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Tribunal de Contas
ÍNDICE GERAL
ÍNDICE DE QUADROS ............................................................................................................. 3
ÍNDICE DE GRÁFICOS ............................................................................................................ 4
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5
2. ECONOMIA MUNDIAL E DE ANGOLA ....................................................................... 7
3. SISTEMA CONTABILÍSTICO DO ESTADO - SCE ..................................................... 9
4. DESENVOLVIMENTO DO PARECER ........................................................................ 11
4.1 - Avaliação do Desempenho Financeiro e Patrimonial .................................................... 11
4.1.1 -Balanço Financeiro ....................................................................................................... 11
4.1.2 - Balanço Patrimonial ..................................................................................................... 12
4.2 – Análise das Receitas ......................................................................................................... 16
4.2.1 Análise da Receita por Natureza .................................................................................... 17
4.2.2 Análise da Receita por Estrutura Central, Província e Exterior ..................................... 23
4.3 - Análise dos Fluxos de Financiamento ao Sector Empresarial Público ........................ 28
4.4 – Análise das Despesas .................................................................................................. 30
4.4.1 - Execução da Despesa por Função e Sub-Função ......................................................... 33
4.4.2. - Execução das Despesas das Missões Diplomáticas, Consulados e Representações
Comerciais............................................................................................................................... 36
4.4.3. - Execução das Despesas por Órgãos Centrais .............................................................. 38
4.4.4. - Execução das Despesas por Órgãos Locais ................................................................ 39
4.5 - Programa de Investimento Público/PIP .......................................................................... 41
4.5.1 - Execução financeira dos projectos da Administração Central ..................................... 41
4.5.2. - Execução financeira dos projectos do PIP da Administração Local ........................... 45
4.5.3 - Execução financeira dos projectos do PIP por Sector/Função ..................................... 48
4.6 - Dívida Pública ................................................................................................................... 50
4.6.1. - Serviço da Dívida........................................................................................................ 52
4.6.2 - Restos a Pagar .............................................................................................................. 53
4.7 – Operações de Tesouraria ................................................................................................. 55
4.8 – Património ........................................................................................................................ 57
4.9 - Segurança Social ............................................................................................................... 58
4.9.1 – Análise dos dados dos Segurados, Contribuintes e Pensionistas ................................ 58
4.9.2. - Análise das Receitas e Despesas ................................................................................. 60
4.9.3 - Análise da Execução Orçamental ................................................................................ 61
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 64
6. PARECER ......................................................................................................................... 66
Índice de Quadros
Quadro 1 – Comportamento do Produto Mundial (Taxa de Crescimento Real e Percentagem) ... 7
Quadro 2 - Comportamento do Produto Nacional Bruto 2009 - 2012 .......................................... 8
Quadro 3 - Resultado Financeiro de 2012 ................................................................................... 12
Quadro 4 - Balanço Patrimonial – Activo ................................................................................... 12
Quadro 5 - Empréstimos e Financiamentos a Instituições e Agentes Devedores ....................... 13
Quadro 6 - Balanço Patrimonial – Passivo.................................................................................. 14
Quadro 7 - Segregação da Dívida ............................................................................................... 15
Quadro 8 - Dívida Interna e Externa a Curto Prazo .................................................................... 15
Quadro 9 - Dívida Interna e Externa a Longo Prazo ................................................................... 15
Quadro 10 - Receitas Orçamentais .............................................................................................. 18
Quadro 11 - Receitas Petrolíferas................................................................................................ 20
Quadro 12 - Receitas Diamantíferas ........................................................................................... 21
Quadro 13 - Receitas de Financiamentos e Outras Receitas de Capital ...................................... 22
Quadro 14 - Receitas por Estrutura Central, Província e Exterior .............................................. 23
Quadro 15 - Comparativo das Receitas por Estrutura Central, Província e Exterior ................. 24
Quadro 16 - Receitas Previstas e não Arrecadadas ..................................................................... 26
Quadro 17 - Diferenças entre o relatório do ISEP e o SIGFE ..................................................... 28
