Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tribunal de Contas
República de Angola
Tribunal de Contas
Janeiro/2015
Página 0 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Janeiro de 2015
Página 1 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
tcontas@tcontas.ao
Rua 17 de Setembro – Cidade Alta – Luanda - Angola
PLENÁRIO
Juízes Conselheiros:
Ana Maria Azevedo Chaves
Aniceto Miguel da Costa Aragão
Caetano Francisco Baião
Conceição José de Matos Agostinho Dias
Eva Francisco da Costa Almeida
Evaristo Quemba
Gilberto de Faria Magalhães
José Magalhães
1.ª CÂMARA
Juízes Conselheiros:
Caetano Francisco Baião
Conceição José de Matos Agostinho Dias
Eva Francisco da Costa Almeida
2.ª CÂMARA
Juízes Conselheiros:
Aniceto Miguel da Costa Aragão
Gilberto de Faria Magalhães
José Magalhães
Procuradores Gerais-Adjuntos:
João Simão Chapópia Leonardo
Manuel José Domingos
Página 2 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
3.ª DIVISÃO
Chefe: Hélder Beji – Coordenador Geral
Técnicos:
Cláudia Cariengue
Elisabeth Sebastião
Elisabeth Eliote
Elvina Bartolomeu
Gedson Aragão
Isabel Fortunato
Janeth Morais
Maria Hespanhol
Mateus Gonga
Natália Francisco
Omísia das Neves
Pedro Aguiar
Teresa da Silva
Página 3 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Reflexões
«Com a entrada em vigor, em 5 de Fevereiro de 2010, da
Constituição da República de Angola, afigura-se necessário
proceder-se à conformação da legislação que disciplina a organização
e o funcionamento do Tribunal de Contas, com vista a conferi-lo
maior eficiência e rigor na fiscalização da legalidade das finanças
públicas e julgamentos das contas do Estado e aglutinar, num único
diploma legal, os regimes substantivo e adjectivo da disciplina
jurídica do Tribunal de Contas.»
(Preâmbulo da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, que aprova a Lei Orgânica e do Processo
do Tribunal de Contas)
«Pois é assim como um homem que, partindo para outro país, chamou os
seus servos e lhes entregou os seus bens: a um deu cinco talentos, a outro
dois e a outro um, a cada qual segundo a sua capacidade; e seguiu
viagem. O que recebera cinco talentos, foi imediatamente negociar com
eles e ganhou outros cinco; do mesmo modo o que recebera dois, ganhou
outros dois. Mas o que tinha recebido um só, foi-se e fez uma cova no
chão e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo voltou
o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.»
Página 4 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Legislação Básica
LEGISLAÇÃO BÁSICA
N.º LEIS OBSERVAÇÃO
1 Lei n.º 5/96, de 12 de Abril, que dispõe sobre a criação do Tribunal de Contas Iª Série - Diário N.º 15 de 12 de Abril de 1996
2 Lei n.º 7/97, de 10 de Outubro, que dispõe sobre a tributação de empreitadas Iª Série - Diário N.º 47 de 10 de Outubro de 1997
Lei n.º 16/02, de 05 de Dezembro, que estabelece o Quadro do Dívida Pública Directa e revoga toda a legislação relativa aos
3
Títulos da Dívida Pública Directa Iª Série - Diário N.º 97 de 5 de Dezembro de 2002
4 Lei n.º 3/10, de 29 de Março, da Probidade Pública Iª Série - Diário N.º 57 de 29 de Março de 2010
5 Lei n.º 13/10, de 09 de Julho, que aprova a Lei Orgânica e do Processo do Tribunal de Contas Iª Série - Diário N.º 128 de 9 de Julho de 2010
6 Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, combinada com a Lei n.º 24/12, de 22 de Agosto, que dispõe sobre o Orçamento Geral do EstadoIª Série - Diário N.º 131 de 14 de Julho de 2010
7 Lei n.º 18/10, de 06 de Agosto, do Património Público Iª Série - Diário N.º 148 de 6 de Agosto de 2010
8 Lei n.º 20/10, de 07 de Setembro, da Contratação Pública Iª Série - Diário N.º 170 de 7 de Setembro de 2010
9 Lei n.º 2/13, de 07 de Maio, que aprova o Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2013 Iª Série - Diário N.º 45 de 7 de Março de 2013
DECRETOS
10 Decreto n.º 73/01, de 12 de Outubro, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado - SIGFE Iª Série - Diário N.º 47 de 12 de Outubro de 2001
Decretos n.º 51/03 e 52/03, de 8 de Julho, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Títulos da Dívida
11
Pública Directa Iª Série - Diário N.º 53 de 8 de Julho de 2003
12 Decreto n.º 36/09, de 12 de Agosto, que aprova o Regulamento do Sistema Contabilístico do Estado Iª Série - Diário N.º 151 de 12 de Agosto de 2009
Decreto n.º 39/09, de 17 de Agosto, que estabelece as normas e procedimentos a observar na fiscalização orçamental,
13 financeira, patrimonial e operacional da Administração do Estado e dos Órgãos que dele dependem, pelo Ministério das
Finanças (Decreto do Ordenador da Despesa) Iª Série - Diário N.º 154 de 17 de Agosto de 2009
DECRETOS PRESIDENCIAIS
Decreto Presidencial n.º 31/10, de 12 de Abril, que aprova o Regulamento do Processo de Preparação do Programa de
14
Investimentos Públicos Iª Série - Diário N.º 67 de 12 d eAbril de 2010
Decreto Presidencial n.º 177/10, de 13 de Agosto, que estabelece o regime jurídico sobre as instruções de Inventariação dos
15
Bens Patrimoniais Públicos (IBP) Iª Série - Diário N.º 153 de 13 de Agosto de 2010
Decreto Presidencial n.º 309/10, de 29 de Dezembro, que aprova as instruções para a Execução do Orçamento Geral do
16
Estado para o ano económico de 2011 Iª Série - Diário N.º 247 de 29 de Dezembro de 2010
Decreto Presidencial n.º 320/11, de 30 de Dezembro, que aprova as regras anuais de Execução do Orçamento Geral do
17
Estado Iª Série - Diário N.º 252 de 30 de Dezembro de 2011
18 Decreto Presidencial n.º 235/12, de 04 de Dezembro, que aprova o Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças Iª Série - Diário N.º 231 de 4 de Dezembro de 2012
Decreto Presidencial n.º 19/13, de 16 de Abril, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Bilhetes do
19
Tesouro Iª Série - Diário N.º 70 de 16 de Abril de 2013
Decreto Presidencial n.º 20/13, de 16 de Abril, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de
20
Obrigações do Tesouro em moeda nacional Iª Série - Diário N.º 70 de 16 de Abril de 2013
Decreto Presidencial n.º 21/13, de 16 de Abril, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de
21
Obrigações do Tesouro em moeda nacional Iª Série - Diário N.º 70 de 16 de Abril de 2013
Decreto Presidencial n.º 163/13, de 22 de Outubro, que autoriza o Ministro das Finanças a converter parte do limite
22
promogado para a emissão de dívida externa Iª Série - Diário N.º 203 de 22 de Outubro de 2013
Decreto Presidencial n.º 213/13, de 13 de Dezembro, que aprova a metodologia de acompanhamento, controlo e balanço de
23
execução do Programa de Investimentos Públicos Iª Série - Diário N.º 240 de 13 de Dezembro de 2013
DECRETOS EXECUTIVOS
Decreto Executivo n.º 16/95, de 12 de Maio, do Ministério da Economia e Finanças, que determina que a Ordem de Saque é
24
o instrumento para executar os pagamentos do Estado Iª Série - Diário N.º 19 de 12 de Maio de 1995
25 Decreto Executivo MINFIN n.º 28/11 de 24 de Fevereiro, que aprova as instruções para elaboração da Conta Geral do Estado Iª Série - Diário N.º 37 de 24 de Fevereiro de 2011
Decreto Executivo MINFIN n.º 01/13, de 04 de Janeiro, que determina os procedimentos de emissão da cabimentação e
26
instituição da pré-cabimentação, bem como adapta e cria os respectivos formulários Iª Série - Diário N.º 3 de 4 de Janeiro de 2013
Decreto Executivo MINFIN n.º 341/13, de 14 de Outubro, que aprova o regulamento das instruções para o encerramento do
27
Exercício Financeiro de 2013 Iª Série - Diário N.º 197 de 14 de Outubro de 2013
Decreto Executivo MINFIN n.º 399/13, de 25 de Novembro, que efectiva a emissão de OT para os atrasados de 2010, 2011 e
28
2012 Iª Série - Diário N.º 226, de 25 de Novembro de 2013
Decreto Executivo MINFIN n.º 400/13, de 25 de Novembro, que aprova o aumento da emissão dos bilhetes do Tesouro para
29
Exercício Financeiro de 2013 Iª Série - Diário N.º 226, de 25 de Novembro de 2013
Decreto Executivo MINFIN n.º 401/13, de 25 de Novembro, que altera os limites para a emissão de OT para o Exercício
30
Financeiro de 2013 Iª Série - Diário N.º 226, de 25 de Novembro de 2013
Página 5 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Índice Geral
Página 6 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Índice de Quadros
Quadro 1: Evolução do PIB ......................................................................................................................................... 27
Quadro 2: Indicadores Macroeconómicos ................................................................................................................... 29
Quadro 3: Estrutura Percentual do Produto Interno Bruto ........................................................................................... 30
Quadro 4: Taxa de Câmbio e Variação Cambial Anual ............................................................................................... 32
Quadro 5: Receita por Natureza .................................................................................................................................. 41
Quadro 6: Tendências das Receitas Orçamentais 2012-2012 ...................................................................................... 43
Quadro 7: Receitas Petrolíferas ................................................................................................................................... 45
Quadro 8: Receitas Diamantíferas ............................................................................................................................... 46
Quadro 9: Financiamentos e Outras Receitas de Capital ............................................................................................. 48
Quadro 10: Comportamento das Receitas Tributárias ................................................................................................. 49
Quadro 11: Comparativo da Receita DNI-SIGFE ....................................................................................................... 50
Quadro 12: Receita por Fonte de Recursos.................................................................................................................. 52
Quadro 13: Receita por Acordo ................................................................................................................................... 53
Quadro 14: Receita por Estrutura Central .................................................................................................................... 56
Quadro 15: Receita por Órgãos Locais ........................................................................................................................ 57
Quadro 16: Receita por Órgãos Locais – Tendência ................................................................................................... 58
Quadro 17: Diferença entre SIGFE e Mapa Anual de Receitas por Província ............................................................ 59
Quadro 18: Receitas das UO no Exterior ..................................................................................................................... 61
Quadro 19: UO no Exterior sem Remessa de Prestação de Contas ............................................................................. 62
Quadro 20: IRT Consulado Geral da República de Angola em Frankfurt/Alemanha ................................................. 62
Quadro 21: Despesa por Função e Subfunção ............................................................................................................. 65
Quadro 22: Análise da Despesa por Programas ........................................................................................................... 70
Quadro 23: Análise da Despesa por Actividade .......................................................................................................... 72
Quadro 24: Análise da Despesa por Projectos ............................................................................................................. 74
Quadro 25: Análise da Despesa por Natureza ............................................................................................................. 76
Quadro 26: Análise da Despesa por Fonte de Recursos .............................................................................................. 79
Quadro 27: Análise da Despesa por Acordo ................................................................................................................ 81
Quadro 28: Despesa por Estrutura Central .................................................................................................................. 83
Quadro 29: Despesa por Província .............................................................................................................................. 85
Quadro 30: Despesa por Órgãos Locais – Tendência .................................................................................................. 86
Quadro 31: Despesa das UO no Exterior ..................................................................................................................... 87
Quadro 32: Evolução do PIP ....................................................................................................................................... 89
Quadro 33: Maiores Projectos do PIP.......................................................................................................................... 91
Quadro 34: Execução do PIP por Órgãos
Centrais
Página 7 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 8 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 9 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 10 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 11 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Índice de Gráficos
Gráfico 1: Representação Gráfica da Estrutura Percentual do PIB .............................................................................. 30
Gráfico 2: Apresentação dos 5 países com maiores linhas de créditos cedidos em 2013 ............................................ 33
Gráfico 3: Evolução das receitas nos três últimos anos 2011 a 2013 .......................................................................... 42
Gráfico 4: Grau de Participação da Receita Petrolífera, Não Petrolífera e de Capital na receita arrecadada .............. 42
Gráfico 5: Comportamento das Receitas Correntes ..................................................................................................... 44
Gráfico 6: Grau de Participação da Receita Petrolífera 2013 ...................................................................................... 45
Gráfico 7: Grau de Arrecadação da Receita Diamantífera........................................................................................... 46
Gráfico 8: Financiamentos e Outras Receitas de Capital ............................................................................................. 49
Gráfico 9: Evolução da Receita Tributária .................................................................................................................. 50
Gráfico 10: Receita Arrecadada por Unidade .............................................................................................................. 51
Gráfico 11: Comparativo da Receita por Fonte de Recursos ....................................................................................... 52
Gráfico 12: Receita por Acordo ................................................................................................................................... 54
