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Aquisição de recursos materiais e patrimoniais

Gestão de Compras
Função Compras
Os objetivos de compras devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa
como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente interno e externo. Essa
preocupação tem tornado a função compras extremamente dinâmica, utilizando-se de
tecnologias cada vez mais sofisticadas e atuais como o EDI, a Internet, cartões de
crédito e leilões.
A estratégia de gestão da aquisição dos recursos materiais e bens patrimoniais de uma
empresa está diretamente ligada ao seu objeto social, isto é, aos seus objetivos
estatutários.
Estratégias de Aquisição de Recursos Materiais e Patrimoniais
Basicamente podemos ter duas estratégias operacionais que irão definir
as estratégias de aquisição dos bens materiais, a verticalização e a horizontalização
Verticalização
A verticalização é a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo
o que puder, ou pelo menos tentará produzir.
As principais vantagens da verticalização são:
1- Independência de terceiros –
2- A empresa tem maior liberdade na alteração de suas políticas, prazos e padrão
de qualidade
3- Poder priorizar um produto em detrimento de outro que naquele momento é
menos importante, ficando com ela os lucros que seriam repassados aos
fornecedores
4- Manter o domínio sobre tecnologia própria - a tecnologia que o fornecedor
desenvolveu, muitas vezes com a ajuda da empresa, não será utilizada também
para os concorrentes.
Desvantagens:
1- Maior investimento em instalações e equipamentos.
2- Menor flexibilidade para alterações nos processos produtivos, seja para
incorporar novas tecnologias ou para alterar volumes de produção
decorrentes de variações no mercado
3- Aumento da estrutura da empresa

Horizontalização
Consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível dos itens que
compõem o produto final ou os serviços de que necessita.
É tão grande a preferência da empresa moderna por ela que, hoje em dia, um dos
setores de maior expansão é o de terceirização e parcerias. De um modo geral não se
terceiriza os processos fundamentais, ou também denominados core process, por
questões de detenção tecnológica, qualidade do produto e responsabilidade final
sobre ele.
As principais vantagens da Horizontalização são:
1- Redução de custos
2- Maior flexibilidade
3- Incorporação de novas tecnologias
4- Foco no negócio principal da empresa
Desvantagens:
1- Menor controle tecnológico
2- Deixar de auferir lucro do fornecedor
3- Maior exposição
Comprar versus Fabricar
A questão comprar ou fabricar, também conhecida em inglês como make or buy , não
vem de hoje, ela persegue os administradores e empresários faz muito tempo.
Entretanto, seu escopo aumentou. Inclui agora decisões sobre terceirização ou não da
prestação de serviços que não são o negócio principal da empresa, como limpeza,
manutenção e até compras. Já há várias empresas que prestam serviços de compras,
manutenção predial, mecânica ou elétrica.
A resposta a esta questão só pode ser obtida por meio de um estudo dos aspectos
ligados à estratégia global da empresa, além, é claro, dos custos.
Locação ou Arrendamento Mercantil
Para que a modalidade de leasing ou arrendamento mercantil ocorra, é necessária a
interveniência de uma empresa de leasing, que é geralmente ligada a um Banco. Nesse
caso, o cliente (arrendatário) escolhe o bem, a empresa de leasing (arrendador)
adquire o bem escolhido do fornecedor e o aluga ao cliente. Dependendo do tipo de
contrato, o cliente, ao encerramento do prazo contratual, poderá exercer o direito de
compra do bem em pauta. De um modo geral são arrendáveis bens novos ou usados,
nacionais ou importados, móveis ou imóveis.
Vantagens:
1- Mais fácil de obter o leasing do que um empréstimo para comprar o bem, pois
esse será de propriedade do arrendador e, conseqüentemente, mais fácil de
recuperar, no caso de inadimplência do arrendatário
2- Não exige grande desembolso inicial de capital
3- O risco da obsolescência do bem é do arrendador,
4- Os pagamentos efetuados a título de aluguel são dedutíveis como despesas do
exercício, com reflexos no lucro tributável.
Desvantagens:
1- Não poder depreciar o bem e, conseqüentemente, aproveitar os benefícios
tributários
2- Ter de devolver o equipamento após o término do contrato, e se o arrendador
decidir não o renovar poderá deixar o arrendatário em difícil situação
3- Ter de submeter à aprovação prévia do arrendador qualquer alteração ou
melhoria necessária no bem,
4- Não poder usar o valor residual que normalmente o bem terá ao término do
contrato.
Um caso importante do arrendamento é o chamado leaseback ou arrendamento de
venda e retorno. É quando uma empresa vende o seu bem para a companhia de
leasing e imediatamente o aluga de volta. É uma forma de a empresa levantar capital
de giro.
Aquisição de recursos materiais
Recursos Materiais
São os itens ou componentes que uma empresa utiliza nas suas operações do dia-a-
dia, na elaboração do seu produto final ou na execução do seu objeto social. Como tal
são adquiridos regularmente, constituindo os estoques da empresa. Eles podem ser
classificados em materiais auxiliares, matéria-prima, produtos em processo e produtos
acabados.
Os materiais auxiliares (materiais indiretos ou não produtivos) são aqueles que não se
incorporam ao produto final. (Óleos de corte, materiais de escritório e manutenção)
Matéria-prima (materiais diretos ou produtivos) são os materiais que se incorporam
ao produto final, incluindo embalagens.
Os produtos em processo são os materiais que estão em processo de fabricação
Os produtos acabados são os materiais, agora já sob a forma de produto final, prontos
para serem comercializados ou entregues, caso tenham sido feitos sob encomenda.
Organização
A atenção deve ser dada às atividades que agregam valor ao produto, já que aquelas
que não agregam valor somente são justificadas se existirem para atender exigências
fiscais e/ou legais. Na identificação dos macros ou megaprocessos de uma empresa, é
praticamente certa a existência do processo de compras ou procurement,
independentemente do seu porte e objetivo.
O Sinal da Demanda
O sinal da demanda é a forma sob a qual a informação chega à área de compras para
desencadear o processo de aquisição de bem material ou patrimonial. No caso de bens
patrimoniais, o sinal pode vir, por exemplo, de um estudo de viabilidade ou de uma
necessidade de expansão. Já no caso de obras públicas, ele pode ser resultado, entre
outros, de um estudo de mercado ou de necessidades sociais.No caso de recursos
materiais, as formas mais comuns são solicitação de compras, MRP, just-in-time,
reposição periódica, ponto de pedido, caixeiro viajante e contratos de fornecimento.
Solicitação de Compras
Por meio da solicitação de compras ou requisição de compras, qualquer
unidade organizacional ou mesmo um colaborador qualquer manifesta a sua
necessidade de comprar um item. A solicitação de compras é enviada à área de
compras que providenciará, seguindo procedimentos estabelecidos, a compra do
material.
MRP
O materials requirement planning (MRP) ou planejamento das necessidades de
materiais é uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos
materiais que serão utilizados na fabricação de um certo produto.
Com base na lista de materiais ( bill of material ), obtida por meio da estrutura analítica
do produto, também conhecida por árvore do produto ou explosão do produto, e em
função de uma demanda dada, o computador calcula as necessidades de materiais que
serão utilizados e verifica se há estoques disponíveis para o atendimento. Se não há
material em estoque na quantidade necessária, ele emite uma solicitação de compra
— para os itens comprados —ou uma ordem de fabricação — para os itens fabricados
internamente.
Sistema Just-in-Time
O sistema just-in-time é um método de produção com o objetivo de disponibilizar os
materiais requeridos pela manufatura apenas quando forem necessários para que o
custo de estoque seja menor.
O JIT, que é baseado na qualidade e flexibilidade do processo de compras, também
pode disparar o processo. Dependendo de como o sistema é idealizado, um cartão ou
um conjunto de cartões kanban pode dar início ao processo de compras.
O Sistema de Reposição Periódica
Para reposição de determinados itens de estoque, recomenda-se a utilização do
sistema denominado reposição periódica ou intervalo padrão. No sistema de reposição
periódica, depois de decorrido um intervalo de tempo preestabelecido, um novo
pedido de compra para um certo item de estoque é emitido. Para determinar quanto
deve ser comprado no dia da emissão do pedido, verifica-se a quantidade ainda
disponível em estoque, comprando-se o que falta para atingir um estoque máximo,
também previamente determina
Sistema da Reposição Contínua
O sistema da Reposição Contínua ou sistema do ponto de pedido ou lote padrão é o
mais popular método utilizado nas fábricas e consiste em disparar o processo de
compra quando o estoque de um certo item atinge um nível previamente
determinado. O ponto de pedido é
calculado em função do consumo médio e do prazo de atendimento.