Quadro 18 - Valores Arrecadados e Aplicação das Receitas ...................................................... 28
Quadro 19 - Execução da Despesa Por Natureza (Despesa Orçamentada x Realizada) ............. 31
Quadro 20 – Execução da Despesa por Função e Subfunção ..................................................... 33
Quadro 21 - Execução da despesa por Missões Diplomáticas, Consulados, Representações
Comerciais por Unidades Orçamentais ....................................................................................... 36
Quadro 22 - Execução da despesa Por Órgãos Centrais ............................................................. 38
Quadro 23 - Execução da despesa por Órgãos Locais ................................................................ 39
Quadro 24 – Comparação do PIP dos Órgãos Centrais............................................................... 41
Quadro 25 – Comparação do PIP do MINFIN e MINPLAN ...................................................... 43
Quadro 26 - Comparação do PIP dos Órgãos Locais .................................................................. 45
Quadro 27 – Comparação do PIP entre MINFIN e MINPLAN a Nível Local ........................... 47
Quadro 28 – PIP a Nível Sectorial .............................................................................................. 48
Quadro 29 - Receitas de Financiamento...................................................................................... 50
Quadro 30 – Stock da Dívida Pública ......................................................................................... 51
Quadro 31 – Serviço da Dívida ................................................................................................... 52
Quadro 32 - Demonstrativos de Restos a Pagar .......................................................................... 53
Quadro 33 – Contribuintes, Segurados e Pensionistas ................................................................ 58
Quadro 34 - – Comparação de Receitas e Despesas 2012 e 2011 ............................................... 59
Quadro 35 - Demonstração Comparativa da Composição das Receitas e Despesas ................... 60
Quadro 36 - Comparação dos registos do SIGFE com os do INSS em 2012 ............................. 61
Quadro 37 – Comparação da Despesa Orçamentada do SIGFE e OGE ..................................... 62
Quadro 38 - Grau de execução do Orçamento – SIGFE ............................................................. 62
Índice de Gráficos
Gráfico 1 - Comparação da Inflação Prevista e Real do ano de 2012 ........................................... 9
Gráfico 2 - Receitas Orçamentais................................................................................................ 19
Gráfico 3 - Receitas Petrolíferas ................................................................................................. 20
Gráfico 4 - Receitas Diamantíferas ............................................................................................. 21
Gráfico 5 - Comparativo das Receitas de Financiamentos .......................................................... 22
Gráfico 6 - Comparativo das Receitas por Estrutura Central, Província e Exterior .................... 26
Gráfico 7 – Comparação das Despesas Realizadas 2012 - 2011 ................................................. 32
Gráfico 8 - Despesa Orçamentada e Liquidada Por Órgãos Centrais ......................................... 40
Gráfico 9 – Peso do PIP a Nível Central ..................................................................................... 42
Gráfico 10 – Comparação do PIP do MINFIN e MINPLAN ...................................................... 44
Gráfico 11 – Comparação do PIP a Nível Local ......................................................................... 46
Gráfico 12 – Variação do PIP a Nível Local ............................................................................... 46
Gráfico 13 – Comparação do PIP do MINFIN e MINPLAN ...................................................... 48
Gráfico 14 – Peso do PIP a Nível Sectorial................................................................................. 49
Gráfico 15 – PIP por Sector ........................................................................................................ 49
Gráfico 16 – Serviço da Dívida Interna....................................................................................... 52
Gráfico 17 - Serviço da Dívida Externa ...................................................................................... 53
Gráfico 18 – Restos a Pagar ........................................................................................................ 54
Gráfico 19 - Contribuintes, Segurados e Pensionistas ................................................................ 59
Gráfico 20 – Comparação de Receitas e Despesas 2012 e 2011 ................................................. 59
Gráfico 21 - Demonstração Comparativa da Composição das Receitas e Despesas................... 60
Gráfico 22 – Comparação dos Registos do SIGFE com os do INSS em 2012 ........................... 61
Gráfico 23 - Comparação da Despesa Orçamentada do SIGFE e OGE ...................................... 62
1. Introdução
A Constituição da República de Angola, no n.º 4 do artigo 104, determina que «a
execução do Orçamento Geral do Estado obedece ao princípio da transparência e da
Boa governação e é fiscalizada pela Assembleia Nacional e pelo Tribunal de Contas em
condições definidas por lei…». Determina, ainda, a alínea b) da Constituição que
compete a Assembleia Nacional, «receber e analisar a Conta Geral do Estado e de
outras instituições públicas que a lei obrigar, podendo as mesmas serem
acompanhadas do relatório e parecer do Tribunal de Contas…»
Pela segunda vez, o Tribunal de Contas é chamado a desempenhar esta nobre missão
constitucional, que se funda no exercício da sua competência estabelecida no Art.º 7.º
da Lei 13/10 de 9 de Julho.
