
sões
Etnoletos: variedade falada pelos membros de uma etnia (termo pouco utilizado, já que geralmente
ocorre em uma área geograficamente definida, coincidindo, portanto, com o conceito de dialeto).
Ecoletos, um idioleto adotado por um número muito reduzido de pessoas (membros de uma família
ou de um grupo de amigos, por exemplo).
Distinguem-se os dialetos, idioletos e socioletos não apenas por seu vocabulário, mas também por
diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. Por exemplo, o sotaque de palavras tonais
nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro exemplo é como pala-
vras estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia básica da
linguagem.
Certos registros profissionais, como o chamado legalês, mostram uma variação na gramática da lin-
guagem padrão. Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses frequentemente usam modos ver-
bais, como o subjuntivo, que não são mais usados com frequência por outros falantes. Muitos regis-
tros são simplesmente um conjunto especializado de termos (veja jargão).
Variações Linguísticas
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de
expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados
ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente
dois: O nível de formalidade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais
de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi
determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa a linguagem do dia a dia, das conversas infor-
mais que temos com amigos, familiares etc.
Variações Históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um
exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra
farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas,
a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.
Antigamente
Variações Regionais:
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como
exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais
como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados às caracte-
rísticas orais da linguagem.
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução
de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap,
tatuadores, entre outros.
As variações linguísticas reúnem as variantes da língua, que foram inventadas pelos homens e vem
sendo reinventada a cada dia.
Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais, cultu-
rais e geográficos.
No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, a linguagem regional.
Variações Geográficas: está relacionada com o local em que é desenvolvida, por exemplo, as varia-
ções entre o português do Brasil e de Portugal.
Variações Históricas: ela ocorre com o desenvolvimento da história, por exemplo, o português medie-
val e o atual.
Variações Sociais: são percebidas segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, por exemplo,
um orador jurídico e um morador de rua.
Variação Situacional: ocorre de acordo com o contexto o qual está inserido, por exemplo, as situa-
ções formais e informais.
Exemplos
Quanto aos níveis da fala, podemos considerar dois padrões de linguagem, a linguagem formal e in-
formal. Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem dita coloquial, ou
seja, aquela espontânea, dinâmica e despretensiosa.
No entanto, de acordo com o contexto que estamos inseridos devemos seguir as regras e normas im-
postas pela gramática, por exemplo, quando elaboramos um texto (linguagem escrita) ou organiza-
mos nossa fala numa palestra (linguagem oral). Em ambos os casos, utilizaremos a linguagem formal,
a qual está de acordo com a normas gramaticais.
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
Observe que as variações linguísticas são expressas geralmente nos discursos orais, uma vez que
quando produzimos um texto escrito, seja em qual for o lugar do Brasil, seguimos as regras do
mesmo idioma: o português.
Preconceito Linguístico
O preconceito linguístico está intimamente relacionado com as variações linguísticas, uma vez que
ele surge para julgar as manifestações linguísticas ditas superiores.
Para pensarmos nele não precisamos ir muito longe, posto que no nosso país, embora o mesmo idi-
oma seja falado em todas as regiões, cada uma delas possui suas peculiaridades que envolvem di-
versos aspectos históricos e culturais.
Sendo assim, a maneira de falar do norte é muito diferente da falada no sul do país. Isso ocorre por-
que nos atos comunicativos, os falantes da língua vão determinando expressões, sotaques e entona-
ções de acordo com as necessidades linguísticas.
De tal modo, o preconceito linguístico surge no tom de deboche, sendo a variação apontada de ma-
neira pejorativa e estigmatizada.
Quem comete esse tipo de preconceito, geralmente tem a ideia de que sua maneira de falar é correta
e ainda, superior a outra.
Entretanto, devemos salientar que todas variações são aceitas e nenhuma delas é superior, ou consi-
derada a mais correta.
Antigamente
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, fa-
ziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.
Ao travarmos contato com o fragmento ora exposto, percebemos que nele existem certas expressões
que já se encontram em desuso, tais como: Mademoiselles, prendadas, janotas, pé-de-alferes, balaio.
Perceberam que a língua é dinâmica? Ela sofre transformações com o passar do tempo em virtude
de vários fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.
Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a pala-
vra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é
apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de pharmácia,
agora, farmácia.
Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de
uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tra-
tada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum.
Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a
oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.
Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos des-
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
tacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem colo-
quial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de
maior prestígio social.
Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem a uma classe profissional mais especí-
fica, como é o caso dos médicos, profissionais da informática, dentre outros.
Variantes Linguísticas
A língua pode transformar-se através do tempo devido a vários fatores vindos da própria sociedade.
Conheça as variantes linguísticas que ocorrem na língua
A língua pode transformar-se através do tempo devido a vários fatores vindos da própria sociedade,
pois ela não é regida por normas fixas e imutáveis. Uma mesma língua sempre estará sujeita a varia-
ções, como a diferença de épocas, regionalidade, grupos sociais e diferentes situações, como a fala
formal e informal.
