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Interpessoal –
comunicação
assertiva
UFCD 0350
Carla Neves
Capítulo 1 – Processos de Comunicação e
Perfis Comunicacionais
Significa por em comum, associar, entrar em relação, estabelecer laços, tornar comum, partilhar
Persuasão e Educação –
Informativa – Socialização – Distração – varia
motivação – ajustar transmissão de consoante as
necessidade de atitudes e aprendizagem de
padrões sociais, culturas e a
obter e transmitir comportamentos regras e normas qualidade de vida do
entre os membros de familiares e
conhecimentos. da sociedade. grupo.
um grupo. culturais.
Funções da Comunicação
Relações interpessoais
- Conjunto de procedimentos que, facilitando a
comunicação e a linguagem, estabelece laços sólidos
nas relações humanas.
Comportamento
- Conjunto de procedimentos e reações do indivíduo ao meio
que o envolve.
- Não é algo com que se nasça, mas algo adquirido.
- É passível de ser modificado.
- É tudo aquilo que uma pessoa faz e diz.
- “Comportamento gera comportamento”.
Emissor – Recetor (Quem diz? – A Quem?)
Emissor Recetor
Aquele que emite ou transmite a mensagem Aquele para a qual se dirige a mensagem
Ponto de partida de qualquer mensagem Deve estar sintonizado com o emissor para
Deve ser capaz de perceber quando e como entra entender a sua mensagem
em comunicação para o recetor
Deve ser capaz de transmitir uma mensagem
compreensível para o recetor
Canal – Através
de quem?
• Suporte que serve de veículo a uma
mensagem
• Uma grande variedade de canais de
transmissão, cada um deles com vantagens
e inconvenientes
• Sonoro – telefone, rádio, etc
• Escrita – televisão, cinema
• Audiovisual – televisão, cinema
• Multimédia – diversos meios
simultaneamente
• Hipermédia – Tv digital e Internet
Mensagem – conteúdo da comunicação
Código
(O quê?) Código – sinais com certas regras que
todos entendem, exemplo: língua
Sonora • buzina
• música
• …
NÃO É FÁCIL AVALIAR AS EMOÇÕES OS ROSTOS TRANSMITEM DE FORMA
DE ALGUÉM APENAS A PARTIR DA ESPONTÂNEA OS SENTIMENTOS,
EXPRESSÃO FISIONÓMICA MAS AS PESSOAS TENTAM INIBIR A
EXPRESSÃO EMOCIONAL
Expressão Facial
Movimento
dos olhos
• Um olhar fixo pode ser entendido
como prova de interesse, mas noutro
contexto significar ameaça ou
provocação
• Desviar os olhos quando o emissor
fala é uma atitude que tanto pode
transmitir a ideia de submissão ou
desinteresse
Movimentos
da cabeça
Tendem a reforçar e
sincronizar a emissão de
mensagens
Postura e
movimentos do Podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão fácil para se detetar
determinados estados emocionais
corpo
Comportamentos
não verbais da voz
• A entoação revela-se
importante no processo de
comunicação.
• Uma voz calma geralmente
transmite mensagens mais
claras do que uma voz agitada
• Reflete o tipo de imagem que ela gostaria de passar
Espelhar
Rapport
Direta ou
indireta
Diferentes perfis
comunicacionais
Diplomática
ou
persuasiva
Podemos identificar 4
estilos de comunicação:
Passivo
• Atitude de evitamento perante as pessoas e
acontecimentos
• O passivo afasta-se ou submete-se, mas não
age
• Torna-se uma pessoa ansiosa
• Não age por ter medo das deceções
• É normalmente tímido e silencioso
Comportamento Passivo
Não se afirma e
raramente se
manifesta.
Os outros não
conhecem os seus
desejos e
interesses.
Sinais do Comportamento Passivo
Mexer os
músculos da face Bater com os
Roer as unhas; Riso nervoso;
rangendo os dedos na mesa;
dentes;
Mexer Estar
frequentemente os frequentemente Ter insónias.
pés; ansioso;
Estratégias de Afirmação
• Expressão emocional
satisfatória;
• Sentimento de poder;
• Atingir os objetivos desejados.
Comportamento
Agressivo – possíveis
explicações:
- Elevado grau de
frustração;
- Medo latente do outro
(“quem tem medo, mete
medo”);
- Desejo de vingança.
• Expressão corporal • Ação
• Máximo contacto visual • Critica as pessoas e não o seu
• Voz, alta; seco comportamento
Dificilmente recupera a
confiança dos outros
Ilustrando o estilo
• Filme A Vida é Bela, 1997
Assertivo
É “inútil”…
… como substituto de tratamento psicológico.
