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Curso Vida Ativa

ECONOMATO
UFCD 7851 Aprovisionamento, Logística e Gestão
de Stocks
50 Horas

Formadora Carla Canhoto


2

APROVISIONAMENTO
Aprovisionamento - Papel da compra na cadeia do
3
abastecimento

Aprovisionamento
Conjunto de atividades cujo objetivo é
colocar à disposição da empresa todos
aqueles bens e serviços de que necessita
para exercer regularmente a sua atividade,
na quantidade necessária, no momento
oportuno e ao menor custo possível.
4

A Função Aprovisionamento abrande duas


grandes áreas:

 As Compras
 A gestão de Stocks
5

Qualquer empresa de dimensão média


possui um Serviço de Compras autónomo
que adquire todos os Bens de
Equipamento, Existências, Materiais
Consumíveis e serviços que a empresa
necessita.
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AS COMPRAS
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O objetivo da atividade de compras é a


obtenção e coordenação do fluxo contínuo
de suprimentos a fim de:
 atender aos programas de produção;
 comprar os materiais pelos melhores
preços, não fugindo aos parâmetros
qualitativos e quantitativos,
 procurar as melhores condições para a
empresa.
8 Papel da compra na cadeia de
abastecimento

Até a década de 70, o setor era restrito a uma


função meramente operacional. Sua função
básica era comprar materiais e serviços externos
para atender as necessidades dos usuários. Com
o aumento do volume de transações, o
departamento ficou limitado ao processo de
pedidos e o grande número de fornecedores além
do excesso de atividades não agregavam valor.
9 Papel da compra na cadeia de
abastecimento

Na década de 80, com a criação do princípio japonês


Just in time, grande parte de empresas americanas e
brasileiras passaram a realizar suas compras em
pequenos lotes. A partir da década de 90, com a
globalização, a reengenharia de atividades, o aumento
da competição e a pressão para redução de custos, a
atenção das empresas passou a ser desviada para a área
de Compras. A partir de então, passou a existir um
grande benefício nas relações empresas/fornecedores.
Objetivos Fundamentais de um Serviço de Compras:

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 Assegurar um fluxo contínuo e atempado de bens


e serviços;
 Fazer aquisições competitivas e informadas;
 Trabalhar com um mínimo de stocks;
 Oferecer recursos alternativos;
 Estabelecer boas relações com os fornecedores;
 Integrar-se harmoniosamente com outros
departamentos da empresa.
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 Aprovisionar, nas melhores condições, as


quantidades indicadas no pedido de compra
(requisição interna de compra), dos bens e serviços
especificados, ao fornecedor selecionado.
 Os materiais devem satisfazer integralmente todas
as especificações, normas técnicas, requisitos de
qualidade, certificações de ensaios e garantias
técnicas, explícitos nos pedidos de compra;
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 Os prazos de tratamento da encomenda, de fornecimento,


de transporte, de desalfandegamento e de receção
(componentes do prazo de aprovisionamento indicado no
pedido de compra) devem ser estritamente respeitados, a
fim das datas limites, indicadas no plano mestre da
produção, não serem ultrapassadas;
 Os preços de compra devem ser os melhores do mercado;
 As condições de pagamento negociadas com os
fornecedores devem estar cobertas, sempre que possível,
pelas condições de recebimento dos clientes, acordadas
pelas Vendas.
13 Como objetivos específicos podem
considerar-se os seguintes:

 Fazer cumprir todos os compromissos negociados com os


fornecedores em cada contrato;
 Ter no ficheiro de fornecedores, eventualmente, numa
base de dados (informática), um leque de fornecedores
para cada material, embora se opte por um fornecedor
preferencial cujo nível de serviço logístico seja o mais
elevado;
 Manter atualizada a informação relativa aos itens de
compra corrente, face à evolução e desenvolvimento de
novos materiais e técnicas.
A Estrutura de Compras
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A estrutura orgânica das Compras pode apresentar


diversos modelos, consoante os objetivos da empresa, e
pode, seguir critérios de subdivisão, tais como:

 Por material - equipas de compradores especializados


por tipo de bem ou serviço;
 Por mercado - equipas de compradores especializadas
no:
- Mercado Nacional;
- Mercado Estrangeiro.
(O Mercado Estrangeiro pode subdividir-se por
regiões: América do Norte, América do Sul).
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Complementarmente, ainda podem coexistir os órgãos
estruturais seguintes:
 Transportes - um órgão que se dedique
exclusivamente à gestão dos transportes dos
materiais adquiridos, bem como à contratação de
empresas transportadoras em regime de
outsourcing;
 Planeamento - um órgão que responda pelo
planeamento de Compras, e que controle os prazos
de aprovisionamento versus prazos limites (definidos
a partir do plano mestre da produção).
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Tipos de Compras

Fundamentalmente existem dois tipos de


compras:

As compras de bens


tangíveis/materiais;
 As compras de serviços;
17
Tipos de Compras

Bens
tangíveis/materiais
Serviços
Compras de serviços
18

Compras de serviços - cujas


encomendas, também, podem ser de
dois tipos:
Fornecimento de bens intangíveis, tais
como serviços de contabilidade,
software, ...
Subfornecimentos ou subcontratos, isto
é, adjudicações de parcelas de
trabalho.
19 Âmbito da Gestão Administrativa de
Compras

À gestão administrativa das compras


compete conhecer permanentemente:

 Quais os fornecedores adequados para


cada tipo de fornecimento;

 Quais as condições de contratação a


estabelecer em cada caso.
20 No âmbito da gestão administrativa de
compras deve assegurar-se:

 Controlo de entregas - acompanhar todas as fases do


aprovisionamento para garantir o cumprimento das datas
limites expressas nas encomendas, reclamando os atrasos
das entregas. Eventualmente, promover a antecipação de
entregas;

 Renegociação - fazer aceitar qualquer eventual alteração


das condições das encomendas, sem esquecer a defesa dos
benefícios para a empresa;

 Centralização da informação - fazer convergir em


Compras todas as questões a apresentar aos fornecedores.
A importância da decisão das compras
21
22
O processo de compra

1. Formalização das especificações;


2. Análise do pedido de compra;
3. Seleção de fornecedores;
4. Consulta a fornecedores;
5. Análise de propostas;
6. Adjudicação da encomenda;
7. Seguimento da encomenda;
8. Receção da encomenda;
9. Conferência de faturas;
10. Tratamento de reclamações;
11. Ordem de Pagamento.
Processo de compra e respetivas etapas

23
Processo de compra e respetivas etapas
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1 – Requisição pelo serviço que necessita do


material
2 – Encomenda do material
3 – Remessa do material e sua entrada em
armazém
4 – Confirmação da receção
5 – Processamento Contabilístico
6 – Pagamento da fatura
Processo de compra e respetivas etapas
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1.ª Requisição do Material em falta – assinada pelo


chefe do serviço requisitante e dirigida ao serviço de
compras, especificando código e designação do
departamento requisitante, motivo da requisição,
designação e código do material, quantidade, local de
entrega, prazo ou data limite da receção, e em
determinadas situações, o nome do fornecedor.
- Prospeção do mercado abastecedor através da consulta
a ficheiros de fornecedores e ficheiros de artigos;
- Análise crítica das propostas de fornecedores
Processo de compra e respetivas etapas
26
Processo de compra e respetivas etapas
27

