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Tribunal de Contas
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Projecto do Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2013

Janeiro/2015

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Tribunal de Contas

Projecto do Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do


Estado 2013

Juiz Conselheiro Relator:


Evaristo Quemba

Juiz Conselheiro Relator Adjunto:


Gilberto de Faria Magalhães

Janeiro de 2015

TRIBUNAL DE CONTAS DA REPÚBLICA DE ANGOLA


www.tcontas.ao

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Tribunal de Contas

tcontas@tcontas.ao
Rua 17 de Setembro – Cidade Alta – Luanda - Angola

PLENÁRIO

Venerando Juiz Conselheiro Presidente:


Julião António

Juiz Conselheiro Vice-Presidente:


Evaristo Quemba

Juízes Conselheiros:
Ana Maria Azevedo Chaves
Aniceto Miguel da Costa Aragão
Caetano Francisco Baião
Conceição José de Matos Agostinho Dias
Eva Francisco da Costa Almeida
Evaristo Quemba
Gilberto de Faria Magalhães
José Magalhães

1.ª CÂMARA

Juíza Conselheira Presidente:


Ana Maria Azevedo Chaves

Juízes Conselheiros:
Caetano Francisco Baião
Conceição José de Matos Agostinho Dias
Eva Francisco da Costa Almeida

2.ª CÂMARA

Juiz Conselheiro Presidente:


Evaristo Quemba

Juízes Conselheiros:
Aniceto Miguel da Costa Aragão
Gilberto de Faria Magalhães
José Magalhães

MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO DO TRIBUNAL DE CONTAS

Procuradores Gerais-Adjuntos:
João Simão Chapópia Leonardo
Manuel José Domingos

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GRUPO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PROJECTO DO RELATÓRIO E


PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO REFERENTE A 2013

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS TÉCNICOS


Director: Paulino Domingos de Sousa

3.ª DIVISÃO
Chefe: Hélder Beji – Coordenador Geral

Auditores Coordenadores das Equipas:


António Manuel
Augusta Luís
Augusto Sangula
Cláudio Muiaia
Dirques Paulo
Domingos José
Ernesto Mbaso
João Pembele
José Nkana
Nvela António
Nzolane Pembele

Técnicos:
Cláudia Cariengue
Elisabeth Sebastião
Elisabeth Eliote
Elvina Bartolomeu
Gedson Aragão
Isabel Fortunato
Janeth Morais
Maria Hespanhol
Mateus Gonga
Natália Francisco
Omísia das Neves
Pedro Aguiar
Teresa da Silva

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Reflexões
«Com a entrada em vigor, em 5 de Fevereiro de 2010, da
Constituição da República de Angola, afigura-se necessário
proceder-se à conformação da legislação que disciplina a organização
e o funcionamento do Tribunal de Contas, com vista a conferi-lo
maior eficiência e rigor na fiscalização da legalidade das finanças
públicas e julgamentos das contas do Estado e aglutinar, num único
diploma legal, os regimes substantivo e adjectivo da disciplina
jurídica do Tribunal de Contas.»

(Preâmbulo da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, que aprova a Lei Orgânica e do Processo
do Tribunal de Contas)

«Pois é assim como um homem que, partindo para outro país, chamou os
seus servos e lhes entregou os seus bens: a um deu cinco talentos, a outro
dois e a outro um, a cada qual segundo a sua capacidade; e seguiu
viagem. O que recebera cinco talentos, foi imediatamente negociar com
eles e ganhou outros cinco; do mesmo modo o que recebera dois, ganhou
outros dois. Mas o que tinha recebido um só, foi-se e fez uma cova no
chão e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo voltou
o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.»

(Parábola dos Talentos - Mateus, Capítulo 25, 14-19)

Gravura por Jan Luyken na Bíblia de Bowyer - Google

«Considerando que a descentralização da execução do Orçamento


Geral do Estado através do Sistema Integrado de Gestão Financeira
do Estado, requer a máxima responsabilidade hierárquica dos
gestores das Unidades Orçamentais e dos Órgãos Dependentes, na
execução dos respectivos orçamentos; tendo em conta que a
observância da máxima responsabilidade hierárquica baseada nas
disposições legais em vigor, pode ser assegurada pelo cumprimento
de regras e instruções de execução orçamental objectivas e
adequadas à conjuntura económica;…»

(Preâmbulo do Decreto Presidencial n.º 320/11, de 30 de Dezembro, que aprova as


regras anuais de execução do Orçamento Geral do Estado)

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Legislação Básica

LEGISLAÇÃO BÁSICA
N.º LEIS OBSERVAÇÃO
1 Lei n.º 5/96, de 12 de Abril, que dispõe sobre a criação do Tribunal de Contas Iª Série - Diário N.º 15 de 12 de Abril de 1996
2 Lei n.º 7/97, de 10 de Outubro, que dispõe sobre a tributação de empreitadas Iª Série - Diário N.º 47 de 10 de Outubro de 1997
Lei n.º 16/02, de 05 de Dezembro, que estabelece o Quadro do Dívida Pública Directa e revoga toda a legislação relativa aos
3
Títulos da Dívida Pública Directa Iª Série - Diário N.º 97 de 5 de Dezembro de 2002
4 Lei n.º 3/10, de 29 de Março, da Probidade Pública Iª Série - Diário N.º 57 de 29 de Março de 2010
5 Lei n.º 13/10, de 09 de Julho, que aprova a Lei Orgânica e do Processo do Tribunal de Contas Iª Série - Diário N.º 128 de 9 de Julho de 2010
6 Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, combinada com a Lei n.º 24/12, de 22 de Agosto, que dispõe sobre o Orçamento Geral do EstadoIª Série - Diário N.º 131 de 14 de Julho de 2010
7 Lei n.º 18/10, de 06 de Agosto, do Património Público Iª Série - Diário N.º 148 de 6 de Agosto de 2010
8 Lei n.º 20/10, de 07 de Setembro, da Contratação Pública Iª Série - Diário N.º 170 de 7 de Setembro de 2010
9 Lei n.º 2/13, de 07 de Maio, que aprova o Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2013 Iª Série - Diário N.º 45 de 7 de Março de 2013
DECRETOS
10 Decreto n.º 73/01, de 12 de Outubro, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado - SIGFE Iª Série - Diário N.º 47 de 12 de Outubro de 2001
Decretos n.º 51/03 e 52/03, de 8 de Julho, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Títulos da Dívida
11
Pública Directa Iª Série - Diário N.º 53 de 8 de Julho de 2003
12 Decreto n.º 36/09, de 12 de Agosto, que aprova o Regulamento do Sistema Contabilístico do Estado Iª Série - Diário N.º 151 de 12 de Agosto de 2009
Decreto n.º 39/09, de 17 de Agosto, que estabelece as normas e procedimentos a observar na fiscalização orçamental,
13 financeira, patrimonial e operacional da Administração do Estado e dos Órgãos que dele dependem, pelo Ministério das
Finanças (Decreto do Ordenador da Despesa) Iª Série - Diário N.º 154 de 17 de Agosto de 2009
DECRETOS PRESIDENCIAIS
Decreto Presidencial n.º 31/10, de 12 de Abril, que aprova o Regulamento do Processo de Preparação do Programa de
14
Investimentos Públicos Iª Série - Diário N.º 67 de 12 d eAbril de 2010
Decreto Presidencial n.º 177/10, de 13 de Agosto, que estabelece o regime jurídico sobre as instruções de Inventariação dos
15
Bens Patrimoniais Públicos (IBP) Iª Série - Diário N.º 153 de 13 de Agosto de 2010
Decreto Presidencial n.º 309/10, de 29 de Dezembro, que aprova as instruções para a Execução do Orçamento Geral do
16
Estado para o ano económico de 2011 Iª Série - Diário N.º 247 de 29 de Dezembro de 2010
Decreto Presidencial n.º 320/11, de 30 de Dezembro, que aprova as regras anuais de Execução do Orçamento Geral do
17
Estado Iª Série - Diário N.º 252 de 30 de Dezembro de 2011
18 Decreto Presidencial n.º 235/12, de 04 de Dezembro, que aprova o Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças Iª Série - Diário N.º 231 de 4 de Dezembro de 2012
Decreto Presidencial n.º 19/13, de 16 de Abril, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Bilhetes do
19
Tesouro Iª Série - Diário N.º 70 de 16 de Abril de 2013
Decreto Presidencial n.º 20/13, de 16 de Abril, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de
20
Obrigações do Tesouro em moeda nacional Iª Série - Diário N.º 70 de 16 de Abril de 2013
Decreto Presidencial n.º 21/13, de 16 de Abril, que autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de
21
Obrigações do Tesouro em moeda nacional Iª Série - Diário N.º 70 de 16 de Abril de 2013
Decreto Presidencial n.º 163/13, de 22 de Outubro, que autoriza o Ministro das Finanças a converter parte do limite
22
promogado para a emissão de dívida externa Iª Série - Diário N.º 203 de 22 de Outubro de 2013
Decreto Presidencial n.º 213/13, de 13 de Dezembro, que aprova a metodologia de acompanhamento, controlo e balanço de
23
execução do Programa de Investimentos Públicos Iª Série - Diário N.º 240 de 13 de Dezembro de 2013
DECRETOS EXECUTIVOS
Decreto Executivo n.º 16/95, de 12 de Maio, do Ministério da Economia e Finanças, que determina que a Ordem de Saque é
24
o instrumento para executar os pagamentos do Estado Iª Série - Diário N.º 19 de 12 de Maio de 1995
25 Decreto Executivo MINFIN n.º 28/11 de 24 de Fevereiro, que aprova as instruções para elaboração da Conta Geral do Estado Iª Série - Diário N.º 37 de 24 de Fevereiro de 2011
Decreto Executivo MINFIN n.º 01/13, de 04 de Janeiro, que determina os procedimentos de emissão da cabimentação e
26
instituição da pré-cabimentação, bem como adapta e cria os respectivos formulários Iª Série - Diário N.º 3 de 4 de Janeiro de 2013
Decreto Executivo MINFIN n.º 341/13, de 14 de Outubro, que aprova o regulamento das instruções para o encerramento do
27
Exercício Financeiro de 2013 Iª Série - Diário N.º 197 de 14 de Outubro de 2013
Decreto Executivo MINFIN n.º 399/13, de 25 de Novembro, que efectiva a emissão de OT para os atrasados de 2010, 2011 e
28
2012 Iª Série - Diário N.º 226, de 25 de Novembro de 2013
Decreto Executivo MINFIN n.º 400/13, de 25 de Novembro, que aprova o aumento da emissão dos bilhetes do Tesouro para
29
Exercício Financeiro de 2013 Iª Série - Diário N.º 226, de 25 de Novembro de 2013
Decreto Executivo MINFIN n.º 401/13, de 25 de Novembro, que altera os limites para a emissão de OT para o Exercício
30
Financeiro de 2013 Iª Série - Diário N.º 226, de 25 de Novembro de 2013

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Índice Geral

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Índice de Quadros
Quadro 1: Evolução do PIB ......................................................................................................................................... 27
Quadro 2: Indicadores Macroeconómicos ................................................................................................................... 29
Quadro 3: Estrutura Percentual do Produto Interno Bruto ........................................................................................... 30
Quadro 4: Taxa de Câmbio e Variação Cambial Anual ............................................................................................... 32
Quadro 5: Receita por Natureza .................................................................................................................................. 41
Quadro 6: Tendências das Receitas Orçamentais 2012-2012 ...................................................................................... 43
Quadro 7: Receitas Petrolíferas ................................................................................................................................... 45
Quadro 8: Receitas Diamantíferas ............................................................................................................................... 46
Quadro 9: Financiamentos e Outras Receitas de Capital ............................................................................................. 48
Quadro 10: Comportamento das Receitas Tributárias ................................................................................................. 49
Quadro 11: Comparativo da Receita DNI-SIGFE ....................................................................................................... 50
Quadro 12: Receita por Fonte de Recursos.................................................................................................................. 52
Quadro 13: Receita por Acordo ................................................................................................................................... 53
Quadro 14: Receita por Estrutura Central .................................................................................................................... 56
Quadro 15: Receita por Órgãos Locais ........................................................................................................................ 57
Quadro 16: Receita por Órgãos Locais – Tendência ................................................................................................... 58
Quadro 17: Diferença entre SIGFE e Mapa Anual de Receitas por Província ............................................................ 59
Quadro 18: Receitas das UO no Exterior ..................................................................................................................... 61
Quadro 19: UO no Exterior sem Remessa de Prestação de Contas ............................................................................. 62
Quadro 20: IRT Consulado Geral da República de Angola em Frankfurt/Alemanha ................................................. 62
Quadro 21: Despesa por Função e Subfunção ............................................................................................................. 65
Quadro 22: Análise da Despesa por Programas ........................................................................................................... 70
Quadro 23: Análise da Despesa por Actividade .......................................................................................................... 72
Quadro 24: Análise da Despesa por Projectos ............................................................................................................. 74
Quadro 25: Análise da Despesa por Natureza ............................................................................................................. 76
Quadro 26: Análise da Despesa por Fonte de Recursos .............................................................................................. 79
Quadro 27: Análise da Despesa por Acordo ................................................................................................................ 81
Quadro 28: Despesa por Estrutura Central .................................................................................................................. 83
Quadro 29: Despesa por Província .............................................................................................................................. 85
Quadro 30: Despesa por Órgãos Locais – Tendência .................................................................................................. 86
Quadro 31: Despesa das UO no Exterior ..................................................................................................................... 87
Quadro 32: Evolução do PIP ....................................................................................................................................... 89
Quadro 33: Maiores Projectos do PIP.......................................................................................................................... 91
Quadro 34: Execução do PIP por Órgãos
Centrais

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Exercício de 2013 Exercício de 2012


Variação (% ) Peso/Desp.
Despesa Grau de Despesa Grau de
N.º PIP por Órgão Central Despesa Despesa (7)=(1- Orçam. (% )
Orçamentada Execução (% ) Orçamentada Execução (% )
Realizada (2) Realizada (5) 4)/4*100 (8)
(1) (3)=(2)/(1)*100 (4) (6)=(5)/(4)*100
1 Agência Nac. Invest. Privado 0,0 0,2 0,2 100,0 -100,0 0,0
2 Comando Geral da Pol. Nacional 0,0 0,0 0,0 0,0
3 Comissão Exec. Desminagem 0,0 0,0 0,0 0,0
4 Comissão Nacional Eleitoral 1.736,2 875,0 50,4 16,8 16,8 100,0 10.208,2 0,1
5 Comissão Nac. Impl. Prog. Nac. Urb. Habitação 0,0 472,7 472,7 100,0 -100,0 0,0
6 Estado Maior General 0,0 0,0 0,0 0,0
7 Fundo de Apoio Social 0,0 727,5 717,7 98,7 -100,0 0,0
8 Fundo de Fomento Habitacional 0,0 0,0 0,0 0,0
9 Gabinete De Obras Especiais 50.520,6 46.610,6 92,3 39.218,8 39.217,2 100,0 28,8 3,7
10 Gabinete de R. Nacional 0,0 0,0 0,0 0,0
11 Gabin. Gestão Polo Desenv. Turístico Do Futungo De Belas 5.179,9 456,3 8,8 0,0 0,0 0,4
12 Hosp. Esp. Multiperfil 0,0 1.181,3 1.181,3 100,0 -100,0 0,0
13 Ministério Da Admin. Púb.Trabalho E Segurança Social 6.793,3 5.405,6 79,6 5.177,1 5.177,1 100,0 31,2 0,5
14 Ministério Da Administração Do Território 3.775,5 991,5 26,3 64,1 64,1 100,0 5.790,0 0,3
15 Ministério Da Agricultura 24.898,5 14.284,3 57,4 18.656,9 18.656,9 100,0 33,5 1,8
16 Ministério Da Assistência E Reinserção Social 2.728,1 2.570,6 94,2 765,7 765,7 100,0 256,3 0,2
17 Ministério Da Comunicação Social 3.473,2 2.237,1 64,4 4.567,4 4.567,4 100,0 -24,0 0,3
18 Ministério Da Construção 356.926,3 332.634,3 93,2 235.519,9 235.519,9 100,0 51,5 25,9
19 Ministério Da Cultura 1.357,5 1.126,9 83,0 139,1 138,4 99,4 875,6 0,1
20 Ministério Da Defesa Nacional 16.895,3 16.890,7 100,0 5.205,1 5.205,1 100,0 224,6 1,2
21 Ministério Da Economia 9.032,2 2.410,9 26,7 0,0 0,0 0,7
22 Ministério Da Educação 9.138,8 6.152,5 67,3 4.528,0 4.508,2 99,6 101,8 0,7
23 Ministério Da Energia E Das Águas 276.729,9 218.456,9 78,9 122.447,2 122.441,8 100,0 126,0 20,1
24 Ministério Da Família E Prom. Da Mulher 1.137,5 953,1 83,8 35,3 35,3 100,0 3.125,4 0,1
25 Ministério Da Geologia E Minas 8.231,0 6.109,9 74,2 3.459,1 3.459,1 100,0 138,0 0,6
26 Ministério Da Hotelaria E Turismo 3.508,4 2.037,6 58,1 195,1 194,1 99,5 1.698,2 0,3
27 Ministério Da Indústria 6.167,6 2.922,7 47,4 0,0 0,0 0,4
28 Ministério Da Justiça E Dos Direitos Humanos 3.029,1 2.359,5 77,9 2.600,5 2.600,5 100,0 16,5 0,2
29 Ministério Da Juventude E Desportos 19.298,0 14.219,4 73,7 4.955,4 4.955,4 100,0 289,4 1,4
30 Ministério Da Saúde 33.491,8 31.162,6 93,0 17.648,6 17.648,6 100,0 89,8 2,4
31 Ministério Das Finanças 1.304,6 847,6 65,0 47,8 47,8 100,0 2.631,7 0,1
32 Ministério Das Pescas 10.415,7 8.332,4 80,0 0,0 0,0 0,8
33 Ministério Das Relações Exteriores 678,5 677,5 99,9 0,0 0,0 0,0
34 Minist. Das Telecomunicações E Tecnologias De Informação 12.942,5 10.147,7 78,4 16.199,5 16.198,0 100,0 -20,1 0,9
35 Ministério Do Ambiente 1.278,6 894,6 70,0 732,2 730,9 99,8 74,6 0,1
36 Ministério Do Comércio 10.980,4 6.237,1 56,8 3.960,2 3.960,0 100,0 177,3 0,8
37 Ministério Da Ciência E Tecnologia 1.168,3 1.166,5 99,8 3.481,8 3.481,8 100,0 -66,4 0,1
38 Ministério Do Ensino Superior 4.802,8 2.251,8 46,9 282,1 282,1 100,0 1.602,7 0,3
39 Ministério Do Interior 32.244,2 19.908,6 61,7 7.107,5 7.107,5 100,0 353,7 2,3
40 Ministério Do Planeamento E Do Desenv. Territorial 12.358,7 8.183,8 66,2 2.762,1 2.762,1 100,0 347,4 0,9
41 Ministério Do Urbanismo E Habitação 129.058,8 104.713,9 81,1 0,0 0,0 9,4
42 Ministério Dos Antigos Combatentes E Veteranos Da Pátria 2.805,2 1.229,2 43,8 336,0 336,0 100,0 734,8 0,2
43 Ministério Dos Petróleos 29.356,1 29.356,1 100,0 45,0 45,0 100,0 65.135,8 2,1
44 Ministério Dos Transportes 250.389,3 164.978,9 65,9 79.111,6 79.111,6 100,0 216,5 18,2
45 Operações Centrais do Estado 0,0 244,2 244,2 100,0 -100,0 0,0
46 Procuradoria Geral Da República 2.545,4 449,5 17,7 44,0 44,0 100,0 5.681,0 0,2
47 Presidência Da República 7.398,4 7.397,8 100,0 0,0 0,0 0,5
48 Secretariado Do Conselho De Ministros 2.048,5 1.620,7 79,1 897,9 897,6 100,0 128,1 0,1
49 Serviços De Inteligência E Segurança Do Estado 15.915,8 14.257,3 89,6 3.606,6 3.606,6 100,0 341,3 1,2
50 Serviços De Inteligência Externa 4.666,4 2.582,1 55,3 1.319,8 1.319,8 100,0 253,6 0,3
51 Serviços De Inteligência E Segurança Militar 201,2 73,2 36,4 192,0 191,4 99,7 4,8 0,0
52 Serviço Nac. Das Alfandegas 0,0 7.061,9 7.061,9 100,0 -100,0 0,0
53 Supremo Tribunal Militar 225,7 140,2 62,1 225,7 225,7 100,0 0,0 0,0
54 Tribunal de Contas 0,0 301,7 301,7 100,0 -100,0 0,0
Total 1.376.834,0 1.096.314,8 79,6 595.541,5 595.499,3 100,0 131,2 100,0

Fonte: CGE .................................................................................................................................................................. 94


Quadro 35: Comparação da Execução do PIP por Órgãos Centrais -
MINFIN/MPDT

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SIGFE MINPLAN Diferença


Despesa Despesa Despesa Despesa Despesa Despesa
N.º PIP por Órgão Central
Orçamentada Realizada Orçamentada Realizada Orçamentada Realizada
(1) (2) (3) (4) (5)=(1-3) (6)=(2-4)
1 Agência Nac. Invest. Privado 44,3 0,0 -44,3 0,0
2 Admínistracão Municipal de Luanda 6.412,0 5.752,2 -6.412,0 -5.752,2
3 Comissão Nacional Eleitoral 1.736,2 875,0 1.736,2 875,0 0,0 0,0
4 Comissão Nac. Impl. Prog. Nac. Urb. Habitação 0,0 0,0
5 Fundo de Apoio Social 1.990,1 476,8 -1.990,1 -476,8
6 Gabinete De Obras Especiais 50.520,6 46.610,6 48.888,7 46.148,1 1.632,0 462,5
7 Hosp. Esp. Multiperfil 0,0 0,0
8 Gabin. Gestão polo desenvol. Turístico da Bacia do Okavango 0,0 85,2 23,8 -85,2 -23,8
9 Gabin. Gestão polo desenvol. Turístico do Cabo Ledo 0,0 453,0 259,7 -453,0 -259,7
10 Gabin. Gestão polo desenvolvimento Turístico de Calandula 0,0 283,7 116,0 -283,7 -116,0
11 Gabin. Gestão Polo Desenv. Turístico Do Futungo De Belas 5.179,9 456,3 5.179,9 456,3 0,0 0,0
12 Gabin. Técnico Reconstr. Urbana do Cazenga e Sambizanga 0,0 7.146,4 3.038,2 -7.146,4 -3.038,2
13 Ministério Da Admin. Púb.Trabalho E Segurança Social 6.793,3 5.405,6 6.314,3 5.405,6 479,0 0,0
14 Ministério Da Administração Do Território 3.775,5 991,5 3.897,4 991,5 -121,9 0,0
15 Ministério Da Agricultura 24.898,5 14.284,3 21.192,6 14.417,0 3.705,9 -132,7
16 Ministério Da Assistência E Reinserção Social 2.728,1 2.570,6 2.728,1 2.570,6 0,0 0,0
17 Ministério Da Comunicação Social 3.473,2 2.237,1 3.473,2 2.237,1 0,0 0,0
18 Ministério Da Construção 356.926,3 332.634,3 326.562,8 328.247,8 30.363,5 4.386,6
19 Ministério Da Cultura 1.357,5 1.126,9 1.357,5 1.126,9 0,0 0,0
20 Ministério Da Defesa Nacional 16.895,3 16.890,7 17.141,8 16.890,7 -246,5 0,0
21 Ministério Da Economia 9.032,2 2.410,9 9.000,0 2.423,1 32,2 -12,1
22 Ministério Da Educação 9.138,8 6.152,5 9.138,8 6.152,5 0,0 0,0
23 Ministério Da Energia E Das Águas 276.729,9 218.456,9 282.548,1 216.001,7 -5.818,3 2.455,2
24 Ministério Da Família E Prom. Da Mulher 1.137,5 953,1 1.137,5 953,1 0,0 0,0
25 Ministério Da Geologia E Minas 8.231,0 6.109,9 11.866,0 6.109,9 -3.635,0 0,0
26 Ministério Da Hotelaria E Turismo 3.508,4 2.037,6 2.036,5 1.638,1 1.471,9 399,6
27 Ministério Da Indústria 6.167,6 2.922,7 6.567,6 2.922,7 -400,0 0,0
28 Ministério Da Justiça E Dos Direitos Humanos 3.029,1 2.359,5 8.015,9 2.359,5 -4.986,9 0,0
29 Ministério Da Juventude E Desportos 19.298,0 14.219,4 19.386,9 12.507,4 -88,9 1.712,0
30 Ministério Da Saúde 33.491,8 31.162,6 34.083,4 31.213,6 -591,7 -50,9
31 Ministério Das Finanças 1.304,6 847,6 4.758,3 847,6 -3.453,7 0,0
32 Ministério Das Pescas 10.415,7 8.332,4 9.959,8 8.254,5 455,9 78,0
33 Ministério Das Relações Exteriores 678,5 677,5 678,5 677,5 0,0 0,0
34 Minist. Das Telecomunicações E Tecnologias De Informação 12.942,5 10.147,7 9.568,0 10.147,7 3.374,6 0,0
35 Ministério Do Ambiente 1.278,6 894,6 1.591,1 894,6 -312,5 0,0
36 Ministério Do Comércio 10.980,4 6.237,1 10.980,4 6.237,1 0,0 0,0
37 Ministério Da Ciência E Tecnologia 1.168,3 1.166,5 1.168,3 1.166,5 0,0 0,0
38 Ministério Do Ensino Superior 4.802,8 2.251,8 4.719,8 2.251,8 83,0 0,0
39 Ministério Do Interior 32.244,2 19.908,6 32.543,8 19.908,6 -299,6 0,0
40 Ministério Do Planeamento E Do Desenv. Territorial 12.358,7 8.183,8 9.801,0 7.650,9 2.557,8 532,9
41 Ministério Do Urbanismo E Habitação 129.058,8 104.713,9 26.879,0 13.139,3 102.179,8 91.574,6
42 Ministério Dos Antigos Combatentes E Veteranos Da Pátria 2.805,2 1.229,2 2.805,2 1.229,2 0,0 0,0
43 Ministério Dos Petróleos 29.356,1 29.356,1 222.629,7 68.526,2 -193.273,6 -39.170,0
44 Ministério Dos Transportes 250.389,3 164.978,9 64.150,6 165.165,5 186.238,7 -186,5
45 Operações Centrais do Estado 0,0 0,0
46 Presidência Da República 7.398,4 7.397,8 8.650,8 7.385,7 -1.252,4 12,1
47 Procuradoria Geral Da República 2.545,4 449,5 2.545,4 449,5 0,0 0,0
48 Secretariado Do Conselho De Ministros 2.048,5 1.620,7 2.048,5 1.620,7 0,0 0,0
49 Serviços De Inteligência E Segurança Do Estado 15.915,8 14.257,3 15.784,7 14.257,3 131,1 0,0
50 Serviços De Inteligência Externa 4.666,4 2.582,1 2.652,1 2.582,1 2.014,3 0,0
51 Serviços De Inteligência E Segurança Militar 201,2 73,2 201,2 73,2 0,0 0,0
52 Serviço Nac. Das Alfandegas 5.335,5 0,0 -5.335,5 0,0
53 Supremo Tribunal Militar 225,7 140,2 225,7 140,2 0,0 0,0
54 Tribunal de Contas 0,0 0,0
55 Unidade Técnica Gestão do Saneam. Luanda 22.518,5 3.760,8 -22.518,5 -3.760,8
Total 1.376.834,0 1.096.314,8 1.300.863,9 1.047.681,2 75.970,1 48.633,6
Fonte: CGE e Relatório do Balanço de Execução do PIP........................................................................................... 96
Quadro 36: Execução do PIP por Órgãos Locais ......................................................................................................... 98
Quadro 37: Comparação da Execução do PIP por Órgãos Locais - MINFIN/MPDT ............................................... 100
Quadro 38: Comparação do grau de execução física do PIP ..................................................................................... 103
Quadro 39: Projectos pagos e não executados ........................................................................................................... 104
Quadro 40: Projectos com Execução Financeira acima da Física .............................................................................. 104
Quadro 41: Projectos com Execução Financeira acima da Física .............................................................................. 105
Quadro 42: Contratos Sujeito a Visto Prévio do TC .................................................................................................. 107
Quadro 43: Projectos Criados no Decurso da Execução do Orçamento .................................................................... 108

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Quadro 44: Contratos celebrados em USD ................................................................................................................ 121


Quadro 45: Contratos celebrados em Euros .............................................................................................................. 121
Quadro 46: Contratos não submetidos a fiscalização preventiva do Tribunal de Contas .......................................... 122
Quadro 47: Projectos criados no decurso do orçamento 2013 ................................................................................... 123
Quadro 48: Projectos com contratos fraccionados ..................................................................................................... 130
Quadro 49: Contratos Executados Sem o Visto Prévio do TC .................................................................................. 132
Quadro 50: Projectos do PIP reconduzidos desde 2011 ............................................................................................ 133
Quadro 51: Projectos Criados no decurso da Execução do OGE .............................................................................. 136
Quadro 52: Contratos celebrados não submetidos à fiscalização preventiva do TC.................................................. 136
Quadro 53: Resultado Orçamental do Exercício ....................................................................................................... 142
Quadro 54: Receitas Arrecadadas nos Processos de Privatizações ............................................................................ 143
Quadro 55: Participação Directa do Estado ............................................................................................................... 145
Quadro 56: Dividendos .............................................................................................................................................. 146
Quadro 57: Evolução das Receitas ISEP ................................................................................................................... 147
Quadro 58: Resultado Financeiro de 2013 ................................................................................................................ 148
Quadro 59: Balanço Patrimonial ............................................................................................................................... 149
Quadro 60: Balanço Patrimonial............................................................................................................................... 150
Quadro 61: Receita Arrecadada ................................................................................................................................. 153
Quadro 62: Balanço Patrimonial e Balancete ............................................................................................................ 153
Quadro 63: Demonstração das Variações Patrimoniais e Balancete ......................................................................... 153
Quadro 64: Disponibilidades Financeiras .................................................................................................................. 154
Quadro 65: Inventário Geral dos Bens Públicos – CGE ............................................................................................ 156
Quadro 66: Aquisições de Bens Patrimoniais 2013 ................................................................................................... 157
Quadro 67: Inventário Analítico dos Bens Patrimoniais - MINEA ........................................................................... 158
Quadro 68: Inventário Analítico dos Bens Patrimoniais - MINSA ........................................................................... 159
Quadro 69: Plano de Financiamento Interno e Externo ............................................................................................. 165
Quadro 70: Stock da Dívida Pública Governamental ................................................................................................ 166
Quadro 71: Comportamento da Dívida Pública Governamental ............................................................................... 167
Quadro 72: Stock da Dívida Pública e Composição por Organismo Devedor .......................................................... 168
Quadro 73: Serviço Global da Dívida........................................................................................................................ 169
Quadro 74: Comparação entre RTT e BPAE - Serviço da Dívida em OT................................................................. 170
Quadro 75: Serviço da Dívida em BT ....................................................................................................................... 171
Quadro 76: OT-MN por Maturidade ......................................................................................................................... 172
Quadro 77: BT por Maturidade ................................................................................................................................. 174
Quadro 78: Garantias Emitidas 2013 ......................................................................................................................... 174
Quadro 79: Restos a Pagar por Natureza Económica ................................................................................................ 175
Quadro 80: As 20 Unidades com maior Inscrição em RP ......................................................................................... 177
Quadro 81 : Diferença de Restos a Pagar nas UO e Inscritos no SIGFE ................................................................... 178
Quadro 82: CA Especiais após 29/11/2013 .............................................................................................................. 179
Quadro 83: QF após 10/12/2013 ................................................................................................................................ 179
Quadro 84: NCB após 13/12/2013 ............................................................................................................................ 180
Quadro 85: Reforços de Cabimentação após 13/12/2013 .......................................................................................... 180
Quadro 86: NLQ após 17/12/2013............................................................................................................................. 180
Quadro 87: OS após 20/12/2013 ................................................................................................................................ 181
Quadro 88: Contribuintes, Segurados e Pensionistas ................................................................................................ 182
Quadro 89: Demonstração Comparativa da Composição da Receita e Despesa ....................................................... 184
Quadro 90: Comparação dos registos do SIGFE com os do INSS ............................................................................ 187

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Quadro 91: Grau de Execução do Orçamento ........................................................................................................... 188


Quadro 92: Pavilhões Ocupacionais .......................................................................................................................... 190
Quadro 93: Contratos não submetidos ao visto prévio do TC ................................................................................... 192

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Índice de Gráficos
Gráfico 1: Representação Gráfica da Estrutura Percentual do PIB .............................................................................. 30
Gráfico 2: Apresentação dos 5 países com maiores linhas de créditos cedidos em 2013 ............................................ 33
Gráfico 3: Evolução das receitas nos três últimos anos 2011 a 2013 .......................................................................... 42
Gráfico 4: Grau de Participação da Receita Petrolífera, Não Petrolífera e de Capital na receita arrecadada .............. 42
Gráfico 5: Comportamento das Receitas Correntes ..................................................................................................... 44
Gráfico 6: Grau de Participação da Receita Petrolífera 2013 ...................................................................................... 45
Gráfico 7: Grau de Arrecadação da Receita Diamantífera........................................................................................... 46
Gráfico 8: Financiamentos e Outras Receitas de Capital ............................................................................................. 49
Gráfico 9: Evolução da Receita Tributária .................................................................................................................. 50
Gráfico 10: Receita Arrecadada por Unidade .............................................................................................................. 51
Gráfico 11: Comparativo da Receita por Fonte de Recursos ....................................................................................... 52
Gráfico 12: Receita por Acordo ................................................................................................................................... 54
Gráfico 13: Despesa por Sector ................................................................................................................................... 69
Gráfico 14: Despesa por Natureza ............................................................................................................................... 78
Gráfico 15: Despesa por Fonte de Recurso.................................................................................................................. 80
Gráfico 16: Variacão do PIP ........................................................................................................................................ 90
Gráfico 17: 20 Maiores Projectos do PIP .................................................................................................................... 92
Gráfico 18: 20 Maiores Projectos do PIP por Ministério............................................................................................. 93
Gráfico 19: Concentração do PIP ................................................................................................................................ 95
Gráfico 20: Comparação do PIP por Órgãos Centrais - MINFIN/MPDT.................................................................... 97
Gráfico 21: Distribuição do PIP por Órgãos Locais .................................................................................................... 99
Gráfico 22: Variação do PIP por Órgãos Locais ......................................................................................................... 99
Gráfico 23: Comparação do PIP por Órgãos Locais - MINFIN/MPDT .................................................................... 101
Gráfico 24: Composição do PIP ................................................................................................................................ 135
Gráfico 25: Participação Directa do Estado (N.º de Acções) ..................................................................................... 145
Gráfico 26: Dividendos ............................................................................................................................................. 146
Gráfico 27: Evolução das Receitas - ISEP ................................................................................................................. 147
Gráfico 28: Estrutura do Balanço Patrimonial ........................................................................................................... 151
Gráfico 29: Inventário Geral por Tipo de Administração .......................................................................................... 157
Gráfico 31: Aquisições de Bens Patrimoniais 2013 .................................................................................................. 158
Gráfico 32: Evolução da Dívida ................................................................................................................................ 168
Gráfico 33: Demonstrativo de Restos a Pagar ........................................................................................................... 176
Gráfico 34: Contribuintes, Segurados e Pensionistas ................................................................................................ 183
Gráfico 35: Comparação de Receitas Operacionais e Despesas com Protecção Social 2013 e 2012 ........................ 184
Gráfico 36: Comportamento das Receitas, Despesas e Resultado ............................................................................. 186
Gráfico 37: Comparação dos Registos do SIGFE com os do INSS ........................................................................... 187

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Siglas e Acrónimos

A
AN – Assembleia Nacional

B
BNA – Banco Nacional de Angola
BPAE – Balanço Plano Anual de Endividamento
BT – Bilhetes do Tesouro

C
CA – Créditos Adicionais
CFB – Caminho de Ferro de Benguela
CFM – Caminho de Ferro de Moçâmedes
CGE – Conta Geral do Estado
CR – Cabimentação Reforço
CRA - Constituição da República de Angola
CUT – Conta Única do Tesouro

D
DNCP – Direcção Nacional de Contabilidade Pública
DNI – Direcção Nacional dos Impostos
DNPE – Direcção Nacional de Património do Estado
DNT – Direcção Nacional do Tesouro

E
EUA – Estados Unidos da América

F
FMI – Fundo Monetário Internacional

G
GEPE – Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística

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GOE – Gabinete de Obras Especiais


GP – Governo Provincial

IBP – Inventariação dos Bens Públicos


IFAC – International Federation of Accountants
IGF – Inspecção Geral de Finanças
INSS – Instituto Nacional de Segurança Social
ISEP – Instituto para o Sector Empresarial Público
IPC – Índice de Preço ao Consumidor

L
LOA – Lei do Orçamento Anual
LOPTC – Lei Orgânica e de Processo do Tribunal de Contas

M
MED – Ministério da Educação
MINCONS – Ministério da Construção
MINEA – Ministério da Energia e Águas
MINFIN – Ministério das Finanças
MINPET – Ministério dos Petróleos
MINSA – Ministério da Saúde
MINTRANS – Ministério dos Transportes
MINUHA – Ministério do Urbanismo e Habitação
MPDT – Ministério do Planeamento e Desenvolvimento Territorial

N
NCB – Nota de Cabimentação
NICSP – Normas Internacionais de Contabilidade para o Sector Público
NL – Nota de Lançamento
NLQ – Nota de Liquidação

O
OD – Órgão Dependente

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OGE – Orçamento Geral do Estado


ONU – Organização das Nações Unidas
OS – Ordem de Saque
OT – Obrigações do Tesouro
OT-ME - Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira
OT-MN-NR – Obrigações do Tesouro em moeda nacional não reajustável
OT-MN-TXC - Obrigações do Tesouro em moeda nacional, reajustáveis em
conformidade com a variação da taxa de câmbio

P
PAE – Plano Anual de Endividamento
PAV – Programa Alargado de Vacinação
PCE – Plano de Contas do Estado
PCGA – Princípios de Contabilidade Geralmente Aceites
PERT – Projecto Executivo para a Reforma Tributária
PIP – Programa de Investimentos Públicos
PIB – Produto Interno Bruto
PND – Plano Nacional de Desenvolvimento

Q
QE – Quantitative Easing
QF – Quota Financeira

R
RIL – Reservas Internacionais Líquidas
RP – Restos a Pagar
RRP – Relação de Restos a Pagar
RTT – Relatório de Títulos do Tesouro

S
SADC – Southern African Development Community
SCE – Sistema Contabilístico do Estado
SIGFE – Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado
SIGPE – Sistema Integrado de Gestão Patrimonial do Estado
SIGTC – Sistema Integrado de Gestão do Tribunal de Contas
SNA – Serviço Nacional das Alfândegas

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T
TC – Tribunal de Contas
TN – Tesouro Nacional

U
UEE – Unidade Económica Estatal
UGD – Unidade de Gestão da Dívida Pública
UO – Unidade Orçamental
USD – United States Dolares

W
WEO – World Economic Outlook

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1. Introdução

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1. Introdução

Relevante Missão Institucional do TC

Apreciar as Contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, elaboradas nos termos da Lei
n.º 15/10, de 14 de Julho, a Lei do OGE, é um dos mais elevados actos do TC, que se funda no
exercício da sua competência estabelecida nos termos da alínea b) do artigo 162.º e n.º 1 do
artigo 182.º da CRA, combinados com os artigos 7.º e 60.º, ambos da Lei n.º 13/10, de 9 de
Julho.

A CRA, no n.º 4 do artigo 104.º, determina que «A execução do Orçamento Geral do Estado
obedece ao princípio da transparência e da boa governação e é fiscalizada pela Assembleia
Nacional e pelo Tribunal de Contas, em condições definidas por lei.».

A alínea b) do artigo 162.º da Constituição estabelece que compete à AN, «receber e analisar a
Conta Geral do Estado e de outras instituições públicas que a lei obrigar, podendo as mesmas
ser acompanhadas do relatório e parecer do Tribunal de Contas,…»

É, pois, em obediência a este primado constitucional que a AN solicitou ao TC, a emissão do


Parecer sobre a CGE referente ao exercício financeiro de 2013, remetido àquele órgão de
soberania pelo Titular do Poder Executivo.

A referida CGE deu entrada no TC em 08/10/2014, proveniente do Gabinete de Sua Excelência


Senhor Presidente da AN, através do Ofício n.º 01915/00/D-02/GPAN/2014 de 06/10/2014,
dirigido à Sua Excelência Venerando Juiz Conselheiro Presidente e protocolada sob o n.º 3788.