Gráfico 13: Despesa por Sector ................................................................................................................................... 69
Gráfico 14: Despesa por Natureza ............................................................................................................................... 78
Gráfico 15: Despesa por Fonte de Recurso.................................................................................................................. 80
Gráfico 16: Variacão do PIP ........................................................................................................................................ 90
Gráfico 17: 20 Maiores Projectos do PIP .................................................................................................................... 92
Gráfico 18: 20 Maiores Projectos do PIP por Ministério............................................................................................. 93
Gráfico 19: Concentração do PIP ................................................................................................................................ 95
Gráfico 20: Comparação do PIP por Órgãos Centrais - MINFIN/MPDT.................................................................... 97
Gráfico 21: Distribuição do PIP por Órgãos Locais .................................................................................................... 99
Gráfico 22: Variação do PIP por Órgãos Locais ......................................................................................................... 99
Gráfico 23: Comparação do PIP por Órgãos Locais - MINFIN/MPDT .................................................................... 101
Gráfico 24: Composição do PIP ................................................................................................................................ 135
Gráfico 25: Participação Directa do Estado (N.º de Acções) ..................................................................................... 145
Gráfico 26: Dividendos ............................................................................................................................................. 146
Gráfico 27: Evolução das Receitas - ISEP ................................................................................................................. 147
Gráfico 28: Estrutura do Balanço Patrimonial ........................................................................................................... 151
Gráfico 29: Inventário Geral por Tipo de Administração .......................................................................................... 157
Gráfico 31: Aquisições de Bens Patrimoniais 2013 .................................................................................................. 158
Gráfico 32: Evolução da Dívida ................................................................................................................................ 168
Gráfico 33: Demonstrativo de Restos a Pagar ........................................................................................................... 176
Gráfico 34: Contribuintes, Segurados e Pensionistas ................................................................................................ 183
Gráfico 35: Comparação de Receitas Operacionais e Despesas com Protecção Social 2013 e 2012 ........................ 184
Gráfico 36: Comportamento das Receitas, Despesas e Resultado ............................................................................. 186
Gráfico 37: Comparação dos Registos do SIGFE com os do INSS ........................................................................... 187
Página 12 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Siglas e Acrónimos
A
AN – Assembleia Nacional
B
BNA – Banco Nacional de Angola
BPAE – Balanço Plano Anual de Endividamento
BT – Bilhetes do Tesouro
C
CA – Créditos Adicionais
CFB – Caminho de Ferro de Benguela
CFM – Caminho de Ferro de Moçâmedes
CGE – Conta Geral do Estado
CR – Cabimentação Reforço
CRA - Constituição da República de Angola
CUT – Conta Única do Tesouro
D
DNCP – Direcção Nacional de Contabilidade Pública
DNI – Direcção Nacional dos Impostos
DNPE – Direcção Nacional de Património do Estado
DNT – Direcção Nacional do Tesouro
E
EUA – Estados Unidos da América
F
FMI – Fundo Monetário Internacional
G
GEPE – Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística
Página 13 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
L
LOA – Lei do Orçamento Anual
LOPTC – Lei Orgânica e de Processo do Tribunal de Contas
M
MED – Ministério da Educação
MINCONS – Ministério da Construção
MINEA – Ministério da Energia e Águas
MINFIN – Ministério das Finanças
MINPET – Ministério dos Petróleos
MINSA – Ministério da Saúde
MINTRANS – Ministério dos Transportes
MINUHA – Ministério do Urbanismo e Habitação
MPDT – Ministério do Planeamento e Desenvolvimento Territorial
N
NCB – Nota de Cabimentação
NICSP – Normas Internacionais de Contabilidade para o Sector Público
NL – Nota de Lançamento
NLQ – Nota de Liquidação
O
OD – Órgão Dependente
Página 14 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
P
PAE – Plano Anual de Endividamento
PAV – Programa Alargado de Vacinação
PCE – Plano de Contas do Estado
PCGA – Princípios de Contabilidade Geralmente Aceites
PERT – Projecto Executivo para a Reforma Tributária
PIP – Programa de Investimentos Públicos
PIB – Produto Interno Bruto
PND – Plano Nacional de Desenvolvimento
Q
QE – Quantitative Easing
QF – Quota Financeira
R
RIL – Reservas Internacionais Líquidas
RP – Restos a Pagar
RRP – Relação de Restos a Pagar
RTT – Relatório de Títulos do Tesouro
S
SADC – Southern African Development Community
SCE – Sistema Contabilístico do Estado
SIGFE – Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado
SIGPE – Sistema Integrado de Gestão Patrimonial do Estado
SIGTC – Sistema Integrado de Gestão do Tribunal de Contas
SNA – Serviço Nacional das Alfândegas
Página 15 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
T
TC – Tribunal de Contas
TN – Tesouro Nacional
U
UEE – Unidade Económica Estatal
UGD – Unidade de Gestão da Dívida Pública
UO – Unidade Orçamental
USD – United States Dolares
W
WEO – World Economic Outlook
Página 16 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
1. Introdução
Página 17 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
1. Introdução
Apreciar as Contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, elaboradas nos termos da Lei
n.º 15/10, de 14 de Julho, a Lei do OGE, é um dos mais elevados actos do TC, que se funda no
exercício da sua competência estabelecida nos termos da alínea b) do artigo 162.º e n.º 1 do
artigo 182.º da CRA, combinados com os artigos 7.º e 60.º, ambos da Lei n.º 13/10, de 9 de
Julho.
A CRA, no n.º 4 do artigo 104.º, determina que «A execução do Orçamento Geral do Estado
obedece ao princípio da transparência e da boa governação e é fiscalizada pela Assembleia
Nacional e pelo Tribunal de Contas, em condições definidas por lei.».
A alínea b) do artigo 162.º da Constituição estabelece que compete à AN, «receber e analisar a
Conta Geral do Estado e de outras instituições públicas que a lei obrigar, podendo as mesmas
ser acompanhadas do relatório e parecer do Tribunal de Contas,…»
Página 18 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 19 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Decorre da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, no seu artigo 58.º, que a CGE compreende as contas de
todos os órgãos integrados no OGE, incluindo a Segurança Social, destacando-se os
componentes discriminados a seguir:
Cabe registar que os serviços de contabilidade pública, que serviram de base para a elaboração
da CGE em apreciação, estão disciplinados no Regulamento do Decreto n.º 36/09, de 12 de
Agosto, que dispõe sobre o SCE.
Página 20 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
O SCE estabelece, entre outros parâmetros, que a execução contabilística é apoiada num Plano
de Contas unificado que contempla o método das partidas dobradas exigido na Lei do OGE.
Funcionamento do TC
No âmbito da fiscalização sucessiva, compete à Direcção dos Serviços Técnicos, através da 3.ª
Divisão, elaborar o projecto de relatório e parecer sobre a CGE.
Página 21 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Por outro lado, permite que a sociedade possa ir tendo um conhecimento da actividade
governativa que é desenvolvida pelo Executivo, quer pela abrangência da análise, quanto pela
amplitude dos entes que convergem para esta nobre tarefa de satisfação do interesse público.
De acordo com a Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, o parecer, entre outras questões, aprecia os
seguintes aspectos:
Página 22 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
• Introdução;
• Economia Mundial e de Angola, onde consta uma breve análise do sector real da economia
na sua envolvente económico-financeira mundial e nacional, bem como o comportamento da
inflação;
• Conclusão;
• Parecer;
Página 23 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
2. Economia Mundial e de
Angola
Página 24 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
A vulnerabilidade das economias emergentes, a queda dos preços das commodities nos mercados
internacionais e o programa de estímulos monetários da Reserva Federal norte-americana, o que
originou a desvalorização das moedas dos países emergentes e perdas no índice bolsista,
influenciaram igualmente a recuperação económica destes.
Entretanto, o FMI revela que em médio prazo se colocam questões de como a economia global
vai operar num mundo de dívida soberana elevada e se as economias dos mercados emergentes
poderão manter a sua forte expansão, alargando mais a sua fonte de crescimento por via da
procura interna versus procura externa. O facto é que os indicadores recentes da actividade
económica e de emprego mostram uma crescente e alargada lentidão do crescimento económico.
As repercussões da situação das economias avançadas que contribuíram para a redução dos
produtos de base, que pesaram sobre a actividade de muitos exportadores, aliadas às dificuldades
internas, acabaram por criar constrangimentos à actividade económica dos mercados emergentes
e economias em desenvolvimento. Entre os problemas identificados destacam-se os relacionados
com a sustentabilidade do crescimento acelerado e a constituição de equilíbrios financeiros
desses mercados.
Página 25 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Depois das sucessivas revisões em baixa dos cenários de expansão económica, que afectaram as
economias emergentes de forma expressiva, o que se revelou desanimador para o crescimento do
PIB o FMI divulgou através do “WEO” de Janeiro de 2014, informações sobre a actividade
económica mundial, que foi revista em alta para 3,0% em 2013 e perspectivada para 3,7% em
2014, com base nos dados relativos ao IV trimestre de 2013. Esta revisão em alta justificou-se
pelo desempenho das principais economias desenvolvidas, com destaque para os EUA, Zona
Euro, Reino Unido e Japão.
Mesmo com este cenário, o FMI alertou para a possibilidade de uma multiplicidade de riscos,
nomeadamente, especulação nos mercados, pressões inflacionistas, assim como da saída de
fluxos de capital das economias emergentes, como resultado da redução gradual do programa
“quantitative easing” (QE) da Reserva Federal norte-americana.
Página 26 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 27 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
A procura interna, o fluxo de investimento directo estrangeiro em crescimento (43 mil milhões
de dólares em 2013, contra 37 mil milhões de dólares em 2012) e o baixo nível de inflação
devem ajudar a sustentar o crescimento regional de 6,1% em 2014. A região é relativamente
indiferente ao aumento das taxas de juros globais, mas muito vulnerável a possíveis quedas nos
preços das commodities e a riscos internos relacionados com choques agrícolas e políticos. Em
relação à região da SADC, previu-se uma taxa de crescimento do PIB de 5,07% em 2013 e
5,70% em 2014.
Em 2013, o total de exportações das economias desenvolvidas cresceu em média 2,70%, mais
0,70 pontos percentuais que o ano anterior, enquanto o total de exportações das economias
emergentes e em desenvolvimento registou um crescimento de 3,50%, menos 0,70 pontos
percentuais relativamente a 2012.
No ano de 2013 a economia nacional observou um crescimento real do PIB acima da média
relativamente aos exercícios anteriores, sem no entanto perturbar a estabilidade
macroeconómica. Esta realidade foi comprovada, já que a taxa de inflação, conforme dados da
CGE e Relatório & Contas do BNA/2013, situou-se em 7,69% em Dezembro de 2013, tendo
mantido o curso decrescente dos últimos anos.
Página 28 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
O crescimento da economia, concretamente o seu PIB, no ano de 2013 foi estimado em 7,4% em
termos reais, representando um aumento de cerca de 2,25 pontos percentuais em comparação
com o ano de 2012, segundo o Relatório & Contas do BNA referente ao ano de 2013. Este
fundamenta ainda que o referido crescimento resultou em grande medida da performance
favorável do sector petrolífero que terá crescido a 11,54% em termos reais, compensando a
contracção observada no PIB petrolífero de -0,33%. A taxa de inflação, medida pela variação do
IPC, em 2013, foi de 7,69%, abaixo da taxa de inflação observada em 2012 com 9,02%
conforme apresentado no quadro a seguir:
O PIB global distribuído pelos sectores primário, secundário e terciário, indica que o sector
primário da economia manteve o maior peso na estrutura do PIB em 2013, com 52,91%, seguido
do sector terciário com 30,56%. O sector secundário, não obstante seu menor peso no PIB,
apresentou contribuições crescentes em relação ao sector primário, reflectindo assim o esforço
tendente a diversificação da economia, conforme quadro a seguir:
Página 29 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
De acordo com o relatório da fundamentação do OGE 2013 assente nas metas económicas e
sociais do PND, as projecções macroeconómicas apontavam para um crescimento do PIB real a
preços de mercado em 7,1%, com um aumento de 1,9% em relação ao ano de 2012. O
crescimento verificado na produção da actividade petrolífera, combinado com a alta dos preços
de petróleo, impulsionou o crescimento do PIB e permitiu ao Executivo observar o aumento nas
Página 30 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
receitas fiscais, dando de certa forma facilidades ao Governo em acelerar o serviço da dívida e
aumentar a sua despesa pública.
A Balança Global revelou-se excedentária em USD 68,52 milhões, sendo que o excedente foi
garantido pelo saldo positivo da Conta Corrente, ainda que esta tenha sofrido uma contracção de
USD 4.817,73 milhões comparativamente ao ano de 2012.
A Conta de Capital apresentou um saldo deficitário na ordem dos 0,94% ao passar de USD
8,883.64 milhões em 2012, para USD 8,967.01 milhões em 2013. Este comportamento está
associado à recuperação do investimento directo, que em 2013 atingiu um défice de USD
Página 31 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
6,430.63 milhões contra USD 9,638.71 milhões, registado em 2012 e o agravamento dos fluxos
de capitais de médio e longo prazo e de Outros Capitais.