Ao emitir o Parecer sobre a Conta Geral do Estado, o Tribunal subsidia por um lado a
Assembleia Nacional com uma análise técnica competente, profunda e sustentada sobre
um instrumento indispensável na avaliação da transparência e boa governação com que
deve ser executado o Orçamento Geral do Estado e por outro, permite que a sociedade
possa ter um conhecimento da actividade governativa que é desenvolvida pelo Poder
Executivo, quer pela abrangência da análise, quer pela amplitude dos entes que
convergem para esta nobre tarefa de satisfação do interesse colectivo.
Realça-se que a emissão deste Parecer contou com um universo maior de informação
em relação a 2011, sustentada em elementos de consulta a que o Tribunal teve acesso
comparativamente ao seu primeiro exercício e com um prazo de análise maior, embora
ainda insuficiente.
Nesse sentido, nos termos do artigo 7.º da Lei 13/10 de 9 de Julho, o Tribunal de Contas
elaborou o presente Parecer, onde foram formuladas recomendações e propostas
medidas visando assegurar a observância dos princípios da legalidade, eficiência,
economicidade, objectivando a melhoria da gestão dos recursos do Estado.
O presente Parecer conta com quatro partes essenciais, (I) Introdução, (II) Sistema
Contabilístico do Estado que permite uma visão rápida do nosso sistema contabilístico,
(III) Desempenho das Finanças Públicas na sua envolvente económico-financeira
mundial e nacional de 2012 para melhor compreensão dos elementos descritivos, uma
breve análise do sector real da economia, o comportamento da inflação, o balanço
orçamental, financeiro e patrimonial de 2012 e a (IV) Conclusão, Recomendações e
Parecer.
Comércio Internacional
Nos dois últimos anos (2010 e 2011) os níveis de crescimento do produto mundial em
grande parte deveu-se ao aumento do comércio mundial, nas economias asiáticas
principalmente aquelas com grandes investimentos na indústria manufactureira foram as
que mais impulsionaram o aumento das trocas mundiais. No entanto, os termos de
trocas continuaram muito favoráveis para algumas economias emergentes, limitando o
enfraquecimento das suas contas correntes em resposta à forte procura interna.
Economia Nacional
Registou-se uma evolução positiva de algumas variáveis macroeconómicas nos últimos
dois anos, tendo sido possível implementar as regras de execução orçamental de forma a
tornar a execução da despesa mais eficiente e realizaram-se os pagamentos dos
atrasados acumulados durante os anos de 2008 e 2009. Também foi possível manter
reduzidos os níveis de inflação e acumularam-se as reservas internacionais aos níveis
anteriores da crise económica e financeira.
Sector Real
Em 2012 a evolução da economia angolana foi positiva, demonstrando que a mesma se
encontrava já recuperada do ajustamento económico causado pela crise financeira de
2009, conforme o quadro a seguir:
Quadro 2 - Comportamento do Produto Nacional Bruto 2009 - 2012
Projecções
Indicadores 2009
2010 2011 2012
1.Taxas de Crescimento (%)
PIB 2,9 3,4 1,7 12,8
PIB Petróleo -5,1 -3 -8,8 13,4
PIB não Petrolífero 8,31 7,8 8,1 12,5
Diamante 4,6 -10,3 -1,7 10,1
Construção 23,8 16,1 6,1 7,5
2.Produção M édia do Petróleo (mil barris/dia) 1 809,00 1 755,00 1 601,10 1 842,50
3.Produção Anual de Diamantes (mill quilates) 9 320 8 360 8 301 11,364
4.Preço de Petróleo (USD/barril) 60,9 77,9 104 77
5.Preço de Diamante (quilates) 79,6
6.PIB a preços correntes (milhões de usd) 5 988,70 7 579,50 9 307 9 844,50
Fonte: Lei do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico 2012 e Relatório do MINPLAN
Inflação
Fonte: Lei do Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico 2012 e Conta Geral do Estado 2012
Para ano de 2012, a execução da política monetária teve como princípio a adequação da
oferta monetária aos objectivos da estabilidade dos preços, do equilíbrio do mercado
cambial e das contas externas do país.
A Conta Geral do Estado referente a 2012 teve como base os registos contabilísticos
efectuados no Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado – SIGFE.