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A Conta Geral do Estado

Decorre da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, no seu artigo 58.º, que a CGE compreende as contas de
todos os órgãos integrados no OGE, incluindo a Segurança Social, destacando-se os
componentes discriminados a seguir:

• Balanços Orçamental, Financeiro, Patrimonial e a Demonstração das Variações Patrimoniais,


acompanhados das respectivas notas explicativas;
• Demonstrativos da execução da receita e da despesa, nos níveis consolidado e detalhado das
classificações institucional, funcional, programática e económica;
• Relatório sobre os resultados da gestão orçamental, financeira e patrimonial, destacando-se a
actividade financeira do Estado, nos domínios das receitas, despesas, tesouraria e créditos
públicos, assinalando-se o impacto social e económico das operações do Governo;
• Indicadores que permitam aferir o cumprimento da Lei Orçamental, inclusive o da Segurança
Social, levando-se em conta os resultados quantitativos e qualitativos alcançados;
• Relatório da execução do plano de privatizações e a aplicação das suas receitas;
• Demonstrativo das participações do Estado nas empresas públicas;
• Demonstrativo das responsabilidades directas ou indirectas do Estado, incluindo a concessão
de avales;
• Demonstrativo das subvenções, subsídios, benefícios fiscais, créditos e outras formas de apoio
concedidos pelo Estado;
• Demonstrativo das doações e outras formas de assistência não onerosa de organismos
internacionais;
• Relatório da execução dos programas de acção, investimento e financiamento das empresas
públicas, bem como o emprego ou aplicação das subvenções a cargo dos serviços, institutos e
fundos autónomos;
• Demonstrativos da gestão patrimonial, com destaque para o inventário patrimonial;
• Demonstrativos da posição dos outros stocks de activo e passivo;
• Demonstrações financeiras específicas e notas explicativas das instituições com autonomia
administrativa e financeira, acompanhada do respectivo parecer de auditoria;
• Lista de Responsáveis, assinado pelo titular da unidade orçamental ou pelo dirigente máximo
da entidade.

Cabe registar que os serviços de contabilidade pública, que serviram de base para a elaboração
da CGE em apreciação, estão disciplinados no Regulamento do Decreto n.º 36/09, de 12 de
Agosto, que dispõe sobre o SCE.

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O SCE estabelece, entre outros parâmetros, que a execução contabilística é apoiada num Plano
de Contas unificado que contempla o método das partidas dobradas exigido na Lei do OGE.

A forma organizativa do SCE busca assegurar a melhoria crescente da qualidade das


informações e a elevação do nível de transparência da execução orçamental, financeira e
patrimonial, com reflexos positivos sobre a CGE e sobre o exercício do controlo interno e
externo.

Funcionamento do TC

O TC é composto por um total de nove Juízes Conselheiros, distribuídos em duas Câmaras. Em


linhas gerais, à 1.ª Câmara compete o exercício da fiscalização preventiva e à 2.ª Câmara a
fiscalização sucessiva. Cada uma das Câmaras é integrada por quatro Juízes Conselheiros, sendo
presidida por um deles.

O Ministério Público é representado no TC por dois Procuradores-Gerais Adjuntos da República,


em representação do Procurador-Geral da República.

O TC funciona em plenário, em sessões das câmaras, em sessões diárias de visto e em sessões


das secções regionais e provinciais. O plenário reúne-se ordinariamente uma vez por mês e nele
participam todos os Juízes e representantes do Ministério Público, ainda que sem direito a voto,
sob orientação do Presidente do Tribunal (artigo 11.º da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho).

O TC é independente e a ele são aplicáveis os princípios que na Constituição regem o exercício


da função jurisdicional e asseguram a obrigatoriedade das suas decisões. Tem direito à
cooperação de todas as entidades públicas e privadas, e devem obrigatoriamente sempre que
solicitadas, prestar informação transparente sobre as irregularidades que o TC deve apreciar e de
que tomem conhecimento no exercício das suas funções (artigos 3.º e 18.º da Lei n.º 13/10, de 9
de Julho).

Neste contexto, os serviços de controlo interno, designadamente a IGF e a DNCP, ou quaisquer


outros organismos ou entidades de controlo ou de auditoria dos organismos da administração
pública, assim como do sector empresarial do Estado também estão sujeitos ao dever especial de
cooperação com o TC (artigo 50.º da Lei citada no parágrafo anterior).

No âmbito da fiscalização sucessiva, compete à Direcção dos Serviços Técnicos, através da 3.ª
Divisão, elaborar o projecto de relatório e parecer sobre a CGE.

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O Relatório e Parecer sobre a CGE

É importante destacar que o relatório e parecer sobre a CGE constituem um instrumento


primordial no controlo externo, através do qual o TC emite a sua opinião sobre o modo como
foram arrecadadas as receitas, realizadas as despesas e executados os projectos de investimentos
públicos e privados que o Estado fomenta no âmbito do plano de acção definido pelo Executivo.
Ao emitir o parecer, o TC subsidia por um lado a AN com uma análise técnica competente,
profunda e sustentada sobre um instrumento indispensável à avaliação da transparência e boa
governação com que deve ser executado o OGE.

Por outro lado, permite que a sociedade possa ir tendo um conhecimento da actividade
governativa que é desenvolvida pelo Executivo, quer pela abrangência da análise, quanto pela
amplitude dos entes que convergem para esta nobre tarefa de satisfação do interesse público.

De acordo com a Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, o parecer, entre outras questões, aprecia os
seguintes aspectos:

• O cumprimento da Lei do OGE e demais legislação complementar;


• A actividade financeira do Estado, nos domínios das receitas, das despesas, da tesouraria e
dos créditos públicos;
• As responsabilidades directas ou indirectas do Estado, incluindo a concessão de avales e
garantias;
• O inventário do património do Estado;
• As subvenções, os subsídios, os benefícios fiscais, os créditos e outras formas de apoio
concedidas pelo Estado;
• A execução dos programas de acção, investimento e financiamento das empresas públicas,
bem como o emprego ou aplicação das subvenções a cargos dos fundos autónomos;
• O Orçamento da Segurança Social;
• A execução do plano e respectivas receitas das privatizações;
• As doações e outras formas de assistência não onerosa de organismos internacionais.
Através do parecer, o TC procura ainda exercer o carácter pedagógico no sentido de contribuir
para a melhoria da gestão das finanças públicas e da conduta dos gestores.
Cabe enfatizar que a elaboração e apresentação da CGE e a emissão do respectivo parecer não
isenta os gestores públicos da responsabilidade de apresentarem periodicamente ao TC as
prestações de contas de sua gestão, em conformidade com a legislação em vigor.

O presente Parecer têm as seguintes partes essenciais:

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• Introdução;

• Economia Mundial e de Angola, onde consta uma breve análise do sector real da economia
na sua envolvente económico-financeira mundial e nacional, bem como o comportamento da
inflação;

• Desenvolvimento do Relatório, trazendo a análise comparativa dos últimos exercícios


financeiros, realçando o desempenho das Finanças Públicas de forma a possibilitar uma
melhor compreensão dos elementos descritivos dos Balanços Orçamental, Financeiro e
Patrimonial, bem como da Demonstração das Variações Patrimoniais, na base dos elementos
a seguir:
✓ Análise das Receitas;
✓ Análise das Despesas, incluindo os Projectos de Investimento Público;
✓ Análise do Fluxo de Financiamento ao Sector Empresarial Público;
✓ Avaliação do Desempenho Financeiro e Patrimonial;
✓ Análise da Execução do Orçamento da Segurança Social.

• Conclusão;

• Parecer;

• Anexo das Recomendações.

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2. Economia Mundial e de
Angola

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2. Economia Mundial e de Angola

2.1 - Economia Mundial

Diversas instituições com credibilidade para a análise sobre o desempenho macroeconómico da


economia mundial, apontaram o ano de 2013 como tendo sido marcado por sinais de recuperação
da economia norte-americana e pelo fim da recessão na Zona Euro.

A vulnerabilidade das economias emergentes, a queda dos preços das commodities nos mercados
internacionais e o programa de estímulos monetários da Reserva Federal norte-americana, o que
originou a desvalorização das moedas dos países emergentes e perdas no índice bolsista,
influenciaram igualmente a recuperação económica destes.

Entretanto, o FMI revela que em médio prazo se colocam questões de como a economia global
vai operar num mundo de dívida soberana elevada e se as economias dos mercados emergentes
poderão manter a sua forte expansão, alargando mais a sua fonte de crescimento por via da
procura interna versus procura externa. O facto é que os indicadores recentes da actividade
económica e de emprego mostram uma crescente e alargada lentidão do crescimento económico.

As repercussões da situação das economias avançadas que contribuíram para a redução dos
produtos de base, que pesaram sobre a actividade de muitos exportadores, aliadas às dificuldades
internas, acabaram por criar constrangimentos à actividade económica dos mercados emergentes
e economias em desenvolvimento. Entre os problemas identificados destacam-se os relacionados
com a sustentabilidade do crescimento acelerado e a constituição de equilíbrios financeiros
desses mercados.

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2.2 - Crescimento da Economia Mundial

Depois das sucessivas revisões em baixa dos cenários de expansão económica, que afectaram as
economias emergentes de forma expressiva, o que se revelou desanimador para o crescimento do
PIB o FMI divulgou através do “WEO” de Janeiro de 2014, informações sobre a actividade
económica mundial, que foi revista em alta para 3,0% em 2013 e perspectivada para 3,7% em
2014, com base nos dados relativos ao IV trimestre de 2013. Esta revisão em alta justificou-se
pelo desempenho das principais economias desenvolvidas, com destaque para os EUA, Zona
Euro, Reino Unido e Japão.

Mesmo com este cenário, o FMI alertou para a possibilidade de uma multiplicidade de riscos,
nomeadamente, especulação nos mercados, pressões inflacionistas, assim como da saída de
fluxos de capital das economias emergentes, como resultado da redução gradual do programa
“quantitative easing” (QE) da Reserva Federal norte-americana.

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Quadro 1: Evolução do PIB


Anos
Descrição Previsões/2014
2011 2012 2013
Economia Mundial 3,90 3,10 3,00 3,70
Economias Desenvolvidas 1,70 1,40 1,30 2,20
EUA 1,80 2,80 1,90 2,80
Zona Euro 1,50 -0,70 -0,40 1,00
Alemanha 3,40 0,90 0,50 1,00
França 2,00 0,00 0,20 0,90
Itália 0,40 -2,50 -1,80 0,60
Espanha 0,10 -1,60 -1,20 0,60
Japão -0,60 1,40 1,70 1,70
Reino Unido 1,10 0,30 1,70 2,40
Economias Emergentes e em Desenvolvimento 6,20 4,90 4,70 5,10
Rússia 4,30 3,40 1,50 2,00
China 9,30 7,70 7,70 7,50
Índia 6,30 3,20 4,40 5,40
Brasíl 2,70 1,00 2,30 2,30
ASEAN 4,50 6,20 5,00 5,10
América Latina e Caraíbas 4,60 3,00 2,60 3,00
Médio Oriente, Norte de África, Afeganistão e Paquistão 3,90 4,10 2,40 3,30
África Subsariana 5,50 4,80 5,10 6,10
SADC 5,35 4,75 5,07 5,70
Fonte: FMI - World Economic Outlook

Dados do FMI que actualizaram parcialmente as informações divulgadas em Outubro de 2013,


referem um maior dinamismo das chamadas economias “avançadas”, particularmente a
economia norte-americana da qual se espera que em 2013 e 2014 o PIB real ascenda para 1,90%
e 2,80%, a Japonesa para 1,70% em ambos os períodos e o Reino Unido para 1,70% e 2,40%,
respectivamente. No caso da Zona Euro, as perspectivas de crescimento são mais moderadas
(passando a taxa de crescimento de -0,4% em 2013 para 1,0% em 2014).

Em relação às economias emergentes, as previsões também sofreram poucas alterações, com


uma revisão do crescimento económico da China (de 7,60% para 7,70% em 2013 e 7,50% em
2014) e da Índia (de 3,80% para 4,40% em 2013 e 5,40% em 2014). Contudo, os indicadores
apontaram para uma revisão em baixa no caso do Brasil (de 2,50% para 2,30% em 2013 e 2014)
e uma manutenção na Rússia (de 1,50% em 2013).

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Em contrapartida, a África Subsaariana apresentaria um crescimento económico robusto e


elevado. Apesar dos constrangimentos internos em vários países, teria crescido 5,1% em 2013
devido ao aumento das exportações de petróleo. Em geral, a região ficou marcada pela queda da
produção de petróleo da Nigéria e pelo aumento da insegurança na República Centro-Africana.

A procura interna, o fluxo de investimento directo estrangeiro em crescimento (43 mil milhões
de dólares em 2013, contra 37 mil milhões de dólares em 2012) e o baixo nível de inflação
devem ajudar a sustentar o crescimento regional de 6,1% em 2014. A região é relativamente
indiferente ao aumento das taxas de juros globais, mas muito vulnerável a possíveis quedas nos
preços das commodities e a riscos internos relacionados com choques agrícolas e políticos. Em
relação à região da SADC, previu-se uma taxa de crescimento do PIB de 5,07% em 2013 e
5,70% em 2014.

2.3 - Comércio Internacional

Em 2013, o total de exportações das economias desenvolvidas cresceu em média 2,70%, mais
0,70 pontos percentuais que o ano anterior, enquanto o total de exportações das economias
emergentes e em desenvolvimento registou um crescimento de 3,50%, menos 0,70 pontos
percentuais relativamente a 2012.

Observou-se uma desaceleração nas economias emergentes e em desenvolvimento, no entanto o


seu crescimento continuou a ser superior ao das economias desenvolvidas e de acordo com os
últimos dados do FMI (WEO, Janeiro de 2014).

2.4 - Economia Nacional

No ano de 2013 a economia nacional observou um crescimento real do PIB acima da média
relativamente aos exercícios anteriores, sem no entanto perturbar a estabilidade
macroeconómica. Esta realidade foi comprovada, já que a taxa de inflação, conforme dados da
CGE e Relatório & Contas do BNA/2013, situou-se em 7,69% em Dezembro de 2013, tendo
mantido o curso decrescente dos últimos anos.

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2.5 - Evolução da Economia Nacional

O crescimento da economia, concretamente o seu PIB, no ano de 2013 foi estimado em 7,4% em
termos reais, representando um aumento de cerca de 2,25 pontos percentuais em comparação
com o ano de 2012, segundo o Relatório & Contas do BNA referente ao ano de 2013. Este
fundamenta ainda que o referido crescimento resultou em grande medida da performance
favorável do sector petrolífero que terá crescido a 11,54% em termos reais, compensando a
contracção observada no PIB petrolífero de -0,33%. A taxa de inflação, medida pela variação do
IPC, em 2013, foi de 7,69%, abaixo da taxa de inflação observada em 2012 com 9,02%
conforme apresentado no quadro a seguir:

Quadro 2: Indicadores Macroeconómicos


Anos
Indicadores ∆% 13/12
2011 2012 2013
Inflação 11,38 9,02 7,69 -1,36
Crescimento do PIB (%) 3,86 5,18 7,43 2,25
Sector Petrolífero -5,57 4,31 -0.33 -4,64
Sector não Petrolífero 9,74 5,64 11,54 5,89
Fonte: CGE e Relatório & Contas do BNA/2013

O PIB global distribuído pelos sectores primário, secundário e terciário, indica que o sector
primário da economia manteve o maior peso na estrutura do PIB em 2013, com 52,91%, seguido
do sector terciário com 30,56%. O sector secundário, não obstante seu menor peso no PIB,
apresentou contribuições crescentes em relação ao sector primário, reflectindo assim o esforço
tendente a diversificação da economia, conforme quadro a seguir:

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Quadro 3: Estrutura Percentual do Produto Interno Bruto


Anos
Sectores de Actividade 2011 2012 2013
Sector Primário 59,05 54,96 52,91
Agricultura 9,28 7,05 10,25
Pescas e Derivados 0,23 0,25 0,27
Diamantes e Outros 0,93 0,81 0,80
Petróleo 48,60 46,86 41,59
Sector Secundário 14,09 15,56 16,53
Indústria Transformadora 6,12 6,83 7,27
Construção 7,86 8,60 9,11
Energia 0,11 0,12 0,15
Sector Terciário 26,86 29,49 30,56
Serviços Mercantis 19,86 22,05 22,87
Outros 7,01 7,43 7,69
Fonte: CGE e Relatório & Contas do BNA/2013

Gráfico 1: Representação Gráfica da Estrutura Percentual do PIB

De acordo com o relatório da fundamentação do OGE 2013 assente nas metas económicas e
sociais do PND, as projecções macroeconómicas apontavam para um crescimento do PIB real a
preços de mercado em 7,1%, com um aumento de 1,9% em relação ao ano de 2012. O
crescimento verificado na produção da actividade petrolífera, combinado com a alta dos preços
de petróleo, impulsionou o crescimento do PIB e permitiu ao Executivo observar o aumento nas

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receitas fiscais, dando de certa forma facilidades ao Governo em acelerar o serviço da dívida e
aumentar a sua despesa pública.

2.5.1 Balança de Pagamentos

A Balança de Pagamentos reflecte o conjunto de transacções reais e financeiras realizadas com o


resto do mundo durante o ano de 2013. O comportamento do preço do barril de petróleo, ao
longo do ano em análise, reflectiu-se negativamente na posição externa da economia nacional,
ainda assim o sector externo da economia fechou o ano em análise com um superávit da conta
corrente que permitiu cobrir o défice da conta financeira.

A Balança Global revelou-se excedentária em USD 68,52 milhões, sendo que o excedente foi
garantido pelo saldo positivo da Conta Corrente, ainda que esta tenha sofrido uma contracção de
USD 4.817,73 milhões comparativamente ao ano de 2012.

2.5.2 Conta Corrente

Em 2013, a Conta Corrente da Balança de Pagamentos, registou um superávit de USD 9,035.54


milhões, apresentando uma contracção de 34,78% face a 2012 - cujo superávit foi de USD
13,853,27 milhões. Esta contracção verificada ao nível da Conta Corrente está associada, por um
lado, à contracção registada de 6,97% na Conta de Bens devido ao aumento das importações
conjuntamente com a diminuição das exportações e por outro à contracção da Conta de Serviços
(Líquida) em 8,76% face a 2012.

2.5.3 Conta Capital

A Conta de Capital apresentou um saldo deficitário na ordem dos 0,94% ao passar de USD
8,883.64 milhões em 2012, para USD 8,967.01 milhões em 2013. Este comportamento está
associado à recuperação do investimento directo, que em 2013 atingiu um défice de USD

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6,430.63 milhões contra USD 9,638.71 milhões, registado em 2012 e o agravamento dos fluxos
de capitais de médio e longo prazo e de Outros Capitais.

2.6 - Reservas Internacionais Líquidas

Em 2013 as RIL foram de USD 30.945,30 milhões contra USD 30.632,33 milhões em 2012, com
um aumento de 1,02%. De referir que durante o primeiro semestre as RIL assumiram uma
tendência crescente, de acordo com a CGE e o Relatório & Contas do BNA/2013.

2.7 - Taxa de Câmbio Nominal

O ano de 2013 foi caracterizado pela entrada em vigor do novo regime cambial aplicável ao
sector petrolífero, que veio trazer alguma volatilidade na taxa de câmbio entre Julho e meados de
Dezembro.

Quadro 4: Taxa de Câmbio e Variação Cambial Anual


Descrição Dezembro de 2011 Dezembro de 2012 Dezembro de 2013
Mercado Primário 95,282 95,826 97,619
Variação Média 2,85% 0,57% 1,85%
Mercado Secundário 96,764 97,672 98,807
Variação Média 3,12% 0,95% 1,16%
Mercado Informal 102,417 104,833 104,667
Variação Média 1,15% 2,36% -0,16%
Casas de Câmbios 100,375 101,053 101,920
Variação Média 3,68% 0,68% 0,85%
Fonte: Relatório & Contas do BNA/2013

No mercado primário, a taxa de câmbio média do Kz/USD registou, em termos anuais, uma
depreciação de 1,85%. No mercado secundário, o Kwanza depreciou-se em 1,16% e nas Casas
de Câmbio a depreciação foi de 0,85%. O mercado informal foi o único a registar uma
apreciação do Kwanza face ao dólar, calculada em 0,16%.

2.8 - Serviço da Dívida

Para dar cobertura a necessidade de financiar a economia do país, o Executivo durante o


exercício de 2013 fez recurso ao endividamento quer no mercado interno como externo.

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2.8.1 Dívida Interna

Dados da CGE mostraram que foram emitidos dois instrumentos para financiamento interno,
onde as BT atingiram um montante de Kz 305.725,00 e as OT com o valor de Kz 379.486,00
(em milhares).

2.8.2 Dívida Externa

De acordo com a CGE, em 2013 foram firmados 54 acordos para abertura de linhas de créditos,
estimados em USD 6,64 mil milhões, que corresponde em moeda nacional em Kz 639,781 mil
milhões. Destes foram realizados 18 no mês de Janeiro e 10 em Dezembro, com destaque aos
países com uma presença significativa, tais como a China, maior credor, com grau de realização
de 46%, a Espanha com 16%, Israel com 14%, Brasil com 8% e a África do Sul com 5%,
conforme representado no gráfico a seguir:

Gráfico 2: Apresentação dos 5 países com maiores linhas de créditos cedidos em 2013

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No relatório Doing Business, do BM no qual é avaliado o ambiente de negócios em185 países,


Angola subiu dois lugares no ranking ao sair da posição 174 em 2012 para 172 em 2013. Este
resultado demonstra claramente ter havido em Angola um progresso assinalável em termos de
ambiente de negócios.

Ainda na publicação do BM, o indicador "protecção de investidores" foi o que melhor


classificação registou, enquanto a "execução de contratos" continua a ser a pior categoria do país,
seguida da "abertura de empresas".

O Estado ao longo da sua actuação apercebeu-se da necessidade da diversificação da economia e


da captação do Investimento Estrangeiro, o que foi possível compreender nos esforços envidados
em matérias relacionadas com as reformas no sector público e na criação da legislação específica
virada para a atracção do Investimento Estrangeiro e de instituições afins.

Com a introdução das reformas, espera-se acima de tudo, que se incorpore no sistema económico
angolano a responsabilização, a transparência e a eficiência das instituições como pilares
fundamentais que devem sustentar o crescimento económico, proporcionar a manutenção do

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pleno emprego e a introdução de inovações tecnológicas que permitam tornar a economia mais
competitiva.

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3. Desenvolvimento do
Relatório

3.
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Desenvolvimento do Relatório

Sistema Contabilístico do Estado

A CGE referente a 2013 teve como base os registos contabilísticos efectuados no SIGFE, que
está estruturado em conformidade aos pressupostos do SCE.

O SCE rege-se pelas normas de contabilidade pública, que observam, no que for pertinente, as
orientações das NICSP editadas pela IFAC, e define as componentes estruturais do Sistema
Contabilístico que integram os órgãos, instrumentos e produtos fundamentais, que
compreendem:

Órgãos fundamentais – centrais e sectoriais;

Instrumentos fundamentais – plano de contas e tabela dos eventos, plataforma de informática e


os livros de contabilidade;

Produtos fundamentais – demonstrações financeiras, balancetes, relatórios da execução


orçamental e financeira, Conta Geral do Estado e relatórios para análise da gestão.

O Regulamento do SCE dispõe, ainda, sobre a função e atribuições do Sistema Contabilístico, e


estabelece as competências dos órgãos centrais e sectoriais.

O SIGFE possibilita o registo contabilístico online, de forma integrada, descentralizada e


padronizada da execução orçamental, financeira e patrimonial, compreendendo no aspecto
patrimonial o acompanhamento e controlo dos activos (bens e direitos), passivos (obrigações) e
património líquido.

A integração caracteriza-se pela consistência que é observada entre os elementos identificadores


do orçamento nos diversos processos da execução orçamental da receita (previsão e realização) e
da despesa (cabimentação, liquidação e pagamento).

A descentralização permite que os registos sejam efectuados pelos utilizadores habilitados no


SIGFE de todos os órgãos e entidades do governo central e local, sem transferência física de
dados.

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O padrão dos registos é acautelado através dos eventos contabilísticos, que automatizam os
lançamentos de cada acto e facto administrativo, assegurando que todas as contas a serem
utilizadas para representar a natureza de tais actos e factos sejam efectivamente contempladas
nos registos efectuados pelos diversos executores habilitados no Sistema.

Através do SIGFE podem ser obtidas, de forma automática, as demonstrações financeiras e os


relatórios de execução da receita e da despesa, actualizados em tempo real.

As consultas ao Sistema permitem o conhecimento e a avaliação da execução nos seguintes


níveis de detalhe:

Orçamental , constituída por células de receita e de despesa, conforme segue:

• célula de receita, representada pelos identificadores da fonte de recursos, acordo e


natureza;

• célula de despesa, que agrega as classificações institucional (unidade orçamental e órgão


dependente), funcional–programática (função, programa e actividade ou projecto) e
económica (despesas correntes e de capital);

Financeira, constituída pela célula financeira, que agrupa a fonte de recursos, acordo e categoria
da despesa;

Patrimonial, que revela a situação dos bens, direitos e obrigações, com indicação dos elementos
necessários à identificação individualizada dos bens patrimoniais, bem como dos devedores e
credores.

A estrutura do SIGFE possibilita cumprir o que está previsto nos artigos 43.º a 57.º, n.º 2 do
artigo 58.º e artigos 59.º a 62.º da Lei do OGE, destacando:

“Artigo 44.º: Os serviços de contabilidade são organizados de forma a permitir o


acompanhamento da execução orçamental e financeira, os custos das actividades e dos projectos,
as mutações e a composição do património, bem como propiciar os elementos para o apuramento
das contas parciais e da Conta Geral, assim como a análise e interpretação dos resultados
económicos e financeiros do Estado ou Autarquia.”

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“Artigo 45.º: A contabilidade evidencia os factos ligados à administração orçamental, financeira


e patrimonial.”

“Artigo 46.º: A escrituração das operações orçamentais, financeiras e patrimoniais é efectuada


pelo método das partidas dobradas.”

“Artigo 58.º, n.º 2: Os resultados do exercício são evidenciados na Conta Geral do Estado,
através do Balanço Orçamental, do Balanço Financeiro, do Balanço Patrimonial e da
Demonstração das Variações Patrimoniais…”.

No presente Relatório e Parecer, os valores constantes dos quadros e gráficos, quando não
expressos por extenso, estão apresentados em milhões de kwanzas.

3.1 Análise das Receitas

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A realização das receitas teve como respaldo legal a Lei n.º 2/13, de 07 de Março e o Decreto
Presidencial n.º 320/11, de 30 de Dezembro.

A contabilização das receitas orçamentais teve as seguintes entidades intervenientes: DNI, DNT
e DNCP.

A receita compreende duas grandes categorias económicas:

Receitas Correntes: são constituídas pelas receitas tributárias, patrimoniais, de serviços, bem
como as transferências recebidas para atender quaisquer despesas.

Receitas de Capital: são constituídas pelas receitas provenientes da realização de acordos


financeiros oriundos de operações de crédito e da conversão em espécie de bens e direitos, bem
como de saldos não comprometidos de exercícios anteriores.

Foi feita a análise da receita por natureza, fonte de recurso, acordo, estrutura central, órgãos
locais e UO no exterior, que evidencia os totais, incluindo a comparação entre as receitas
previstas e arrecadadas, grau de participação e respectiva evolução, bem como as diferenças em
termos absolutos e relativos, conforme desenvolvimento a seguir:

3.1.1 - Análise da Receita por Natureza

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Quadro 5: Receita por Natureza


2013 2012
Receita por Natureza Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part % Diferença Variação
Diferença Diferença
Prevista % Arrecadada % Arrecadada Prevista % Arrecadada % Arrecadada

Receitas Correntes 4.858.482,1 73,2 4.711.385,0 75,9 147.097,0 97,0 3.759.764,7 83,5 4.428.539,6 88,7 -668.774,9 117,8 282.845,4 6,4
Receitas Petrolíferas 3.281.988,0 49,5 3.580.372,7 57,7 -298.384,7 109,1 2.587.293,7 57,5 3.479.999,3 69,7 -892.705,6 134,5 100.373,4 2,9
Imp. S/ Rend.da Indústria Petrolífera 574.044,5 8,7 806.323,7 13,0 -232.279,2 140,5 506.591,4 11,3 783.436,2 15,7 -276.844,8 154,6 22.887,5 2,9
Imp. S/ Rend. Transação do Petróleo 128.682,0 1,9 178.168,9 2,9 -49.486,9 138,5 70.095,8 1,6 305.452,1 6,1 -235.356,3 435,8 -127.283,2 -41,7
Imp. S/ Produção da Ind. Petrolífera 188.188,0 2,8 199.708,9 3,2 -11.520,9 106,1 194.438,6 4,3 228.157,8 4,6 -33.719,2 117,3 -28.448,9 -12,5
Imp. S/ Cons. de Derivad. do Petróleo 26,5 0,0 21,9 0,0 4,6 82,6 27.171,7 0,6 10,9 0,0 27.160,8 0,0 11,0 100,7
Rendimentos do Petróleo 2.391.039,6 36,0 2.396.146,8 38,6 -5.107,2 100,2 1.788.991,0 39,7 2.162.939,0 43,3 -373.948,0 120,9 233.207,8 10,8
Outras Receitas Petrolíferas 7,5 0,0 2,5 0,0 4,9 34,1 5,2 0,0 3,3 0,0 1,9 63,5 -0,8 -22,8
Receitas Diamantíferas 9.564,5 0,1 7.384,4 0,1 2.180,0 77,2 9.932,1 0,2 11.103,8 0,2 -1.171,7 111,8 -3.719,4 -33,5
Imposto Industrial (Diamantes) 4.286,3 0,1 3.027,1 0,0 1.259,2 70,6 4.085,4 0,1 6.905,4 0,1 -2.820,0 169,0 -3.878,3 -56,2
Imposto S/ Produção de Diamantes 5.274,8 0,1 4.355,0 0,1 919,8 82,6 5.836,3 0,1 4.186,9 0,1 1.649,4 71,7 168,1 4,0
Rendimentos do Diamantes 3,3 0,0 2,3 0,0 1,0 69,6 10,4 0,0 11,4 0,0 -1,0 110,5 -9,1 -79,6
Outras Receitas Diamantíferas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Receitas Tributárias 1.236.711,1 18,6 1.067.831,8 17,2 168.879,3 86,3 1.100.451,5 24,4 879.194,7 17,6 221.256,8 79,9 188.637,1 21,5
Outras Receitas Patrimonias 15.751,3 0,2 3.400,8 0,1 12.350,5 21,6 28.649,9 0,6 813,0 0,0 27.836,9 2,8 2.587,8 318,3
Receitas de S erviço 4.507,1 0,1 11.298,4 0,2 -6.791,2 250,7 6.913,7 0,2 10.038,1 0,2 -3.124,4 145,2 1.260,3 12,6
Receitas de Transf. Correntes 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 0,0 0,0
Receitas Correntes Diversas 309.835,2 4,7 41.096,9 0,7 268.738,3 13,3 26.399,0 0,6 47.390,8 0,9 -20.991,8 179,5 -6.293,9 -13,3
Receitas de Capital 1.777.085,1 26,8 1.492.970,4 24,1 284.114,7 84,0 741.341,6 16,5 565.611,5 11,3 175.730,1 76,3 927.358,9 164,0
Financiamentos Internos 441.000,0 6,6 420.151,2 6,8 20.848,8 95,3 470.952,0 10,5 183.901,4 3,7 287.050,6 39,0 236.249,8 128,5
Financiamentos Externos 774.912,6 11,7 511.649,0 8,2 263.263,5 66,0 266.415,1 5,9 380.366,4 7,6 -113.951,3 142,8 131.282,6 34,5
Outras Receitas de Capital 561.172,5 8,5 561.170,2 9,0 2,3 100,0 3.974,5 0,1 1.343,7 0,0 2.630,8 33,8 559.826,5 41.663,1
Total Geral 6.635.567,2 100,0 6.204.355,5 100,0 431.211,7 93,5 4.501.106,3 100,0 4.994.151,1 100,0 -493.044,8 111,0 1.210.204,4 24,2
Fonte: CGE e SIGFE

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Gráfico 3: Evolução das receitas nos três últimos anos 2011 a 2013

Gráfico 4: Grau de Participação da Receita Petrolífera, Não Petrolífera e de Capital na receita arrecadada

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Quadro 6: Tendências das Receitas Orçamentais 2012-2012


Designação 2013 2012 Tendência

Receitas Petrolíferas 57,7% 69,7%


Receitas Diamantíferas 0,1% 0,2%
Outras Receitas Tributárias 17,2% 17,6%
Outras Receitas Patrimoniais 0,1% 0,0%
Receitas de Serviço 0,2% 0,2%
Receitas de Transferências Correntes 0,0% 0,0%
Receitas Correntes Diversas 0,7% 0,9%
Receitas de Capital 24,1% 11,3%
Fonte: CGE e SIGFE

A receita prevista no exercício de 2013, incluindo a do INSS, foi de Kz 6.635.567,2 milhões.

Analisando o quadro acima constatou-se que a receita realizada foi de Kz 6.204.355,5 milhões,
correspondente a 93,5% da receita prevista.

Realça-se que as Outras Receitas Patrimoniais tiveram apenas uma realização de 21,6%
enquanto os Financiamentos Externos, apesar da sua importância como fonte de receita, tiveram
uma realização de 66,0%.

Apesar da variação negativa registada nas Receitas Diamantíferas de 33,5% e nas Receitas
Correntes Diversas de 13,3%, a receita realizada quando comparada com a do ano de 2012,
assinalou uma variação positiva de 24,2%.

As receitas correntes arrecadadas no valor de Kz 4.711.385,0 milhões tiveram um nível de


realização de 97,0% e um peso de 75,9% sobre o total das receitas. Comparadas com as do ano
anterior, registaram uma variação positiva de 6,4%.

Este desempenho positivo foi influenciado pelo comportamento semelhante registado nas
seguintes rubricas: Receitas Petrolíferas com 2,9%, Outras Receitas Tributárias, 21,5%, Outras
Receitas Patrimoniais, 318,3% e Receitas de Serviço 12,6%.

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Gráfico 5: Comportamento das Receitas Correntes

Receitas Petrolíferas
As receitas petrolíferas no valor de Kz 3.580.372,7 milhões tiveram um nível de realização de
109,1% e um peso de 57,7% sobre o total das receitas.

Comparativamente ao ano anterior verificou-se uma variação positiva de 2,9%. Este aumento
deveu-se principalmente aos níveis de realização acima da previsão registados nas rubricas a
seguir:

• Imposto Sobre o Rendimento da Industria Petrolífera, 140,5%


• Imposto sobre Rendimentos da Transacção do Petróleo, 138,5%;
• Imposto sobre Produção da Indústria Petrolífera, 106,1%;
• Imposto sobre Rendimentos do Petróleo, 100,2%.

Este dado, revela que as receitas petrolíferas continuam a ter um peso significativo no total da
receita arrecadada o que indica a grande dependência das receitas orçamentais em relação as

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receitas petrolíferas, pois, o conjunto constituído por outras receitas contribuiu apenas com
42,3%.

O quadro a seguir demonstra o comportamento das receitas petrolíferas:

Quadro 7: Receitas Petrolíferas


2013 2012
Receitas Petrolíferas % Diferença Variação
Receita Part Receita Receita Receita %
Part% Diferença Arrecadaçã Part% Part% Diferença
Prevista % Arrecadada Prevista Arrecadada Arrecadação
o
Receitas Petrolíferas 3.281.988,00 49,5 3.580.372,70 57,7 -298.384,70 109,1 2.587.293,70 57,5 3.479.999,30 69,7 -892.705,60 134,5 100.373,40 2,9
Imp. S/ Rendimentos da Indústria Petrolífera 574.044,50 8,7 806.323,70 13 -232.279,20 140,5 506.591,40 11,3 783.436,20 15,7 -276.844,80 154,6 22.887,50 2,9
Imp. S/ Rend. da Transação do Petróleo 128.682,00 1,9 178.168,90 2,9 -49.486,90 138,5 70.095,80 1,6 305.452,10 6,1 -235.356,30 435,8 -127.283,20 -41,7
Imp. S/ Produção da Indústria Petrolífera 188.188,00 2,8 199.708,90 3,2 -11.520,90 106,1 194.438,60 4,3 228.157,80 4,6 -33.719,20 117,3 -28.448,90 -12,5
Imp. S/ Consumo de Derivados do Petróleo 26,5 0 21,9 0 4,6 82,6 27.171,70 0,6 10,9 0 27.160,80 0 11 100,7
Rendimentos do Petróleo 2.391.039,60 36 2.396.146,80 38,6 -5.107,20 100,2 1.788.991,00 39,7 2.162.939,00 43,3 -373.948,00 120,9 233.207,80 10,8
Outras Receitas Petrolíferas 7,5 0 2,5 0 4,9 34,1 5,2 0 3,3 0 1,9 63,5 -0,8 -22,8
Fonte: CGE e SIGFE

Gráfico 6: Grau de Participação da Receita Petrolífera 2013

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Receitas Diamantíferas

As receitas diamantíferas no total de Kz 7.384,4 milhões registaram um nível de realização de


77,2% e um peso de 0,1% sobre o total das receitas.

Estas receitas sofreram uma diminuição em 2013, conforme a variação negativa de 33,5%
originada pelas variações igualmente negativas observadas nas Rubricas de Imposto Industrial
(Diamantes) 56,2% e Rendimentos de Diamantes com 79,6%.

O quadro a seguir demonstra o comportamento das receitas diamantíferas:

Quadro 8: Receitas Diamantíferas


2013 2012

Receitas Diamantíferas Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part % Diferença Variação
Diferença Diferença
Prevista % arrecadada % Arrecadação Prevista % arrecadada % Arrecadação

Receitas Diamantíferas 9.564,5 0,1 7.384,4 0,1 2.180,0 77,2 9.932,1 0,2 11.103,8 0,2 -1.171,7 111,8 -3.719,4 -33,5
Imposto Industrial (Diamantes) 4.286,3 0,1 3.027,1 0,0 1.259,2 70,6 4.085,4 0,1 6.905,4 0,1 -2.820,0 169,0 -3.878,3 -56,2
Imposto S/ Produção de Diamantes 5.274,8 0,1 4.355,0 0,1 919,8 82,6 5.836,3 0,1 4.186,9 0,1 1.649,4 71,7 168,1 4,0
Rendimentos do Diamantes 3,3 0,0 2,3 0,0 1,0 69,6 10,4 0,0 11,4 0,0 -1,0 110,5 -9,1 -79,6
Outras Receitas Diamantíferas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Fonte: CGE e SIGFE

Gráfico 7: Grau de Arrecadação da Receita Diamantífera

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Outras Receitas Tributárias

As Outras Receitas Tributárias no total de Kz 1.067.831,8 milhões correspondendo a um nível de


realização de 86,3% e um peso de 17,2% sobre o total das receitas, que comparativamente ao ano
anterior verificou-se uma variação positiva de 21,5%.

Outras Receitas Patrimoniais

As Outras Receitas Patrimoniais no total de Kz 3.400,8 milhões tiveram um nível de realização


de 21,6% e um peso de 0,0% sobre o total das receitas. À semelhança da rubrica anterior, as
outras receitas patrimoniais também aumentaram em 2013, registando uma variação positiva de
318,3%.

Receitas de Serviços

As Receitas de Serviços no total de Kz 11.298,4 milhões tiveram um nível de realização de


250,7% e um peso de 0,2% sobre o total das receitas, tendo-se verificado uma variação positiva
de 12,6% face ao ano precedente.

Receitas de Transferências Correntes

O orçamento previa arrecadar Kz 124,8 milhões nesta rubrica. Porém, em 2013 não apresentou
arrecadação, situação semelhante aos exercícios financeiros de 2011 e 2012, o que demonstra
que a previsão do mesmo valor tem sido reconduzida de exercício para exercício.

Receitas Correntes Diversas

As Receitas Correntes Diversas no total de Kz 41.096,9 milhões registaram um nível de


realização de 13,3% e um peso de 0,7% sobre o total das receitas. Em relação ao ano passado,
notou-se uma variação negativa de 13,3%.

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Financiamentos e Outras Receitas de Capital

As Receitas de Financiamentos Internos no total de Kz 420.151,2 milhões atingiram um grau de


realização de 95,3% e uma participação de 6,8% no total das receitas. Comparativamente ao ano
transacto verificou-se uma variação positiva na ordem de 128,5%.

As Receitas de Financiamentos Externos no total de Kz 511.649,0 milhões tiveram um grau de


realização de 66,0% e uma participação de 8,2% no total das receitas. Analogamente ao ano
passado registou-se uma variação positiva de 34,5%.