Em 2013 as RIL foram de USD 30.945,30 milhões contra USD 30.632,33 milhões em 2012, com
um aumento de 1,02%. De referir que durante o primeiro semestre as RIL assumiram uma
tendência crescente, de acordo com a CGE e o Relatório & Contas do BNA/2013.
O ano de 2013 foi caracterizado pela entrada em vigor do novo regime cambial aplicável ao
sector petrolífero, que veio trazer alguma volatilidade na taxa de câmbio entre Julho e meados de
Dezembro.
No mercado primário, a taxa de câmbio média do Kz/USD registou, em termos anuais, uma
depreciação de 1,85%. No mercado secundário, o Kwanza depreciou-se em 1,16% e nas Casas
de Câmbio a depreciação foi de 0,85%. O mercado informal foi o único a registar uma
apreciação do Kwanza face ao dólar, calculada em 0,16%.
Página 32 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Dados da CGE mostraram que foram emitidos dois instrumentos para financiamento interno,
onde as BT atingiram um montante de Kz 305.725,00 e as OT com o valor de Kz 379.486,00
(em milhares).
De acordo com a CGE, em 2013 foram firmados 54 acordos para abertura de linhas de créditos,
estimados em USD 6,64 mil milhões, que corresponde em moeda nacional em Kz 639,781 mil
milhões. Destes foram realizados 18 no mês de Janeiro e 10 em Dezembro, com destaque aos
países com uma presença significativa, tais como a China, maior credor, com grau de realização
de 46%, a Espanha com 16%, Israel com 14%, Brasil com 8% e a África do Sul com 5%,
conforme representado no gráfico a seguir:
Gráfico 2: Apresentação dos 5 países com maiores linhas de créditos cedidos em 2013
Página 33 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Com a introdução das reformas, espera-se acima de tudo, que se incorpore no sistema económico
angolano a responsabilização, a transparência e a eficiência das instituições como pilares
fundamentais que devem sustentar o crescimento económico, proporcionar a manutenção do
Página 34 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
pleno emprego e a introdução de inovações tecnológicas que permitam tornar a economia mais
competitiva.
Página 35 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
3. Desenvolvimento do
Relatório
3.
Página 36 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Desenvolvimento do Relatório
A CGE referente a 2013 teve como base os registos contabilísticos efectuados no SIGFE, que
está estruturado em conformidade aos pressupostos do SCE.
O SCE rege-se pelas normas de contabilidade pública, que observam, no que for pertinente, as
orientações das NICSP editadas pela IFAC, e define as componentes estruturais do Sistema
Contabilístico que integram os órgãos, instrumentos e produtos fundamentais, que
compreendem:
Página 37 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
O padrão dos registos é acautelado através dos eventos contabilísticos, que automatizam os
lançamentos de cada acto e facto administrativo, assegurando que todas as contas a serem
utilizadas para representar a natureza de tais actos e factos sejam efectivamente contempladas
nos registos efectuados pelos diversos executores habilitados no Sistema.
Financeira, constituída pela célula financeira, que agrupa a fonte de recursos, acordo e categoria
da despesa;
Patrimonial, que revela a situação dos bens, direitos e obrigações, com indicação dos elementos
necessários à identificação individualizada dos bens patrimoniais, bem como dos devedores e
credores.
A estrutura do SIGFE possibilita cumprir o que está previsto nos artigos 43.º a 57.º, n.º 2 do
artigo 58.º e artigos 59.º a 62.º da Lei do OGE, destacando:
Página 38 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
“Artigo 58.º, n.º 2: Os resultados do exercício são evidenciados na Conta Geral do Estado,
através do Balanço Orçamental, do Balanço Financeiro, do Balanço Patrimonial e da
Demonstração das Variações Patrimoniais…”.
No presente Relatório e Parecer, os valores constantes dos quadros e gráficos, quando não
expressos por extenso, estão apresentados em milhões de kwanzas.
Página 39 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
A realização das receitas teve como respaldo legal a Lei n.º 2/13, de 07 de Março e o Decreto
Presidencial n.º 320/11, de 30 de Dezembro.
A contabilização das receitas orçamentais teve as seguintes entidades intervenientes: DNI, DNT
e DNCP.
Receitas Correntes: são constituídas pelas receitas tributárias, patrimoniais, de serviços, bem
como as transferências recebidas para atender quaisquer despesas.
Foi feita a análise da receita por natureza, fonte de recurso, acordo, estrutura central, órgãos
locais e UO no exterior, que evidencia os totais, incluindo a comparação entre as receitas
previstas e arrecadadas, grau de participação e respectiva evolução, bem como as diferenças em
termos absolutos e relativos, conforme desenvolvimento a seguir:
Página 40 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Receitas Correntes 4.858.482,1 73,2 4.711.385,0 75,9 147.097,0 97,0 3.759.764,7 83,5 4.428.539,6 88,7 -668.774,9 117,8 282.845,4 6,4
Receitas Petrolíferas 3.281.988,0 49,5 3.580.372,7 57,7 -298.384,7 109,1 2.587.293,7 57,5 3.479.999,3 69,7 -892.705,6 134,5 100.373,4 2,9
Imp. S/ Rend.da Indústria Petrolífera 574.044,5 8,7 806.323,7 13,0 -232.279,2 140,5 506.591,4 11,3 783.436,2 15,7 -276.844,8 154,6 22.887,5 2,9
Imp. S/ Rend. Transação do Petróleo 128.682,0 1,9 178.168,9 2,9 -49.486,9 138,5 70.095,8 1,6 305.452,1 6,1 -235.356,3 435,8 -127.283,2 -41,7
Imp. S/ Produção da Ind. Petrolífera 188.188,0 2,8 199.708,9 3,2 -11.520,9 106,1 194.438,6 4,3 228.157,8 4,6 -33.719,2 117,3 -28.448,9 -12,5
Imp. S/ Cons. de Derivad. do Petróleo 26,5 0,0 21,9 0,0 4,6 82,6 27.171,7 0,6 10,9 0,0 27.160,8 0,0 11,0 100,7
Rendimentos do Petróleo 2.391.039,6 36,0 2.396.146,8 38,6 -5.107,2 100,2 1.788.991,0 39,7 2.162.939,0 43,3 -373.948,0 120,9 233.207,8 10,8
Outras Receitas Petrolíferas 7,5 0,0 2,5 0,0 4,9 34,1 5,2 0,0 3,3 0,0 1,9 63,5 -0,8 -22,8
Receitas Diamantíferas 9.564,5 0,1 7.384,4 0,1 2.180,0 77,2 9.932,1 0,2 11.103,8 0,2 -1.171,7 111,8 -3.719,4 -33,5
Imposto Industrial (Diamantes) 4.286,3 0,1 3.027,1 0,0 1.259,2 70,6 4.085,4 0,1 6.905,4 0,1 -2.820,0 169,0 -3.878,3 -56,2
Imposto S/ Produção de Diamantes 5.274,8 0,1 4.355,0 0,1 919,8 82,6 5.836,3 0,1 4.186,9 0,1 1.649,4 71,7 168,1 4,0
Rendimentos do Diamantes 3,3 0,0 2,3 0,0 1,0 69,6 10,4 0,0 11,4 0,0 -1,0 110,5 -9,1 -79,6
Outras Receitas Diamantíferas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Receitas Tributárias 1.236.711,1 18,6 1.067.831,8 17,2 168.879,3 86,3 1.100.451,5 24,4 879.194,7 17,6 221.256,8 79,9 188.637,1 21,5
Outras Receitas Patrimonias 15.751,3 0,2 3.400,8 0,1 12.350,5 21,6 28.649,9 0,6 813,0 0,0 27.836,9 2,8 2.587,8 318,3
Receitas de S erviço 4.507,1 0,1 11.298,4 0,2 -6.791,2 250,7 6.913,7 0,2 10.038,1 0,2 -3.124,4 145,2 1.260,3 12,6
Receitas de Transf. Correntes 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 0,0 0,0
Receitas Correntes Diversas 309.835,2 4,7 41.096,9 0,7 268.738,3 13,3 26.399,0 0,6 47.390,8 0,9 -20.991,8 179,5 -6.293,9 -13,3
Receitas de Capital 1.777.085,1 26,8 1.492.970,4 24,1 284.114,7 84,0 741.341,6 16,5 565.611,5 11,3 175.730,1 76,3 927.358,9 164,0
Financiamentos Internos 441.000,0 6,6 420.151,2 6,8 20.848,8 95,3 470.952,0 10,5 183.901,4 3,7 287.050,6 39,0 236.249,8 128,5
Financiamentos Externos 774.912,6 11,7 511.649,0 8,2 263.263,5 66,0 266.415,1 5,9 380.366,4 7,6 -113.951,3 142,8 131.282,6 34,5
Outras Receitas de Capital 561.172,5 8,5 561.170,2 9,0 2,3 100,0 3.974,5 0,1 1.343,7 0,0 2.630,8 33,8 559.826,5 41.663,1
Total Geral 6.635.567,2 100,0 6.204.355,5 100,0 431.211,7 93,5 4.501.106,3 100,0 4.994.151,1 100,0 -493.044,8 111,0 1.210.204,4 24,2
Fonte: CGE e SIGFE
Página 41 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Gráfico 3: Evolução das receitas nos três últimos anos 2011 a 2013
Gráfico 4: Grau de Participação da Receita Petrolífera, Não Petrolífera e de Capital na receita arrecadada
Página 42 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Analisando o quadro acima constatou-se que a receita realizada foi de Kz 6.204.355,5 milhões,
correspondente a 93,5% da receita prevista.
Realça-se que as Outras Receitas Patrimoniais tiveram apenas uma realização de 21,6%
enquanto os Financiamentos Externos, apesar da sua importância como fonte de receita, tiveram
uma realização de 66,0%.
Apesar da variação negativa registada nas Receitas Diamantíferas de 33,5% e nas Receitas
Correntes Diversas de 13,3%, a receita realizada quando comparada com a do ano de 2012,
assinalou uma variação positiva de 24,2%.
Este desempenho positivo foi influenciado pelo comportamento semelhante registado nas
seguintes rubricas: Receitas Petrolíferas com 2,9%, Outras Receitas Tributárias, 21,5%, Outras
Receitas Patrimoniais, 318,3% e Receitas de Serviço 12,6%.
Página 43 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Receitas Petrolíferas
As receitas petrolíferas no valor de Kz 3.580.372,7 milhões tiveram um nível de realização de
109,1% e um peso de 57,7% sobre o total das receitas.
Comparativamente ao ano anterior verificou-se uma variação positiva de 2,9%. Este aumento
deveu-se principalmente aos níveis de realização acima da previsão registados nas rubricas a
seguir:
Este dado, revela que as receitas petrolíferas continuam a ter um peso significativo no total da
receita arrecadada o que indica a grande dependência das receitas orçamentais em relação as
Página 44 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
receitas petrolíferas, pois, o conjunto constituído por outras receitas contribuiu apenas com
42,3%.
Página 45 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Receitas Diamantíferas
Estas receitas sofreram uma diminuição em 2013, conforme a variação negativa de 33,5%
originada pelas variações igualmente negativas observadas nas Rubricas de Imposto Industrial
(Diamantes) 56,2% e Rendimentos de Diamantes com 79,6%.
Receitas Diamantíferas Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part % Diferença Variação
Diferença Diferença
Prevista % arrecadada % Arrecadação Prevista % arrecadada % Arrecadação
Receitas Diamantíferas 9.564,5 0,1 7.384,4 0,1 2.180,0 77,2 9.932,1 0,2 11.103,8 0,2 -1.171,7 111,8 -3.719,4 -33,5
Imposto Industrial (Diamantes) 4.286,3 0,1 3.027,1 0,0 1.259,2 70,6 4.085,4 0,1 6.905,4 0,1 -2.820,0 169,0 -3.878,3 -56,2
Imposto S/ Produção de Diamantes 5.274,8 0,1 4.355,0 0,1 919,8 82,6 5.836,3 0,1 4.186,9 0,1 1.649,4 71,7 168,1 4,0
Rendimentos do Diamantes 3,3 0,0 2,3 0,0 1,0 69,6 10,4 0,0 11,4 0,0 -1,0 110,5 -9,1 -79,6
Outras Receitas Diamantíferas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Fonte: CGE e SIGFE
Página 46 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Receitas de Serviços
O orçamento previa arrecadar Kz 124,8 milhões nesta rubrica. Porém, em 2013 não apresentou
arrecadação, situação semelhante aos exercícios financeiros de 2011 e 2012, o que demonstra
que a previsão do mesmo valor tem sido reconduzida de exercício para exercício.
