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GRADUAÇÃO E PÓS-GRADLJAÇÃO
Sumário
Palavras do Professor-Autor ........................................... 11
Ambientação.................................................................... 14
Trocando ideias com os autores .................................... 16
Problematizando ............................................................. 18
2 Ainterpretação
Gramática para a produção, compreensão e
de textos
Concordância Verbal ............................................................................................. 31
Concordância Nominal ................................................................................. 35
Pontuação ................................................................................................................... 38
Acentuação Gráfica conforme o novo acordo ortográfico ............. 43
Crase ...................................................................................................................... 46
Tirando suas dúvidas ...................................................................................... 50
Sintetizando o que mudou no novo acordo ortográfico ................. 58
Português Instrumental 7
3 Noções textuais para compreensão da leitura
Características de um texto...................................................................... 65
Ler e compreender .................................................................................................. 66
Tópicos para compreensãode textos ........................................................ 67
Tipos e gêneros textuais: uma real proximidade ................................... 71
8 Português Instrumental
AMBIENTAÇÃO À
DISCIPLINA
Este ícone indica que você deverá ler o texto para ter
uma visão panorâmica sobre o conteúdo da disciplina.
Português Instrumental 9
A língua portuguesa faz parte da cultura do Brasil e de outros países que falam
a este mesmo idioma com instrumento de comunicação entre os povos. Porém
o valor da comunicação não esta no significado pronunciado, a língua não pode
ser compreendida como sistema de códigos exclusivamente linguístico, mas pelas
diversas formas de interação que a língua estabelece com a realidade e com o sujeito
falante e com outros. Isto quer dizer que existem diversas nuances de enunciados;
verdadeiros, falsos, belos...
Poucos leitores compreendem os textos conforme a intenção do autor ao
comunicar a mensagem que seja escrita ou falada. O uso da linguagem tornou-se
densamente enraizado na cultura humana, além de ser empregada para comunicar
e compartilhar informações.
A linguagem também possui vários usos sociais e culturais, como a manifestação
da identidade, da estratificação social, na manutenção da unidade em uma sociedade
e para o entretenimento. A palavra "linguagem" também pode ser usada para
descrever o conjunto de regras que torna isso possível, ou o conjunto de enunciados
que podem produzir diversas normas nesse sentido. É uma das intenções da inserção
do estudo da Língua Portuguesa, neste curso, oferecer subsídios para o estudante
aperfeiçoar as habilidades de leitor e produtor de textos.
15
Português Instrumental
TROCANDO IDEIAS
COM OS AUTORES
A intenção é que seja feita a leitura de obras indicadas
pelo professor-autor numa perspectiva de dialogar com
os autores de relevo nacional e/ou mundial.
Vamos dar continuidade ao processo de ambientação ao
estudo da língua Portuguesa.
Português Instrumental 17
PROBLEMATIZANDO
É apresentada uma situação problema onde será feito
um texto expondo uma solução para o problema
abordado, articulando a teoria e a prática profissional.
Será que Ler e Compreender são a mesma coisa?
Vamos fazer uma experiência?
Fonte: http://www.humornaciencia.com.br/laboratorio/simples.htm
Português Instrumental 19
APRENDENDO A PENSAR
O estudante deverá analisar o tema da disciplina em
estudo a partir das ideias organizadas pelo professor-
autor do material didático.
INTRODUÇÃO À COMUNIAÇÃO
1
HUMANA
Conhecimentos
Compreender o conceito de comunicação.
Habilidades
Identificar os vários elementos básicos na comunicação.
Atitude
Usar a comunicação verbal e escrita adequada às normas vigentes.
O que é comunicação
22 Português Instrumental
A Folha de S. Paulo do dia 8-3-88, na “Folha Ilustrada”, trouxe, sob a rubrica
MODA, a matéria de Costanza Pascolato: “A linguagem das roupas é antiga e
universal”, da qual vale a pena transcrever alguns trechos:
Noções da Comunicação.
Português Instrumental 23
Figura 1 - Elementos do processo de comunicação interpessoal
Português Instrumental 25
Assim sendo, mensagens transmitidas através de um meio sonoro utilizam
sons, palavras, músicas. Se a transmissão é feita por meios visuais, empregam-se as
imagens (desenhos, fotografias) ou símbolos, i.e., a escrita ortográfica. No primeiro
caso diz-se que são mensagens icônicas; no segundo, mensagens simbólicas. As
mensagens tácteis recorrem aos choques, pressões, trepidações etc.; as olfativas
utilizam odores, um perfume, por exemplo.
26 Português Instrumental
Escrita, Língua, Linguagem e Fala.
Apesar de haver muitas relações entre a forma falada e a forma escrita da língua
(os princípios para construir uma oração, por exemplo, são praticamente os mesmos),
o ato de escrever é diferente do ato de falar.
A grande diferença talvez esteja no fato de que o interlocutor está presente no
momento da fala e ausente no momento da escrita. Estando o interlocutor presente
quando falamos, qualquer problema de compreensão pode ser imediatamente
esclarecido. Além disso, há sempre junto com a fala um jogo de gestos, de expressões
faciais, de tons de voz que complementam e reforçam aquilo que está sendo dito.
Nessa perspectiva, a qualidade maior de um texto escrito é a clareza: não devemos
poupar esforços nesse sentido. O leitor não deve ter dificuldade de compreensão
ao que estamos transmitindo. Se ele tiver dificuldades, a comunicação poderá ser
frustrante, com consequências negativas para nós.
O cérebro humano tem uma importante e complicada tarefa; colocar em
funcionamento o processo da linguagem. Ao conviver com crianças pequenas na
fase em que começam a falar nós, adultos, não atinamos com o fantástico processo
que está ocorrendo até porque as crianças aprendem, sem maiores dificuldades
e sem nenhuma especial orientação, a falar a língua que ouvem a sua volta. Mas
há algo de extraordinário e complexo atrás desse corriqueiro acontecimento. Para
perceber basta lembrar, por exemplo, que a estrutura da língua é de extrema
complexidade e a criança, quando está aprendendo a falar, é exposta apenas a um
número muito limitado de material linguístico (não esquecer que a língua é infinita)
e durante muito pouco tempo (dois anos).
Avançar na compreensão do processo de aquisição significa também trazer mais
luz à própria compreensão das particularidades de nossa espécie. Afinal, a língua e
sua aquisição são duas de nossas mais peculiares características.
Português Instrumental 27
2
A GRAMÁTICA DA LÍNGUA
PORTUGUESA
Conhecimentos
Conhecer estruturas gramaticais para a produção, compreensão e interpretação
de textos.
Habilidades
Identificar as estruturas gramaticais nas atividades de interpretação de textos.
Atitude
Saber codificar textos através do uso das estruturas gramaticais estudadas.
26 Português Instrumental
Concordância verbal
Português Instrumental 31
Sujeito simples Verbo no singular
Verbo no plural, se expressar reciprocidade.
Exemplo: Mais de um dos convidados abraçaram-se durante
o evento.
Se o sujeito for representado por nomes próprios.
Sujeito simples
Exemplo: Os Estados Unidos investem bastante em tecnologia.