• Expressão corporal • Ação
• Contacto visual para dar a entender que ele/a • Ou bastante, procura entender
está a ser sincero • Trata as pessoas com respeito
• Tom de voz moderado e neutro
• Aceita acordos e solução
• Postura comedida e segura • Aceita declarar ou explicar as suas intenções
• Expressão corporal condizente com as suas • Vai direta ao assunto sem ser rude
palavras
• Insiste na busca do seu objetivo
Em Suma…
O passivo procura a distância para
se pôr a salvo;
O agressivo procura a proximidade
para intimidar;
O manipulador fica «deslocado»
como que para fazer face a alguém
invisível;
O assertivo não se aproxima nem
se afasta demais, utiliza uma
economia de gestos e palavras,
adaptando-se ao momento e ao
contexto.
Ilustrando o estilo
• Filme O carteiro e o Poeta, 1994
Comunicação assertiva
Particularidades e vantagens do perfil assertivo
• É o mais eficaz e saudável nas relações
interpessoais
• Mais recomendado com o publico
• Implica um individuo confiante em si próprio, que
não teme a relação com os outros, expressando
diretamente as suas opiniões e convicções,
sentimentos, desejos e necessidades
Método D.E.E.C de
Bowee, 1976
D- descrever
E- expressar
E- especificar
C consequência
• Essa atitude assertiva é útil, quando:
• É preciso dizer algo desagradável a
alguém
• Se pretende pedir qualquer coisa de
invulgar
• É necessário dizer não aquilo que alguém
pede
• Se é criticado
• Se pretende desmascarar uma
manipulação
• O individuo que age de forma
afirmativa, mantem o equilibro
psicológico e favorece o bom clima.
Esta autenticidade implica:
• Abster-se de julgar e fazer juízos de
valor apressados sobre os outros
• Não utilizar linguagem corporal ou
entoações de voz opostas ao que diz por
palavras
• Descrever as suas reações mais que as
reações dos outros
• Facilitar a expressão dos sentimentos
dos outros, não os bloqueando
• Proporciona maior proximidade entre as
pessoa
• Maior satisfação na comunicação das suas
emoções
Empatia • Nem todos nascemos com esta característica, vai-se aprendendo. Requer treino. Nem todos sabem utilizar
da melhor forma
• Permite que as pessoas interajam de forma proveitosa; criam-se pontes de comunicação
• Tem a ver com as palavras que escolhemos e a forma como organizamos para comunicar as nossas ideias
• No processo de comunicação:
ENCORAJA O INTERLOCUTOR A NEM SEMPRE PERCECIONAMOS A USANDO A ESCUTA ATIVA, ESTAMOS A TRANSMITE CONFIANÇA
EXPLICITAR AS SUAS NECESSIDADES, MENSAGEM QUE ESTÁ A SER ENVIAR UM SINAL AO INTERLOCUTOR DE
DANDO A ENTENDER AO EMISSOR QUE TRANSMITIDA DE FORMA CORRETA QUE CONFIAMOS NELE, DAMOS
COMPREENDE O QUE ESTÁ A DIZER IMPORTÂNCIA ÁS SUAS PALAVRAS E QUE
O ESTAMOS A OUVIR.
O que é a escuta ativa?
Escutar com a
Gostar de escutar Incentivar os Ouvir mesmo que mesma atenção
quando alguém outros para que não simpatize com quer seja homem,
está a falar falem a pessoa mulher, criança ou
idoso
Escutar com a
Deixar tudo o que
mesma atenção Olhar para a
se está a fazer
quer seja amigo,
conhecido ou
enquanto alguém pessoa que fala
fala
desconhecido
• Concentrar-se no que ouve, ignorando as distrações á sua volta
• Sorrir ou mostrar que está a compreender o que está a ouvir
• Refletir sobre o que a outra pessoa está a dizer
• Tratar de compreender o que dizem
• Tentar descortinar porque o dizem
• Não interromper quem fala
• Quando alguém está a falar hesitando, encorajá-lo a prosseguir
• Abster-se de julgar as ideias até que o interlocutor as termine
de expor
• Fazer um resumo do que foi dito e perguntar se foi essa
a mensagem que transmitiu
• Escutar o interlocutor sem se deixar influenciar
demasiado pela maneira de falar, voz, vocabulário,
gestos e aparência física
• Escutar mesmo que consiga antecipar o que vai ser dito
• Fazer perguntas para ajudar o outro a exprimir-se
melhor
• Pedir se necessário que o interlocutor explique em que
contexto está a utilizar determinada palavra
Princípios escuta
ativa/escuta dinâmica
Saber falar
Colocar-se em empatia com o outro
Centrar-se no que é dito
Manter os canais de comunicação abertos
Eliminar juízos imediatos
Não interromper o outro
Controlar as emoções pessoais
Reformular as mensagens
Utilizar as capacidades de intuição, memória e perceção
Devemos Não devemos
Estabelecer contacto ocular Desviar o olhar do interlocutor
Fazer regularmente perguntas Discutir
Mostrar interesse Interromper ou falar ao mesmo tempo
Ser compreensivo Tirar conclusões prematuras