Página 47 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Receita de Capital Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part % Diferença Variação
Diferença Diferença
Prevista % arrecadada % Arrecadação Prevista % arrecadada % Arrecadação
Receitas de Capital 1.777.085,1 26,8 1.492.970,4 24,1 284.114,7 84,0 741.341,6 16,5 565.611,5 11,3 175.730,1 76,3 927.358,9 164,0
Financiamentos Internos 441.000,0 6,6 420.151,2 6,8 20.848,8 95,3 470.952,0 10,5 183.901,4 3,7 287.050,6 39,0 236.249,8 128,5
Financiamentos Externos 774.912,6 11,7 511.649,0 8,2 263.263,5 66,0 266.415,1 5,9 380.366,4 7,6 -113.951,3 142,8 131.282,6 34,5
Outras Receitas de Capital 561.172,5 8,5 561.170,2 9,0 2,3 100,0 3.974,5 0,1 1.343,7 0,0 2.630,8 33,8 559.826,5 41.663,1
Fonte: CGE e SIGFE
Página 48 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 49 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Da análise dos dados constantes do quadro acima e expostos em termos relativos no gráfico,
verificou-se uma tendência de crescimento no período da Receita Tributária não Petrolífera,
influenciado pelas medidas do PERT consubstanciadas no aumento da base tributária.
Constatação
Página 50 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Recomendação
A fonte de recursos identifica a origem dos recursos que custearão as despesas fixadas.
Doações 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 207,7 0,0 0,0 0,0 207,7 0,0 0,0
Financiamentos Externos 774.912,6 11,7 511.649,0 8,2 263.263,5 66,0 266.415,1 4,0 380.366,4 6,1 -113.951,2 142,8 34,5
Financiamentos Internos 200.000,0 3,0 275.235,8 4,4 -75.235,8 137,6 470.952,0 7,1 183.901,4 3,0 287.050,6 39,0 49,7
Recursos Consignados 824,2 0,0 5,1 0,0 819,1 0,6 455,3 0,0 695,0 0,0 -239,6 152,6 -99,3
Recursos Consignados - Local 334.228,2 5,0 609.882,4 9,8 -275.654,2 182,5 450.415,2 6,8 485.536,0 7,8 -35.120,8 107,8 25,6
Recursos Ordinários Do Tesouro 4.392.694,2 66,2 3.949.046,4 63,6 443.647,9 89,9 3.182.083,8 48,0 3.797.306,2 61,2 -615.222,5 119,3 4,0
Recursos Próprios 132.458,7 2,0 154.296,9 2,5 -21.838,2 116,5 130.577,2 2,0 146.346,2 2,4 -15.769,0 112,1 5,4
Reversão De Exercícios Anteriores 559.324,5 8,4 559.324,5 9,0 0,0 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Títulos Do Tesouro Nacional 241.000,0 3,6 144.915,4 2,3 96.084,6 60,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Total 6.635.567,2 100,0 6.204.355,5 100,0 431.211,7 93,5 4.501.106,3 67,8 4.994.151,1 80,5 -493.044,8 111,0 24,2
Fonte: SIGFE
Página 52 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Das demais fontes podem ser destacadas, os Recursos Consignados Local com participação de
9,8% e 182,5% de arrecadação, Reversão de Exercícios Anteriores com participação de 9,8% e
realização de 100,0% e os Financiamentos Externos com participação de 8,2% e realização de
66,0%.
Página 53 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
2013 2012
%
Receita por Acordo Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part Variação
Diferença Diferença Arrecadada
Prevista % Arrecadada % Arrecadada Prevista % Arrecadada %
….. 6.002.938,9 90,5 4.666.939,0 75,2 1.336.000,0 77,7 4.261.928,2 94,7 4.176.540,0 85,3 85.388,2 98,0 11,7
Banco M undial - F.A.S 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1.209,4 0,0 0,0 0,0 1.209,4 0,0 0,0
C.N.C. 2.090,9 0,0 0,0 0,0 2.090,9 0,0 2.090,9 0,0 0,0 0,0 2.090,9 0,0 0,0
Desembolso De L.Crédito 466.672,6 7,0 466.448,2 7,5 224,4 100,0 235.703,2 5,2 256.991,4 5,2 -21.288,2 109,0 81,5
Israel 81.855,0 1,2 8.278,5 0,1 73.576,5 10,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Italia 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 49,8 0,0 0,0 0,0 49,8 0,0 0,0
Sonangol 0,0 0,0 1.062.689,8 17,1 -1.062.689,8 0,0 0,0 0,0 411.780,4 8,4 -411.780,4 0,0 158,1
Uniao Europeia 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 0,0
Russia 81.885,0 1,2 0,0 0,0 81.885,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Gás 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33.201,6 0,7 0,0 -100,0
Fundo de Apoio Empresarial 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20.013,8 0,4 0,0 -100,0
Total 6.635.567,2 100,0 6.204.355,5 100,0 431.211,7 93,5 4.501.106,3 100,0 4.898.527,1 100,0 -344.205,5 108,8 26,7
Fonte: SIGFE
A Receita por Acordo arrecadada foi de Kz 6.204.355,5 milhões, ou seja 93,5% de realização.
Página 54 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
A maior participação de 75,2% sobre o total da receita arrecadada foi realizada por um acordo
não identificado na Célula Orçamental do SIGFE. Os restantes acordos no conjunto contribuíram
com 24,8% do total da receita.
Constatações
a) Acordo Sonangol que não sendo prevista nenhuma receita, teve uma arrecadação de Kz
1.062.689,8 milhões e participação de 17,1% sobre o total da receita arrecadada;
b) Acordo Rússia, com uma previsão de Kz 81.885,0 milhões não se efectivou nenhuma
arrecadação.
Recomendação
Rever as contas das receitas sem previsão, mas que apresentam uma arrecadação significativa ou
que apresentem previsão sem arrecadação.
Página 55 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
No que respeita a Estrutura Central, foram previstas receitas no valor de Kz 5.490.741,5 milhões
e realizadas no valor de Kz 5.233.356,1 milhões, o que corresponde a um grau de realização de
95,3%.
A nível da estrutura central foi feita uma previsão da receita correspondente a 2,4% da receita
total, cuja arrecadação foi nula.
De igual modo, houve a arrecadação da receita em natureza diferente da previsão, por exemplo o
demonstrado no referido Resumo na UO Conselho Nacional de Carregadores, onde a receita foi
Página 56 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 57 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
2013 2012
Receita por
Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part % Variação
Órgãos Locais Diferença Diferença
Prevista % Arrecadada % Arrecadada Prevista % Arrecadada % Arrecadada
Bengo 792,6 0,1 3.224,6 0,3 -2.432,0 406,8 3.931,0 0,4 3.972,9 0,5 -41,9 101,1 -18,8
Benguela 42.817,9 3,7 37.049,2 3,8 5.768,7 86,5 68.689,8 6,3 33.878,4 4,3 34.811,4 49,3 9,4
Bié 917,1 0,1 677,4 0,1 239,7 73,9 888,8 0,1 566,1 0,1 322,7 63,7 19,7
Cabinda 50.566,1 4,4 22.709,4 2,4 27.856,7 44,9 48.757,8 4,5 24.612,6 3,1 24.145,2 50,5 -7,7
Cuando Cubango 516,4 0,0 1.169,5 0,1 -653,2 226,5 3.374,8 0,3 1.274,7 0,2 2.100,1 37,8 -8,2
Cuanza Norte 1.894,0 0,2 2.004,8 0,2 -110,8 105,8 4.647,6 0,4 1.223,0 0,2 3.424,6 26,3 63,9
Cuanza Sul 6.330,4 0,6 6.008,3 0,6 322,1 94,9 3.567,1 0,3 3.680,7 0,5 -113,6 103,2 63,2
Cunene 12.967,2 1,1 14.215,9 1,5 -1.248,7 109,6 31.335,4 2,9 14.305,8 1,8 17.029,6 45,7 -0,6
Huambo 20.640,2 1,8 3.570,5 0,4 17.069,6 17,3 17.945,1 1,6 3.155,5 0,4 14.789,6 17,6 13,2
Huíla 13.114,5 1,1 7.287,7 0,8 5.826,9 55,6 10.470,8 1,0 6.327,6 0,8 4.143,2 60,4 15,2
Luanda 928.793,8 81,2 838.582,5 86,9 90.211,3 90,3 824.030,0 75,7 658.021,9 83,7 166.008,1 79,9 27,4
Lunda Norte 567,1 0,0 969,1 0,1 -402,0 170,9 4.435,4 0,4 451,2 0,1 3.984,2 10,2 114,8
Lunda Sul 942,8 0,1 1.503,4 0,2 -560,5 159,5 3.153,4 0,3 1.744,9 0,2 1.408,5 55,3 -13,8
M alange 681,6 0,1 1.097,7 0,1 -416,1 161,1 3.044,7 0,3 1.609,0 0,2 1.435,7 52,8 -31,8
M oxico 665,6 0,1 1.441,2 0,1 -775,5 216,5 2.595,1 0,2 584,7 0,1 2.010,4 22,5 146,5
Namibe 11.843,4 1,0 8.374,2 0,9 3.469,2 70,7 7.125,4 0,7 8.228,3 1,0 -1.102,9 115,5 1,8
Uíge 1.194,7 0,1 905,5 0,1 289,2 75,8 1.714,5 0,2 1.108,7 0,1 605,8 64,7 -18,3
Zaire 48.592,8 4,2 13.850,3 1,4 34.742,5 28,5 48.990,1 4,5 21.056,8 2,7 27.933,3 43,0 -34,2
Total 1.143.838,2 100,0 964.641,3 100,0 179.196,9 84,3 1.088.696,8 100,0 785.802,8 100,0 302.894,0 72,2 22,8
Fonte: SIGFE
Das receitas previstas nas Províncias, no valor de Kz 1.143.838,2 milhões foi arrecadado o
montante de Kz 964.641,3 milhões que corresponde a um grau de realização de 84,3%. Em
relação ao ano de 2012 houve uma variação positiva de 22,8%.
Este aumento foi influenciado pelo desempenho semelhante assinalado nas Províncias de
Moxico 146,5%, Lunda Norte 114,8%, Cuanza Norte 63,9%, Cuanza Sul 63,2%, Luanda, 27,4%,
Bié 19,7%, Huíla 15,2%, Huambo 13,2% e Benguela 9,4%.
Página 58 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
2013
Receita por Órgão
Valor Posição 2012 Tendência
Local
Arrecadado Posição
Luanda 838.582,5 1.ª 1.ª =
Benguela 37.049,2 2.ª 2.ª =
Cabinda 22.709,4 3.ª 3.ª =
Cunene 14.215,9 4.ª 5.ª
Zaire 13.850,3 5.ª 4.ª
Namibe 8.374,2 6.ª 6.ª =
Huíla 7.287,7 7.ª 7.ª =
Cuanza Sul 6.008,3 8.ª 9.ª
Huambo 3.570,5 9.ª 10.ª
Bengo 3.224,6 10.ª 8.ª
Cuanza Norte 2.004,8 11.ª 14.ª
Lunda Sul 1.503,4 12.ª 11.ª
Moxico 1.441,2 13.ª 16.ª
Cuando Cubango 1.169,5 14.ª 13.ª
Malange 1.097,7 15.ª 12.ª
Lunda Norte 969,1 16.ª 18.ª
Uíge 905,5 17.ª 15.ª
Bié 677,4 18.ª 17.ª
Total 964.641,3
Fonte: SIGFE
O quadro acima ilustra a variação do posicionamento das províncias Cuanza Norte, Moxico,
Lunda Norte, que melhoraram o seu desempenho em relação ao ano anterior.
Por outro lado, evidencia-se uma maior queda na performance das Províncias de Malange,
Bengo e Uíge.
As Províncias de Luanda, Benguela e Cabinda, por sua vez, continuaram a ocupar os três
primeiros lugares do ranking.
Constatação
Quadro 17: Diferença entre SIGFE e Mapa Anual de Receitas por Província
Página 59 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Recomendação
Página 60 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
A nível das UO no exterior, a previsão da receita foi de Kz 987,5 milhões e a receita arrecadada
foi de Kz 6.358,0 milhões, que corresponde a um grau de execução de 643,9%.
Constatação
Página 61 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Recomendação
Constatação
Verificou-se que o Consulado em Frankfurt teve uma execução incomum de Kz 737,3 milhões
na rubrica Imposto Sobre Rendimento do Trabalho por Conta de Outrem com um peso de 65,6%
do valor realizado desta rubrica, resultante dos descontos de IRT dos meses de Março, Abril,
Maio e Junho do ano 2013, conforme quadro a seguir:
Recomendação
Página 62 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
A execução da despesa tem como suporte a Lei n.º 2/13, de 07 de Março, o Decreto Presidencial
n.º 320/11, de 30 de Dezembro e a Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, bem como outros diplomas
legais em vigor.
Os resultados das informações obtidas para análise foram retratados em quadros com
demonstrações dos totais, incluindo a comparação entre despesas orçamentadas e realizadas, a
sua evolução e as variações em termos percentuais.
Página 63 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Conforme o disposto no n.º 3 do artigo 15.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, as funções
correspondem ao mais elevado nível de agregação da acção governamental, nos diferentes
sectores, sendo subdividida em subfunções.
