Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
Não há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, sejam eles
financeiros, humanos ou materiais. A Administração de Materiais foca sua
atenção sobre este último, seja no que diz respeito aos insumos ou aos bens
patrimoniais indispensáveis no processo de fabricação.
Com os custos crescentes é importante gerir bem seus estoques e seu patrimônio
produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficácia.
1
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Tem que ser considerado que o número de itens e a diversidade dos mesmos é
grande, que as informações têm de ser precisas e rápidas que a manutenção de
estoques representa parcela significativa do ativo da empresa, etc.
2
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Com certeza o maior desafio continuará sendo a busca do equilíbrio entre o nível
dos estoques os recursos financeiros disponíveis. Quanto manter em estoque
com o menor risco de falta de materiais.
2. GESTÃO DE ESTOQUE
• sazonalidade no suprimento;
3
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
4
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Como sabemos essa condição realmente não ocorre para isso devemos prever
essas possíveis falhas na operação como representado abaixo:
No gráfico acima podemos notar, que durante os meses de junho, julho e agosto
e setembro, o estoque esteve a zero e deixou de atender a uma quantidade de
80 peças. A partir dessa análise concluímos que deveríamos então estabelecer
um estoque de segurança.
5
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
TEMPO DE REPOSIÇÃO
É o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto até a
chegada efetiva do material no almoxarifado da empresa. Este tempo pode ser
dividido em três parte:
6
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
7
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Quantitativas
• Influência da propaganda.
Qualitativas
• Pesquisas de mercado.
8
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
A previsão gerada por este modelo é geralmente menor que os valores ocorridos
se a tendência de consumo for crescente. Inversamente, será maior se o padrão
de consumo for decrescente.
9
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Desvantagens
• As médias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser
superado utilizando-se a média móvel ponderada com pesos apropriados;
Vantagens
Este método é uma variação do modelo anterior, em que os valores dos períodos
mais próximos recebem peso maior que os valores correspondentes aos períodos
menos atuais.
Este modelo procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral,
eliminando a reação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença
Entre o consumo atual e o previsto a uma mudança de tendência e o restante a
causas aleatórias.
Este método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais
perto de todos dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza
as distâncias entre cada ponto de consumo levantado.
11
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a seqüência dos itens e sua
classificação ABC, disso resulta imediatamente a aplicação preferencial das
técnicas de gestão administrativas, conforme a importância dos itens.
A curva ABC tem sido usada para a administração de estoques, para definição de
políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a programação da
produção e uma série de outros problemas usuais na empresa.
Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva
ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:
Classe A: Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com uma
atenção especial pela administração.
12
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Diversos métodos são utilizados para avaliação financeira dos estoques que
levam em conta as diversas formas de computar o preço de cada um dos itens
existentes no estoque Vamos a seguir analisar as diversas possibilidades
existentes. Antes disso, cabe lembrar que, no Brasil, a legislação do Imposto de
Renda tem permitido, apenas, a utilização do método do custo médio ou a dos
bens adquiridos mais recentemente (FIFO ou PEPS), não permitindo, para fins
fiscais, o uso do LIFO ou UEPS, motivo pelo qual a maioria das empresas, no
Brasil, utiliza principalmente o custo médio.
CUSTO MÉDIO
No longo prazo, a avaliação pelo custo médio indica os custos reais das compras
de material e funciona como um estabilizador ao equilibrar as flutuações de
preços que ocorrem ao longo do tempo.
13
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Notas:
Utilizando esse método, o valor de estoque é calculado pela média dos preços de
entrada no almoxarifado, enquanto o custo de produção é calculado com os
matérias avaliados a preço médio.
PEPS OU FIFO
A sigla PEPS significa Primeiro que Entra, Primeiro que Sai, e é também
conhecida por FIFO, iniciais da frase inglesa First In, First Out.
Com base nesse critério para valoração dos estoques a empresa vai dando baixa
nos estoques, a partir das primeiras compras, o que equivale ao seguinte
raciocínio: vendem-se ou consomem-se antes as primeiras mercadorias
compradas.
Notas:
UEPS OU LIFO
Notas:
15
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
A filosofia JIT tem como objetivo estruturar a produção de modo que qualquer
atividade que não agregue valor ao produto seja eliminada, evitando todos os
desperdícios provocados por movimentações desnecessárias de materiais,
excessos de produção, tempos ocioso, fabricações indevidas, atividades
improdutivas e produção defeituosa. O estoque, sendo uma conseqüência de
tudo isto, é visto nesta filosofia como perdas, pois é capital imobilizado e ainda
precisa de investimentos para sua manutenção.
A filosofia JIT tem como um dos princípios a eliminação dos estoques, visando
chegar ao estoque zero, ainda que se considere isto como uma situação ideal;
fazendo com que a empresa seja mais flexível na produção e procure atender à
variação da demanda do mercado, quase que instantaneamente, produzindo
normalmente em lotes pequenos, e com qualidade garantida.
16
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Estoques de Matérias-Primas
17
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Estoque de antecipação
18
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
19
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
ETAPAS DA CLASSIFICAÇÃO:
Vantagens da Catalogação :
Possibilita a conferência;
20
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Vantagens da Padronização :
Facilita a manutenção;
21
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAL
Propicia:
a) Coleta de preços
b) Identificação
c) Inspeção
d) Armazenagem e preservação dos materiais
e) Redução das dúvidas
ESTRUTURA DA ESPECIFICAÇÃO:
a) Nome Básico
b) Nome modificador
c) Características físicas
d) Unidade metrológica
e) Medidas (se for o caso)
22
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
a) Conforme Amostra
b) Por padrão e características físicas: quando os materiais devem obedecer a
normas técnicas
c) Por composição química
d) Por marca de fábrica
e) Conforme Desenho.