Identificar os problemas e as causas Dar conselhos sem nos pedirem
Encorajar Deixar-nos influenciar demasiado pelas emoções
Estar calado quando necessário Utilizar gestos de distração
Procurar o objetivo e o cumprimento de onda do interlocutor Falar com os colegas ao mesmo tempo
Fazer promessas que não se podem cumprir
Contexto
Comum
• Tempo
• Espaço
• Meio físico envolvente
• Clima relacional
• Corpo
• Fatores históricos da vida pessoal e social
• Expectativas
• Sistemas de conhecimento
• Semântica
• Interpretação das palavras/conceitos
• É importante para tal, conhecer o contexto,
quem disse e em que circunstancias
Paralinguagem
• A forma como comunicamos com a voz, corpo
e expressão facial é como traduz as nossas
emoções
• Ainda que seja fácil manipular as palavras já
não temos tanta facilidade com as emoções
• Em caso de incongruência entre a
comunicação verbal e a não verbal, há uma
sobreposição da ultima
• Contacto visual
• Afecto
• Voz
• Pausas
• Gestos
• Postura corporal
Exemplo: uma expressão facial séria e
contida pode ser sinal de:
• Aborrecimento e desinteresse
• Ansiedade e insegurança
• Zanga e revolta
Assertividade na Paralinguagem
Contacto visual
Deve estar direcionado para o interlocutor quando este está a falar. Manter o visual em pelo menos 50% da conversa.
Afeto
O tom deve ser firme e convincente, mas nunca hostil. Deve ser adaptado á situação do momento.
Voz
O volume deve ser audível. A articulação de palavras deve ser clara, sem hesitações e o ritmo tranquilo.
Pausas
Deve fazer-se uma pausa maior para se dar a entender ao interlocutor que é a sua vez de falar.
Gestos
Podem fazer-se gestos com a cabeça, cara, braços e mãos que enfatizem o discurso. Estes gestos devem ser naturais.
Postura corporal
O corpo deve estar direito mas relaxado. A cabeça erguida olhando para o interlocutor.
Capítulo 3 – Barreiras à
Comunicação
Barreiras gerais no processo de comunicação
Subjetivas: acontecer durante o processo de
codificação e descodificação da mensagem,
internas
transmitir, devido à má perceção das motivações do
recetor
• Pelo seu egocentrismo, associado á incapacidade
para se colocar no lugar do recetor
• Pela utilização de um código inadequado que pode
levar a várias interpretações
• Deficiente elaboração mental da mensagem
• Deficiente escolha dos meios e local onde se
estabelece a comunicação
Ao nível do recetor
• Constituídas pelas limitações presentes nos símbolos com que comunicamos, visto que eles
podem possuir significados diferentes
• Não adequação da linguagem aos papeis sociais
• Conotações não entendidas á luz do grupo social de que o individuo faz parte
• Não correspondência da linguagem verbal á linguagem não verbal
Interferem ao nível do canal onde se
desenvolve a comunicação
Barreiras
conversas de terceiros, etc
• Construção
• Adaptação
• Envio
• Receção
• Interpretação
Barreiras típicas das
diferentes fases do processo
de comunicação
• Defensidade
• Uma postura defensiva é uma das principais causas da falha de
comunicação
• Indivíduos que se sentem ameaçados tendem a reagir de forma a diminuir
a probabilidade de entendimento mútuo
Compreensão e Transformação
Entrada da
organização da desta informação
comunicação
informação em conhecimento
Na saída de
Armazenamento do
informação dando-
conhecimento
se o feedback
Competência
Atitudes
Requisitos para a
reflexão • Mentalidade aberta para escutar e respeitar diferentes
perspetivas sem ter em conta alternativas e reconhecer a
possibilidade de erro
• Responsabilidade em considerar as consequências do
trabalho desenvolvido a curto e médio prazo
• Entusiasmo e predisposição para questionar, curiosidade para
procurar, energia para mudar.
• O conhecimento acumulado não deve ser guardado mas sim
utilizado e compartilhado
• Predisposição para questionar
• Curiosidade para procurar
• Energia para mudar
Capitulo 5 – Tipos de
perguntas no Processo de
Comunicação
As perguntas quando formuladas corretamente:
Abertas
Fechadas
Retorno
Reformulação
Perguntas abertas
• São aquelas cuja resposta exige mais do que um monossílabo ou resposta curta
• Servem para evitar ideias pré-estabelecidas e estereótipos
• Visam uma resposta simpática, contribuindo para criar um clima de relacionamento afetivamente concordante entre emissor e recetor
• O objetivo é iniciar um assunto, explorar novos caminhos e estabelecer empatia com o interlocutor
• Promover diálogo