As Outras Receitas de Capital no total de Kz 561.170,2 milhões situaram-se num nível de


arrecadação de 100,0% e uma participação de 9,0% no total das receitas. Comparadas com as do
ano anterior notou-se uma variação positiva expressiva e incomum de 41.663,1%.

O quadro a seguir demonstra o comportamento dos financiamentos e outras receitas de capital:

Quadro 9: Financiamentos e Outras Receitas de Capital


2013 2012

Receita de Capital Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part % Diferença Variação
Diferença Diferença
Prevista % arrecadada % Arrecadação Prevista % arrecadada % Arrecadação

Receitas de Capital 1.777.085,1 26,8 1.492.970,4 24,1 284.114,7 84,0 741.341,6 16,5 565.611,5 11,3 175.730,1 76,3 927.358,9 164,0
Financiamentos Internos 441.000,0 6,6 420.151,2 6,8 20.848,8 95,3 470.952,0 10,5 183.901,4 3,7 287.050,6 39,0 236.249,8 128,5
Financiamentos Externos 774.912,6 11,7 511.649,0 8,2 263.263,5 66,0 266.415,1 5,9 380.366,4 7,6 -113.951,3 142,8 131.282,6 34,5
Outras Receitas de Capital 561.172,5 8,5 561.170,2 9,0 2,3 100,0 3.974,5 0,1 1.343,7 0,0 2.630,8 33,8 559.826,5 41.663,1
Fonte: CGE e SIGFE

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Gráfico 8: Financiamentos e Outras Receitas de Capital

No quadro a seguir pode-se acompanhar o comportamento das receitas tributárias não


relacionadas com a actividade petrolífera:

Quadro 10: Comportamento das Receitas Tributárias


2013 2012 2011
Receitas Tributárias Receita Receita
Receita Part Part Part
Arrecadad Arrecadad
Arrecadada % % %
a a
Receita Tributária Não relacionada a Actividade
Petrolífera
Impostos sobre Rendimentos 416.606,3 38,7 324.656,3 36,5 312.517,1 36,9
Impostos sobre o Património 21.171,5 2,0 16.171,5 1,8 6.044,6 0,7
Impostos sobre a Produção 4.685,8 0,4 4.471,4 0,5 4.614,0 0,5
Impostos sobre o Consumo 199.123,8 18,5 163.790,9 18,4 167.617,9 19,8
Impostos sobre o Comércio Externo 124.413,6 11,6 111.325,5 12,5 112.167,8 13,3
Impostos Diversos 111.222,1 10,3 95.203,6 10,7 98.023,2 11,6
Taxas 77.288,4 7,2 67.455,0 7,6 53.637,3 6,3
Contribuições Sociais 120.726,9 11,2 106.581,9 12,0 89.775,9 10,6
Contribuições Económicas 0,0 0,0 6,4 0,0 2,0 0,0
Outras Receitas Tributárias 0,0 638,6 0,1 1.436,0 0,2
Subtotal 1.075.238,3 47,6 890.301,1 40,3 845.835,7 41,0
Receitas Tributárias s/Actividade Petrolífera
Imposto S/Rend. Industria Petrolífera 806.323,7 68,1 783.436,2 59,5 652.311,1 53,6
Imposto S/Transacção do Petróleo 178.168,9 15,0 305.452,1 23,2 328.068,0 27,0
Imposto S/Produção Industria Petrolífera 199.708,9 16,9 228.157,8 17,3 236.876,8 19,5
Subtotal 1.184.201,5 52,4 1.317.046,1 59,7 1.217.255,9 59,0
Total Geral 2.259.439,8 2.207.347,2 2.063.091,6
Fonte: CGE e SIGFE

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Gráfico 9: Evolução da Receita Tributária

Da análise dos dados constantes do quadro acima e expostos em termos relativos no gráfico,
verificou-se uma tendência de crescimento no período da Receita Tributária não Petrolífera,
influenciado pelas medidas do PERT consubstanciadas no aumento da base tributária.

Constatação

Observou-se uma diferença de Kz 41.412,0 milhões entre o total registado no Relatório de


Receita Arrecadada por Unidade e o Resumo Geral de Execução da Receita do SIGFE, conforme
quadro a seguir:

Quadro 11: Comparativo da Receita DNI-SIGFE


Descrição DNI DNC DNT Total
Relatório de Receita Arrecadada por Unidade 3.084.851,2 714.494,9 2.446.421,4 6.245.767,5
SIGFE - Resumo Geral de Execução da Receita 6.204.355,5
Diferença 41.412,0
Fonte: DNI

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Gráfico 10: Receita Arrecadada por Unidade

Recomendação

Evoluir para um modelo sustentado, implementando um sistema informático de registo de


receitas, capaz de harmonizar os dados do SIGFE e dos diversos intervenientes na arrecadação
de receitas, de forma a evitar diferenças entre as fontes

3.1.2 - Análise da Receita por Fonte de Recursos


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A fonte de recursos identifica a origem dos recursos que custearão as despesas fixadas.

Quadro 12: Receita por Fonte de Recursos


2013 2012
Receitas por Fonte de Recurso Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part % Variação
Diferença Diferença
Prevista % Arrecadada % Arrecadada Prevista % Arrecadada % Arrecadada

Doações 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 207,7 0,0 0,0 0,0 207,7 0,0 0,0
Financiamentos Externos 774.912,6 11,7 511.649,0 8,2 263.263,5 66,0 266.415,1 4,0 380.366,4 6,1 -113.951,2 142,8 34,5
Financiamentos Internos 200.000,0 3,0 275.235,8 4,4 -75.235,8 137,6 470.952,0 7,1 183.901,4 3,0 287.050,6 39,0 49,7
Recursos Consignados 824,2 0,0 5,1 0,0 819,1 0,6 455,3 0,0 695,0 0,0 -239,6 152,6 -99,3
Recursos Consignados - Local 334.228,2 5,0 609.882,4 9,8 -275.654,2 182,5 450.415,2 6,8 485.536,0 7,8 -35.120,8 107,8 25,6
Recursos Ordinários Do Tesouro 4.392.694,2 66,2 3.949.046,4 63,6 443.647,9 89,9 3.182.083,8 48,0 3.797.306,2 61,2 -615.222,5 119,3 4,0
Recursos Próprios 132.458,7 2,0 154.296,9 2,5 -21.838,2 116,5 130.577,2 2,0 146.346,2 2,4 -15.769,0 112,1 5,4
Reversão De Exercícios Anteriores 559.324,5 8,4 559.324,5 9,0 0,0 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Títulos Do Tesouro Nacional 241.000,0 3,6 144.915,4 2,3 96.084,6 60,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Total 6.635.567,2 100,0 6.204.355,5 100,0 431.211,7 93,5 4.501.106,3 67,8 4.994.151,1 80,5 -493.044,8 111,0 24,2
Fonte: SIGFE

Gráfico 11: Comparativo da Receita por Fonte de Recursos

A receita por fonte de recursos arrecadada de Kz 6.204.355,5 milhões correspondeu a 93,5% de


realização.

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Os Recursos Ordinários do Tesouro contribuíram com 63,6% do total da receita arrecadada,


tendo os restantes 26,4% distribuídos nas demais fontes de recursos.

Das demais fontes podem ser destacadas, os Recursos Consignados Local com participação de
9,8% e 182,5% de arrecadação, Reversão de Exercícios Anteriores com participação de 9,8% e
realização de 100,0% e os Financiamentos Externos com participação de 8,2% e realização de
66,0%.

3.1.3 - Análise da Receita por Acordo


Quadro 13: Receita por Acordo

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2013 2012
%
Receita por Acordo Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part Variação
Diferença Diferença Arrecadada
Prevista % Arrecadada % Arrecadada Prevista % Arrecadada %

….. 6.002.938,9 90,5 4.666.939,0 75,2 1.336.000,0 77,7 4.261.928,2 94,7 4.176.540,0 85,3 85.388,2 98,0 11,7
Banco M undial - F.A.S 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1.209,4 0,0 0,0 0,0 1.209,4 0,0 0,0
C.N.C. 2.090,9 0,0 0,0 0,0 2.090,9 0,0 2.090,9 0,0 0,0 0,0 2.090,9 0,0 0,0
Desembolso De L.Crédito 466.672,6 7,0 466.448,2 7,5 224,4 100,0 235.703,2 5,2 256.991,4 5,2 -21.288,2 109,0 81,5
Israel 81.855,0 1,2 8.278,5 0,1 73.576,5 10,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Italia 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 49,8 0,0 0,0 0,0 49,8 0,0 0,0
Sonangol 0,0 0,0 1.062.689,8 17,1 -1.062.689,8 0,0 0,0 0,0 411.780,4 8,4 -411.780,4 0,0 158,1
Uniao Europeia 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 0,0
Russia 81.885,0 1,2 0,0 0,0 81.885,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Gás 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33.201,6 0,7 0,0 -100,0
Fundo de Apoio Empresarial 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20.013,8 0,4 0,0 -100,0
Total 6.635.567,2 100,0 6.204.355,5 100,0 431.211,7 93,5 4.501.106,3 100,0 4.898.527,1 100,0 -344.205,5 108,8 26,7
Fonte: SIGFE

Gráfico 12: Receita por Acordo

A Receita por Acordo arrecadada foi de Kz 6.204.355,5 milhões, ou seja 93,5% de realização.

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A maior participação de 75,2% sobre o total da receita arrecadada foi realizada por um acordo
não identificado na Célula Orçamental do SIGFE. Os restantes acordos no conjunto contribuíram
com 24,8% do total da receita.

Constatações

Verificou-se na execução da Receita por Acordo as seguintes situações:

a) Acordo Sonangol que não sendo prevista nenhuma receita, teve uma arrecadação de Kz
1.062.689,8 milhões e participação de 17,1% sobre o total da receita arrecadada;

b) Acordo Rússia, com uma previsão de Kz 81.885,0 milhões não se efectivou nenhuma
arrecadação.

Recomendação

Rever as contas das receitas sem previsão, mas que apresentam uma arrecadação significativa ou
que apresentem previsão sem arrecadação.

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3.1.4 - Análise da Receita por Estrutura Central


Quadro 14: Receita por Estrutura Central
2013
%
Receita da Estrutura Central
Receita Receita Arrecadado
Prevista Part% Arrecadada Part% Diferença
Operações Centrais Do Estado 5.195.224,0 94,6 5.033.261,7 96,2 161.962,3 96,9
Instituto Nacional De Segurança Social 71.217,7 1,3 145.040,7 2,8 -73.823,0 203,7
Ministério Da Construção 57.643,9 1,0 18.153,5 0,3 39.490,4 31,5
Ministério Da Agricultura 20.456,7 0,4 14.484,9 0,3 5.971,8 70,8
Conselho Nacional De Carregadores 1.214,4 0,0 7.766,4 0,1 -6.552,0 639,5
Ministério Dos Transportes 6.375,4 0,1 6.016,5 0,1 358,9 94,4
Ministério Da Energia E Das Águas 6.558,8 0,1 4.017,1 0,1 2.541,7 61,2
Ministério Da Saúde 22,3 0,0 2.637,7 0,1 -2.615,4 11.819,2
Instituto Nacional Da Aviação Civil 1.177,0 0,0 1.261,1 0,0 -84,2 107,2
Ministério Da Adm.Pública, Trabalho e Segurança 12,8 0,0 408,7 0,0 -395,9 3.190,4
Fundo Do Projecto Coca-Cola 1.413,8 0,0 233,7 0,0 1.180,1 16,5
Ministério Do Ambiente 17,5 0,0 71,1 0,0 -53,6 406,3
Ministério Da Cultura 0,0 0,0 2,9 0,0 -2,9 0,0
Outros 129.407,2 2,4 0,0 0,0 129.407,2 0,0
Total 5.490.741,5 100,0 5.233.356,1 100,0 257.385,4 95,3
Fonte: SIGFE

No que respeita a Estrutura Central, foram previstas receitas no valor de Kz 5.490.741,5 milhões
e realizadas no valor de Kz 5.233.356,1 milhões, o que corresponde a um grau de realização de
95,3%.

Das quarenta e três UO constantes do Resumo Geral da Execução da Receita da Estrutura


Central, treze tiveram uma participação de 99,9% da receita arrecadada, sendo que a UO
Operações Centrais do Estado, representou 96,2%.

A nível da estrutura central foi feita uma previsão da receita correspondente a 2,4% da receita
total, cuja arrecadação foi nula.

De igual modo, houve a arrecadação da receita em natureza diferente da previsão, por exemplo o
demonstrado no referido Resumo na UO Conselho Nacional de Carregadores, onde a receita foi

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contabilizada como Receita de Serviços Diversos e a previsão feita em Receita Tributária, e na


UO Ministério da Agricultura, a receita foi lançada em Receitas de Financiamento Externo e a
previsão nas Receitas Correntes.

De realçar que o MINSA com realização da receita de 11.819,2% e o da Administração Pública,


Trabalho e Segurança Social com 3.190,4%, tiveram apenas uma participação de 0,1% e de
0,0%, respectivamente.

3.1.5 Análise da Receita por Órgãos Locais (Províncias)


Quadro 15: Receita por Órgãos Locais

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2013 2012
Receita por
Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part % Variação
Órgãos Locais Diferença Diferença
Prevista % Arrecadada % Arrecadada Prevista % Arrecadada % Arrecadada

Bengo 792,6 0,1 3.224,6 0,3 -2.432,0 406,8 3.931,0 0,4 3.972,9 0,5 -41,9 101,1 -18,8
Benguela 42.817,9 3,7 37.049,2 3,8 5.768,7 86,5 68.689,8 6,3 33.878,4 4,3 34.811,4 49,3 9,4
Bié 917,1 0,1 677,4 0,1 239,7 73,9 888,8 0,1 566,1 0,1 322,7 63,7 19,7
Cabinda 50.566,1 4,4 22.709,4 2,4 27.856,7 44,9 48.757,8 4,5 24.612,6 3,1 24.145,2 50,5 -7,7
Cuando Cubango 516,4 0,0 1.169,5 0,1 -653,2 226,5 3.374,8 0,3 1.274,7 0,2 2.100,1 37,8 -8,2
Cuanza Norte 1.894,0 0,2 2.004,8 0,2 -110,8 105,8 4.647,6 0,4 1.223,0 0,2 3.424,6 26,3 63,9
Cuanza Sul 6.330,4 0,6 6.008,3 0,6 322,1 94,9 3.567,1 0,3 3.680,7 0,5 -113,6 103,2 63,2
Cunene 12.967,2 1,1 14.215,9 1,5 -1.248,7 109,6 31.335,4 2,9 14.305,8 1,8 17.029,6 45,7 -0,6
Huambo 20.640,2 1,8 3.570,5 0,4 17.069,6 17,3 17.945,1 1,6 3.155,5 0,4 14.789,6 17,6 13,2
Huíla 13.114,5 1,1 7.287,7 0,8 5.826,9 55,6 10.470,8 1,0 6.327,6 0,8 4.143,2 60,4 15,2
Luanda 928.793,8 81,2 838.582,5 86,9 90.211,3 90,3 824.030,0 75,7 658.021,9 83,7 166.008,1 79,9 27,4
Lunda Norte 567,1 0,0 969,1 0,1 -402,0 170,9 4.435,4 0,4 451,2 0,1 3.984,2 10,2 114,8
Lunda Sul 942,8 0,1 1.503,4 0,2 -560,5 159,5 3.153,4 0,3 1.744,9 0,2 1.408,5 55,3 -13,8
M alange 681,6 0,1 1.097,7 0,1 -416,1 161,1 3.044,7 0,3 1.609,0 0,2 1.435,7 52,8 -31,8
M oxico 665,6 0,1 1.441,2 0,1 -775,5 216,5 2.595,1 0,2 584,7 0,1 2.010,4 22,5 146,5
Namibe 11.843,4 1,0 8.374,2 0,9 3.469,2 70,7 7.125,4 0,7 8.228,3 1,0 -1.102,9 115,5 1,8
Uíge 1.194,7 0,1 905,5 0,1 289,2 75,8 1.714,5 0,2 1.108,7 0,1 605,8 64,7 -18,3
Zaire 48.592,8 4,2 13.850,3 1,4 34.742,5 28,5 48.990,1 4,5 21.056,8 2,7 27.933,3 43,0 -34,2
Total 1.143.838,2 100,0 964.641,3 100,0 179.196,9 84,3 1.088.696,8 100,0 785.802,8 100,0 302.894,0 72,2 22,8
Fonte: SIGFE

Das receitas previstas nas Províncias, no valor de Kz 1.143.838,2 milhões foi arrecadado o
montante de Kz 964.641,3 milhões que corresponde a um grau de realização de 84,3%. Em
relação ao ano de 2012 houve uma variação positiva de 22,8%.

Este aumento foi influenciado pelo desempenho semelhante assinalado nas Províncias de
Moxico 146,5%, Lunda Norte 114,8%, Cuanza Norte 63,9%, Cuanza Sul 63,2%, Luanda, 27,4%,
Bié 19,7%, Huíla 15,2%, Huambo 13,2% e Benguela 9,4%.

No âmbito das Províncias, o quadro a seguir evidencia o ranking em termos de arrecadação da


receita, do maior valor para o menor, comparando com o desempenho do exercício anterior.

Quadro 16: Receita por Órgãos Locais – Tendência

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2013
Receita por Órgão
Valor Posição 2012 Tendência
Local
Arrecadado Posição
Luanda 838.582,5 1.ª 1.ª =
Benguela 37.049,2 2.ª 2.ª =
Cabinda 22.709,4 3.ª 3.ª =
Cunene 14.215,9 4.ª 5.ª
Zaire 13.850,3 5.ª 4.ª
Namibe 8.374,2 6.ª 6.ª =
Huíla 7.287,7 7.ª 7.ª =
Cuanza Sul 6.008,3 8.ª 9.ª
Huambo 3.570,5 9.ª 10.ª
Bengo 3.224,6 10.ª 8.ª
Cuanza Norte 2.004,8 11.ª 14.ª
Lunda Sul 1.503,4 12.ª 11.ª
Moxico 1.441,2 13.ª 16.ª
Cuando Cubango 1.169,5 14.ª 13.ª
Malange 1.097,7 15.ª 12.ª
Lunda Norte 969,1 16.ª 18.ª
Uíge 905,5 17.ª 15.ª
Bié 677,4 18.ª 17.ª
Total 964.641,3
Fonte: SIGFE

O quadro acima ilustra a variação do posicionamento das províncias Cuanza Norte, Moxico,
Lunda Norte, que melhoraram o seu desempenho em relação ao ano anterior.

Por outro lado, evidencia-se uma maior queda na performance das Províncias de Malange,
Bengo e Uíge.

As Províncias de Luanda, Benguela e Cabinda, por sua vez, continuaram a ocupar os três
primeiros lugares do ranking.

Constatação

Verificaram-se diferenças na receita arrecadada constante do Mapa Anual de Receitas por


Província e o Resumo Geral de Execução da Receita por Província extraído do SIGFE conforme
quadro a seguir:

Quadro 17: Diferença entre SIGFE e Mapa Anual de Receitas por Província

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Provincia SIGFE Mapa Diferença


Benguela 37.049,2 36.603,7 445,5
Cabinda 22.709,4 23.154,9 -445,5
Cuando Cubango 1.169,5 1.144,8 24,7
Cuanza Sul 6.008,3 6.012,9 -4,6
Huila 7.287,7 7.292,5 -4,9
Luanda 838.582,5 2.959.639,0 -2.121.056,5
Lunda Norte 969,1 412,4 556,7
Moxico 1.441,2 1.080,3 360,9
Zaire 13.850,3 13.936,6 -86,3
Fonte: DNI e SIGFE

Recomendação

Harmonizar os dados do SIGFE com os da DNI.

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3.1.6 - Análise da Receita das UO no Exterior


Quadro 18: Receitas das UO no Exterior
2013 2012
Receitas das UO no Exterior Receita Part Receita Part % Receita Part Receita Part % Variação
Diferença Diferença
Prevista % Arrecadada % Arrecadação Prevista % Arrecadada % Arrecadação
Representação Diplomática Da R.A. Na China 32,8 3,3 672,6 10,6 -639,8 2.052,0 32,8 3,4 2.353,6 35,1 -2.320,9 7.180,8 -71,4
Representação Dipl. Da R.A. Na Grã-Bretanha 65,5 6,6 133,0 2,1 -67,6 203,2 65,5 6,7 207,9 3,1 -142,4 317,4 -36,0
Representação Dipl. Da R.A. Na Guiné Conackry 0,0 0,0 206,7 3,3 -206,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Consulado De Angola Em Hong Kong 7,4 0,7 795,8 12,5 -788,4 10.786,9 7,4 0,8 877,0 13,1 -869,6 11.887,8 -9,3
Consulado Da Rep. De Angola Em Houston/Eua 10,7 1,1 168,0 2,6 -157,3 1.576,5 10,7 1,1 206,7 3,1 -196,1 1.940,3 -18,7
Consulado Geral Da Rep.De Angola Em Lisboa 251,9 25,5 1.091,1 17,2 -839,2 433,1 251,9 25,9 1.073,1 16,0 -821,1 425,9 1,7
Consulado Da República De Angola No Porto 121,4 12,3 726,4 11,4 -605,0 598,1 123,0 12,7 485,8 7,2 -362,8 394,9 49,5
Representação Dipl. da R.A.Singapura E Indonésia 9,6 1,0 533,4 8,4 -523,8 5.530,2 9,6 1,0 185,7 2,8 -176,1 1.925,6 187,2
Representação Diplomática Da R.A Na Suécia 0,0 0,0 88,9 1,4 -88,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Consul. Geral Da Rep. de Angola Em Toulouse/França 11,5 1,2 275,3 4,3 -263,7 2.384,4 11,5 1,2 88,6 1,3 -77,1 767,5 210,7
Outras M D e RD 476,6 48,3 1.666,9 26,2 -1.190,2 349,7 459,0 47,3 1.227,1 18,3 -768,1 267,3 35,8
Total 987,5 100,0 6.358,0 100,0 -5.370,5 643,9 971,5 100,0 6.705,5 100,0 -5.734,0 690,2 -5,2
Fonte: SIGFE

A nível das UO no exterior, a previsão da receita foi de Kz 987,5 milhões e a receita arrecadada
foi de Kz 6.358,0 milhões, que corresponde a um grau de execução de 643,9%.

Destacam-se no montante arrecadado, as rubricas Emolumentos Consulares, com uma realização


de Kz 5.215,7 milhões, o que corresponde a 725,3% de arrecadação e Imposto Sobre
Rendimento do Trabalho por Conta de Outrem, com uma realização de Kz 1.123,2 milhões
correspondente a 644,2% de arrecadação.

Constatação

Verificou-se que algumas UO no exterior não apresentaram com regularidade e tempestividade


as prestações de contas, o que impossibilitou o seu registo no SIGFE durante o exercício de
2013, conforme quadro a seguir:

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Quadro 19: UO no Exterior sem Remessa de Prestação de Contas


N.º Missões Diplomaticas Meses sem Remessa de Prestação de Contas
1 Rep.Dip.da R.A na Holanda Março, Outubro, Novembro e Dezembro
2 Rep.Dip.da R.A em Portugal Novembro e Dezembro
3 Rep.Dip.da R.A na Guiné Conackry Janeiro, Fevereiro,Outubro, Novembro e Dezembro
4 Rep.Dip.da R.A no Canadá Dezembro
5 Consulado Rep.A. em Hong Kong Abril, Outubro, Novembro e Dezembro
6 Consulado Rep.A. em Joanesburgo Abril
7 Repr.Comerc. R.A.nos E. U.A. Janeiro
8 Repr.Comerc. R.A.na Espanha Agosto e Setembro
9 Repr.Comerc. R.A.na China Julho e Agosto
Fonte: DNCP

Recomendação

Remeter de forma tempestiva as prestações de contas ao MINFIN de modo a permitir o registo


da execução orçamental no SIGFE – UO no exterior.

Constatação

Verificou-se que o Consulado em Frankfurt teve uma execução incomum de Kz 737,3 milhões
na rubrica Imposto Sobre Rendimento do Trabalho por Conta de Outrem com um peso de 65,6%
do valor realizado desta rubrica, resultante dos descontos de IRT dos meses de Março, Abril,
Maio e Junho do ano 2013, conforme quadro a seguir:

Quadro 20: IRT Consulado Geral da República de Angola em Frankfurt/Alemanha


NL Descrição Valor
381067 IRT meses Março, Abril, Maio e Junho 737,3
435975 IRT mês Julho 0,2
488383 IRT mês Agosto 0,2
508807 IRT meses Agosto e Setembro 0,5
552814 IRT meses Outubro e Novembro 0,4
Fonte: SIGFE

Recomendação

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Verificar a exactidão do valor de Kz 737,3 milhões na rubrica Imposto Sobre Rendimento do


Trabalho por Conta de Outrem e, se necessário, proceder o devido ajuste contabilístico.

3.2 Análise das Despesas

A execução da despesa tem como suporte a Lei n.º 2/13, de 07 de Março, o Decreto Presidencial
n.º 320/11, de 30 de Dezembro e a Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, bem como outros diplomas
legais em vigor.

As entidades referenciadas foram as intervenientes na contabilização das despesas orçamentais,


conforme se segue:
• DNCP
• DNT
• UGD
• UO
• OD

A execução das despesas compreende duas grandes categorias económicas:

Despesas Correntes: são as destinadas à manutenção ou operação de serviços anteriormente


criados, bem como as transferências realizadas com igual propósito.

Despesas de Capital: são as destinadas à formação ou aquisição de activos permanentes, à


amortização da dívida, à concessão de financiamentos, ou à constituição de reservas, bem como
as transferências realizadas com igual propósito.

De acordo aos princípios da Anualidade, Universalidade, Equilíbrio e Especificação, procedeu-se


a análise da despesa nas seguintes vertentes: Função, Programa, Actividade, Projecto, Natureza,
Fonte de Recursos, Acordo, Estrutura Central, Estrutura Local e UO no exterior.

Os resultados das informações obtidas para análise foram retratados em quadros com
demonstrações dos totais, incluindo a comparação entre despesas orçamentadas e realizadas, a
sua evolução e as variações em termos percentuais.

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3.2.1 - Análise da Despesa por Função

Conforme o disposto no n.º 3 do artigo 15.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, as funções
correspondem ao mais elevado nível de agregação da acção governamental, nos diferentes
sectores, sendo subdividida em subfunções.

A análise da despesa por função foi feita atendendo ao peso de cada uma e a comparação da
variação de execução entre os exercícios financeiros de 2013 e 2012, conforme o quadro a
seguir:

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Quadro 21: Despesa por Função e Subfunção

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2013 2012
Des pes a % Na % No Des pes a % Na % No Variação % Da
Des pes a por Função e Subfunção
Executada Função OGE Executada Função OGE Execução
(1) (2) (3) (4) (5) (6) 7 = (1-4)/4*100
Educação 496.469,5 100,0 8,1 361.793,8 100,0 8,0 37,2
Ens ino Primário E Pré-Primário 285.516,2 57,5 235.258,7 65,0 21,4
Ens ino Secundário 69.208,0 13,9 44.263,1 12,2 56,4
Ens ino Superior 69.176,5 13,9 45.822,6 12,7 51,0
Outros 72.568,8 14,6 36.449,4 10,1 99,1
Saúde 317.506,6 100,0 5,2 213.098,0 100,0 4,7 49,0
Produtos , Aparelhos E Equipamentos Médicos 24.046,2 7,6 19.185,1 9,0 25,3
Serviços Hos pitalares 153.756,3 48,4 136.214,1 63,9 12,9
Serviços De Saúde Pública 66.135,7 20,8 25.768,1 12,1 156,7
Outros Serviços de s aúde 73.568,4 23,2 31.930,7 15,0 130,4
Protecção Social 836.740,8 100,0 13,7 691.638,0 100,0 15,4 21,0
Velhice 191.594,9 22,9 131.247,7 19,0 46,0
Sobrevivência 37.914,8 4,5 38.349,7 5,5 -1,1
Doença e Incapacidade, Família e Infância, e Habitação 11.661,3 1,4 11.353,6 1,6 2,7
Inves tigação E Des envolvimento Em Protecção Social 0,0 0,0 0,0 0,0
Serviços De Protecção Social Não Es pecificados 595.569,8 71,2 510.687,1 73,8 16,6
Recreação, Cultura E Religião 88.717,9 100,0 1,4 67.298,8 100,0 1,5 31,8
Serviços Recreativos E Des portivos 40.206,3 45,3 17.234,9 25,6 133,3
Serviços Culturais 11.526,5 13,0 8.164,6 12,1 41,2
Serviços De Difus ão E Publicação 35.176,2 39,6 39.449,2 58,6 -10,8
Outros s erviços e acçoes 1.808,9 2,0 2.450,1 3,6 -26,2
Habitação E Serviços Comunitários 191.643,6 100,0 3,1 163.131,9 100,0 3,6 17,5
Des envolvimento Habitacional 57.946,1 30,2 37.581,8 23,0 54,2
Des envolvimento Comunitário 62.647,3 32,7 69.021,9 42,3 -9,2
Abas tecimento De Água e Infra-es trutura Urbana 69.512,7 36,3 54.198,6 33,2 28,3
Iluminação Das Vias Públicas e Saneamento Bás ico 1.481,3 0,8 2.306,9 1,4 -35,8
Habitação E Serviços Comunitários Não Es pecificados 56,3 0,0 22,9 0,0 146,2
Protecção Ambiental 49.102,3 100,0 0,8 55.081,6 100,0 1,2 -10,9
Ges tão De Res íduos 40.206,1 81,9 43.410,7 78,8 -7,4
Ges tão De Águas Res iduais 3.237,8 6,6 5.231,8 9,5 -38,1
Protecção Da Biodivers idade E Da Pais agem 3.475,0 7,1 5.196,8 9,4 -33,1
Inves tigação E Des envolvim.Em Protecção Do Ambiente 2.013,9 4,1 534,6 1,0 276,7
Serviços De Protecção Ambiental Não Es pecificados 169,4 0,3 707,8 1,3 -76,1
Defes a 613.120,6 100,0 10,0 441.372,6 100,0 9,8 38,9
Segurança E Ordem Pública 373.917,9 100,0 6,1 393.736,8 100,0 8,8 -5,0
Serviços Policiais 13.151,4 3,5 4.288,8 1,1 206,6
Serviços De Bombeiros 1.177,3 0,3 562,6 0,1 109,2
Tribunais 17.580,7 4,7 14.537,5 3,7 20,9
Pris ões 829,9 0,2 253,7 0,1 227,2
Serviços De Seg. E Ord. Pública Não Es p. e Protecção Civil 341.178,6 91,2 374.094,2 95,0 -8,8
As s untos Económicos 1.239.991,4 100,0 20,3 540.973,6 100,0 12,0 129,2
As s untos Económicos Gerais , Comerciais E Laborais 179.740,0 14,5 70.905,1 13,1 153,5
Agricultura, Sivicultura, Pes ca E Caça 68.348,1 5,5 41.648,2 7,7 64,1
Combus tiveis E Energia 278.463,0 22,5 89.941,4 16,6 209,6
Indús tria Extractiva, Trans formadora E Cons trução 194.294,7 15,7 8.188,4 1,5 2.272,8
Trans portes 475.107,3 38,3 289.797,2 53,6 63,9
Comunicações 17.245,5 1,4 16.618,1 3,1 3,8
Inves t. Des env. As s unt.Económicos 783,2 0,1 11,5 0,0 6.716,6
Outr. Act. e As s untos Econ. Não Es pecificados 26.009,7 2,1 23.863,8 4,4 9,0
Serviços Públicos Gerais 1.912.522,6 100,0 31,3 1.570.791,8 100,0 34,9 21,8
Órgãos Executivos E Legis lativos 569.540,4 29,8 493.945,5 31,5 15,3
As s untos Financeiros E Fis cais 566.578,8 29,6 49.037,1 3,1 1.055,4
Relações Exteriores 40.418,2 2,1 61.472,8 3,9 -34,3
Serviços Gerais e Inves tigação Bás ica 5.062,9 0,3 41.278,5 2,6 -87,7
Serv. Gerais Da Adminis t.Pública Não Es pec. 64.341,7 3,4 85.816,4 5,5 -25,0
Operações De Dívida Pública 666.580,6 34,9 839.241,5 53,4 -20,6
Operações Da Dívida Pública Interna 454.258,1 23,8 647.555,1 41,2 -29,9
Operações Da Dívida Pública Externa 212.322,6 11,1 191.686,5 12,2 10,8
Total Geral 6.119.733,4 100,0 100,0 4.498.917,0 100,0 100,0 36,0
Fonte: SIGFE

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Análise por Sector

Educação

O orçamento executado foi de Kz 496.469,5 milhões, representando 8,1% do total do orçamento.


Deste valor, 57,5% foram alocados para o Ensino Primário e Pré-Primário, 13,9% para o Ensino
Secundário, 13,9% para o Ensino Superior e 14,6% para as demais áreas do ensino. Houve um
aumento das despesas executadas em 37,2%, em relação ao exercício financeiro de 2012;

Saúde

Para o sector de Saúde, o orçamento executado foi de Kz 317.506,6 milhões correspondente a


5,2% do total do orçamento. Deste valor, 48,4% foram alocados para os Serviços Hospitalares,
20,8% para os Serviços de Saúde Pública, 7,6% para os Produtos, Aparelhos e Equipamentos
Médicos e 23,2% para Outros Serviços de Saúde. Neste sector, houve um aumento das despesas
executadas de 49,0%, em relação ao exercício anterior;

Protecção Social

As despesas executadas para este sector foram de Kz 836.740,8 milhões, equivalente a 13,7% do
total do orçamento, demonstrando um aumento de 21,0% em relação ao ano anterior. Não
obstante ao aumento anteriormente referido, registou-se uma redução de 1,1% na parcela
sobrevivência em relação ao ano passado;

Recreação, Cultura e Religião

Neste sector, as despesas executadas foram de Kz 88.717,9 milhões, equivalente a 1,4% do total
do orçamento, tendo-se verificado um aumento de 31,8% em relação ao ano de 2012,
influenciado pelo incremento de 45,3% nos Serviços Recreativos e Desportivos;

Habitação e Serviços Comunitários

Neste sector, houve uma execução de Kz 191.643,6 milhões, equivalente a 3,1 % do total do
orçamento. Comparativamente ao exercício anterior, verificou-se um acréscimo de 17,5%.

Apesar do aumento anteriormente referido, registou-se uma redução de 9,2% na parcela de


Desenvolvimento Comunitário em relação ao ano passado;

Protecção Ambiental

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Neste sector foram executadas despesas de Kz 49.102,3 milhões, correspondentes a 0,8% do


total do orçamento, traduzindo um decréscimo de 10,9% em relação ao ano anterior, resultante
da redução das parcelas de Gestão de Resíduos com 7,4%, Gestão de Águas Residuais 38,1%,
Protecção da Biodiversidade 33,1% e dos Serviços de Protecção Ambiental não Especificados
76,1%;

Defesa, Segurança e Ordem Pública

A despesa executada para o sector da Defesa correspondeu a Kz 613.120,6 milhões, equivalente


a 10,0% do total do orçamento, em relação ao ano anterior, com um aumento de 38,9%. Para o
sector de Segurança e Ordem Pública, as despesas executadas corresponderam a Kz 373.917,9
milhões, equivalente a 6,1% do total do orçamento. Em relação ao ano anterior registou-se uma
redução de 5,0%;

Assuntos Económicos

Para este sector foram executadas despesas no valor de Kz 1.239.991,4 milhões, representando
20,3% do total do orçamento. Houve um aumento significativo de 153,5% para a parcela de
Assuntos Económicos Gerais, Comerciais e Laborais, 2.272,8% Indústria Extractiva,
Transformadora E Construção e 6.716,6% para Investigação e Desenvolvimento em Assuntos
Económicos, em relação ao ano anterior;

Serviços Públicos Gerais

Este sector executou despesa no valor de Kz 1.912.522,6 milhões, equivalente a 31,3 % do total
do orçamento, tendo-se verificado um aumento de 21,8% em relação ao exercício anterior. Neste
total destaca-se o valor de Kz 666.580,6 milhões correspondente às Operações da Dívida
Pública, com um peso de 34,9% do orçamento do sector.

O aumento registado neste sector deveu-se a um incremento de 1.055,4% na parcela de Assuntos


Financeiros e Fiscais em relação ao ano anterior. Em termos de componentes das Operações da
Dívida Pública, tem-se a realçar a diminuição da dívida pública interna que teve um peso de
23,8% em relação ao total do sector e uma redução de 29,9 % do orçamento em relação ao ano
2012.

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O gráfico a seguir demonstra a execução da despesa por sector evidenciando o peso.

Gráfico 13: Despesa por Sector

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3.2.2 Análise da Despesa por Programa


Os programas, pelos quais se estabelecem produtos finais, concorrem para a solução dos
problemas da sociedade e detalham-se em subprogramas, sendo estes, correspondentes a
projectos ou actividades, bem especificados e caracterizados que articulam e complementam
entre si e concorrem para a concretização dos objectivos do programa em que se inserem, de
acordo aos n.ºs 4 e 5 do artigo 14.º da Lei n.º 15/10, de 14 Julho.

A análise do quadro a seguir destaca os 20 programas com maior despesa orçamentada:

Quadro 22: Análise da Despesa por Programas


Despesa Despesa % Grau de
N.º Despesa Por Programa Orçamentada Realizada Realização
(1) (2) 3=(2/1)*100
1 Actividades Permanentes 4.470.564,5 4.302.306,1 96,2
2 Prog.De Reab.E Const. Das Infraestrutras Económ.Básicas 337.282,4 305.750,0 90,7
3 Prog. De Reestrut.E Modern. Das Forças De Def. E Segurança 153.337,7 115.924,9 75,6
4 Prog. Exp. Da Capacidade De Prod. De Energia Electrica 150.814,2 130.299,3 86,4
5 Prog.De Recostrução E Desenv.Dos Caminhos-De-Ferro 146.630,1 81.059,9 55,3
6 Prog. De Prom., Fomento E Desenv. Da Activ. Económica 143.400,2 140.549,2 98,0
7 Prog.De Apoio Ao Aum.Da Ofert.E Da Qual.Transp.Rodoviário 82.289,2 80.888,8 98,3
8 Prog. Reab. Dos Sistemas Urbanos De Água E Saneamento 81.238,2 52.328,4 64,4
9 Programa De Fortalecimento Da Estrutura Organiz. Do Estado 73.443,8 52.425,0 71,4
10 Programa Integrado De Desen.Rural E Combate A Pobreza 66.522,1 62.849,2 94,5
11 Programa De Desenv. Do Ensino Primário E Secundário 65.290,3 58.674,3 89,9
12 Prog.Reab.Construção De Infra-Estruturas Rodoviárias 65.107,7 61.997,9 95,2
13 Prog.De Recup.E Moderniz.De Infraest.Aer.E Do Transp.Aéreo 61.831,2 45.236,7 73,2
14 Programa De Desenvolvimento Habitacional 60.818,7 50.855,0 83,6
15 Prog.De Cuidados Primários E Assistência Hospitalar 56.009,6 49.837,5 89,0
16 Programa Reab. E Construção Das Infraest. Administrativas 53.002,0 43.633,7 82,3
17 Programa De Desenv. E Promoção Da Actividade Desportiva 43.496,1 32.039,6 73,7
18 Prog. De Desenv. Das M.P.M.Empresas-Angola Investe 42.572,5 39.456,5 92,7
19 Programa De Reforma E Moderniz. Da Gestão Fin. Pública 29.182,4 28.712,3 98,4
20 Programa De Melhoria Da Assistência Social 27.005,9 25.864,7 95,8
21 Outros Programas 425.728,4 359.044,3 84,3
Total 6.635.567,2 6.119.733,4 92,2
Fonte: SIGFE

De acordo ao OGE de 2013, o Executivo elaborou vários programas com objectivo de atender
aos problemas específicos, dos quais destacaram-se:

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• O Programa de Cuidados Primários e Assistência Hospitalar, com dotação de Kz


56.009,6 milhões, obteve uma execução de 81,7%;

• O Programa de Reabilitação dos Sistemas Urbanos de Água e Saneamento que


apresentou um orçamento de Kz 81.238,2 milhões alcançou um grau de execução de
49,3%, ou seja, cerca de 50,0% do valor previsto não foi realizado, o que traduz a não
superação dos objectivos adjacentes ao programa;

• O Programa de Apoio ao Aumento da Oferta e da Qualidade de Transportes Rodoviário


apresentou uma taxa de execução inferior de 37,8%, resultante, sobretudo, da não
realização da maior parte das dotações disponíveis para o objectivo projectado;

• O Programa de Reforma e Modernização da Gestão Financeira Pública obteve a maior


taxa de execução, de 98,4%, traduzindo uma alocação quase total dos recursos
orçamentados;

• O Programa Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate a Pobreza teve uma


execução de 89,9%.