2.ª Efetivação da encomenda pela emissão de um


documento – Nota de Encomenda – em 4
exemplares, sendo o original para o fornecedor e
cópias para o serviço de receção, o serviço de
compras e o serviço de contabilidade.
3.ª Receção e Controlo de entregas – o material é
recebido e conferido pela Guia de Remessa que o
acompanha. As diferenças encontradas devem ser
imediatamente comunicadas ao serviço de compras.
Processo de compra e respetivas etapas
28

4.ª Cabe ao serviço de compras verificar se a Guia de


Remessa está de acordo com a nota de encomenda. Se tal se
verificar, os dois documentos ficam a aguardar a chegada do
documento que formaliza a dívida pela compra efetuada – a
Fatura .
5.ª Os 3 documentos são depois enviados ao serviço de
contabilidade que procede ao seu registo e prepara com a
tesouraria o respetivo pagamento.
6.ª A tesouraria procede ao pagamento do valor em dívida ao
respetivo fornecedor, emitindo este um Recibo comprovativo
de que o pagamento foi efetuado.
29

GESTÃO DE FORNECEDORES
30

O processo de subcontratação/compras engloba a


identificação de potenciais fornecedores, a avaliação do
seu produto ou serviço segundo as necessidades da
empresa e a possibilidade de se estabelecer uma parceria
entre as partes.

Qualquer organização tem necessariamente que


desenvolver e implementar estratégias de compras para
os bens e/ou serviços que necessitam. Estas estratégias
determinam o modo de desenvolver e gerir as relações
com os fornecedores.
31

São muitas as organizações que realizam:

 Estudo do mercado de fornecedores;


 Contacto com potenciais fornecedores
(através de consultas, convites a contratar,
pedido de apresentação de propostas, etc.);
 Criação de sistemas de avaliação e seleção
dos fornecedores.
 Na escolha dos fornecedores é necessário ter em
32 atenção as necessidades e requisitos do cliente. O

fornecedor mais competitivo tende a ter as


seguintes características:
 Baixos custos de produção devido a inovação da
produção e infraestruturas;
 Têm um bom controlo de custos com processos de
qualidade e cartas de controlo de produção;
 Constante inovação e boa tecnologia com uma boa rede
de aprovisionamento;
 São normalmente os primeiros a chegar ao mercado com
novos e inovadores produtos.
33
Escolhidos os fornecedores, deverá ser elaborada uma
ficha de fornecedor que contenha, pelo menos, a
seguinte informação:
 Nome, firma ou denominação social;
 Sede ou domicílio;
 Número de identificação fiscal;
 Artigos comercializados ou serviços prestados;
 Preços praticados pelo fornecedor;

E procedimento idêntico deverá ser seguido


relativamente aos clientes.
Aspetos qualitativos na seleção de
34 fornecedores

 Há quanto tempo o fornecedor atua no mercado?


 Qual a proximidade (Km) do fornecedor com a
empresa?
 O fornecedor consegue e tem consistência para atender
às especificações?
 Qual o desempenho e a expectativa de vida dos
produtos?
 Que planos são usados para as amostras?
 Qual o sistema de qualidade que está sendo utilizado
pela empresa?
Negociação e revisão de preços
35

 Os fornecedores são as empresas que detêm


as matérias-primas que dão origem aos
bens que concorrem no mercado, tendo a
possibilidade de ameaçar aumentar o preço
das mesmas, ou diminuir a qualidade
destas.
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Concentração e substituição dos fornecedores: Se


existirem menos empresas fornecedoras do que
compradoras, então o poder das primeiras é elevado, dado
que as últimas não têm um grande leque de escolhas para
procurarem o seu fornecimento em farinha, açúcar,
margarina, etc. Ou seja, dependendo “O Melhor Bolo de
Bolacha” da diferenciação do seu produto, os custos de
substituição de fornecedor podem ser demasiado altos, se
isso implicar mudar as características do mesmo (aroma,
sabor, textura, etc.) e, consequentemente, a visão que os
consumidores têm do produto;
Comparação entre fornecedores
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As empresas comparam os fornecedores no sentido de


procurarem satisfazer, da melhor, forma as suas necessidades.
Desta forma, as empresas fazem as seguintes comparações:
 Compare os preços. Todas as empresas cobram uma taxa mensal.
Contudo, pode haver desconto para pagamento de vários meses de
uma vez ou para debito automático através de sua conta bancária ou
cartão de crédito.
 Compare custos adicionais. O custo mensal do serviço raramente é o
único preço que você paga quando se inscrever em um serviço de
internet. Há taxas de instalação ou configuração? Será que você
precisa comprar ou alugar equipamento especial para iniciar o
serviço?
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 Compare velocidades – Rapidez de entrega.


 Compare confiabilidade. Pesquise o
histórico das empresas. Eles parecem
oferecer um serviço consistente? Peça aos
seus amigos e familiares um feedback sobre
os prestadores de serviços de internet que
usem, e pesquise comentário de clientes on-
line. Se você sofrer um corte no serviço, o
que a empresa oferece como compensação?
39

 Compare os termos do contrato. A sua


mensalidade garante para qualquer período
de tempo? Você pode querer achar uma
outra empresa mais favorável se não se
sentir confortável com a rigidez das
condições contratuais.
 Compare restrições
40

 Compare os incentivos. As empresas fornecem


frequentemente bônus de inscrição para atrair novos
clientes. Estes incentivos podem incluir tudo, desde tarifas
reduzidas até vale-presentes e produtos de lojas de
eletrônicos e computadores. Essas ofertas podem ser um
bom bônus quando você já estiver planejando inscrever-se
num serviço de internet. No entanto, não seja influenciado
por um bom negocio se o fornecedor de serviços de
internet não se encaixar nas suas necessidades.
41
Avaliação dos fornecedores

Como parâmetros de avaliação dos fornecedores podem


considerar-se os seguintes:
 Certificação (do fornecedor e do produto fornecido - bens
tangíveis e serviços);
 Competência técnica;
 Criatividade e soluções inovadoras;
 Divulgação de informação técnica;
 Flexibilidade à mudança de especificações;
 Aceitação de quantidades variáveis de encomenda;
 Disponibilidade para a participação em projetos de
desenvolvimento;
42

 Competência técnico-comercial dos vendedores;


 Disponibilidade dos vendedores;
 Assistência pré-venda;
 Assistência pós-venda;
 Percentagem de rejeições em materiais não certificados;
 Percentagem de atrasos nas entregas;
 Evolução dos preços relativamente à média do mercado;
 Condições de pagamento;
 Evolução dos prazos relativamente à média do mercado;
 Rácios de situação económico-financeira;
 Proximidade geográfica.
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A GESTÃO DE STOCKS
44

A gestão de stocks e, dito de forma


simplificada, o conjunto de ações que
visa manter o stock ao mais baixo
nível em termos quantitativos e de
custo, garantindo simultaneamente o
fornecimento regular da empresa e a
melhor execução das tarefas de
aprovisionamento e armazenagem.
45

A gestão de stocks tem como


objetivo definir quais os produtos a
encomendar, qual a altura em que
devem ser encomendados e em que
quantidade.
46
Noção de Stock

Stocks são todos os artigos que se encontram em


armazém para serem utilizados numa fase posterior. Para
se poder abastecer a empresa de tudo o que precisa para
a sua atividade é necessária a constituição de stocks.