A análise da despesa por função foi feita atendendo ao peso de cada uma e a comparação da
variação de execução entre os exercícios financeiros de 2013 e 2012, conforme o quadro a
seguir:
Página 64 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 65 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
2013 2012
Des pes a % Na % No Des pes a % Na % No Variação % Da
Des pes a por Função e Subfunção
Executada Função OGE Executada Função OGE Execução
(1) (2) (3) (4) (5) (6) 7 = (1-4)/4*100
Educação 496.469,5 100,0 8,1 361.793,8 100,0 8,0 37,2
Ens ino Primário E Pré-Primário 285.516,2 57,5 235.258,7 65,0 21,4
Ens ino Secundário 69.208,0 13,9 44.263,1 12,2 56,4
Ens ino Superior 69.176,5 13,9 45.822,6 12,7 51,0
Outros 72.568,8 14,6 36.449,4 10,1 99,1
Saúde 317.506,6 100,0 5,2 213.098,0 100,0 4,7 49,0
Produtos , Aparelhos E Equipamentos Médicos 24.046,2 7,6 19.185,1 9,0 25,3
Serviços Hos pitalares 153.756,3 48,4 136.214,1 63,9 12,9
Serviços De Saúde Pública 66.135,7 20,8 25.768,1 12,1 156,7
Outros Serviços de s aúde 73.568,4 23,2 31.930,7 15,0 130,4
Protecção Social 836.740,8 100,0 13,7 691.638,0 100,0 15,4 21,0
Velhice 191.594,9 22,9 131.247,7 19,0 46,0
Sobrevivência 37.914,8 4,5 38.349,7 5,5 -1,1
Doença e Incapacidade, Família e Infância, e Habitação 11.661,3 1,4 11.353,6 1,6 2,7
Inves tigação E Des envolvimento Em Protecção Social 0,0 0,0 0,0 0,0
Serviços De Protecção Social Não Es pecificados 595.569,8 71,2 510.687,1 73,8 16,6
Recreação, Cultura E Religião 88.717,9 100,0 1,4 67.298,8 100,0 1,5 31,8
Serviços Recreativos E Des portivos 40.206,3 45,3 17.234,9 25,6 133,3
Serviços Culturais 11.526,5 13,0 8.164,6 12,1 41,2
Serviços De Difus ão E Publicação 35.176,2 39,6 39.449,2 58,6 -10,8
Outros s erviços e acçoes 1.808,9 2,0 2.450,1 3,6 -26,2
Habitação E Serviços Comunitários 191.643,6 100,0 3,1 163.131,9 100,0 3,6 17,5
Des envolvimento Habitacional 57.946,1 30,2 37.581,8 23,0 54,2
Des envolvimento Comunitário 62.647,3 32,7 69.021,9 42,3 -9,2
Abas tecimento De Água e Infra-es trutura Urbana 69.512,7 36,3 54.198,6 33,2 28,3
Iluminação Das Vias Públicas e Saneamento Bás ico 1.481,3 0,8 2.306,9 1,4 -35,8
Habitação E Serviços Comunitários Não Es pecificados 56,3 0,0 22,9 0,0 146,2
Protecção Ambiental 49.102,3 100,0 0,8 55.081,6 100,0 1,2 -10,9
Ges tão De Res íduos 40.206,1 81,9 43.410,7 78,8 -7,4
Ges tão De Águas Res iduais 3.237,8 6,6 5.231,8 9,5 -38,1
Protecção Da Biodivers idade E Da Pais agem 3.475,0 7,1 5.196,8 9,4 -33,1
Inves tigação E Des envolvim.Em Protecção Do Ambiente 2.013,9 4,1 534,6 1,0 276,7
Serviços De Protecção Ambiental Não Es pecificados 169,4 0,3 707,8 1,3 -76,1
Defes a 613.120,6 100,0 10,0 441.372,6 100,0 9,8 38,9
Segurança E Ordem Pública 373.917,9 100,0 6,1 393.736,8 100,0 8,8 -5,0
Serviços Policiais 13.151,4 3,5 4.288,8 1,1 206,6
Serviços De Bombeiros 1.177,3 0,3 562,6 0,1 109,2
Tribunais 17.580,7 4,7 14.537,5 3,7 20,9
Pris ões 829,9 0,2 253,7 0,1 227,2
Serviços De Seg. E Ord. Pública Não Es p. e Protecção Civil 341.178,6 91,2 374.094,2 95,0 -8,8
As s untos Económicos 1.239.991,4 100,0 20,3 540.973,6 100,0 12,0 129,2
As s untos Económicos Gerais , Comerciais E Laborais 179.740,0 14,5 70.905,1 13,1 153,5
Agricultura, Sivicultura, Pes ca E Caça 68.348,1 5,5 41.648,2 7,7 64,1
Combus tiveis E Energia 278.463,0 22,5 89.941,4 16,6 209,6
Indús tria Extractiva, Trans formadora E Cons trução 194.294,7 15,7 8.188,4 1,5 2.272,8
Trans portes 475.107,3 38,3 289.797,2 53,6 63,9
Comunicações 17.245,5 1,4 16.618,1 3,1 3,8
Inves t. Des env. As s unt.Económicos 783,2 0,1 11,5 0,0 6.716,6
Outr. Act. e As s untos Econ. Não Es pecificados 26.009,7 2,1 23.863,8 4,4 9,0
Serviços Públicos Gerais 1.912.522,6 100,0 31,3 1.570.791,8 100,0 34,9 21,8
Órgãos Executivos E Legis lativos 569.540,4 29,8 493.945,5 31,5 15,3
As s untos Financeiros E Fis cais 566.578,8 29,6 49.037,1 3,1 1.055,4
Relações Exteriores 40.418,2 2,1 61.472,8 3,9 -34,3
Serviços Gerais e Inves tigação Bás ica 5.062,9 0,3 41.278,5 2,6 -87,7
Serv. Gerais Da Adminis t.Pública Não Es pec. 64.341,7 3,4 85.816,4 5,5 -25,0
Operações De Dívida Pública 666.580,6 34,9 839.241,5 53,4 -20,6
Operações Da Dívida Pública Interna 454.258,1 23,8 647.555,1 41,2 -29,9
Operações Da Dívida Pública Externa 212.322,6 11,1 191.686,5 12,2 10,8
Total Geral 6.119.733,4 100,0 100,0 4.498.917,0 100,0 100,0 36,0
Fonte: SIGFE
Página 66 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Educação
Saúde
Protecção Social
As despesas executadas para este sector foram de Kz 836.740,8 milhões, equivalente a 13,7% do
total do orçamento, demonstrando um aumento de 21,0% em relação ao ano anterior. Não
obstante ao aumento anteriormente referido, registou-se uma redução de 1,1% na parcela
sobrevivência em relação ao ano passado;
Neste sector, as despesas executadas foram de Kz 88.717,9 milhões, equivalente a 1,4% do total
do orçamento, tendo-se verificado um aumento de 31,8% em relação ao ano de 2012,
influenciado pelo incremento de 45,3% nos Serviços Recreativos e Desportivos;
Neste sector, houve uma execução de Kz 191.643,6 milhões, equivalente a 3,1 % do total do
orçamento. Comparativamente ao exercício anterior, verificou-se um acréscimo de 17,5%.
Protecção Ambiental
Página 67 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Assuntos Económicos
Para este sector foram executadas despesas no valor de Kz 1.239.991,4 milhões, representando
20,3% do total do orçamento. Houve um aumento significativo de 153,5% para a parcela de
Assuntos Económicos Gerais, Comerciais e Laborais, 2.272,8% Indústria Extractiva,
Transformadora E Construção e 6.716,6% para Investigação e Desenvolvimento em Assuntos
Económicos, em relação ao ano anterior;
Este sector executou despesa no valor de Kz 1.912.522,6 milhões, equivalente a 31,3 % do total
do orçamento, tendo-se verificado um aumento de 21,8% em relação ao exercício anterior. Neste
total destaca-se o valor de Kz 666.580,6 milhões correspondente às Operações da Dívida
Pública, com um peso de 34,9% do orçamento do sector.
Página 68 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 69 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
De acordo ao OGE de 2013, o Executivo elaborou vários programas com objectivo de atender
aos problemas específicos, dos quais destacaram-se:
Página 70 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 71 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 72 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Dentre as actividades descritas no quadro anterior com maior grau de execução, destacam-se:
Página 73 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Para a sua análise foram seleccionados 20 projectos com maior despesa orçamentada, conforme
o quadro a seguir:
Página 74 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 75 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 76 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
• A rubrica de Despesas com Pessoal foi orçamentada em Kz. 1.126.597,7 milhões, com
um nível de realização de 95,3%, ocupando um peso no total do orçamento executado de
17,6%. Comparativamente ao ano anterior registou-se a ascensão em 11,5% ao nível da
execução orçamental;
Página 77 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 78 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
A despesa por Fonte de Recursos foi fixada no montante de Kz 6.635.567,2 milhões e obteve um
grau de realização de 92,2%;
Em termos de execução por fonte de recursos as despesas com níveis mais significativos
(100,0%) não tiveram nenhuma expressividade em termos de participação no total do orçamento,
todavia os Recursos Ordinários do Tesouro detiveram o maior peso naquele total.
Página 79 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 80 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
A despesa por Acordo foi fixada no montante de Kz 6.635.567,2 milhões e com grau de
execução de 92,2%.
Realça-se ainda que as despesas por acordo, no cômputo geral, apresentaram uma execução
acima de 70,0%.
Página 81 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Constatação
A despesa com maior valor orçamentado foi realizada na célula orçamental da despesa sem a
identificação do Acordo, apresentada no ponto n.º 1 do quadro anterior.
Recomendação
Página 82 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 83 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 84 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
1 Governo Prov. Do Uige 42.951,0 38.593,9 89,9 17.006,9 16.983,1 99,9 127,2
2 Governo Prov. De Benguela 64.048,8 57.593,4 89,9 50.858,3 50.828,2 99,9 13,3
3 Governo Prov. De Malanje 34.066,1 30.969,6 90,9 26.554,4 26.514,9 99,9 16,8
4 Governo Prov. Da Lunda-Norte 34.032,9 31.596,1 92,8 40.299,6 40.299,6 100,0 -21,6
5 Governo Prov. Do Moxico 43.708,9 40.465,7 92,6 43.150,4 43.096,4 99,9 -6,1
6 Governo Prov. Do Cuanza-Sul 27.924,2 24.948,9 89,3 41.400,5 41.347,1 99,9 -39,7
7 Governo Prov. Do Cuando-Cubango 36.963,0 28.701,1 77,6 22.586,5 22.558,6 99,9 27,2
8 Governo Prov. Da Lunda-Sul 23.152,5 21.044,6 90,9 19.122,9 19.102,8 99,9 10,2
9 Governo Prov. Do Bié 44.264,3 38.367,0 86,7 17.271,2 17.250,0 99,9 122,4
10 Governo Prov. Do Cunene 25.448,6 24.666,3 96,9 23.572,5 23.549,1 99,9 4,7
11 Governo Prov. Do Huambo 49.209,9 47.141,4 95,8 78.132,5 78.132,5 100,0 -39,7
12 Governo Prov. Do Bengo 27.469,4 25.207,3 91,8 24.003,1 23.770,5 99,0 6,0
13 Governo Prov. Do Cuanza-Norte 20.874,4 19.409,1 93,0 16.049,9 16.000,8 99,7 21,3
14 Governo Prov. De Cabinda 37.835,8 35.170,6 93,0 26.514,0 26.459,7 99,8 32,9
15 Governo Prov. De Luanda 71.826,9 65.874,8 91,7 31.400,3 31.336,4 99,8 110,2
16 Governo Prov. Do Zaire 22.097,8 21.525,0 97,4 15.777,5 15.772,8 100,0 36,5
17 Governo Prov. Da Huíla 53.868,0 49.505,7 91,9 30.396,3 30.361,6 99,9 63,1
18 Governo Prov. Do Namibe 21.887,0 19.372,8 88,5 17.687,4 17.683,9 100,0 9,6
Total 681.629,5 620.153,3 91,1 541.784,1 541.047,9 99,8 14,6
Fonte: SIGFE
O quadro acima apresenta a execução da despesa por Província, que teve um orçamento de Kz
681.629.5 milhões, com o grau de execução de 91,1 %. Comparativamente ao exercício anterior,
houve um acréscimo de 14,6%;
Página 85 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
➢ Luanda, 110,2%
➢ Huíla, 63,1%
Total 620.153,3
Fonte: SIGFE
Página 86 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 87 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Positivas
Negativas
Página 88 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
O valor da despesa orçamentada do PIP para os órgãos centrais aumentou em 131,0% e para os
órgãos locais diminuiu em 5,0%, resultando num aumento global de 91,0% comparativamente ao
exercício anterior;
A percentagem do PIP sobre a despesa orçamentada subiu para 24,3% em 2013, contra 18,7% de
2012, conforme gráfico a seguir:
Página 89 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 90 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 91 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 92 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 93 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
O quadro abaixo mostra a execução do PIP dos Órgãos Centrais do Estado em 2013, em relação
ao ano de 2012:
Fonte: CGE
Página 94 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
• Destaca-se o facto de organizações com impacto social sobre a melhoria da vida dos
cidadãos, tais como o Fundo de Apoio Social, a Comissão Executiva de Desminagem e a
Comissão Nacional de Implementação do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação,
não terem sido contempladas com recursos financeiros;
Página 95 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
O quadro a seguir apresenta a comparação dos dados constantes da CGE com os do Relatório do
Balanço de Execução do PIP fornecido pelo MPDT:
Página 96 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Constatação
Página 97 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Neste prisma, a análise incidiu sobre a variação e peso do respectivo orçamento atribuído a estes
órgãos, sintetizados no quadro a seguir:
Página 98 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Página 99 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
Nesta vertente, foram comparados os dados da CGE e os fornecidos pelo MPDT, referente a
execução do PIP do exercício financeiro de 2013, resumidos no quadro abaixo:
Constatação
O quadro a seguir compara o grau de execução física relatada pelo MPDT com as apuradas nos
mapas de execução física e financeira recolhida nas entidades que foram objecto de visita no
âmbito dos trabalhos preparatórios à emissão do presente Parecer:
Taxa média de
Taxa média de execução física
Nº Entidade execução física
apurada no campo
MINPLAN
Constatação
Existe incompatibilidade entre o grau de execução física apurada junto das entidades durante os
trabalhos de campo e o relatado pelo MPDT.