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3.2.3 Análise da Despesa por Actividade


De acordo a alínea a) do n.º 6 do artigo 15.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, as actividades
cingem-se em acções que se realizam de um modo contínuo e permanente e se relacionam com a
manutenção e operação dos órgãos ou que integram a Administração do Estado ou a
Administração Autárquica ou que estejam sob a sua tutela.

A análise do quadro a seguir, destaca as 20 actividades com maior despesa orçamentada:

Quadro 23: Análise da Despesa por Actividade


Despesa Despesa % De
N.º Despesa por Actividade Orçamentada Executada Realização
(1) (2) 3=(2/1)*100
1 Adm. E Gestão Da Polít.Finan. Estado E Das Fin.Públicas 1.014.001,8 984.834,0 97,1
2 Encargos De Exercícios Findos 562.857,5 560.728,3 99,6
3 Subvenção Ao Preço E Tarifas De Bens E Serv. Públicos 552.903,3 552.903,3 100,0
4 Adm. E Gestão Dos Serviços De Defesa Nacional 457.839,3 451.787,2 98,7
5 Ad.E Gestão Dos Ass. Do Estado E Gov. A Nível Provincial 412.622,4 392.435,5 95,1
6 Adm. E Gestão Dos Serv. Seg. E Ordem Pública 232.423,1 222.314,5 95,7
7 Prestação De Serviços De Educação 166.667,6 127.343,2 76,4
8 Cobert. De Custos Operac. Empresas Públicas 154.484,8 152.456,3 98,7
9 Prestação De Serviços De Saúde E Saúde Pública 144.745,4 126.440,6 87,4
10 Apoio Financeiro A Actividade Económica 99.102,3 99.102,3 100,0
11 Administração E Gestão Dos Assuntos Do Estado 76.872,6 76.740,5 99,8
12 Financiamento De Pensões 68.636,1 68.636,1 100,0
13 Adm. De Part. Empresas E Sociedades 65.319,0 65.319,0 100,0
14 Abastecimento Logístico-Pacote Alimentar 63.597,7 63.207,2 99,4
15 Adm. E Gestão Dos Serv. Informações 43.841,0 42.967,0 98,0
16 Enc. Com Serviços Bancários Das Linhas De Crédito 40.705,0 40.705,0 100,0
17 Modernizacão Das Alfândegas De Angola 36.478,8 36.277,8 99,4
18 Desen. Da Actividade Diplomática Nacional 35.700,7 34.954,0 97,9
19 Cuidados Primários De Saúde 31.717,2 30.085,6 94,9
20 Desenvolvimento Da Actividade Legislativa 29.310,5 29.000,3 98,9
21 Outras Actividades 414.890,3 373.564,0 90,0
Total 4.704.716,3 4.531.801,7 96,3
Fonte: SIGFE

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Dentre as actividades descritas no quadro anterior com maior grau de execução, destacam-se:

• Subvenção ao Preço e Tarifas de Bens e Serviços Públicos, com despesas fixadas em Kz


552.903,3 milhões, com 100,0% de realização, o que demonstra um peso significativo
sobre o OGE, apesar dos esforços envidados pelo Executivo no sentido de diminuir a
pressão orçamental exercida por esta rubrica;

• Cobertura de Custos Operacionais a Empresas Públicas, com despesas fixadas em Kz


154.484,8 milhões, com um grau de execução de 98,7%, o que revela uma dependência
significativa ao OGE, apesar de ser intenção do Executivo que as empresas públicas
sobrevivam dos recursos gerados internamente decorrentes da sua actividade.

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3.2.4 Análise da Despesa por Projecto


Conforme disposto na alínea b) do n.º 6 do artigo 15.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, os
projectos são acções limitadas no tempo, associadas a metas, que concorrem para a expansão ou
aperfeiçoamento dos encargos cometidos aos órgãos que integram a Administração do Estado ou
que estejam sob a sua tutela.

Para a sua análise foram seleccionados 20 projectos com maior despesa orçamentada, conforme
o quadro a seguir:

Quadro 24: Análise da Despesa por Projectos


Despesa Despesa % Grau de
N.º Despesa por Projectos Orçamentada Realizada Realização
(1) (2) 3=(2/1*100)

1 Reabilitação Do C.F.B/Mintrans 89.081,2 51.432,1 57,7


2 Potenciação E Apetrechamento Técnico-Material 84.711,1 62.412,3 73,7
3 Construção Do Aproveitamento Hidroeléctrico De Laúca 81.864,6 79.145,0 96,7
4 Reabilitação Do C.F.M/Mintrans 49.986,1 22.064,9 44,1
5 Reab. Estr. Nac. En 225 Desvio Xá-Muteba, Cuango, Lôvua, Dundo/Mincons 43.002,8 43.002,8 100,0
6 Const.Segunda Central Hidroeléct.De Cambambe (4x130 Mw)/Minea 37.886,4 27.845,2 73,5
7 Reab.Da Est.Caxito Nze.Mbanza Congo Auto-Est.Cax.Nzeto/Mincons 28.419,2 28.419,2 100,0
8 Ruas Secundárias E Terceárias De Luanda/Mincons 28.047,9 22.805,6 81,3
9 Construção Sede Assembleia Nacional 26.875,6 26.086,7 97,1
10 Construção Infraestruturas Da Centralidade Cacuaco/Sonip 23.678,5 23.678,5 100,0
11 Fabricação E Distribuição De Livros Escolares 22.928,1 22.642,3 98,8
12 Programa Infra-Estr (Água, Luz, Acessos, Saneam) Áreas Lot.Cont.200 Fogos 22.275,4 21.561,6 96,8
13 Recenseamento Geral Da População E Habitação 21.089,0 21.074,7 99,9
14 Construção Infraestruturas Da Centralidade Namibe/Sonip 20.814,1 16.992,1 81,6
15 Reabilitação Da Estrada Malanje, Saurimo, Dundo E Luena/Mincons 17.795,8 1.662,5 9,3
16 Const.Infra-Estruturas Integradas Cidade De Cabinda-Fase I/Cabinda 16.119,7 14.534,7 90,2
17 Instalação Central Ciclo Combinado Soyo, Sistema Transporte Associado 16.062,4 15.384,5 95,8
18 Preparação E Realização De Eleições 15.295,3 15.289,5 100,0
19 Construção Do Terminal Marit. Da Refinaria Do Lobito/Snl-Ref 14.372,4 14.372,4 100,0
20 Encargos C/Comissão Nacional De Luta Contra À Pobreza 13.994,8 13.978,9 99,9
21 Outros Projectos 1.256.550,6 1.043.546,2 83,0
Total 1.930.851,0 1.587.931,7 82,2
Fonte: SIGFE

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Destacaram-se alguns projectos, cujas despesas executadas foram inferiores às despesas


orçamentadas, tais como:

• Reabilitação da Estrada Malanje, Saurimo, Dundo e Luena/MINCONS, com despesas


fixadas em Kz 17.795,8 milhões, apresentando um grau de execução inferior a 10,0%;

• Reabilitação do CFM/MINTRANS, com despesas fixadas em Kz 49.986,1 milhões,


revelando um grau de execução de 44,1%;

• Reabilitação do CFB/MINTRANS com despesas fixadas em Kz 89.081,2 milhões,


evidenciando um grau de execução de 57,7%.

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3.2.5 Análise da Despesa por Natureza


A análise da despesa por natureza foi feita atendendo ao peso de cada uma e a comparação da
variação de execução entre os exercícios financeiros de 2013 e 2012, conforme o quadro a
seguir:

Quadro 25: Análise da Despesa por Natureza


2013 2012
% De Peso no Total do Peso no Total do Variação % Da
Despesa Despesa Despesa Despesa % De
Despesa por Natureza Realização Orçamento Orçamento Realização
Orçamentada Realizada Orçamentada Realizada Realização
(3)=(2/1*10 Realizado Realizado (9)= (2-6)/6*100
(1) (2) (5) (6) 7=(6/5*100)
0) (4)=(2/∑2*100) (8)=(6/∑6*100)
Despesas Com O Pessoal
Despesas Com O Pessoal Civil 629.768,8 581.036,0 92,3 9,5 520.854,5 520.358,4 99,9 11,6 11,7
Despesas Com O Pessoal Militar 273.724,3 270.867,4 99,0 4,4 244.810,4 244.809,0 100,0 5,4 10,6
Despesas Com O Pes.Paramilitar 223.104,6 222.169,5 99,6 3,6 198.520,4 198.520,4 100,0 4,4 11,9
Sub Total 1.126.597,7 1.074.072,9 95,3 17,6 964.185,3 963.687,8 99,9 21,4 11,5
Contribuições do Empregador 79.356,3 71.120,1 89,6 1,2 57.210,6 57.149,3 99,9 1,3 24,4
Despesas Em Bens e Serviços
Bens 441.318,8 378.166,7 85,7 6,2 222.962,0 222.606,4 99,8 4,9 69,9
Serviços
Serviço de Saúde 38.290,8 36.007,2 94,0 0,6 21.025,8 20.996,0 99,9 0,5 71,5
Serviço de Ensino 38.701,6 27.466,5 71,0 0,4 14.102,6 14.075,9 99,8 0,3 95,1
Serviço de Energia e Água 3.791,3 2.937,5 77,5 0,0 2.077,0 2.037,3 98,1 0,0 44,2
Serviço de Limpeza e Saneamento 57.607,0 50.413,6 87,5 0,8 46.065,2 46.039,4 99,9 1,0 9,5
Outros Serviços 1.077.693,9 1.015.300,5 94,2 16,6 711.516,8 710.815,0 99,9 15,8 42,8
Sub Total 1.657.403,4 1.510.291,9 91,1 24,7 1.017.749,4 1.016.570,0 99,9 22,6 48,6
Juros da Dívida
Divida Interna 40.131,0 40.131,0 100,0 0,7 68.708,7 68.708,7 100,0 1,5 -41,6
Divida Externa 74.872,1 58.973,9 78,8 1,0 34.095,5 34.095,5 100,0 0,8 73,0
Sub Total 115.003,1 99.105,0 86,2 1,6 102.804,2 102.804,2 100,0 2,3 -3,6
Subsídios e Transf Correntes
Susidios à Preço 552.903,3 552.903,3 100,0 9,0 483.148,7 483.148,7 100,0 10,7 14,4
Subsídios p/Cob. Out. C. Operac. 137.919,7 136.048,8 98,6 2,2 29.875,4 29.875,4 100,0 0,7 355,4
Subsídios p/Cob. de C. C. Pessoal 21.184,6 21.027,0 99,3 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Subsídeos a Inst. Financeiras 200,1 199,4 99,7 0,0 0,0 0,0 0,00 0,0 0,0
Transf. p/Cob. Out. C. Op. S. Aut. 0,0 0,0 0,0 0,0 39,1 39,1 100,0 0,0 -100,0
Pensão de Ref. Ant. Combatentes 211.755,1 209.837,7 99,1 3,4 153.893,8 153.893,1 100,0 3,4 36,4
Bolsa de Estudo 22.121,5 22.120,1 100,0 0,4 11.989,4 11.989,4 100,0 0,3 84,5
Subsídios Aut. Tradicionais 9.847,9 9.636,0 97,8 0,2 9.429,4 9.429,4 100,0 0,2 2,2
Outras Transferencias Correntes 14.375,8 13.151,7 91,5 0,2 26.980,1 26.899,6 99,7 0,6 -51,1
Sub Total 970.308,0 964.924,1 99,4 15,8 715.355,7 715.274,6 99,9 15,9 34,9
TOTAL DE DESPESAS CORRENTES 3.948.800,9 3.719.513,9 94,2 60,8 2.857.305,2 2.855.485,9 99,9 63,5 30,3
Despesas De Capital
Investimentos 1.814.944,9 1.533.458,7 84,5 25,1 829.452,6 829.082,7 99,9 18,4 85,0
Transferencias De Capital 1,1 0,0 0,0 0,0 11.248,6 11.248,6 100,0 0,3 -100,0
Aplicação em Activos Financeiros 297.433,6 296.588,1 99,7 4,8 66.662,4 66.662,4 100,0 1,5 344,9
Amortização da Dívida Interna 399.478,0 395.284,2 99,0 6,5 578.846,4 578.846,4 100,0 12,9 -31,7
Amortização da Dívida Externa 172.191,5 172.191,5 100,0 2,8 157.591,0 157.591,0 100,0 3,5 9,3
Outras Despesas de Capital 2.717,2 2.697,0 99,3 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0
Sub Total 2.686.766,3 2.400.219,4 89,3 39,2 1.643.801,1 1.643.431,1 99,9 36,5 46,0
TOTAL DE DESPESAS DE CAPITAL 2.686.766,3 2.400.219,4 89,3 39,2 1.643.801,1 1.643.431,1 99,9 36,5 46,0
Reservas 132,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
TOTAL GERAL 6.635.567,2 6.119.733,4 92,2 100,0 4.501.106,5 4.498.917,1 100,0 100,0 36,0
Fonte: SIGFE

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No exercício financeiro de 2013, a despesa orçamentada, incluindo a da Segurança Social, foi


fixada em Kz 6.635.567,2 milhões e realizada no valor de Kz 6.119.733,4 milhões, equivalente a
92,2 % de execução.

As Despesas Correntes foram orçamentadas em Kz 3.948.800,9 milhões e tiveram um grau de


realização de 94,2%, correspondente a 60,8% do peso total da despesa, conforme detalhadas a
seguir:

• A rubrica de Despesas com Pessoal foi orçamentada em Kz. 1.126.597,7 milhões, com
um nível de realização de 95,3%, ocupando um peso no total do orçamento executado de
17,6%. Comparativamente ao ano anterior registou-se a ascensão em 11,5% ao nível da
execução orçamental;

• As Contribuições do Empregador, orçamentadas em Kz 79.356,3 milhões, apresentaram


um nível de realização de 89,6%, correspondente a 1,2% do peso total do orçamento,
resultando num aumento de 24,4% em relação ao exercício transacto;

• As Despesas em Bens e Serviços, fixadas em Kz 1.657.403,4 milhões, com um grau de


execução de 91,1%, representaram um peso de 24,7% no total do orçamento e um
acréscimo de 48,6% em relação ao ano anterior;

• Os Juros da Dívida, com um valor orçamentado de Kz 115.003,1 milhões, realizados em


86,2%, com um peso de 1,6% do total do orçamento, registaram um decréscimo de 3,6%
em relação ao ano anterior;

• As Despesas com Subsídios e Transferências Correntes, fixadas em Kz 970.308,0


milhões, com um grau de realização de 99,4% e um peso de 15,8% do total do
orçamento, em relação ao ano transacto, registaram um acréscimo de 34,9%;

As Despesas de Capital fixadas em Kz 2.686.766,3 milhões tiveram um grau de execução na


ordem dos 89,3% e um peso de 39,2% no total do orçamento realizado, registando um aumento
de 46,0% em relação ao ano anterior.

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O gráfico a seguir demonstra a execução da despesa por natureza, evidenciando o peso:

Gráfico 14: Despesa por Natureza

sendo 1,2; 1,3 e 1,2, respectivamente

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3.2.6 Análise da Despesa por Fonte de Recursos


A despesa por fonte de recurso indica a existência de recursos para custear o referido projecto ou
actividade a qual está associado

O quadro a seguir demonstra a análise da despesa por fonte de recursos:

Quadro 26: Análise da Despesa por Fonte de Recursos


Peso no Total do
Despesa Despesa % De
Orçamento
Fonte de Recurso Orçamentada Realizada Realização
Realizado
(1) (2) 3=(2/1*100)
(4)=(2/∑2*100)
Recursos Ordinários do Tesouro 5.028.248,4 4.723.861 93,9 77,2
Financiamentos Externos 644.422,9 460.900 71,5 7,5
Reversão de Exercícios Anteriores 559.324,5 559.324 100,0 9,1
Recursos Consignados - Local 279.712,8 258.603 92,5 4,2
Recursos Próprios 119.642,7 113.165 94,6 1,8
Financiamentos Internos 1.446,5 1.447 100,0 0,0
Recursos Ordinários - Diamantes 858,4 858 100,0 0,0
Bónus da Exploração do Petróleo 848,8 849 100,0 0,0
Recursos Consignados 669,1 506 75,6 0,0
Recursos Ordinários - Contraparti. De Doações 220,3 220 100,0 0,0
Doações 172,7 0 0,0 0,0
Títulos do Tesouro Nacional 0,0 0,00 0,0 0,0
TOTAL 6.635.567,2 6.119.733,4 92,2 100,0
Fonte: SIGFE

A despesa por Fonte de Recursos foi fixada no montante de Kz 6.635.567,2 milhões e obteve um
grau de realização de 92,2%;

Em termos de execução por fonte de recursos as despesas com níveis mais significativos
(100,0%) não tiveram nenhuma expressividade em termos de participação no total do orçamento,
todavia os Recursos Ordinários do Tesouro detiveram o maior peso naquele total.

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O gráfico a seguir demonstra a execução da despesa por fonte de recursos, evidenciando


o peso:

Gráfico 15: Despesa por Fonte de Recurso

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3.2.7 Análise da Despesa por Acordo


Para essa análise, foram seleccionados 20 acordos com maior despesa orçamentada, conforme o
quadro a seguir:

Quadro 27: Análise da Despesa por Acordo


Despesa Despesa % Grau de
N.º Despesa por Acordo Orçamentada Executada Execução
(1) (2) 3=(2/1)*100
1 -- 4.814.029,1 4.455.081,0 92,5
2 Sonangol 485.595,2 464.420,7 95,6
3 Combustíveis 468.653,1 468.653,1 100,0
4 Desembolso De L.Crédito 384.194,1 272.300,3 70,9
5 Combustíveis Ene 95.329,6 95.239,6 99,9
6 F.N.D 64.901,2 64.901,2 100,0
7 Pag.Inicial De L.Crédito 60.868,0 47.907,9 78,7
8 Electricidade 53.322,4 53.322,4 100,0
9 Combustíveis Taag 25.234,4 23.150,7 91,7
10 Elisal 23.442,0 20.866,6 89,0
11 200 Fogos 22.275,4 21.561,6 96,8
12 Gás 15.260,6 15.260,6 100,0
13 Antex 13.506,8 10.790,2 79,9
14 Bolsas De Estudo Internas 11.755,6 11.755,6 100,0
15 Estiagem 10.915,5 10.915,4 100,0
16 Bolsas De Estudo No Exterior 10.431,8 10.370,6 99,4
17 Linhas De Crédito Bonificadas 9.640,0 9.640,0 100,0
18 Fundo De Capital De Risco 9.640,0 9.640,0 100,0
19 Fundo De Garantia De Crédito 9.190,3 9.190,3 100,0
20 Água 9.153,0 9.153,0 100,0
21 Outros acordos 38.229,1 35.612,6 93,2
Total 6.635.567,2 6.119.733,4 92,2
Fonte: SIGFE

A despesa por Acordo foi fixada no montante de Kz 6.635.567,2 milhões e com grau de
execução de 92,2%.

Realça-se ainda que as despesas por acordo, no cômputo geral, apresentaram uma execução
acima de 70,0%.

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Constatação

A despesa com maior valor orçamentado foi realizada na célula orçamental da despesa sem a
identificação do Acordo, apresentada no ponto n.º 1 do quadro anterior.

Recomendação

Designar o Acordo não identificado na célula orçamental da despesa, conforme referido na


análise da despesa por Acordo.

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3.2.8 Análise da Despesa por Estrutura Central


A execução da despesa por Estrutura Central (Ministérios) está demonstrada no quadro a seguir:

Quadro 28: Despesa por Estrutura Central


2013 2012
Grau de Grau de Variação da
N.º Despesa por Estrutura Central Despesa Despesa Execução Despesa Despesa Execução Execução (% )
Orçamentada Realizada (% ) Orçamentada Realizada (% ) 7=(2-5)/5*100
(1) (2) (3)=(2/1)* (4) (5) (6)=(5/4)*
100 100
1 Ministério Da Construção 413.265,7 390.034,3 94,4 238.783,4 238.783,4 100,0 63,3
2 Ministério Da Energia E Das Águas 287.176,9 228.247,6 79,5 124.572,2 124.554,4 100,0 83,3
3 Ministério Do Interior 285.136,9 265.865,6 93,2 215.420,5 215.420,5 100,0 23,4
4 Ministério Dos Transportes 256.822,3 171.411,9 66,7 79.850,6 79.850,6 100,0 114,7
5 Ministério Da Defesa Nacional 236.108,4 235.349,0 99,7 138.293,6 138.293,6 100,0 70,2
6 Ministério Do Urbanismo E Habitação 131.175,9 106.685,5 81,3
7 Ministério Da Saúde 86.611,0 84.093,0 97,1 52.307,2 52.307,2 100,0 60,8
8 Ministério Da Agricultura 64.669,7 52.481,3 81,2
9 Ministério Do Ensino Superior 43.124,3 36.746,8 85,2 438,4 437,7 99,9 8.294,8
10 Ministério Da Educação 33.749,4 25.207,4 74,7 12.997,2 12.965,4 99,8 94,4
11 Ministério Da Indústria 33.513,0 29.603,1 88,3 13.552,7 13.552,7 100,0 118,4
12 Ministério Da Justiça E Dos Direitos Humanos 32.181,4 29.927,1 93,0 16.643,6 16.633,9 99,9 79,9
13 Ministério Dos Petróleos 32.159,9 32.145,7 100,0 1.357,6 1.356,3 99,9 2.270,1
14 Ministério Das Finanças 31.607,3 30.954,0 97,9 28.395,2 28.379,1 99,9 9,1
15 Ministério Da Juventude E Desportos 28.758,9 23.672,0 82,3 10.342,2 10.340,8 100,0 128,9
16 Ministério Do Comércio 27.445,2 22.597,9 82,3 5.838,5 5.828,3 99,8 287,7
17 Ministério Da Administração Do Território 22.003,9 18.116,1 82,3 31.708,8 31.708,8 100,0 -42,9
18 Ministério Das Tel. E Tecnol.De Informação 19.652,3 16.806,7 85,5 17.688,1 17.681,5 100,0 -4,9
19 Ministério Da Assistência E Reinserção Social 18.771,7 17.352,0 92,4 7.426,3 7.417,7 99,9 133,9
20 Ministério Da Economia 15.689,2 6.773,7 43,2 5.618,0 5.618,0 100,0 20,6
21 Ministério Do Plan. e Do Desenv. Territorial 13.223,1 9.910,6 74,9 3.880,7 3.875,1 99,9 155,7
22 Ministério Das Pescas 12.457,8 10.214,4 82,0 36.867,3 36.812,9 99,9 -72,3
23 Ministério Da Adm.Pública, Trab. E Seg. Social 10.460,5 9.072,8 86,7 8.191,8 8.191,8 100,0 10,8
24 Ministério Da Geologia E Minas 9.566,7 7.154,4 74,8
25 Ministério Da Comunicação Social 9.200,0 7.835,5 85,2 6.378,9 6.378,9 100,0 22,8
26 Ministério Das Relações Exteriores 8.191,6 5.749,0 70,2 3.150,3 3.143,8 99,8 82,9
27 Ministério Do Ambiente 6.171,7 4.324,7 70,1 1.396,7 1.390,5 99,6 211,0
28 Ministério Dos Antigos Comb.E Vet. Da Pátria 5.217,9 3.198,5 61,3 1.115,6 1.112,8 99,7 187,4
29 Ministério Da Cultura 5.161,0 4.789,4 92,8 3.823,2 3.797,1 99,3 26,1
30 Ministério Da Hotelaria E Turismo 3.602,2 2.524,3 70,1 760,8 757,2 99,5 233,4
31 Ministério Da Família E Promoção Da Mulher 3.352,4 2.645,3 78,9 436,6 434,1 99,4 509,3
32 Ministério Da Ciência E Tecnologia 2.674,9 2.616,8 97,8 22.160,0 22.153,7 100,0
33 Ministério Dos Assuntos Parlamentares 616,3 496,8 80,6 507,1 504,7 99,5 -1,6
Total 2.189.519,3 1.894.603,2 2.725,7 1.089.903,2 1.089.682,6 100,0 73,9
Fonte: SIGFE

Verificou-se em 2013 aumento de 30 para 33 Ministérios, em relação ao ano anterior. A análise


da despesa por estrutura central cingiu-se aos Ministérios acima referenciados, sendo que a
despesa total orçamentada foi de Kz 2.189.519,3 milhões, equivalente a 86,5% da despesa
realizada, com uma variação positiva de 73,9% em relação ao ano anterior.

Em relação ao nível de execução, o Ministério da Economia apresentou uma taxa inferior a


50,0%.

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Entidades que apresentaram variação negativa na despesa realizada em comparação ao exercício


de 2012:

• Ministério da Administração do Território, com uma variação de 42,9%;


• Ministério das Pescas, com uma variação de 72,3%;
• Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, com uma variação de
4,9%;
• Ministério dos Assuntos Parlamentares, com uma variação de 1,6%.

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3.2.9 Análise da Despesa por Estrutura Local


A execução da despesa por Estrutura Local (Províncias) está demonstrada no quadro a seguir:

Quadro 29: Despesa por Província


2013 2012
Variação
Grau de Grau de % Da
N.º Despesa da Estrutura Local Despesa Despesa Despesa Realização
Realização Orçamentada Realização
Orçamentada Realizada Realizada (7)= (2-
(%) (4) (%)
(1) (2) (5) 5)/5*100
(3)=(2/1)*100 (6)=(5/6)*100

1 Governo Prov. Do Uige 42.951,0 38.593,9 89,9 17.006,9 16.983,1 99,9 127,2
2 Governo Prov. De Benguela 64.048,8 57.593,4 89,9 50.858,3 50.828,2 99,9 13,3
3 Governo Prov. De Malanje 34.066,1 30.969,6 90,9 26.554,4 26.514,9 99,9 16,8
4 Governo Prov. Da Lunda-Norte 34.032,9 31.596,1 92,8 40.299,6 40.299,6 100,0 -21,6
5 Governo Prov. Do Moxico 43.708,9 40.465,7 92,6 43.150,4 43.096,4 99,9 -6,1
6 Governo Prov. Do Cuanza-Sul 27.924,2 24.948,9 89,3 41.400,5 41.347,1 99,9 -39,7
7 Governo Prov. Do Cuando-Cubango 36.963,0 28.701,1 77,6 22.586,5 22.558,6 99,9 27,2
8 Governo Prov. Da Lunda-Sul 23.152,5 21.044,6 90,9 19.122,9 19.102,8 99,9 10,2
9 Governo Prov. Do Bié 44.264,3 38.367,0 86,7 17.271,2 17.250,0 99,9 122,4
10 Governo Prov. Do Cunene 25.448,6 24.666,3 96,9 23.572,5 23.549,1 99,9 4,7
11 Governo Prov. Do Huambo 49.209,9 47.141,4 95,8 78.132,5 78.132,5 100,0 -39,7
12 Governo Prov. Do Bengo 27.469,4 25.207,3 91,8 24.003,1 23.770,5 99,0 6,0
13 Governo Prov. Do Cuanza-Norte 20.874,4 19.409,1 93,0 16.049,9 16.000,8 99,7 21,3
14 Governo Prov. De Cabinda 37.835,8 35.170,6 93,0 26.514,0 26.459,7 99,8 32,9
15 Governo Prov. De Luanda 71.826,9 65.874,8 91,7 31.400,3 31.336,4 99,8 110,2
16 Governo Prov. Do Zaire 22.097,8 21.525,0 97,4 15.777,5 15.772,8 100,0 36,5
17 Governo Prov. Da Huíla 53.868,0 49.505,7 91,9 30.396,3 30.361,6 99,9 63,1
18 Governo Prov. Do Namibe 21.887,0 19.372,8 88,5 17.687,4 17.683,9 100,0 9,6
Total 681.629,5 620.153,3 91,1 541.784,1 541.047,9 99,8 14,6
Fonte: SIGFE

O quadro acima apresenta a execução da despesa por Província, que teve um orçamento de Kz
681.629.5 milhões, com o grau de execução de 91,1 %. Comparativamente ao exercício anterior,
houve um acréscimo de 14,6%;

Em termos de execução, destacaram-se as Províncias com variações mais significativas em


relação ao exercício anterior:

➢ Uíge, com 127,2 %


➢ Bié, 122,4%

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➢ Luanda, 110,2%
➢ Huíla, 63,1%

As variações negativas mais significativas, em relação ao exercício anterior, são destacadas a


seguir:

➢ Cuanza-Sul, com 39,7%


➢ Huambo, 39,7%
➢ Lunda-Norte, 21,6 %
➢ Moxico, 6,1%

Quadro 30: Despesa por Órgãos Locais – Tendência


2013
Despesa por Ó rgão
Despesa Posição 2012 Tendência
Local Posição
Realizada

Luanda 65.874,8 1.ª 6.ª


Benguela 57.593,4 2.ª 2.ª
=
Huíla 49.505,7 3.ª 7.ª
Huambo 47.141,4 4.ª 1.ª
Bié 38.367,0 5.ª 15.ª
Moxico 40.465,7 6.ª 3.ª
Uige 38.593,9 7.ª 16.ª
Cabinda 35.170,6 8.ª 9.ª
Cuando-Cubango 28.701,1 9.ª 12.ª
Malanje 30.969,6 10.ª 8.ª
Lunda-Norte 31.596,1 11.ª 5.ª
Cuanza-Sul 24.948,9 12.ª 4.ª
Bengo 25.207,3 13.ª 10.ª
Cunene 24.666,3 14.ª 11.ª
Lunda-Sul 21.044,6 15.ª 13.ª
Zaire 21.525,0 16.ª 18.ª
Namibe 19.372,8 17.ª 14.ª
Cuanza-Norte 19.409,1 18.ª 17.ª

Total 620.153,3
Fonte: SIGFE

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3.2.10 Análise da Despesa das UO no Exterior


A análise da despesa das UO no exterior está demonstrada no quadro a seguir:

Quadro 31: Despesa das UO no Exterior


2013 2012 Variação
Da
Despesa % Grau de Despesa
Despesa das UO no Exterior Despesa % Grau de Realização
Orçamentada Realização Orçamenta
Paga (2) Despesa Paga Realização (7) = (2-
(1) (3) da (4)
(5) (6) 5)/5*100
Consulados
Consulado Geral Da Rep .De Angola Em Lisboa 1.282,9 1.282,9 100,0 1.287,2 1.287,2 100,0 -0,3
Cons. Da Rep . De Angola Em M anchester/Grã-Bretanha 611,1 611,1 100,0 279,1 279,1 100,0 118,9
Consulado Da Rep . De Angola Em Houston/Eua 467,4 467,4 100,0 502,5 502,5 100,0 -7,0
Consulado De Angola Em Hong Kong 446,5 446,5 100,0 485,3 485,3 100,0 -8,0
Consulado Geral Da Rep . De Angola Em New York 393,3 393,3 100,0 293,3 293,3 100,0 34,1
Consulado Da Rep ública De Angola No Porto 329,7 329,7 100,0 356,4 356,4 100,0 -7,5
Consulado Da Rep . De Angola No Dubai 306,0 306,0 100,0 341,7 341,7 100,0 -10,4
Consulado Da Rep . De Angola No Rio De Janeiro 292,4 292,4 100,0 362,8 362,8 100,0 -19,4
Cons. Geral Da Rep .De Angola Em Frankfurt/Alemanha 266,7 266,7 100,0 282,6 282,6 100,0 -5,6
Consulado Da Rep ública De Angola Em M acau/China 250,0 250,0 100,0 298,1 298,1 100,0 -16,1
Cons. Geral Da Rep .De Angola Em Toulouse/França 130,3 130,3 100,0 346,8 346,8 100,0 -62,4
Consulado Da Rep . De Angola No Rundu/Namíbia 87,4 87,4 100,0 217,9 217,9 100,0 -59,9
Outros Consulados 2.360,3 2.360,3 100,0 10.766,6 10.766,6 100,0 -78,1
S ub Total (1) 7.224,0 7.224,0 1.300,0 15.820,3 15.820,3 100,0 -54,3
Representação Comercial
Rep resentação Comercial Na China 106,2 106,2 100,0 159,9 159,9 100,0 -33,6
Rep resentação Comercial Em Esp anha 93,7 93,7 100,0 27,5 27,5 100,0 240,7
Rep r.Com. Angola Na Rep .Federa.Do Brasil 86,2 86,2 100,0 130,4 130,4 100,0 -33,9
Rep resentação Comercial Na Bélgica 84,0 84,0 100,0 86,7 86,7 100,0 -3,2
Rep resentação Comercial Em Portugal 80,3 80,3 100,0 85,8 85,8 100,0 -6,4
Rep resentação Comercial Na Suica-Genéve 75,7 75,7 100,0 73,2 73,2 100,0 3,4
Rep resentação Comercial Na África Do Sul 60,6 60,6 100,0 76,2 76,2 100,0 -20,4
Rep r. Comercial Em Washington-E.U.A. 42,2 42,2 100,0 26,6 26,6 100,0 58,8
Outras Rep resentações Comerciais 118,7 118,7 100,0 43,0 43,0
S ub Total (2) 747,6 747,6 100,0 709,3 709,3 100,0 5,4
Representação Diplomática
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Na Argentina 1.913,0 489,8 25,6 282,0 282,0 100,0 73,7
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Na China 1.672,7 1.669,5 99,8 2.900,0 2.900,0 100,0 -42,4
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Em Portugal 1.040,3 1.040,3 100,0 1.541,4 1.496,1 97,1 -30,5
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Na Itália 918,4 918,4 100,0 1.103,4 1.103,4 100,0 -16,8
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Na África Do Sul 759,0 759,0 100,0 541,8 541,8 100,0 40,1
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Em Esp anha 680,1 680,1 100,0 7.262,8 7.262,8 100,0 -90,6
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Na Grã-Bretanha 669,8 669,8 100,0 1.084,8 1.084,8 100,0 -38,3
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Em França 578,1 578,1 100,0 651,9 651,9 100,0 -11,3
Rep r. Dip lomática Da R.A.Junto Org.Intern./Suiça 501,8 501,8 100,0 660,9 660,9 100,0 -24,1
Rep resentação Dip lomática Da R.A Na Suécia 496,6 496,6 100,0 658,5 658,5 100,0 -24,6
Rep resentação Dip lomática Da R.A. No Canadá 433,7 433,7 100,0 459,3 459,3 100,0 -5,6
Rep r. Dip lomática De Angola Na Guiné-Bissau 409,4 409,4 100,0 431,3 431,3 100,0 -5,1
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Na Argélia 305,6 305,6 100,0 422,0 422,0 100,0 -27,6
Rep resentação Dip lomática Da R.A Na Coreia Do Sul 260,4 260,4 100,0 690,3 690,3 100,0 -62,3
Rep r. Dip lomática Da R.A. No Congo/Brazaville 196,6 196,6 100,0 94,2 94,2 100,0 108,7
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Em Cuba 60,8 60,8 100,0 428,2 428,2 100,0 -85,8
Rep resentação Dip lomática Da R.A. Na O.N.U 8,6 8,6 100,0 5.098,8 5.098,8 100,0 -99,8
Outras Rep resentações Dip lomáticas 14.782,4 14.782,4 100,0 13.408,3 13.408,3 100,0 10,2
S ub Total (3) 25.687,4 24.260,9 94,4 37.719,9 37.674,6 99,9 -35,6
Total Geral 4=(1+2+3) 33.659,0 32.232,5 1.494,4 54.249,5 54.204,2 299,9 -84,5
Fonte: SIGFE

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O quadro anterior demonstra as UO no exterior contempladas com dotações orçamentais mais


relevantes, onde se destaca a Representação Diplomática da República de Angola na Argentina
como sendo a única que apresentou uma execução inferior a 50,0% e as demais apresentaram um
grau de realização de despesa na ordem de 100,0%.
As UO no exterior constituem o grupo de unidades orçamentais que subsequentemente tem
apresentado o maior grau de execução global, sendo 100,0% e 98,0%, em 2013 e 2012,
respectivamente.

Das despesas analisadas, em termos de realização, destacaram-se variações significativas quer


positivas como negativas em termos absolutos, relativamente ao exercício anterior:

Positivas

Representação Comercial da República de Angola na Espanha, com 240,7%;


Consulado da República de Angola em Manchester/Grã-Bretanha, 118,9%;
Representação Diplomática da República de Angola na República do Congo-Brazaville, 108,7%;

Negativas

Representação Diplomática da República de Angola na ONU 99,8%;


Representação Diplomática da República de Angola na República da Espanha 90,6%;
Representação Diplomática da República de Angola em Cuba 85,8%;
Consulado da República de Angola em Toulouse/França 62,4%;
Representação Diplomática da República de Angola na Coreia do Sul 62,3%;
Consulado da República de Angola no Rundu/Namíbia 59,9%.

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3.3 Análise do Programa de Investimentos Públicos


A execução do PIP é regulada pelo Decreto Presidencial n.º 31/10, de 12 de Abril, cujo artigo
36.º atribui ao MPDT a tarefa de efectuar o acompanhamento da sua execução.

No exercício de 2013 o PIP apresentou os seguintes dados:

Quadro 32: Evolução do PIP


Exercício de 2013 Exercício de 2012 Peso
Variação
PIP/Desp.
Despesa Despesa Grau de Despesa Despesa Grau de (%)
N.º Designação Orçam.
Orçamentada Realizada Execução (%) Orçamentada Realizada Execução (%) (7)=(1-
(%)
(1) (2) (3)=(2)/(1)*100 (4) (5) (6)=(5)/(4)*100 4)/4*100
(8)
1 PIP Central 1.376.834,0 1.096.314,8 79,6 595.541,5 595.499,3 100,0 131,2 24,3
2 PIP Local 235.598,7 214.393,1 91,0 248.030,8 247.489,9 99,8 -5,0 18,7
Total 1.612.432,7 1.310.708,0 81,3 843.572,2 842.989,2 99,9 91,1 ---
Fonte: CGE e SIGFE

O valor da despesa orçamentada do PIP para os órgãos centrais aumentou em 131,0% e para os
órgãos locais diminuiu em 5,0%, resultando num aumento global de 91,0% comparativamente ao
exercício anterior;

A percentagem do PIP sobre a despesa orçamentada subiu para 24,3% em 2013, contra 18,7% de
2012, conforme gráfico a seguir:

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Gráfico 16: Variacão do PIP

A análise do PIP foi efectuada tendo em consideração as seguintes temáticas:

• Análise dos 20 maiores projectos do PIP;


• Execução financeira dos projectos pelas UO;
• Execução financeira dos projectos pelos Governos Provinciais;
• Execução física do PIP;
• Verificação da execução física dos projectos.

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3.3.1 - Análise da Despesa por Projecto


O quadro abaixo destaca os 20 principais projectos integrantes do PIP, em função do valor
orçamentado para o exercício financeiro de 2013:

Quadro 33: Maiores Projectos do PIP


Despesa Despesa Grau de Peso/Desp.
N.º Projecto Entidade Orçamentada Realizada Execução (%) Orçam.
(1) (2) (3)=(2)/(1)*100 (%)

1 Reabilitação Do C.F.B/Mintrans MINTRANS 89.081,2 51.432,1 57,7 15,5


2 Construção Do Aproveitamento Hidroeléctrico De Laúca MINEA 81.864,6 79.145,0 96,7 14,3
3 Reabilitação Do C.F.M/Mintrans MINTRANS 49.986,1 22.064,9 44,1 8,7
Reab. Estr. Nac. En 225 Desvio Xá-Muteba, Cuango,
4 Lôvua, Dundo/Mincons MINCONS 43.002,8 43.002,8 100,0 7,5
Const.Segunda Central Hidroeléct.De Cambambe (4x130
5 Mw)/Minea MINEA 37.886,4 27.845,2 73,5 6,6
Reab.Da Est.Caxito Nze.Mbanza Congo Auto-
6 Est.Cax.Nzeto/Mincons MINCONS 28.419,2 28.419,2 100,0 4,9
7 Ruas Secundárias E Terceárias De Luanda/Mincons MINCONS 28.047,9 22.805,6 81,3 4,9
8 Construção Sede Assembleia Nacional GOE 26.875,6 26.086,7 97,1 4,7
9 Construção Infraestruturas Da Centralidade Cacuaco/Sonip MINUHA 23.678,5 23.678,5 100,0 4,1
10 Construção Infraestruturas Da Centralidade Namibe/Sonip MINUHA 20.814,1 16.992,1 81,6 3,6
Reabilitação Da Estrada Malanje, Saurimo, Dundo E
11 Luena/Mincons MINCONS 17.795,8 16.624,8 93,4 3,1
Const.Infra-Estruturas Integradas Cidade De Cabinda-Fase
12 I/Cabinda MINCONS 16.119,7 14.534,7 90,2 2,8
Instalação Central Ciclo Combinado Soyo, Sistema
13 Transporte Associado MINEA 16.062,4 15.384,5 95,8 2,8
Construção Do Terminal Marit. Da Refinaria Do
14 Lobito/Snl-Ref MINPET 14.372,4 14.372,4 100,0 2,5
15 Reabilitação Do Aeroporto De Catumbela MINTRANS 13.827,1 10.341,4 74,8 2,4
16 Reabilitação Do Aeroporto Do Dundo MINTRANS 13.603,3 13.603,3 100,0 2,4
17 Reabilitação Do Aeroporto Do Luena MINTRANS 13.548,2 1.210,3 8,9 2,4
18 Reabilitação Das Pontes No Itinerário Namibe/Bentiaba/L MINCONS 13.276,0 13.276,0 100,0 2,3
A.H.Lauca Desvio Do Rio E Projecto Básico
19 Est.Geot/Minea MINEA 13.135,1 13.135,1 100,0 2,3
20 Terminal De Contentores Do Porto Do Lobito/Mintrans MINTRANS 13.090,5 10.068,3 76,9 2,3
Total 574.486,7 464.022,9 80,8 100,0
PIP Global 1.612.432,7 1.310.708,0
Percentagem Top 20/PIP Global 35,6 35,4
Fonte: CGE e SIGFE

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Os vinte maiores projectos constantes do PIP tiveram despesa orçamentada de Kz 574.486,7


milhões e despesa realizada de Kz 464.022,9 milhões. Estes valores correspondem a 35,6% e
35,4% da despesa global do PIP orçamentada e realizada, respectivamente. O grau de execução
destes projectos alcançou a cifra de 80,8%.