As quantidades em stock devem ser adequadas às necessidades e


à medida que se vai gastando deve repor-se. O seu escoamento
tem que ser compensado por aprovisionamentos que vão repor os
stocks nos níveis desejados.

Video gestãoStock_Mód1
Tipos de stocks

47
48
49
Classificação de Stocks

 Stocks sazonais ou cíclicos


 Stocks de antecipação
 Stocks de segurança
 Stocks em trânsito
 Stocks de ocasião
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Stocks sazonais ou cíclicos

Quando a procura varia ao longo do ano, há


que escolher entre variar o nível de produção,
acompanhando o perfil das vendas (stocks
quase nulos), ou fixar a produção num ritmo
constante e igual à procura média durante o
ciclo (stocks variáveis e, por vezes, de grande
dimensão).
51

Stocks de antecipação
O ciclo de produção, isto é, o tempo que decorre entre o
lançamento em fabricação do produto e o momento em que ele
entra em stock de produtos acabados, é, frequentemente, de
muitas semanas ou, mesmo, de vários meses.

O cliente não se encontra disposto, a maior parte das vezes (quer


se trate de um automóvel, de um eletrodoméstico ou de um
computador), a aguardar a entrega durante todo este tempo.

Então, mesmo para as empresas que trabalham por encomenda,


torna-se necessário cobrir uma parte do seu ciclo de produção
fabricando antecipadamente peças e conjuntos que serão utilizados
em fases posteriores, com prioridade para os que possuem um ciclo
mais longo.
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Stocks de segurança

São os stocks que se constituem como resposta às


incertezas:
 Da procura, por parte do mercado;
 Do prazo de entrega, por parte dos
fornecedores.

Constituem-se, assim, stocks suplementares para


proteção contra um aumento da procura em relação
à procura média e/ou contra o alongamento do
prazo de disponibilidade dos materiais.
53

Stocks em trânsito

Compreendem artigos que circulam entre as


diferentes fases do processo de
aprovisionamento, produção e distribuição.
Exemplos: produto acabado entre um
armazém central e um armazém regional;
produtos em curso de fabricação entre postos
de trabalhos sequenciais no processo de
produção.
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Stocks de ocasião

O preço de certos materiais – sobretudo


matérias-primas como o cobre, o café, o
petróleo, etc. – flutua consideravelmente em
curtos espaços de tempo. As empresas
decidem, então, comprar grandes lotes
sempre que o preço se encontra em queda.
55

Princípios da gestão de stocks

Video “Para quê fazer Gestão de


Stocks_Mód_2
56
Gestão Física de Stocks

A gestão física de stocks preocupa-se, por um lado, com a


organização do espaço físico ocupado em armazém e por
outro com a conservação e movimentações necessárias
desde a recepção dos materiais, até à sua entrega aos
utilizadores internos ou clientes externos.

À gestão física dos stocks compete assegurar que as


operações realizadas com os materiais, desde a sua
entrega na empresa até à sua saída de armazém, sejam
executadas com eficiência, isto é, ao menor custo e em
tempo oportuno.
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Gestão Física

Compreende a definição:
 do layout de implantação dos armazéns
 do plano de arrumação dos materiais
 dos meios de movimentação associados
 do plano de conservação dos materiais
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A gestão física dos stocks tem como


principais atribuições:
 Recepcionar os materiais
aprovisionados;
 Armazenar e conservar os stocks;
59

As atribuições da gestão física dos stocks podem


estar concentradas num único órgão estrutural
ou repartidas por vários órgãos ou serviços,
como por exemplo os seguintes:
 Receção,
 Armazéns,
 Expedição.
60
Uma eficiente gestão física de stocks deve obedecer aos
seguintes requisitos:

1.º Proporcionar uma eficiente receção dos materiais

 Boas condições para a execução rápida e cuidada das funções


administrativas da receção;

 Espaço adequado para descarga, para a eventual


desembalagem, e para os controlos quantitativos e qualitativos;

 Saída facilitada e desimpedida para os locais de


armazenamento.
61

2.º Dispor de meios adequados de


movimentação e transporte interno

 Pavimentos em bom estado;

 Corredores amplos;

 Meios de transporte interno adequados aos espaços


disponíveis para a movimentação e aos artigos a
movimentar.
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3.º Dispor de meios e espaço devidamente adequado ao
armazenamento e guarda

 Área disponível com condições de temperatura, humidade,


arejamento, ajustado à conservação dos artigos armazenados;

 Equipamento de armazenamento adaptado aos locais e aos


materiais;

 Pés-direitos e pavimentos adequados ao eventual


armazenamento dos artigos;

 Construção e dimensão que facilite a rotação dos artigos.


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4.º Possibilitar e facilitar a saída rápida dos artigos do
armazém

 Pouca burocracia;

 Itinerários de saída desimpedidos;

 Espaços curtos a percorrer em especial para os materiais com


maior saída/rotação, volume ou massa;

 Saída fácil da pilha ou prateleira;

 Contagem local facilitada;

 Meios de movimentação rápidos e seguros;

 Localização e acesso ao material armazenado facilitados.


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5.º Prever, organizar e manter a segurança de pessoas e bens

 Instalações passíveis de ser facilmente limpas e higienizadas com apropriados


sistemas de drenagem (dos produtos de lavagem);

 Sistemas de exaustão (gases, fumos, cheiros), de renovação e/ou purificação


do ar, de climatização (controlo e regulação da temperatura, humidade, ...);

 Sistemas de deteção de fugas de gases, poeiras, incêndios, inundações,


derrames de óleos ou outros fluídos escorregadios ou perigosos;

 Sistemas de proteção contra insetos e roedores;

 Sistemas de sinalização dos perigos para pessoas e bens;

 Uso de cores de advertência e cartazes com instruções de segurança;

 Sinalização de saídas de emergência desimpedidas.