Se o sujeito for representado pela expressão “um dos que”.
Exemplo: Ele foi um dos colegas que mais me apoiaram.
Verbo no singular:
Se vários elementos do sujeito forem sintetizados: por
tudo, algo, nada, ninguém, etc.
Exemplo: prédio, árvores, postes, tudo veio abaixo.
Sujeito composto
Sujeito formado por palavras sinônimas: Muita raiva,
indignação dominava seus gestos.
Sujeito representado por verbos no infinitivo: Viajar e
passear constitui seu ideal de vida.
Verbo no plural:
O verbo ficará no plural quando os núcleos dos sujeitos
forem ligados pelas conjunções:
1- ou/ou (se não houver ideia de exclusão, caso contrário, usa-
se o singular);
2- nem (se não houver ideia de exclusão, caso contrário, usa-se
o singular);
Sujeito composto
3- não só, mas também, tanto, como (quando expressam ideia
de inclusão).
Exemplos:
Ou eu ou você participaremos da eleição.
Nem Drummond nem Bandeira perderam seu valor.
Tanto ele como eu nos saímos bem no exame.
32 Português Instrumental
Sentido de existir = somente 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Havia histórias estranhas sobre a mulher do sobrado.
Sentidodeexistirformandolocuçãoverbal(impessoalidade)
= 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Pode haver propostas mais interessantes.
Concordância
do verbo haver Verbo haver (como verbo auxiliar) no sentido de ter. É
pessoal e concorda com o sujeito.
Exemplos: Nós havíamos obtido ótimos resultados com a
pesquisa.
Nós tínhamos obtido ótimos resultados com a pesquisa.
Português Instrumental 33
Casos particulares:
Se o sujeito for constituído pelos pronomes: tudo, isso,
isto ou aquilo e o predicativo estiver no plural, o verbo ser
concordará normalmente com o predicativo.
Exemplos: Tudo seriam lembranças passageiras.
Aquilo eram fantasias da infância.
O verbo ser concorda com o sujeito quando este for
representado por um nome próprio ou ente animado.
Sujeito simples Exemplos: Os Sertões são a obra-prima de Euclides da Cunha.
34 Português Instrumental
Concordância nominal
Português Instrumental 35
• Quando vem antes dos substantivos, o adjetivo concorda geralmente
com o mais próximo.
Os novos livros e revistas foram guardados.
As novas revistas e livros foram guardados.
36 Português Instrumental
Sujeito composto:
Quando o adjetivo vier depois dos substantivos, ficará
no masculino plural se os substantivos tiverem gêneros
diferentes; casocontrário, ficaráno gênero dos substantivos,
no plural.
Adjetivo na Exemplos: A professora e o aluno chegaram apressados.
função
O dentista e o cliente estavam gripados.
de predicativo
A telefonista e a secretária foram atenciosas.
do sujeito.
Quando o adjetivo vier antes de substantivos de gêneros
diferentes, poderá ficar no masculino plural ou concordar
com o substantivo mais próximo.
Exemplos: Preocupados, a mãe e o pai ligaram para o filho.
Satisfeita, a advogada e o réu comemoravam.
Português Instrumental 37
O substantivo fica no singular e põe-se o artigo também antes
do segundo adjetivo.
Exemplo: Meu professor ensina a Língua Inglesa e a Francesa.
Dois adjetivos e
um substantivo O substantivo fica no plural e omite-se o artigo antes do
segundo adjetivo.
Exemplo: Meu professor ensina as Línguas Inglesa e Francesa.
Pontuação
Não resistiu e se foi antes de fazer a pontuação. Ficou o dilema, quem herdaria
a fortuna? Eram quatro concorrentes.
38 Português Instrumental
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Moral da história: A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós
é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença...
Você observou que um texto escrito sem pontuação pode não ter sentido preciso.
Verificou também que uma frase adquire sentidos diferentes quando pontuada de
diferentes formas. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente relacionados
com a sintaxe das orações e das frases, servindo para marcar as pausas e a entonação.
Também substituem outros componentes específicos da língua falada, como os
gestos e a expressão facial. Desse modo, facilitam a leitura e tornam o texto mais
claro e preciso.
Há alguns sinais de pontuação cujo emprego, atualmente, obedece a uma
razoável disciplina, como a vírgula, o ponto, o ponto e vírgula, os dois-pontos e
o ponto de interrogação. Outros têm emprego mais livre, mais subjetivo, como o
ponto de exclamação e as reticências.
Exemplos:
“Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido.” (Nesse
exemplo a vírgula separa uma série de objetos diretos do verbo “ter”.) LISPECTOR,
Clarice. A legião estrangeira.
Quando elementos que têm mesma função sintática aparecem unidos pelas
conjunções e, nem e ou, não se usa vírgula, a não ser que as conjunções apareçam
repetidas:
Exemplos:
Tenho muito cuidado com meus livros e meus CDs.
Ou você, ou sua esposa deve comparecer à escola de seu filho.
- Para indicar que uma palavra, geralmente verbo, foi suprimida.
- Isolar vocativo.
Exemplo: E agora, meu marido, aceito ou não o emprego?
- Isolar aposto.
Exemplo: Goiânia, capital de Goiás, é uma cidade que tem belas mulheres.
40 Português Instrumental
- Isolar complemento verbal ou nominal antecipados.
Exemplos: Um medo terrível, eu senti naquele momento. (Inversão do objeto
direto)
De cobra, eu morro de medo! (Inversão do complemento nominal)
- Intercalar expressões como “em suma”, “isto é”, ”ou seja,” “vale dizer”,
“a propósito”.
Exemplo: Preciso dar uma maquiada no texto, ou seja, subentender algumas
ideias.
Português Instrumental 41
Exemplos:
Passaram aqui para perguntar, e questionar, e amolar, e comprometer.
42 Português Instrumental
Acentuação gráfica conforme o novo acordo
ortográfico
X: tórax, ônix
Observações:
Acentuam-se graficamente todas as paroxítonas terminadas em ditongo
crescente: mágoa, tênue, rádio, ânsia.
Não levam acento gráfico as paroxítonas terminadas em:
ns: itens, folhagens, jovens, nuvens;
Português Instrumental 43
m: item, folhagem, jovem, nuvem;
Não se acentuam os ditongos abertos ei, oi das paroxítonas: assembleia, estreia,
jiboia, heroico;
Não levam acento o i e o u tônicos, precedidos de ditongo: feiura, cauila
(avarento).
III - Palavras oxítonas
Levam acento gráfico as oxítonas terminadas em:
Á(S): sabiá (s)
É(S), Ê(S): café(s)
Ó(S), Ô(S): avó(s), avô(s)
ÉM, ÉNS: refém, reféns
Observação:
Seguem esta regra:
As monossílabas tônicas terminadas por á(s), é(s), ê(s) ó(s), ô(s): lá(s), pé(s),
pó(s);
As formas verbais oxítonas do mesmo tipo, seguidas ou não de pronomes:
amá-lo, está(s), vendê-lo, propôs, contém, conténs.