Neste universo, o projecto de Reabilitação dos CFB pertencente ao MINTRANS concentrou o


maior valor da despesa orçamentada, no montante de Kz 89.081,2 milhões, com o grau de
execução de 57,7%.

Gráfico 17: 20 Maiores Projectos do PIP

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Gráfico 18: 20 Maiores Projectos do PIP por Ministério

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3.3.1.1 Execução Financeira dos Projectos da Estrutura Central


A análise sobre a execução dos projectos a nível central obedeceu duas vertentes, sendo uma
relacionada ao SIGFE e a outra aos dados fornecidos pelo MPDT.

• Dados do SIGFE constantes da CGE

O quadro abaixo mostra a execução do PIP dos Órgãos Centrais do Estado em 2013, em relação
ao ano de 2012:

Quadro 34: Execução do PIP por Órgãos Centrais


Exercício de 2013 Exercício de 2012
Variação (% ) Pes o/Des p.
Des pes a Grau de Des pes a Grau de
N.º PIP por Órgão Central Des pes a Des pes a (7)=(1- Orçam. (% )
Orçamentada Execução (% ) Orçamentada Execução (% )
Realizada (2) Realizada (5) 4)/4*100 (8)
(1) (3)=(2)/(1)*100 (4) (6)=(5)/(4)*100
1 Agência Nac. Inves t. Privado 0,0 0,2 0,2 100,0 -100,0 0,0
2 Comando Geral da Pol. Nacional 0,0 0,0 0,0 0,0
3 Comis s ão Exec. Des minagem 0,0 0,0 0,0 0,0
4 Comissão Nacional Eleitoral 1.736,2 875,0 50,4 16,8 16,8 100,0 10.208,2 0,1
5 Comis s ão Nac. Impl. Prog. Nac. Urb. Habitação 0,0 472,7 472,7 100,0 -100,0 0,0
6 Es tado Maior General 0,0 0,0 0,0 0,0
7 Fundo de Apoio Social 0,0 727,5 717,7 98,7 -100,0 0,0
8 Fundo de Fomento Habitacional 0,0 0,0 0,0 0,0
9 Gabinete De Obras Es peciais 50.520,6 46.610,6 92,3 39.218,8 39.217,2 100,0 28,8 3,7
10 Gabinete de R. Nacional 0,0 0,0 0,0 0,0
11 Gabin. Ges tão Polo Des env. Turís tico Do Futungo De Belas 5.179,9 456,3 8,8 0,0 0,0 0,4
12 Hos p. Es p. Multiperfil 0,0 1.181,3 1.181,3 100,0 -100,0 0,0
13 Minis tério Da Admin. Púb.Trabalho E Segurança Social 6.793,3 5.405,6 79,6 5.177,1 5.177,1 100,0 31,2 0,5
14 Minis tério Da Adminis tração Do Território 3.775,5 991,5 26,3 64,1 64,1 100,0 5.790,0 0,3
15 Minis tério Da Agricultura 24.898,5 14.284,3 57,4 18.656,9 18.656,9 100,0 33,5 1,8
16 Minis tério Da As s is tência E Reins erção Social 2.728,1 2.570,6 94,2 765,7 765,7 100,0 256,3 0,2
17 Minis tério Da Comunicação Social 3.473,2 2.237,1 64,4 4.567,4 4.567,4 100,0 -24,0 0,3
18 Minis tério Da Cons trução 356.926,3 332.634,3 93,2 235.519,9 235.519,9 100,0 51,5 25,9
19 Minis tério Da Cultura 1.357,5 1.126,9 83,0 139,1 138,4 99,4 875,6 0,1
20 Minis tério Da Defes a Nacional 16.895,3 16.890,7 100,0 5.205,1 5.205,1 100,0 224,6 1,2
21 Minis tério Da Economia 9.032,2 2.410,9 26,7 0,0 0,0 0,7
22 Minis tério Da Educação 9.138,8 6.152,5 67,3 4.528,0 4.508,2 99,6 101,8 0,7
23 Minis tério Da Energia E Das Águas 276.729,9 218.456,9 78,9 122.447,2 122.441,8 100,0 126,0 20,1
24 Minis tério Da Família E Prom. Da Mulher 1.137,5 953,1 83,8 35,3 35,3 100,0 3.125,4 0,1
25 Minis tério Da Geologia E Minas 8.231,0 6.109,9 74,2 3.459,1 3.459,1 100,0 138,0 0,6
26 Minis tério Da Hotelaria E Turis mo 3.508,4 2.037,6 58,1 195,1 194,1 99,5 1.698,2 0,3
27 Minis tério Da Indús tria 6.167,6 2.922,7 47,4 0,0 0,0 0,4
28 Minis tério Da Jus tiça E Dos Direitos Humanos 3.029,1 2.359,5 77,9 2.600,5 2.600,5 100,0 16,5 0,2
29 Minis tério Da Juventude E Des portos 19.298,0 14.219,4 73,7 4.955,4 4.955,4 100,0 289,4 1,4
30 Minis tério Da Saúde 33.491,8 31.162,6 93,0 17.648,6 17.648,6 100,0 89,8 2,4
31 Minis tério Das Finanças 1.304,6 847,6 65,0 47,8 47,8 100,0 2.631,7 0,1
32 Minis tério Das Pes cas 10.415,7 8.332,4 80,0 0,0 0,0 0,8
33 Minis tério Das Relações Exteriores 678,5 677,5 99,9 0,0 0,0 0,0
34 Minis t. Das Telecomunicações E Tecnologias De Informação 12.942,5 10.147,7 78,4 16.199,5 16.198,0 100,0 -20,1 0,9
35 Minis tério Do Ambiente 1.278,6 894,6 70,0 732,2 730,9 99,8 74,6 0,1
36 Minis tério Do Comércio 10.980,4 6.237,1 56,8 3.960,2 3.960,0 100,0 177,3 0,8
37 Minis tério Da Ciência E Tecnologia 1.168,3 1.166,5 99,8 3.481,8 3.481,8 100,0 -66,4 0,1
38 Minis tério Do Ens ino Superior 4.802,8 2.251,8 46,9 282,1 282,1 100,0 1.602,7 0,3
39 Minis tério Do Interior 32.244,2 19.908,6 61,7 7.107,5 7.107,5 100,0 353,7 2,3
40 Minis tério Do Planeamento E Do Des env. Territorial 12.358,7 8.183,8 66,2 2.762,1 2.762,1 100,0 347,4 0,9
41 Minis tério Do Urbanis mo E Habitação 129.058,8 104.713,9 81,1 0,0 0,0 9,4
42 Minis tério Dos Antigos Combatentes E Veteranos Da Pátria 2.805,2 1.229,2 43,8 336,0 336,0 100,0 734,8 0,2
43 Minis tério Dos Petróleos 29.356,1 29.356,1 100,0 45,0 45,0 100,0 65.135,8 2,1
44 Minis tério Dos Trans portes 250.389,3 164.978,9 65,9 79.111,6 79.111,6 100,0 216,5 18,2
45 Operações Centrais do Es tado 0,0 244,2 244,2 100,0 -100,0 0,0
46 Procuradoria Geral Da República 2.545,4 449,5 17,7 44,0 44,0 100,0 5.681,0 0,2
47 Pres idência Da República 7.398,4 7.397,8 100,0 0,0 0,0 0,5
48 Secretariado Do Cons elho De Minis tros 2.048,5 1.620,7 79,1 897,9 897,6 100,0 128,1 0,1
49 Serviços De Inteligência E Segurança Do Es tado 15.915,8 14.257,3 89,6 3.606,6 3.606,6 100,0 341,3 1,2
50 Serviços De Inteligência Externa 4.666,4 2.582,1 55,3 1.319,8 1.319,8 100,0 253,6 0,3
51 Serviços De Inteligência E Segurança Militar 201,2 73,2 36,4 192,0 191,4 99,7 4,8 0,0
52 Serviço Nac. Das Alfandegas 0,0 7.061,9 7.061,9 100,0 -100,0 0,0
53 Supremo Tribunal Militar 225,7 140,2 62,1 225,7 225,7 100,0 0,0 0,0
54 Tribunal de Contas 0,0 301,7 301,7 100,0 -100,0 0,0
Total 1.376.834,0 1.096.314,8 79,6 595.541,5 595.499,3 100,0 131,2 100,0

Fonte: CGE

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• Observou-se um aumento significativo do PIP na ordem de 131,2% em comparação ao


exercício de 2012, cujo incremento foi apenas de 1,4%;

• Houve um decréscimo no grau de execução orçamental em 20,4% em relação ao de 2012;

• O MINPET registou o maior grau de crescimento do PIP, com uma variação de


65.135,8%;

• Destaca-se o facto de organizações com impacto social sobre a melhoria da vida dos
cidadãos, tais como o Fundo de Apoio Social, a Comissão Executiva de Desminagem e a
Comissão Nacional de Implementação do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação,
não terem sido contempladas com recursos financeiros;

• O MINCONS (25,9%), MINEA (20,1%) e MINTRANS (18,2%) concentraram o maior


valor do orçamento de Kz 884.045,5 milhões, equivalentes a 64,2%, não obstante o grau
de concentração ter ligeiramente diminuído em comparação a 2012, conforme
representado no gráfico a seguir:

Gráfico 19: Concentração do PIP

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• Comparação entre CGE e o Relatório do Balanço de Execução do PIP

O quadro a seguir apresenta a comparação dos dados constantes da CGE com os do Relatório do
Balanço de Execução do PIP fornecido pelo MPDT:

Quadro 35: Comparação da Execução do PIP por Órgãos Centrais -


MINFIN/MPDT
SIGFE MINPLAN Diferença
Despesa Despesa Despesa Despesa Despesa Despesa
N.º PIP por Órgão Central
Orçamentada Realizada Orçamentada Realizada Orçamentada Realizada
(1) (2) (3) (4) (5)=(1-3) (6)=(2-4)
1 Agência Nac. Invest. Privado 44,3 0,0 -44,3 0,0
2 Admínistracão Municipal de Luanda 6.412,0 5.752,2 -6.412,0 -5.752,2
3 Comissão Nacional Eleitoral 1.736,2 875,0 1.736,2 875,0 0,0 0,0
4 Comissão Nac. Impl. Prog. Nac. Urb. Habitação 0,0 0,0
5 Fundo de Apoio Social 1.990,1 476,8 -1.990,1 -476,8
6 Gabinete De Obras Especiais 50.520,6 46.610,6 48.888,7 46.148,1 1.632,0 462,5
7 Hosp. Esp. Multiperfil 0,0 0,0
8 Gabin. Gestão polo desenvol. Turístico da Bacia do Okavango 0,0 85,2 23,8 -85,2 -23,8
9 Gabin. Gestão polo desenvol. Turístico do Cabo Ledo 0,0 453,0 259,7 -453,0 -259,7
10 Gabin. Gestão polo desenvolvimento Turístico de Calandula 0,0 283,7 116,0 -283,7 -116,0
11 Gabin. Gestão Polo Desenv. Turístico Do Futungo De Belas 5.179,9 456,3 5.179,9 456,3 0,0 0,0
12 Gabin. Técnico Reconstr. Urbana do Cazenga e Sambizanga 0,0 7.146,4 3.038,2 -7.146,4 -3.038,2
13 Ministério Da Admin. Púb.Trabalho E Segurança Social 6.793,3 5.405,6 6.314,3 5.405,6 479,0 0,0
14 Ministério Da Administração Do Território 3.775,5 991,5 3.897,4 991,5 -121,9 0,0
15 Ministério Da Agricultura 24.898,5 14.284,3 21.192,6 14.417,0 3.705,9 -132,7
16 Ministério Da Assistência E Reinserção Social 2.728,1 2.570,6 2.728,1 2.570,6 0,0 0,0
17 Ministério Da Comunicação Social 3.473,2 2.237,1 3.473,2 2.237,1 0,0 0,0
18 Ministério Da Construção 356.926,3 332.634,3 326.562,8 328.247,8 30.363,5 4.386,6
19 Ministério Da Cultura 1.357,5 1.126,9 1.357,5 1.126,9 0,0 0,0
20 Ministério Da Defesa Nacional 16.895,3 16.890,7 17.141,8 16.890,7 -246,5 0,0
21 Ministério Da Economia 9.032,2 2.410,9 9.000,0 2.423,1 32,2 -12,1
22 Ministério Da Educação 9.138,8 6.152,5 9.138,8 6.152,5 0,0 0,0
23 Ministério Da Energia E Das Águas 276.729,9 218.456,9 282.548,1 216.001,7 -5.818,3 2.455,2
24 Ministério Da Família E Prom. Da Mulher 1.137,5 953,1 1.137,5 953,1 0,0 0,0
25 Ministério Da Geologia E Minas 8.231,0 6.109,9 11.866,0 6.109,9 -3.635,0 0,0
26 Ministério Da Hotelaria E Turismo 3.508,4 2.037,6 2.036,5 1.638,1 1.471,9 399,6
27 Ministério Da Indústria 6.167,6 2.922,7 6.567,6 2.922,7 -400,0 0,0
28 Ministério Da Justiça E Dos Direitos Humanos 3.029,1 2.359,5 8.015,9 2.359,5 -4.986,9 0,0
29 Ministério Da Juventude E Desportos 19.298,0 14.219,4 19.386,9 12.507,4 -88,9 1.712,0
30 Ministério Da Saúde 33.491,8 31.162,6 34.083,4 31.213,6 -591,7 -50,9
31 Ministério Das Finanças 1.304,6 847,6 4.758,3 847,6 -3.453,7 0,0
32 Ministério Das Pescas 10.415,7 8.332,4 9.959,8 8.254,5 455,9 78,0
33 Ministério Das Relações Exteriores 678,5 677,5 678,5 677,5 0,0 0,0
34 Minist. Das Telecomunicações E Tecnologias De Informação 12.942,5 10.147,7 9.568,0 10.147,7 3.374,6 0,0
35 Ministério Do Ambiente 1.278,6 894,6 1.591,1 894,6 -312,5 0,0
36 Ministério Do Comércio 10.980,4 6.237,1 10.980,4 6.237,1 0,0 0,0
37 Ministério Da Ciência E Tecnologia 1.168,3 1.166,5 1.168,3 1.166,5 0,0 0,0
38 Ministério Do Ensino Superior 4.802,8 2.251,8 4.719,8 2.251,8 83,0 0,0
39 Ministério Do Interior 32.244,2 19.908,6 32.543,8 19.908,6 -299,6 0,0
40 Ministério Do Planeamento E Do Desenv. Territorial 12.358,7 8.183,8 9.801,0 7.650,9 2.557,8 532,9
41 Ministério Do Urbanismo E Habitação 129.058,8 104.713,9 26.879,0 13.139,3 102.179,8 91.574,6
42 Ministério Dos Antigos Combatentes E Veteranos Da Pátria 2.805,2 1.229,2 2.805,2 1.229,2 0,0 0,0
43 Ministério Dos Petróleos 29.356,1 29.356,1 222.629,7 68.526,2 -193.273,6 -39.170,0
44 Ministério Dos Transportes 250.389,3 164.978,9 64.150,6 165.165,5 186.238,7 -186,5
45 Operações Centrais do Estado 0,0 0,0
46 Presidência Da República 7.398,4 7.397,8 8.650,8 7.385,7 -1.252,4 12,1
47 Procuradoria Geral Da República 2.545,4 449,5 2.545,4 449,5 0,0 0,0
48 Secretariado Do Conselho De Ministros 2.048,5 1.620,7 2.048,5 1.620,7 0,0 0,0
49 Serviços De Inteligência E Segurança Do Estado 15.915,8 14.257,3 15.784,7 14.257,3 131,1 0,0
50 Serviços De Inteligência Externa 4.666,4 2.582,1 2.652,1 2.582,1 2.014,3 0,0
51 Serviços De Inteligência E Segurança Militar 201,2 73,2 201,2 73,2 0,0 0,0
52 Serviço Nac. Das Alfandegas 5.335,5 0,0 -5.335,5 0,0
53 Supremo Tribunal Militar 225,7 140,2 225,7 140,2 0,0 0,0
54 Tribunal de Contas 0,0 0,0
55 Unidade Técnica Gestão do Saneam. Luanda 22.518,5 3.760,8 -22.518,5 -3.760,8
Total 1.376.834,0 1.096.314,8 1.300.863,9 1.047.681,2 75.970,1 48.633,6
Fonte: CGE e Relatório do Balanço de Execução do PIP

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Constatação

Não existe compatibilidade entre os valores da CGE e do Balanço do PIP do MPDT,


evidenciando diferenças de Kz 75.970,1 milhões em relação à despesa orçamentada e de Kz
48.633,6 milhões em relação à despesa realizada, conforme gráfico a seguir:

Gráfico 20: Comparação do PIP por Órgãos Centrais - MINFIN/MPDT

3.3.1.2 Execução Financeira dos Projectos dos Órgãos Locais


A execução do PIP a cargo dos governos provinciais foi igualmente analisada sob dois prismas:

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• Dados do SIGFE constantes da CGE;


• Relatório do Balanço de Execução do PIP remetido pelo MPDT.

• Dados do SIGFE constantes da CGE

Neste prisma, a análise incidiu sobre a variação e peso do respectivo orçamento atribuído a estes
órgãos, sintetizados no quadro a seguir:

Quadro 36: Execução do PIP por Órgãos Locais


Exercício de 2013 Exercício de 2012
Variação Peso/Desp.
PIP por Órgão Despesa Despesa Grau de Despesa Despesa Grau de
N.º (% ) Orçam.
Local Orçamentada Realizada Execução (% ) Orçamentada Realizada Execução (% ) (7)=(1- (% )
(1) (2) (3)=(2)/(1)*100 (1) (2) (3)=(2)/(1)*100 4)/4*100

1 Bengo 12.007,6 11.877,0 98,9 7.911,7 7.905,5 99,9 51,8 5,1


2 Benguela 8.143,8 7.753,2 95,2 12.285,9 12.279,6 99,9 -33,7 3,5
3 Bié 6.951,2 6.809,8 98,0 7.952,2 7.941,9 99,9 -12,6 3,0
4 Cabinda 16.883,5 15.774,0 93,4 26.160,9 26.160,8 100,0 -35,5 7,2
5 Cuando Cubango 19.136,2 15.360,4 80,3 13.818,0 13.817,2 100,0 38,5 8,1
6 Cuanza Norte 9.748,4 9.465,8 97,1 11.347,1 11.345,5 100,0 -14,1 4,1
7 Cuanza Sul 5.289,2 4.815,8 91,0 9.116,5 9.111,1 99,9 -42,0 2,2
8 Cunene 10.654,4 10.547,2 99,0 10.241,3 10.240,6 100,0 4,0 4,5
9 Huambo 10.057,6 9.962,3 99,1 13.756,8 13.749,3 99,9 -26,9 4,3
10 Huila 11.987,3 11.801,4 98,4 14.389,9 14.385,8 100,0 -16,7 5,1
11 Luanda 41.789,7 32.243,6 77,2 46.500,5 46.248,6 99,5 -10,1 17,7
12 Lunda Norte 14.287,6 13.238,8 92,7 11.711,1 11.502,5 98,2 22,0 6,1
13 Lunda Sul 9.601,3 8.866,6 92,3 7.782,4 7.772,4 99,9 23,4 4,1
14 Malange 14.550,9 14.310,8 98,3 13.081,4 13.067,8 99,9 11,2 6,2
15 Moxico 19.595,3 19.423,8 99,1 15.020,7 15.018,1 100,0 30,5 8,3
16 Namibe 4.746,7 4.575,2 96,4 6.901,4 6.897,4 99,9 -31,2 2,0
17 Uìge 12.612,2 10.195,9 80,8 11.665,0 11.662,2 100,0 8,1 5,4
18 Zaíre 7.555,9 7.371,6 97,6 8.388,0 8.383,7 99,9 -9,9 3,2
Total 235.598,7 214.393,1 91,0 248.030,8 247.489,9 99,8 -5,0 100,0
Fonte: CGE

• O valor do PIP atribuído à Administração Local diminuiu em 5,0% comparativamente ao


ano transacto, o que contrasta com o aumento de 131,2% apurado nos Órgãos Centrais,
indicando cada vez mais a concentração da execução do PIP por estes órgãos;
• O grau de execução dos Órgãos da Administração Local foi de 91,0%, superior à
alcançada pelos Órgãos Centrais de 79,6%, ainda assim inferior à conseguida no ano
transacto que foi de 99,8%;

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• Tal como verificado no ano anterior, as províncias do Namibe e Luanda absorveram a


menor e maior fatia do PIP, com uma percentagem de 2,0% e 17,7%, respectivamente,
conforme gráfico a seguir:

Gráfico 21: Distribuição do PIP por Órgãos Locais

• O maior grau de crescimento do PIP ocorreu para a província do Bengo em 51,8%, ao


passo que a maior percentagem de redução verificou-se na província do Kwanza-Sul de
42,0%, conforme gráfico a seguir:

Gráfico 22: Variação do PIP por Órgãos Locais

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• Comparação entre CGE e Relatório do Balanço de Execução do PIP

Nesta vertente, foram comparados os dados da CGE e os fornecidos pelo MPDT, referente a
execução do PIP do exercício financeiro de 2013, resumidos no quadro abaixo:

Quadro 37: Comparação da Execução do PIP por Órgãos Locais - MINFIN/MPDT

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SIGFE MINPLAN Diferença


PIP por Órgão Despesa Despesa Despesa Despesa Despesa Despesa
N.º
Local Orçamentada Realizada Orçamentada Realizada Orçamentada Realizada
(1) (2) (3) (4) (5)=(1-3) (6)=(2-4)
1 Bengo 12.007,6 11.877,0 10.650,3 10.821,6 1.357,3 1.055,4
2 Benguela 8.143,8 7.753,2 7.000,5 6.223,9 1.143,3 1.529,2
3 Bié 6.951,2 6.809,8 4.748,6 5.015,5 2.202,5 1.794,3
4 Cabinda 16.883,5 15.774,0 15.829,6 15.076,7 1.053,9 697,4
5 Cuando Cubango 19.136,2 15.360,4 17.204,9 13.896,8 1.931,3 1.463,6
6 Cuanza Norte 9.748,4 9.465,8 7.460,7 7.679,9 2.287,7 1.785,9
7 Cuanza Sul 5.289,2 4.815,8 3.052,1 2.809,7 2.237,1 2.006,1
8 Cunene 10.654,4 10.547,2 9.153,1 9.387,5 1.501,4 1.159,7
9 Huambo 10.057,6 9.962,3 7.532,0 7.937,2 2.525,6 2.025,2
10 Huila 11.987,3 11.801,4 9.098,2 9.424,5 2.889,1 2.377,0
11 Luanda 41.789,7 32.243,6 19.530,1 17.505,0 22.259,6 14.738,6
12 Lunda Norte 14.287,6 13.238,8 12.119,7 11.664,2 2.167,9 1.574,5
13 Lunda Sul 9.601,3 8.866,6 7.545,4 8.039,8 2.055,8 826,9
14 Malange 14.550,9 14.310,8 11.056,5 11.801,4 3.494,4 2.509,4
15 Moxico 19.595,3 19.423,8 16.830,0 17.925,6 2.765,3 1.498,2
16 Namibe 4.746,7 4.575,2 3.614,2 3.709,6 1.132,5 865,6
17 Uìge 12.612,2 10.195,9 9.421,1 7.467,0 3.191,1 2.728,9
18 Zaíre 7.555,9 7.371,6 6.000,4 6.329,1 1.555,5 1.042,5
Total 235.598,7 214.393,1 177.847,4 172.715,0 57.751,3 41.678,2
Fonte: CGE e Relatório do Balanço de Execução do PIP

Constatação

Apurou-se inconsistência entre os valores dos dados constantes da CGE e do Relatório do


Balanço de Execução do PIP, com uma discrepância de Kz 57.751,3 milhões em relação à
despesa orçamentada e de Kz 41.678,2 milhões em relação à despesa realizada, conforme gráfico
a seguir:

Gráfico 23: Comparação do PIP por Órgãos Locais - MINFIN/MPDT

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3.3.1.3 Execução Física do PIP


O MPDT iniciou, segundo atesta o Relatório do Balanço de Execução do PIP, a programação
prévia da execução física do PIP no exercício de 2013, em observância aos n.ºs 19 e 22 do

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Decreto Presidencial n.º 213/13, de 13 de Dezembro. Este facto, se regularmente observado,


poderá contribuir para uma melhoria substancial da gestão da carteira de investimentos públicos.

O quadro a seguir compara o grau de execução física relatada pelo MPDT com as apuradas nos
mapas de execução física e financeira recolhida nas entidades que foram objecto de visita no
âmbito dos trabalhos preparatórios à emissão do presente Parecer:

Quadro 38: Comparação do grau de execução física do PIP

Taxa média de
Taxa média de execução física
Nº Entidade execução física
apurada no campo
MINPLAN

1 Governo Provincial do Huambo 31,7 29,9


2 Governo Provincial de Benguela 82,7 79,4
3 Governo Provincial do Moxico 69,7 63,6
4 Governo Provincial do Uíge 68,1 19,9
5 Governo Provincial do Bengo 94,1 75,1
6 Ministério dos Tranportes 58,1 29,6
7 Ministério da Educação 48,1 28,0
8 Ministério da Construção 42,0 13,3
9 Ministério do Urbanismo 98,0 43,8
Fonte: Mapa de Controlo da Execução do PIP das UO e Relatório do Balanço da Execução do PIP

Constatação

Existe incompatibilidade entre o grau de execução física apurada junto das entidades durante os
trabalhos de campo e o relatado pelo MPDT.

Verificação Física do PIP

Constatações

a) Projectos pagos sem qualquer grau de execução física, que totalizaram o montante de Kz
5.088,3 milhões, conforme quadro a seguir:

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Quadro 39: Projectos pagos e não executados


N.º Projecto Entidade Valor pago
1 Projecto relativo a aquisição de 3 Lanchas hidrográficas de pequeno e médio porte MINTRANS 266,2
2 Sistema de Transporte BRT meios Rolantes MINTRANS 3.038,3
3 Construção Civil e Sistemas Diversos do TVD MINTRANS 296,0
4 Formação Tecnológica aos Quadros do Inavic MINTRANS 30,6
5 Reabilitação das Infra-estruturas do Inavic no Nail MINTRANS 15,9
6 Reforço das estruturas do TVD MINTRANS 210,0
7 Projecto de Reabilitação da Sexta Avenida da 2ª fase/ MINCONS MINCONS 35,9
8 Projecto de Reabilitação da Estrada Gabela/Quilenda/Cuanza Sul MINCONS 1.028,9
9 Construção e apetrechamento de uma escola do tipo T14 na sede do Luena G.P. Moxico 166,5
Total 5.088,3
Fonte: Mapa de Controlo da Execução do PIP das UO e verificação física

b) Projectos pagos cuja execução financeira encontra-se acima da execução física, que
totalizaram o valor de Kz 13.756,2 milhões, equivalentes a uma taxa média de execução
financeira de 69,3% e de execução física de apenas 28,4%, conforme quadro a seguir:

Quadro 40: Projectos com Execução Financeira acima da Física


Txa de
Taxa de
N.º Projecto Entidade Valor pago execução
execução física
financeira
1 Aquisição de 4 Catamarãs MINTRANS 1.416,7 69,0 50,0
2 Construção e apetrechamento da escola secundária na província do Zaire MED 729,3 90,8 36,0
3 Construção e apetrechamento de uma escola secundária na província da Lunda NorteMED 722,0 88,5 33,0
4 Construção e apetrechamento de uma escola secundária na Província do Moxico MED 727,9 86,1 38,0
5 Projecto de Reabilitação da Estrada Cuilo Futa/Béu Comunal/Sacanduca – Uíge/MINCONS 617,3 milhoes, via Recurso Ordinario
MINCONS 617,3 do Tesouro97,3
(ROT), mas a execução
15,0 fisica
6 Projecto de Reabilitação da Estrada Cuito/Camacupa/Bié MINCONS 1.004,0 21,2 12,0
7 Projecto de Reabilitação da Estrada Luena – Dala –Muconda – Luau/Cazombo MINCONS 7.863,4 50,3 34,0
8 Projecto de Reabilitação das Ruas B. da Coreia e Envolvente da Igreja Nossa SenhoraMINCONS
do Cabo/MINCONS valor de Kz 313,6 milhões, via Recurso
313,6 49,4 Ordinario do8,0Tesouro (R
9 Construção e apetrechamento de uma escola do tipo T14 na sede do Luena G.P. Moxico 217,8 81,0 26,0
10 Construção e apetrechamento de uma escola do tipo T10 em Cangumbe G.P. Moxico 144,2 59,0 32,0
Total 13.756,2 69,3 28,4
Fonte: Mapa de Controlo da Execução do PIP das UO e verificação física

c) Projectos sobrevalorizados e pagos acima do valor contratual no qual se verificou que a


despesa realizada totalizou o montante de Kz 16.400,8 milhões e o custo baseado nos
contratos celebrados cifrou-se em Kz 6.161,5 milhões, resultando num excesso de
pagamento de Kz 10.239,3 milhões, conforme quadro a seguir:

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Quadro 41: Projectos com Execução Financeira acima da Física


Despesa Despesa Despesa
Total Contratos
N.º DESCRIÇÃO DOS PROJECTOS Liquidada Liquidada Liquidada
2013 2012 2011 Liquidado Celebrados Diferença
1 Construção De Aldeia Urbana Na Comuna Da Chiaca/Tchinjenje/Huambo 80,0 65,2 100,0 245,2 74,0 171,2
2 Infra-Estrutura Das Reservas Fundiárias/Huambo 110,0 134,0 400,0 644,0 81,9 562,1
3 Prog. Requalif. Cemitérios Da Cidade Do Huambo / Huambo Sede 70,0 40,0 93,5 203,5 89,2 114,3
4 Prog.Reinfraestrutura Dos Bairros Urb.Periurbanos/Huambo 65,0 299,9 80,0 444,9 64,7 380,2
5 Programa Apoio Auto-Const. Dirigida P/ Antigos Combatentes/Huambo 110,0 110,0 40,0 260,0 110,0 150,0
6 Programa De Massificação Desportiva No Huambo 82,4 104,9 68,3 255,7 162,1 93,6
7 Programa De Reequip. Reab. Infra- Estruturas Saúde Huambo (M) 50,0 328,6 77,0 455,6 83,0 372,6
8 Programa Infra-Estutura Terrenos Urbaniz. Reservas Fundiárias Huambo 94,9 121,6 109,8 326,3 93,0 233,3
9 Programa Reab. Requalif. Sist. Esgoto Na Cidade Huambo 50,0 89,2 50,0 189,2 67,2 122,0
10 Programa Reabilitação Ampliação Centros De Saúde Huambo ( M ) 125,0 141,6 255,0 521,6 133,3 388,3
11 Reabilitação Do Estádio Municipal Da Caála/Huambo 205,0 974,3 400,0 1.579,3 1.464,7 114,6
12 Requalif. Ribeira Granja Desde A Estufa / Sacahala / Huambo 105,0 99,9 125,0 329,9 184,3 145,6
13 Requalif. Urbana Áreas Ocup. ( Terrenos) Anarq. Provincia Do Huambo 90,0 100,0 167,9 357,9 87,9 270,0
14 Const. Apet. Esc. Ii Ciclo 26 Salas De Aulas No Bº Cte Vilinga / Huambo 162,0 139,3 0,0 301,3 242,0 59,3
15 Const. Apet. Esc. Ii Ciclo 26 Salas De Aulas No Ucuma / Huambo 162,0 135,2 0,0 297,2 251,8 45,4
16 Const. Aterro Sanit.Definitivo Na Localidade Catenguenha/Huambo 320,0 166,5 0,0 486,5 396,9 89,7
17 Const.Apet. Esc.Ii Ciclo C/ 26 Salas Aulas No Bailundo / Huambo 162,0 139,9 0,0 301,9 242,9 59,0
18 Const.Centro Acolhim.De Crianças Orfãos/Huambo 40,0 81,2 0,0 121,2 37,4 83,8
19 Construção Apet. Esc.Ii Ciclo C/20 Salas Aulas Londuimbali/Huambo 200,0 132,0 0,0 332,0 318,0 14,0
20 Construção Apet.Edif. Direcção Prov.Dos Registos Do Huambo 40,0 80,0 0,0 120,0 84,1 35,9
21 Construção Da Viação E Transito Do Huambo 180,0 57,2 0,0 237,2 72,0 165,2
22 Prog.Requal. Passeios Lancis E Fachadas Edf. Princ.Cidade/Huambo 369,0 175,0 0,0 544,0 378,7 165,3
23 Reab. Ampl.Apet.Do Hospital Do Chilume 70,0 145,7 0,0 215,7 151,8 64,0
24 Reab. Magist. Prim. Teofilo Duarte Comuna Cuima Mun. Caála/Huambo 300,0 96,0 0,0 396,0 427,5 -31,5
25 Reabilitação Do Jardim Zoológico Do Huambo 180,0 23,2 0,0 203,2 370,0 -166,8
26 Reab.Apet. Do Colégio São Jósé De Cluny/Huambo 250,0 230,0 0,0 480,0 493,3 -13,3
Total 6.373,4 7.566,8 2.460,7 16.400,8 6.161,5 10.239,3
Fonte: Mapa de Controlo da Execução do PIP das UO e verificação física

d) Atrasos injustificados quanto ao cumprimento dos prazos;


e) Acompanhamento deficiente das empresas de fiscalização;
f) Recondução de projectos já pagos e concluídos;
g) Execução financeira de obras sem o aproveitamento social esperado.

Avaliação da Execução Física dos Projectos

Em sede da avaliação dos dados da CGE, o TC efectuou visitas ao MED, MINCONS, MINEA,
MINSA, MINTRANS, MINUHA e as Províncias do Bengo, Benguela, Huambo, Huíla, Moxico
e Uíge, para verificar os níveis da execução física dos projectos seleccionados por amostragem
comparativa à respectiva execução financeira.

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Dessa avaliação, foram constatadas as seguintes situações:

• MED

Constatações

a) Ausência de estrutura específica para a biblioteca na escola do Segundo Ciclo n.º 2035 –
Nova Vida, originando o acondicionamento de livros em lugares impróprios (dispensa),
acelerando a depreciação e privando os estudantes no acesso aos mesmos, conforme
fotografia a seguir:
Fotografia 1

b) Relativamente aos encargos da Administração e Gestão dos Serviços do Sistema


Nacional de Educação e Ensino circunscreveram-se às actividades permanentes ou de
funcionamento da Entidade.

Destaca-se para esta actividade a existência de um contrato de prestação de serviços


assumido com a empresa LLT, Lda, no valor anual de USD 1,570,392.00, vigorando
desde o exercício de 2011, cujos montantes estavam sujeitos ao visto prévio do TC e que

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não foram submetidos à fiscalização preventiva. O mesmo contrato não cumpriu a


condição prevista no n.º 11 do artigo 5.º Decreto Presidencial n.º 309/10, de 29 de
Dezembro.

c) No âmbito dos projectos de Reforço da Qualidade de Ensino Secundário, bem como “Li-
Acções Complementares”, foram executados contratos de empreitadas que, pelo seu
valor, estavam sujeitos ao visto prévio do TC, e que não foram submetidos à fiscalização
preventiva. Os mesmos contratos não cumpriram a condição prevista no n.º 11 do artigo
5.º Decreto Presidencial n.º 309/10, de 29 de Dezembro, conforme quadro a seguir:

Quadro 42: Contratos Sujeito a Visto Prévio do TC


Empreiteiro Empreitada Valor (USD)
BMEC INTERNACIONAL, LDA Construção da Escola Secundária Gabela 3,556,217.51
BMEC INTERNACIONAL, LDA Construção, Reabilitação e Ampliação de Escola Primária de 26 Salas 2,380,000.00
MSS, Lda Construção da Escola Primária 20 salas Benguela 1,201,879.60
MSS, Lda Construção da Escola Primária 12 salas Benguela 711,310.57
MSS, Lda Construção da Escola Primária 18 salas Benguela 924,295.44
SAIEC, Lda Construção da Escola Secundária de Sanza Pombo Fase II 3,250,400.72
SAIEC, Lda Construção da Escola Secundária Negage Fase I 3,476,214.62
KSL, Trading, Lda Construção de uma Escola Primária 12 salas Benguela 1,931,207.94
Total 17,431,526.40
Fonte: Contratos do MED

• MINCONS

Constatações

a) Foi identificada a inserção e execução de projectos no decurso da execução do orçamento em


contraposição ao previsto no n.º 7 do artigo 15.º e na alínea b) do n.º 1 do artigo 30.º, ambos da Lei
n.º 15/10, de 14 de Julho, combinado com a alínea b) do n.º 2 e n.º 3 do artigo 8.º da Lei n.º 2/13, de
7 de Março, conforme demonstrado no quadro a seguir:

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Quadro 43: Projectos Criados no Decurso da Execução do Orçamento


Valor
N.º Descrição dos Projectos Orçamentado
1 Construção Da Auto Estrada Luanda/Soyo-Pacote 5 (Km 8+ 800 Ao Km 104+800) 1.340,7
2 Construção Da Auto Estrada Luanda/Soyo-Pacote 6 (Km 104+800 Ao Km 149+300) 1.232,7
3 Construção Da Via Expressa Luanda Viana Pacote 3 2ª Fase/Minuc 2.005,3
4 Construção De Infra-Estruturas Do Lar Do Patriota 1.435,6
5 Construção Do Pavilhão Multi-Uso De Malanje Para Hóquei Patins 2013 2.290,9
6 Construção Do Pavilhão Multi-Uso Do Namibe Para Hóquei Patins 2013 6.321,5
7 Construção Infraestruturas Viana 892,4
8 Construção Pav. Multi-Uso Em Luanda No Âmbito Camp. Mundo Hóquei Patins 9.188,3
9 Encarg.C/Equip.Téc.Da Área De Vias Est.Sec.E Terciárias Da C.T.A..C.E/Lda 42,9
12 Programa Complem.Luanda-Construção Estrada De Aces.Oeste Projecto Nova Vida 711,2
13 Reab. Da Estrada Calandula/Cuale/Massango/Malanje 1.875,6
14 Reabilitação Da Estrada Cuimba/Mbanza Congo+Aces. Posto Front. Buela/Mincons 957,3
15 Reabilitação Da Estrada Cuito/Andulo/Calus./Mussende/Kangandala/Malanje 232,9
16 Reabilitação Da Estrada Calandula/Cacuso/Malanje 1.578,0
17 Reabilitação Da Estrada Lombe/Cota/Calandula/Luinga/Senda(Aces. Camabatela) 64,1
20 Reconstrução Da Pista Do Aeródromo De Saurimo(Aerog,Drenag,B.Lum.E Vedação) 944,2
21 Reconstrução Da Pista Do Cuito(B.Lum.Estr.Ap.N.B,Pol.P.Emb.)E Nova Aerogare 666,9
22 Requalificação Sambizanga Infraestruturas Zonas 2a-Pacote A+B Luanda/Mincons 1.587,2
Total 33.367,7
Fonte: CGE

b) Celebração de contratos no valor global de USD 2,003,198,781.83 que estavam sujeitos ao


visto prévio do TC e que não foram submetidos à fiscalização preventiva;

c) Celebração em 2006 do contrato de reabilitação da estrada Lucala-Samba-Caju-Camabatela-


Negage com o valor inicial de USD 80,000,345.70 tendo-se, em 2011, adicionalmente,
subscritas adendas em função de trabalhos a mais, conforme acautelado no n.º 2 do artigo.º
197 da Lei n.º 20/10, de 7 de Setembro. Todavia, o montante do total das adendas negociadas
entre as partes, fixou-se no valor de USD 106,579,034.20, ultrapassando o custo inicial da
empreitada em USD 26,571,688.50, facto que contrapõe as directrizes legais previstas;

d) O Projecto de Reabilitação da Estrada Conde/Ebo/Cuanza Sul, no valor de Kz 1.649,2


milhões, não teve execução financeira, mas constatou-se 17,0% de execução fisica acumulada;

e) O Projecto de Reabilitação da Estrada Mussenda/Quienha/Cuanza Sul, no valor de Kz 9.077,1


milhões, não teve execução financeira, mas constatou-se 27,0% de execução fisica acumulada.