O padrão dos registos é acautelado através dos eventos contabilísticos, que automatizam
os lançamentos de cada acto e facto administrativo, assegurando que todas as contas a
serem utilizadas para representar a natureza de tais actos e factos sejam efectivamente
contempladas nos registos efectuados pelos diversos executores habilitados no Sistema.
Patrimonial – situação dos bens, direitos e obrigações, com indicação dos elementos
necessários à identificação individualizada dos bens patrimoniais, bem como dos
devedores e credores.
O SIGFE está inserido no contexto do Regulamento do Sistema Contabilístico do
Estado, aprovado pelo Decreto n.º 36/09, de 12 de Agosto, que estabelece os parâmetros
dos serviços de contabilidade pública apoiados por um Plano de Contas unificado que
contempla o método das partidas dobradas na Contabilidade Pública, exigido na referida
Lei Quadro do OGE.
4. Desenvolvimento do Parecer
4.1 - Avaliação do Desempenho Financeiro e Patrimonial
4.1.1 -Balanço Financeiro
O Balanço Financeiro, nos termos do Artigo n.º 60.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho,
demonstra a receita e a despesa orçamental, bem como os pagamentos e recebimentos
de natureza extra-orçamental, conjugados com os saldos em espécie provenientes do
exercício anterior e os que se transferem para o exercício seguinte.
Parecer sobre a Conta Geral do Estado - 2012
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República de Angola
Tribunal de Contas
4.1.2.1 – Activo
Quadro 4 - Balanço Patrimonial – Activo
Fonte: SIGFE
Constatações
4.1.2.2 – Passivo
Quadro 6 - Balanço Patrimonial – Passivo
2012 2011 Variação (%)
PAS S IVO
(1) (1) (1-2)/2*100
Passivo Circulante 302.360,1 436.677,8 -30,8
Depósitos Exigíveis 4,3 0,5 760,0
Fornecedores de Bens e Serviços 35.961,4 18.960,9 89,7
Pessoal a pagar 141,0 0,0
Contribuições do empregador a recolher 2,7 0,2 1.250,0
Outras Obrigações 0,0 0,0 0,0
Dívida Pública em Processo de Pagamento 111,6 0,0
Operações de Crédito 245.181,6 392.003,3 -37,5
Dívida Interna 235.083,1 380.775,1 -38,3
Dívida Externa 10.098,5 11.228,2 -10,1
Subsídios e Transf. A Conceder 21,3 4.383,1 -99,5
Dívida do Exercício Anterior 20.936,2 21.329,8 -1,8
Outros Passivos Circulantes 0,0 0,0
Exigível a Longo Prazo 2.487.038,6 1.971.564,6 26,1
Operações de Crédito 2.168.549,4 1.674.405,2 29,5
Dívida Interna 945.603,0 775.317,6 22,0
Dívida Externa 1.222.946,4 899.087,6 36,0
Dívida Antecedente ao Ano Anterior 318.489,2 297.159,4 7,2
Património Líquido 5.352.502,1 3.530.392,0 51,6
Resultado do Exercício 1.822.110,1 1.633.898,0 11,5
Resultado Acumulado 3.530.392,0 1.896.494,0 86,2
Total do Passivo 8.141.900,8 5.938.634,4 37,1
Contas de Ordem Passiva 0,0 1.047.568,4 -100,0
Outras Contas de Ordem Passiva 178.922,6 178.922,6 0,0
Total Geral 8.320.823,4 7.165.125,4 16,1
Fonte: Conta Geral do Estado 2012
b) Com isso, a dívida de exercícios findos (anos 2012 e 2011), que está classificada
no Passivo Circulante, soma Kz 57.178,4 milhões e representa os Restos a Pagar,
também designada como Dívida Flutuante, pagável a curto prazo, no decorrer do
exercício anual ou seguinte.