65 Tipos de materiais a armazenar

 Mercadorias
 Matérias-primas (objetos de trabalho)
 Matérias subsidiárias
 Embalagens comerciais
 Materiais diversos
 Imobilizações (meios de trabalho)
66 Gestão Administrativa de Stocks

O conhecimento das existências, em quantidade e


em valor, responde a várias necessidades da
empresa, servindo para alimentar a contabilidade,
gerir a tesouraria e gerir os reaprovisionamentos.
67 Gestão Administrativa de Stocks

É indispensável o conhecimento do preço unitário


dos artigos para os poder integrar no cálculo dos
preços de custo dos produtos finais ou em curso.
É portanto necessário que os stocks e os seus
movimentos sejam corretamente valorizados –
Valorimetria das Existências
68 Gestão Administrativa de Stocks

 Identifica-se na prática com a gestão de


Aprovisionamento, e centra-se na requisição
externa.
 Gere todo o processo de contratação e
requisição de bens e serviços.
69 Gestão Administrativa de Stocks

o conhecimento global do stock só se obtém


quando se fala em unidades monetárias e não
apenas em quantidades – donde a necessidade de
dispor de dados quantificados e valorizados sobre
stocks:
 os consumos,
 as entradas
 e os stocks detidos.
70 Gestão Administrativa de Stocks

A Gestão Administrativa dos Stocks controla os


fluxos de informação e fiabiliza os dados
recolhidos, ao mais baixo custo, através:
 da gestão eficiente do processo de recepção
 do registo correcto e funcional das movimentações
 do controlo do inventário permanente
 da gestão eficiente do processo do reaprovisionamento
 do controlo contabilístico dos stocks.
71 Valorimetria das Existências
Critérios Valorimétricos
A valorização de qualquer elemento do
Activo do Balanço de uma empresa tem
reflexos naturais ao nível dos seus
Resultados pelo que os critérios de
valorização dos stocks têm de ser
ponderados com toda a prudência.
Valorimetria das Existências:
72
Critérios Valorimétricos
CUSTO MÉDIO PONDERADO

A utilização deste critério faz distribuir por


todos os artigos em stock com o mesmo
código, as alterações de custo resultantes de
novas entradas. Obtendo-se assim uma
Valorização ao mesmo custo de todos os
artigos desse código. É um critério
correntemente utilizado e bem aceite pelo
Fisco.
Valorimetria das Existências:
73
Critérios Valorimétricos

CUSTO MÉDIO PONDERADO


Valorimetria das Existências:
74
Critérios Valorimétricos
FIFO – First In First Out - PEPS

Valorizam-se as saídas pelos preços mais


antigos e as existências pelos preços mais
recentes (as existências que entram primeiro
são as primeiras a sair).
75 FICHA DE ARMAZÉM

ARTIGO: REF: MÉTODO DE CUSTEIO: CMP

ENTRADA SAÍDA EXISTÊNCIAS

DATA DESCRIÇÃO QUANT. VALOR UNIT. TOTAL QUANT. VALOR UNIT. TOTAL QUANT. VALOR UNIT. TOTAL
76 GESTÃO ECONÓMICA DOS
STOCKS
A gestão económica dos stocks tem como finalidade a
racionalização e optimização dos fluxos de stock, de
molde a que o somatório do custo de posse com o
custo das encomendas seja minimizado; ou seja,
é necessário encontrar o ponto de equilíbrio entre
estas duas variáveis que se comportam de forma
antagónica, dado que uma redução do stock médio
implica uma diminuição do custo de posse, mas
também um aumento do número de encomendas, logo
do seu custo - e vice-versa.
77 GESTÃO ECONÓMICA DOS
STOCKS
Custo de posse - juros do capital investido no stock
- aluguer e/ou reintegração das instalações -
manipulação e conservação do stock - encargos com
o pessoal envolvido - outros custos de menor
expressão

Custo de encomenda - custos burocráticos ligados


ao processo - encargos com o pessoal do sector -
custos com recepção, controlo, armazenagem -
outros custos de menor expressão
78
Determinantes do nível ótimo de stock

Os métodos tradicionais de aprovisionamento, em


que se calcula isoladamente para todos os itens,
as quantidades a reaprovisionar de cada vez,
conduzem:
 A capital imobilizado em existências elevado,
 A stocks desequilibrados.
79
Métodos de Cálculos das
necessidades de Stocks

O método ABC ou lei de Pareto, é


recomendável pela sua simplicidade e
eficácia, assegura a manutenção de
stocks médios reduzidos e conduz à
incidência do esforço de gestão sobre os
materiais importantes, tornando mais
económico o funcionamento associado.
80

Como não é possível nem aconselhável tratar


todos os artigos da mesma forma, a análise ABC
é uma ferramenta de gestão muito simples, mas
com grande eficácia na classificação correta dos
stocks, criando três níveis de prioridade
distintos na gestão dos mesmos.

Assim, este método classifica os stocks em três


grandes grupos, A, B ou C, de acordo com a
percentagem dos consumos anuais que cada
grupo representa.
Items Classe “A”
81

 São mais importantes e devem receber maior atenção;


 De grande importância monetária
 Representam 80% do valor total do stocks
 Representam 20% da quantidade do stocks
Items Classe “B”
82

 Itens intermediários.
 Devem ser tratados após as decisões sobre os
da Classe “A”
 Representam, em média, 15% do valor total
 Representam 20% dos itens em stocks
Itens Classe “C”
83

 Itens de menor importância


 Valor monetário reduzidíssimo
 Em geral são 5% do valor total do stock mas
60% da quantidade de itens
84
Os produtos da classe A deverão ser geridos com
grande rigor, porquanto representam um
investimento avultado; nomeadamente, é
necessário determinar o stock de segurança com
grande precisão, dado que se este for calculado
por excesso, o acréscimo de investimento na sua
posse será elevado; por outro lado, uma ruptura
do stock poderá ter (provavelmente terá mesmo...)
um impacto assaz negativo para a empresa.
85
Já os produtos da classe C poderão ser geridos
com muito mais flexibiliade, porquanto
representam um investimentro reduzido;
nomeadamente, a empresa tem a possibilidade
de utilizar stocks de segurança mais elevados,
minimizando assim as probabilidades de uma
ruptura, que neste tipo de artigos não seria
razoável.
86

No que concerne os stocks da classe intermédia


B, dado que representam níveis de investimento e
quantidades medianas, a sua gestão deverá
reflectir isso mesmo, ou seja, mais objectiva e
precisa do que a aplicada aos produtos da classe
C, mas também não se justificando o rigor e
controlo utilizados para a classe A.
87
88

A gestão de cada grupo deve ser realizada da seguinte forma:

 Classe A - Os artigos devem ser controlados frequentemente


de forma a manter existências baixas e evitar ruturas.

 Classe B- Os artigos devem ser controlados de forma mais


automatizada.