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Campus Universitário de Luanda

O arranque da 2ª Fase de Construção do Campus Universitário que inclui a construção de


Auditórios e Faculdades encontra-se condicionado pela negociação de financiamento.

As fotografias a seguir espelham a actual situação da execução do projecto:

Fotografia 2

Fonte: TC

Fotografia 3

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Fonte: TC

Fotografia 4

Fonte: TC

Fotografia 5

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Tanque subaproveitado Tanque em utilização

Fonte: TC

Praia da Nicha

1. Requalificação das Infra- Estruturas da Praia da Nicha

As obras com um avanço significativo tiveram início em Agosto de 2013 e com um prazo de
execução de 24 meses e apresentam uma evolução da execução física na ordem dos 75%.

Fotografia 6

Fonte: TC

A Requalificação das Infra - Estruturas da Praia da Nicha divide-se em três partes, todas situadas
no bairro do Benfica, a saber:

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a) Construção do Sistema de Contenção do Canal

As obras respeitantes a construção do sistema de contenção encontram-se com um grau de


execução de 90% faltando apenas a inclusão de mais uma camada de pedras;

b) Requalificação da Praia

Nota-se um avanço significativo desta obra, na ordem dos 70% da execução física, incluindo a
iluminação, os bancos públicos, ciclovia entre outros.

c) Pavimentação das Vias de Acesso à Praia

As obras relativas a construção das vias de acesso à praia encontravam-se com 75% de execução
física.

As empreitadas têm-se deparado com vários constrangimentos em relação a conservação das


infra-estruturas já concluídas por parte da população, conforme a seguir se detalha:

Fotografia 7

Fonte: TC

Fotografia 8

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Fonte: TC

Exercício de 2013 Exercício de 2012


Variação Peso/Desp.
PIP por Órgão Despesa Despesa Grau de Despesa Despesa Grau de
N.º (%) Orçam.
Local Orçamentada Realizada Execução (%) Orçamentada Realizada Execução (%) (7)=(1- (%)
(1) (2) (3)=(2)/(1)*100 (1) (2) (3)=(2)/(1)*100 4)/4*100

1 Bengo 2. 12.007,6
Construção 11.877,0
de moradias 98,9 7.911,7 7.905,5 99,9 51,8 5,1
2 Benguela 8.143,8 7.753,2 95,2 12.285,9 12.279,6 99,9 -33,7 3,5
3 Bié a) Construção6.951,2 6.809,8 no Panguila
de Casas Sociais 98,0 7.952,2 7.941,9 99,9 -12,6 3,0
4 Cabinda 16.883,5 15.774,0 93,4 26.160,9 26.160,8 100,0 -35,5 7,2
Cuando
Projectocom uma execução física de 65%, onde estão a ser construídas casas sociais do tipo T2,
5 Cubango 19.136,2 15.360,4 80,3 13.818,0 13.817,2 100,0 38,5 8,1
com um prazo de execução de 8 meses, a partir do dia 10 de Outubro de 2013.
6 Cuanza Norte 9.748,4 9.465,8 97,1 11.347,1 11.345,5 100,0 -14,1 4,1
Este Sul
7 Cuanza projecto
encontra-se
5.289,2 com 4.815,8
um atraso de aproximadamente
91,0 9.116,55 meses,
9.111,1por alegada99,9
falta de-42,0 2,2
8 Cunene 10.654,4
pagamento da última parcela do10.547,2
contrato. 99,0 10.241,3 10.240,6 100,0 4,0 4,5
9 Huambo 10.057,6 9.962,3 99,1 13.756,8 13.749,3 99,9 -26,9 4,3
10 Huila 11.987,3 11.801,4 98,4 14.389,9 14.385,8 100,0 -16,7 5,1
11 Luanda
Fotografia 9 41.789,7 32.243,6 77,2 46.500,5 46.248,6 99,5 -10,1 17,7
12 Lunda Norte 14.287,6 13.238,8 92,7 11.711,1 11.502,5 98,2 22,0 6,1
13 Lunda Sul 9.601,3 8.866,6 92,3 7.782,4 7.772,4 99,9 23,4 4,1
14 Malange 14.550,9 14.310,8 98,3 13.081,4 13.067,8 99,9 11,2 6,2
15 Moxico 19.595,3 19.423,8 99,1 15.020,7 15.018,1 Página 100,0
113 de 201 30,5 8,3
16 Namibe 4.746,7 4.575,2 96,4 6.901,4 6.897,4 99,9 -31,2 2,0
17 Uìge 12.612,2 10.195,9 80,8 11.665,0 11.662,2 100,0 8,1 5,4
18 Zaíre 7.555,9 7.371,6 97,6 8.388,0 8.383,7 99,9 -9,9 3,2
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Fonte: TC

Exercício de 2013 Exercício de 2012


Constatações Variação P
PIP por Órgão Despesa Despesa Grau de Despesa Despesa Grau de
N.º (%)
a) Local
Verificou-se a existência
Orçamentadade ocupações
Realizada ilegais de terrenos
Execução pertencentesRealizada
(%) Orçamentada ao projecto;
Execução (%) (7)=(1-
(1) (2) (3)=(2)/(1)*100 (1) (2) (3)=(2)/(1)*100 4)/4*100

b) Observou-se a subtracção
1 Bengo 12.007,6 de portas,
11.877,0janelas, loiça
98,9sanitária7.911,7
das casas7.905,5
em construção,99,9 51,8
dificultando a conclusão
2 Benguela das obras7.753,2
8.143,8 pelo empreiteiro.
95,2 12.285,9 12.279,6 99,9 -33,7
3 Bié 6.951,2 6.809,8 98,0 7.952,2 7.941,9 99,9 -12,6
4 Cabinda 16.883,5 15.774,0 93,4 26.160,9 26.160,8 100,0 -35,5
Cuando
5 Cubango 19.136,2 15.360,4 80,3 13.818,0 13.817,2 100,0 38,5
6 Cuanza Norte 9.748,4 9.465,8 97,1 11.347,1 11.345,5 100,0 -14,1
7 Cuanza Sul 5.289,2 4.815,8 91,0 9.116,5 9.111,1 99,9 -42,0
8 Cunene 10.654,4 10.547,2 99,0 10.241,3 10.240,6 100,0 4,0
9 Huambo 10.057,6 9.962,3 99,1 13.756,8 13.749,3 99,9 -26,9
10 Huila 11.987,3 11.801,4 98,4 14.389,9 14.385,8 100,0 -16,7
11 Luanda 41.789,7 32.243,6 77,2 46.500,5 46.248,6 99,5 -10,1
12 Lunda Norte 14.287,6 13.238,8 92,7 11.711,1 11.502,5 98,2 22,0
13 Lunda Sul 9.601,3 8.866,6 92,3 7.782,4 7.772,4 99,9 23,4
14 Malange 14.550,9 14.310,8 98,3 13.081,4 13.067,8 99,9 11,2
15 Moxico 19.595,3 19.423,8 99,1 15.020,7 15.018,1 100,0 30,5
Fotografia 10
16 Namibe 4.746,7 4.575,2 96,4 6.901,4 6.897,4 99,9 -31,2
17 Uìge 12.612,2 10.195,9 80,8 11.665,0 11.662,2 100,0 8,1
18 Zaíre 7.555,9 7.371,6 97,6 8.388,0 8.383,7 99,9 -9,9
Página 114 de 201
Total 235.598,7 214.393,1 91,0 248.030,8 247.489,9 99,8 -5,0
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Fonte: TC

b) Construção de 20 casas em Caxito

Projecto concluído na íntegra, apenas encontrou-se uma dificuldade para distinção das mesmas,
por falta de dados que o diferenciam das demais casas de igual padrão cuja construção esteve a
cargo de outros organismos, conforme foto a seguir:

Fotografia 11

Fonte: TC

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• MINEA

Energia

Constatação

O contrato de fiscalização sobre os trabalhos de reconstrução da barragem da Matala, no


montante de USD 6,240,000.00, a favor do Consórcio H3P/TILCA/MAXIPRO, não foi
submetido ao visto do TC.

Águas

Constatações

a) Existência de dois contratos assinados na mesma data a favor da empresa ARETECH


SOLUTIONS ANGOLA LIMITADA, nos valores de USD 324,119.87 e 347,081.63,
porém com o mesmo objecto do contrato.

b) Existência de dois contratos em simultâneo a favor de duas empresas distintas SELA –


GROUP, LDA no valor de Kz 9.125,9 milhões e JANFER CONSTRUÇÃO e OBRAS
PÚBLICAS no valor de Kz 199,7 milhões, cujo objecto dos contratos e as localidades são
as mesmas para as duas;

c) Existência de três contratos em simultâneo a favor de três empresas distintas, a saber,


OPAIA CONSTRUÇÕES, LDA no valor de Kz 221,0 milhões, IRMÃOS CAVACO –
S.A SUCURSAL ANGOLA no valor de Kz 249,8 milhões e SELA – GROUP, LDA no
valor de Kz 244,9 milhões, com o mesmo objecto do contrato e na mesma localidade;

d) Existência de dois contratos assinados na mesma data a favor da empresa


AMBIÁFRICA, S.A, nos valores de Kz 139,7 milhões e Kz 144,1 milhões, porém com o
mesmo objecto do contrato e nas mesmas localidades.

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• MINSA

Hospital Sanatório de Luanda

Constatação

A reabilitação do Hospital Sanatório de Luanda, cujo projecto encontra-se inscrito no MINPLAN


sob o n.º 356, teve o seu início em Janeiro de 2004 e, até a presente data não se encontra
concluída.

De acordo com a tabela do PIP fornecida pela entidade, a previsão de conclusão desta empreitada
está para o ano 2016.

Fotografia 12

Fonte: TC

Direcção Nacional de Saúde Pública – Depósito de Vacinas do PAV

No âmbito de actividades do PAV observou-se que o depósito central de conservação de vacinas


localizado na Província de Luanda serve de ponto de distribuição para as restantes províncias.

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Fotografia 13

Fonte: TC

Hospital Américo Boavida

No que tange ao projecto de melhoria da infra-estrutura hospitalar integrada no Programa de


Melhoria da Qualidade e Equidade dos Serviços de Saúde do Estado, tendo em conta a
actividade de prestação de serviços de saúde e saúde pública, foi inscrito no MINPLAN sob o n.º
19524 o projecto de melhoria do Hospital Américo Boavida com início em Janeiro de 2012 e
término para Dezembro de 2016.

Dentro destas melhorias, foram edificados dois edifícios de raiz, que albergam o Centro de
Hemodiálise e os Serviços de Medicina Física e Reabilitação.

Página 118 de 201


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Fotografia 14

Fotografia 15

Serviços de Medicina Física e Reabilitação

Centro de Hemodiálise

Fonte: TC

Página 119 de 201


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Instituto de Luta Contra o VIH/SIDA

Laboratório Central serve de testagem dos níveis de resistência do vírus por método de análises
de sangue, com vista à prescrição médica adequada dos retrovirais.

Fotografia 16

Fonte: TC

• MINTRANS

Constatações

a) O projecto relativo a aquisição de 3 Lanchas hidrográficas de pequeno e médio porte,


presente no PIP desde 2012, apesar de ter sido pago na totalidade, no valor de Kz 266,2
milhões, os bens não foram entregues ao Estado, incumprindo o disposto na alínea c) do
n.º 3 do artigo 32.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho;

b) O projecto relativo a aquisição de 4 Catamarãs vem marcando sua presença nos PIP de
2011, 2012 e 2013. Apesar de neste último exercício ter sido pago o montante de Kz
104,2 milhões, até Outubro de 2014 apenas dois foram recebidos e aguardavam o
respectivo desalfandegamento.

De realçar que os dois Catamarãs que se encontram em funcionamento são fretados e não
propriedade do Estado Angolano;

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Fotografia 17

Catamarã fretado

Fonte: TC Catamarãs adquiridos e a espera de


desalfandegamento
c) Verificou-se que o MINTRANS celebrou contratos em moeda estrangeira, com empresas
residentes cambiais no valor de USD 156,124,841.24 e EUR 90.830.964,17 contrariando
o disposto no n.º 5 do artigo 8.º da Lei 2/13, de 7 de Março, combinado com os n.ºs 12 e
13 do artigo 6.º do Decreto Presidencial n.º 320/11, de 30 de Dezembro, conforme
espelhados no quadro a seguir:

Quadro 44: Contratos celebrados em USD


Contratada Objecto do Contrato Valor USD
Imbondex Construções Reabilitação das Aereas de Mov. Do Aeródromo de Monogue 37,851,946.44
Imbondex Construções Reabilitação das Aereas de Mov. Do Aeródromo de Ndalatado 28,383,476.92
Logitica Limited Protecção do declive marginal porto 3,186,000.00
Logitica Limited Dragagem Canais Bacias 6,981,049.00
Logistica Angola Limitada Dragagem Canais de aproximação bacias de manobra dos terminais 8,923,440.00
BFA Prestação Serviços Estudo Viabilidade 824,250.00
BFA Prestação Serviços Estudo Viabilidade 1,034,250.00
Odebrecht Emptreitada Aeoporto Inter. Catumbela 68,940,428.88
Total 156,124,841.24
Fonte: Mintrans

Quadro 45: Contratos celebrados em Euros

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Contratada Objecto Valor Euro


A1V2 Fiscalização Caminho Ferro Moçamedes 14.956.800,00
Astilleros Armon Construção e Fornec.de duas embarcações 14.715.600,00
Astilleros Armon Construção e Fornec.de duas embarcações 19.580.592,00
Somague Empreitada Aerop Internac Catumbela 41.577.972,17
Total 90.830.964,17
Fonte: Mintrans

d) Verificou-se que foram celebrados e executados contratos sem passarem pela fiscalização
preventiva do TC, contrariando o disposto no n.º 3 do artigo 9.º da Lei n.º 2/13 de 7 de
Março, combinado com a alínea d) do n.º 1 do artigo 15.ºdo Decreto Presidencial n.º
320/11, de 30 de Dezembro, conforme espelhados no quadro a seguir:

Quadro 46: Contratos não submetidos a fiscalização preventiva do Tribunal de Contas


Contratada Objecto do Contrato Valor Kz
Tecangol Fornecimento e Instalação de Simulador 408,2
Tecangol Plano Emergencial VHF-ER 363,3
SINOHYDRO Construção estação, Edifícios Compl.Infra Mussulo 432,6
Monofásica Angola Construção estação, Edificios Compl.Infra Porto 250,9
Somague Construção estação, Edificios Compl.Infra Porto 971,1
Tecnovia Angola Construção estação, Edificios Compl.Infra M.Escr 750,0
SINOHYDRO Construção estação, Edificios Compl.Infra Macoco 489,0
SINOHYDRO Construção estação, Edificios Compl.Infra Mussulo 432,6
H3p Fiscalização e Controlo da empreitada 184,8
H3p Fiscalização e controlo da empreitada de dragagem 193,2
SINOHYDRO Construção estação, Edificios Compl.Infra Macoco 489,0
SINOHYDRO Construção estação, Edificios Compl.Infra Mussulo 432,6
Selquimica Construção e Fornec.Lancha Hidrografica 220,9
Selquimica Construção e Fornec.Lancha Balizadora 503,1
Selquimica Construção e Fornec.Lancha Hidrografica Costeira 336,8
Angolaca Fornecimento e aplicação de rega Aerop.Catumbela 443,1
ATP Engenharia Lda Fornec.Implant. E Funcion. Observatorio Nac. 952,8
Auto Sueco Fornecimento de 50 Veiculos BTR Standard Volvo 1.540,7
Auto Sueco Fornecimento de 50 Veiculos Biarticulados Volvo 3.205,8
ANGOLAUTO Compra de 90 veículos BRT articulado marca scania 4.174,2
ANGOLAUTO Compra de 50 veiculos BRT Standard marca scania 1.456,9
China Internacional Fund Limited Empreitada para Construção e Fornecimento de Equip. 366.999,0
Total 385.230,6
Fonte: MINTRANS

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• MINUHA

Constatação

Verificou-se que durante o exercício financeiro de 2013 foram executados projectos não
previstos no OGE, em desacordo com o previsto no n.º 7 do artigo 15.º e na alínea b) do n.º 1 do
artigo 30.º, ambos da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, combinado com a alínea b) do n.º 2 e n.º 3 do
artigo 8.º da Lei n.º 2/13, de 7 de Março, conforme demonstrado no quadro a seguir:

Quadro 47: Projectos criados no decurso do Orçamento 2013


Valor
N.º Projecto OGE Liquidado executado (%)
3 Construção Infra-estruturas da Centralidade Capari/Sonip 0,0 8.064,2 73,8
4 Construção Infra-estruturas da Centralidade do Dundo/Sonip 0,0 2.441,2 36,0
5 Construção Infra-estruturas da Centralidade Kilamba 1 Fase /Sonip 0,0 1.353,6 27,0
6 Construção Infra-estruturas da Centralidade Kilamba kk 5000 /Sonip 0,0 12.386,5 100,0
7 Construção Infra-estruturas da Centralidade Km 44 /Sonip 0,0 7.005,6 98,4
8 Construção Infra-estruturas da Centralidade Namibe/Sonip 0,0 16.992,1 81,6
9 Construção Infra-estruturas da Centralidade Benguela/Sonip 0,0 6.149,5 100,0
10 Construção Infra-estruturas da Centralidade Cabinda/Sonip 0,0 938,4 100,0
11 Construção Infra-estruturas da Centralidade Lubango/Sonip 0,0 594,1 100,0
12 Construção Infra-estruturas da Centralidade Cacuaco/Sonip 0,0 23.678,5 100,0
13 Construção Infra-estruturas da Centralidade Zango Ctce/Sonip 0,0 1.820,9 100,0
14 Construção Infra-estruturas da Centralidade Zango Red/Sonip 0,0 8.358,9 100,0
15 Construção da Linha de Transmissão 60 Kv Cacuaco/Sonip 0,0 10,6 2,7
16 Construção da Linha de Mt 30 Kv Musseque Capari Bengo/Sonip 0,0 39,9 10,0
17 Construção da Conduta CD PIV DN 600 MM do Camama/Sonip 0,0 218,6 34,6
18 Construção da Conduta CD PIV DN 500 MM Zango/Sonip 0,0 236,1 50,4
19 Construção da Estação de Bombagem de Aguas Km 44/Sonip 0,0 222,6 14,5
20 Construção da Captação Estação de Bombagem de Aguas Capari/Sonip 0,0 333,9 32,3
40 Fornecimento de Energia Eléctrica Chibodo Cabinda/Sonip 0,0 196,9 52,1
41 Fornecimento de Energia Electr. Estação Bomba. Cabinda/Sonip 0,0 49,5 100,0
45 Instalação de um Transformador de 120 mva Camama /Sonip 0,0 483,0 100,0
Total 91.574,6
Fonte: OGE/2013 e Resumo Geral da Despesa do PIP por Órgão do Governo - SIGFE

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• BENGO

Constatações

Verificou-se que muitos dos contratos firmados entre o Governo Provincial do Bengo e os
empreiteiros, apresentam os mesmos problemas técnicos. Os factos mais relevantes são:

a) O Projecto relativo a construção de 4 bibliotecas (Nambuangongo, Pango Aluquém,


Dembos e Bula Atumba) consta do PIP desde 2011, cujo orçamento global fixou-se em
Kz 410 milhões, ressaltando-se que a biblioteca de Pango Aluquém, não se encontrava
apetrechada até a data da visita, enquanto as bibliotecas dos Dembos e Bula Atumba
funcionam, mas sem o valor social esperado.

As fotos a seguir espelham a situação actual das referidas bibliotecas:

Fotografia 18

Biblioteca Municipal dos Dembos

Biblioteca Provincial do Bengo Biblioteca Municipal de Pango Aluquém

Fonte: TC

b) Foram celebrados dois contratos no valor de Kz 180,3 milhões, concernente ao Projecto


de Construção da Escola Superior Pedagógica dos Dembos, presente no PIP desde 2012,

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no valor de Kz 720,0 milhões, liquidado a 100%, perfazendo uma diferença de Kz 539,7


milhões não justificada documentalmente.

A fotografia a seguir evidencia a situação actual da obra referida:

Fotografia 19

Obras relativas a construção da Escola Superior


Pedagógica dos Dembos

Fonte: TC

c) O projecto de construção do Centro Profissional Integral dos Dembos, inscrito no OGE


desde 2012 e orçamentado em 2013 no valor de Kz 180 milhões foi liquidado a 98,5%.

Acumulou até 2013 o valor global orçamentado de Kz 314 milhões; todavia, da


constatação feita apurou-se a existência do referido equipamento social, com má
qualidade de obra e sem o valor social esperado.

Outrossim, relativamente a este projecto não foi verificada execução de qualquer natureza
em 2013, facto que indica sua conclusão em 2012;

A fotografia a seguir espelha o actual estado da referida obra:

Fotografia 20

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Centro Profissional Integral dos Dembos

Fonte: TC

d) O Projecto relativo a Construção da Unidade de Protecção das Individualidades


Protocolares inscrito no PIP desde 2011, teve em 2013 recursos disponibilizados pelo
MINFIN no montante de Kz 252,2 milhões.

Todavia, verificou-se que a referida empreitada tinha sido concluída em exercício


anterior e inaugurada em Julho de 2012 e que em 2013 não houve execução de qualquer
natureza;

Fotografia 20

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Unidade de Protecção de Individualidades


Protocolares - Bengo

Fonte: TC

e) Relativamente ao Projecto de Construção e Apetrechamento da Maternidade de Quibaxi –


Dembos, inscrito no PIP desde 2012, em 2013 foi reinscrito por Kz 150 milhões, dos
quais foram liquidados Kz 133 milhões; no entanto, até Novembro de 2014 as obras da
referida empreitada encontravam-se paralisadas por razões de litígio do terreno em que as
obras estavam a ser erguidas, conforme foto a seguir:

Fotografia 21

Projecto de Construção e Apetrechamento da


Maternidade de Quibaxi – Dembos

Fonte: TC

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f) O Projecto relativo a construção e apetrechamento de Centros de Saúde – Bengo,


relativamente ao do município do Dande encontrava-se concluído, porém em estado de
abandono e sem o valor social esperado, pois a menos de 300 metros está o Hospital do
Dande, conforme foto a seguir:

Fotografia 223

Centro de Saúde - Dande

Fonte: TC

g) O Projecto de Construção e apetrechamento de Instalações das Direcções Provinciais e


Órgãos, localizado no Dande, inscrito no PIP desde 2011 com um valor orçamentado
acumulado de Kz 659,9 milhões, dos quais Kz 518,6 milhões foram de 2013 e liquidado a
99,6%. Entretanto, em Novembro de 2014 encontrava-se a nível das fundações, conforme
fotografia a seguir:

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Fotografia 23

Empreitada de Construção da Instalações da


Direcções Provinciais e Órgãos - Dande

Fonte: TC

h) Os serviços de Elaboração de Estudos e Projectos pelo GEPE do G. P. Bengo tiveram


inscrição orçamental de Kz 285,0 milhões, liquidados a 98,9%, porém não foram
apresentados os referidos estudos;

i) Verificou-se que o Bloco Operatório do Hospital Municipal de Pango Aluquém,


construído no âmbito do Projecto relativo a “Construção e Apetrechamento de 4 Blocos
Operatórios”, não tem via de acesso para macas, uma vez que se encontra fisicamente
separado da estrutura do Hospital, conforme fotografia a seguir:

Fotografia 24

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Fonte: TC

j) Foram celebrados contratos de forma fraccionada, conforme quadro a seguir:

Quadro 48: Projectos com contratos fraccionados


Nº Empreiteiro Projecto ou Actividade Valor
1 MUANGOLA,LDA Reabilitação do Sistema de Água e Saneamento de Caxito Dande 66,6
2 MUANGOLA,LDA Reabilitação do Sistema de Água e Saneamento de Caxito Dande 33,3
4 MUANGOLA,LDA Reabilitação da Escola de Professores ADPP Dande 64,7
5 MUANGOLA,LDA Reabilitação da Escola de Professores ADPP Dande 35,8
6 ALUPERFIL,LDA Conclusão e Apetrechamento da Biblioteca da açucareira- Dande 90,9
7 ALUPERFIL,LDA Construção da Biblioteca da açucareira Dande( Arranjos Exteriores) 24,8
8 ALUPERFIL,LDA Reabilitação da Biblioteca da Açucareira- Dande 44,9
9 ALUPERFIL,LDA Construção da Biblioteca da açucareira Dande( Apetrechamentos) 37,4
10 HAIPING,LDA Construção do Auditório do Governo da Provincia do Bengo Dande 90,1
11 HAIPING,LDA Construção do Auditório do Governo da Provincia do Bengo Dande 90,6
12 WANGOL Fornecimento de Carteiras e Apetrechamento de Várias Escolas 37,5
13 WANGOL Fornecimento de Carteiras e Apetrechamento de Várias Escolas 76,0
Total 692,6
Fonte: GEPE do GP Bengo – PIP 2012 e 2013

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• BENGUELA

Constatações

Verificaram-se as seguintes situações:

a) Foi confirmada a execução de todos os projectos visitados;

b) Não foram encontradas obras paralisadas, o que mostra que existiram boas formas
de persuasão entre o Governo da Província e empreiteiros locais;

c) As obras visitadas apresentam uma qualidade aceitável, conforme fotografias a


seguir:

Escola do IIº ciclo – Instituto Médio Politécnico do Cubal

Fotografia 25

Escola do IIº ciclo – Instituto Médio Politécnico do Cubal

Fonte: TC

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• HUAMBO

Constatações

a) Observou-se a execução do contrato de empreitada de construção do Centro Cultural do


Huambo- Fase I, cujo processo n.º 161/FP/11 de solicitação de visto prévio fora recusado
pelo acórdão n.º 2, de 24 de Janeiro de 2012 do TC;

b) Igualmente verificou-se a celebração de contratos para o mesmo projecto nos montantes


de Kz 488,4 milhões e Kz 491,4 milhões, respectivamente, sem que fossem submetidos
ao visto prévio do TC;

c) Não foram, de igual modo, submetidos ao visto prévio do TC os contratos constantes da


tabela a seguir:

Quadro 49: Contratos Executados Sem o Visto Prévio do TC


Empreteiro Empreitada Valor
SINOHYDRO Corporation Reabilitação do Estadio Municipal da Caála 500,0
CCL-Construção Civel, Lda Construção de rede técnicas do Estadio Municipal da Caála 467,7
CCL-Construção Civel, Lda Constr. da zona de espect., bancada e baln. do est. Municipal da Caala 497,0
ENVIROBAC, Lda Prestação de Serviço Limpeza Sanemento Basico e Jardinagem 960,0
RESURB,Ambiente, Lda Prestação de Serviço Limpeza Sanemento Basico e Jardinagem 403,9
Total 2.828,6
Fonte: Documentação fornecida pelo GPH

• HUÍLA

Constatações

a) Foram identificados no PIP de 2013 projectos que se repetem desde 2011, conforme
espelhados no quadro a seguir:

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Quadro 50: Projectos do PIP reconduzidos desde 2011


Orçamentado
N.º Projecto ou Actividade
2013 2012 2011
1 Aquis. Equip. P/Saneam. Básico Bº Periféricos Cidade Da Lubango/Huíla 258,0 97,5 -
2 Aquisição De Atm Para Campanha Agrícola/Huíla 137,1 258,0 120,0
3 Aquisição De Câmaras De Conservação De Prod.Agrícolas/Huíla 100,0 92,5 -
4 Const. Sist.Prod. Dist. Energ. N. Urbaniz. ( Eywa Mut. Nambambe)/Huíla 150,0 200,0 -
5 Const.Sistema Produção Distribuição De Energia Na Tchavola 162,6 66,8 70,0
6 Construção De 1 Maternidade No Lubango/Huíla 1.468,1 287,0 87,0
7 Construção De 100 Casas No Municipio Da Cacula/Huila 62,5 62,2 -
8 Construção De 100 Casas No Municipio Da Chibia /Huila 62,5 62,2 -
9 Construção De 100 Casas No Municipio Da Humpata/Huila 62,5 62,2 -
10 Construção De 100 Casas No Município Do Lubango/Huíla 62,5 62,2 -
11 Construção De Um Dique No Bairro Sofrio/Huíla 150,0 208,7 -
12 Construção De Um Hospital Psiquiátrico / Huíla 448,9 334,7 195,1
13 Construção De Valas De Drenagem Nas Zonas A Urbanizar 200,0 150,0 -
14 Construção Do Hospital Pediátrico/Lubango/Huíla 1.314,7 250,0 350,0
15 Construção Sist.Prod.Dist. Àgua Novas Urbaniz.(Eywa, Mut. Namb.)/Huil. 300,0 179,8 -
16 Construção Sistema Prod.Distribuição De Energia Na Tchanja 65,0 55,0 10,0
17 Divulgação Promoção E Imagem Do Programa Governo-2011/Huila 90,0 173,2 55,0
18 Estudos Para Construção Da Eta /Lubango/Huíla 45,0 - -
19 Estudos Para Construção De Albergues/Humpata/Huila 30,0 - -
20 Estudos Para Construção De Biotecnica Na Humpata/Huila 45,0 - -
21 Estudos Para Construção De Redes De Água No Quilengues/Huíla 45,0 - -
22 Estudos Para Construção Do Sistema De Produção De Águas/Matala/Huíla 45,0 - -
23 Estudos Para Construção Do Sistema De Produção E Água No Lubango 45,0 - -
24 Gestão e Manutenção das Infraestruturas/Huila 98,0 - -
25 Infraestruturas De Urbanização (Redes Téc.Equipamentos)/Huíla 180,0 99,0 -
26 Infraestruturas Microfomento/Huíla 413,4 - -
27 Infraestruturas Sociais e vias de Comunicação/Huíla 791,8 - -
28 Manutenção De Infraestruturas Escolares/Huíla 160,0 129,0 -
29 Manutenção De Infraestruturas Hospitalares/Huíla 150,0 85,0 -
30 Melhoramento Do Sistema De Água Á Cidade De Lubango/Huíla 300,0 200,5 250,0
31 Mobilização Social e Cidadania/Huila 123,0 - -
32 Modernização Administrativa/Huíla 150,0 165,4 65,0
33 Operacionalização das Infraestruturas Institucionais/Huila 180,7 - -
34 Operacionalização Microfomento/Huila 36,4 - -
35 Organizaçao Produtiva das Comunidades/Huila 51,1 - -
36 Outros Encargos E Fiscalização/Huíla 75,2 76,0 -

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Orçamentado
N.º Projecto ou Actividade
2013 2012 2011
37 Programa Água Para Todos/Huíla 300,0 - -
Programa Infra-Estr (Água, Luz, Acessos, Saneam) Áreas Lot.Cont.200
38 Fogos 553,8 - -
39 Projecto Integrado de Combate a Pobreza e Desenvolv. Rural 429,4 - -
40 Projectos De Segurança Alimentar /Huila 150,0 68,0 -
41 Reab. Expansão Redes De Distribuição Energia/Lubango/Huila 155,0 250,4 97,5
42 Reabilitação Da Rede Produção Distrib Àgua Comuna Da Huila 130,2 150,0 -
43 Reabilitação Da Rede Produção Distrib Àgua Na Jamba/Huila 130,2 150,0 -
44 Reabilitação Da Rede Produção Distrib.Água Na Arimba/Huíla 130,2 150,0 -
45 Reforço Institucional/Huila 325,3 - -
46 Rep. Ruas Bº Periféricos ( Quilen. Mut. Eywa Tchanja Fer. Lubango/Huila 707,1 65,0 -
47 Reparação Das Ruas Dos Bairros Periféricos Cidade Do Lubango/Huila 277,0 264,6 -
48 Saneamento Básico Dos Bairros Periféricos Cidade Do Lubango 200,0 205,5 250,0
Totais 11.547,3 4.660,3 1.549,6
Fonte: OGE 2011, 2012 e 2013

b) Dos projectos autorizados na Lei n.º 2/13, de 7 de Março, 65,0% foram reconduzidos
do PIP dos dois exercícios anteriores. Os novos representaram 35,0%, entretanto
deste percentual, mais da metade não foi liquidado, conforme demostrado no gráfico
a seguir:

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Gráfico 24: Composição do PIP

c) Determinados contratos celebrados no âmbito do PIP foram criados no decurso da


execução do orçamento em desacordo com o n.º 7 do artigo 15.º da Lei n.º 15/10, de
14 de Julho, conforme apresentado no quadro a seguir:

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Quadro 51: Projectos Criados no decurso da Execução do OGE


Contrato Objecto Valor
83 Acabamento do Edifício da Administração Municipal do Chipindo 15,0
Alteração e Adaptação da Zona de Arrumos à Espaço Psiquiátrico no Hospital Central do
52 Lubango 15,8
98 F Compra de 10 Toyota Prado TXL - Caixa Manual 90,0
100 F Compra de 12 Viaturas Toyota 88,4
99 F Compra de3 Viaturas 24,3
28 Conclusão das obras de conclusão de equipamento da Direc. Prov. Transp. 4,1
Construção de um campo polivalente e Arranjos Exteriores na Escola de 20Salas no município da
12 Matala 36,1
Construção de um Campo Polivalente, muro de Vedação e guarita na Escola de 20 Salas no
11 Município de caconda 44,7
33 Construção de uma escola de 20 salas no Município de Caconda 240,1
8 Execução de troço entre a praça 17 de setembro (Escola 27 de Março) e a Avª 11 de Novembro 268,5
Fiscalização da Obra de Construção de um Centro de Saúde, na Localidade da Eiva, Município
56 do Lubango 2,7
60 Fiscalização da Obra de Reabilitação doPrédio Principal do MAPTSS 1,6
46 Fornecimento de 7 Viaturas de marca Toyota 88,6
17 Reabilitação de 15 Residência no Condomínio na Mitcha, lubango 27,4
59 - A Reabilitação do Prédio da Direcção da Saúde 4,1
58 - A Reabilitação do Edifício da Saúde Pública 1,9
50 Reabilitação do Edifício da Saúde Pública no Município de Lubango 31,6
60 - A Reabilitação do Prédio Principal do MAPTSS 1,6
51 Reabilitação do Prédio Principal do MAPTSS, no Município do Lubango 27,2
Total 1.013,7
Fonte: GPH – Contratos e LOA – 2013

d) Constatou-se que 4 (quatro) contratos celebrados não foram submetidos à fiscalização


preventiva do TC, conforme espelhados no quadro a seguir:

Quadro 52: Contratos celebrados não submetidos à fiscalização preventiva do TC


Empreiteiro Empreitada Valor
Beijing Construction Engineering Construção de 50 casas evolutivas Tipo T2 na Localidade da Tchavola, Lubango 91,2
Beijing Construction Engineering Construção de 50 casas evolutivas Tipo T2 na Localidade da Kuaua, Lubango 91,2
Beijing Construction Engineering Construção de 50 casas evolutivas Tipo T2 na Localidade da Mutundo, Lubango 91,2
Construção de 50 casas evolutivas Tipo T2 na Localidade da Nambanbe,
Beijing Construction Engineering 91,2
Lubango
Total 364,8
Fonte: GPH

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• MOXICO

Constatações

a) A empresa DELKA CORPORATION, LDA, detentora do contrato para a construção e


apetrechamento de uma escola do tipo T14 na sede do Luena, recebeu dos cofres do
Estado o equivalente a 62,0% do valor do contrato correspondente a Kz 166,5 milhoes,
mas a execução física constatada foi de 0,0%, conforme foto a seguir:

Fotografia 26

Fonte: TC

b) A empresa M.G & FILHOS, LDA, detentora do contrato para a construção e


apetrechamento de uma escola do tipo T14 na sede do Luena, recebeu dos cofres do
Estado o equivalente a 81,0% do valor do contrato, correspondente a Kz 217,8 milhoes,
porém a execução física constatada foi de 26,0%, conforme fotografia a seguir:

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Fotografia 27

Fonte: TC

c) A empresa JOMACA, LDA, detentora do contrato para a construção e apetrechamento de


uma escola do tipo T10 em Cangumbe, recebeu dos cofres do Estado o equivalente a
59,0% do valor do contrato, correspondente a Kz 144,2 milhões, porém a execução física
apresentada no mapa fornecido pelo GEPE, foi de 32,0%;

d) A empresa SOCIEDADE NAUMBA, LDA, detentora do contrato para a construção e


apetrechamento de uma escola do tipo T10 na sede do Luau, recebeu dos cofres do
Estado o equivalente a 76,0% do valor do contrato, correspondente a Kz 174,7 milhões,
mas a execução física constatada foi de 41,0%, conforme fotografia a seguir:

Fotografia 28

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Fonte: TC

e) Foram visitadas duas escolas na sede do Luena e uma no município de Kamanongue,


cujas obras se encontram concluidas, porém todas elas carecem do seu apetrechamento,
conforme fotografia a seguir:

Fotografia 29

Fonte: TC

• UÍGE

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Constatações

Construção e Apetrechamento do Hospital Municipal de Ambuíla

Para execução desta empreitada, foi celebrado um contrato no valor de Kz 350,0 milhões. A obra
apresentou um atraso, considerando o fim previsto para o ano de 2013.

As fotografias a seguir demonstram o estado actual da obra:

Fotografia 30

Construção e Apetrechamento do Hospital Municipal de Ambuíla


Fonte: TC

Tendo em conta as constatações anteriormente mencionadas, no âmbito do PIP, são


apresentadas as seguintes recomendações:

Recomendações

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1. Compatibilizar, nos termos da legislação em vigor, a execução financeira das empreitadas


com a respectiva execução física (UO);

2. Exigir das UO o envio da informação actualizada sobre a execução física e financeira do


PIP, a fim de se evitar a discrepância de dados, de modo que o MPDT possa efectuar
melhor acompanhamento dos desembolsos efectuados pelas mesmas (MPDT);

3. Harmonizar as informações do Relatório do Balanço de Execução do PIP com os registos


do SIGFE (MPDT);

4. Cumprir os prazos contratualmente estabelecidos para execução das empreitadas e


responsabilizar as empresas construtoras e fiscalizadoras pela má qualidade das obras
(UO);

5. Evitar a sobrevalorização dos preços e pagamentos acima do valor contratual (UO);

6. Evitar a recondução de projectos já concluídos, bem como pagamento de obras


inexistentes (UO e MINFIN);

7. Evitar a realização de obras não inscritas no PIP ou a criação de programas, projectos ou


actividades no decurso da execução do orçamento (UO);

8. Cumprir com os dispositivos dos diplomas legais em vigor no que tange ao envio dos
contratos para fiscalização prévia do TC (UO);

9. Envidar esforços no sentido de aproveitar as obras que não tiveram ainda o alcance social
pretendido, como exemplo o posto de saúde do Dande, província do Bengo, que à data da
verificação física, encontrava-se em estado de abandono;

10. Zelar pela conservação e manutenção dos bens públicos (UO);

11. Evitar fraccionamento de despesas na contratação de empreitadas (UO);

12. Observar a legislação em vigor referente a celebração de contratos em moeda estrangeira


(UO);

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3.4 Análise do Resultado Orçamental

No exercício em análise apurou-se um Resultado Orçamental (Superavit) no valor Kz 84.622,1.


Relativamente ao exercício anterior houve uma variação negativa de 82,9, conforme quadro a seguir;

Quadro 53: Resultado Orçamental do Exercício


Resultado Variação
Receita Arrecadada Despesa Realizada
2013 2012 Varição %
(1) (2) (1-2)/2*100

6.204.355,5 6.119.733,4 84.622,1 495.234,0 -82,9

Fonte: CGE

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3.5 Análise do Fluxo de Financiamento ao Sector Empresarial


Público

O ISEP tem como missão, de natureza técnica, o acompanhamento das empresas inseridas no
Sector Empresarial Público em ordem a que criem valores acrescentados em condições de
máxima eficiência e dar continuidade aos processos de privatizações e reprivatizações e
propondo a redefinição da sua politica.