Constatações
a) Projectos pagos sem qualquer grau de execução física, que totalizaram o montante de Kz
5.088,3 milhões, conforme quadro a seguir:
b) Projectos pagos cuja execução financeira encontra-se acima da execução física, que
totalizaram o valor de Kz 13.756,2 milhões, equivalentes a uma taxa média de execução
financeira de 69,3% e de execução física de apenas 28,4%, conforme quadro a seguir:
Em sede da avaliação dos dados da CGE, o TC efectuou visitas ao MED, MINCONS, MINEA,
MINSA, MINTRANS, MINUHA e as Províncias do Bengo, Benguela, Huambo, Huíla, Moxico
e Uíge, para verificar os níveis da execução física dos projectos seleccionados por amostragem
comparativa à respectiva execução financeira.
• MED
Constatações
a) Ausência de estrutura específica para a biblioteca na escola do Segundo Ciclo n.º 2035 –
Nova Vida, originando o acondicionamento de livros em lugares impróprios (dispensa),
acelerando a depreciação e privando os estudantes no acesso aos mesmos, conforme
fotografia a seguir:
Fotografia 1
c) No âmbito dos projectos de Reforço da Qualidade de Ensino Secundário, bem como “Li-
Acções Complementares”, foram executados contratos de empreitadas que, pelo seu
valor, estavam sujeitos ao visto prévio do TC, e que não foram submetidos à fiscalização
preventiva. Os mesmos contratos não cumpriram a condição prevista no n.º 11 do artigo
5.º Decreto Presidencial n.º 309/10, de 29 de Dezembro, conforme quadro a seguir:
• MINCONS
Constatações
Fotografia 2
Fonte: TC
Fotografia 3
Fonte: TC
Fotografia 4
Fonte: TC
Fotografia 5
Fonte: TC
Praia da Nicha
As obras com um avanço significativo tiveram início em Agosto de 2013 e com um prazo de
execução de 24 meses e apresentam uma evolução da execução física na ordem dos 75%.
Fotografia 6
Fonte: TC
A Requalificação das Infra - Estruturas da Praia da Nicha divide-se em três partes, todas situadas
no bairro do Benfica, a saber:
b) Requalificação da Praia
Nota-se um avanço significativo desta obra, na ordem dos 70% da execução física, incluindo a
iluminação, os bancos públicos, ciclovia entre outros.
As obras relativas a construção das vias de acesso à praia encontravam-se com 75% de execução
física.
Fotografia 7
Fonte: TC
Fotografia 8
Fonte: TC
1 Bengo 2. 12.007,6
Construção 11.877,0
de moradias 98,9 7.911,7 7.905,5 99,9 51,8 5,1
2 Benguela 8.143,8 7.753,2 95,2 12.285,9 12.279,6 99,9 -33,7 3,5
3 Bié a) Construção6.951,2 6.809,8 no Panguila
de Casas Sociais 98,0 7.952,2 7.941,9 99,9 -12,6 3,0
4 Cabinda 16.883,5 15.774,0 93,4 26.160,9 26.160,8 100,0 -35,5 7,2
Cuando
Projectocom uma execução física de 65%, onde estão a ser construídas casas sociais do tipo T2,
5 Cubango 19.136,2 15.360,4 80,3 13.818,0 13.817,2 100,0 38,5 8,1
com um prazo de execução de 8 meses, a partir do dia 10 de Outubro de 2013.
6 Cuanza Norte 9.748,4 9.465,8 97,1 11.347,1 11.345,5 100,0 -14,1 4,1
Este Sul
7 Cuanza projecto
encontra-se
5.289,2 com 4.815,8
um atraso de aproximadamente
91,0 9.116,55 meses,
9.111,1por alegada99,9
falta de-42,0 2,2
8 Cunene 10.654,4
pagamento da última parcela do10.547,2
contrato. 99,0 10.241,3 10.240,6 100,0 4,0 4,5
9 Huambo 10.057,6 9.962,3 99,1 13.756,8 13.749,3 99,9 -26,9 4,3
10 Huila 11.987,3 11.801,4 98,4 14.389,9 14.385,8 100,0 -16,7 5,1
11 Luanda
Fotografia 9 41.789,7 32.243,6 77,2 46.500,5 46.248,6 99,5 -10,1 17,7
12 Lunda Norte 14.287,6 13.238,8 92,7 11.711,1 11.502,5 98,2 22,0 6,1
13 Lunda Sul 9.601,3 8.866,6 92,3 7.782,4 7.772,4 99,9 23,4 4,1
14 Malange 14.550,9 14.310,8 98,3 13.081,4 13.067,8 99,9 11,2 6,2
15 Moxico 19.595,3 19.423,8 99,1 15.020,7 15.018,1 Página 100,0
113 de 201 30,5 8,3
16 Namibe 4.746,7 4.575,2 96,4 6.901,4 6.897,4 99,9 -31,2 2,0
17 Uìge 12.612,2 10.195,9 80,8 11.665,0 11.662,2 100,0 8,1 5,4
18 Zaíre 7.555,9 7.371,6 97,6 8.388,0 8.383,7 99,9 -9,9 3,2
República de Angola
Tribunal de Contas
Fonte: TC
b) Observou-se a subtracção
1 Bengo 12.007,6 de portas,
11.877,0janelas, loiça
98,9sanitária7.911,7
das casas7.905,5
em construção,99,9 51,8
dificultando a conclusão
2 Benguela das obras7.753,2
8.143,8 pelo empreiteiro.
95,2 12.285,9 12.279,6 99,9 -33,7
3 Bié 6.951,2 6.809,8 98,0 7.952,2 7.941,9 99,9 -12,6
4 Cabinda 16.883,5 15.774,0 93,4 26.160,9 26.160,8 100,0 -35,5
Cuando
5 Cubango 19.136,2 15.360,4 80,3 13.818,0 13.817,2 100,0 38,5
6 Cuanza Norte 9.748,4 9.465,8 97,1 11.347,1 11.345,5 100,0 -14,1
7 Cuanza Sul 5.289,2 4.815,8 91,0 9.116,5 9.111,1 99,9 -42,0
8 Cunene 10.654,4 10.547,2 99,0 10.241,3 10.240,6 100,0 4,0
9 Huambo 10.057,6 9.962,3 99,1 13.756,8 13.749,3 99,9 -26,9
10 Huila 11.987,3 11.801,4 98,4 14.389,9 14.385,8 100,0 -16,7
11 Luanda 41.789,7 32.243,6 77,2 46.500,5 46.248,6 99,5 -10,1
12 Lunda Norte 14.287,6 13.238,8 92,7 11.711,1 11.502,5 98,2 22,0
13 Lunda Sul 9.601,3 8.866,6 92,3 7.782,4 7.772,4 99,9 23,4
14 Malange 14.550,9 14.310,8 98,3 13.081,4 13.067,8 99,9 11,2
15 Moxico 19.595,3 19.423,8 99,1 15.020,7 15.018,1 100,0 30,5
Fotografia 10
16 Namibe 4.746,7 4.575,2 96,4 6.901,4 6.897,4 99,9 -31,2
17 Uìge 12.612,2 10.195,9 80,8 11.665,0 11.662,2 100,0 8,1
18 Zaíre 7.555,9 7.371,6 97,6 8.388,0 8.383,7 99,9 -9,9
Página 114 de 201
Total 235.598,7 214.393,1 91,0 248.030,8 247.489,9 99,8 -5,0
República de Angola
Tribunal de Contas
Fonte: TC
Projecto concluído na íntegra, apenas encontrou-se uma dificuldade para distinção das mesmas,
por falta de dados que o diferenciam das demais casas de igual padrão cuja construção esteve a
cargo de outros organismos, conforme foto a seguir:
Fotografia 11
Fonte: TC
• MINEA
Energia
Constatação
Águas
Constatações
• MINSA
Constatação
De acordo com a tabela do PIP fornecida pela entidade, a previsão de conclusão desta empreitada
está para o ano 2016.
Fotografia 12
Fonte: TC
Fotografia 13
Fonte: TC
Dentro destas melhorias, foram edificados dois edifícios de raiz, que albergam o Centro de
Hemodiálise e os Serviços de Medicina Física e Reabilitação.
Fotografia 14
Fotografia 15
Centro de Hemodiálise
Fonte: TC
Laboratório Central serve de testagem dos níveis de resistência do vírus por método de análises
de sangue, com vista à prescrição médica adequada dos retrovirais.
Fotografia 16
Fonte: TC
• MINTRANS
Constatações
b) O projecto relativo a aquisição de 4 Catamarãs vem marcando sua presença nos PIP de
2011, 2012 e 2013. Apesar de neste último exercício ter sido pago o montante de Kz
104,2 milhões, até Outubro de 2014 apenas dois foram recebidos e aguardavam o
respectivo desalfandegamento.
De realçar que os dois Catamarãs que se encontram em funcionamento são fretados e não
propriedade do Estado Angolano;
Fotografia 17
Catamarã fretado
d) Verificou-se que foram celebrados e executados contratos sem passarem pela fiscalização
preventiva do TC, contrariando o disposto no n.º 3 do artigo 9.º da Lei n.º 2/13 de 7 de
Março, combinado com a alínea d) do n.º 1 do artigo 15.ºdo Decreto Presidencial n.º
320/11, de 30 de Dezembro, conforme espelhados no quadro a seguir:
• MINUHA
Constatação
Verificou-se que durante o exercício financeiro de 2013 foram executados projectos não
previstos no OGE, em desacordo com o previsto no n.º 7 do artigo 15.º e na alínea b) do n.º 1 do
artigo 30.º, ambos da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, combinado com a alínea b) do n.º 2 e n.º 3 do
artigo 8.º da Lei n.º 2/13, de 7 de Março, conforme demonstrado no quadro a seguir:
• BENGO
Constatações
Verificou-se que muitos dos contratos firmados entre o Governo Provincial do Bengo e os
empreiteiros, apresentam os mesmos problemas técnicos. Os factos mais relevantes são:
Fotografia 18
Fonte: TC
Fotografia 19
Fonte: TC
Outrossim, relativamente a este projecto não foi verificada execução de qualquer natureza
em 2013, facto que indica sua conclusão em 2012;
Fotografia 20
Fonte: TC
Fotografia 20
Fonte: TC
Fotografia 21
Fonte: TC
Fotografia 223
Fonte: TC
Fotografia 23
Fonte: TC
Fotografia 24
Fonte: TC
• BENGUELA
Constatações
b) Não foram encontradas obras paralisadas, o que mostra que existiram boas formas
de persuasão entre o Governo da Província e empreiteiros locais;
Fotografia 25
Fonte: TC
Constatações
• HUÍLA
Constatações
a) Foram identificados no PIP de 2013 projectos que se repetem desde 2011, conforme
espelhados no quadro a seguir:
Orçamentado
N.º Projecto ou Actividade
2013 2012 2011
37 Programa Água Para Todos/Huíla 300,0 - -
Programa Infra-Estr (Água, Luz, Acessos, Saneam) Áreas Lot.Cont.200
38 Fogos 553,8 - -
39 Projecto Integrado de Combate a Pobreza e Desenvolv. Rural 429,4 - -
40 Projectos De Segurança Alimentar /Huila 150,0 68,0 -
41 Reab. Expansão Redes De Distribuição Energia/Lubango/Huila 155,0 250,4 97,5
42 Reabilitação Da Rede Produção Distrib Àgua Comuna Da Huila 130,2 150,0 -
43 Reabilitação Da Rede Produção Distrib Àgua Na Jamba/Huila 130,2 150,0 -
44 Reabilitação Da Rede Produção Distrib.Água Na Arimba/Huíla 130,2 150,0 -
45 Reforço Institucional/Huila 325,3 - -
46 Rep. Ruas Bº Periféricos ( Quilen. Mut. Eywa Tchanja Fer. Lubango/Huila 707,1 65,0 -
47 Reparação Das Ruas Dos Bairros Periféricos Cidade Do Lubango/Huila 277,0 264,6 -
48 Saneamento Básico Dos Bairros Periféricos Cidade Do Lubango 200,0 205,5 250,0
Totais 11.547,3 4.660,3 1.549,6
Fonte: OGE 2011, 2012 e 2013
b) Dos projectos autorizados na Lei n.º 2/13, de 7 de Março, 65,0% foram reconduzidos
do PIP dos dois exercícios anteriores. Os novos representaram 35,0%, entretanto
deste percentual, mais da metade não foi liquidado, conforme demostrado no gráfico
a seguir:
• MOXICO
Constatações
Fotografia 26
Fonte: TC
Fotografia 27
Fonte: TC
Fotografia 28
Fonte: TC
Fotografia 29
Fonte: TC
• UÍGE
Constatações
Para execução desta empreitada, foi celebrado um contrato no valor de Kz 350,0 milhões. A obra
apresentou um atraso, considerando o fim previsto para o ano de 2013.
