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REGULAMENTO
DE
ESTÁGIO
Preâmbulo
Com o objectivo de dar cumprimento às exigências normativas, no âmbito da inscrição
profissional dos contabilistas e peritos contabilistas, previstas no Estatuto da Ordem dos
Contabilistas e Peritos Contabilistas, bem como de contribuir para a criação de condições que
permitam garantir adequados níveis de conhecimento e de experiência a todos os que venham
a ter acesso ao exercício da profissão, condição fundamental para a subsequente garantia
de qualidade no desempenho técnico e deontológico, a Assembleia Geral aprova, com base no
projecto de regulamento aprovado pelo Conselho Directivo sob proposta do Conselho de
Inscrição, o seguinte Regulamento de Estágio para Contabilistas e Peritos Contabilistas da
Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola, nos termos da alínea g) do nº1
do artigo 29.º, do n.º 2 do artigo 55.º e do artigo 75.º do Estatuto da Ordem dos Contabilistas
e Peritos Contabilistas de Angola (Decreto Presidencial n.º 232/10, de 11 de Outubro):
Artigo 1.º
Conceito
O estágio para contabilistas contempla o exercício de práticas no âmbito da profissão de
contabilista, por parte de um candidato, sob a tutela de um patrono.
Artigo 2.º
Objectivos do estágio
O estágio tem por objectivo ministrar ao candidato a contabilista formação e práticas
adequadas ao exercício da actividade profissional, para que a possa desempenhar de forma
competente e responsável, designadamente nas suas vertentes técnica e deontológica.
Da Comissão de Estágio
Artigo 3.º
Composição e nomeação
1 — A Comissão de Estágio é composta por um presidente, um vice-presidente e cinco
vogais, nomeados pelo Conselho Directivo e indicados pelos Conselhos de Inscrição,
Disciplinar, Técnico de Contabilidade e Técnico de Auditoria.
2 – O Presidente da Comissão de Estágio é indicado pelo Conselho de Inscrição da Ordem.
3 – Em caso de impedimento, o presidente será substituído pelo vice-
presidente.
4 – A Comissão de Estágio reunirá por convocação do presidente e só pode deliberar,
validamente, com a presença de, pelo menos, quatro dos seus membros, sendo
obrigatória a presença do presidente ou do vice-presidente.
5 — Em caso de impedimento permanente dos seus membros o Conselho de Inscrição
nomeará os elementos em falta.
5 — Considera-se impedimento permanente a falta sem justificação a três reuniões
consecutivas da Comissão de Estágio ou a dez intercaladas num período de doze meses.
Artigo 4.º
Funcionamento e competência
A Comissão de Estágio funcionará na dependência do Conselho de Inscrição da Ordem,
competindo-lhe:
a) Propor ao Conselho de Inscrição os modelos de convenção do estágio a celebrar entre os
estagiários e respectivos patronos;
b) Aprovar as convenções de estágio;
c) Organizar as listas dos estagiários, nomeadamente aprovar a inscrição dos membros
estagiários, apreciar e aprovar os pedidos de desistência, interrupção e prorrogação de estágio
e decidir sobre a exclusão do estágio;
d) Acompanhar a realização dos estágios e, nomeadamente, promover a realização trimestral
de trabalhos de avaliação contínua dos estagiários;
e) Desempenhar outras funções que lhe venham a ser atribuídas pelo Conselho de Inscrição.
f) A Ccomissão de Eestágio pode designar para cada convenção de estágio um
revisor/coordenador que responde perante a comissão de estágio e que tem as competências
que lhe são dadas por este regulamento.