Recomendações
Receitas Correntes 3.759.764,7 83,5 4.428.539,6 88,7 -668.775,0 117,8 3.580.044,1 81,7 4.682.610,0 89,9 -1.102.565,9 130,8 -254.070,4 -5,4
Receitas petrolífera 2.587.293,7 57,5 3.479.999,3 69,7 -892.705,6 134,5 2.748.441,9 62,7 3.745.121,8 71,9 -996.679,9 136,3 -265.122,5 -7,1
Imposto S/ Rendimentos Da Indústria Petrolífera 506.591,4 11,3 783.436,2 15,7 -276.844,8 154,6 543.471,8 12,4 652.311,1 12,5 131.125,1 120,0 131.125,1 20,1
Imposto S/ Rendimentos Da Transacção Do Petróleo 70.095,8 1,6 305.452,1 6,1 -235.356,2 435,8 271.257,6 6,2 328.068,0 6,3 -22.615,9 120,9 -22.615,9 -6,9
Imposto S/ Produção Da Indústria Petrolífera 194.438,6 4,3 228.157,8 4,6 -33.719,2 117,3 214.001,6 4,9 236.876,8 4,5 -8.719,0 110,7 -8.719,0 -3,7
Imposto S/ Consumo De Derivados Do Petróleo 27.171,7 0,6 10,9 0,0 27.160,9 0,0 9.959,3 0,2 18.084,7 0,3 -18.073,8 181,6 -18.073,8 -99,9
Rendimentos Do Petróleo 1.788.991,0 39,7 2.162.939,0 43,3 -373.948,0 120,9 1.709.745,4 39,0 2.509.775,1 48,2 -346.836,1 146,8 -346.836,1 -13,8
Outras Receitas Petrolíferas 5,2 0,0 3,3 0,0 1,9 63,0 6,2 0,0 6,1 0,0 -2,8 98,4 -2,8 -46,5
Receitas diamantíferas 9.932,1 0,2 11.103,8 0,2 -1.171,7 111,8 11.044,8 0,3 13.326,3 0,3 -2.281,5 120,7 -2.222,5 -16,7
Imposto Industrial (Diamantes) 4.085,4 0,1 6.905,4 0,1 -2.820,0 169,0 6.224,3 0,1 8.864,1 0,2 -1.958,7 142,4 -1.958,7 -22,1
Imposto S/ Produção De Diamantes 5.836,3 0,1 4.186,9 0,1 1.649,4 71,7 4.807,1 0,1 4.460,7 0,1 -273,8 92,8 -273,8 -6,1
Rendimentos Dos Diamantes 10,4 0,0 11,4 0,0 -1,1 110,5 13,4 0,0 1,5 0,0 9,9 11,2 9,9 662,3
Outras Receitas Diamantíferas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Outras Receitas Tributárias 1.100.451,5 24,4 879.194,7 17,6 221.256,8 79,9 775.727,3 17,7 814.420,2 15,6 65.413,8 105,0 64.774,5 8,0
Outras Receitas Patrimoniais 28.649,9 0,6 813,0 0,0 27.836,9 2,8 16.023,5 0,4 58.030,0 1,1 -57.856,0 362,2 -57.217,0 -98,6
Receita De Serviços 6.913,7 0,2 10.038,1 0,2 -3.124,4 145,2 7.400,4 0,2 8.453,1 0,2 1.585,1 114,2 1.585,0 18,8
Receitas de Transferências Correntes 124,8 0,0 0,0 0,0 124,8 0,0 584,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Receitas Correntes Diversas 26.399,0 0,6 47.390,8 0,9 -20.991,8 179,5 20.821,4 0,5 43.258,6 0,8 4.132,2 207,8 4.132,2
0,0 9,6
Receitas de Capital 741.341,6 16,5 565.611,5 11,3 175.730,2 76,3 800.395,0 18,3 526.309,2 10,1 274.085,8 65,8 39.302,3 7,5
Financiamentos Internos 470.952,0 10,5 183.901,4 3,7 287.050,6 39,0 278.651,4 6,4 324.383,5 6,2 -140.482,1 116,4 -140.482,1 -43,3
Financiamentos Externos 266.415,1 5,9 380.366,4 7,6 -113.951,2 142,8 515.727,1 11,8 200.691,0 3,9 179.675,4 38,9 179.675,4 89,5
Outras receitas de Capital 3.974,5 0,1 1.343,7 0,0 2.630,8 33,8 6.016,5 0,1 1.234,7 0,0 109,0 20,5 109,0 8,8
Total Geral 4.501.106,3 100,0 4.994.151,1 100,0 -493.044,8 111,0 4.380.439,1 100,0 5.208.919,2 100,0 -828.480,1 118,9 -214.768,1 -4,1
Fonte:Conta Geral do Estado e SIGFE
Receitas Petrolíferas
As receitas petrolíferas no valor de Kz 3.479.999,3 milhões tiveram um nível de
realização de 134,5% e um peso de 69,7% sobre o total das receitas. Comparadas com
as receitas arrecadadas no ano anterior, verificou-se uma redução de 7,1%. Esta queda
deveu-se ao comportamento similar das seguintes rubricas:
Mesmo a subida do preço médio do barril do petróleo bruto de USD 77,0 para USD
105,8 e a variação positiva ocorrida na rubrica Imposto sobre Rendimentos da Indústria
Petrolífera de 20,1% não foram suficientes para mitigar o impacto negativo verificado.