Procedimentos
Primeiramente, a unidade organizacional que necessita o material envia ao setor ou
departamento de compras um documento interno solicitando a compra— como já
vimos, esse documento recebe o nome de solicitação de compras
O setor de compras analisa a solicitação de compras quanto aos limites de autoridade
do solicitante.
Depois disso, o setor de compras efetua as cotações com pelo menos três
fornecedores — é a prática usual, mas, quando necessário devido à frequência ou ao
alto valor da compra, podem ser feitas mais cotações. O setor de compras, então,
recebe as propostas, analisa-as, julga qual (is) a (s) melhor (es) e negocia com um
fornecedor preços e condições de pagamento.
Passadas todas essas etapas, ele emite o pedido de compras e faz o follow-up do
fornecimento. O departamento de compras também é responsável por inspecionar e
receber a mercadoria e, por fim, solicitar o pagamento ao fornecedor.
Evolução do Relacionamento Cliente–Fornecedor
Este relacionamento passa por quatro fases distintas: abordagem convencional,
melhoria da qualidade, integração operacional e integração estratégica
A abordagem convencional prioriza o preço. O relacionamento é como se as partes
fossem adversárias, quem pode mais impõe suas condições. A empresa desconfia da
qualidade do fornecedor e inspeciona todos os recebimentos.
Na melhoria da qualidade dá-se prioridade à qualidade do produto. É o início de um
relacionamento mais duradouro, com o nascimento de uma certa confiança recíproca.
Reduz-se o número de fornecedores, eliminando-se previamente aqueles que não têm
qualidade. É um primeiro estágio do relaciona mento tipo comaker
A integração operacional prioriza o controle dos processos levando-se em conta a
capabilidade deles. Já surge uma participação do fornecedor no projeto do produto
( co-design) e do processo. O cliente e o fornecedor fazem investimentos comuns em
pesquisa e desenvolvimento, com o cliente muitas vezes financiando programas de
garantia e melhoria da qualidade dos fornecedores. É um passo além no
relacionamento comaker.
A integração estratégica é uma parceria nos negócios. Gerenciamento comum dos
procedimentos dos negócios, incluindo o desenvolvimento de produtos e processos,
engenharia simultânea, desdobramento da função qualidade (QFD), fornecimentos
sincronizados e qualidade assegurada. Atinge-se o comakership.
Avaliação
De um modo geral, devem enfatizar os seguintes aspectos:
1- Custo. Verificar se os custos estão compatíveis com o mercado, partindo do
princípio que eles devem ser reduzidos.
2- Qualidade. O relacionamento somente frutificará se o fornecedor dispuser de
qualidade.
3- Pontualidade. O fornecedor deverá possuir uma cultura de pontualidade nas
suas entregas.
4- Inovação. O fornecedor inovativo cria uma alavancagem muito importante no
cliente-comprador, embora o mais comum seja a necessidade de atender a
solicitações de inovações.
5- Flexibilidade. É a capacidade que tanto o cliente quanto o fornecedor devem
ter para rapidamente adaptarem-se às alterações e solicitações do mercado.
6- Produtividade. É a relação output sobre input ou valor dos produtos/serviços
sobre o custo dos insumos.
7- Instalações. O cliente deve avaliar as instalações produtivas do fornecedor
quanto às condições mínimas de fabricar produtos de qualidade.
8- Capacitação Gerencial e Financeira . Verificar se o fornecedor dispõe de
estrutura organizacional definida, com a cadeia decisória estruturada,
possibilitando a identificação dos responsáveis pelas decisões.
Gestão da cadeia de suprimentos
O gerenciamento da cadeia de suprimentos, ou supply chain management, nada mais
é do que administrar o sistema de logística integrada da empresa, ou seja, o uso de
tecnologias avançadas, entre elas gerenciamento de informações e pesquisa
operacional, para planejar e controlar uma complexa rede de fatores visando produzir
e distribuir produtos e serviços para satisfazer o cliente.
Almoxarifado
O almoxarifado possui algumas funções básicas como, receber o material, realizando a
conferência quantitativa e qualitativa, para, em seguida, armazenar o material,
entregá-lo.
Outra função do almoxarifado é a venda, que nada mais é que o recebimento de um
pedido de material que está estocado no local. O almoxarife recebe o pedido, via
sistema, separa o material e providencia a entrega, distribuição
A etapa de classificação ocorre no momento de registrar no sistema a entrada do
material, ele será inserido na categoria em que se adequar;
Eficiência do almoxarifado: a eficiência de um almoxarifado depende
fundamentalmente:
a. Da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do consequente
aumento das viagens de ida e volta, com economia de tempo e esforço;
b. Do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;
c. Da melhor utilização de sua capacidade volumétrica, altura, largura e comprimento
LAYOUT E EQUIPAMENTOS
Para a definição do layout deve-se conhecer o PQRST, que é o produto que será
reservado, a quantidade de produto, seu roteiro/fluxo, o sistema que deverá ser
utilizado para o armazenamento, a informação e os registros e o tempo que
permanecerá armazenado.
Almoxarifado / Layout
Para definição do layout é preciso considerar o local. Essa decisão é feita tipicamente
em dois níveis:
Armazém: O armazém funciona como um centro de distribuição para os depósitos,
que são menores e mais próximos das empresas, para realizar a distribuição local.
Localização geográfica: Local específico a ser escolhido, ou seja, se o armazém deve
ser no distrito industrial ou próximo ao consumidor. Para essa definição devem ser
consideradas diversas questões, dentre elas o custo do local, acessibilidade para os
transportes utilizados, etc.
Os seguintes fatores são importantes na análise para determinar o local:
• Atitude da comunidade e do governo local com relação ao depósito; não seria viável
instalar um depósito no centro de Brasília, por exemplo, por questões de tombamento
histórico, permissões governamentais, etc. Já no setor de cargas de Brasília é possível e
ideal, pois foi pensado para essa finalidade.
• Custo para preparar o terreno;
• Custos de construção;
• Facilidade dos serviços de transporte; para permitir o acesso dos funcionários e dos
veículos utilizados para o transporte dos materiais armazenados.
• Potencial de expansão; Possibilidade de expansão do armazém para o futuro ou em
condições sazonais.
• Disponibilidade da mão de obra local;
• Segurança local;
• Valor promocional do local;
• Sistema viário local.
Layout: definido de maneira simples como sendo o arranjo de homens, máquinas e
materiais que permita a integração do fluxo típico de materiais, da operação e dos
equipamentos
de movimentação, combinados com as características que conferem maior
produtividade ao
elemento humano, isto para que a armazenagem de determinado produto se processe
dentro
do padrão máximo de economia e rendimento
Sabendo que o layout não deve ser manter rígido ao longo do tempo, podem surgir
situações que exijam a mudança/adequação dele.
Fatores que influenciam no layout - PQRST: Produto, Quantidade, Roteiro, Sistema e
Tempo.
• Modificação do produto;
• Lançamentos de produto;
• Variação na demanda;
• Obsolescência das instalações;
• Ambiente de trabalho inadequado;
• Índice elevado de acidentes;
• Mudança na localização do mercado consumidor; e
• Redução de custos
O correto dimensionamento do espaço físico envolve espaço para fila de veículos,
plataformas compensadoras de altura, espaço para separação e conferência, acesso
livre para o estoque inicial e para a fábrica.
A estocagem inicial deve se limitar aos itens que a análise econômica prévia
determinar, e os tipos de instalações variam de acordo com o tipo e escala da
empresa. A forma mais comum de armazenagem é por meio de estruturas porta-
paletes, simples ou de dupla profundidade, convenientemente dispostas a facilitar o
acesso de equipamentos de elevação e transporte, a proteção do produto contra
contaminantes internos ou externos, a fácil localização na hora da armazenagem e da
coleta, segurança contra incêndios e iluminação conveniente.
É essencial para o administrador de bens patrimoniais lembrar a importância de
ponderar alguns fatores que intervêm na escolha de um esquema operacional de
recebimento e armazenagem. O primeiro deles são os equipamentos dedicados, isto é,
de uso específico para um produto ou linha de produtos. Eles só devem ser
considerados quando o volume e permanência do produto permitirem o retorno do
que foi investido de acordo com os parâmetros da empresa
O segundo são as economias resultantes de despesas com manutenção, prêmios de
seguro, redução de pessoal e danificação de materiais. Essas economias podem, a
longo prazo, justificar a adoção de armazéns automatizados.
RECEBIMENTO
As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo
fornecedor até a entrada nos estoques A função de recebimento é módulo de um
sistema
global integrado com as áreas de contabilidade, compras e transporte e caracterizada
como
interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e
contábil
O recebimento de uma empresa é mais bem compreendido com uma combinação de
cinco elementos principais: espaço físico, recursos de informática, equipamento de
carga e descarga, pessoas e procedimentos normalizados.

 Conferência quantitativa
Atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na nota fiscal cor-
responde a efetivamente recebida, portanto, é a típica contagem. Podem ser adotados
os
seguintes métodos:
• Manual (pequenas quantidades): contar um a um.
• Cálculo (grandes quantidades e embalagens padronizadas).
• Balança contadora pesadora / 100:1 e 10:1 (grande quantidade de pequenos
volumes).
• Pesagem (maior peso e volume).
• Medição.

