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1º Grupo
Nagiba Cláudio
Selemane Sircate
Nacala-Porto
2022
UNIVERSIDADE ROVUMA
1º Grupo
Nagiba Cláudio
Selemane Sircate
Nacala-Porto
2022
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4
1.1. Objectivos.........................................................................................................................4
1.1.1. Objectivo geral..............................................................................................................4
1.1.2. Objectivos específicos...................................................................................................4
1.2. Metodologia......................................................................................................................4
2. Análise estratégica - Meio envolvente interno e externo.........................................................5
2.1. Conceitos e Definição...........................................................................................................5
2.2. Envolvente........................................................................................................................5
2.3. Meio envolvente externo...................................................................................................5
2.4. Meio envolvente interno...................................................................................................6
3. Análise do meio envolvente.....................................................................................................6
3.1. Análise do Meio Envolvente Externo ou Contextual........................................................6
3.2. Análise do Meio Envolvente Interno ou Transaccional....................................................7
4. Modelo das Cinco Forças de Porter........................................................................................9
4.1. Ameaça de Novos Entrantes...........................................................................................10
4.2. Ameaça de Serviços Substitutos.....................................................................................11
4.3. Poder de Negociação dos Fornecedores..........................................................................12
4.4. Poder de Negociação dos Consumidores........................................................................13
4.5. Rivalidade entre as Empresas Existentes........................................................................13
5. A análise SWOT das empresas..............................................................................................15
5.1. A Matriz SWOT..............................................................................................................16
6. Conclusão...............................................................................................................................18
7. Bibliografia.............................................................................................................................19
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1. Introdução
O trabalho a seguir trata-se de uma abordagem sobre a análise estratégica tendo em conta o meio
envolvente interno e externo.
1.1. Objectivos
1. Apresentar uma analise estratégica através do modelo das cinco forças Porter.
2. Discutir acerca da analise SWOT, assim como a sua matriz,
1.2. Metodologia
A palavra "Estratégia" tornou-se ao longo das últimas décadas parte do nosso quotidiano. É
comum entrar nas nossas vidas através de inputs tão diversos como a Política, Economia ou
Desporto. Todas estas áreas precisam de “ver além” e definir não só objectivos, como também a
melhor forma para os alcançar.
A estratégia consiste na direcção e no âmbito de uma organização a longo prazo, que alcança
vantagem num ambiente em mudança através da configuração de recursos e competências com o
objectivo de satisfazer as expectativas das partes interessadas (Johnson et al 2008).
Na realidade, a definição de uma estratégia não é assim tão simples, visto que lhe estão
associados determinados precedentes. Não é possível elaborar uma estratégia sem que exista
informação à priori que fundamente determinadas escolhas. Este estudo dá pelo nome de Análise
Estratégica (ou Diagnóstico Estratégico) e tem como objectivo sistematizar um amplo quebra-
cabeça de condições e de vectores de evolução que habilite a dedução das vias de actuação que
permitam um maior sucesso no aproveitamento do potencial da empresa (Santos 2004).
A análise estratégica tem associado um diagnóstico estratégico que compreende duas fases
distintas de análise – interna e externa - onde são descritas as ferramentas mais adequadas e o
porquê dessas escolhas. Estes diferentes elementos são explorados nas secções que se seguem
(Aaker et al 2010).
2.2. Envolvente
O meio envolvente externo designa todo o conjunto de variaves externas a organização mas que
a influênciam, directa ou indirectamente e que poderão também ser influenciadas por ela própria.
Nesse meio envolvente externo inclui-se o contexto económico, técnico, socio-cultural e
contexto político-legal e envolve também um conjunto de elementos que actuam mais próximo e
directamente com a organização, tais como, os clientes ( actuais e futuros), os fornecedores, os
concorrentes, as entidades financeiras, as organizações sindicais, a comunicação social, etc.
Definido de uma forma geral e simples, o meio envolvente de uma empresa é o contexto em que
ela existe e realiza a sua actividade e que, de algum modo, influencia a forma como se comporta
e desenvolve.
