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*Entendimento*
Uma nova lei não pode aplicar -se a factos tributários ocorridos antes da sua entrada
em vigor.
Este é o princípio célebre da *não retroatividade da lei. *
É preciso entender a sua aplicação devido à natureza de cada tipo de imposto.
*VEJAMOS*:
Em 22 de Agosto de 2020 passou a vigorar Lei 28/20 altera CIRT, introduziu a nova
tabela do IRT para rendimentos do Grupo A, esta nova tabela de IRT segundo a AGT
não deviam ser aplicadas aos Rendimentos Salariais de meses anteriores a esta nova
a Lei. (A lei fiscal dispõe para o futuro)
É importante frisar que este IRT s/ rendimentos do Grupo A, com liquidação mensal, o
seu facto tributário não é de _formação sucessiva_ mas sim de *formação imediata e
instantânea*.
*Por exemplo*:
Imposto Industrial é de base anual, no entanto a nova taxa em vigor de 25% aplica-se
a todo ano 2020 (Janeiro à Dezembro) porque o *facto tributário é duradouro e de
formação sucessiva ao longo do ano*.
*Caso Prático*
A empresa JS Academia
Prestação Serviços
Meses 2020: Janeiro à Julho
Proveitos = 40.000.000
Custos = 10.000.000
Lucro = 30.000.000
Até a esta a data (Julho) a empresa tem a obrigação de pagar o *imposto industrial
definitivo*?
O facto tributário só fica consumado até 31/12 (31 de Dezembro), até o final do ano o
contribuinte ainda pode apresentar prejuízo.
_A taxa a ser utilizada é a que vigora a data de 31/12 _ (Quando o facto tributário
estiver consumado)
*Note*: O princípio da não retroatividade da lei não está a ser violada, isto porque o
imposto é de formação sucessiva (base anual).
⚠️ Quando o facto tributário é de formação sucessiva a nova lei é apenas aplicável ao
período decorrido após a sua entrada em vigor.
*Voltemos ao IRT*