São acentuadas as oxítonas terminadas em ditongo aberto:
ÉIS: papéis, bacharéis
ÉU(S): chapéu, chapéus
OI(S): herói, heróis
São também acentuadas as oxítonas em que o i e o u estão depois de ditongo
em posição final seguida ou não de s: Piauí, tuiuiú.
Portanto, não levam acento gráfico as oxítonas terminadas em i e u precedidas
por consoante: juriti, tatu.
IV – Hiatos
Acentuam-se o i e o u tônicos, precedidos de vogal, quando sozinhos ou
seguidos de s, formando uma sílaba: viúva, saíste, baú, saída.
Observações:
Não leva acento gráfico o i, mesmo sozinho, seguido de nh: rainha, moinho.
Não são acentuados graficamente os hiatos oo e ee: voo, creem.
Não se usa o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles)
arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
Observação:
Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir,
44 Português Instrumental
como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc. Esses
verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do
presente do subjuntivo e do imperativo:
Se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas
graficamente: enxáguo, enxáguas, enxágue, delínques, delínquem, delínqua; Se
forem pronunciadas com u tônico, elas não são acentuadas: enxaguo, enxaguas,
delinques, delinquem, delinqua. No Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira,
aquela com a e i tônicos.
V – Acento diferencial
Usa-se o acento diferencial nas seguintes situações:
Verbo pôr – para diferenciar da preposição por:
Eu pedi para ela pôr o pão no armário por causa das moscas.
Pôde – terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo
poder para diferenciá-lo de pode - terceira pessoa do singular do presente do
indicativo do mesmo verbo:
Ela não pôde passar na tua casa ontem, mas pode passar hoje.
Observação:
O acento diferencial é facultativo em:
Fôrma (substantivo) e forma (substantivo, terceira pessoa do singular do
presente do indicativo e segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo do
verbo formar).
VII – Trema
O trema somente é usado em nomes estrangeiros e seus derivados: Müller,
mülleriano.
Português Instrumental 45
Crase
Leia estes versos de Manuel Bandeira:
Crase
46 Português Instrumental
Casos obrigatórios da crase
1 - Em locuções adverbiais: às pressas, às carreiras, às escondidas, à tarde, à
noite, à toa, etc.
Exemplo: Voltou à tardinha à pensão.
2 - Em locuções prepositivas: à frente de, à causa de, à custa de, à maneira de,
à vista de, etc.
Exemplo: O carro parou à beira do precipício.
Português Instrumental 47
Não se emprega crase
Antes de substantivos masculinos.
Exemplo: Vendas a crédito. Abateu-o a facão. É bom andar a pé. Vou a Portugal.
Obs.: Se houver palavra feminina subentendida, haverá crase. Exemplo: Foi à São
José (Casa de Saúde) para visitar um parente. Salto à Luiz XV (à moda de Luiz XV).
Antes de verbos no infinitivo
Exemplo: Começou a falar. Preço a combinar. Contrato a assinar.
Exemplo: Dei a ele um presente. “Mas não servia ao pai, servia a ela” (Camões).
48 Português Instrumental
Entre substantivos idênticos.
Exemplo: Cara a cara. Face a face. Frente a frente. Gota a gota.
Português Instrumental 49
2.6 Tirando suas dúvidas
Há quatro maneiras de se escrever o porquê: porquê, porque, por que e por quê.
Porquê
É um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado quando for precedido
de artigo (o, os), pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...)
ou numeral (um, dois, três, quatro).
Ninguém entende o porquê de tanta confusão.
Este porquê é um substantivo.
Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?
Existem quatro porquês.
Por quê
A palavra que, em final de frase, deverá sempre receber acento, não importando
qual seja o elemento que estiver antes dela.
Ela não me ligou e nem disse por quê.
Você está rindo de quê?
Você veio aqui para quê?
Por que
Usa-se por que quando houver a junção da preposição por com o pronome
interrogativo que ou com o pronome relativo que. Para facilitar, pode-se substituí-
lo por: por qual razão, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual.
Por que não me disse a verdade? = por qual razão
Gostaria de saber por que não me disse a verdade. = por qual razão
As causas por que discuti com ele são particulares. = pelas quais
Ester é a mulher por que vivo. = pela qual
50 Português Instrumental
Porque
É uma conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa final
ou conjunção coordenativa explicativa, portanto ligará duas orações, indicando
causa, finalidade ou explicação. Para facilitar, pode-se substituí-lo por já que,pois
ou a fim de que.
Mas ou Mais
Leia este bilhete:
Mamãe,
Você disse que não pode comprar mais nada esse mês. Mas hoje é o aniversário
da Ana. Você sabe que nada é mais importante para mim do que dar um presente
para ela. Compreenda mãe, eu estou apaixonado. Será que não dá pra descolar um
adiantamento da mesada?
Beijo
Renato
Exemplos: Nada é mais (menos) importante do que dar um presente para ela.
Português Instrumental 51
Mal ou Mau
Senão / Se não
Se não: tem essa forma quando equivale a caso não, introduzindo orações
subordinadas condicionais.
Exemplos: Esperarei mais um pouco; se não vier, irei embora.
Se não quiser, não faça.
Há e A
Há - essa forma equivale ao verbo fazer indicando o tempo já transcorrido.
52 Português Instrumental
A - essa forma, que é comum se confundir com a anterior, é preposição: a
substituição por faz é impossível.
Exemplos: Sairei de casa daqui a duas horas.
Estava a um passo de mim e eu não percebi.
Moro a dois quilômetros da escola.
Neste caso, PESQUISA não traz a ideia de lugar físico, então o correto seria usar
EM QUE.
Exemplos: A pesquisa em que encontrei este artigo é interessante.
Ir a
Exemplos: Aonde você vai?
Você sabe aonde ir com isso?
Chegar a:
Exemplo: Você quer chegar aonde com essas perguntas?
Dirigir-se a:
Exemplo: Não sei aonde dirigir-me para obter o documento.
Português Instrumental 53
Uso do Haver
Ir ao encontro de / Ir de encontro a:
Cada expressão significa o contrário da outra.
A fim de / Afim
A fim de: indica uma finalidade.
Exemplos: Vive reclamando a fim de me irritar.
54 Português Instrumental
Há cerca de: indica um tempo já transcorrido.
Exemplo: Estivemos aqui há cerca de uns dez anos.
A princípio / Em princípio
A princípio: significa no começo, inicialmente.
Exemplo: A princípio, sua sugestão pareceu-me boa, mas depois percebi que
não era daquilo que precisávamos.
Meio / Meia
Observe o emprego de meio e meia nestas frases:
O bebê comeu meio mamão e meia maçã. (adjetivo)
Pedro é meio tímido com os colegas de outras classes. (advérbio)
A professora ficou meio aborrecida com o resultado da avaliação dos alunos.
(advérbio)
A palavra meio pode ser adjetivo e advérbio. Quando adjetivo, tem o sentido
de “metade” e concorda com o substantivo a que se refere. Quando advérbio, tem
o sentido de “um pouco” e fica invariável, isto é, apresenta-se sempre no masculino
e no singular.
Ela era “MEIA” louca. (ERRADO)
O CORRETO é MEIO: meio louca, meio distraída, meio irônica.