Contexto Económico
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Contexto Sociocultural
Reflecte os valores, costumes e tradições da sociedade. Das variáveis que integram este contexto
destacam-se os estilos de vida, valores sociais, taxa de natalidade e estrutura etária. Inclui ainda
factores como a taxa de analfabetismo, distribuição geográfica, nível educacional e composição
étnica. Estes factores podem influenciar o desempenho das empresas, afectando a sua
produtividade e qualidade dos produtos.
Contexto Político-Legal
Contexto Tecnológico
Clientes
São os consumidores actuais e potenciais dos bens e serviços oferecidos; constituem o mercado
ou a procura. Os diferentes clientes apresentam características distintas, consoante os seus
objectivos e necessidades. Sendo assim é necessário agrupá-los em segmentos de mercado, de
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forma a adequar a gestão da empresa às tendências específicas de cada grupo de clientes. Para
isso recorre-se a sete critérios genéricos, que apresentar-se-á na tabela seguinte.
São os competidores actuais e potenciais, bem como produtos substitutos, que satisfazem as
necessidades do mercado; constituem a indústria ou a oferta. Na recolha de informação sobre a
concorrência devem ser estudadas as capacidades, objectivos, estratégias e pressupostos de cada
concorrente. É também importante entender a actuação de novos concorrentes potenciais bem
como identificar quais os produtos substitutos que concorrem com os seus produtos na satisfação
das mesmas necessidades dos clientes.
Fornecedores
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São os agentes económicos que prestam serviços ou vendem produtos à indústria. E que assim
contribuem para o desenvolvimento da oferta. Estes têm de manter uma perspectiva alargada dos
inputs requeridos pelas empresas para identificarem as tendências às tendências nos mercados.
Comunidade
É constituída por organizações, indivíduos e factores que partilham recursos e têm interesses
directa ou indirectamente relacionados com o mercado e a indústria. A actividade da empresa
tem de ser enquadrada na comunidade onde se insere identificando as suas tendências gerais.
O modelo das Cinco Forças de Porter (1986) pode ser compreendido como uma ferramenta que
auxilia a definição de estratégia da empresa e leva em consideração tanto o ambiente externo
como o interno. O conhecimento das fontes subterrâneas da pressão competitiva constitui-se nos
pilares da agenda estratégica para a acção. Elas realçam os pontos fortes e os pontos fracos mais
importantes da empresa, inspiram seu posicionamento no sector, ilumina as áreas em que as
mudanças estratégicas talvez proporcionem o maior retorno e identificam os pontos em que as
tendências sectoriais são mais significativas em termos de oportunidades ou ameaças.
As Cinco Forças de Porter (1986) causam impacto sobre a lucratividade em um dado sector,
diagramadas na Figura 1. Cada uma delas deve ser analisada em um nível de detalhamento
considerável, pois para uma empresa desenvolver uma estratégia competitiva precisa estar em
consonância com tal estrutura. Tais influências externas são:
Portanto é importante que cada uma dessas forças seja avaliada, em um nível de detalhamento
considerável, para que uma empresa possa desenvolver estratégias competitivas eficazes.
O modelo de Porter se sustenta na ideia de que as forças que actuam no sentido de aumentar a
concorrência em um dado sector interferem na taxa de retorno sobre o capital investido,
aproximando-o da taxa competitiva básica, ou retorno de mercado livre.
Esta força refere-se ao grau de competitividade do mercado ou até que ponto as empresas são
capazes de entrar no mesmo e concorrer por clientes. Para Porter, os novos entrantes em um
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Por outro lado, existem duas expectativas dos entrantes em relação às barreiras: a existência já
consolidada de barreiras de entrada e a ameaça de reacção dos competidores já estabelecidos
(Porter, 1986).
Porter (1999) afirma que por imporem um teto aos preços, os serviços substitutos limitam o
potencial de um sector, a menos que este consiga melhorar a qualidade do produto ou, de alguma
forma (através de marketing) estabelecer uma diferenciação – assim sofrerá as consequências nos
lucros e, possivelmente, no crescimento.
