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COMUNICAÇÕES
Trabalho em Grupo
Discentes:
- Gabriel Matusse Jr;
- Neuza Pinto;
- Serena Macane;
- Sheyd Manguele;
- Yannick Botão.
Turma: LGF 21
1. Introdução ...................................................................................................................... 3
2. Desenvolvimento ............................................................................................................ 4
a) Definição .................................................................................................................... 4
3. Conclusão ......................................................................................................................14
g) Importância ................................................................................................................14
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1. Introdução
O presente trabalho, visa debruçar-se sobre a gestão de stocks, onde foi utilizada uma
abordagem exaustiva e explicativa, de modo a facilitar a compreensão do tema em questão.
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2. Desenvolvimento
a) Definição
Genericamente, stock é a existência de qualquer artigo ou recurso utilizado numa organização.
Um sistema de stocks é o conjunto de políticas e controlos que fiscalizam os níveis de stocks
e determinam à que níveis devem ser mantidos, quando se deve reabastecer o stock e qual deve
ser a dimensão das encomendas.
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▪ Custos de aprovisionamento
No caso das matérias, correspondem ao custo de encomenda, e compreendem as remunerações
e encargos com os agentes, estudos de mercado, despesas com negociações, controlo de prazos,
transporte do produto, controlo das entregas e conferência das facturas.
▪ Custos de posse
Quanto aos custos de posse (ou de manutenção), estes incluem os custos das instalações de
armazenamento, manuseamento, seguros, impostos, obsolescência, perdas por deterioração e
roubos.
Assim, custos elevados desta categoria tendem a favorecer níveis de stocks baixos e frequentes
reposições.
▪ Custos de ruptura
Estes custos podem surgir na face da fabricação- pela inexistência de materiais para dar
cintinuidade ao processo produtivo ou na face de manutenção- na falta de uma peca que origina
paragem de fabrico e cuja produção não pode ser recuperada. Por outro lado, podem existir
custos de ruptura quando a organização não consegue fazer face à encomendas de clientes.
▪ Custos de informação
Estão associados à obtenção de informação para a tomada de decisões, incluíndo custos de
utilização de um sistema informático e a realização de previsões de procura.
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d) Gestão económica dos stocks
“Compreende a aplicação de um conjunto de princípios, regras de decisão e metodologias que
permitem manter existências económicas.”
Desde os primórdios, as organizações sempre se preocuparam em fazer provisões sobre o
mercado e sobre o comportamento do consumidor por várias razões, sendo um dos mais
importantes, a rápida resposta à demanda do mercado a custo mínimo.
A este processo denomina-se Aprovisionamento, que por sua vez, “compreende um
conjunto de operações que permitem pôr à disposição da empresa em tempo oportuno,
na quantidade e na qualidade definidas, todos os recursos materiais e serviços necessários
ao seu funcionamento, ao menor custo”.
Para que se possa garantir vantagem competitiva numa empresa, é necessário que se alcance
alguns pressupostos do Aprovisionamento, sendo estes: a análise prévia sobre as
necessidades oferecidas pelo mercado, a seleção criteriosa e antecipada dos fornecedores,
tendo estes a capacidade de oferecer à organização a quantidade e a qualidade desejadas
no momento em que cada cliente o solicite e a menor custo.
Para além da garantia do sucesso do aprovisionamento, é de extrema importância que se criem
formas de reduzir os obsoletos e as ruturas no processo de fabrico dos produtos.
Alguns outros indicadores são também tidos em consideração, na medida em que espelham a
eficiência da gestão de stocks implementada.
➢ Taxa de cobertura
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 = 𝑆𝑡𝑜𝑐𝑘 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 (𝑎𝑛𝑜)/𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 (𝑎𝑛𝑜)
A taxa de cobertura é o inverso da taxa de rotação, e representa o tempo médio que o stock
poderá abastecer a procura sem que se façam novas encomendas.
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➢ Taxa de ruptura
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎 = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑞𝑢𝑖𝑠𝑖çõ𝑒𝑠 𝑛ã𝑜 𝑠𝑎𝑡𝑖𝑠𝑓𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠/𝑁º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑞𝑢𝑖𝑠𝑖çõ𝑒𝑠 𝑎𝑜
𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧é𝑚
Este indicador representa a capacidade de não satisfazer uma encomenda através do stock
actual existente.
a. Características da procura
A procura pode caracterizar-se da seguinte forma:
❖ Unidade de medida – métrica quantitativa.
Exemplo: Número de embalagens: 50 ; Unidade de volume: m³ ; Unidade de massa: Kg;
Unidade de comprimento: m.
❖ Frequência de encomendas
Exemplo: Semanais, mensais, anuais.
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❖ Risco da previsão
Exemplo: Elevada probabilidade da ocorrência de um facto previsto aumenta o respectivo
risco, isto é, grande probabilidade forte de procura, aumenta o risco.
❖ Diferência de Encomendas
Exemplo: Encomenda diferida uma semana após negociação.
Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da
lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros
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investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos
dados fornecidos com a curva ABC”
(Pinto, Carlos Varela, 2002)
Na figura 1, está representada a curva ABC, tendo em conta a quantidade dos produtos que a
empresa detém e a receita correspondente à cada um.
As letras ABC tem, cada uma, o seu significado, representando assim as 3 categorias da curva:
a letra A representa a categoria de maior valor ou quantidade; a letra B assume a categoria
intermédia e a letra C equivale à categoria de menor valor ou quantidade.