6 – O estágio poderá ser realizado sob a forma Estágio em Ambiente Controlado, doravante
designado por EAC, que tendo os mesmos objectivos e a mesma forma de acesso que o estágio
feito em entidade sujeita ao Plano Geral de Contabilidade ou planos de contas sectoriais reger-
se-á -se pelas seguintes características especificas:
c) Num período transitório de até final de 2017 poderá o EAC apresentar-se com uma
estrutura compacta de 6 meses, com o mesmo número de horas descritas em a);
7 - No caso previsto na alínea d) do n.º 6, do EAC ser realizado por Entidade do Ensino Oficial
(EEO), será celebrado um protocolo entre a OCPCA e a EEO responsável pelo EAC, onde se
definem as regras de actuação, determinando-se nomeadamente que:
a) No caso de EAC fazer parte do currículo do curso, o candidato deve apresentar certificado
de conclusão do respectivo curso que inclui no seu plano de estudos o estágio realizado e
documento emitido pelo estabelecimento de ensino superior oficial responsável, onde
conste expressamente a aprovação no estágio em conformidade e dentro do período de
vigência do protocolo, local, a duração do mesmo e a indicação do patrono;
b) No caso do EAC não pertencer ao currículo do seu curso, o candidato deve apresentar
certificado de aproveitamento realizado dentro do período de vigência do protocolo.
8 - Nos casos das alíneas a) e b) do número anterior e de acordo com protocolo estabelecido,
o estabelecimento de ensino superior oficial deve permitir à OCPCA o acesso ao local onde
decorre o EAC, bem como ao respectivo arquivo documental relacionado com o Estágio.
9 - Para efeitos do EAC, terá de ser designado um responsável que assume a qualidade de
patrono na entidade onde o mesmo se realiza. Este responsável fica vinculado ao conjunto de
direitos e deveres atribuídos ao patrono neste Regulamento e é designado por
professor/patrono.
10 – Todos os requisitos e procedimentos constantes nos artigos 6º a 11º deste Capitulo
aplicam-se com as necessárias adaptações ao EAC.
Artigo 7.º
Data da inscrição e antiguidade
1 — A inscrição só se considera efectuada depois de aprovada pelo Conselho de Inscrição.
2 — A antiguidade conta-se a partir da data em que o Conselho de Inscrição deferir o processo
de inscrição, ou outra se referida expressamente na deliberação de deferimento do pedido.
Artigo 8.º
Cédula de Estagiário Contabilista
1 — Por cada Estagiário Contabilista será emitida a correspondente cédula, de acordo com o
modelo a aprovar pelo Conselho de Inscrição.
2 — Deferido o pedido de inscrição e depois de emitida a cédula, devidamente datada e
assinada pelo presidente do Conselho de Inscrição, a Comissão de Estágio fará constar, por
averbamento à respectiva inscrição, a sua entrega ao interessado.
Artigo 10.º
Desistência, exclusão e interrupção do estágio
1 — O Estagiário Contabilista poderá requerer, a todo o tempo, a desistência do estágio.
2 — A Comissão de Estágio poderá propor ao Conselho de Inscrição a exclusão do Estagiário
Contabilista, com base em comportamentos que violem a ética e a deontologia profissional ou
com base na falta de aproveitamento do estágio.
3 — Constituem indícios de falta de aproveitamento do estágio, nomeadamente, os seguintes:
a) Atraso em mais de três meses na entrega do relatório trimestral previsto no n.º 1 do artigo
21.º do presente Regulamento, contados a partir dos trinta dias subsequentes ao final de cada
trimestre de estágio;
b) Falta injustificada à prova de avaliação prevista no artigo 22.º do presente Regulamento;
c) A não realização da prova no prazo de trinta dias contados a partir do momento em que
cessaram os motivos que justificaram o adiamento dessa prova, por facto imputável ao
Estagiário Contabilista ou ao seu patrono;
d) Reiteradas ausências de resposta a comunicações que lhe tenham sido remetidas pela
Comissão de Estágio;
e) Verificação, pela Comissão de Estágio, que o Estagiário Contabilista não está a dedicar ao
estágio o tempo mínimo previsto no n.º 1 do artigo 5.º do presente Regulamento;
f) Falta de patrono por um período de,, pelo menos, três meses;
g) Mais do que três reparos escritos da Comissão de Estágio.
4 — Por motivos devidamente justificados, poderá também o Estagiário Contabilista requerer
a interrupção do estágio por um período máximo de dois anos, consecutivos ou intercalados,
mas o período mínimo de interrupção nunca poderá ser inferior a seis meses.