Ao invés de / Em vez de
Ao invés de: indica oposição, situação contrária.
Português Instrumental 55
Em vez de: indica substituição, troca:
Exemplo: Você devia ir ao teatro em vez de ir ao cinema.
E mais:
Para “MIM” fazer. (ERRADO) Mim não faz, porque não pode ser sujeito.
O CORRETO é EU: para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
Equívocos na escrita:
1 - Nunca confunda tiver e tivesse com estiver e estivesse.
Correto
Quanto tiver voltado da Europa.
Quando estiver satisfeito.
Se tivesse saído mais cedo.
Se estivesse em condições.
56 Português Instrumental
5 - Não confunda “ouve” com “houve”.
Fale alto porque ele “houve” mal. (ERRADO)
CORRETO
Fale alto porque ele ouve mal.
Português Instrumental 57
2.7. Sintetizando o que mudou com o novo
acordo ortográfico.
ALFABETO
COMPARE COM REGRA APLICAÇÃO NA NOVA
NOVA REGRA
ANTERIOR REGRA
O K, W, Y foram O K,W,Y não eram Essas letras são usadas
introduzidos ao nosso consideradas, de forma em nomes próprios,
alfabeto oficial. Portanto o oficial, letras do nosso nomes de lugares, siglas,
alfabeto possui agora 26 alfabeto. símbolos, em palavras
letras. estrangeiras.Vejamos os
exemplos: Walter, Kuwait,
Lady, W(watt ), km(
quilômetro)...
TREMA
COMPARE COM REGRA APLICAÇÃO NA NOVA
NOVA REGRA
ANTERIOR REGRA
Com o novo acordo não Sinal usado nos grupos Veja como fica agora:
se usa mais o trema (¨) na gue, gui, que, qui, como Cinquenta, frequência,
Língua Portuguesa. Sinal os exemplos: cinqüenta, bilíngue.
que era colocado sobre freqüência, bilíngüe.
Agora não se usa mais
a letra “u” para indicar
o trema na Língua
seu uso na pronúncia dos
Portuguesa, porém
grupos gue, gui, que, qui.
mantém-se em nomes
estrangeiros e derivados.
Exemplos: Müller,
mülleriano, Citroën...
58 Português Instrumental
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
COMPARE COM REGRA APLICAÇÃO NA NOVA
NOVA REGRA
ANTERIOR REGRA
Nas palavras paroxítonas, Assembléia, alcalóide, Veja como fica agora:
os ditongos abertos (ei, idéia, heróico, paranóico. assembleia, alcaloide,
oi) não recebem acento ideia, heroico, paranoico
O hiato “ee” não é mais crêem, dêem, lêem, vêem, creem, deem, leem, veem,
acentuado na 3ª pessoa relêem, revêem. releem, reveem.
do plural do presente do
indicativo de crer, dar, ler,
ver e seus derivados.
Com a nova regra, caiu Pára (verbo) Para (verbo),
o acento diferencial, que Pólo, pêlo (substantivo) polo, pelo (substantivo)
permanece somente em
Pêra (substantivo) Pera (substantivo)
pôde (pretérito perfeito) e
pôr (verbo)
Português Instrumental 59
USO DO HÍFEN
COMPARE COM REGRA APLICAÇÃO NA NOVA
NOVA REGRA
ANTERIOR REGRA
O hífen continua usado Anti-herói, super-homem, Anti-herói, super-
nos prefixos, quando a supra-renal, anti-sala, homem,suprarrenal,
palavra seguinte começa ultra-sonografia e ultrassonografia,
por “H”. Não se usa mais anti-social. antissocial, antessala.
quando a palavra inicia-se
por “R” ou “S”
60 Português Instrumental
hífen em palavras manda-chuvas mandachuvas.
compostas que pelo uso
perderam a noção de
composição.
PERMANECE EXEMPLOS
• Em palavras formadas pelos
Ex-presidiário, vice-presidente, sem-terra.
prefixos ex, vice, sem.
• Com os prefixos “pan e circum”,
Pan-americano, circum-navegação, pan-
se a palavra começar por “h”,
helenismo.
vogal, “m” ou “n”
• Em palavras formadas com os
Pós-graduação, pré-natal, grão-mestre, recém-
prefixos que recebem acento ou
nascido.
til na sua composição
• Depois de “mal”, se a palavra
seguinte começar por “h” ou Mal-educado, mal-estar
“vogal”
Sub-base, sub-hélice, sub-raça
• “sub” recebe hífen se o
vocábulo seguinte começar por Exceções: subumano, subumanidade
h, r, ou b.
• Não existe mais hífen em Fim de semana, café com leite, sala de jantar,
locuções de qualquer tipo cartão de visita, cor de vinho.
(substantivas, adjetivas,
Exceções: cor-de-rosa, água-de-colônia,
pronominais verbais, adverbiais,
propositivas ou conjuntivas.) mais-que-perfeito, pé-de-meia.
Português Instrumental 61
SEPARAÇÃO SILÁBICA EXEMPLOS
[(...)] o ex-
É importante compreender que -presidente não foi avisado da reunião,
no final da linha, na separação
[(...)] vou convidá-
de uma palavra composta ou de
uma combinação de palavras já -lo para a festinha,
existentes, repete-se o hífen na
[(...)] o anti-
linha seguinte para que fique
mais claro. -inflamatório não serviu.
62 Português Instrumental
NOÇÕES TEXTUAIS PARA
3
COMPREENSÃO DA LEITURA
Conhecimentos
Conhecer os fundamentos básicos para o entendimento de leitura.
Habilidades
Identificar os elementos textuais que envolvem a leitura e compreensão de textos.
Atitude
Adquirir a cultura do uso da linguagem as normas gramaticais da língua
Portuguesa
Características de um texto
O Que se Diz.
Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que
tristeza! Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos!
Que noite! Que graça! Que horror! Que doçura! Que novidade! Que susto!
Que pão! Que vexame! Que mentira! Que confusão! Que vida! Que talento!
Que alívio! Que nada!
64 Português Instrumental
dois brancos, um antes de começar o texto e outro depois. É o espaço em branco
Português Instrumental 65
no papel antes do início e depois do fim do texto; é o tempo de espera para que o
filme comece e o que está depois da palavra FIM; é o momento antes que o maestro
levante a batuta e o momento depois que ele a abaixa.
O texto é produzido por um sujeito num dado tempo e num determinado espaço.
Ler e compreender
66 Português Instrumental
Tópicos para a compreensão de textos
Português Instrumental 67
Terceiro tópico: Estratégias Cognitivas
68 Português Instrumental
Alguns exemplos para identificar a coerência de um texto:
• Se o texto começa “Era uma vez...”, ele deve usar verbos no passado, falar de
castelos e dragões, e não de edifícios, carros ou naves espaciais;
• Se um texto técnico descreve a relação entre as fases da lua e o crescimento
dos cabelos, ele deve falar sobre esses dois temas – e não sobre concursos
de beleza ou tipos de tesoura;
• Se o autor diz que vai dar exemplo de países tropicais, o leitor deve esperar
que este cite países abaixo da linha do Equador.