Receitas petrolífera 2.587.293,7 57,5 3.479.999,3 69,7 -892.705,6 134,5 2.748.441,9 62,7 3.745.121,8 71,9 -996.679,9 136,3 -265.122,5 -7,1
Imposto S/ Rendimentos Da Indústria Petrolífera 506.591,4 11,3 783.436,2 15,7 -276.844,8 154,6 543.471,8 12,4 652.311,1 12,5 131.125,1 120,0 131.125,1 20,1
Imposto S/ Rendimentos Da Transacção Do Petróleo 70.095,8 1,6 305.452,1 6,1 -235.356,2 435,8 271.257,6 6,2 328.068,0 6,3 -22.615,9 120,9 -22.615,9 -6,9
Imposto S/ Produção Da Indústria Petrolífera 194.438,6 4,3 228.157,8 4,6 -33.719,2 117,3 214.001,6 4,9 236.876,8 4,5 -8.719,0 110,7 -8.719,0 -3,7
Imposto S/ Consumo De Derivados Do Petróleo 27.171,7 0,6 10,9 0,0 27.160,9 0,0 9.959,3 0,2 18.084,7 0,3 -18.073,8 181,6 -18.073,8 -99,9
Rendimentos Do Petróleo 1.788.991,0 39,7 2.162.939,0 43,3 -373.948,0 120,9 1.709.745,4 39,0 2.509.775,1 48,2 -346.836,1 146,8 -346.836,1 -13,8
Outras Receitas Petrolíferas 5,2 0,0 3,3 0,0 1,9 63,0 6,2 0,0 6,1 0,0 -2,8 98,4 -2,8 -46,5
Fonte: Conta Geral do Estado SIGFE
Receitas Diamantíferas
As receitas diamantíferas no total de Kz 11.103,8 milhões tiveram um nível de
realização de 111,8% e um peso de 0,2% sobre o total das receitas. Em relação ao ano
transacto, notou-se um decréscimo de 16,7% resultante da redução ocorrida nas rubricas
de Imposto Industrial de 22,1% e Imposto sobre Produção de Diamantes de 6,1%. A
rubrica dos Rendimentos dos Diamantes foi única que registou um aumento no período,
correspondente a 662,3%.
Receitas diamantíferas 9.932,1 0,2 11.103,8 0,2 -1.171,7 111,8 11.044,8 0,3 13.326,3 0,3 -2.281,5 120,7 -2.222,5 -16,7
Imposto Industrial (Diamantes) 4.085,4 0,1 6.905,4 0,1 -2.820,0 169,0 6.224,3 0,1 8.864,1 0,2 -1.958,7 142,4 -1.958,7 -22,1
Imposto S/ Produção De Diamantes 5.836,3 0,1 4.186,9 0,1 1.649,4 71,7 4.807,1 0,1 4.460,7 0,1 -273,8 92,8 -273,8 -6,1
Rendimentos Dos Diamantes 10,4 0,0 11,4 0,0 -1,1 110,5 13,4 0,0 1,5 0,0 9,9 11,2 9,9 662,3
Outras Receitas Diamantíferas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Fonte: Conta Geral do Estado e SIGFE
Foi ainda analisada a evolução das receitas incluindo a comparação entre receitas
previstas e arrecadadas a nível das províncias, estrutura central e exterior, conforme
quadro a seguir:
Quadro 14 - Receitas por Estrutura Central, Província e Exterior
Províncias:
• Luanda Kz 658.021,9 milhões,
• Benguela Kz 33.878,4 milhões,
• Cabinda Kz 24.612,6 milhões,
• Zaire Kz 21.056,8 milhões.
Províncias:
• Namibe Kz 1.102,9 milhões,
• Kwanza Sul Kz 113,6 milhões,
• Bengo Kz 41,9 milhões.
Províncias:
• Namibe 115,5%,
• Kwanza Sul 103,2%,
• Bengo 101,1%.
• Exterior 690,2%,
Províncias:
• Zaire Kz 13.506,3 milhões,
• Luanda Kz 12.693,3 milhões,
• Bengo Kz 7.150,1 milhões,
• Cabinda Kz 4.974,4 milhões.