 Classe C - Os artigos devem possuir regras de decisão muito


simples e totalmente automatizadas. Os níveis de stock de
segurança podem ser elevados de forma a minimizar os
inconvenientes de eventuais ruturas.
 Algoritmo da Análise ABC
89
 (1) Ordenar os artigos por ordem
decrescente de valor anual de consumo
 (2) Calcular o valor acumulado
 (3) Calcular a percentagem de cada artigo
(em valor)
 (4) Calcular a percentagem acumulada
(em valor)
 (5) Calcular a percentagem acumulada de
quantidade de referencias
 (6) Classificação dos artigos (A, B ou C)
Condicionantes específicas de
90
armazenagem
Existe um vasto conjunto de fatores, que
condicionam a seleção do método de
armazenagem, dos quais se realçam os seguintes:
 Rotatividade dos materiais;
 Volume e peso;
 Valor;
 Ordem de entrada/saída;
 Acondicionamento e embalagem;
 Fragilidade/robustez;
Condicionantes específicas dos
91 produtos

 Perecibilidade: Um produto diz-se


perecível quando não pode ser posto em
stock, isto é, não pode ser feito com
antecedência e não pode fazer parte do
stock, para além disso é um produto
que não tem caráter permanente, que
expira e tem prazo de validade.
92 Condicionantes específicas dos
produtos

 São considerados perecíveis todos


os produtos sujeitos a deterioração,
decomposição ou morte, como
flores, plantas vivas, produtos
comestíveis em geral, vacinas,
soros, material para exames
laboratoriais, etc.
Condicionantes específicas dos
93 produtos
 Sazonalidade: Há situações em que o produto
se encontra condicionado pela chamada
Sazonalidade. São, portanto produtos, que
dependem de uma dada altura no tempo, para
poderem ser adquiridos. É o caso de produtos
especiais de verão, carnaval, Natal e todas as
datas comemorativas. É normal acontecer do
consumidor reduzir o ritmo da compra de
sorvetes no inverno, de água, de protetor
solar... o inverso também funciona.
Condicionantes específicas dos
94
produtos

Produtos Sazonais:
 Guarda-chuva;
 Biquini
 Chocolate
 Gelados
 Fantasias de carnaval
95 Condicionantes específicas dos
produtos

 Apesar do frio, na Europa, o sorvete


é servido em grande escala no
decorrer do ano, sem sofrer com a
sazonalidade. Além do sorvete,
podemos considerar a cerveja e o
chocolate também como produtos
sazonais.
96 Condicionantes específicas dos
produtos
 O chocolate é altamente consumido no período de
Páscoa, em virtude da tradição comercial e
religiosa. Assim como sorvete, as cerveja no Brasil
é mais consumida no verão. Na Europa, em muitos
países, a cerveja é consumida quente o que torna a
bebida atraente também no inverno. Como no
Brasil há o hábito de se consumir cerveja gelada,
muitas cervejarias nacionais tentaram relançar suas
marcas com produtos feitos especialmente para o
inverno.
Condicionantes específicas dos
97 produtos

Para vendar um produto considerado


sazonal durante o resto do ano, além de
inovações e ajustes no produto, é
necessário elevar a qualidade do
produto e do serviço, no exemplo da
sorveteria, a mesma pode promover
eventos e gincanas em seu ambiente,
oferecer serviço de entrega em
diferentes horários.
Condicionantes específicas dos
98 produtos
Apesar de se trabalhar contra os fatores
que geram a sazonalidade, a empresa
precisa ajustar também o seu ritmo de
produção, mesmo que consiga vender
em outras épocas do ano, para não
produzir além de sua expectativa de
demanda e não ficar com encalhe no
estoque ou excesso de projetos e de mão
de obra na prestação de seus serviços.
Condicionantes específicas dos
99 produtos

Nas lojas de roupa, por exemplo, é


comum as mesmas lançarem ou
adquirirem coleções de roupas e sapatos
“primavera-verão” e “outono-inverno”,
quando uma estação termina, a loja
realiza um “saldão” e renova o seu stock
de roupas para manter a clientela, afinal,
quase ninguém comprará um casaco de
lã em pleno verão.
Condicionantes específicas dos
100 produtos

 Condições de Conservação:
As condições de conservação devem
respeitar as caraterísticas dos produtos.
Em função das mesmas, há que cumprir
uma série de regras e cuidados para que os
produtos sejam conservados de forma
correta.
Condicionantes específicas dos
101 produtos
 Necessidade de espaço de armazenagem
 A função de armazenagem e uma função integrada no
sistema de distribuição total e estabelece uma separação
clara entre a oferta e a procura de qualquer negócio. É parte
do processo integral que vai desde a produção ate aos
centros de distribuição e finalmente ate ao consumidor.
 Pode-se entender armazém como um “espaço planeado para
a eficiente arrumação e manuseamento de mercadorias e
materiais ”.
 Desta definição depreende-se que um armazém tenta
combinar a maximização de espaço de armazenamento, em
termos de volume, e a minimização das operações de
manuseamento. Para isso, e sendo impossível alcançar
ambos, há que ponderar constantemente um em função do
outro.
Condicionantes específicas dos
102 produtos

 Condições de armazenagem
 As condições de armazenagem devem
adequar-se às caraterísticas dos
produtos a armazenar e das respetivas
embalagens. Tendo em atenção fatores
como a luminosidade; temperatura,
entre outros…
103 Problemas que podem ocorrer no
armazenamento de produtos
 Infestação por insetos (acumulação de sujidade)
 Presença de vestígios de roedores nos produtos
 Presença de material estranho nos produtos
(humidade, ferrugem…)
Condicionantes específicas de
104 armazenagem
 Requisitos legais de armazenagem
 A armazenagem de produtos deve respeitar a lei que
regulamenta o armazenamento de produtos, em função
da categoria a que pertencem. Por exemplo: Decreto-Lei
n.º 251/91 - Estabelece as normas aplicáveis a
preparação, a condicionamento e rotulagem dos
alimentos ultracongelados. o presente diploma entra em
vigor 120 dias após a sua publicação ou D.L. n.º 222/01
de 08 de Agosto - que altera o regulamento para a
notificação de substâncias químicas e para a
classificação, embalagem e rotulagem de substâncias
perigosas.
Condicionantes específicas de
105 armazenagem

 Perigosidade das matérias


 Como sabemos, as matérias a armazenar
diferem quanto à sua categoria. No caso
de matérias perigosas (São todos os
produtos ou matérias que, pelas suas
propriedades, podem provocar danos às
pessoas, animais ou ambientes), o seu
armazenamento deve obedecer às
seguintes regras:
106
 As substâncias devem ser armazenadas tendo em conta os
perigos que estas envolvem. Em alguns casos, é importante
que se criem zonas isoladas dedicadas a diferentes tipos de
substâncias perigosas;
 Os produtos devem estar sempre visivelmente
identificados;
 O local onde são armazenadas as matérias perigosas deve
apresentar-se sempre organizado e limpo;
 As áreas de arrumações devem ser verificadas com
regularidade para facilmente serem detetadas quaisquer
anomalias como, derrames e fugas nas embalagens;
107
 As matérias inflamáveis nunca devem ser arrumadas
junto a fontes de calor, tendo como preferência locais
amplos e arejados ;
 Os locais onde existe o risco de incêndio devem estar
equipados com extintores e outros meios de combate a
incêndios, estes equipamentos devem respeitar a sua data
de validade;
 Nas zonas de arrumação nunca se deve comer, beber ou
fumar, especialmente quando nestas há materiais
inflamáveis;
 As matérias armazenadas devem ser reduzidas ao
indispensável, e nunca estarem amontoadas.
108
Condições do mercado