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Ameaças de serviços substitutos são a principal variável que define preço no mercado e activa a
concorrência. No entanto, a qualidade dos produtos ou serviços será a estratégia que determinará
a opção final do consumidor.
Assim, as divisas que delimitam tipos de produtos e serviços que cada varejista comercializa
tornam-se cada vez mais flexíveis. Muitos tipos diferentes de varejo vendem as mesmas
categorias de produtos. Os hipermercados concorrem com farmácias, lojas de conveniências,
padarias, lojas especializadas em eletrodomésticos e também com antigos fornecedores
(atacadistas), que com a nova forma de distribuição da cadeia de alimentos, estão cada vez mais
investindo no consumidor final, buscando um novo mercado que vem diminuindo com o
aumento do poder do varejo.
Segundo Barney (1997) a ameaça de substitutos é quando os serviços e produtos oferecidos por
empresas rivais aproximam-se das mesmas necessidades dos clientes da mesma oferta de uma
determinada organização, mas de forma diferente. Os substitutos impõem um teto aos preços de
uma firma, podendo diminuir seus rendimentos.
Quanto maior for a pressão dos produtos substitutos, menor é a atractividade de um dado sector.
Os substitutos reduzem os retornos potenciais, limitando os preços e, consequentemente, a
rentabilidade. Essa ameaça é tanto maior quanto maior for o desempenho relativo de preço dos
substitutos, ou seja, a diferença da razão preço/qualidade dos produtos em um determinado
sector de mercado em relação aos serviços substitutos. A ameaça também ocorre quando as
empresas que produzem substitutos apresentam taxas de rentabilidade elevadas, o que poderá se
tornar uma vantagem competitiva, já que permite a redução dos preços sem afectar a qualidade.
Estratégias eficazes para lidar com essa ameaça estão normalmente relacionadas a acções que
impõem custos de mudança (switching costs) para os consumidores ou que, de alguma outra
forma, diminuem sua atracção pela mudança.
o mercado for dominado por poucas empresas e se for mais concentrado do que o sector
comprador;
o seu produto for diferenciado ou se ele desenvolveu custo de mudança;
Esses produtos não serão obrigados a competir com outros produtos nas vendas ao sector
de varejo;
Esses factores representam uma ameaça concreta de integração para frente.
Da mesma forma que os fornecedores possuem poder de negociação, os clientes também são
capazes de forçar a baixa dos preços, de exigir melhor qualidade ou de cobrar mais prestação de
serviços, jogando os concorrentes (fornecedores) uns contra os outros – em detrimento dos lucros
do sector.
Quanto maior o poder de negociação dos consumidores, menor será a atractividade de um dado
sector, pois estes podem forçar as empresas a reduzir preços, aumentar a qualidade dos produtos
e/ou serviços e ainda barganhar melhores condições de pagamento. O poder de negociação dos
consumidores tende a ser maior quando existe concentração da indústria dos consumidores ou
quando a importância da indústria consumidora for alta. A influência dos consumidores pode ser
alta quando estes consomem em grandes quantidades ou quando ameaçam promover uma
integração para trás. Os consumidores também têm maior poder de negociação quando são
únicos ou quando os produtos fornecidos são de menor importância para eles.
Os movimentos competitivos de uma empresa dentro de seu sector têm efeitos significativos em
seus concorrentes, que podem, portanto, desencadear esforços para conter esses movimentos ou
acções de retaliação. Quando o sector é concentrado, dominado por um reduzido número de
empresas, estas podem impor a sua disciplina ou desempenhar um papel coordenador no sector.
Quanto maior for a rivalidade maior será a possibilidade de ocorrência de guerras de preços,
disputas publicitárias, investimentos em qualidade etc. Ela tende a ser maior quando o mercado
está em recessão ou crescendo lentamente, ou ainda quando existem altos custos fixos. Uma alta
rivalidade interna tem consequências negativas na atractividade da indústria. E ela pode ser
reflexo de um baixo grau de diferenciação dos produtos, fortes barreiras à saída ou ainda da
necessidade de grandes investimentos para expansão da actividade.