Províncias:
• Luanda 1,9%,
• Moxico 5,9%,
• Huíla 9,6%,
• Cabinda 16,8%,
Constatações
Verificou-se que as receitas orçamentadas constantes no quadro que se segue não
apresentaram arrecadação durante o exercício de 2012.
Recomendações
1. Rever a previsão de receitas das contas que apresentam saldo nulo, relativamente
à respectiva arrecadação, e adequar a metodologia de sua efectivação.
Constatações
Recomendações
1. Compatibilizar as informações do ISEP com os registos efectuados no SIGFE.
Educação
11,8%, para o sector da Defesa enquanto que o sector da Segurança e Ordem Pública
conheceu um aumento de 41,0%;
Assuntos Económicos
Redução:
Redução:
O quadro acima apresenta a execução das despesas por órgãos locais, que tiveram um
orçamento de Kz 541.784,1 milhões, com um grau de execução de 99,8%.
Comparativamente ao exercício anterior, houve um acréscimo de 26,8%.
Em termos de execução, destacaram-se as Províncias a seguir com variações mais
significativas em relação ao exercício anterior:
Aumento:
A semelhança da análise efectuada a nível central, segue a tabela comparativa dos dados
de 2012 do PIP referentes à Administração Local.
Quadro 27 – Comparação do PIP entre MINFIN e MINPLAN a Nível Local
SIGFE MINPLAN Diferença
A análise da Dívida Pública teve o seu fundamento na Lei n.º 16/02, de 5 de Dezembro,
Lei Quadro da Dívida Pública Directa e demais legislação em vigor.
Na tabela a seguir constam os dados relativos ao stock da dívida pública, bem como a
variação que se registou nos dois últimos exercícios.
a) Comparativamente ao
exercício anterior houve um acréscimo correspondente a 7,3% no serviço da
dívida;
A apreciação sobre a execução dos restos a pagar merece realce em virtude dos
expressivos valores de recursos inscritos nessa rubrica nos últimos exercícios. De
acordo com os números 1 e 2 do Art. 38.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho, são inscritos
em restos a pagar as despesas liquidadas e não pagas até ao encerramento do exercício
financeiro, após devidamente reconhecidas pela autoridade competente.
Também dispõe sobre a matéria o n.º 15.º do Artigo6.º do Decreto Presidencial n.º
320/11, de 30 de Dezembro.
O quadro e gráfico abaixo demonstram a execução dos restos a pagar nos exercícios de
2012 e 2011, destacando o valor inscrito, pago, cancelado e a pagar:
Constatações
a) Da análise
do quadro anteriormente demonstrado, verifica-se que pode estar a ocorrer a
acumulação de pendentes contabilísticos, considerando que do valor inscrito em
2011, de Kz 23.344,8 milhões, foram pagos Kz 958,3 milhões (4,1%) e
cancelados Kz 1.450,2 milhões (6,2%), correspondente a apenas 10,3% da
inscrição;
b) Da análise
do demonstrativo da execução dos restos a pagar verificou-se que foram
inscritos na categoria de Despesas com Pessoal o montante de Kz 145,4 milhões
e ainda Kz 515,4 milhões em Subsídios de Deslocação, contrariando o disposto
no n.º 2 do Art. 6.º do Decreto Executivo do MINFIN, que dispõe sobre as
instruções do encerramento do exercício financeiro de 2012.
Recomendações
Constatações
• Disponíveis no País:
o A conta agregadora 1.1.1.1.2.01.01 –
Banco Nacional de Angola - BNA, relativamente ao domicílio bancário
94021, do Programa de Investimentos Públicos, no valor de Kz 902,8
milhões.
• Disponíveis no Exterior:
o A conta agregadora 1.1.1.2.2.01 –
Contas Bancárias das UO No Exterior, relativamente a domicílios
bancários num montante de Kz 720,6 milhões, podendo citar como
exemplo a conta do Consulado de Frankfurt respeitante a gestão em euros,
no Deutsche Bank, no valor de Kz 266,0 milhões. Pode ser citado como
outro exemplo a conta USD da Embaixada da República de Angola em
Portugal, domiciliada no Banco Espirito Santo, no valor de Kz 1.142,5
milhões.