 Concorrência e intensidade competitiva


 Em economia, concorrência corresponde à situação de um mercado em
que os diferentes produtores/vendedores de um determinado bem ou
serviço atuam de forma independente face aos
compradores/consumidores, com vista a alcançar um objetivo para o seu
negócio – lucros, vendas e/ou quota de mercado – utilizando diferentes
instrumentos, tais como os preços, a qualidade dos produtos, os serviços
após venda.
 Um mercado concorrencial é aquele cujo funcionamento é feito de acordo
com o livre jogo da oferta e da procura, sem intervenção do Estado.
Enquanto que a intensidade competitiva se traduz nas “forças” que
determinada empresa tem, para atuar no mercado e que faz com que se
“distingam/diferenciem” das restantes empresas.
109
Condições do mercado

 Consumidores
 O consumidor, ou mais conhecido o Cliente, é
aquele que procura a empresa com a finalidade de
adquirir um determinado produto ou serviço,
participando, desta forma, no processo de compra
e venda desse mesmo produto ou serviço. É
portante, um componente essencial, no sucesso da
empresa, pois dele dependem os lucros da mesma,
uma vez que é o consumidor quem “compra”.
110
Condições do mercado

 Ciclo económico e condições da procura


 Os ciclos económicos são flutuações do produto, do
rendimento e do emprego nacionais totais, com uma
duração habitual de 2 a 10 anos, caracterizadas pela
expansão ou contração generalizada na maioria dos
sectores da economia.
 A Procura é a quantidade de um bem ou serviço que os
consumidores desejam adquirir por um preço definido
em um dado mercado, durante uma unidade de tempo.
Esta procura está dependente de condições, tais como o
desejo ou a necessidade que o consumidor tem
relativamente a um determinado produto/serviço.
111 CICLO ECONÓMICO E CONDIÇÕES DE
PROCURA
Condições do mercado
112
 Condições do mercado
 Em termos gerais, há mercado desde que haja uma
troca, seja ela real ou em potência. Fazem parte do
mercado todos os que podem influenciar a quantidade
e qualidade dos produtos ou serviços trocados.
Referimo-nos ao mercado como um sistema que evolui
no tempo sob o efeito de variáveis de duas ordens,
conforme sejam de curto e médio prazo ou de longo
prazo, são elas os clientes e as vendas.
113
114 Logística e Planeamento
Logística é o processo de planeamento,
implementação e controlo efetivo e eficiente do
fluxo e armazenagem de bens e serviços
relacionados, bem como da correspondente
informação desde o ponto de origem até ao ponto
de consumo com o objetivo de satisfazer os
requisitos/ necessidades dos consumidores.
115 Logística e Planeamento
A Logística é a área responsável por prover
recursos, equipamentos e informações para a
execução de todas as atividades de uma
empresa. Entre as atividades da logística
estão o transporte, movimentação de
materiais, armazenamento, processamento de
pedidos e gestão de informações.
116 Asua mãe ou companheira cozinha muito bem e faz
maravilhas no fogão, porém, você trabalha a duas
horas da sua residência. Imagino, então, que
somente possa experimentar as maravilhosas
comidas somente nos fins de semana.
Pois bem, na Índia isso não acontece. Todas as
pessoas deste país que desejarem, podem ter
diariamente comida feita nas suas casas, mesmo que
a distância da casa ao trabalho seja grande.
117 Existeo equivalente ao Office-boy na Índia, mas em
lugar de entregar documentos, esse cidadão entrega
marmitas de comida feitas nas residências dos
trabalhadores. O nome é Dabbawala, aquele que
trabalha num grandioso sistema logístico que já foi
estudado por Harvard e que atendeu os requisitos do
famoso sistema de qualidade chamado Seis Sigma.
Video DabbaWalas - Amazing Meal Delivery in India
118

As entregas são feitas de várias formas. Primeiro as


marmitas são coletadas em bicicleta, depois são
transportadas em trem e, finalmente, são entregues
pessoalmente nos escritórios.

Segundo estudos a margem de erro é baixíssima, a


cada 6 milhões de envios, há um erro!
119

- O custo da mão de obra, na Índia, cada entregador


recebe de 40 a 80 dólares ao mês,
- O sistema de tributação na Índia desconsidera essa
situação,
- Teríamos problemas com a vigilância sanitária
- Principalmente, nossos sistemas de transportes não
seriam muito efetivos para essa prática.
Ver vídeo Evolução da Logística
120 Logística e Planeamento
121 Atividades logísticas

Serviço ao cliente – engloba ter o produto certo


para o cliente certo, no local certo, nas condições
certas e ao tempo certo, ao custo total mais baixo.
Bons serviços ao cliente implicam a satisfação do
mesmo.
Ver vídeo Futura Profissão Técnico de Logística
122 Atividades logísticas
123 Atividades logísticas

Planeamento e previsão da procura – saber


quanto é que deve ser encomendado aos
fornecedores, e dos produtos finais quais é que
irão ser transportados e quais é que ficarão retidos
em cada mercado que a empresa serve.
124 Atividades logísticas

Gestão do inventário – envolve gerir o nível do


inventário para atingir o nível de serviço
pretendido pelo cliente.
125 Atividades logísticas

Fluxos de informação – uma comunicação excelente


dentro de um sistema pode ser uma das formas de adquirir
vantagens competitivas. Por exemplo, sistemas
computadorizados de comunicação que ligam os
fornecedores às actuais vendas dos clientes. Desta forma,
os fornecedores podem actualizar-se acerca da procura e
providenciar o abastecimento.
126 Atividades logísticas

Manuseamento dos materiais – o principal


objetivo da gestão dos materiais é eliminar o
manuseamento sempre que possível, o que inclui a
minimização da distância da viagem, níveis de
inventário, estragos, etc. Ao analisar o fluxo de
materiais, a gestão dos mesmos poupa capital à
empresa.
127 Atividades logísticas

Processamento das encomendas – é um sistema


que engloba desde o momento em que a
organização aceita as encomendas dos clientes,
controlando o estatuto da encomenda e
comunicando com os clientes acerca da mesma, e
coloca-a disponível ao cliente.
128 Atividades logísticas

Embalamento – pode-se considerar uma forma de


publicidade, além de ser uma forma de proteção e
de conservação, na perspetiva da logística.
129 Atividades logísticas

Serviço de suporte e as partes – todos os


serviços de suporte à linha de produção e pós-
venda.
130 Atividades logísticas

Seleção local da fábrica/armazém – é uma decisão


estratégica que afeta os custos de transporte das
matérias-primas e de produtos acabados, o nível de
serviço ao cliente e a velocidade de resposta. É
necessário considerar a localização dos
consumidores e dos fornecedores, os serviços de
transporte, a cooperação governamental, etc.
131 Atividades logísticas