A coerência é verificada em aspectos como: organização, relação entre tema-
audiência-objetivo e continuidade temática.
A organização ocorre na estrutura do texto, levando em consideração começo,
meio e fim.
Essa relação entre tema, audiência e objetivo deve ser tratada de forma compatível
com a intenção do autor e com o tipo de leitura a que o texto se destina.
E a continuidade temática quer dizer que todas as frases e parágrafos do texto
devem estar extremamente relacionadas entre si.
• Coesão
A coesão refere-se aos elementos linguísticos que o autor usa para ligar as partes
do texto entre si e com o todo. Para que um “amontoado de frases” seja um texto é
necessário que essas frases estejam ligadas umas às outras. O modo como às frases
estão ligadas estabelece o sentido do texto, tornando-o coerente. Isso vale também
para a estrutura interna de uma frase – como as palavras se relacionam entre si – e
para a relação dos parágrafos dentro do texto. Os elementos coesivos podem ser
classificados de acordo com funções básicas: referencial e sequencial.
Assista ao vídeo Coesão e Coerência textuais para aumentar oportunidade de
aprender os elementos da quarta chave: coesão e coerência.
No que concerne ao assunto supracitado, observe também a descrição feita na
tabela abaixo:
ELEMENTOS
Tipo Recurso EXEMPLOS
LINGUÍSTICOS
Português Instrumental 69
João passou de ano.
Pronomes
ELE é estudioso.
João estuda muito.
Verbos
Maria FAZ o mesmo.
João adora a escola.
Substituição Advérbios
Lá ele aprende muito.
João e Maria
passaram de
Numerais
ano. AMBOS são
estudiosos.
Referência Repetição Ivani ilustrou o LIVRO.
lexical Que LIVRO bonito!
Ana vendeu seu
último QUADRO.
Sinônimos
Era sua OBRA mais
Reiteração importante.
Os GATOS arrepiaram.
Hipônimos
Eram ANIMAIS bravos.
Ana adora FRUTAS.
Hiperônimos Come MAÇÃ
diariamente.
Foi à escola DEPOIS
Encadeamento
do trabalho.
Elementos
ONTEM fui ao cinema,
Temporal indicadores de
HOJE irei ao teatro.
tempo
SAIU cedo e VOLTARÁ
Sequencial Tempos verbais
tarde.
Passou de ano
Conjunções PORQUE estudou
Por conexão muito.
Tirou DA mesa e
Preposições
colocou NA estante.
70 Português Instrumental
Tipos e Gêneros Textuais:
uma real proximidade
Até que ponto gêneros e tipos textuais podem ser aproximados? Comunicar-se
parece, a princípio, algo simples para qualquer indivíduo. No entanto, durante esse
processo realizado automaticamente, não se questiona a sequência de passos a
percorrer para que se realize o ato complexo de comunicação por meio da língua.
A comunicação seria extremamente difícil se, como diz Bakhtin (1997), os
indivíduos não dominassem os gêneros do discurso e tivessem que criá-los no
processo de fala. As dificuldades da criação de um gênero a cada construção de
um enunciado de modo totalmente livre seriam sentidas na perda da agilidade do
processo. Daí ser necessário admitir, conforme o teórico supracitado, que a língua se
realiza por meio de enunciados (orais ou escritos). Dadas as diferentes situações de
uso, os enunciados vão sendo agrupados em tipos - de acordo com a finalidade- e
ensinados de forma a levar o aprendiz a tomar conhecimento dos diferentes tipos e
a usá-los de acordo com os objetivos que têm em mente (PASQUIER e DOLZ, 1996).
Os enunciados - agrupados - são usados em toda e qualquer atividade
humana. Essas atividades se caracterizam por condições especiais de atuação e por
objetivos específicos, e, sendo inúmeras, cada esfera de atividade desenvolve tipos
relativamente estáveis de enunciados que passam a ser comumente associados a
elas. Mesmo variando em termos de extensão, conteúdo e estrutura, os enunciados
conservam características comuns, por isso são considerados tipos relativamente
estáveis. Bakhtin (1997) chama de gêneros de discurso esses tipos estáveis de
enunciados. Vale ressaltar que o termo gênero normalmente é associado aos estudos
literários, daí a tendência, nos estudos linguísticos, para o uso da expressão “tipos
de texto”, considerada mais neutra (Silva, 1995).
O termo “tipo de texto” aqui usado refere-se à intenção comunicativa do autor,
isto é, as razões pelas quais as pessoas escrevem. Sem esgotar todas as intenções
dos possíveis autores, podemos identificar as razões principais para escrever e que,
dessa forma, circunscrevem os tipos mais usados:
• Narrativo: Narra, conta histórias.
• Informativo: Informa.
• Persuasivo: Convence.
• Procedimental: Explica um procedimento, como se faz.
• Poema: Emociona, sensibiliza.
• Dissertação: Opinião sobre o assunto
Português Instrumental 71
Texto Narrativo
Definição
O texto narrativo pode ser literário (quando se aproxima da função expressiva
– embora o valor literário do texto possa ser “maior” ou “menor”) ou não literário
(quando se aproxima da função informativa como no caso das notícias, cartas
pessoais, bilhetes, etc.).
O Coveiro
Millôr Fernandes
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas,
de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou
sair da cova e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que sozinho não
conseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio. (...)
http://raquelletras.blogspot.com.br/2010/03/exemplo-texto-narrativo.html
Estrutura e Linguagem
Na narração o ambiente situa a história; ele é o espaço, ou contexto, onde
ocorrem as ações. Pode ser uma rua, uma escola, uma cena rural, em um tempo
determinado, como “num reino antigo” ou “era uma vez”. Há protagonistas,
antagonistas e personagens secundários. As ações se desenrolam no tempo e no
espaço.
As ações se desenvolvem a partir de um enredo ou trama; frequentemente os
personagens se encontram diante de conflitos a serem resolvidos. A sequência pode
ser temporal ou não, dependendo do enredo. Este, por sua vez, revela o tema, ou
temas, que o autor desenvolve, de forma implícita ou explícita. Esses conceitos são
desenvolvidos nos parágrafos seguintes.
72 Português Instrumental
O Ambiente
“Descamba o sol. Japi sai do mato e corre para a porta da cabana. Iracema
sentada com o filho no colo, banha-se nos raios do sol e sente o frio arrepiar- lhe o
corpo. Vendo o animal, fiel mensageiro do esposo, a esperança reanima seu coração;
quer erguer-se para ir ao encontro de seu guerreiro senhor, mas os membros débeis
se recusam à sua vontade”.
(Fragmento de Iracema, de José de Alencar.
Fonte: http://pt.shvoong.com/books/480117-iracema/#ixzz2PPMe4wrV)
Os personagens
Português Instrumental 73
Exemplos de personagens típicos de alguns gêneros
As ações e seu desenvolvimento
Enredo ou trama
O enredo ou trama é a sequência de eventos que acontecem na história. Os
eventos decorrem de algum problema – e no desenvolvimento dos eventos os
personagens lidam com o problema até resolvê-lo. Há dois tipos principais de enredo:
o progressivo (os eventos vão se encadeando até chegar a um clímax, quando ocorre
a solução. É o que acontece tipicamente numa novela) e o episódico (há várias
pequenas histórias ou episódios que se relacionam por causa dos personagens ou
do contexto).