 Conferência qualitativa
Efetuada pela inspeção técnica, por meio da confrontação das condições
contratadas
na autorização de fornecimento com as apresentadas na nota fiscal pelo fornecedor.
• Características dimensionais
• Características específicas
• Restrições de especificação
Uma das modalidades de exame qualitativo consiste na inspeção de material e pode
ser
feito nas seguintes ocasiões:
• Acompanhamento durante a fabricação
• Inspeção no fornecedor do produto acabado
• Inspeção por ocasião do recebiment

 Regularização
Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela confirmação da
conferência quantitativa e qualitativa, por meio do laudo de inspeção e confrontação
da quantidade
conferida em relação à faturada.
Nesse processo temos como resposta o aceite ou a recusa. Pode haver recusa parcial
ou momentânea.

 Devolução ao fornecedo
Há dois tipos de devolução: um já na entrada do material ou quando o material já está
na
empresa, mas foi detectada a falta de qualidade.
A devolução pode ser de materiais com defeito e/ou em excesso. Segue acompanhada
da nota fiscal.
ARMAZENAGEM
Na armazenagem, o material já passou pela entrada, passou pelo recebimento
e vai
entrar de fato no almoxarifado.
O almoxarifado é para guardar material de consumo. Material permanente,
quando estocado, é guardado no depósito
Podemos entender como armazenagem a atividade de planejamento e
organização
das operações de manter e abrigar os itens de material mantendo-os em condições de
uso
até sua efetiva demanda pela organização
Princípios da armazenagem
1– Princípio do Planejamento: é necessário determinar o melhor método (rotina de
trabalho), do ponto de vista econômico, para a movimentação de materiais,
considerando-se as condições particulares de cada operação. A escolha do método se
dá dependendo do uso, do tamanho e das características do material.
2 – Princípio do Sistema Integrado: as atividades de movimentação e armazenagem
de materiais devem ser totalmente integradas, formando um sistema operacional
coordenado (recebimento, estocagem, produção, inspeção, embalagem, expedição e
transportes).
O pagamento também faz parte desse sistema.
3 – Princípio do Fluxo de Materiais: é necessário projetar um fluxo contínuo e
progressivo de materiais, sendo esse o mais econômico. O posicionamento das
máquinas e instalações deve prever a redução nas movimentações de materiais.
4 – Princípio da Simplificação: deve-se sempre procurar reduzir, combinar ou eliminar
movimentos e/ou equipamentos desnecessários.
5 – Princípio da Gravidade: a força motora mais econômica é a gravidade. Ela deve ser
utilizada sempre que possível para a movimentação de materiais. Influencia no
manuseio de
materiais, evitando empurrá-los para cima. O melhor trabalho acontece em terrenos
planos.
6 – Princípio da Utilização do Espaço: o aproveitamento vertical do espaço contribui
para o descongestionamento das áreas de armazenagem e para a redução dos custos
unitários de estocagem.
7 – Princípio do Tamanho da Carga (ou das Cargas Unitizadas): as cargas unitizadas são
os paletes. A economia em Movimentação de Materiais é diretamente proporcional ao
tamanho da carga movimentada
8 – Princípio da Segurança: a produtividade aumenta conforme as condições de
trabalho se tornam mais seguras
9 – Princípio da Ergonomia: as capacidades e limitações humanas precisam ser
reconhecidas e respeitadas no projeto das tarefas e equipamentos de Movimentação e
Armazenagem de Materiais, para assegurar operações seguras e efetivas.
10 – Princípio do Meio Ambiente: o impacto ambiental e o consumo de energia devem
ser considerados como critérios ao projetar e selecionar sistemas de movimentação de
materiais e equipamentos alternativos.
11 – Princípio da Mecanização: sempre usar equipamento de movimentação
mecanizado, quando for praticável, evitando a movimentação humana.
12 – Princípio da Seleção do Equipamento: na seleção do equipamento de
movimentação, deve-se considerar todos os aspectos do material a ser movimentado,
bem como dos movimentos a serem realizados e métodos utilizados.
13 – Princípio da Padronização: padronize métodos, bem como tipos e tamanhos dos
equipamentos de movimentação.
14 – Princípio da Flexibilidade: o valor do equipamento é diretamente proporcional à
sua flexibilidade.
15 – Princípio do Peso Morto: quanto menor for o peso próprio do equipamento móvel
em relação à sua capacidade de carga, tanto mais econômicas serão as condições
operacionais.
16 – Princípio do Tempo Ocioso: reduzir tempo ocioso ou improdutivo, tanto do
equipamento quanto da mão de obra da Movimentação de Materiais.
17 – Princípio do Trabalho: o trabalho deve ser sempre minimizado, sem sacrificar a
produtividade ou o nível de serviço exigido para a operação.
18 – Princípio da Automação
19 – Princípio da Movimentação: o equipamento projetado para movimentação de
material deve ser mantido em movimento.
20 – Princípio da Manutenção: deve-se planejar adequadamente a manutenção
preventiva e o reparo programado de todos os equipamentos de movimentação.
21 – Princípio da Obsolescência: procure substituir métodos e equipamentos de
movimentação obsoletos quando métodos e equipamentos mais eficientes vierem a
melhorar as operações.
22 – Princípio do Controle: o equipamento de movimentação pode ser empregado
para melhorar o controle da produção, dos estoques e da separação dos pedidos.
23 – Princípio da Capacidade: use os equipamentos de movimentação para auxiliar a
atingir a plena capacidade de produção
24 – Princípio do Desempenho: determina a eficiência do desempenho da
Movimentação de Materiais em termos de despesas por unidade movimentada
(grande parte das empresas já utilizam indicadores de desempenho por unidade de
medida movimentada R$/t, R$/Kg etc.)
25 – Princípio do Custo do Ciclo de Vida: esteja atento para considerar uma minuciosa
análise econômica para contabilizar todo o ciclo de vida dos equipamentos de
movimentação de materiais.
Considerando o layout no critério de armazenagem iremos verificar os seguintes
aspectos:

 Itens de estoque – itens que serão armazenados;


• Corredores – se há necessidade de espaço mínimo;
• Portas de acesso;
• Prateleiras e estruturas
Itens de estoque: as mercadorias de maior saída (critério de frequência) do depósito
devem ser armazenadas nas imediações da saída ou expedição, a fim de facilitar o
manuseio.O mesmo deve ser feito com os itens de grande peso e volume (critério de
tamanho ou peso).
Corredores: (espaço em que irão transitar os equipamentos – as empilhadeiras, por
exemplo) os corredores dentro do depósito deverão facilitar o acesso às mercadorias
em estoque. Quanto maior a quantidade de corredores maior será a facilidade de
acesso e tanto menor o espaço disponível para armazenamento. Armazenamento com
prateleiras requer um corredor para cada duas filas de prateleiras. A largura dos
corredores é determinada pelo equipamento de manuseio e movimentação de
materiais. Entre as mercadorias e as paredes do edifício devem existir passagens
mínimas de 60 cm, para acesso às instalações de combate de incêndio. As mercadorias
não podem ficar encostadas nas paredes.
Portas de acesso: as portas do depósito devem permitir a passagem dos equipamentos
de manuseio e movimentação de materiais. Tanto sua altura como a largura devem ser
devidamente dimensionadas.
– Manuseio: esforço humano com ou sem equipamentos auxiliares
– Movimentação: carrinhos, paleteira, empilhadeira
Prateleiras e estruturas: Quanto houver prateleiras e estruturas no depósito, a altura
máxima deverá considerar o peso dos materiais. O topo das pilhas de mercadorias
deve se distanciar um metro das luminárias do teto ou dos sprinklers de teto
(chuveirinho no teto –equipamento de segurança para combate a incêndio).
As mercadorias leves devem permanecer na parte superior das estruturas, e as
mercadorias mais pesadas devem ser armazenadas nas barras inferiores da estrutura
A armazenagem pode ser categorizada em dois grupos, a saber: simples e complexa.
• A armazenagem simples envolve materiais que, por suas características físicas ou
químicas, não demandam cuidados adicionais do gestor de almoxarifados.
• A armazenagem complexa é inerente a materiais que carecem de medidas especiais
em sua guarda.
A armazenagem torna-se complexa em virtude de:
• Fragilidade ex: vidro
• Combustibilidade ex: combustível
• Volatização ex: álcool
• Oxidação;
• Explosividade;
• Intoxicação ex: materiais de limpeza
• Radiação;
• Corrosão;
• Inflamabilidade;
• Volume;
• Peso; e
• Forma
O material pode ser armazenado conforme a simplicidade ou complexidade, fatores
químicos ou físicos.
Os materiais sujeitos à armazenagem complexa demandam, entre outras, as seguintes
necessidades básicas:
• Preservação especial;
• Equipamentos especiais de prevenção de incêndios;
• Meio ambiente especial;
• Estrutura de armazenagem especial; e
• Manuseio especial, por intermédio de EPI’s (equipamentos de proteção individual)
adequados
Critérios de armazenagem: Não existe um rol taxativo de como os materiais devem ser
dispostos no almoxarifado e assim temos algumas alternativas para a acomodação dos
materiais:
• Armazenagem por agrupamento (ou complementaridade);- facilita a arrumação e
busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento de espaço
• Armazenagem por compatibilidade;
• Armazenagem por tamanho, peso ou forma (acomodabilidade);
• Armazenagem por frequência;
• Armazenagem especial;- Ambiente climatizado, Inflamáveis, Perecíveis
• Armazenagem em área externa; e
• Coberturas alternativas
Localização de materiais: Cada conjunto de códigos deve indicar, precisamente, o
posicionamento de cada material estocado, facilitando as operações de
movimentação, inventário, etc.
• Prateleiras A1, A2, B1, B2...
• Posição na prateleira: horizontal (A, B, C...), vertical (1, 2
Localização de materiais
Esse sistema de localização adota normalmente dois critérios
Sistema de estocagem fixo: neste sistema é determinado um número de áreas de
estocagem para um tipo de material, definindo-se, assim, que somente material deste
tipo poderá ser estocado nos locais marcados. Nesse sistema corre um grande risco de
desperdício de áreas de armazenagem. O item é disponibilizado sempre no mesmo
local.
Sistema de estocagem livre: neste sistema não existem locais fixos, a não ser, para
materiais especiais. Os materiais ocupam os espaços vazios disponíveis dentro do
depósito
Classificação e codificação de materiais:
O objetivo é definir uma catalogação, simplificação, especificação, normalização,
padronização e codificação de todos os materiais
Equipamentos para armazenagem:
Prateleiras: podem ser de aço ou de madeira.
Containers ou contenedores: destinadas ao transporte intermodal de mercadorias
Pallets (paletes): são estrados que possibilitam o empilhamento das cargas,
maximizando a utilização do espaço cúbico do almoxarifado.
Engradados: destinados à guarda e transporte de materiais frágeis ou irregulares, que
não admitem o uso de simples estrados, carecendo de uma estrutura que ofereça
proteção lateral
Caixas ou gavetas: são ideais para a armazenagem de materiais de pequenas
dimensões, como pregos, porcas, parafusos e sobressalentes pequenos em geral
Embalagens:

 Embalagem primária: é aquela que possui contato direto com o material.


 Embalagem secundária: atua como proteção e acondicionamento racional das
embalagens primárias.
 Embalagem terciária: mpregada para facilitar os processos de movimentação e
embalagem de materiais. Um palete com 10 caixas de papelão com
achocolatados Toddy é um exemplo de embalagem terciária.
DISTRIBUIÇÃO
O sistema de distribuição de produtos de uma empresa sempre foi importante e
complexo, pois o transporte é considerado elemento de custo em toda a atividade
industrial e comercial
Supply chain é uma expressão inglesa que significa “cadeia de suprimentos” ou “cadeia
logística”, na tradução para o português. Consiste num conceito que abrange todo o
processo logístico de determinado produto ou serviço, desde a sua matéria-prima
(fabricação) até a sua entrega ao consumidor final.
Conceito de Distribuição: é a atividade por meio da qual a empresa efetua as entregas
de seus produtos, estando, por consequência, intimamente ligada à movimentação e
ao transporte.
– Movimentação são os equipamentos de movimentação.
– Transporte: um caminhão, por exemplo, e uma empilhadeira ou carrinho para poder
acomodar a mercadoria nele, a depender do tamanho do item
Fatores a considerar quanto à natureza dos produtos a transportar:
– Carga geral: a carga geral deve ser consolidada para materiais com peso individual de
até 4 toneladas;
– Carga a granel, líquida e sólida; Ex.: Transporte de comida em grãos (milho), água
(líquido), bolacha(sólido).
– Carga semiespecial: trata-se de materiais com dimensões e peso que exigem licença
especial, porém, no gabarito que permite tráfego em qualquer estrada;
– Carga especial: trata-se de uma variável da definição anterior, com a ressalva de que
seu tráfego exige estudo de rota, para avaliar a largura das obras de arte e a
capacidade das pontes e viadutos;
– Carga perigosa: os produtos classificados como perigosos englobam mais de 3.000
itens, estando codificados em nove classes, de acordo com a norma internacional.
Distribuição interna: trata-se da distribuição de matérias-primas, componentes ou
sobressalentes para manutenção, do almoxarifado ao requisitante, para continuidade
das atividades da empresa
Distribuição externa: trata-se de entrega dos produtos da empresa a seus clientes,
tarefa que envolve o fluxo dos produtos/serviços para o consumidor final, motivo pelo
qual adota-se a denominação de distribuição física
A logística de material considera:
• Ciclos logísticos de maior duração; O transporte geralmente leva um tempo maior
justamente para reduzir o custo
• Custos logísticos elevados: O aéreo, por exemplo, é mais rápido, porém, mais caro,
enquanto o ferroviário é mais lento e barato.
• Nível de serviço ao cliente aquém do desejado.: a compra de dois itens e entrega
somente de um
Custos associados a estoques:
• Custo de pedir (custo do pedido): Quanto maior a quantidade, menor a fração ao
custo do pedido.
• Custo de manter estoque (custo de armazenagem): Quanto mais itens armazenados,
mais se gasta para mantê-los armazenados
• Custo total (pedido + armazenagem);
• Custo da falta de estoque
Objetivos do estoque
• Objetivos de custo: balancear os custos de manter e de pedir estoque; Chegando ao
menor custo quanto igualados. O alto giro de estoque, por exemplo, subentende-se
como alto custo com pedidos.
• Objetivos de nível de serviço: ajustar a disponibilidade conforme a demanda.
Por exemplo: qual a quantidade de produtos que será mantida no estoque para
atender prontamente os clientes.
Gestão de Estoque:
• Plano de negócios: Por exemplo: produção de cerveja.
• Plano de produção: Por exemplo: leva-se X dias para a produção de cada 80 litros.
• Plano das necessidades de recursos: Por exemplo: água mineral, espaço físico,
garrafas, malte, lúpulo, local de armazenagem etc.
• Plano financeiro;
• Gerenciamento da demanda: Por exemplo: consumo de 10 litros em cada final de
semana, sendo 80 litros para 8 semanas.
Um fator importante, para a análise de transportes, são as compras efetuadas pela
empresa. Vários fatores influem na decisão de operar as compras pelo sistema CIF ou
FOB, e a tendência normal dos setores de compra é optar pelo primeiro. A maior
diferença entre o frete CIF e o FOB está em quem é responsável pela mercadoria
durante a entrega.
O frete CIF significa que o frete e o seguro são pagos pelo fornecedor, que é
responsável pela entrega até o local de destino. Será caro, pois em caso de algum
problema e necessidade de retorno do produto, todo o custo será do fornecedor
No caso do FOB, é o cliente que paga pelo frete e pelo seguro da mercadoria. Ambos
são contratos de transporte internacional entre um comprador e um vendedor,
utilizados em casos de transporte marítimo, por exemplo.
Existem três fatores de frete que se caracterizam da seguinte forma:
• Frete sobre as compras;
• Frete entre estabelecimentos industriais; e
• Frete sobre as vendas
Esses três fatores deverão compatibilizar-se com as seguintes variáveis:
•. Menores prazos de movimentação do produto;
• Qualidade do serviço prestado; e
• Preço do frete.
Distribuição física versus canal de distribuição:
Distribuição física é o transporte e o armazenamento de produtos acabados desde o
final da produção até o cliente.
O canal de distribuição física corresponde a uma ou mais empresas ou indivíduos que
participam do fluxo de produtos/serviços desde o produtor até o cliente ou usuário
final (responsáveis pelo depósito de distribuição, motoristas, empresas aéreas etc.)
Além do canal de distribuição física, há também o canal de transação que se relaciona
à transferência de propriedade, ou seja, sua função é negociar, vender e contratar.
Sistema de distribuição física: é o conjunto de componentes ou atividades que
interagem entre si, todas as pessoas que estão no sistema vão alimentando-o com as
informações de saída e trânsito do produto, como o rastreio dos Correios.
Transporte: vários métodos de movimentar os produtos fora das dependências da
firma.
Estoque de distribuição: inclui todo o estoque de produtos acabados que estão em
qualquer ponto do sistema de distribuição.
Depósitos (centro de distribuição): os depósitos são utilizados para armazenar o
estoque.
Manuseio de materiais: corresponde ao transporte e ao armazenamento das
mercadorias dentro do centro de distribuição.
Embalagem de proteção: as mercadorias transportadas dentro de um centro de
distribuição precisam ser embaladas, protegidas e identificadas. Além disso, os
produtos são transportados e estocados em embalagens e devem adequar-se às
dimensões dos espaços de armazenamento e dos veículos de transporte
Processamento de pedidos e comunicação: o processamento inclui todas as atividades
necessárias para atender aos pedidos de clientes. Representa um elemento temporal
da entrega, sendo uma parte importante do atendimento aos clientes. M
Sabendo que o custo irá influenciar o atendimento aos clientes, o ideal é buscar um
custo mínimo sem desconsiderar o tempo de entrega, assim temos dois princípios
relacionados.
Por exemplo, quanto mais rápido é o veículo, maior é sua taxa de atraso. Uma viagem
de Brasília até Guarulhos, sendo 2 horas de voo (120 minutos). Assim, um atraso de 12
minutos gera 10% de taxa de atraso em relação aos 120 minutos. Já uma mercadoria
encaminhada de trem para São Paulo que gere 10 dias para chegar, tendo atrasado 12
horas, 5% de atraso.
1. Compensação de custos: o custo do transporte aumentou com a utilização do
transporte aéreo, mas o custo de manutenção de estoque diminuiu. Houve assim uma
compensação. Por exemplo: o tempo de entrega com a manutenção do estoque.
2. Custo total: considerando todos os custos e não apenas um deles, o custo total do
sistema foi reduzido. Note-se que, embora de nenhum custo seja atribuído a eles, o
atendimento ao cliente foi melhorado pela redução de tempo em trânsito. O custo
total também deve refletir o efeito da decisão sobre outras áreas, tais como a de
produção e a de marketing. Por exemplo: as entregas da Amazon, muitas vezes, são
grátis, pois o sistema já verifica uma entrega para área, logo, será apenas incluída mais
uma no mesmo distribuidor. Para o cliente, isso possibilita com que ele compre mais
itens, logo, a empresa ganha com o número de vendas.
3. Custos de transporte: os custos são classificados como capital (fixos) ou operacionais
(variável).
4. Custo fixo: são aqueles que não variam de acordo com o volume de produtos
transportados. O custo de compra de um caminhão para a transportadora é um custo
fixo. Independentemente de quanto é utilizado, o custo do veículo não muda.
Entretanto, muitos custos operacionais, tais como combustível, manutenção e salários
do motorista, dependem da utilização do caminhão, sendo considerado custo variável.
5. Custo variável: são os caminhos nos quais a transportadora opera. Incluem o direito
de circulação, mais qualquer leito de estrada, trilhos e outras instalações físicas
necessárias ao direito de circulação.
Os tipos de transportes utilizados são chamados de modais. Quando utilizamos mais
de um tipo de modal iremos classificar como multimodal e intermodal.
Modal: um transporte e um documento. Por exemplo: a compra de um armário, em
que o produto sai da loja e é enviado para a casa do cliente. Um transporte, rodoviário,
e um documento, a nota fiscal.
Multimodal: mais de um tipo de transporte e um documento. Por exemplo: compra
expressa por site. Estando em São Paulo, a mercadoria será levada ao aeroporto,
acomodada no avião até Brasília, levada ao depósito por caminhão, e enviada por
carro ou moto até a casa do cliente, sendo o documento a nota fiscal, válida em todo
território brasileiro.
Intermodal: mais de um transporte e documento. Por exemplo: compra de produto no
México. Lá, terá a sua nota fiscal e um documento específico para quem realiza
comércio exterior. Chegando ao Brasil, terá que ser feita a nota fiscal de entrada no
país. Para ser retirado da indústria, segue de caminhão até o porto, acomodado em
navio até o porto brasileiro.Assim, se teve mais de um tipo de transporte e
documento.
Os modais são divididos em cinco tipos básicos:
1. Ferroviário;
2. Rodoviário (caminhão, ônibus e automóveis);
3. Aéreo;
4. Hidroviário (rotas transatlânticas, costeiras e continentais); e
5. Tubulação.
Por exemplo: água, gás.
TOMBAMENTO
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
No âmbito da administração patrimonial, os tópicos são:
• Tombamento: registro patrimonial;
• Depreciação: perda do valor patrimonial:
• Inventario: localizar os materiais (tanto almoxarifado, quanto materiais
permanentes);
• Desfazimento de materiais
Recursos patrimoniais são instalações utilizadas nas operações do dia a dia da
empresa, mas são adquiridos esporadicamente, como prédios, equipamentos e
veículos
Os patrimônios são:
• Equipamentos e máquinas são ferramentas, máquinas operatrizes, caldeiras,
guindastes, pontes rolantes, compressores, dispositivos, veículos, computadores,
móveis etc.;
• Prédios são galpões, escritórios, almoxarifados, garagens etc.;
• Terrenos compreendem o local onde estão as instalações, suas áreas livres e
terrenos vazios que pertençam à empresa;
• Jazidas são localizações onde a empresa tem direito, poder ou autorização de
extração de produtos minerais;
•. Intangíveis são os recursos que não podemos tocar, não tem corpo ou forma física,
são as patentes, projetos, direitos autorais e marcas.
Recurso Material – Sentido Amplo: designação genérica de móveis, equipamentos,
componentes sobressalentes, acessórios, utensílios, veículos em geral, matérias-
primas e outros bens utilizados ou passíveis de utilização nas atividades de
determinado órgão.
Três afirmações são importantes para determinar se é bem de patrimônio:
1-Ter natureza relativamente permanente: duração maior que 2 anos, não pode ser
frágil, perecível, incorporável e transformabilidade.
2- Ser utilizado na operação do negócio
3 – Não ser destinado à venda
Um bem é recuperável quando o custo de sua recuperação não ultrapassar 50% de seu
valor de mercado
Detentor de carga: a pessoa que é responsável por determinada carga patrimonial
Carga patrimonial: o material, por exemplo, a televisão, possui um registro atrelado à
responsabilidade de determinado indivíduo
Instalações: materiais ou equipamentos que se agregam ao bem imóvel, isoladamente
ou em conjunto, passando a integrá-lo funcionalmente
Carga Patrimonial: conjunto de materiais permanentes sob a responsabilidade do
titular de uma unidade administrativa. Por exemplo: assinatura de termo de
responsabilidade compartilhada, em que o detentor da carga divide a responsabilidade
sobre determinados materiais com mais alguém, já que essa pessoa também estará
fazendo uso deles
Registro Patrimonial: descrição analítica do material permanente, ao qual se atribui um
código numérico sequencial, contendo as informações necessárias à sua identificação,
localização e carga patrimonial. Em outras palavras, se refere ao tombamento de fato.
Por exemplo: o registro de um computador comporta as informações sobre o seu
armazenamento, memória, processador, marca etc., e o sistema irá fornecer um
número de registro.
Fluxo de bens patrimoniais:

Recepcionou, registrou e incorporou o patrimônio, isso é a parte chamada de


tombamento.

Tombamento procedimento de identificação de um bem patrimonial, efetuado na


incorporação do bem ao patrimônio de uma organização. Por ocasião do tombamento,
cadastram-se, em um banco de dados, informações essenciais do bem (características
físicas, valor de aquisição etc.).
O bem recebe um número patrimonial, pelo qual é identificado, e uma plaqueta (ou
etiqueta, ou gravação) contendo este número de registro é afixada no bem (quando
possível).
Tombamento é o ato de inscrever o bem no registro patrimonial, com a concomitante
afixação do respectivo código numérico mediante plaqueta, gravação, etiqueta ou
qualquer outro método adequado às suas características.
Registro Patrimonial: descrição analítica do material permanente, ao qual se atribui um
código numérico sequencial, contendo as informações necessárias à sua identificação,
localização e carga patrimonial.
Obs.: no ciclo de compras para receber material nem sempre é o almoxarife que
recebe, apesar de ser sua responsabilidade, pois existem itens que ele não é o perito
para receber. Logo, ele acompanha todo o processo, pois ele tem que acompanhar.
Obs.: O material de pequeno valor econômico que tiver seu custo de controle
evidentemente superior ao risco da perda poderá ser controlado através do simples
relacionamento de material (relação carga). Isso pode ser observado na IN 205/88
Bens móveis podem ser:
Controlado: material sujeito a tombamento, que requer controle rigoroso de uso e
responsabilidade pela sua guarda e conservação;
Ex.: veículo; computador; mesa; cadeira; armários.
Relacionado: material dispensado de tombamento, porém sujeito a controle
simplificado, por ser de pequeno valor econômico
Princípios da codificação de materiais.

Modalidades de Tombamento:
Aquisição: modalidade de tombamento realizada quando o bem é adquirido através
de recursos próprios.
Comodato e Cessão: são denominações dadas ao empréstimo gratuito de um bem
permanente que deve ser restituído após determinado prazo
Doação: significa a transferência da propriedade de bens permanentes para a
entidade.
Fabricação: indica o tombamento por fabricação, ocorre quando bem tiver sido
fabricado internamente.
Incorporação: ocorre quando não é possível identificar a origem dos recursos de um
bem que se encontre pelo menos a dois exercícios (anos) no acervo da unidade ou
órgão.
INVENTÁRIO
Pode ser feito dentro do almoxarifado como também dos materiais permanentes que
estão em utilização.
O inventário envolve a parte patrimonial, e é onde o almoxarifado, inclusive, os itens
de almoxarifado vão compor o patrimônio da empresa
Inventário físico é uma contagem física periódica dos materiais existentes para efeito
de comparação com os estoques registrados e contabilizados em controle da empresa,
a fim de comprovar a sua existência e exatidão.
A época para a realização do inventário, tradicionalmente falando, é realizar
anualmente junto ao fechamento do balanço da organização.
Obs.: Deve-se fazer dentro do exercício, mas não significa que deve concluir 31 de
dezembro
Descartando-se a prática anual, resta a opção pelo inventário rotativo, o qual
encontra-se alicerçado em recursos de informática
Inventário Anual:
• Esforço concentrado, produzindo pico de custo.
• Gera impacto nas atividades da empresa, com almoxarifado de portas fechadas.
• Produtividade da mão de obra decrescente ocorrendo falhas durante o processo.
• Almoxarifes reaprendem ano após ano.
•. As causas das divergências não são identificadas.
• Confiabilidade não melhora.