Você já deve ter percebido que, mesmo dentro do Brasil, por exemplo, existem várias maneiras de
falar a Língua Portuguesa. As pessoas se comunicam de formas diferentes e diversos fatores devem
ser considerados no nosso falar, incluindo a época, a região geográfica, idade, ambiente e o status
sociocultural dos falantes.
Diante de tantas variantes linguísticas, é importante ressaltar que não existe forma mais correta de se
falar, e sim a maneira mais adequada de se expressar de acordo com o contexto e o interlocutor. Nós
adequamos o nosso modo de falar ao ambiente e não falamos da mesma forma que escrevemos.
Por exemplo, usar a linguagem formal escrita em uma comunicação informal é inadequado, pois pode
soar como artificial e pretensioso. O ideal é que saibamos adequar a nossa fala ao contexto de comu-
nicação, o que inclui o ambiente e o nosso interlocutor.
Confira a seguir quais são as diferentes variações linguísticas que ocorrem na língua:
Variações diafásicas: Trata-se das variações que ocorrem em função do contexto comunicativo. A
ocasião determina como falaremos com o nosso interlocutor, podendo ser formal ou informal.
Variações diastráticas: Variações que ocorrer devido à convivência entre os grupos sociais. Como
exemplos desta modalidade de variantes linguísticas temos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
Trata-se de uma variante social pertencente a um grupo específico de pessoas. As gírias pertencem
ao vocabulário de certos grupos, como, por exemplo, os surfistas, estudantes, policiais; já os jargões
estão relacionados com as áreas profissionais e se caracterizam pelo linguajar técnico. Como exem-
plo, podemos citar os profissionais da Informática, os advogados e outros.
Variações históricas: A língua não é fixa e imutável, mas sim dinâmica e sofre transformações ao
longo do tempo. A palavra “você”, por exemplo, tem origem na expressão de tratamento “vossa
mercê” e que se transformou sucessivamente em “vossemecê”, “vosmecê”, “vancê” até chegar no
abreviado “vc”.
Variações diatópicas: São as variações que ocorrem pelas diferenças regionais. As variações regio-
nais são denominadas dialetos e fazem referência a diferentes regiões geográficas, de acordo com a
cultura local. A palavra “mandioca”, por exemplo, em certos lugares do Brasil, recebe outras denomi-
nações, como “macaxeira” e “aipim”.
Você já deve ter percebido que um mineiro não fala igual ao paulista, gaúcho ou nordestino, por
exemplo. São os sotaques, pertencentes a esta modalidade de variante linguística e que estão liga-
dos às marcas orais da linguagem.
Estamos inseridos em um sociedade dinâmica, a qual se transforma com o passar do tempo e acaba
transformando o modo pelo qual as pessoas estabelecem seus relacionamentos interpessoais. Um
bom exemplo de tais mudanças é a linguagem dos internautas, que em meio a tantas abreviações e
neologismos termina por criar um universo específico, no qual somente os interlocutores são capazes
de decifrar o vocabulário por eles utilizado.
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
Partindo dessa prerrogativa, ocupemo-nos em discorrer acerca dos tipos de variações que as línguas
apresentam, os quais dependem de fatores específicos, tais como condição social, faixa etária, dife-
renças existentes entre uma região e outra, enfim...
Variações Diafásicas
Variações Diatópicas
São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra “abó-
bora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões que
se divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo.
Variações Diastráticas
São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como exem-
plo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre outras.
A variação linguística é um interessante aspecto da língua portuguesa. Pode ser compreendida por
meio das influências históricas e regionais sobre os falares.
A variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida por inter-
médio das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a língua
pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes. Como não é um sistema fechado e imutável,
a língua portuguesa ganha diferentes nuances.
O português que é falado no Nordeste do Brasil pode ser diferente do português falado no Sul do
país. Claro que um idioma nos une, mas as variações podem ser consideráveis e justificadas de
acordo com a comunidade na qual se manifesta.
O português falado em algumas cidades do interior do estado de São Paulo, por exemplo, pode ga-
nhar o estigma pejorativo de incorreto ou inculto, mas, na verdade, essas diferenças enriquecem esse
patrimônio cultural que é a nossa língua portuguesa. Leia a letra da música “Samba do Arnesto”, de
Adoniran Barbosa, e observe como a variação linguística pode ocorrer:
Samba Do Arnesto
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
Há, na letra da música, um exemplo interessante sobre a variação linguística. É importante ressaltar
que o código escrito, ou seja, a língua sistematizada e convencionalizada na gramática, não deve so-
frer grandes alterações, devendo ser preservado.
Já imaginou se cada um de nós decidisse escrever como falamos? Um novo idioma seria inventado,
aboliríamos a gramática e todo o sistema linguístico determinado pelas regras cairia por terra. Con-
tudo, o que o compositor Adoniran Barbosa fez pode ser chamado de licença poética, pois ele trans-
portou para a modalidade escrita a variação linguística presente na modalidade oral.