Procurement – é toda a aquisição de materiais ou


serviços fora da organização com o objetivo de
servirem de suporte às operações normais da
empresa.
132 Atividades logísticas

Manuseamento do material retornável – implica


a movimentação de pequenas quantidades de bens
do cliente para o produtor.
133 Atividades logísticas

Logística inversa – remoção dos materiais


desperdiçados que sobraram da produção,
distribuição, ou do processo de embalamento, para
um local onde possam ser reciclados ou
reutilizados.
134 Atividades logísticas

Gestão do tráfego e transporte – movimento dos


bens e dos materiais desde o ponto de origem até
ao ponto de consumo. Pode ser realizado através
do ar (avião), água (navio), etc. É o maior custo
nas atividades logísticas.
135 Atividades logísticas

Armazenagem e stockagem – permite a um


artigo, após a produção, ser armazenado para
consumo tardio. Pode ser perto do local onde é
necessário, ou transportado mais tarde.
136 As atividades de distribuição físicas mais relevantes

 projeto, especificando métodos de produção dos produtos


(PLANEAMENTO);
 programação;
 processamento de pedidos;
 fabricação;
 gestão de stocks;
 controle de qualidade;
 manutenção;
 transporte/expedição.
137 Planeamento logística

O planeamento logístico abrange quatro áreas


principais:
 Nível de serviço ao cliente
 Localização de instalações
 Decisões relacionadas com o inventário
 Decisões relativas ao transporte
138 Planeamento logística

Se considerarmos que o nível de serviço ao


cliente é o resultado das estratégias
formuladas nas outras três áreas – o
planeamento logístico pode ser visto como o
“triângulo das decisões logísticas”
139
Atividades-chave da logística
140
 Serviço ao cliente - satisfação do cliente;
 Previsão/planeamento da procura - ponte entre
“produção e marketing”;
 Gestão de stocks - impacto financeiro e obsolescência;
 Comunicações - automáticas, rápidas, a todos níveis Þ
visibilidade ;
 Movimentação do material - MP, PVF e PA,
distâncias, fluxos...
 Processamento de encomendas - stock, crédito,
faturação…EDI...
 Embalagem - proteção e promoção;
Atividades-chave da logística
141
 Pós-venda - nível de serviço depois da venda Þ
fidelização;
 Compras/fornecimentos - de materiais e serviços,
parcerias...
 Localização da fábrica/armazém - compromisso;
 Tratamento das devoluções - fluxo inverso de pequenas
quantidades;
 Logística reversível - “green logistics”;
 Tráfego e transporte - atividade chave da logística
movimentação;
 Armazém e Armazenamento - disposição, automação,
propriedade...
142 Condições de Entrega

 Quantidades de encomenda
 É importante ter conhecimento da quantidade
de produtos a entregar, pois a finalidade é
conseguir a melhor qualidade do produto a
baixo custo.
 Custos de encomenda
 Estes custos abrangem os custos desde a
receção da encomenda/produto até à sua
saída.
143 Condições de Entrega

 Descontos de quantidade
 As compras em grandes quantidades podem
proporcionar reduções de preço compensadoras do
custo de armazém agora acrescido. Os preços
variam em função da quantidade.
 Negócios pontuais
 São negócios que se realizam de forma pontual, ou
seja com fornecedores que não sejam os habituais,
mas que por algum motivo trazem benefícios para a
empresa
144

Custos associados aos Stocks


Custos Operacionais associados à Stockagem da
145 Mercadoria

Os custos de operacionais incluem


todos os encargos que a empresa
deve suportar para assegurar o
exercício da sua atividade. Deste
modo, excluem-se desde logo os
encargos provenientes de empréstimos.
Custos Operacionais associados à Stockagem da
146 Mercadoria

Os custos operacionais distinguem-se em


duas categorias:
 os que dão origem a saídas de fluxos
monetários (salários, matérias-primas,
energia, etc.)
 e os que não dão (amortizações e
provisões). É também usual designarem-
se por custos de exploração.
147
Custos Operacionais associados à
Stockagem da Mercadoria
Os custos são parâmetros muito importantes na
determinação de políticas de gestão de stocks. Os
mais importantes são:
 Custo de lançamento ou efectivação da encomenda
(CE)
 Custo de posse (CP)- com a manutenção dos stocks,
conservação, etc.
 Custos de ruptura de stocks- quando o armazém não
satisfaz a procura.
Custos Operacionais associados à Stockagem da
148 Mercadoria

Os custos são parâmetros muito


importantes na determinação de políticas
de gestão de stocks. Os mais importantes
são:
 Custo de aquisição ou custo de compra
(CA)- engloba custos de transporte,
inspecção, recepção, etc.
 Custo da colocação da encomenda
149
São os custos administrativos dos serviços que
fazem a colocação e acompanhamento das
encomendas: os encargos relativos à
preparação e lançamento das encomendas, à
negociação com os fornecedores e à receção
dos materiais. Exemplificando: telefonemas,
fax, deslocações dos compradores, despesas
postais, encargos do funcionamento dos
serviços de compras, etc.
150  Custo da receção e do manuseamento da
encomenda
São os equipamentos utilizados, capital
empatado em equipamentos; combustível
utilizado, ou seja, despesas efetuadas com
combustível ou energia para alimentar os
equipamentos de movimentação; pessoal para a
operação dos equipamentos : motoristas de
tratores ou empilhadoras, operadores de
guindastes ou de elevadores, pessoal auxiliar etc.
151  Custos de posse da mercadoria: Os
custos de posse são os custos de
manutenção dos artigos em armazém, e
incluem custos monetários diretos
(seguros, impostos, renda do
armazém,...), custos de funcionamento do
armazém (iluminação, vigilância,...)
152
 Custo da expedição da mercadoria:
Inclui o conjunto de atividades onde
podemos incluir a conferência para
preenchimento do pedido, embalagem do
produto em pacotes apropriados,
preparação de documentos de expedição,
etiquetas de conferência, conhecimentos
de transporte e notas fiscais e
carregamento dos veículos.
153 Custos de oportunidade face a outras
opções
O Custo de Oportunidade É o valor do
benefício que se deixa de receber, quando em
um processo de decisão, se opta por
determinado investimento em detrimento de
outro, sendo os benefícios das alternativas
rejeitadas o custo oportunidade da alternativa
escolhida.
O custo de oportunidade representa o valor
154associado a melhor alternativa não escolhida.

Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de


lado as demais possibilidade, pois excludentes.
À alternativa escolhida, associa-se como "custo
de oportunidade" o maior benefício NÃO
obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto
é, "a escolha de determinada opção impede o
usufruto dos benefícios que as outras opções
poderiam proporcionar". O mais alto valor
associado aos benefícios não escolhidos, pode
ser entendido como um custo da opção
escolhida, custo chamado "de oportunidade".
Exemplo
155
Imagine uma fábrica de cadeiras que produzia 10
cadeiras por mês num mercado que absorvia
totalmente esta produção. Diante de uma oportunidade
de negócios, esta fábrica resolveu iniciar uma
produção de um novo produto: mesas. Porém, ao
alocar recursos para tal, descobriu que terá de deixar de
produzir 2 cadeiras para alimentar a demanda de 2
mesas. O custo de oportunidade está no valor perdido
da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser
fabricadas.
156Seuma cidade decide construir um hospital
num terreno vazio de propriedade estatal ou
pública, o custo de oportunidade é
representado pela renúncia a erguer outras
construções naquele terreno e com o capital
investido. Rejeita-se por exemplo a
possibilidade de construir um centro
desportivo, ou um estacionamento, ou ainda
a venda do terreno para amortizar parte das
dívidas da cidade, e assim por diante…
157
Custos Operacional e Custo “Afundado”

Também denominados sunk costs ou


empatados. Por já terem sido incorridos e
sacramentados no passado, não devem influir em
decisões para o futuro por serem irrelevantes.
Custos afundados surgem facilmente no
contexto de projetos de investimento.
Quando se avalia a possibilidade de parar um
projeto de investimento que está em curso, os
custos incorridos até então são irrelevantes.
158Exemplo: A Barragem do Alqueva
A Barragem do Alqueva é um projecto muito
antigo, estando finalmente já a proceder-se ao
enchimento da albufeira.
Durante várias décadas com avanços e recuos
alguns foram justificando o interesse de se
continuar a obra dados os elevados custos já
incorridos até então. De facto esses custos
eram irrelevantes: eram custos afundados.
159Em resumo: quando se deparar com uma
decisão que envolva custos passados, pare
um segundo e pense se é possível recuperar
esses custos. Se tal não for possível, tratam-
se de sunk costs e logo não devem ser fator
influenciador da decisão.
160 Descontos/Promoções

Surgem no propósito de fazer sair


mercadoria ultrapassada e que não
seria vendida sem recorrer a
descontos ou promoções.
161 Sobrestockagem
 A sobrestockagem ou acumulação excessiva de
stocks acontece devido a:
 Erros de previsão;
 Problemas de qualidade;
 Falta de capacidade (Ex.º procura sazonal)
 Fornecedores pouco cumpridores;
 Erros no planeamento e controlo;
 Ausência de dados concretos para a tomada de decisão
(desconhecimento de custos, quantidades e tempos).
162
Gestão da variação da procura e do nível
de stock

A Procura é o fator mais importante em


todo o planeamento de um sistema de
gestão de stocks. O seu correto
conhecimento e estudo pode facilitar
sobremaneira todo o processo,
maximizando a eficácia desta função da
empresa.
163
Gestão da variação da procura e do nível
de stock
Uma vez que a Procura é variável no
tempo, a melhor política para a gestão de
stocks, não será com toda a certeza
encomendar sempre a mesma quantidade.
Isto é, como a procura é variável os stocks
devem ser geridos em função dessa
variação, ou seja as encomendas devem ser
feitas em função de uma quantidade ótima
num determinado tempo
Benefícios esperados com a gestão de stocks
164

A Gestão de Stocks assume nas empresas modernas


um papel fundamental, sendo uma das ferramentas
mais importantes ao dispor da gestão para
maximizar os seus resultados líquidos. A
manutenção de um nível adequado de stockagem é um
desafio que é colocado aos gestores, já que e
necessário minimizar os custos de stockagem, não
pondo em risco a operacionalidade de toda a
logística das empresas.
165

Controlo de existências/inventariação
166
Normas gerais de inventariação de bens
e produtos
A qualquer momento, o responsável do armazém
deve ser capaz de fornecer uma posição atualizada
dos stocks para cada referência, em quantidade e por
local. Para verificar a qualidade do estado dos stocks
(diferença entre stock real e registo informático do
stock), é necessário efetuar inventários e,
eventualmente, atualizar o registo informático.
Um inventário consiste numa operação de
contagem dos artigos nas prateleiras do armazém.
Normas gerais de inventariação de bens e
167
produtos – Classificação dos Inventários
 Inventário permanente – consiste em manter
permanentemente actualizadas as quantidades de
cada artigo em stock através das transacções;
 Inventário intermitente – é geralmente
efectuado uma vez por ano, no final do exercício
contabilístico. Engloba todos os artigos da
empresa, gerando uma elevada carga de trabalho
que pode perturbar a sua actividade;
 Inventário rotativo – consiste em examinar o
168 stock por grupo de artigos e em verificar a sua
exactidão, em termos de quantidade e localização
dos artigos. Definem-se, geralmente, frequências
diferentes de realização do inventário de acordo
com a importância do artigo.
 Exemplo: um inventário trimestral para os
artigos da classe A, um inventário semestral para
os artigos da classe B e um inventário anual para
os da classe C.
Tipos de Inventários
169
 Gerais – neste caso incide sobre todos os elementos que constituem
um dado património, assim aparecem todos os elementos patrimoniais
(faz-se uma descrição completa da empresa);
 Parciais – já neste caso apenas abrange alguns dos elementos
patrimoniais, ou seja, figuram apenas uma parte dos elementos
patrimoniais da empresa.
 Simples – os elementos aparecem dispostos sem atender a qualquer
ordem, neste caso os elementos aparecem simplesmente numa lista.
 Classificados – os elementos obedecem a diversas ordens, como por
exemplo: segundo a sua natureza, característica ou função.
Determinação de consumos
170

A determinação dos consumos é calculada com


base na quantidade de bens/serviços que os
consumidores desejam obter. Todavia, mesmo
que os consumidores procurem um bem/serviço,
não quer dizer que o consumam. Desta forma,
como a demanda é o desejo ou necessidade
apoiados pela capacidade e intenção de compra,
ela somente ocorre se um consumidor tiver um
desejo ou necessidade e se possuir condições
financeiras para suprir a sua necessidade ou
desejo e se ele tiver intenção de satisfazê-los.
171
Controlo de qualidade nos aprovisionamentos

A tentação a evitar a todo o custo é a de comprar


barato. Não gastar muito com as compras de
matérias-primas pode ser uma forte tentação
sobretudo para os negócios em fase de lançamento
mas pode ser fatal para o desenvolvimento da
empresa e a sua afirmação no mercado. Assim, por
vezes o “barato sai caro”
172 Logística e sistemas de informação
 Cada vez mais os computadores e as tecnologias
de informação funcionam como suporte para a
logística: as tecnologias de informação são vistas
como fator essencial no crescimento e
desenvolvimento da logística.
 O sistema de processamento de encomendas é o
centro nevrálgico do sistema logístico;
173 Logística e sistemas de informação
 A encomenda do cliente põe o processo logístico
em movimento;
 A velocidade e qualidade com que a informação
flui tem impacto direto no custo e eficiência de
toda a operação.
 O sistema de informação logística é a chave para a
criação de vantagens competitivas - the “leading
edge”;

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