CODIFICAÇÃO DE MATERIAL
23
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
24
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
XX – XX – XXXXXX - X
DÍGITO DE CONTROLE
CÓDIGO DE IDENTIFICAÇÃO
CLASSE
GRUPO
3. ATIVIDADE DE COMPRA
O valor total gasto nas compras de insumos para produção, seja do produto ou
do serviço final, varia de 50 a 80 % do total das receitas brutas. No setor
industrial, esse número alcança a casa dos 57%. É fácil perceber que mesmo
pequenos ganhos decorrentes de melhor produtividade na função têm grande
repercussão no lucro. Por isso, e por outros fatores como a reestruturação pela
qual passaram as empresas nos últimos anos, evolução da tecnologia e novos
relacionamentos com os fornecedores, cresce cada vez mais a importância das
pessoas que trabalham nesta área estarem muito bem informadas e atualizadas,
terem habilidades interpessoais.
25
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Hoje a função compras é vista como parte do processo de logística das empresas,
ou seja, como parte integrante da cadeia de suprimento (supply chain). Por isso,
muitas empresas passaram a usar a denominação gerenciamento da cadeia de
suprimento ou simplesmente gerenciamento de suprimentos, um conceito
voltado para o processo, em vez do tradicional compras, voltado para as
transações em si, e não para o todo.
Baixos níveis de estoque, por outro lado, podem fazer com que a empresa
trabalhe num limiar arriscado, onde qualquer detalhe, por menos que seja, acabe
prejudicando ou parando a produção. A empresa poderá enfrentar, por exemplo,
reclamações de clientes, altos níveis de estoque intermediários gerados por
interrupções no processo produtivo.
26
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
27
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
• Especificação do material;
29
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
30
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
3.4.1 Fontes
32
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
O fenômeno da globalização, como não poderia deixar de ser, tem trazido grande
impacto na forma como as compras são efetuadas.
33
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Uma das formas de compras que mais cresce atualmente é o EDI, tecnologia
para transmissão de dados eletronicamente. Por meio da utilização de um
computador, acoplado a um modem e a uma linha telefônica e com um software
específico para comunicação e tradução dos documentos eletrônicos, o
computador do cliente é ligado diretamente ao computador do fornecedor,
independentemente dos hardwares e softwares em utilização. As ordens ou
pedidos de compras, como também outros documentos padronizados, são
enviados sem a utilização de papel. Os dados são compactados – para maior
rapidez na transmissão e diminuição de custos – criptografados e acessados
somente por uma senha especial.
3.6 VERTICALIZAÇÃO
34
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Vantagens Desvantagens
3.7 HORIZONTALIZAÇÃO
35
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Vantagens Desvantagens
No setor de compras o problema aflora com maior intensidade devido aos altos
valores monetários envolvidos, relacionados com critérios muitas vezes
subjetivos de decisão. Saber até onde uma decisão de comprar seguiu
rigorosamente um critério técnico, onde prevaleça o interesse da empresa, ou se
a barreira ética foi quebrada, prevalecendo aí interesses outros, é extremamente
difícil. O objetivo de um código de ética é estabelecer os limites de uma forma
mais clara possível, e que tais limites sejam também de conhecimento dos
fornecedores, pois dessa forma poderão reclamar quando se sentirem
prejudicados.
37
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
Outro aspecto importante é que esse código de ética seja válido tanto para
vendas quanto para compras. Não é correto uma empresa comportar-se de uma
forma quando compra e outra quando vende. Os critérios devem ser
compatibilizados e de conhecimentos de todos os colaboradores. É comum
empresas incluírem nos documentos que o funcionário assina ao ser admitido,
um código de conduta (ou de ética) que deva ser seguido, sob pena de demissão
por justa causa.
Deve também ficar claro para os compradores como agir no trato com empresas
que sistematicamente, com política própria, oferece uma “comissão”. Devem tais
empresas ser excluídas entre as licitantes? Tais comissões devem ser
incorporadas como forma de desconto nos preços propostos? E os outros
38
Professor Márcio Micheli
Administração de Recursos Materiais
fornecedores, como ficam? Enfim, todos esses aspectos devam ser abordados no
código de ética.
Toda esta questão fica mais grave quando a figura do suborno aparece. A
intenção premeditada é a essência do suborno. Ninguém é subornado por
acidente. Nesses casos, uma vez consumado o delito, o assunto já passa para a
alçada judicial. Não é raro lermos nos jornais situações em que empresas
demitem, de uma só vez, até mesmo todos os componentes de seu setor de
compras. Por exemplo, já foi manchete da Gazeta Mercantil o fato de a Fiat
brasileira ter demitido “oito funcionários da área de compras – alguns com cargos
de gerência -, acusados de estar recebendo propinas e presentes de
fornecedores”, além de suspeitas de superfaturamentos ou desvio de dinheiro.
A fim de evitar estas situações, mais uma vez o código de ética entra em cena. A
empresa deve estabelecer políticas claras sobre as informações que devem ser
manuseadas.
39
Professor Márcio Micheli