3.5.1 Receitas de Alienações

Constatações

a) O valor total das alienações das empresas apresentadas pelo relatório do ISEP difere
do valor total das alienações das empresas exibido no SIGFE em Kz 652,4 milhões,
conforme quadro a seguir:

Quadro 54: Receitas Arrecadadas nos Processos de Privatizações


Alienação Emolumentos
N.º
Empresa Valor Kz Valor Kz
1 Unidade de Produção FAEL 50,0 0,0
2 Unidade de Produção Kaxicane 98,0 0,0
3 Unidade de Produção Termoplasticos 78,8 4,6
4 Embalagens Holdains 85,6 11,1
5 Vulcap 104,6 6,0
Total do ISEP 417,1 21,8
Dados do SIGFE 1 069,5
Diferença 652,4
Fonte: Relatório da Conta de Gerência 2013 ISEP e SIGFE

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b) Os valores dos emolumentos do ISEP não foram localizados na respectiva conta no


SIGFE.

Recomendação

Harmonizar as informações do ISEP com os registos efectuados no SIGFE, de forma que se


reflictam as receitas do Estado (Privatizações e Dividendos) e Receitas Próprias
(Emolumentos) de todas as empresas em que ele participe de forma directa ou indirecta.

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3.5.2 Análise da Participação no Capital das Empresas

Constatação

O ISEP faz o acompanhamento de 88 empresas. Deste total, 34 empresas, que corresponde a


38,6%, não têm a situação jurídica regularizada, na medida em que ainda utilizam a
denominação UEE.

Recomendação
Regularizar a situação jurídica das empresas que ainda se encontram com a denominação de
UEE (UO).

O Estado tem participação directa em 26 empresas, na forma de quotas, com maior realce para o
Sector da Indústria com 8 empresas. Neste universo, a maior participação recai ao BPC com
99,0% e a menor na Empresa SIGA com menos de 1,0%.

O Estado também detém participações directas em 11 empresas não sediadas em Angola, na


forma de acções, com maior destaque para as empresas do quadro e gráfico a seguir:

Quadro 55: Participação Directa do Estado


Empresas N.º de Acções Localização
Abbot Laboratories 51.200 USA
Royal Dutch Petrol 20.291 Londres
Exxcon Mobil Corporation 17.286 USA
Fonte: ISEP

Gráfico 25: Participação Directa do Estado (N.º de Acções)

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3.5.3 Análise dos Dividendos


Constatação
Do universo de 37 empresas nas quais o Estado tem participação directa, apenas 3,
correspondendo a 11,5% do total, apresentaram dividendos a favor do Estado no montante de Kz
95,4 milhões, conforme quadro e gráfico a seguir:

Quadro 56: Dividendos


Valor dos
N.º Empresas
Dividendos Kz
1 Cuca 67,9
2 Ngola 23,5
3 Eka 4,0
Total 95,4
Fonte: ISEP

Gráfico 26: Dividendos

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Eka
4,0

Recomendação
Envidar esforços no sentido de cobrar regularmente os dividendos devidos ao Estado referentes a
sua participação nas empresas do Sector Empresarial Público que apresentarem resultados
positivos.

O Estado tem participação indirecta em aproximadamente 220 empresas;

Os documentos remetidos pelo ISEP não permitiram fazer análise dos dividendos recebidos com
as participações indirectas do Estado, uma vez que não foi prestada nenhuma informação
relativamente aos mesmos;

As Receitas do Estado (Dividendos e Privatizações) para o exercício de 2013, teve uma variação
negativa na ordem de 87,2% em relação ao ano de 2012. De igual modo a Receita Própria
(Emolumentos) registou uma variação negativa de 78,5%, conforme quadro e gráfico a seguir:

Quadro 57: Evolução das Receitas ISEP

Receitas 2013 2012 Variação


Dividendos e Privatizações 95.4 743.9 -87.2
Emolumentos 21.8 101.4 -78.5
Fonte: Relatório da Conta de Gerência 2013 - ISEP

Gráfico 27: Evolução das Receitas - ISEP

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3.6 Avaliação do Desempenho Financeiro e Patrimonial

3.6.1 Análise do Resultado Financeiro

O Balanço Financeiro, nos termos do artigo n.º 60.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, demonstra a
receita e a despesa orçamental, bem como os pagamentos e recebimentos de natureza extra-
orçamental, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior e os que se
transferem para o exercício seguinte.

No exercício de 2013, o Balanço Financeiro realçou um superávit no valor de Kz 229.608,9


milhões, que representa a diferença entre as Disponibilidades do exercício 2012 em relação ao
exercício 2013, conforme quadro a seguir:

Quadro 58: Resultado Financeiro de 2013

Disponibilidade 2013 Disponibilidade 2012 Suprávit Financeiro


2.495.346,7 2.265.738,2 229.608,5
Fonte: CGE e SIGFE

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3.6.2 Análise dos Componentes Patrimoniais

Activo
Quadro 59: Balanço Patrimonial
Activo 2013 2012 Varição
(1) (2) (1-2)/2*100
Activo Circulante 3.410.351,8 3.878.739,9 -12,1
Disponível 2.495.346,7 2.265.738,2 10,1
Disponível no País 1.826.557,8 0,0
Disponível no Exterior 668.788,9 0,0
Créditos em Circulação 188.926,5 362.745,1 -47,9
Dívida Fiscal 92.735,9 362.745,1 -74,4
Outros Créditos 96.190,6 0,0
Valores Pendentes Activos 726.078,6 1.250.256,6 -41,9
Realizável a Longo Prazo 201.943,7 201.353,6 0,3
Instit. e Agentes Devedores - Longo
Prazo 201.943,7 201.353,6 0,3
Activo Permanente 8.608.309,1 4.061.807,3 111,9
Investimentos de Natureza Financeira 201.863,8 25.875,6 680,1

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Imobilizado 8.406.445,3 4.035.931,7 108,3


Bens Móveis E Imóveis 8.406.445,3 4.035.931,7 108,3
Total do Activo 12.220.604,6 8.141.900,8 50,1
Contas de Ordem Activa 0,0 0,0
Outras Contas de Ordem Activa 178.922,6 178.922,6 0,0
Responsabilidades por Bens, Títulos e
Valores 0,0 6.959,5 -100,0
Total Geral 12.399.527,2 8.320.823,4 49,0
Fonte: CGE

Passivo
Quadro 60: Balanço Patrimonial

Passivo 2013 2012 Varição %


(1) (2) (1-2)/2*100
Passivo Circulante 867.591,3 302.360,1 186,9
Depósitos Exigíveis 486,2 4,3 11.139,2
Consignações 486,2 4,3 11.139,2
Obrigações Em Circulação 803.146,3 281.398,3 185,4
Obrigações A Pagar 474.569,7 36.216,7 1.210,4
Operações De Crédito 328.576,6 245.181,6 34,0
Dívida Interna 318.246,3 235.083,1 35,4
Dívida Externa 10.330,3 10.098,5 2,3
Subsídios E Transferências A Conceder 10.409,9 21,3 48.868,3
Outros Passivos Circulantes 41.670,1 0,0
Dívidas Do Exercício Anterior 11.878,8 20.936,2 -43,3
Exigível A Longo Prazo 2.851.004,7 2.487.038,6 14,6
Depósitos Exigíveis A Longo Prazo 0,0 0,0
Obrigações Exigíveis A Longo Prazo 2.851.004,7 2.487.038,6 14,6

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Instit. E Agentes Credores - Longo Prazo 0,0 0,0


Operações De Crédito A Longo Prazo 2.519.393,2 2.168.549,4 16,2
Dívida Interna 1.181.267,4 945.603,1 24,9
Dívida Externa 1.338.125,8 1.222.946,4 9,4
Dívida Antecedente ao Ano Anterior 331.611,5 318.489,2 4,2
Património Liquido 8.502.008,6 5.352.502,1 58,8
Resultado do Exercício 84.967,1 1.822.110,1 -95,3
Resultado Acumulado 8.417.041,5 3.530.392,0 138,4
Total Do Passivo 12.220.604,6 8.141.900,8 50,1
Contas De Ordem Passiva 0,0 0,0
Execução De Restos A Pagar 0,0 0,0
Outras Contas De Ordem Passiva 178.922,6 178.922,6 0,0
Total Geral 12.399.527,2 8.320.823,4 49,0
Fonte: CGE

Gráfico 28: Estrutura do Balanço Patrimonial

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• Conformidade dos Relatórios Contabilísticos

Constatações

a) O descritivo da CGE com Resumo Geral da Execução da Receita por Natureza remetido
no âmbito da CGE apresenta diferença de Kz 88.226.828.510,0 na Receita Arrecadada,
conforme quadro a seguir:

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Quadro 61: Receita Arrecadada


Receita Arrecadada

Descritivo da Conta Geral do Estado Resumo Geral da Execução da Receita Diferença


por Natureza (Remetido na CGE)
6.204.355.465.709,3 6.116.128.637.199,3 88.226.828.510,0
Fonte: CGE

b) O descritivo do Balanço Patrimonial com o Balancete Estático remetido no âmbito da CGE


apresenta diferença em algumas contas, conforme quadro a seguir:

Quadro 62: Balanço Patrimonial e Balancete

Valores Diferença
Relatórios remetidos na CGE 1 2 (1-2)

Designação Balanço Patrimonial Balancete

De Contratos Saldo da Conta 2.2.2.3.2 10.330.291.625,0 10.330.292.417,0 -792,0

Dívida Externa Saldo da Conta 2.1.2.5.2.02 1.338.125.815.686,0 1.511.557.054.122,0 -173.431.238.436,0


Fonte: CGE

c) O descritivo da Demonstração das Variações Patrimoniais com o Balancete remetido no


âmbito da CGE apresenta diferença em algumas contas, conforme quadro a seguir:

Quadro 63: Demonstração das Variações Patrimoniais e Balancete

Valores Diferença
Relatórios remetidos no âmbito da CGE 1 2 (1-2)

Demonstração das
Designação Variações Balancete
Patrimoniais
Mutações Patrimoniais
Activas Extra
Orçamentais Saldo da Conta 6.2.2 7.961.208.672.550,2 7.961.460.104.333,2 -251.431.783,0
II – Resultado
Patrimonial do Período,
Resultado Patrimonial pag. 29 do Balancete 84.967.124.360,7 88.464.114.867,3 -3.496.990.506,7
Mutações Patrimoniais
Passivas Saldo da Conta 5.2.2 4.537.693.933.983,7 4.711.376.604.994,7 -173.682.671.011,0
Fonte: CGE

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Recomendação

Fazer a substituição na CGE as respectivas peças contabilísticas.

• Disponibilidade Financeira – Operações de Tesouraria

A disponibilidade financeira, no valor de Kz 2.495.346,7 milhões é constituída por recursos


financeiros existentes nos bancos no País e no Exterior. Ressaltando que no País é formada pelos
saldos na Conta Única (em moeda nacional e em moeda estrangeira convertida em kwanzas à
data do Balanço) e fora do país pelos saldos das contas das UO no exterior e também das Linhas
de Crédito.

A DNT é o serviço executivo encarregue da Programação Financeira da execução do OGE, da


gestão das disponibilidades financeiras do Estado e da avaliação das necessidades de recurso ao
crédito, conforme o disposto no n.º 1 do Artigo 23.º do Decreto Presidencial n.º 235/12, de 4 de
Dezembro.

Constatações

a) Do registo constante do SIGFE, foi identificado na conta agregadora 1.1.1.1.2.09.01-


BPC, relativamente a conta agregadora CUT-BNA um saldo negativo de Kz 1.952.955,0
milhões.

b) Na análise das Demonstrações Financeiras apresentados na CGE, constatou-se que o


saldo final das disponibilidades em 31/12/2013 apresentado no Balanço Financeiro,
difere em Kz 441.668,7 milhões da posição final das contas do Estado apresentado no
resumo Ponto de Situação das Contas MINFIN/TN no mesmo período, conforme o
quadro a seguir:

Quadro 64: Disponibilidades Financeiras


Disponível no
Disponível no País
Exterior
Nº Descrição Total
Moeda Moeda Moeda
Nacional Estrangeira Estrangeira
1 Balanço Financeiro 399.094,7 1.427.463,1 668.788,9 2.495.346,7
2 Posição da CUT 147.554,0 1.906.124,0 0.0 2.053.678,0
3 Diferença 251.540,7 -478.660,9 668.788,9 441.668,7
Fonte: CGE e DNT

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Esta diferença resulta do facto de existir algumas contas, como as das UO no exterior, que são
registadas no SIGFE pela DNCP, com base nas prestações de contas, e as relacionadas com as
Linhas de Crédito sob o domínio da UGD, mas que a DNT como órgão de gestão financeira do
Estado não exerce o controlo sobre as mesmas.

Recomendações

1. Harmonizar as informações dos controlos sob gestão das diferentes unidades


intervenientes no processo das operações de tesouraria, com os respectivos registos no
SIGFE.
2. Compatibilizar os saldos do Razão Contabilístico dos bancos com a posição da DNT,
relativamente às disponibilidades financeiras das contas bancarias que apresentam saldos
negativos.

• Património

No saldo do Activo Permanente destaca-se o valor de Kz 8.406.445,3 milhões relativos a Bens


Móveis e Imóveis, correspondendo a 97,7% do total.

Este saldo corresponde aos registos contabilísticos a partir de 2004.

Inventário Patrimonial

Ao abrigo da alínea j) do artigo 58.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, deve compor a CGE, o
inventário consolidado do património do Estado.

Por outro lado, a alínea d) do n.º 1 do artigo 7.º da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, estabelece que o
Parecer a emitir sobre a CGE deve apreciar o inventário do património do Estado.

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O Património do Estado é regido pela Lei n.º 18/10, de 6 de Agosto. Este diploma legal
estabelece as bases gerais e o regime jurídico do património que integra o domínio público do
Estado e das autarquias locais, bem como o regime jurídico do controlo da gestão do património
que integra o domínio privado do Estado, das autarquias locais e do património próprio dos
institutos públicos e de outras pessoas colectivas públicas pertencentes ao sector público
administrativo.

O Decreto Presidencial n.º 177/10, de 13 de Agosto, estabelece o regime jurídico sobre as


Instruções do IBP, o qual se aplica a todos os órgãos e instituições do Estado, incluindo as
autarquias locais, empresas do Estado, institutos e fundos públicos dotados de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial e as representações do País no exterior.

Comparativamente ao exercício anterior, a actual CGE remetida ao TC já incorpora o resumo


geral do inventário de bens.

O inventário patrimonial representa a relação de todos os bens que pertencem ao Estado. Em


2013, foi um conjunto de 1.576 entidades que remeteram os seus inventários à DNPE, o que veio
facilitar a elaboração do inventário geral dos bens públicos.

A CGE reporta o valor do inventário líquido que totalizou em Kz 6.074.110,0 milhões, resultante
do processo de inventariação da Administração Local, Central e das Empresas do Sector Público,
cuja desagregação é apresentada no quadro e gráfico a seguir:

Quadro 65: Inventário Geral dos Bens Públicos – CGE


Tipo de Administração Inventário Líquido %
Central 657.819,0 11,0
Local 3.579.217,0 59,0
Subtotal 4.237.036,0 70,0
Sector Empresarial 1.837.074,0 30,0
Total 6.074.110,0 100,0
Fonte: CGE

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Gráfico 29: Inventário Geral por Tipo de Administração

Os organismos do Estado têm investido na aquisição de bens patrimoniais, com vista a obter
ganhos de eficiência no desempenho das suas actividades.

No exercício em análise, o valor das aquisições de bens totalizaram em Kz 716.923,7 milhões,


conforme quadro e gráfico a seguir:

Quadro 66: Aquisições de Bens Patrimoniais 2013

Aquisição de Bens
Categoria do Bem
Quantidade Aquisições Kz
Bens Móveis 510.034 153.728,4
Veículos 6.209 54.915,5
Bens do Domínio Priv. Do Estado 2.112 181.617,3
Bens do Domínio Pub. Do Estado 469 284.978,9
Activo Intangível 1.748 41.683,6
Total 989.103 716.923,7
Fonte: SIGPE

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Gráfico 30: Aquisições de Bens Patrimoniais 2013

Constatações

a) Verificou-se que o inventário analítico dos bens patrimoniais do Estado vinculado a


determinadas entidades não dispõe da informação referente ao n.º de inventário e ao bem
afecto, conforme exemplos constantes dos quadros a seguir:

Quadro 67: Inventário Analítico dos Bens Patrimoniais - MINEA

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Classificador Patrimonial Amortização


Acumulada
(AKZ) F=(D*Nº Valor
Bem
Valor de de meses Patrimonial
Nº de Nº de Data de Tipo de Adquirido
Material do Bem Aquisição Bem Afecto a Vida útil Mensal Anual
decorridos Líquido
Ordem Inventário Código Designação Aquisição (A) Aquisição em que (anos) (AKZ) (AKZ)
(AKZ) (B) entre a (AKZ) G=B-
Estado (C ) D=(B/C)/12 E=(B/C)
aquisição do F
bem e o final do
ano)
1 101.01.02 Computador Jan-04 Compra (Novo) Novo Não Aplicável 150.000,0 4 3.125,0 37.50 150.000,0 0,0
2 101.01.02 Computador Jan-04 Compra (Novo) Novo Não Aplicável 257.872,0 4 5.372,3 64.468,0 257.872,0 0,0
3 101.01.02 Computador Jan-04 Compra (Novo) Novo Não Aplicável 124.841,0 4 2.600,9 31.210,3 124.841,0 0,0
Fonte: SIGPE

Quadro 68: Inventário Analítico dos Bens Patrimoniais - MINSA


Classificador Patrimonial Amortização
Acumulada
(AKZ) F=(D*Nº Valor
Bem
Valor de de meses Patrimonial
Nº de Nº de Data de Tipo de Adquirido
Material do Bem Aquisição Bem Afecto a Vida útil Mensal Anual
decorridos Líquido
Ordem Inventário Código Designação Aquisição (A) Aquisição em que (anos) (AKZ) (AKZ)
(AKZ) (B) entre a (AKZ) G=B-
Estado (C ) D=(B/C)/12 E=(B/C)
aquisição do F
bem e o final do
ano)
1 101.01.01 Bastidor (Armário) Jan-07 Compra (Novo) Novo Não Aplicável 8.095,0 8 84,3 1,011.9 7.083,1 1.011,9
2 101.01.01 Bastidor (Armário) Jan-07 Compra (Novo) Novo Não Aplicável 8.095,0 8 84,3 1,011.9 7.083,1 1.011,9
3 101.01.01 Bastidor (Armário) Jan-07 Compra (Novo) Novo Não Aplicável 8.095,0 8 84,3 1,011.9 7.083,1 1.011,9
Fonte: SIGPE

b) O IBP inclui o item 115.00.00 - Equipamento e armamento de defesa, cuja inclusão é


dispensada pelo que consta na alínea a) do n.º 3 do artigo 3.º do Decreto Presidencial n.º
177/10, de 13 de Agosto.

Recomendação

Tornar obrigatória a inserção automática do número de inventário através do SIGPE,


conforme prevêem os n.ºs 1, 2 e 3 do artigo 9.º do Decreto Presidencial n.º 177/10, de 13 de
Agosto.

Classificador Patrimonial

Entende-se por classificador patrimonial a tabela do SIGPE que contém códigos, natureza do
bem, designação, número de anos de vida útil para bens novos e usados, que é aprovado por
decreto-executivo, conforme o n.º 1 do artigo 39.º, do Decreto Presidencial n.º 177/10, de 13 de
Agosto.

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O classificador permite caracterizar e agrupar as várias espécies de bens integrantes do


património do Estado, de modo a evidenciar, em tempo real, a depreciação sofrida pelos mesmos
e a relação com as contas do PCE.

Os testes de conformidade realizados entre o IBP e o Classificador Patrimonial revelou a


harmonização existente entre o Classificador Orçamental da Despesa e o PCE.

Processo de Abates

O artigo 11.º do Decreto Presidencial n.º 177/10, de 13 de Agosto, dispõe o seguinte:

1. Considera-se abate a diminuição de bens do património inventariado, por motivo,


designadamente de furto, roubo, destruição, demolição e transferência.

2. O abate ocorre, em regra, no final do período de vida útil do bem.

3. A cada abate corresponde um auto, o qual deve conter:

a) Informação de justificação do abate;


b) Código de identificação do bem;
c) Valor de aquisição;
d) Data de aquisição;
e) Valor Contabilístico à data do abate;
f) Valor Obtido na Alienação, se aplicável.

De acordo com informações recolhidas na respectiva área técnica da DNPE, o processo de abates
observa os seguintes procedimentos:

1. A realização do abate é sempre feita mediante solicitação de interesse por parte de


funcionário através de uma carta dirigida ao gestor da entidade;

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2. A autorização do processo de abate de bens móveis amortizados é da competência do


próprio gestor da entidade, enquanto os bens móveis ainda em tempo de vida útil, os
veículos amortizados ou não é da competência do Ministro das Finanças;

3. A documentação é remetida à DNPE, que faz a análise do processo de acordo a Lei e a


posterior faz-se a atribuição do valor da alienação, sendo o processo enviado ao Ministro
das Finanças e, ao ser autorizado, deverá o requerente efectuar o depósito dos valores
directamente para a CUT, só assim é que o mesmo terá direito ao bem.

Constatações

Há elementos em falta em dois processos de abates tomados para análise, conforme segue:

a) Processo de abate á carga de bens móveis não contém o respectivo auto, conforme
determina o n.º 3 do artigo 11.º, do Decreto Presidencial n.º 177/10, de 13 de Agosto;

b) Processo de abate de veículos não dispõe de todas as informações exigidas para que
o mesmo seja considerado amortizado, tais como: assinatura, valor de aquisição e
valor contabilístico à data do abate.

Recomendações

1. Constar do processo de abate à carga de bens móveis, os autos elaborados pela


comissão de avaliação para melhor compreensão da razão do abate do bem;

2. Reforçar as informações constantes do parecer emitido pela comissão de avaliação e


abates no que concerne aos veículos, a fim de se conhecer a real situação dos
mesmos;

3. Adoptar acções para estipular o processo de abates á carga de bens móveis, no


intuito de diversificar os interessados evitando assim a perda total de um bem que já
atingiu o tempo de vida útil, ou que foi substituído.

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Processo de Etiquetagem dos bens móveis

De acordo com informações recolhidas na respectiva área técnica da DNPE, no acto da


concessão do módulo de Aquisição do SIGPE, a etiquetagem dos bens móveis representava um
processo bastante burocrático na medida em que as etiquetas eram fornecidas pela DNPE às UO,
que por muitas vezes não eram usadas devidamente, razão pela qual o Sistema, para maior
segurança do processo, está a ser revisto no sentido de gerar automaticamente a etiqueta do bem
tão logo for inserido no inventário.

Actualmente a localização de um bem na instituição é feita pelo seu número de inventário.

Constatação

Não foi elaborado o processo de etiquetagem, o que dificulta a localização do bem, face a
inexistência do número de inventário.

Recomendação

Agilizar a implementação da nova funcionalidade do Sistema que está a ser revista, no


sentido de gerar automaticamente a etiqueta do bem tão logo for inserido no inventário,
com vista a facilitar a localização exacta do bem.

Processo de Aquisição, Registo e Controlo dos Bens do Domínio Público do Estado

De acordo com as informações recolhidas na respectiva área técnica da DNPE, cabe ao


Departamento de Gestão Patrimonial preparar a documentação inerente ao processo de aquisição
dos imóveis, tendo por base a Lei n.º 20/10, de 7 de Setembro.

Este processo de aquisição revela uma certa complexidade nas suas acções devido a dificuldade
de aplicação dos dispositivos legais relacionados ao processo.

O registo dos bens do domínio público no âmbito do PIP no SIGPE é da responsabilidade do


próprio organismo, sendo que o Departamento de Cadastro e Inventário faz apenas o controlo
dos mesmos.

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Constatações

a) O rigor apresentado pela Lei da Contratação Pública tem dificultado o processo de


aquisição dos imóveis;

b) A DNPE tem-se deparado com inúmeras dificuldades para efectuar o controlo dos bens
registados pelas UO, devido a má inserção dos dados no Sistema, no que tange à
diferenciação da categoria do bem.

Recomendações

1. Propor alterações pontuais da Lei da Contratação Pública de modo a facilitar o


processo de aquisição de imóveis;

2. Adoptar medidas que visem impulsionar os gestores a efectuar de forma correcta os


registos no Sistema, no intuito de facilitar os trabalhos realizados pela DNPE.

Registo e Controlo das Construções em Curso e Grandes Reparações, nomeadamente


quanto a conclusão das obras

À semelhança do ponto anterior, o mesmo acontece com as construções em curso e grandes


reparações, onde os gestores após a efectivação da obra não reportam à DNPE a real situação das
mesmas, e com as dificuldades apresentadas no acto do registo, torna-se difícil o seu controlo.
Assim sendo, a única fonte que a DNPE utiliza para fazer a recolha, verificação e controlo dos
dados são os inventários que as UO lhe remetem.

Após registos das construções em curso e as grandes reparações pelos gestores, no momento da
efectivação dos pagamentos, é realizado como se de um novo projecto se tratasse, isto é:

Um projecto de construção e apetrechamento de uma escola, ao registar no Sistema, a priori o


gestor informa o projecto na íntegra, sendo que posteriormente, o mesmo projecto é registado em
fases diferentes, uma só de construção, a outra de apetrechamento, o que para o Sistema
representa um conjunto de 3 projectos para a mesma instituição, quando se trata da mesma obra.

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Esta acção do gestor espelha uma evolução significativa na conta 1.3.2.1.2.01.96 -


Adiantamentos a Fornecedores de Bens e Serviços – Bens Imóveis, porque ao invés de ir
diminuindo à medida que a obra for se concretizando, ele vai aumentando porque a cada registo
o Sistema faz o reconhecimento de um novo projecto.

E na conclusão da obra, a situação permanece a mesma visto que o Sistema fica impossibilitado
de finalizar o processo e dar o tratamento contabilístico adequado.

Constatação

Evolução significativa na conta 1.3.2.1.2.01.96 - Adiantamentos a Fornecedores de Bens e


Serviços – Bens Imóveis em função da má classificação e registo dos bens no SIGPE, o que
traduz na inobservância das orientações por parte dos gestores, levando à indisciplina
orçamental, apesar dos instrutivos e das acções formativas que o MINFIN realiza.

Recomendação

Incluir na CGE, no âmbito do dever de cooperação previsto nos termos dos artigos 18.º e
50.º da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, a relação dos gestores que não procederem
relativamente a sua UO, o inventário patrimonial e daqueles que não observam as
orientações relacionadas ao registo e controlo das construções em curso e grandes
reparações, nomeadamente quanto a conclusão das obras, para que o TC possa tomar as
medidas adequadas.

• Dívida Pública

A dívida pública é fundamentada na Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro e Decretos n.ºs 51/03 e
52/03, ambos de 8 de Julho.

Em complemento, a Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, estabelece nos seus artigos 53.º e 57.º as
tipologias da dívida pública e no artigo 71.º as condições e os limites a serem observados no
âmbito da sua gestão.

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De acordo com o estatuto orgânico do MINFIN é reservado a UGD a concepção de estratégia,


coordenação, controlo, gestão, execução e fiscalização da dívida pública do Estado.

No exercício em apreço os objectivos de endividamento circunscreveram-se às necessidades de


financiamento do OGE, regularização dos atrasados e financiamento do PIP.

Plano de Financiamento para 2013

Por meio da Lei n.º 2/13, de 7 de Março, foi previsto uma necessidade de financiamento interno
e externo conforme demonstrado no quadro a seguir:

Quadro 69: Plano de Financiamento Interno e Externo


SIGFE Grau de
LOA Diferença
Descrição Orçamentada Execução Execução
( 1) (1-2)
(2) (3) (% )
I.Receitas de Financiamento 1.215.912,6 1.215.912,6 931.800,2 0,0 76,6
1. Internos 441.000,0 441.000,0 420.151,2 0,0 95,3
1.1 Título 441.000,0 441.000,0 420.151,2 0,0 95,3
2. Desembolsos 774.912,6 774.912,6 511.649,0 0,0 66,0
2.1 Linhas de Créditos 548.527,6 548.527,6 480.743,2 0,0 87,6
2.2 Finaciamento Externo Diverso 226.385,0 226.385,0 30.905,8 0,0 13,7
II. Serviço da Dívida 639.072,9 686.672,6 666.580,6 7,4 97,1
2.1 Amorização da dívida 574.247,1 571.669,5 567.475,7 -0,4 99,3
2.1.1 Interna 395.284,2 399.478,0 395.284,2 1,1 99,0
2.1.2 Externa 178.962,9 172.191,5 172.191,5 -3,8 100,0
2.2 Juros 64.825,8 115.003,1 99.105,0 77,4 86,2
2.2.1 Interno 27.154,6 74.872,1 58.973,9 175,7 78,8
2.2.2 Externo 37.671,2 40.131,0 40.131,0 6,5 100,0
Fonte: OGE 2013

Do quadro acima verifica-se que o OGE de 2013 previu um limite de endividamento na ordem
de Kz 1.215.912,6 milhões a ser assegurado com recurso ao mercado externo no montante de Kz
774.912,6 milhões, e no mercado interno no montante de Kz 441.000,0 milhões.

Os encargos com financiamentos foram inicialmente previstos no valor de Kz 639.072,9 milhões


e revistos para mais numa proporção de 7,4%, alcançando Kz 686.672,6 milhões, sendo que o
resultado entre a previsão revista nesta rubrica e a sua execução atingiu menos 2,9 %.

Depreende-se também que o total das receitas previstas de financiamento no montante de Kz


1.215.912,6 milhões, foram realizados Kz 931.800,2 milhões, correspondendo a 76,6%, tendo
contribuído decisivamente para estas cifras o desempenho dos desembolsos externos numa
efectivação de 66,0% do montante previsto.

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Destacam-se nessa rubrica os financiamentos externos diversos, cuja realização alcançou níveis
de execução de 13,7%. Inversamente, pode-se constatar a influência significativa do
financiamento interno com uma execução de 95,3%.

Stock da Dívida Pública Governamental

O quadro abaixo demonstra a composição dos elementos constitutivos do stock da dívida


Governamental e a proporção que cada exerce sobre o total.

Quadro 70: Stock da Dívida Pública Governamental


Juros em Comissões Total de
Descrição Principal Valor %
Mora em Mora Encargos
Divida Interna 1.499.513,7 0,0 0,0 0,0 1.499.513,7 52,7
Curto Prazo 318.246,3 0,0 0,0 0,0 318.246,3 11,2
BT 265.792,9 0,0 0,0 0,0 265.792,9 9,3
Atrasados do PIP 2010-2011 52.453,4 0,0 0,0 0,0 52.453,4 1,8
Contratos de Mútuo 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Médio e Longo Prazo 1.181.267,4 0,0 0,0 0,0 1.181.267,4 41,5
Obrigações do Tesouro 1.181.267,4 0,0 0,0 0,0 1.181.267,4 41,5
OT em Moeda Nacional 971.957,8 0,0 0,0 0,0 971.957,8 34,1
OT em Moeda Estrangeira 209.309,5 0,0 0,0 0,0 209.309,5 7,3
Contratos de Mútuo 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Divida Externa 1.339.853,4 7.160,1 1.442,6 8.602,7 1.348.456,1 47,3
Curto Prazo 9.087,9 1.242,4 0,0 1.242,4 10.330,3 0,4
Multilateral 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Bilateral 20,4 0,0 0,0 0,0 20,4 0,0
Comercial 505,6 3,1 0,0 3,1 508,7 0,0
Fornecedores 8.561,9 1.239,3 0,0 1.239,3 9.801,2 0,3
Médio e Longo Prazo 1.330.765,5 5.917,7 1.442,6 7.360,3 1.338.125,8 47,0
Multilateral 52.685,2 2,5 48,6 51,1 52.736,3 1,9
Bilateral 765.701,0 186,8 104,2 291,1 765.992,1 26,9
Comercial 428.798,8 146,6 1.289,8 1.436,5 430.235,2 15,1
Fornecedores 83.580,5 5.581,7 0,0 5.581,7 89.162,2 3,1
Total da Dívida Externa e Interna de Curto
327.334,3 1.242,4 0,0 1.242,4 328.576,6 11,5
Prazo
Total da Dívida Externa e Interna de Médio e
2.512.032,8 5.917,7 1.442,6 7.360,3 2.519.393,2 88,5
Longo Prazo
Stock da Dívida Governamental 2.839.361,1 7.160,1 1.442,6 8.602,7 2.847.969,8 100,0
Fonte: BPAE 2013 UGD

O quadro acima mostra a Dívida Pública Governamental de Kz 2.847.969,8 milhões, dos quais
Kz 1.499.513,7 milhões corresponde a dívida interna e Kz 1.348.456,1 milhões à dívida externa,
com participação no total de 52,7% e 47,3%, respectivamente.

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A dívida interna de curto prazo foi de Kz 318.246,3 milhões, com 11,2% de participação no total
da dívida e a de médio e longo prazo no montante de Kz 1.181.267,4 milhões com 41,5% de
participação.

A dívida externa de curto prazo ascendeu a Kz 10.330,3 milhões, com peso de 0,4% no total da
dívida e a de médio e longo prazo de Kz 1.338.125,8 milhões, com 47,0% de participação.

Realça-se a tendência de capitalização da economia, no período em avaliação, com recurso ao


financiamento interno, motivada particularmente pela retracção de desembolsos externos, tendo
as OT de médio e longo prazo, com uma parcela de 34,1%, contribuído de forma decisiva para
esse financiamento, enquanto para o mesmo período os contratos de mútuo tiveram uma
participação nula.

Relativamente a captação de recursos a nível externo destaca-se a de médio e longo prazo,


sobretudo por meio dos acordos bilaterais cuja participação fixou-se em 26,9%, bem como os
acordos comerciais com 15,1%, sendo que as de curto prazo tiveram contribuições diminutas ou
quase nulas neste processo.

Em termos globais, a participação da dívida interna e externa de médio e longo prazo no


montante de Kz 2.519.393,2 milhões, com o peso de 88,5%, influenciou expressivamente no
total da dívida, enquanto a dívida interna e externa de curto prazo, atingiu Kz 328.576,6 milhões,
numa parcela 11,5%.

Evolução da Dívida Pública Governamental

No quadro a seguir apresenta-se o comportamento da dívida pública nos três últimos exercícios:

Quadro 71: Comportamento da Dívida Pública Governamental


Descrição 2011 % 2012 % 2013 %
Divida Interna 1.156.092,5 55,9 1.180.686,3 48,9 1.499.513,7 52,7
Curto Prazo 380.775,0 18,4 235.083,2 9,7 318.246,3 11,2
Médio e Longo Prazo 775.317,5 37,5 945.603,1 39,2 1.181.267,4 41,5
Divida Externa 910.215,6 44,1 1.233.044,9 51,1 1.348.456,1 47,3
Curto Prazo 11.128,0 0,5 10.098,5 0,4 10.330,3 0,4
Médio e Longo Prazo 899.087,6 43,5 1.222.946,4 50,7 1.338.125,8 47,0
Total 2.066.308,1 100,0 2.413.731,2 100,0 2.847.969,8 100,0
Fonte: SIGFE

No quadro exposto, verifica-se uma tendência de crescimento regular da dívida interna de médio
e longo prazo, tendo representado, relativamente ao stock de cada período, uma participação de
37,5%, 39,2% e 41,5%, respectivamente.

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Analogamente, foi observado uma tendência pouco regular na dívida externa de médio e longo
prazo que passou de 43,5% de participação no total da dívida, em 2011, para 50,7% em 2012,
tendo em 2013 apresentado um decrescimento de 47% de peso no total.

O gráfico a seguir representa, em resumo, a evolução da dívida nos períodos entre 2011 a 2013:

Gráfico 31: Evolução da Dívida

Stock da Dívida Pública e Composição por Organismo Devedor

O quadro a seguir apresenta o demostrativo da composição da Dívida Pública Global, que


compreende além da Governamental, a contraída por empresas públicas em nome do Estado.

Quadro 72: Stock da Dívida Pública e Composição por Organismo Devedor


Juros em Comissões Total de
Descrição Principal Valor %
Mora em Mora Encargos
Stock da Dívida Pública 4.158.573,7 7.160,1 1.442,6 8.602,7 4.167.176,4 100,0
Divida Governamental 2.839.367,1 7.160,1 1.442,6 8.602,7 2.847.969,8 68,3
Dívida das Instituições Públicos 1.319.206,6 0,0 0,0 0,0 1.319.206,6 31,7
Taag 20.706,0 0,0 0,0 0,0 20.706,0 0,5
Sonangol 1.298.500,6 0,0 0,0 0,0 1.298.500,6 31,2
Fonte: BPAE 2013 UGD

No exercício em apreço, verificou-se que o Stock Global da Dívida Pública atingiu a cifra de Kz
4.167.176,4 milhões, cuja composição compreende Kz 2.847.969,8 milhões de Dívida
Governamental, com participação de 68,3% do total e a dívida contraída pelas instituições
públicas no montante de Kz 1.319.206,6 milhões, com participação de 31,7%.

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Compõe a dívida das instituições públicas, o montante de Kz 20.706,0 milhões da TAAG, com
participação de 0,5% do total e Kz 1.298.500,6 milhões da SONANGOL, com 31,2%.

Serviço Global da Dívida

Designa-se por serviço da dívida a totalidade dos pagamentos em juros e amortização do


principal, correspondentes a um determinado empréstimo.

No quadro a seguir são expostas as operações que determinaram o stock do serviço da dívida em
2013:

Quadro 73: Serviço Global da Dívida


I II
Descrição Anual
Semestre Semestre %
Divida Interna 138.349,3 445.728,3 584.077,6 70,4
Resgates 110.420,8 414.840,8 525.261,6 63,3
BT 46.199,4 93.208,4 139.407,8 16,8
OT 44.409,6 154.405,1 198.814,6 24,0
OT em Moeda Nacional 44.409,6 154.405,1 198.814,6 24,0
OT em Moeda Externa 0,0 0,0 0,0 0,0
Contratos de Financiamento de Mútuo 268,7 7.277,9 7.546,7 0,9
Atrasados do PIP de 2010-2011 19.543,1 159.949,4 179.492,5 21,6
Juros 27.928,5 30.887,3 58.815,8 7,1
BT 1.571,5 2.805,1 4.376,5 0,5
OT 26.350,9 27.920,8 54.271,7 6,5
OT em Moeda Nacional 22.476,3 24.038,7 46.515,0 5,6
OT em Moeda Externa 3.874,6 3.882,1 7.756,7 0,9
Juros de Contratos de Financiamento de Mútuo 6,1 161,5 167,6 0,0
Comissões 0,0 0,2 0,2 0,0
Divida Externa 113.793,0 131.275,7 245.068,7 29,6
Amortização 92.881,0 105.931,7 198.812,7 24,0
Amortização com Garantia 44.965,6 48.307,2 93.272,8 11,2
Amortização sem Garantia 47.915,4 57.624,5 105.539,8 12,7
Juros 17.794,8 21.480,1 39.274,9 4,7
Juros com Garantia 9.421,6 9.979,6 19.401,2 2,3
Juros sem Garantia 8.373,2 11.500,5 19.873,7 2,4
Comissões 3.117,3 3.863,9 6.981,2 0,8
Comissões com Garantia 697,6 1.232,3 1.930,0 0,2
Comissões sem Garantia 2.419,6 2.631,6 5.051,2 0,6
Total do Serviço da Dívida 252.142,3 577.004,0 829.146,3 100,0
Fonte: BPAE 2013 - UGD

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Em atenção ao quadro, observa-se que o serviço global da dívida em 2013, compreendendo todos
os seus componentes, registou um montante de Kz 829.146,3 milhões, dos quais Kz 584.077,6
milhões referem-se a dívida interna e Kz 245.068,7 milhões a dívida externa, com participação
no total de 70,4% e 29,6%, respectivamente.

Destacam-se no serviço global da dívida, no âmbito da dívida interna, os resgates que


alcançaram um montante de Kz 525.261,6 milhões e as amortizações da dívida externa com Kz
198.812,7 milhões e participação no total de 63,3% e 24,0%, respectivamente.