Fotografia 30
Recomendações
8. Cumprir com os dispositivos dos diplomas legais em vigor no que tange ao envio dos
contratos para fiscalização prévia do TC (UO);
9. Envidar esforços no sentido de aproveitar as obras que não tiveram ainda o alcance social
pretendido, como exemplo o posto de saúde do Dande, província do Bengo, que à data da
verificação física, encontrava-se em estado de abandono;
Fonte: CGE
O ISEP tem como missão, de natureza técnica, o acompanhamento das empresas inseridas no
Sector Empresarial Público em ordem a que criem valores acrescentados em condições de
máxima eficiência e dar continuidade aos processos de privatizações e reprivatizações e
propondo a redefinição da sua politica.
Constatações
a) O valor total das alienações das empresas apresentadas pelo relatório do ISEP difere
do valor total das alienações das empresas exibido no SIGFE em Kz 652,4 milhões,
conforme quadro a seguir:
Recomendação
Constatação
Recomendação
Regularizar a situação jurídica das empresas que ainda se encontram com a denominação de
UEE (UO).
O Estado tem participação directa em 26 empresas, na forma de quotas, com maior realce para o
Sector da Indústria com 8 empresas. Neste universo, a maior participação recai ao BPC com
99,0% e a menor na Empresa SIGA com menos de 1,0%.
Eka
4,0
Recomendação
Envidar esforços no sentido de cobrar regularmente os dividendos devidos ao Estado referentes a
sua participação nas empresas do Sector Empresarial Público que apresentarem resultados
positivos.
Os documentos remetidos pelo ISEP não permitiram fazer análise dos dividendos recebidos com
as participações indirectas do Estado, uma vez que não foi prestada nenhuma informação
relativamente aos mesmos;
As Receitas do Estado (Dividendos e Privatizações) para o exercício de 2013, teve uma variação
negativa na ordem de 87,2% em relação ao ano de 2012. De igual modo a Receita Própria
(Emolumentos) registou uma variação negativa de 78,5%, conforme quadro e gráfico a seguir:
O Balanço Financeiro, nos termos do artigo n.º 60.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, demonstra a
receita e a despesa orçamental, bem como os pagamentos e recebimentos de natureza extra-
orçamental, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior e os que se
transferem para o exercício seguinte.
Activo
Quadro 59: Balanço Patrimonial
Activo 2013 2012 Varição
(1) (2) (1-2)/2*100
Activo Circulante 3.410.351,8 3.878.739,9 -12,1
Disponível 2.495.346,7 2.265.738,2 10,1
Disponível no País 1.826.557,8 0,0
Disponível no Exterior 668.788,9 0,0
Créditos em Circulação 188.926,5 362.745,1 -47,9
Dívida Fiscal 92.735,9 362.745,1 -74,4
Outros Créditos 96.190,6 0,0
Valores Pendentes Activos 726.078,6 1.250.256,6 -41,9
Realizável a Longo Prazo 201.943,7 201.353,6 0,3
Instit. e Agentes Devedores - Longo
Prazo 201.943,7 201.353,6 0,3
Activo Permanente 8.608.309,1 4.061.807,3 111,9
Investimentos de Natureza Financeira 201.863,8 25.875,6 680,1
Passivo
Quadro 60: Balanço Patrimonial
Constatações
a) O descritivo da CGE com Resumo Geral da Execução da Receita por Natureza remetido
no âmbito da CGE apresenta diferença de Kz 88.226.828.510,0 na Receita Arrecadada,
conforme quadro a seguir:
Valores Diferença
Relatórios remetidos na CGE 1 2 (1-2)
Valores Diferença
Relatórios remetidos no âmbito da CGE 1 2 (1-2)
Demonstração das
Designação Variações Balancete
Patrimoniais
Mutações Patrimoniais
Activas Extra
Orçamentais Saldo da Conta 6.2.2 7.961.208.672.550,2 7.961.460.104.333,2 -251.431.783,0
II – Resultado
Patrimonial do Período,
Resultado Patrimonial pag. 29 do Balancete 84.967.124.360,7 88.464.114.867,3 -3.496.990.506,7
Mutações Patrimoniais
Passivas Saldo da Conta 5.2.2 4.537.693.933.983,7 4.711.376.604.994,7 -173.682.671.011,0
Fonte: CGE
Recomendação
Constatações
Esta diferença resulta do facto de existir algumas contas, como as das UO no exterior, que são
registadas no SIGFE pela DNCP, com base nas prestações de contas, e as relacionadas com as
Linhas de Crédito sob o domínio da UGD, mas que a DNT como órgão de gestão financeira do
Estado não exerce o controlo sobre as mesmas.
Recomendações
• Património
Inventário Patrimonial
Ao abrigo da alínea j) do artigo 58.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, deve compor a CGE, o
inventário consolidado do património do Estado.
Por outro lado, a alínea d) do n.º 1 do artigo 7.º da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, estabelece que o
Parecer a emitir sobre a CGE deve apreciar o inventário do património do Estado.
O Património do Estado é regido pela Lei n.º 18/10, de 6 de Agosto. Este diploma legal
estabelece as bases gerais e o regime jurídico do património que integra o domínio público do
Estado e das autarquias locais, bem como o regime jurídico do controlo da gestão do património
que integra o domínio privado do Estado, das autarquias locais e do património próprio dos
institutos públicos e de outras pessoas colectivas públicas pertencentes ao sector público
administrativo.
A CGE reporta o valor do inventário líquido que totalizou em Kz 6.074.110,0 milhões, resultante
do processo de inventariação da Administração Local, Central e das Empresas do Sector Público,
cuja desagregação é apresentada no quadro e gráfico a seguir:
Os organismos do Estado têm investido na aquisição de bens patrimoniais, com vista a obter
ganhos de eficiência no desempenho das suas actividades.
Aquisição de Bens
Categoria do Bem
Quantidade Aquisições Kz
Bens Móveis 510.034 153.728,4
Veículos 6.209 54.915,5
Bens do Domínio Priv. Do Estado 2.112 181.617,3
Bens do Domínio Pub. Do Estado 469 284.978,9
Activo Intangível 1.748 41.683,6
Total 989.103 716.923,7
Fonte: SIGPE
Constatações
Recomendação
Classificador Patrimonial
Entende-se por classificador patrimonial a tabela do SIGPE que contém códigos, natureza do
bem, designação, número de anos de vida útil para bens novos e usados, que é aprovado por
decreto-executivo, conforme o n.º 1 do artigo 39.º, do Decreto Presidencial n.º 177/10, de 13 de
Agosto.
Processo de Abates
De acordo com informações recolhidas na respectiva área técnica da DNPE, o processo de abates
observa os seguintes procedimentos:
Constatações
Há elementos em falta em dois processos de abates tomados para análise, conforme segue:
a) Processo de abate á carga de bens móveis não contém o respectivo auto, conforme
determina o n.º 3 do artigo 11.º, do Decreto Presidencial n.º 177/10, de 13 de Agosto;
b) Processo de abate de veículos não dispõe de todas as informações exigidas para que
o mesmo seja considerado amortizado, tais como: assinatura, valor de aquisição e
valor contabilístico à data do abate.
Recomendações
Constatação
Não foi elaborado o processo de etiquetagem, o que dificulta a localização do bem, face a
inexistência do número de inventário.
Recomendação
Este processo de aquisição revela uma certa complexidade nas suas acções devido a dificuldade
de aplicação dos dispositivos legais relacionados ao processo.
Constatações
b) A DNPE tem-se deparado com inúmeras dificuldades para efectuar o controlo dos bens
registados pelas UO, devido a má inserção dos dados no Sistema, no que tange à
diferenciação da categoria do bem.
Recomendações
Após registos das construções em curso e as grandes reparações pelos gestores, no momento da
efectivação dos pagamentos, é realizado como se de um novo projecto se tratasse, isto é:
E na conclusão da obra, a situação permanece a mesma visto que o Sistema fica impossibilitado
de finalizar o processo e dar o tratamento contabilístico adequado.
Constatação
Recomendação
Incluir na CGE, no âmbito do dever de cooperação previsto nos termos dos artigos 18.º e
50.º da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, a relação dos gestores que não procederem
relativamente a sua UO, o inventário patrimonial e daqueles que não observam as
orientações relacionadas ao registo e controlo das construções em curso e grandes
reparações, nomeadamente quanto a conclusão das obras, para que o TC possa tomar as
medidas adequadas.
• Dívida Pública
A dívida pública é fundamentada na Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro e Decretos n.ºs 51/03 e
52/03, ambos de 8 de Julho.
Em complemento, a Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, estabelece nos seus artigos 53.º e 57.º as
tipologias da dívida pública e no artigo 71.º as condições e os limites a serem observados no
âmbito da sua gestão.
Por meio da Lei n.º 2/13, de 7 de Março, foi previsto uma necessidade de financiamento interno
e externo conforme demonstrado no quadro a seguir:
Do quadro acima verifica-se que o OGE de 2013 previu um limite de endividamento na ordem
de Kz 1.215.912,6 milhões a ser assegurado com recurso ao mercado externo no montante de Kz
774.912,6 milhões, e no mercado interno no montante de Kz 441.000,0 milhões.
Destacam-se nessa rubrica os financiamentos externos diversos, cuja realização alcançou níveis
de execução de 13,7%. Inversamente, pode-se constatar a influência significativa do
financiamento interno com uma execução de 95,3%.
O quadro acima mostra a Dívida Pública Governamental de Kz 2.847.969,8 milhões, dos quais
Kz 1.499.513,7 milhões corresponde a dívida interna e Kz 1.348.456,1 milhões à dívida externa,
com participação no total de 52,7% e 47,3%, respectivamente.
A dívida interna de curto prazo foi de Kz 318.246,3 milhões, com 11,2% de participação no total
da dívida e a de médio e longo prazo no montante de Kz 1.181.267,4 milhões com 41,5% de
participação.
A dívida externa de curto prazo ascendeu a Kz 10.330,3 milhões, com peso de 0,4% no total da
dívida e a de médio e longo prazo de Kz 1.338.125,8 milhões, com 47,0% de participação.
No quadro a seguir apresenta-se o comportamento da dívida pública nos três últimos exercícios:
No quadro exposto, verifica-se uma tendência de crescimento regular da dívida interna de médio
e longo prazo, tendo representado, relativamente ao stock de cada período, uma participação de
37,5%, 39,2% e 41,5%, respectivamente.
Analogamente, foi observado uma tendência pouco regular na dívida externa de médio e longo
prazo que passou de 43,5% de participação no total da dívida, em 2011, para 50,7% em 2012,
tendo em 2013 apresentado um decrescimento de 47% de peso no total.
O gráfico a seguir representa, em resumo, a evolução da dívida nos períodos entre 2011 a 2013:
No exercício em apreço, verificou-se que o Stock Global da Dívida Pública atingiu a cifra de Kz
4.167.176,4 milhões, cuja composição compreende Kz 2.847.969,8 milhões de Dívida
Governamental, com participação de 68,3% do total e a dívida contraída pelas instituições
públicas no montante de Kz 1.319.206,6 milhões, com participação de 31,7%.
Compõe a dívida das instituições públicas, o montante de Kz 20.706,0 milhões da TAAG, com
participação de 0,5% do total e Kz 1.298.500,6 milhões da SONANGOL, com 31,2%.
No quadro a seguir são expostas as operações que determinaram o stock do serviço da dívida em
2013:
Em atenção ao quadro, observa-se que o serviço global da dívida em 2013, compreendendo todos
os seus componentes, registou um montante de Kz 829.146,3 milhões, dos quais Kz 584.077,6
milhões referem-se a dívida interna e Kz 245.068,7 milhões a dívida externa, com participação
no total de 70,4% e 29,6%, respectivamente.
Constatação
O RTT refere que o serviço da dívida titulada em OT foi de 255.943,1 milhões. Este valor
comparado ao constante do BPAE verificou-se uma diferença de Kz 2.856,8 milhões.