As variações linguísticas acontecem porque vivemos em uma sociedade complexa, na qual estão in-
seridos diferentes grupos sociais. Alguns desses grupos tiveram acesso à educação formal, enquanto
outros não tiveram muito contato com a norma culta da língua. Podemos observar também que a lín-
gua varia de acordo com suas situações de uso, pois um mesmo grupo social pode se comunicar de
maneira diferente, de acordo com a necessidade de adequação linguística. Prova disso é que você
não vai se comportar em uma entrevista de emprego da mesma maneira com a qual você conversa
com seus amigos em uma situação informal, não é mesmo?
A adequação é um tipo de variação linguística que consiste em adequar a língua às diferentes situa-
ções comunicacionais
A tirinha Calvin e Haroldo, do quadrinista Bill Watterson, mostra-nos um exemplo bem divertido sobre
a importância da adequação linguística. Já pensou se precisássemos utilizar uma linguagem tão re-
buscada e cheia de arcaísmos nas mais corriqueiras situações de nosso cotidiano? Certamente per-
deríamos a espontaneidade da fala, sem contar que a dinamicidade da comunicação seria prejudi-
cada.
Podemos elencar também nos tipos de variação linguística os falares específicos para grupos especí-
ficos: os médicos apropriam-se de um vocabulário próprio de sua profissão quando estão exercendo
o ofício, mas essas marcas podem aparecer em outros tipos de interações verbais. O mesmo acon-
tece com os profissionais de informática, policiais, engenheiros etc.
Portanto, apesar de algumas variações linguísticas não apresentarem o mesmo prestígio social no
Brasil, não devemos fazer da língua um mecanismo de segregação cultural, corroborando com a ideia
da teoria do preconceito linguístico, ao julgarmos determinada manifestação linguística superior a ou-
tra, sobretudo superior às manifestações linguísticas de classes sociais ou regiões menos favoreci-
das.
A variação de uma língua é a forma pela qual ela difere de outras formas da linguagem sistemática e
coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de identificação, e um de lesé a língua.
Esta pode variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espaço, o nível cultural e a situ-
ação em que um indivíduo se manifesta verbalmente. Conceito Variedade é um conceito maior do
que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Alguns escritores de sócio linguística usam o termo leto,
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
aparentemente um processo de criação de palavras para termos específicos, são exemplos dessas
variações:
Dialetos (variação diatópica?), isto é, variações faladas por comunidades geograficamente definidas.
- Linguagem e é usado para se referir ao sistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado
tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua condição em relação a esta distinção é irrele-
vante (sendo, portanto, um sinônimo para linguagem num sentido mais geral);
Educação
Registros (ou d
Variações como dialetos, idioletos e sócio letos podem ser distinguidos não apenas por seu vocabulá-
rios, mas também por diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. Por exemplo, o sota-
que de palavras tonais nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro
exemplo é como palavras estrangeiras em diferente sócio letos variam em seu grau de adaptação à
fonologia básica da linguagem. Certos registros profissionais, como o chamado legalês, mostram uma
variação na gramática da linguagem padrão.
Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses frequentemente usam modos gramaticais, como o
modo subjuntivo, que não são mais usados com frequência por outros falantes. Muitos registros são
simplesmente um conjunto especializado de termos (veja jargão).
É uma questão de definição se gíria e calão podem ser considerados como incluídos no conceito de
variação ou de estilo. Coloquialismos e expressões idiomáticas geralmente são limitadas como varia-
ções do léxico, e de, portanto, estilo.
Espécies De Variação
Variação Histórica
Acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois
estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um
grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos sócio economicamente mais expressivo.
A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes
convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo
uso na modalidade escrita. As mudanças podem ser de grafia ou de significado.
Variação Geográfica Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre
regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em
torno de centros polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrões lin-
guísticos utilizados na região de sua influência. As diferenças linguísticas entre as regiões são gradu-
ais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas. Variação Social Agrupa alguns fatores de
diversidade: o nível sócio-econômico, determinado pelo meio social onde vive um indivíduo; o grau de
educação; a idade e o sexo.
A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na varia-
ção regional; ouso de certas variantes pode indicar qual o nível sócio-econômico de uma pessoa, e
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VARIAÇÃO LINGUISTICA
há a possibilidade de alguém oriundo de um grupo menos favorecido atingir o padrão de maior prestí-
gio. Variação Estilística Considera um mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias de comunica-
ção: se está em um ambiente familiar, profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado e
quem são os receptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é possível identificar dois
limites extremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de reflexão do indivíduo sobre as normas
linguísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau de reflexão
é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é mais elaborado e
complexo.
Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua escrita e falada, pois os dois estilos ocor-
rem em ambas as formas de comunicação. As diferentes modalidades de variação linguística não
existem isoladamente, havendo um inter-relacionamento entre elas: uma variante geográfica pode ser
vista como uma variante social, considerando-se a migração entre regiões do país. Observa-se que o
meio rural, por ser menos influenciado pelas mudanças da sociedade, preserva variantes antigas. O
conhecimento do padrão de prestígio pode ser fator de mobilidade social para um indivíduo perten-
cente a uma classe menos favorecida.
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