O conflito
O conflito é a tensão que existe entre as situações ou forças que o protagonista
tem que enfrentar. Pode ocorrer entre o personagem e o ambiente – a luta contra o
tempo ou contra uma tempestade – ou com outros personagens – como o pescador
que luta para dominar uma baleia. O conflito pode ser radical – o bem e o mal, o
certo e o errado, o querer e o dever.
Um conflito amoroso pode envolver duas ou três pessoas: João ama Maria que
ama Pedro. Ou pode ser um conflito real que envolva classes sociais – os pobres e
os ricos – ou um conflito de ideias ou religiões. Ou pode ser um conflito criado pela
situação: um lenhador pobre (condição) que decide abandonar seus filhos (dever). O
conflito também pode ser a busca de uma explicação, como o que ocorre nos mitos
e lendas, ou a busca de refazer algum dano, imperfeição ou desequilíbrio – um amor
perdido ou uma situação de injustiça.
O tema
TEMA é diferente de enredo. É a ideia que sustenta o sentido da história. Da
mesma forma que os personagens refletem nossas características, expectativas,
valores ou ansiedades, os temas das narrativas, geralmente, também se relacionam
com as necessidades humanas – amar, ser amado, pertencer a um grupo, conseguir
sucesso, segurança ou adquirir conhecimento.
74 Português Instrumental
O tema nem sempre é explícito: cabe ao leitor descobri-lo, por “detrás” da história
– é facilmente identificado numa fábula, por exemplo, mas pode ser mais sutil numa
crônica ou num romance. E há casos em que o autor deixa propositadamente ao
leitor a tarefa de definir qual foi o tema.
Linguagem
A linguagem dos textos narrativos é muito variada. Nos textos literários há todo
tipo de linguagem, formal e não formal, simples ou rebuscada, clara ou obscura.
Cada autor explora a liberdade de criação da forma que lhe parece mais adequada
para seu público leitor. Já em outros tipos de narrativa, especialmente a não literária,
normalmente é usada a linguagem formal, embora em certos textos, como contos
modernos ou crônicas, seja muito comum a reprodução da linguagem informal,
dialetos e maneirismos dos vários falantes.
Em suma:
• Intenção Comunicativa: narrar, contar histórias, eventos, compartilhar o que
aconteceu;
• Estrutura: ambiente, ações, personagens;
• Ambiente: situa o contexto;
• Personagens: desempenham papéis protagonistas e antagonistas, reais ou
fictícios, previsíveis ou complexos;
• Ações: enredo ou trama, conflito e tema;
• Enredo ou Trama – o que acontece;
• Conflito: sequência das situações;
• Tema: assunto, implícito ou explícito;
• Linguagem: conotativa ou denotativa, formal ou informal.
Texto Informativo
Vivemos na era da informação. Usamos celulares, computadores, consultamos
a Internet. A todo o momento estamos procurando informações, fatos e dados a
respeito de um determinado assunto. Sobre este aspecto, merece ênfase o texto
informativo.
Textos informativos servem para que possamos adquirir conhecimento a respeito
de diversos assuntos do mundo, das disciplinas científicas, dos conhecimentos
tratados na escola.
Português Instrumental 75
Vejamos alguns exemplos de textos informativos e seu uso:
• Um dicionário informa sobre os vários sentidos de uma palavra. Mas também
pode informar sobre a origem da palavra ou sua função gramatical;
• Uma bula de remédio informa sobre o conteúdo, o modo de usar, os efeitos
colaterais. Um roteiro turístico informa sobre os lugares para onde queremos ir, os
horários da viagem ou dos passeios, os meios de ir a esses lugares e como voltar
deles.
Estrutura e Linguagem
Não existe uma estrutura formal comum aos vários textos informativos. A
estrutura depende do gênero e do próprio conteúdo ou objeto descrito. Podemos
identificar um texto informativo pelas seguintes características:
• Trata de um assunto (Ex: Os gatos);
• Usa um tipo específico de linguagem (Ex: Os gatos são animais predadores);
• Contém informação nova (Os gatos são membros da família dos felinos);
• Usa fatos e dados (Os gatos gozavam de elevado conceito no Egito antigo);
• Ensina algo sobre o assunto.
A linguagem dos textos informativos tem as seguintes características:
• É descritiva;
• É precisa, vai diretamente ao assunto, sem florear ou dar voltas;
• É relacionada a determinado assunto;
• Os verbos quase sempre encontram-se no presente.
Em suma:
O texto informativo tem como função apresentar dados, conceitos, ideias. A
estrutura tende a ser lógica, mais do que cronológica, mas depende da natureza da
informação. A linguagem é simples, clara e objetiva.
É comum o uso de substantivos adequados, precisos e de termos técnicos. É mais
raro o uso de adjetivos, exceto quando necessários para dar exatidão à informação. O
texto pode incluir mapas, gráficos, diagramas, tabelas, ilustrações, que normalmente
têm um título, são relacionadas com o texto e comentadas pelo autor. O objetivo
desses recursos é explicar melhor as ideias.
76 Português Instrumental
Texto Dissertativo
Definição
Um texto dissertativo nos apresenta uma ideia a ser defendida com argumentos.
É formado por três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.
É importante ressaltar que a elaboração de textos dissertativos requer domínio
da modalidade escrita da língua, tanto com relação ao domínio da boa ortografia
quanto ao uso do vocabulário, além do conhecimento sobre o assunto que aborda
a posição crítica (pessoal) diante do tema em questão.
Introdução
Apresenta de maneira clara o assunto abordado, levando o leitor a um primeiro
contato com o tema. Na introdução podemos formular uma tese, que deverá ser
discutida e, consequentemente, provada durante o desenvolvimento do texto.
Desenvolvimento
É a parte mais importante da dissertação. Neste, são apresentadas as justificativas,
aspectos positivos e negativos do assunto em questão; é a parte em que as ideais,
opiniões, conceitos e informações serão desenrolados e avaliados progressivamente.
Conclusão
É o momento em que o leitor tem acesso à opinião formada do autor; há também
uma avaliação final do assunto discutido durante todo o texto.
Texto Persuasivo
É aquele cuja intenção é convencer. Geralmente esses textos têm como função
orientar, influenciar o leitor, conforme se observa nos exemplos a seguir:
• “Venham todos para a vacinação! Não deixe de trazer o seu filho (ou seu
cachorro)!”
• “Papai, me mande dinheiro!”
Português Instrumental 77
• “Senhor Prefeito, sugerimos que a prefeitura coloque placas em todas as
esquinas e monumentos do município para que os visitantes conheçam melhor a
nossa história”.
• “Em conclusão: eu não gastaria um real para comprar os livros desse autor”.
Textos persuasivos, ou argumentativos, são muito comuns em nosso cotidiano,
por exemplo: quando mandamos um bilhete para um amigo, ou quando os pais
mandam reclamações (ou justificativas) para a escola dos filhos. Tais tipos de textos
também incluem avisos, convites, anúncios comerciais, folhetos de propaganda, etc.