Recomendação
Obrigações do Tesouro
As OT são instrumentos de médio e longo prazo utilizados pelos Estados no processo de atrair
financiamento para assegurar desequilíbrios orçamentais.
Em obediência a Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, em 2013 foram utilizados estes instrumentos
cujas finalidades deveram-se à capitalização do BNA e financiamento do OGE.
O Decreto Presidencial n.º 21/13, de 16 de Abril, autorizou o Ministro das Finanças a recorrer a
emissão de OT para financiamento do PIP, materializada pelos Decretos Executivos n.ºs 126 e
127/13, ambos de 26 de Abril, por meio de OT-MN-TXC e OT-MN-NR fixadas em igual valor,
no limite de Kz 144.450,0 milhões, realizados nas modalidades de leilão de quantidade e de
preços junto das instituições financeiras habilitadas.
No decurso da execução do OGE, foi autorizado, por meio do Decreto Presidencial n.º 163/13,
de 22 de Outubro, a redução do limite de receitas de financiamento da economia externa do OGE
de 2013, por contrapartida de equivalente aumento do limite de receitas de financiamento da
economia interna, tendo em conta as condições favoráveis de endividamento interno.
De igual modo, o limite de emissão das OT previsto no Decreto Executivo n.º 127/13, de 26 de
Abril, foi aumentado de Kz. 144.450,0 milhões para Kz 301.153,0 milhões.
Foi ainda autorizado pelo Decreto Presidencial n.º 164/13, de 22 de Outubro, a emissão especial
de OT-MN no limite de Kz 144.500,0 milhões, com o objectivo de se regularizar os atrasados
decorrentes de execução do OGE de exercícios findos de 2010, 2011 e 2012, tendo o Ministro
das Finanças executado tal autorização por meio do Decreto Executivo n.º 399/13, de 25 de
Novembro.
O quadro a seguir apresenta as OT-MN por maturidade inicialmente aprovadas pelo PAE e as
posteriores revisões, relevando-se as diferenças daí resultantes, bem como a respectiva variação:
Pela análise do quadro, percebe-se que houve uma restruturação global das emissões de OT na
ordem de 88,9%, com maior concentração nas maturidades de 2 e 3 anos, enquanto as OT com
maturidades de 4 anos observaram uma diminuição de 7,1% do montante inicialmente previsto.
Constatação
O RTT de 2013 refere que as emissões de OT-MN totalizaram até Dezembro o montante de Kz
427.635,6 milhões, incluindo as destinadas a capitalização do BNA. Este valor comparado ao
constante do BPAE verifica-se uma diferença de Kz 3.203,8 milhões.
Recomendação
Bilhetes do Tesouro
Os BT são instrumentos financeiros de curto prazo de que se serve o Estado para financiar o
OGE.
O Decreto Presidencial n.º 19/13, de 16 de Abril, autorizou o Ministro das Finanças a recorrer a
Emissão de Títulos da Dívida Pública Directa para financiar o OGE. Foi estabelecido por
Decreto Executivo n.º 124/13, de 26 de Abril, a emissão de BT no limite de Kz 240.750,0
milhões.
Assim, com vista a assegurar a execução do OGE do último trimestre de 2013, estabeleceu-se
através do Decreto Executivo n.º 400/13, de 25 de Novembro, o aumento para Kz 306.370,4
milhões, conforme quadro a seguir:
Do quadro verificou-se que as emissões inicialmente autorizadas foram revistas numa proporção
para mais de 27,3%, cuja realização atingiu 99,8% do programado revisto, sendo as emissões
com maturidade de 364 dias, as que mais determinaram para tal resultado com uma execução de
102,1%.
Avales e Garantias
Os Avales e Garantias constituem uma forma indirecta de dívida pública, através dos quais o
Estado assume a responsabilidade de pagar a dívida do credor em caso de incumprimento.
Esta prerrogativa foi salvaguardada na alínea a) do artigo 5.º da Lei n.º 2/13, de 7 de Março.
Constatação
Recomendação
• Restos a Pagar
De acordo com os n.ºs 1 e 2 do artigo 38.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, são inscritos em
restos a pagar as despesas liquidadas no SIGFE e não pagas até ao encerramento do exercício
financeiro, após devidamente reconhecidas pela autoridade competente.
O quadro a seguir apresenta o resumo de restos a pagar por natureza económica de despesa, na
perspectiva dos montantes inscritos, pagos, cancelados e a pagar de 2012 a 2013.
600000
480.813,3 480.813,3
500000
400000
2012
300000 2013
200000
100000
36.242,2
24.499,6 11.742,6
0 0,0 0,0 0,0
Inscrito Pago Cancelado A pagar
O quadro a seguir demonstra o top 20 das 444 unidades identificadas em 2013 que inscreveram
despesas em restos a pagar, tendo a avaliação recaída sobre o grau de participação destes no
montante total inscrito.
No âmbito dos trabalhos preparatórios para a emissão do Parecer à Conta Geral do Estado, a
análise dos restos a pagar a nível das UO visitadas permitiu identificar diferenças entre os
registos dos relatórios de restos a pagar nas UO e os constantes no SIGFE, conforme quadro a
seguir:
Constatações
a) Verificou-se uma diferença entre o valor das RRP das UO e os registos do SIGFE, de Kz
33.911,1 milhões;
Recomendações
1. Compatibilizar as informações relativas a restos a pagar nos registos do SIGFE e das UO;
• Património Líquido
Constatações
Total 449,2
Fonte: SIGFE
Total 30.374,0
Fonte: SIGFE
Recomendação
Com este incremento, foram criados novos postos de trabalho para 40 (quarenta) candidatos
residentes nos municípios cujos novos serviços foram implementados.
Gráfico 34: Comparação de Receitas Operacionais e Despesas com Protecção Social 2013 e 2012
Constatação
Observou-se que apesar da diminuição no número dos pensionistas, a despesa com a protecção
social sofreu uma variação de 29,8% não comentada nas notas técnicas, constituído
maioritariamente pela pensão de reforma por velhice, que ocupou 86,5% do total da rubrica.
Recomendação
Evidenciar nas notas técnicas das contas da Demonstração de Resultados, explicando as razões
das variações relevantes ocorridas nas rubricas.
• Receitas Correntes
Constatação
Verificou-se a existência de contribuintes por conta própria, porém, a correspondente conta de
arrecadação de receitas 4.1.1.1.1.04 – Trabalhadores por Conta Própria apresenta saldo nulo.
Recomendação
Adoptar mecanismos com vista a arrecadação das contribuições dos trabalhadores por conta
própria, cuja receita não foi evidenciada na correspondente conta das Demonstrações
Financeiras.
• Despesas Correntes
• Resultado
2012 2013
Página 186 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
A análise dos dados do INSS comparados com os do SIGFE permitiu elaborar o quadro e o
gráfico a seguir:
Diferença 1,9
Constatação
Do confronto entre os dados constantes do Relatório de Encerramento do Exercício Financeiro
de 2013 apresentado pelo INSS e dos registos extraídos do SIGFE do mesmo exercício,
verificou-se uma divergência entre os registos contabilísticos da receita e despesa realizadas.
Recomendação
Compatibilizar a contabilização de dados futuros de realização da receita e da despesa do INSS
com o SIGFE;
Foi possível observar que a execução da despesa registada no SIGFE foi de 100,0% e a da
Receita de 203,7% conforme se demonstra a seguir:
Constatação
Este valor é relativo às pensões por invalidez pagos pelo INSS provenientes do MINFIN, de
acordo com o processo de Lusaka, através da Resolução n.º 11/96, do Conselho de Ministros.
De acordo com as informações do INSS, o referido valor foi inicialmente pago com
transferências do OGE feitas pelo MINFIN que posteriormente deixou de fazê-los, momento em
que o INSS continuou os pagamentos com recursos próprios, constituindo em contrapartida as
correspondentes provisões.
Recomendação
Constatação
As notas técnicas das contas do balanço de 31/12/2013 no que tange ao disponível em moeda
estrangeira, não fazem referência a taxa de câmbio utilizada para conversão dos saldos em
Kwanzas, informando apenas o total do contravalor.
Recomendação
Evidenciar com maior clareza nas notas técnicas das contas do balanço, indicando em relação às
moedas que compõem os saldos das contas bancárias em moeda estrangeira o saldo na respectiva
moeda, a taxa de câmbio adoptada e o correspondente contravalor em Kwanzas.
Constatação
Recomendação
Espelhar de forma detalhada nessa conta os bancos que compõem o seu saldo, para maior
transparência e atender os princípios universais de contabilidade que orientam a escrituração dos
débitos e créditos com individualização do devedor e credor e especificação da natureza e valor.
• Investimentos
Imóveis
Constatação
De realçar que a conta referida anteriormente integra a estrutura de custos do plano de contas,
quando na realidade estamos em presença de formação bruta de capital fixo.
Recomendações
1. Observar os PCGA relativos a classificação contabilística dos imobilizados;
2. Inventariar os bens patrimoniais objecto da contratação.
Móveis
Constatação
Recomendação
Constatação
Verificou-se que foram celebrados contratos de empreitada sem a devida remessa ao TC para
efeito de visto prévio. Outrossim, a letra dos contratos não faz menção do contravalor em
Kwanzas, conforme quadro a seguir:
Recomendações
1. Submeter de forma regular os contratos sujeitos ao visto prévio do TC conforme a
LOPTC e a Lei Anual do OGE;
Constatações
“4. Em face do Resultado positivo do Exercício, apela-se mais uma vez, à semelhança
dos pareceres emitidos anteriormente, que o Conselho Fiscal não vê qualquer
inconveniência para que as contas do Instituto sejam auditadas por auditores
independentes.”
Recomendação
Cumprir as recomendações do Conselho Fiscal que integram o Relatório de Encerramento do
Exercício Financeiro de 2013.
4. Conclusão
4. Conclusão
O Parecer que o TC emite sobre a CGE do exercício financeiro de 2013, é o terceiro na história
do Tribunal.
Apesar de ter havido uma evolução na cooperação das entidades, notou-se ainda a resistência de
alguns órgãos no que tange a disponibilização das informações e documentos solicitados, não
obstante as disposições do artigo 18.º da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, imporem o dever de
cooperação a todas Instituições públicas e privadas.
Às entidades que não cooperaram, em devido tempo, o TC poderá assacar responsabilidades nos
termos das alíneas e), f) e g) do n.º 1 e n.ºs 2 e 3, todos do artigo 29.º da Lei n.º 13/10, de 09 de
Julho.
A análise foi realizada com base nas visitas efectuadas aos órgãos e entidades ao nível Central e
Local, documentos apresentados pelos gestores, consultas online ao SIGFE, relatórios de
execução e Demonstrações Financeiras contidas na CGE, bem como nos dados constantes dos
Relatórios de auditorias realizadas pelo TC e na base de dados do SIGTC.
É de referir que a elaboração da CGE, mesmo não contendo ainda todos os elementos
necessários para a sua elaboração, é um exercício que irá paulatinamente permitir que as futuras
Contas sejam apresentadas nos termos prescritos na lei, como é costume nos Países com tradição
em matéria de apresentação da CGE.
O Parecer de 2013 que, de acordo com a legislação, deve ser enviado à AN, foram formuladas 50
recomendações, sob forma de propostas de medidas a adoptar para melhorar a gestão económica,
financeira e patrimonial dos recursos do OGE e do sector público em geral.
O Parecer emitido pelo TC, também incorpora um carácter pedagógico, através das
recomendações formuladas que visam alcançar, dentre outros, os seguintes objectivos:
5. Parecer
5. Parecer
CONSIDERANDO, que a Conta Geral do Estado referente ao exercício financeiro de 2013 foi
apresentada pelo Presidente da República à Assembleia Nacional;
TENDO EM CONTA que a Assembleia Nacional solicitou nos termos da alínea b) do artigo
162.º da Constituição da República, combinado com os n.ºs 1 e 2 do artigo 63.º da Lei n.º 15/10,
de 14 de Julho, o Parecer do Tribunal de Contas sobre a referida Conta Geral do Estado;
CONSIDERANDO que a análise técnica sobre a Conta Geral do Estado referente ao exercício
financeiro de 2013, bem como a emissão deste Parecer, não prejudica a apreciação posterior das
contas e responsabilização dos gestores públicos pelo Tribunal de Contas, conforme o disposto
nos artigos 3.º e 20.º dos Decretos n.º 39/09 e Presidencial n.º 320/11, de 17 de Agosto e 30 de
Dezembro, respectivamente, combinados com os artigos 29.º n.º 1 e 30.º n.º 1, ambos da Lei n.º
13/10, de 09 de Julho;
É DE PARECER que a Conta Geral do Estado referente ao exercício financeiro de 2013 está
em condições de ser aprovada pela Assembleia Nacional, com as recomendações constantes no
ANEXO I.
Evaristo Quemba
6. Recomendações–Anexo 1
Página 199 de 201
República de Angola
Tribunal de Contas
6. Recomendações – Anexo 1