Inventário rotativo:
•. Sem grandes esforços, com custos distribuídos
•. É possível a continuidade de atendimento com o almoxarifado de portas abertas.
• Incremento da produtividade, com ações preventivas, que, em consequência,
reduzem as falhas;
• Almoxarifes tornam-se especialistas no processo e no ajuste.
• O feedback imediato eleva a qualidade, havendo motivação e participação geral,
assim, as causas das divergências são rapidamente identificadas.
• Aprimoramento contínuo da confiabilidade
Inventário físico é o instrumento de controle para a verificação dos saldos de estoques
nos almoxarifados e depósitos (destinado para guardar materiais permanentes), e dos
equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão ou entidade, que irá
permitir, dentre outros:
a. o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com o saldo
físico real nas instalações de armazenagem;
b. a análise do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado através
dos resultados obtidos no levantamento físico;
c. o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao saneamento dos
estoques;
d. o levantamento da situação dos equipamentos e materiais permanentes em uso e
das suas necessidades de manutenção e reparos; e
Obs.: Os objetos ociosos, recuperáveis ou irrecuperáveis deverão ser avaliados de
acordo com sua característica, e se é necessário reparar ou não.
O inventário rotativo pode ser classificado em 3 tipos:
Inventário automático: trata-se de solicitação em sistema para inventário item a item,
mediante a ocorrência de qualquer dos seguintes eventos indicadores de possível
divergência e/ou que também visem garantir a confiabilidade de estoque de materiais
vitais:
• Saldo zero no sistema de controle;
• Requisição de material atendida parcialmente
• Requisição de material não atendida;
• Material crítico requisitado;
• Material crítico recebido; e
• Transferência de localização.
Nesse tipo de inventário, caso ocorra algumas dessas coisas listadas, o sistema critica o
aviso de “realizar inventário”.
Inventário programado: trata-se de solicitação em sistema para inventário por
amostragem de itens, em períodos estabelecidos.
Inventário a pedido: trata-se de input para solicitação em sistema de inventário item a
item por interesse dos órgãos de administração de materiais e de controladoria, como:
• Falhas de processamento;
• Solicitação do almoxarife ou da gestão;
• Solicitações de auditoria; e
• Outros motivos.
Obs.: É realizado a pedido de chefe, gestor, auditor.
Desconsiderando o inventário rotativo, o qual não interrompe as atividades da
organização, e com foco no almoxarifado, temos também outros tipos de inventários
quando pensamos nos materiais permanentes.
• anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do
acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício
• eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade
gestora ou por iniciativa do órgão fiscalizador.
• inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e
registro dos bens sob sua responsabilidade
• extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou transformação da
unidade gestora;
• transferência de responsabilidade - realizado quando da mudança do dirigente de
uma unidade gestora.
Desta forma, com o objetivo de analisar o item inventariado, temos a classificação de
inventário analítico para a perfeita caracterização do material e figurará em:
• descrição padronizada;
• número de registro; (Número de registro não significa que tem plaqueta, mas sim
que está tombado, já que todo material permanente deverá tombado, menos aquele
de baixo valor econômico que será relacionado)
• valor (preço de aquisição, custo de produção, valor arbitrado ou preço de avaliação)
• estado (bom, ocioso, recuperável, antieconômico ou irrecuperável);
O bem móvel cujo valor de aquisição ou custo de produção for desconhecido será
avaliado tomando como referência o valor de outro, semelhante ou sucedâneo, no
mesmo estado de conservação e a preço de mercado.
Na realização de inventários, podemos nos deparar com uma grande quantidade de
itens a verificar, assim poderá ser utilizado o Inventário por Amostragens para um
acervo de grande porte.
Esta modalidade alternativa consiste no levantamento em bases mensais, de amostras
de itens de material de um determinado grupo ou classe, e inferir os resultados para
os demais itens do mesmo grupo ou classe
Conservação e recuperação
Com o objetivo de minimizar os custos com a reposição de bens móveis do acervo,
compete ao Departamento de Administração, ou unidade equivalente organizar,
planejar e operacionalizar um plano integrado de manutenção e recuperação para
todos os equipamentos e materiais permanentes em uso no órgão ou entidade,
objetivando o melhor desempenho possível e uma maior longevidade desses.
O item antieconômico é quando a manutenção começa a ficar cada dia mais cara,
devendo analisar se existe possibilidade de substituir o item ou de mantê-lo, já que
não condição de mudar
Metodologia para realização do inventário
Pega-se a relação da carga patrimonial a ser inventariada, depois pega o processo
anterior e os documentos de entrada e saída e movimentação de materiais que
existam, pois se o item não for localizado verifica-se se houve a formalização de
transferência desse material para outro setor, já que pode ter acontecido de só estar
faltando a confirmação do sistema.
A Requisição de Inventário é um instrumento gerado por sistema mecanizado ou
manual, para:
• Solicitação de conferência de estoques físicos;
• Registro dos resultados da conferência; e
• Reajustes necessários identificados pela contagem e confirmados por análise
Inventário de Patrimônio com Etiquetas RFID
Inventario de Patrimônio com Etiquetas RFIDO serviço de Inventário de Patrimônio
com Etiquetas RFID conta com todas as etapas do Inventário Patrimonial, mas com a
facilidade da utilização da tecnologia das etiquetas inteligentes de RFID, permitindo
vantagens como:
Controle das movimentações dos ativos: transferências de bens podem ser controladas
e rastreadas em tempo real e atualizadas de forma automática com a eliminação de
procedimentos burocráticos.
Rastreamento dos ativos: toda movimentação do ativo pode ser registrada no sistema
de forma automática sem a intervenção humana.
Inventário Etiquetas de Patrimônio RFID (RF Tag ou Etiqueta RFID)
Tags RFID ou “transponders” são “chips” que podem ser encapsulados em diversos
formatos e materiais como: plástico, tecido, madeira, couro, vidro, epóxi, etc, de forma
a assegurar a total proteção ao chip, ao mesmo tempo que assegura a integridade da
aplicação para a qual foi projetado.
Vantagens:
• Eliminação das rotinas operacionais:
• Redução de custos:
• Auditoria do Imobilizado em Tempo Real:
Leitor de código de barras:
O inventário utilizando o leitor de código de barras se resume em:
1º) Identificar o local;
2º) coletar os patrimônios do local;
3º) transferir e importar os dados ao sistema.
A máquina que faz a leitura dos códigos de barra dos patrimônios possui uma interface
bem simples.

GESTÃO DE COMPRAS
Quando se fala em gestão de compras, têm-se o cadastro de fornecedores, as compras
e o “follow-up”.
Tanto a função de compras quanto o almoxarifado recebem o material comprado.
A função compras é um segmento essencial do departamento de materiais ou
suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços,
planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades
corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar o
armazenamento.
Há duas modalidades de compras: ou houve a compra correta, conforme o
planejamento, ou houve falta de planejamento e/ou falhas nas operações, sendo
necessário se realizar uma compra rápida.
A compra ordinária ocorre regularmente, conforme o planejamento.
A compra (contratação) emergencial ocorre quando há falha no planejamento ou
quando há um problema urgente a ser resolvido (problemas operacionais).
Os objetivos da função de compras podem ser subdivididos em quatro categorias:
•. Obter mercadorias e serviços na quantidade e com a qualidade necessárias;
•. Obter mercadorias e serviços ao menos custo;
•. Garantir o melhor serviço possível e pronta entrega por parte do fornecedor;
•. Desenvolver e manter boas relações com os fornecedores e desenvolver
fornecedores potenciais.
Os objetivos básicos do setor de compras são:
•. Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas de
produção;
•. Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que
afete a operacionalidade da empresa (custo);
•. Comprar materiais e insumos aos menores preços (e não o mais barato!),
obedecendo aos padrões de quantidade e qualidade definidos;
•. Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições
para empresa, principalmente em condições de pagamento.
O ato de comprar inclui as seguintes etapas (processo de compras):
1. Determinação do que, de quanto e de quando comprar (gestão de estoque). A
própria gestão do estoque faz isso. Aprenderam-se na gestão do estoque: lead time,
lote de compras, ponto de pedido, ou seja, essa gestão pode ser feita pela área
demandante e pela gestão do estoque.
2. Estudo dos fornecedores e verificação de sua capacidade técnica, relacionando-os
para consulta, até para fazer a seleção (unidade de compras);
3. Promoção da concorrência, para seleção do fornecedor vencedor;
4. Fechamento do pedido, mediante autorização de fornecimento ou contrato;
5. Acompanhamento ativo durante o período que decorre entre o pedido e a entrega
(follow-up);
6. Encerramento do processo, após o recebimento do material, controle da qualidade
e da quantidade (função do almoxarifado).
Compras centralizada: uma unidade de compras comprando para toda a
administração. Consegue negociar bons valores, preços unitários e bons prazos, mas
demora mais que a descentra lizadas, sendo mais complexa.
Compras descentralizada: várias unidades de compras. É mais vantajosa por ser mais
rápida e por atender demandas pontuais, sendo mais dinâmica. Gera estoques
paralelos.
Encerra-se o processo de compras ao encaminhar a documentação para o financeiro e
ao armazenar o material
MODALIDADES DE COMPRA
• Compra normal: procedimento adotado quando o prazo for compatível para
obter as melhores condições comerciais e técnicas na aquisição de materiais, por meio
das etapas demonstradas
• Compra emergencial: acontece quando a empresa falha na elaboração do
planejamento ou no atendimento de necessidade oriunda de problemas operacionais,
conforme demonstrado no fluxo.
COMO COMPRAR
• Concorrência repetitivas: procedimento adotado para os pedidos de compra,
independentemente da análise do comportamento periódico em que acontecem. Por
sua vez, podem-se classificar as compras repetitivas em inconstantes e constantes.
Exemplo: a cada dois ou três meses, um produtor de cerveja precisa comprar os
ingredientes necessários
• Contratos de longo prazo: procedimento adotado para fornecimento de materiais de
consumo regular, com vigência por determinado período de tempo, para entregas
parcelas, por meio de autorização.
Exemplo: comprar uma panela elétrica de forma parcelada, um veículo.
Formas de Contratação
O proponente selecionado será contratado mediante uma das seguintes formas, por
autorização de fornecimento para concorrências repetitivas, ou contrato de
longo prazo
Seleção de Fornecedores
Há três tipos de fontes de fornecimento:
• Fonte única de fornecedor: implica que apenas um fornecedor está disponível
devido a patentes, especificações técnicas, matéria-prima, localização, e assim por
diante.
• Fonte múltipla: é a utilização de mais de um fornecedor para um item.
• Fonte simples: é uma decisão planejada pela organização no sentido de selecionar
um fornecedor para um item quando existem várias fontes disponíveis. A intenção é
criar uma parceria a longo prazo.