Serviço da Dívida Titulada em OT

O quadro a seguir apresenta a comparação do serviço da dívida titulada em OT entre o RTT e o


BPAE:

Quadro 74: Comparação entre RTT e BPAE - Serviço da Dívida em OT


RTT
OT - MN OT - ME BPAE Diferença
Meses Serviço
Amortizações Juros Amortizações Juros
Janeiro 0,0 2.497,0 0,0 283,2 2.780,1 - -
Fevereiro 1.114,4 2.090,2 0,0 3.031,9 6.236,5 - -
Março 1.722,1 1.365,1 0,0 73,4 3.160,6 - -
Abril 33.932,2 4.038,0 0,0 419,3 38.389,6 - -
Maio 4.956,0 4.536,9 0,0 142,8 9.635,8 - -
Junho 2.684,8 7.949,1 0,0 142,6 10.776,4 - -
Julho 6.826,2 2.588,1 0,0 266,3 9.680,6 - -
Agosto 26.166,2 2.023,9 0,0 2.858,2 31.048,4 - -
Setembro 13.430,3 1.334,2 0,0 69,5 14.834,0 - -
Outubro 28.426,6 3.132,3 0,0 406,3 31.965,2 - -
Novembro 1.961,1 5.524,9 0,0 141,0 7.627,0 - -
Dezembro 80.589,9 9.078,3 0,0 140,7 89.808,9 - -
Total 201.809,8 46.158,0 0,0 7.975,3 255.943,1 253.086,3 2.856,8
Fonte: RTT e BPAE 2013 – UGD

De referir que o BPAE não descrimina o serviço da dívida por mês.

Constatação

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O RTT refere que o serviço da dívida titulada em OT foi de 255.943,1 milhões. Este valor
comparado ao constante do BPAE verificou-se uma diferença de Kz 2.856,8 milhões.

Recomendação

Conciliar os dados constantes dos relatórios do BPAE e RTT.

Serviço da Dívida Titulada em BT

Em 2013, os dados referentes aos serviços da dívida em BT constam do quadro a seguir:

Quadro 75: Serviço da Dívida em BT


Período Amortização Juros Serviço
Janeiro 4.928,1 58,4 4.986,5
Fevereiro 2.504,6 30,1 2.534,6
Março 10.398,0 405,2 10.803,2
Abril 8.703,5 390,5 9.094,0
Maio 9.822,3 353,9 10.176,2
Junho 9.842,9 333,4 10.176,2
Julho 11.596,3 430,5 12.026,8
Agosto 14.827,1 367,3 15.194,4
Setembro 8.854,6 322,5 9.177,0
Outubro 13.461,8 462,2 13.924,1
Novembro 20.574,2 572,9 21.147,1
Dezembro 23.894,4 649,7 24.544,1
Total 139.407,8 4.376,5 143.784,3
Fonte: RTT 2013 - UGD

Os serviços da dívida titulada em BT atingiram um montante global de Kz 143.784,3 milhões,


dos quais Kz 139.407,8 milhões referentes a amortizações e Kz 4.376,5 milhões de juros, tendo a
concentração destes serviços observado uma realização significativa nos meses de Novembro e
Dezembro.

Obrigações do Tesouro

As OT são instrumentos de médio e longo prazo utilizados pelos Estados no processo de atrair
financiamento para assegurar desequilíbrios orçamentais.

Em obediência a Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro, em 2013 foram utilizados estes instrumentos
cujas finalidades deveram-se à capitalização do BNA e financiamento do OGE.

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O Decreto Presidencial n.º 20/13, de 16 de Abril autorizou a emissão de OT para o aumento da


capitalização do BNA no montante de Kz 48.150,0 milhões, concretizadas pelo Decreto
Executivo n.º 125/13, de 26 de Abril, do MINFIN.

O Decreto Presidencial n.º 21/13, de 16 de Abril, autorizou o Ministro das Finanças a recorrer a
emissão de OT para financiamento do PIP, materializada pelos Decretos Executivos n.ºs 126 e
127/13, ambos de 26 de Abril, por meio de OT-MN-TXC e OT-MN-NR fixadas em igual valor,
no limite de Kz 144.450,0 milhões, realizados nas modalidades de leilão de quantidade e de
preços junto das instituições financeiras habilitadas.

No decurso da execução do OGE, foi autorizado, por meio do Decreto Presidencial n.º 163/13,
de 22 de Outubro, a redução do limite de receitas de financiamento da economia externa do OGE
de 2013, por contrapartida de equivalente aumento do limite de receitas de financiamento da
economia interna, tendo em conta as condições favoráveis de endividamento interno.

Assim, em função da maior atractividade do mercado financeiro interno em subscrever OT em


moeda nacional não sujeitas a regras de actualização do valor facial, foi estabelecido através do
Decreto Executivo n.º 401/13, de 25 de Novembro, a redução de emissões de OT no montante de
Kz 144.450,0 milhões, previstos no Decreto Executivo n.º 126/13, de 26 de Abril, para Kz
100.000,0 milhões.

De igual modo, o limite de emissão das OT previsto no Decreto Executivo n.º 127/13, de 26 de
Abril, foi aumentado de Kz. 144.450,0 milhões para Kz 301.153,0 milhões.

Foi ainda autorizado pelo Decreto Presidencial n.º 164/13, de 22 de Outubro, a emissão especial
de OT-MN no limite de Kz 144.500,0 milhões, com o objectivo de se regularizar os atrasados
decorrentes de execução do OGE de exercícios findos de 2010, 2011 e 2012, tendo o Ministro
das Finanças executado tal autorização por meio do Decreto Executivo n.º 399/13, de 25 de
Novembro.

O quadro a seguir apresenta as OT-MN por maturidade inicialmente aprovadas pelo PAE e as
posteriores revisões, relevando-se as diferenças daí resultantes, bem como a respectiva variação:

Quadro 76: OT-MN por Maturidade


Projecção PAE
Grau de
Maturidade PAE- Revisto Variação Realização Desvio
execução
(Dias) 2013 2013 (%) (3) (4)
(3/2)
(1) (2)
2 anos 57.780,0 155.039,0 168,3 130.645,6 24.392,9 84,3
3 anos 57.780,0 202.870,0 251,1 110.582,5 92.287,9 54,5

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4 anos 115.560,0 107.301,0 -7,1 85.799,1 21.502,4 80,0


5 anos 57.780,0 80.443,0 39,2 49.254,6 31.188,3 61,2
Total 288.900,0 545.653,0 88,9 376.281,8 169.371,6 69,0
Fonte: BPAE 2013 - UGD

Pela análise do quadro, percebe-se que houve uma restruturação global das emissões de OT na
ordem de 88,9%, com maior concentração nas maturidades de 2 e 3 anos, enquanto as OT com
maturidades de 4 anos observaram uma diminuição de 7,1% do montante inicialmente previsto.

Evidencia-se ainda que as projecções de emissões reestruturadas registaram uma diferença de Kz


169.371,6 milhões, numa realização na ordem de 69,0% do programado revisto, sendo que as
preferências das OT tiveram como foco as maturidades de 2 e 4 anos.

Salienta-se que as OT-MN atingiram uma realização de Kz 424.431,8 milhões, incluindo as de


capitalização do BNA.

Constatação

O RTT de 2013 refere que as emissões de OT-MN totalizaram até Dezembro o montante de Kz
427.635,6 milhões, incluindo as destinadas a capitalização do BNA. Este valor comparado ao
constante do BPAE verifica-se uma diferença de Kz 3.203,8 milhões.

Recomendação

Conciliar os dados constantes dos relatórios do BPAE e RTT.

Bilhetes do Tesouro

Os BT são instrumentos financeiros de curto prazo de que se serve o Estado para financiar o
OGE.
O Decreto Presidencial n.º 19/13, de 16 de Abril, autorizou o Ministro das Finanças a recorrer a
Emissão de Títulos da Dívida Pública Directa para financiar o OGE. Foi estabelecido por
Decreto Executivo n.º 124/13, de 26 de Abril, a emissão de BT no limite de Kz 240.750,0
milhões.

Assim, com vista a assegurar a execução do OGE do último trimestre de 2013, estabeleceu-se
através do Decreto Executivo n.º 400/13, de 25 de Novembro, o aumento para Kz 306.370,4
milhões, conforme quadro a seguir:

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Quadro 77: BT por Maturidade


Projecção PAE Grau de
Maturidade Variação Realização Desvio
PAE- 2013 Revisto 2013 Realização
(Dias) ( %) (3) (4)
(1) (2) (%)
91 dias 36.112,5 63.753,9 76,5 62.541,3 -1.212,6 98,1
182 dias 69.817,5 70.547,4 1,0 67.512,7 -3.034,7 95,7
364 dias 134.820,0 172.069,1 27,6 175.670,6 3.601,5 102,1
Total 240.750,0 306.370,4 27,3 305.724,6 -645,8 99,8
Fonte: BPAE 2013 - UGD

Do quadro verificou-se que as emissões inicialmente autorizadas foram revistas numa proporção
para mais de 27,3%, cuja realização atingiu 99,8% do programado revisto, sendo as emissões
com maturidade de 364 dias, as que mais determinaram para tal resultado com uma execução de
102,1%.

Avales e Garantias

Os Avales e Garantias constituem uma forma indirecta de dívida pública, através dos quais o
Estado assume a responsabilidade de pagar a dívida do credor em caso de incumprimento.

Esta prerrogativa foi salvaguardada na alínea a) do artigo 5.º da Lei n.º 2/13, de 7 de Março.

Constatação

Foram concedidas garantias no montante de Kz 17.916,5 milhões, conforme quadro a seguir,


cujo registo contabilístico não ocorreu na conta específica 7.9.2.1.1 - Valores Garantidos
Concedidos em contrapartida a 8.9.2 – Garantias de Valores:

Quadro 78: Garantias Emitidas 2013


Solicitante Financiador Finalidade Montante
Down payment Projecto de Relançamento
Assola BAI do Complexo Fabril Africa Téxtil 6.590,0
Down payment Projecto de Relançamento
Mahina Yetu BAI do Complexo Fabril SATEC 10.857,5
Linhas de Créditos para MPME Standarrd Bank MPME 469,0
Total Emitido 17.916,5
Fonte: UGD

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Recomendação

Efectuar o registo das emissões de garantias na conta contabilística específica.

• Restos a Pagar

De acordo com os n.ºs 1 e 2 do artigo 38.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, são inscritos em
restos a pagar as despesas liquidadas no SIGFE e não pagas até ao encerramento do exercício
financeiro, após devidamente reconhecidas pela autoridade competente.

O quadro a seguir apresenta o resumo de restos a pagar por natureza económica de despesa, na
perspectiva dos montantes inscritos, pagos, cancelados e a pagar de 2012 a 2013.

Quadro 79: Restos a Pagar por Natureza Económica


2013 2012
Variação
Natureza (1) (2)
(1-2)/2*100
Inscrito Pago Cancelado A Pagar % Inscrito Pago Cancelado A Pagar %
Total de Restos a Pagar 480.813,3 0,0 0,0 480.813,3 100,0 36.242,2 24.499,6 0,0 11.742,6 100,0 1.226,7
1. Despesas Correntes 159.667,8 0,0 0,0 159.667,8 33,2 947,1 4.981,4 0,0 4.490,0 2,6 16.757,9
Despesas com o Pessoal Civil 61,9 0,0 0,0 61,9 0,0 145,4 40,5 0,0 104,9 0,4 -57,4
Despesas com o Pessoal Militar 431,9 0,0 0,0 431,9 0,1 3,3 0,0 0,0 3,3 0,0 13.086,1
Contribuições do Empregador 529,2 0,0 0,0 529,2 0,1 2,7 0,0 0,0 2,7 0,0 19.818,0
Despesas em Bens e Serviço 148.254,1 0,0 0,0 148.254,1 30,8 9.190,5 4.933,2 0,0 4.257,3 25,4 1.513,1
Bens 50.040,8 0,0 0,0 50.040,8 10,4 3.159,4 2.122,2 0,0 1.037,2 8,7 1.483,9
Serviços 98.213,4 0,0 0,0 98.213,4 20,4 6.031,1 2.811,0 0,0 3.220,1 16,6 1.528,4
Subsidio e T ransferência Corrente 10.390,7 0,0 0,0 10.390,7 2,2 21,3 7,7 0,0 13,6 0,1 48.778,1
Subsídios 10.366,2 0,0 0,0 10.366,2 2,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
T ransferencias Correntes 24,5 0,0 0,0 24,5 0,0 21,3 7,7 0,0 13,6 0,1 15,2
2. Despesas de Capital 321.145,6 0,0 0,0 321.145,6 66,8 19.430,6 12.222,6 0,0 7.208,1 53,6 1.552,8
Investimento 276.759,5 0,0 0,0 276.759,5 57,6 19.430,6 12.222,6 0,0 7.208,1 53,6 1.324,3
Aquisição de Bens de Capital fixo 276.728,6 0,0 0,0 276.728,6 57,6 19.430,6 12.222,6 0,0 7.208,1 53,6 1.324,2
Compra de Activos Intangíveis 30,9 0,0 0,0 30,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Despesas de Capital Financeiro 41.696,2 0,0 0,0 41.696,2 8,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Aplicação em Activos Financeiros 41.670,1 0,0 0,0 41.670,1 8,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Amortização da divida interna 26,1 0,0 0,0 26,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Despesas de Capital 2.689,8 0,0 0,0 2.689,8 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0
T ransf. para Outros Serviços Autonomos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Fonte: CGE 2013

No exercício de 2013 foram inscritos como despesas em RP de Kz 480.813,3 milhões,


representando um incremento de 1.226,7% comparado ao exercício anterior. Relativamente ao
montante inscrito, as despesas correntes tiveram um peso de 33,2%, e as de capital 66,8%.

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Em 2013 registou-se uma variação positiva da despesa na rubrica Subsídios e Transferências


Correntes de 48.778,1%, seguindo-se as Contribuições do Empregador com um crescimento de
19.818,0% e as Despesas com Pessoal Militar com 13.086,1%.

Realça-se a inscrição de despesas de Aplicação em Activos Financeiros em 2013, no montante


de Kz 41.670,1 milhões, bem como Outras Despesas de Capital no montante de Kz 2.689,8
milhões com participação de 0,6%, contrariamente ao exercício anterior que não observou
qualquer registo nesta rubrica.

O gráfico a seguir mostra os montantes inscritos, pagos, cancelados e os remanescentes em restos


a pagar nos últimos dois exercícios:

Gráfico 32: Demonstrativo de Restos a Pagar

600000

480.813,3 480.813,3
500000

400000
2012
300000 2013

200000

100000
36.242,2
24.499,6 11.742,6
0 0,0 0,0 0,0
Inscrito Pago Cancelado A pagar

O quadro a seguir demonstra o top 20 das 444 unidades identificadas em 2013 que inscreveram
despesas em restos a pagar, tendo a avaliação recaída sobre o grau de participação destes no
montante total inscrito.

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Quadro 80: As 20 Unidades com maior Inscrição em RP


Descrição Valor %
Ministério Da Construção 112.235,5 23,3
Operações Centrais Do Estado 69.645,5 14,5
Ministério Da Energia E Das Águas 32.948,2 6,9
Ministério Da Defesa Nacional 26.412,6 5,5
Ministério Dos Transportes 24.036,1 5,0
Estado Maior General 17.416,0 3,6
Instituto Nacional De Estatística 16.541,9 3,4
Ministério Do Comércio 14.643,1 3,0
Ministério Do Urbanismo E Habitação 7.298,1 1,5
Serviço Inteligência e Segurança Do Estado 6.328,0 1,3
Ministério Das Telecom e Tecnol.De Informação 5.563,2 1,2
Ministério Da Saúde 5.381,2 1,1
Governo Provincial Do Cuando-Cubango 5.267,8 1,1
Ministério Do Interior 5.195,8 1,1
Ministério Da Indústria 5.042,7 1,0
Gabinete De Obras Especiais 4.799,0 1,0
Governo Provincial Do Huambo 4.633,4 1,0
Governo Provincial De Cabinda 4.594,5 1,0
Ministério Da Geologia E Minas 4.491,7 0,9
Ministério Da Justiça E Dos Direitos Humanos 4.294,9 0,9
Outros 104.044,1 21,6
Total 480.813,3 100,0
Fonte: CGE

Observa-se no quadro que o MINCONS com um peso expressivo de 23,3% de participação e


montante de Kz 112.235,5 milhões, foi a que mais despesas inscreveu, seguindo-se as Operações
Centrais do Estado com Kz 69.645,4 milhões e peso de 14,5% do total, e o MINEA com
montante de Kz 32.948,2 milhões e participação de 6,9%.

No âmbito dos trabalhos preparatórios para a emissão do Parecer à Conta Geral do Estado, a
análise dos restos a pagar a nível das UO visitadas permitiu identificar diferenças entre os

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registos dos relatórios de restos a pagar nas UO e os constantes no SIGFE, conforme quadro a
seguir:

Quadro 81 : Diferença de Restos a Pagar nas UO e Inscritos no SIGFE


Valor inscrito no Relatório da
Descrição Diferença
SIGFE U.O
Ministério da Construção 49.801,6 37.988,5 11.813,1
Ministério da Energia e Água 32.948,1 32.914,8 33,3
Ministério dos Transporte 18.134,8 6.285,6 11.849,2
Ministério do Urbanismo e Habitação 7.298,1 4.911,9 2.386,2
Governo Provincial do Huambo 1.498,8 332,8 1.166,0
Ministério da Educação 3.625,1 2.715,1 910,0
Governo Provincial de Benguela 3.090,3 631,9 2.458,4
Governo Provincial do Bengo 1.731,2 1.731,2
Governo Provincial do Moxico 1.563,7 1.563,7
Total 119.691,7 85.780,6 33.911,1
Fonte: RRP das UO e SIGFE

Constatações

a) Verificou-se uma diferença entre o valor das RRP das UO e os registos do SIGFE, de Kz
33.911,1 milhões;

b) Os Governos Provinciais do Bengo e Moxico mesmo não tendo apresentado a RRP,


tiveram inscrições em restos a pagar no montante de Kz 3.294,9 milhões;

c) A diferença mais significativa registou-se no MINTRANS no montante de Kz 11.849,2


milhões;

d) Foi constatada a inscrição de RRP na categoria de despesas com Pessoal no montante de


Kz 1.023,0 milhões, contrariado o disposto no n.º 2, do artigo 8.º do Decreto Executivo
n.º 341/13 de 14 Outubro.

Recomendações

1. Compatibilizar as informações relativas a restos a pagar nos registos do SIGFE e das UO;

2. Observar as disposições legais relativas às instruções de encerramento dos exercícios.

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• Património Líquido

O Património Líquido, no valor de Kz 8.502.008,5 milhões, é formado pelo Resultado do


exercício de 2013, que corresponde a Kz 84.967,1 milhões, com decréscimo de 95,3% em
relação ao exercício anterior, e Kz 8.417.041,4 milhões de resultados acumulados de exercícios
anteriores.

• Avaliação dos Procedimentos de Encerramento do Exercício

Em sede da avaliação dos dados da CGE, o TC efectuou a verificação em algumas Unidades,


sobre os procedimentos de encerramento do exercício de 2013, estabelecidos no Decreto
Executivo do MINFIN n.º 341/13, de 14 de Outubro.

Constatações

a) Verificou-se a concessão de CA especiais após 29/11/2013, no montante de Kz 2.399,9


milhões, contrariando o disposto no artigo 2.º do Decreto, conforme quadro a seguir:

Quadro 82: CA Especiais após 29/11/2013


N.º Unidade Orçamental Quantidade de CA Valor Global
1 GP- HUILA 17 2.365,4
2 MED 3 28,6
3 MINSA 2 4,8
4 MINEA 4 1,1
Total 2.399,9
Fonte: SIGFE

b) Verificou-se a concessão de QF após 10/12/2013, no montante de Kz 449,2 milhões,


contrariando o disposto no artigo 3.º do Decreto, conforme quadro a seguir:

Quadro 83: QF após 10/12/2013


N.º Unidade Orçamental Quantidade de QF Valor Global
1 GP - MOXICO 5 449,2

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Total 449,2
Fonte: SIGFE

c) Foram emitidas NCB no montante de Kz 453.664,6 milhões, após 13/12/2013,


contrariando o artigo 4.º do Decreto, conforme quadro a seguir:

Quadro 84: NCB após 13/12/2013


N.º Unidade Orçamental Quantidade de NCB Valor Global
1 MINTRANS 48 225.484,1
2 MINCONS 125 102.380,3
3 MINUHA 183 94.285,8
4 MINEA 64 29840,0
5 MED 41 1.045,2
6 GP-BENGO 1 594,9
7 GP- UÍGE 2 32,7
8 GP- BENGUELA 1 0,6
Total 453.664,6
Fonte: SIGFE

d) Foram emitidos reforços de cabimentação após 13/12/2013, no montante de Kz 12.499,1


milhões, contrariando o artigo 4.º do Decreto, conforme quadro a seguir:

Quadro 85: Reforços de Cabimentação após 13/12/2013


N.º Unidade Orçamental Quantidade de CR Valor Global
1 MINTRANS 4 12.496,7
2 GP- BENGO 1 2,4
Total 12.499,1
Fonte: SIGFE

e) Foram emitidas NLQ após 17/12/2013, no montante de Kz 30.374,0 milhões,


contrariando o disposto no artigo 5.º do Decreto, conforme quadro a seguir:

Quadro 86: NLQ após 17/12/2013


N.º Unidade Orçamental Quantidade de NLQ Valor Global
1 MINEA 47 22.861,2
2 MINTRANS 2 4.830,0
3 MINCONS 6 2.077,5
4 GP- BENGO 1 597,3
5 MINUHA 1 8,0

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Total 30.374,0
Fonte: SIGFE

f) Foram emitidas OS após 20/12/2013, no montante de Kz 34.137,8 milhões, contrariando


o disposto no artigo 6.º do Decreto, conforme quadro a seguir:

Quadro 87: OS após 20/12/2013


N.º Unidade Orçamental Quantidade de OS Valor Global
1 MINTRANS 27 32.341,6
2 MINEA 7 1.473,0
3 GP-BENGUELA 132 260,8
4 GP- UÍGE 59 58,0
5 GP- HUILA 14 4,4
Total 34.137,8
Fonte: SIGFE

Recomendação

Cumprir as datas estabelecidas nas instruções de encerramento.

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3.7 Execução do Orçamento da Segurança Social

No Relatório de Encerramento do Exercício Financeiro de 2013, apresentado pelo INSS,


verificou-se uma expansão em termos de prestação de serviços de segurança social,
consubstanciada nos seguintes parâmetros:
• Instalação de novas tecnologias de informação e comunicação, permitindo a ligação com
todos os serviços a nível do país;
• Reabilitação e ampliação dos serviços municipais de Segurança Social;
• Construção de Serviços Integrados de Segurança Social, empreendedorismos e serviços
de emprego em 7 (sete) municípios.

Com este incremento, foram criados novos postos de trabalho para 40 (quarenta) candidatos
residentes nos municípios cujos novos serviços foram implementados.

3.7.1 Análise dos Dados dos Segurados, Contribuintes e Pensionistas

A evolução da quantidade de segurados, contribuintes e pensionistas pode ser apreciada no


quadro e gráfico a seguir:

Quadro 88: Contribuintes, Segurados e Pensionistas


Números Variação
Designação Diferença
Ano 2013 Ano 2012 %
Segurados 1.164.377 1.063.766 100.611 9,0
Pensionistas 93.909 102.281 -8.372 -8,0

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Contribuintes 79.285 45.273 34.012 75,0


Fonte: Relatório de Encerramento do Exercício Financeiro de 2013 do INSS

Gráfico 33: Contribuintes, Segurados e Pensionistas

Verificou-se um aumento no número de contribuintes e segurados em cerca de 75,0% e 9,0 %,


respectivamente. Em relação aos pensionistas, registou-se uma diminuição de 8,0% em virtude
da suspensão do pagamento a alguns deles por falta de prova de vida.

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3.7.2 - Análise da Execução da Receita e Despesa

O quadro e gráfico a seguir espelham a evolução da receita arrecadada e despesa realizada:

Quadro 89: Demonstração Comparativa da Composição da Receita e Despesa


Variação
Designação 2013 Peso (%) 2012
(%)
Receitas Correntes 145.038,8 100,0 138.092,0 5,0
Receitas Operacionais 121.101,0 83,5 106.862,3 13,3
Receitas Correntes Diversas 23.758,3 16,4 31.229,7 -23,9
Receitas de Capital 179,5 0,1 0,0 100,0
Despesas Correntes 73.520,5 100,0 57.228,2 28,5
Despesas com Protecção Social 64.192,3 87,3 49.451,4 29,8
Despesas com Adm. Corrente 1.674,0 2,3 1.382,3 21,1
Despesas com Adm. Em Bens e Serv. 7.654,2 10,4 6.394,5 19,7
Resultado 71.518,3 80.863,8 -11,6
Fonte: Relatório de Encerramento do Exercício Financeiro de 2013 do INSS

O acréscimo no número de contribuintes e segurados reflectiu num aumento das receitas


operacionais de 13,3%.

Gráfico 34: Comparação de Receitas Operacionais e Despesas com Protecção Social 2013 e 2012

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Constatação
Observou-se que apesar da diminuição no número dos pensionistas, a despesa com a protecção
social sofreu uma variação de 29,8% não comentada nas notas técnicas, constituído
maioritariamente pela pensão de reforma por velhice, que ocupou 86,5% do total da rubrica.

Recomendação
Evidenciar nas notas técnicas das contas da Demonstração de Resultados, explicando as razões
das variações relevantes ocorridas nas rubricas.

• Receitas Correntes

As receitas correntes arrecadadas pelo INSS no valor de Kz 145.038,8 milhões registaram um


incremento de cerca de 5,0% em relação ao ano transacto. As receitas Operacionais
representaram 83,5% e as receitas correntes diversas com 16,4% do total.

Constatação
Verificou-se a existência de contribuintes por conta própria, porém, a correspondente conta de
arrecadação de receitas 4.1.1.1.1.04 – Trabalhadores por Conta Própria apresenta saldo nulo.

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Recomendação
Adoptar mecanismos com vista a arrecadação das contribuições dos trabalhadores por conta
própria, cuja receita não foi evidenciada na correspondente conta das Demonstrações
Financeiras.

• Despesas Correntes

As despesas correntes no valor de Kz 73.520,5 milhões aumentaram 28,5% em relação ao ano


anterior, influenciadas pelas Despesas com Protecção Social que representaram 29,8% do total
executado, apesar de o número de pensionistas ter diminuído.

• Resultado

No período em análise, verificou-se que o resultado foi positivo (superavit) no montante de Kz


71.518,3 milhões, tendo reduzido em 11,6% em relação ao exercício anterior.

O gráfico a seguir demonstra o comportamento das receitas, despesas e resultado:

Gráfico 35: Comportamento das Receitas, Despesas e Resultado

2012 2013
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• Comparação de dados do INSS com os registos do SIGFE

A análise dos dados do INSS comparados com os do SIGFE permitiu elaborar o quadro e o
gráfico a seguir:

Quadro 90: Comparação dos registos do SIGFE com os do INSS


Designação SIGFE INSS Diferença
Receitas Correntes 145.040,7 145.038,8 1,9
Despesas Correntes 73.430,0 73.520,5 -90,5
Fonte: Relatório de Encerramento do Exercício Financeiro de 2013 e SIGFE

Gráfico 36: Comparação dos Registos do SIGFE com os do INSS

Diferença 1,9

Constatação
Do confronto entre os dados constantes do Relatório de Encerramento do Exercício Financeiro
de 2013 apresentado pelo INSS e dos registos extraídos do SIGFE do mesmo exercício,
verificou-se uma divergência entre os registos contabilísticos da receita e despesa realizadas.

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Recomendação
Compatibilizar a contabilização de dados futuros de realização da receita e da despesa do INSS
com o SIGFE;

3.7.3 - Análise da Execução Orçamental


O orçamento consignado ao INSS, no âmbito da Lei n.º 2/13, de 7 de Março, estimou receitas e
fixou despesas no montante de Kz 72.657,5 milhões.

Foi possível observar que a execução da despesa registada no SIGFE foi de 100,0% e a da
Receita de 203,7% conforme se demonstra a seguir:

Quadro 91: Grau de Execução do Orçamento


Grau de
Designação Orçamentada Executada Excesso
Execução (%)
Receitas 71.217,7 145.040,7 -73.823,0 203,7
Despesas 73.430,0 73.430,0 0,0 100,0
Fonte: SIGFE

Constatação

Na Demonstração da Composição do Activo, constante do Relatório de Encerramento do


Exercício Financeiro de 2013, está registado na rubrica 5.1.2 - Realizável a Longo Prazo - OGE -
Transferência a Receber, no valor de Kz 3.298,4 milhões, constituído inicialmente em 2003 e
acumulando desde então, com um incremento de 9,6% em relação ao saldo de 2012.

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Este valor é relativo às pensões por invalidez pagos pelo INSS provenientes do MINFIN, de
acordo com o processo de Lusaka, através da Resolução n.º 11/96, do Conselho de Ministros.

De acordo com as informações do INSS, o referido valor foi inicialmente pago com
transferências do OGE feitas pelo MINFIN que posteriormente deixou de fazê-los, momento em
que o INSS continuou os pagamentos com recursos próprios, constituindo em contrapartida as
correspondentes provisões.

Apesar de o Relatório de Encerramento do Exercício Financeiro de 2013 do INSS afirmar que o


MINFIN deve pagar o referido valor, não foi apresentado nenhum documento que prova tal
obrigação. Outrossim, o INSS não evidenciou nenhuma acção de cobrança da respectiva dívida
que suscitasse do MINFIN o pronunciamento oficial a respeito do débito.

Recomendação

Obter do MINFIN o pronunciamento oficial a respeito do débito.

Constatação

As notas técnicas das contas do balanço de 31/12/2013 no que tange ao disponível em moeda
estrangeira, não fazem referência a taxa de câmbio utilizada para conversão dos saldos em
Kwanzas, informando apenas o total do contravalor.

Recomendação
Evidenciar com maior clareza nas notas técnicas das contas do balanço, indicando em relação às
moedas que compõem os saldos das contas bancárias em moeda estrangeira o saldo na respectiva
moeda, a taxa de câmbio adoptada e o correspondente contravalor em Kwanzas.

Constatação

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Verificou-se a existência da conta contabilística 1.1.1.1.3.99 – Bancos Conta de Aplicações e


Depósitos em Curso – Kz, com saldo agregado de Kz 40.646,2 milhões, que representa 42,2% do
total do respectivo grupo, não detalhando os bancos que compõem o referido saldo.

Recomendação
Espelhar de forma detalhada nessa conta os bancos que compõem o seu saldo, para maior
transparência e atender os princípios universais de contabilidade que orientam a escrituração dos
débitos e créditos com individualização do devedor e credor e especificação da natureza e valor.

• Investimentos

Imóveis

Constatação

O INSS celebrou contratos de empreitadas, tendo desembolsado o montante de Kz 282,2 milhões


referente à uma amostra tomada para análise e registados na conta contabilística 3.1.1.2.1.99 –
Políticas Activas de Emprego, que apresentou um saldo de Kz 1.028,2 milhões.

Ressalta-se que os bens objecto da contratação, já concluídos, não constam do inventário


patrimonial da entidade, conforme quadro a seguir

Quadro 92: Pavilhões Ocupacionais

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N.º Empresa Objecto Data Prazo Valor USD


1 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de marcenaria - Malanje 22-05-2013 5 meses 545,676.8
2 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Malanje 22-05-2013 5 meses 559,935.5
3 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina auto - Malanje 22-05-2013 5 meses 634,496.6
4 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina auto - Cabinda 22-05-2013 5 meses 634,496.6
5 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Cabinda 22-05-2013 5 meses 559,935.5
6 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de marcenaria - Cabinda 22-05-2013 5 meses 545,676.8
7 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina auto - Bengo 16-08-2013 8 meses 1,524,503.7
8 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Benguela 17-06-2013 5 meses 559,935.5
9 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de marcenaria - Benguela 17-06-2013 5 meses 545,676.8
10 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - K, Kiaxi /Luanda 24-06-2013 5 meses 794,113.2
11 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Cacuaco/Luanda 22-08-2013 5 meses 2,931,595.7
12 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Kamuxiba/Luanda 22-10-2013 5 meses 691,518.0
13 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Zango/Luanda 01-10-2013 5 meses 837,427.5
14 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Lunda Sul 27-11-2013 8 meses 1,125,670.5
15 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes e auto - Cidade do Kilamba/Luanda 22-11-2013 8 meses 2,889,190.7
16 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de auto - Cidade do Kilamba/Luanda 06-12-2013 8 meses 1,205,034.4
17 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Cidade do Kilamba/Luanda 06-12-2013 8 meses 1,684,155.3
Total 18,269,039.1
Fonte: INSS

De realçar que a conta referida anteriormente integra a estrutura de custos do plano de contas,
quando na realidade estamos em presença de formação bruta de capital fixo.

Mediante os PCGA, seriam registados em imobilizado em curso, para os que estão em


construção, e em imobilizações corpóreas para os concluídos.

Recomendações
1. Observar os PCGA relativos a classificação contabilística dos imobilizados;
2. Inventariar os bens patrimoniais objecto da contratação.

Móveis

Constatação

Das 28 viaturas adquiridas em 2013, no valor de Kz 156,7 milhões, 23 no montante de Kz 107,6


milhões não se encontram registadas no inventário patrimonial.

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Recomendação

Inventariar as 23 viaturas restantes da aquisição realizada no exercício.

Constatação
Verificou-se que foram celebrados contratos de empreitada sem a devida remessa ao TC para
efeito de visto prévio. Outrossim, a letra dos contratos não faz menção do contravalor em
Kwanzas, conforme quadro a seguir:

Quadro 93: Contratos não submetidos ao visto prévio do TC


N.º Empresa Objecto Data Prazo Valor USD
1 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina auto - Bengo 16-08-2013 8 meses 1,524,503.7
2 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Cacuaco/Luanda 22-08-2013 5 meses 2,931,595.7
3 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Lunda Sul 27-11-2013 8 meses 1,125,670.5
Construção de uma oficina de artes e auto - Cidade do
4 China Jiangsu Internacional 22-11-2013 8 meses 2,889,190.7
Kilamba/Luanda
5 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de auto - Cidade do Kilamba/Luanda 06-12-2013 8 meses 1,205,034.4
6 China Jiangsu Internacional Construção de uma oficina de artes - Cidade do Kilamba/Luanda 06-12-2013 8 meses 1,684,155.3
7 INVESTE Grupo Prestaçao de Serviços - Atelier dos Sonhos 03-06-2008 24 meses 66,589,000.0

Elaboração do projecto de arquitectura e contrução do


8 INVESTE Grupo 31-08-2011 24 meses 61,891,170.0
empreendimento imobiliário - Kings Tower
9 China Jiangsu Internacional Construção do edifício sede do INSS 19-02-2010 27 meses 49,990,458.7
Total 189,830,779.0
Fonte: INSS

Recomendações
1. Submeter de forma regular os contratos sujeitos ao visto prévio do TC conforme a
LOPTC e a Lei Anual do OGE;

2. Observar o disposto no Decreto 320/11, de 30 de Dezembro e na Lei Anual do


Orçamento, no que tange aos contratos celebrados em moeda estrangeira.

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• Parecer do Conselho Fiscal

Constatações

Não foram implementadas as recomendações contidas no parecer do Conselho Fiscal do


INSS do exercício de 2012, e reiteradas no Relatório de Encerramento do Exercício
Financeiro de 2013, com destaque nas 4ª e 5ª recomendações, cujo teor é reforçado pelo
TC, conforme transcrito a seguir:

“4. Em face do Resultado positivo do Exercício, apela-se mais uma vez, à semelhança
dos pareceres emitidos anteriormente, que o Conselho Fiscal não vê qualquer
inconveniência para que as contas do Instituto sejam auditadas por auditores
independentes.”

“ 5. O Conselho Fiscal, não pode deixar de sublinhar um aspecto de relevância


contabilística que continua a merecer a devida reflexão:

- A não actualização do fundo de constituição do Instituto;”

Recomendação
Cumprir as recomendações do Conselho Fiscal que integram o Relatório de Encerramento do
Exercício Financeiro de 2013.

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4. Conclusão

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4. Conclusão

O Parecer que o TC emite sobre a CGE do exercício financeiro de 2013, é o terceiro na história
do Tribunal.

Apesar de ter havido uma evolução na cooperação das entidades, notou-se ainda a resistência de
alguns órgãos no que tange a disponibilização das informações e documentos solicitados, não
obstante as disposições do artigo 18.º da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho, imporem o dever de
cooperação a todas Instituições públicas e privadas.

Às entidades que não cooperaram, em devido tempo, o TC poderá assacar responsabilidades nos
termos das alíneas e), f) e g) do n.º 1 e n.ºs 2 e 3, todos do artigo 29.º da Lei n.º 13/10, de 09 de
Julho.

A análise foi realizada com base nas visitas efectuadas aos órgãos e entidades ao nível Central e
Local, documentos apresentados pelos gestores, consultas online ao SIGFE, relatórios de
execução e Demonstrações Financeiras contidas na CGE, bem como nos dados constantes dos
Relatórios de auditorias realizadas pelo TC e na base de dados do SIGTC.

É de referir que a elaboração da CGE, mesmo não contendo ainda todos os elementos
necessários para a sua elaboração, é um exercício que irá paulatinamente permitir que as futuras
Contas sejam apresentadas nos termos prescritos na lei, como é costume nos Países com tradição
em matéria de apresentação da CGE.

O Parecer de 2013 que, de acordo com a legislação, deve ser enviado à AN, foram formuladas 50
recomendações, sob forma de propostas de medidas a adoptar para melhorar a gestão económica,
financeira e patrimonial dos recursos do OGE e do sector público em geral.

Das recomendações formuladas, 22 foram dirigidas ao MINFIN; 12 ao INSS, 12 ao MPDT, 3 ao


ISEP e 1 às UO no Exterior.

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O Parecer emitido pelo TC, também incorpora um carácter pedagógico, através das
recomendações formuladas que visam alcançar, dentre outros, os seguintes objectivos:

• Contribuir para a transparência da gestão do Erário Público;


• Despertar a consciência dos gestores para o cabal cumprimento das regras da execução
orçamental;
• Fornecer dados e indicadores para o melhor exercício do controlo social;
• Avaliar o desempenho da gestão pública em seus aspectos estruturantes;
• Fomentar o desenvolvimento da gestão pública.

Por fim, o Parecer constitui ainda, um instrumento fundamental no processo democrático e de


Prestação de Contas do Executivo, bem como da garantia da transparência e da boa governação.

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5. Parecer

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5. Parecer

O TRIBUNAL DE CONTAS, como órgão supremo de fiscalização da legalidade das finanças


públicas e do julgamento das contas que a lei sujeitar a sua jurisdição, nos termos do n.º 1 do
artigo 182.º da Constituição da República de Angola, combinado com a alínea a) do artigo 6.º e
os artigos 7.º e 60.º, todos da Lei n.º 13/10, de 9 de Julho;

CONSIDERANDO, que a Conta Geral do Estado referente ao exercício financeiro de 2013 foi
apresentada pelo Presidente da República à Assembleia Nacional;

TENDO EM CONTA que a Assembleia Nacional solicitou nos termos da alínea b) do artigo
162.º da Constituição da República, combinado com os n.ºs 1 e 2 do artigo 63.º da Lei n.º 15/10,
de 14 de Julho, o Parecer do Tribunal de Contas sobre a referida Conta Geral do Estado;

ATENDENDO que a Conta Geral do Estado compreende as contas de todos os órgãos


integrados no Orçamento Geral do Estado, conforme o disposto no n.º 1 do artigo 58.º
combinado com o artigo 5.º, ambos da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho;

CONSTATANDO que a Conta Geral do Estado evidencia os resultados nos Balanços


Orçamental, Financeiro e Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais
acompanhados das respectivas notas explicativas e dos demais elementos, conforme o previsto
nos n.ºs 2 e 3 do artigo 58.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho;

CONSIDERANDO que a análise técnica sobre a Conta Geral do Estado referente ao exercício
financeiro de 2013, bem como a emissão deste Parecer, não prejudica a apreciação posterior das
contas e responsabilização dos gestores públicos pelo Tribunal de Contas, conforme o disposto

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nos artigos 3.º e 20.º dos Decretos n.º 39/09 e Presidencial n.º 320/11, de 17 de Agosto e 30 de
Dezembro, respectivamente, combinados com os artigos 29.º n.º 1 e 30.º n.º 1, ambos da Lei n.º
13/10, de 09 de Julho;

É DE PARECER que a Conta Geral do Estado referente ao exercício financeiro de 2013 está
em condições de ser aprovada pela Assembleia Nacional, com as recomendações constantes no
ANEXO I.

TRIBUNAL DE CONTAS DE ANGOLA, em Luanda aos XX Janeiro de 2015.

O Juiz Conselheiro Relator

Evaristo Quemba

O Juiz Conselheiro Relator Adjunto

Gilberto de Faria Magalhães

6. Recomendações–Anexo 1
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6. Recomendações – Anexo 1

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