Mas também podem ser escritos em forma de relatório, abaixo-assinado, carta para
pedir emprego, discurso ou um simples cartaz para mostrar, por exemplo, como é
feio jogar papel sujo no pátio da escola.
Estrutura e Linguagem
A estrutura do texto geralmente é organizada de forma lógica, para convencer
racionalmente, ou de forma psicológica, para convencer por meio de argumentos de
autoridade ou apelos emocionais, e não de forma cronológica (início – meio – fim).
Normalmente encontramos três tipos de argumentos mais usuais nesse tipo
de texto:
• Argumentos lógicos ou factuais: o autor identifica e analisa o problema.
Apresenta fatos, analisa as causas, as consequências e introduz seus argumentos de
forma convincente. Um exemplo típico é um relatório que apresenta argumentos
para fundamentar suas conclusões.
•Argumentos de autoridade: nas propagandas, por exemplo, usam-se artistas
modelos, pessoas que os leitores consideram importantes, como referência, ou
citações de autores que são respeitados pelo leitor.
• Argumentos emocionais: são os apelos para os sentimentos, o prazer (de
fumar, de gozar férias), os sentidos (saboroso, cremoso, crocante), as emoções ou
valores (Você vai adorar! Você vai se sentir um verdadeiro pai!). Nem sempre um
texto persuasivo possui personagens. Os argumentos frequentemente se baseiam
em algum tipo de pessoa, autoridade ou modelo, alguém que é respeitado e exerce
influência sobre o leitor, suas ideias, convicções e ações.
A estrutura formal pode ser bem marcante, como no caso de anúncios, slogans,
cartazes ou uma carta aberta. Ou mais sutil, como um ensaio, artigo ou relatório.
78 Português Instrumental
• Verbos fortes, imperativos (venha, faça, não perca, etc).
• Frases repetitivas, slogans, palavras de ordem (última oportunidade, agora ou
nunca, etc).
• Frases conclusivas (portanto...; diante desses fatos somente é possível concluir...).
• Adjetivos (às vezes com exagero, como em certos anúncios).
Em suma:
• A intenção é convencer;
• A estrutura formal depende dos gêneros utilizados;
• A estrutura da argumentação pode ser lógica ou psicológica.
• Os tipos de argumento podem ser lógicos, de autoridade ou emocionais;
• Os personagens são genéricos (representam grupos, por exemplo: fumantes,
esportistas, idosos), grupos de pessoas, autoridades ou modelos respeitados pelo
leitor;
• A linguagem: uso de comandos, imperativos, frases conclusivas e adjetivos.
Comumente associada a ilustrações.
Linguagem Procedimental
Um texto procedimental explica como fazer. Alguns textos desse tipo também
servem para dizer o que fazer – como no caso de listas, legislação, normas ou
combinados.
O texto procedimental tem uma intenção comunicativa clara: dizer o que fazer
e como fazer, realizar determinada tarefa, por exemplo: uma receita culinária ensina
a preparar um alimento, um manual de instruções para garçons ensina a servir a
comida na mesa. Uma lei ou estatuto explica o que é legal, válido ou aceitável fazer
nas várias situações.
A ordem para apresentar as informações é muito importante. Elas seguem uma
sequência. Vejamos os exemplos:
Para uma lei ou norma, partimos do mais geral para o mais específico, organizando
os itens por assunto – por exemplo, direitos e deveres, responsabilidades dos
estudantes, dos pais, dos professores, etc. No caso de uma receita há, de um lado,
os ingredientes e do outro, o modo de fazer. No caso dos jogos, são apresentados o
Português Instrumental 79
objetivo, os jogadores, as regras e os elementos ou componentes.
A linguagem dos textos de procedimento tende a ser muito técnica e objetiva.
Geralmente, neste tipo de texto, há muitos verbos. Substantivos usados no sentido
denotativo e o uso de adjetivos são, praticamente, inexistentes.
Em suma:
O objetivo do texto é orientar o leitor para fazer algo, seguindo determinados
procedimentos.
Texto Poético
Este é o tipo mais elaborado de texto literário. É também muito difícil de ser
incluído dentro de uma classificação, pois em todos os outros gêneros pode haver
um pouco de poesia. O poema é apenas uma das formas de expressão da poesia,
ela pode ser encontrada em muitos outros tipos de texto.
80 Português Instrumental
A onda
(Manuel Bandeira)
A ONDA
A onda anda
Aonde anda
A onda?
A onda ainda
Ainda onda
Ainda anda
Aonde?
Aonde?
A onda a onda.
Português Instrumental 81
LEITURA OBRIGATÓRIA
Este ícone apresenta uma obra indicada pelo professor-
autor que será indispensável para a formação
profissional do estudante
No intuito de melhorar sua escrita de textos e de
opiniões, indicamos o livro: Língua Portuguesa: prática
de redação para estudantes universitários.
O mesmo trata-se de reflexões e práticas textuais,
que permitirá a ampliação do conhecimento tendo um
vasto domínio na língua portuguesa. Envolve assuntos
polêmicos desenvolvendo a visão críticas dos fatos. Será
uma leitura singular, pois é destinada aos acadêmicos,
assim como você.
Português Instrumental 83
SAIBA MAIS
Neste ícone será encontrado sugestões de
aprofundamento da disciplina em outro espaço.
Pesquisas divulgadas, em formato de entrevistas, com o
próprio autor da investigação
Para aprimoramento de seus estudos, sugerimos que
você acesse o site Central de Favoritos para que possa
esclarecer suas dúvidas sobre redação oficial, a formalidade
e a padronização na hora de escrever documentos oficiais
com clareza e concisão.
Português Instrumental 85
REVISANDO
É uma síntese dos temas abordados com a intenção
de possibilitar uma oportunidade para rever os pontos
fundamentais da disciplina e avaliar a aprendizagem
Ao longo desta disciplina, aprendemos sobre a importância da interpretação
de textos. Tivemos a oportunidade de estudar alguns tópicos que ajudará na hora
de compreender textos, tais como fluência, vocabulário, estratégias cognitivas,
coerência e coesão. Vimos também os gêneros textuais como gênero narrativo,
informativo, procedimental, dissertação e poema.
Português Instrumental 87
AUTOAVALIAÇÃO
Momento de parar e fazer uma análise sobre o que o
estudante aprendeu durante a disciplina.
1. Gêneros Textuais
Agora, para você fixar melhor conteúdo estudado, sugerimos que leia o trecho a
seguir e diga qual é o tipo de gênero textual próprio. Quando chegar a uma resposta,
explique o porquê dessa resolução, apontando as características percebidas que o
levaram a essa conclusão.
Português Instrumental 89
3. Leia o texto abaixo:
A origem do spam provém da contração das palavras inglesas spice ham, que
era uma marca de presunto barato enlatado e distribuído de forma maciça às tropas
inglesas nos tempos de guerra. Ele (presunto) era refugado pelos soldados, porque
não era pedido e todos tinham dificuldade em comê-lo, pois não era apetitoso. Por
esta razão, denominou-se de spam o lixo eletrônico, aquelas comunicações não
solicitadas, muitas vezes enviadas de forma maciça, que ninguém quer e o usuário
se apressa em excluir.