De acordo com o Princípio de Pareto (80/20) e interpretando o gráfico apresentado na figura
1, pode-se afirmar que:
• O grupo A representa 20% dos itens/produtos para obter 80% de valor ou retorno;
• A categoria B representa 30% dos itens/produtos para obter 15% do valor ou retorno;
• O grupo C representa 50% dos itens/produtos para obter 5% do valor ou retorno;
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“Os parâmetros acima não são uma regra matematicamente fixa, pois podem variar de
organização para organização. A definição das classes A, B e C obedece apenas a critérios de
bom senso e conveniência dos controles a serem estabelecidos e é definida pelo gestor.
O que importa, é que a análise destes parâmetros propicie o trabalho de controle de stock do
analista, cuja decisão de compra pode se basear nos resultados obtidos pela curva ABC. Os
itens considerados de Classe A merecerão um tratamento preferencial, dado a maior margem
de lucro que propicia à corporação.
Assim, a consequência da utilidade desta técnica é a optimização da aplicação dos recursos
financeiros ou materiais, evitando desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o
aumento da lucratividade”.
1. Modelos determinísticos
Caracterizam-se pelo conhecimento da procura e do tempo de entrega, sendo estes constantes.
Com base neste pressuposto, a sua aplicação adequa-se à situações de procura independente.
Metodologia
• Calcular o valor da quantidade económica da encomenda (Qi*) para cada um dos níveis do
desconto i.
• Ajustar os valores de Q.
2. Modelos pirobalísticos
Incluem o risco e a incerteza na previsão da procura. Estes modelos assumem que a procura é
aproximadamente constante no tempo, e com isso é possível indicar a distribuição
probabilística da procura.
Dada esta característica de incerteza, é necessária a criação de stocks de segurança.
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d. Descrição dos modelos aplicáveis
Modelos do Lote Económico
Pela necessidade de se apresentar a quantidade e qualidade de materiais de forma correcta, no
local certo, ao custo mínimo, a gestão de stock colocou-se sob três perspectivas,
nomeadamente:
• Custo de aquisição ou de Encomenda;
• Custo de Manutenção ou de Retenção; e
• Custo de Ruptura.
Para que o modelo possua validade, devem ser avaliados os seguintes pressupostos:
• A demanda deve ser estável ao longo prazo;
• O custo de efectivação de encomenda fixo e identificável;
• O custo de manutenção de stock, expresso por uma função linear; e
• O custo de ruptura de stock identificáveis, ou seja, calculáveis.
É da combinação das duas espécies de custos, o custo de retenção e de efectivação, que são
originadas as dificuldades na decisão do volume de stock a encomendar de cada vez de modo
a minimizar os custos.
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No entanto, tendo em conta o custo total duma determinada matéria dado pela fórmula abaixo,
vejamos como chegar a fórmula do lote económico de compra:
𝑄𝑒 𝑄𝑎
𝐾𝑇 = 𝐾𝑟 × + × 𝐾𝑒 + 𝑄𝑎 × 𝑃𝑐
2 𝑄𝑒
Fazendo a derivação da função acima e igualando a zero, chegaremos ao valor do custo total
que minimiza os custos.
𝜕𝐾𝑇 𝑄𝑒 𝑄𝑎
= (𝐾𝑟 × + 𝐾𝑒 × + 𝑄𝑎 × 𝑃𝑐) ′ = 0
𝜕𝑄𝑒 2 𝑄𝑒
𝜕𝐾𝑇 𝐾𝑟 𝐾𝑒 × 𝑄𝑎
=0↔ − =0
𝜕𝑄𝑒 2 𝑄2
𝟐 × 𝑸𝒂 × 𝑲𝒆
𝑸𝒆 = √
𝑲𝒓
Através do gráfico abaixo pode-se ver, que o ponto ocorre quando os custos totais de
efectivação de encomenda igualam os custos totais de retenção.
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Figura 2 – Ilustração do lote/quantidade económica
Desvantagens
❖ Determinados produtos não podem ser mantidos ou armazenados em stock;
❖ Ruptura dos produtos que por sua vez, pode oacsionar vendas perdidas ou até perda de
clientes;
❖ O custo de posse que traduz-se no facto de existir material não vendido, que imobiliza o
capital sem acrescentar valor.
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3.Conclusão
g) Importância
Em forma de síntese, o grupo concluiu que a gestão de stocks é importante pois:
✓ Aumenta os níveis de produtividade e a eficiência;
✓ Ajuda a organizar o espaço de armazenamento;
✓ Poupa tempo e minimiza custos;
✓ Melhora a exatidão das encomendas de inventário;
✓ Mantém um bom nível de satisfação dos clientes;
✓ Minimiza e previne erros operacionais;
✓ Ajuda a controlar as rupturas e excesso de stock;
✓ Contribui para um melhor fluxo de caixa;
✓ Faz com que a empresa disponibilize os produtos aos clientes de forma adequada.
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4.Referências Bibliográficas
III. PINTO, Carlos Varela - Organização e gestão da manutenção. 2ª ed. Lisboa: Edições
Monitor, 2002;
IV. PEREIRA, Rita - Fundamentos da gestão de stocks e sua aplicação no contexto de uma
Moçambique, 2003;
VIII. https://www.jasminsoftware.pt/blog/controlo-de-stock/;
IX. https://www.imr.pt/pt/noticias/a-importancia-de-uma-boa-gestao-de-stocks-para-as-
empresas.
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