Substitutos concorrentes
• Custos de mudança
• Propensão do comprador a mudar
Poder de barganha dos • Custos de mudança
Fornecedores • Diferenciação de insumos
• Concentração de fornecedores
• Presença de insumos substitutos
• Importância do volume par a os fornecedores
• Impacto dos insumos sobre custo ou
diferenciação
• Ameaça de integração „ para frente ‟ ou
„ para trás ‟
• Custo em relação às compras totais do setor
Poder de barganha dos • Concentração de compradores
Consumidores • Volume de compra dores
• Custos de mudança
• Informação dos compradores
• Lucros dos compradores
• Produtos substitutos
• Capacidade de empurrar produtos
• Sensibilidade a preços
• Preço/ compras totais
• Diferença entre produtos
• Identidade da marca
• Ameaça de integraçã o „ para frente ‟ do
fornecedor versus
ameaça de integração „ para trás ‟ da empresa
• Impacto sobre qualidade/ desempenho
Rivalidade interna da indústria • Crescimento da indústria
• Concentração e equilíbrio
• Custos fixos e valor agregado
• Excesso de capacidade crônica
• Diferenças entre produtos
• Identidade da marca
• Custos de mudança
• Complexidade das informações
• Diversidade de concorrentes
• Interesses empresariais
• Barreiras à saída
Fonte: Barney (2002)
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A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para diagnóstico de cenário, sendo muito
empregada no PE, informando aos gestores os pontos fortes e fracos de uma organização e
evidenciando fraquezas e ameaças, possibilitando melhorias internas e externas (Silveira, 2001,
p. 209).
Esta análise foi desenvolvida por Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois professores da
Harvard Business School.
O termo SWOT resulta da conjugação das iniciais das palavras em inglês Strengths (forças),
Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Assim, a análise
SWOT corresponde à identificação por parte de uma organização e de forma integrada dos
principais aspectos que caracterizam a sua posição estratégica num determinado momento, tanto
a nível interno como externo (forma como a organização se relaciona com o seu meio
envolvente).
A análise SWOT deve ser feita e interpretada de forma integrada, conjugando os elementos da
análise interna e externa, para que o diagnóstico que dela resulta seja fiável e constitua uma fonte
Para implementar a análise SWOT, é necessário que os responsáveis pela Tomada de decisões
sejam estimulados a relacionar respostas a uma série de questões relativas a cada um dos
elementos, objecto de análise, como as apresentadas a seguir:
Tanto para os pontos fortes como para os pontos fracos, é importante olhar sob dois pontos de
vista: sob o ponto de vista interno da empresa e sob o ponto de vista externo, como dos clientes,
fornecedores e até mesmo competidores.
A matriz SWOT tem como principal objectivo efectuar um diagnóstico da posição da empresa.
Sua aplicação requer a análise do ambiente interno e externo da empresa, envolvendo pessoas
representativas de várias informações necessárias (Oliveira, 1991).
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6. Conclusão
Para poder formular uma Estratégia devem identificar-se as tendências do meio envolvente
contextual e transaccional, identificando as suas variáveis e implicações para a indústria. Devem
ainda ser analisadas as condições de atractividade, a estrutura competitiva e os factores críticos
de sucesso de cada segmento de mercado de uma forma dinâmica. Conseguir-se-á assim uma
perspectiva completa do negócio (ameaças e oportunidades que todos os correntes poderão
encontrar).
7. Bibliografia
Barney, J. B., (2002), Obtendo e Sustentando Vantagem Competitiva, 2ª Edição, Nova Jersey,
Pratice Hall.
Barney, J. B., (1997), Obtendo e Sustentando Vantagem Competitiva, 4ª Edição, Nova Jersey,
Pratice Hall.
Johnson, Gerry, Scholes, Kevan, Wittington, Richard, (2008), Exploring Corporate Strategy –
Texts And Cases, 8ª Edição, Prentice Hall, Financial Times
Porter, Michael, (1999), Competição: Estratégias competitivas essenciais, 13ª Edição, Rio de
Janeiro, Elsevier.