Fonte: http://www.dicas-l.com.br/arquivo/spam_origem_do_termo.php#.U7qNQpRdV48
A Finalidade do texto é:
a) Advertir.
b) Informar.
c) Solicitar.
d) Divertir.
Predomina no texto:
a) A narração.
b) A dissertação.
c) A descrição.
d) O diálogo.
90 Português Instrumental
c) É (proibido) a venda de alimentos neste local.
d) Esta comida é (pouco) nutritiva.
e) A porta (meio) aberta deixava ver o armário e a cama (desarrumado).
f) Todos os dias, ele almoça ao meio-dia e (meio).
g) Ela saiu (muito) apressada e nem disse (obrigado).
h) Ela estava (meio) nervosa e não conseguiu se explicar.
i) A gasolina custa muito (caro).
j) Vi uma loja de sapatos e roupas (usado).
k) Já era meio-dia e (meio), quando as crianças voltaram da visita ao planetário.
l) Os meios de comunicação têm divulgado (bastante) problemas sobre o meio
ambiente.
m) A moça saiu feliz da reunião; ela dizia repetidamente ao seu novo chefe: “Muito
(obrigado)’’.
Português Instrumental 91
Identifique a frase em que isso ocorre.
Responda:
Haveria alteração no enunciado “Obrigado pelo empurrão!” caso o motorista fosse
do sexo feminino? Se afirmativo, como ficaria?
Outra do Juquinha
Na escola a professora pede ao Juquinha
Enumere cinco coisas que contêm leite
Queijo, manteiga sorvete de creme e duas vacas
Português Instrumental 93
b) Observe a frase empregada no último quadrinho. Se colocássemos uma vírgula
entre os termos não e no futebol, o emprego dessa vírgula alteraria o sentido da
frase?
Justifique sua resposta.
94 Português Instrumental
16. Justifique a pontuação (travessão, parêntese e aspas) utilizada nos
enunciados a seguir:
a) — Um feiticeiro conhece todos os feiticeiros... - ironiza o velho sozinho. (Mia
Couto)
b) O médico decidiu que dessa vez (ele não costuma abrir exceções a ninguém) iria
deixá-lo entrar após terminado o horário de visita.
c) Quantas vezes se escreveu, neste jornal, que “a democracia está por um fio”?
d) Os estrangeiros hoje já não conseguem morada - em todo o continente europeu
- sem a evidência de que não pretendem ocupar postos de trabalho da população
local.
e) “Apressa-te” dizia a si mesmo o homem, aflito em sua fuga.
f) Maria trouxe o novo namorado - provavelmente um lunático, como ela - para
apresentar a família.
g) Os atrasos dos voos foram aclarados: “overbooking”, repetem todos os jornais.
http://www.jornaldepoesia.jor.br
Português Instrumental 95
19. Coloque os dois-pontos nos seguintes enunciados:
a) O motivo da minha visita é claro quero retomar nossa conversa.
b) O professor repetia “quem havia escrito aquelas palavras na lousa”?
c) É como dizem por aí “longe dos olhos, longe do coração”.
d) “A notícia de sua perda veio aos poucos a pilha de jornais ali no chão, ninguém os
guardou debaixo da escada”. (Dalton Trevisan, Apelo)
e) Senhora condômina sinto informar que o atraso implica no pagamento de multa.
20. Em cada uma das sequências abaixo, há, pelo menos, uma palavra que
não deve ser acentuada. Identifique as palavras que devem ser acentuadas e
reescreva-as, acentuando-as adequadamente.
a) juizes, jiboia, rainha, epopeia, povareu, cauboi.
b) faisca, distraido, amendoim, paraiso, suite, miudo, berimbau.
c) carnauba, ciume, feiura, gaucho, conteudo, saude, miudo, berimbau.
d) pinceis, saude, viuvo, gratuito, azaleia, colmeia, reu, plateia.
22. Passe para o plural as seguintes palavras: anel, papel, lençol e carretel.
Explique a alteração que ocorre nessas palavras no que se refere à acentuação
gráfica.
23. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem
oxítonos:
a) paletó, avô, pajé, café, jiló.
96 Português Instrumental
b) parabéns, vêm, hifen, saí, oásis.
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua.
d) amém, amável, filó, porém, além.
e) caí, aí, ímã, ipê, abricó.
24. Sob um... de nuvens, atracou no ... o navio que trazia o ... .
a) veu, porto, herói d) véu, porto, heroi
b) veu, pôrto, herói e) véu, porto, herói
c) véu, pôrto, herói
Português Instrumental 97
f) Solicitamos a V. Exa. providências imediatas.
g) É preciso obedecer as leis de trânsito.
h) Os meninos voltaram a jogar bola.
i) Não gosto muito de ir a bailes. Prefiro ir a concertos.
j) Há tempos não assisto a uma boa apresentação de dança.
28. Há crase:
a) Responda a todas as perguntas.
b) Avise a moça que chegou a encomenda.
c) Volte sempre a esta casa.
d) Dirija-se a qualquer caixa.
e) Entregue o pedido a alguém na portaria.
98 Português Instrumental
30. Qual das alternativas completa corretamente os espaçosvazios?
“E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de verdade o apito de um trem
igual....... que ouvia em Limoeiro.” (José Lins do Rego)
“Habituara-se....... boa vida, tendo de tudo, regalada.» (J. Amado)
“Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e
não fazer....... .” (M. Fernandes)
Português Instrumental 99
Se eu já não posso crer que isso é verdade,
Para que bate o luar na relva?
33. Entre as frases seguintes, há duas nas quais o acento indicador de crase está
empregado em desacordo com a variedade padrão escrita. Indique-as.
a) Daqui a pouco, os pugilistas vencedores em seus Estados estarão frente à frente,
disputando o 1º lugar no torneio nacional.
b) Fomos à lanchonete após as aulas do curso de inglês.
c) Emocionada, ela começou à chorar no final do filme.
d) A mãe costumava esperar seus filhos ora sentada à porta da frente da casa, ora
encostada à janela.
e) O diretor chamou à aluna representante da equipe vencedora para receber a
medalha de campeã.
35 A única frase em que o a destacado deveria ser grafado com o acento grave
indicativo de crase é:
a) Estou pronto a discutir o novo projeto.
b) Pelé fará uma viagem a Roma.
c) O presidente não fez alusão a qualquer ministro.
d) Vamos a sala vizinha, disse o ministro.
e) Preferiu morrer a entregar-se.
38. A palavra mais foi empregada duas vezes no bilhete. Em qual das frases a
palavra mais dá ideia de:
a) Intensidade? b) Quantidade?
b) Qual das palavras a seguir poderia substituí-la sem alterar o sentido da frase?
Porque como entretanto quando
43. Complete as frases a seguir, usando uma das formas entre parênteses, de
acordo com o contexto.
a) O professor releu meu texto de avaliá-lo com mais cuidado. (afim - a
fim de)
b) A aula de ginástica se inicia sempre no mesmo horário: dia e .
(meio - meia)
Bibliografia Web