Fatores que influenciam a escolha dos fornecedores:


• Critérios:
- Técnico: tem relação com o objeto, isto é, se a empresa é tecnicamente habilitada
para vender aquele objeto;
- Político: verificar se a empresa tem envolvimento com esquemas de corrupção,
denúncias, se tem sustentabilidade, gera poluição, tem critérios políticos alinhados aos
do comprador;
- Jurídico: regularidade da empresa, saber se a empresa existe de fato;
• Habilidade técnica;
• Capacidade de produção;
• Confiabilidade;
• Serviço pós-venda;
• Localização do fornecedor;
• Outras considerações; e
• Preço.
Cargos da Área de Compras

 Chefe de compras
 Comprador de materiais diversos
 Comprador técnico: efetua compras de materiais especiais de produção
 Comprador de matéria-prima
 Auxiliar de compras
Sistema de Informações Tradicional em Suprimentos
Com o avanço da tecnologia da informação temos também o e-procurement . Consiste
nas diversas soluções por meio de softwares para os processos de gestão integrada.
Um dos sistemas conhecidos é o ERP – Enterprise Resource Planning. Este trabalha
com logística, integração de sistemas, classificação e qualificação.
MRP – Materials Requirement Planning (Planejamento das necessidades de materiais)
É uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos materiais que
serão utilizados na fabricação de um certo produto
Com base na lista de materiais, obtida por meio da estrutura analítica do produto,
também conhecida por árvore do produto ou explosão do produto, e em função de
uma demanda dada, o computador calcula as necessidades de materiais que serão
utilizados (cálculo de demanda) e verifica se há estoques disponíveis para o
atendimento. Se não há material em estoque na quantidade necessária, ele emite uma
solicitação de compra – para os itens comprados – ou uma ordem de fabricação – para
os itens fabricados internamente
Estratégias de Aquisições
Trata-se da horizontalização e da verticalização.
Verticalização é estratégia que prevê que a empresa irá produzir internamente todo o
que puder, ou pelo menos tentará produzir
A horizontalização consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível
dos itens que compõem o produto final ou os serviços de que necessita.

Negociação
Há 2 tipos:
1- Distributiva: Para o comprador ganhar desconto, o fornecedor tem de perder
lucro. Para o vendedor ganhar lucro, o comprador tem que perder desconto.
(relação de ganho e perda)
2- Colaborativa: como o item é escasso, tem-se a relação de ganho e ganho, na
qual chega-se a um ponto comum e ambos saem ganhando
O processo de negociação obedece a seis etapas:
• Preparação: quando são estabelecidos os objetivos reais e os possíveis.
• Abertura: serve para reduzir a tensão, consolidar os objetivos, e criar um
clima de aceitação;
• Exploração: é verificado se a necessidade detectada durante a etapa da
preparação é verdadeira por meio de perguntas objetivas, mas jamais ameaçadoras.
• Apresentação: faz-se o relacionamento dos objetivos e expectativas
iniciais com as necessidades da outra parte.
• Clarificação: as objeções levantadas devem ser vistas como oportunidades
para fornecer mais informações, pois se a outra parte não tiver interesse, sequer fará
objeções.
• Ação final: é a procura de um acordo ou decisão.
Os negociadores apresentam estilos e podem ser classificados em:
• Catalisador: criativo e entusiasta dos grandes empreendimentos.
• Apoiador: prioriza as pessoas e o trabalho em equipe, agrada aos outros e
faz novos amigos.
• Controlador: toma decisões rápidas, organizado, conciso, objetivo, com
sentido de urgência.
• Analítico: gosta de fazer perguntas, coletar dados, é perfeccionista e muito detalhista
CONTRATO
Tipos de Contrato
Contratos de Preço Fixo
Essa categoria de contratos envolve a definição de um preço fixo total para um
determinado produto ou serviço, ou resultado a ser fornecido. Esses contratos devem
ser usados quando os requisitos estão bem definidos e nenhuma alteração significativa
no escopo é esperada. Os tipos de contratos de preço fixo incluem: Contrato de Preço
Fixo Garantido (PFG)( o preço dos bens e serviços é definido no início e não está
sujeito a alterações a menos que o escopo do trabalho seja modificado), Contrato de
Preço Fixo com Remuneração de Incentivo (PFRI)( prevê um desvio em relação ao
desempenho, com incentivos financeiros vinculados ao
cumprimento das métricas estabelecidas), Contrato de Preço Fixo com Ajuste
Econômico do Preço (PFAEP) (Quando há, na Administração Pública, o reequilíbrio
econômico-financeiro)

Contratos de Custos Reembolsáveis


Essa categoria de contrato envolve pagamentos (reembolsos de custos) ao vendedor
por todos os custos reais e legítimos incorridos para o trabalho concluído, acrescidos
de uma remuneração que corresponde ao lucro do vendedor. Este tipo deve ser usado
se houver previsão de mudança significativa no escopo de trabalho durante a execução
do contrato. As variações podem incluir: Contrato de Custo mais Remuneração Fixa
(CMRF)( O vendedor é reembolsado por todos os custos permitidos para realizar o
trabalho do contrato e recebe o pagamento de uma remuneração fixa calculada como
um percentual dos custos iniciais estimados para o projeto), Contrato de Custo mais
Remuneração de Incentivo (CMRI)( O vendedor é reembolsado por todos os custos
permitidos para a realização do trabalho do contrato e recebe uma remuneração de
incentivo predeterminado se alcançar determinados objetivos de desempenho
estabelecidos no contrato.), Contrato de Custo mais Remuneração Concedida (CMRC)
( O vendedor é reembolsado por todos os custos legítimos, mas a maior parte da
remuneração é recebida com base no cumprimento de determinados critérios de
desempenho amplos e subjetivos, definidos e incorporados ao contrato.)
Contratos por Tempo e Material (T&M)
Os contratos por tempo e material (também denominados tempo e meios) são um tipo
híbrido de acordo contratual com aspectos tanto dos contratos de custos
reembolsáveis quanto dos de preço fixo. Costumam ser usados para aumento de
pessoal, aquisições de especialistas e qualquer apoio externo quando não é possível
elaborar rapidamente uma especificação precisa do trabalho
GESTÃO DE ESTOQUES
Tipos de Estoques
Podem ser classificados em demanda dependente ou independente.
Os materiais, componentes, partes e peças da demanda independente são os itens
cuja demanda decorre, em sua maioria, dos pedidos dos clientes externos como, por
exemplo, os produtos acabados, que a empresa vende diretamente a seus clientes
externos, e itens de manutenção, de uso interno e requisitados por clientes internos,
como material de escritório.
Um item é dito de demanda dependente quando a quantidade a ser utilizada depende
da demanda de um item de demanda independente. Assim, um pneu em uma
montadora é um item de demanda dependente, pois a quantidade total a ser utilizada
dependerá da previsão de automóveis a serem montados
São classificados, para efeitos contábeis, em 5 grupos:

 Estoques de materiais: são todos os itens utilizados nos processos de


transformação em produtos acabados. (independentemente de serem
materiais diretos, que se incorporam ao produto final, ou indiretos, que não se
incorporam ao produto final.) Aqui se incluem também os materiais auxiliares,
ou seja, itens utilizados pela empresa, mas que pouco ou nada se relacionam
com o processo produtivo, como os materiais de escritório e de limpeza
• Estoques de produtos em processos: correspondem a todos os itens que já
entraram no processo produtivo, mas que ainda não são produtos acabados.