Recomendações
4.8 – Património
Constatações
A Conta Geral para o ano 2012, conforme estabelece a alínea j) do n.º 3 do Artigo 58º
da Lei n.º 15/10 de 14 de Julho, a semelhança da anterior não incluiu o demonstrativo
da gestão patrimonial, com realce para o inventário patrimonial.
Recomendações
1. Incluir na Conta Geral do Estado, no âmbito do dever de cooperação previsto no
Artigo 50.º combinado com o Artigo 18.º da Lei n.º 13/10, de 09 de Julho, a
relação dos gestores que não procederem, relativamente a sua Unidade
Orçamental, o Inventário Patrimonial para que o Tribunal de Contas possa tomar
as medidas adequadas.
Com este incremento dos serviços, foram criados novos postos de trabalho, tendo sido
capacitados o equivalente a 289 colaboradores com acções de formação interna e
externa.
Receitas Correntes
Despesas Correntes
Resultado
Apesar do anteriormente exposto, foi possível observar que a execução da despesa foi
de 100,0% e a da Receita de 187,7% conforme a demonstração seguinte:
Constatações
Financeiro de 2012, cujo teor é reforçado por esta Corte de Contas, conforme
transcritas:
• “ O Conselho Fiscal continua na expectativa de ver concluído o inventário
geral dos bens patrimoniais do Instituto, para servir de base na avaliação
anual das reintegrações e amortizações decorrentes dos exercícios;
• O Conselho Fiscal não pode deixar de sublinhar mais uma vez alguns
aspectos de relevância contabilística que mereceram a devida reflexão:
Não actualização do fundo de constituição do Instituto;
A falta de inventário geral do património, em cumprimento do Decreto
Presidencial n.º 177/10 de 13 de Agosto.”
Recomendações
5. Conclusão
O presente Parecer foi emitido, tal como o primeiro, num espaço temporal considerado
por este Tribunal como ainda bastante exíguo, o que condicionou em alguns casos a
profundidade e abrangência que se impõem na análise dos documentos.
A análise foi realizada com base nos relatórios de execução do OGE, em visitas,
documentos, consultas online ao SIGFE, relatórios de auditorias realizadas por este
Tribunal e dados da Conta Geral do Estado referente aos exercícios de 2012 e 2011,
para os efeitos comparativos.
Relativamente às recomendações formuladas no Parecer de 2011, constatou este
Tribunal que as mesmas não puderam ser cumpridas pelo Executivo, pelo facto de que,
na data da sua emissão, já havia sido remetida à Assembleia Nacional, a Conta Geral do
Estado de 2012.
Reposta a normalidade, espera este Tribunal que as recomendações formuladas nos
Pareceres dos exercícios de 2011 e 2012 sejam adoptadas na execução do OGE do
exercício de 2013 e reflectidas na respectiva Conta Geral do Estado.
Outrossim, cabe ressaltar que as recomendações expressas no âmbito da Dívida Pública,
o Memorando do MINFIN sobre o Parecer emitido a Conta Geral do Estado de 2011
pelo Tribunal de Contas, no seu ponto 040, afirma que “ … relativamente a informação
constante das páginas 33 e 34 do Parecer do Tribunal de Contas, os dados relativos a
emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro estão incorrectos, …”. Quanto a esta
afirmação, compete esclarecer que os dados contidos no Parecer estão correctos e
tiveram como origem o Relatório da Conta Geral do Estado de 2011, uma vez que os
valores apresentados referiram-se ao Stock da Dívida e não à Emissão de Títulos.
É importante realçar que o Parecer à Conta Geral do Estado constitui um instrumento
primordial do controlo das contas públicas, através do qual o Tribunal de Contas
demonstra como foram arrecadadas as receitas e executadas as despesas, nomeadamente
os projectos de investimentos públicos e privados que o Estado fomenta no âmbito do
Plano de Acção definido pelo Executivo.
Constitui também um exercício fundamental no processo democrático de prestação de
contas por parte do Executivo, como garantia da transparência e da boa governação.
Através do seu Parecer, o Tribunal de Contas procura também, de forma pedagógica,
contribuir para a melhoria da gestão das finanças públicas e da conduta dos gestores
públicos.
É de referir que a elaboração da Conta Geral do Estado, mesmo não contendo ainda
todos os elementos necessários para a sua elaboração, é um exercício que irá
paulatinamente permitir que as futuras Contas sejam apresentadas nos termos prescritos
na lei, como é costume nos Países com tradição na matéria de apresentação da Conta
Geral do Estado.
6. Parecer
Evaristo Quemba