 Estoques de produtos acabados: são todos os itens que já estão prontos para
ser entregues aos consumidores finais.
 Estoques em trânsito: correspondem a todos os itens que já foram
despachados de uma unidade fabril para outra, normalmente da mesma
empresa, e que ainda não chegaram a seu destino final.
 Estoques em consignação : são os materiais que continuam sendo propriedade
do fornecedor até que sejam vendidos. Em caso contrário, são devolvidos sem
ônus.
Há os materiais diretos (materiais produtivos ou matérias-primas) e materiais
indiretos (materiais não produtivos ou materiais auxiliares)

Gráficos de Estoques
São uma representação gráfica da variação do estoque de um item (ou vários)
em função do tempo.
Custos dos Estoques
Podemos classificar os custos de manter estoques em três grandes categorias: custos
diretamente proporcionais à quantidade estocada; inversamente pro porcionais à
quantidade estocada e independentes da quantidade estocada.
Os custos diretamente proporcionais ocorrem quando os custos crescem com o
aumento da quantidade média estocada.
É também bastante usual a divisão desses custos em duas subcategorias: custo de
capital, correspondendo ao custo do capital investido, e custo de armazenagem,
compreendendo o somatório de todos os demais fatores de custos, como a própria
armazenagem, o manuseio e as perdas.
Os custos inversamente proporcionais são os custos ou fatores de custos que
diminuem com o aumento do estoque médio, isto é, quanto mais elevados os
estoques médios, menores serão tais custos (ou vice-versa). São os denominados
custos de obtenção, no caso de itens comprados, e custos de preparação, no caso de
itens fabricados internamente.
Quanto mais vezes se comprar ou se preparar a fabricação, menores serão os estoques
médios e maiores serão os custos decorrentes do processo tanto de compras como de
preparação. Assim, os custos de compras e preparação são inversamente
proporcionais aos estoques médios.
Os custos independentes são aqueles que independem do estoque médio mantido
pela empresa, como, por exemplo, o custo do aluguel de um galpão.
Ele geralmente é um valor fixo, independentemente da quantidade estocada.

Análise dos estoques


Gestão de Estoques
A gestão de estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador
verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localiza dos em relação aos
setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados
Inventário Físico
O inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja
diferenças entre o inventário físico e os registros do controle de estoques, devem ser
feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias.
Estoque em excesso significa gastar dinheiro à toa, arcar com um custo que não traz
benefício algum. Qualquer custo, seja ele relacionado à produção, à administração de
materiais ou simplesmente ao estoque, pode ser reduzido se for bem gerenciado.
Ele pode ser periódico ou rotativo.
Ele é chamado de periódico quando em determinados períodos — normalmente no
encerramento dos exercícios fiscais, ou duas vezes por ano — faz-se a contagem física
de todos os itens do estoque. Nessas ocasiões coloca-se um número bem maior de
pessoas com a função específica de contar os itens.
O inventário é rotativo quando permanentemente se contam os itens em estoque.
Nesse caso faz-se um programa de trabalho de tal forma que todos os itens sejam
contados pelo menos uma vez dentro do período fiscal (normalmente de um ano).
Essa política exigirá um certo número de pessoas exclusivamente dedicadas à
contagem, em período integral, o ano todo.
Uma vez terminado o inventário, pode-se calcular a acurácia dos controles, que mede
a porcentagem de itens corretos, tanto em quantidade quanto em valor,
Nível de serviço ou nível de atendimento é o indicador de quão eficaz foi o estoque
para atender às solicitações dos usuários. Assim, quanto mais requisições forem
atendidas, nas quantidades e especificações solicitadas, tanto maior será o nível de
serviço
O giro de estoques mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou
ou girou.
Cobertura de estoques indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que
o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média
Localização dos Estoques
É uma forma de endereçamento dos itens estocados para que eles possam ser
facilmente localizados.
Ex: Endereço: AA.B.C.D.E
Onde: AA: Código do almoxarifado ou área de estocagem
B: Número da rua
C: Número da prateleira ou estante
D: Posição vertical
E: Posição horizontal dentro da posição vertical
Análise ABC
A análise ABC é uma das formas mais usuais de examinar estoques. Essa análise
consiste na verificação, em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano),
do consumo, em valor monetário ou quantidade, dos itens de estoque, para que eles
possam ser classificados em ordem decrescente de importância. Aos itens mais
importantes de todos, segundo a ótica do valor ou da quantidade, dá-se a
denominação itens classe A, aos intermediários, itens classe B, e aos menos
importantes, itens classe C.
Os itens A são os mais significativos, podendo representar algo entre 35% e 70% do
valor movimentado dos estoques, os itens B variam de 10% a 45%, e os itens C
representam o restante.
Análise dos estoques pelo método PEPS (FIFO) versus UEPS (LIFO)
Avaliando-se o estoque pelo método Primeiro a entrar, Primeiro a sair (PEPS),
analisa-se o estoque pela ordem cronológica das entradas dos materiais
Nessa avaliação, aplica-se o custo real do material. Conseqüentemente, os estoques,
por esse método, são mantidos com valores aproximados dos preços atuais de
mercado
Utilizando-se o método Último a entrar, Primeiro a sair (UEPS) para a análise de
estoques, considera-se que devem em primeiro lugar sair as últimas peças que
entraram no estoque, o que faz com que o saldo do estoque seja avaliado pelo preço
das últimas entradas. É o método mais adequado em períodos inflacionários, pois
uniformiza o preço dos produtos em estoque para a venda no mercado consumidor.
Lotes econômicos de compra e fabricação
O estudo do lote econômico de fabricação é muito semelhante ao do LEC.
As diferenças são que na dedução do LEC foi assumida a hipótese de que todo o lote é
entregue de uma só vez e instantaneamente, isto é, nada é consumido enquanto o lote
está sendo entregue.
O lote de fabricação se aplica quando uma empresa, normalmente manufatureira,
fabrica internamente itens, peças ou componentes utilizados em outra parte do
processo produtivo
Modelos de estoques
Modelo de Reposição Contínua
O modelo de reposição contínua, também chamado de modelo do lote padrão,
modelo do estoque mínimo ou modelo do ponto de reposição, consiste em emitir um
pedido de compras, com quantidade igual ao lote econômico (ou outro, a critério do
administrador de materiais), sempre que o nível de estoques atingir o ponto de
pedido.
Assim, para a aplicação do modelo, deve-se, em primeiro lugar, determinar os
parâmetros do modelo, que neste caso são: o lote econômico de compras (LEC), e o
Ponto de Pedido (PP). Desse modo PP será:
PP = (TA x D) + ES
PP= Ponto de pedido
TA= Tempo de atendimento
D= Demanda
ES= Estoque de Segurança

Modelo de Reposição Periódica


O modelo de reposição periódica, também chamado de modelo do interavalo padrão
ou modelo do estoque máximo, consiste em emitir os pedidos de compras em lotes
em intervalos de tempo fixos.
Sistema de duas Gavetas
O modelo da Reposição Contínua é também conhecido como Sistema de Duas
Gavetas. Ele é ainda mais relevante para itens de baixo valor, como do tipo C. Para
estes trabalha-se normalmente com o sistema de duas gavetas, que reduz a burocracia
de compra do material, sem cálculos, garantindo o suprimento normal dos itens.
Considere as duas gavetas, ou caixas ilustradas abaixo.
Para iniciar o processo, os itens são armazenados nessas duas gavetas. A menor, a
gaveta A, tem uma quantidade de material suficiente para atender o período de
reposição somado à quantidade do estoque de segurança, que, em outras palavras, é a
quantidade equivalente ao ponto de pedido (PP) ou ponto de ressuprimento, como
muitas vezes chamado. A gaveta B possui a quantidade para atender o consumo
previsto para o período, em outras palavra, é o lote de compra. As requisições de
material são atendidas retirando-se os itens da gaveta B. Quando ela estiver vazia,
deverá ser solicitado um pedido de compras para repor os itens dessa gaveta.
Enquanto a reposição não é feita, as requisições deverão ser atendidas pela gaveta A.
Após o recebimento dos itens para reposição na gaveta B, deve-se completar o nível da
gaveta A com os itens restantes a gaveta B, e, novamente, as requisições de materiais
serão atendidas pela gaveta B.
Estoque de segurança

Como vimos, os modelos de estoque usualmente estudados consideram pelo menos


três hipóteses simplificadoras: demanda ou consumo constantes, tempo de
atendimento ou ressuprimento constantes, e todo o lote entregue de uma única vez,
ou seja, não parcelado, o que é muito comum no mundo dos negócios.
Mantidas as hipóteses de consumo e tempo de atendimento constantes, não haveria
necessidade de manter estoques de segurança. Entretanto, como obedecer a todas
essas hipóteses é difícil, é necessário que uma certa quantidades de itens fique em
estoques para casos como aumento do consumo ou atrasos na entrega de pedidos já
efetuados

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