CAPÍTULO IV
Do estagiário e do patrono
Artigo 12.º
Competência do Estagiário Contabilista
Ao Estagiário Contabilista para contabilista compete executar todas as tarefas conducentes à
preparação das demonstrações financeiras e apuramento do imposto sobre o rendimento, sob
orientação do seu patrono, não devendo por sua conta praticar actos que por lei estão
restringidos ao contabilista.
Artigo 13.º
Artigo 14.º
Indicação da qualidade
Artigo 15.º
Domicílio
1 — O membro estagiário deverá ter sempre actualizado na Ordem o seu domicílio
profissional.
2 — As transferências de domicílio profissional e quaisquer outros factos que possam influir
na inscrição devem ser comunicados, pelo Estagiário Contabilista, à Comissão de Estágio, no
prazo de 30 dias.
Artigo 16.º
Competência do patrono
1 — O patrono de um Estagiário Contabilista para contabilista será um contabilista, com pelo
menos cinco anos de exercício efectivo da profissão.
2 — Compete ao patrono orientar, dirigir e acompanhar a actividade profissional do Estagiário
Contabilista, integrando-o no exercício efectivo da actividade, bem como no cumprimento das
regras deontológicas da profissão.
3 — Ao patrono cabe também apreciar a idoneidade moral, ética e deontológica do Estagiário
Contabilista para o exercício da profissão.
Artigo 17.º
Deveres do patrono
1 - Ao aceitar um Estagiário Contabilista e durante o período de estágio, o patrono fica
vinculado perante a Ordem a:
a) Permitir ao Estagiário Contabilista o acesso ao seu escritório e a utilização deste nas
condições e com as limitações que venha a estabelecer;
b) Acompanhar e apoiar o Estagiário Contabilista;
c) Aconselhar, orientar e informar o Estagiário Contabilista;
d) Fazer-se acompanhar do Estagiário Contabilista em actividades profissionais pelo menos
quando este o solicite ou o interesse das questões debatidas o recomende;
e) Permitir a aposição da assinatura do Estagiário Contabilista, por si ou em conjunto com a do
patrono, em todos os trabalhos por aquele realizados, no âmbito da sua competência.
2 – Com as necessárias adaptações os deveres do patrono são extensíveis à figura do
professor/patrono.
Artigo 18.º
Escusa do patrono e dever específico de informação
1 — O patrono pode pedir escusa da continuação do patrocínio ao Estagiário Contabilista, por
violação de qualquer dos deveres impostos no artigo 13.º ou por qualquer outro motivo
devidamente fundamentado.
2 — O pedido de escusa do patrocínio deve ser dirigido à Comissão de Estágio, com a exposição
dos factos que o justificam, devendo o patrono informar o Estagiário Contabilista da sua
escusa.
3 — O Estagiário Contabilista deverá proceder à indicação de outro patrono, enviando nova
convenção de estágio, no prazo máximo de seis meses a contar da data em que lhe for
notificado o deferimento do pedido de escusa.
Artigo 20.º
Remuneração do estágio
O estágio poderá ser remunerado segundo condições a estabelecer entre o estagiário e o
patrono.
CAPÍTULO V
Avaliação do desempenho de estágio
Artigo 21.º
Progressão e avaliação do Estagiário Contabilista
1 — O Estagiário Contabilista deverá elaborar relatórios trimestrais de progresso de estágio,
de acordo com a estrutura prevista no Anexo III, os quais terão uma vocação eminentemente
prática visando dar a conhecer em que medida o Estagiário Contabilista executou
efectivamente as suas actividades de estágio.
2 — O patrono emitirá um parecer sobre cada relatório trimestral do seu Estagiário
Contabilista, validando de forma expressa o conteúdo relatado pelo estagiário,
designadamente no que se refere aos tempos dedicados ao estágio, aos clientes onde esteve
envolvido e aos trabalhos realizados no decurso do estágio durante cada trimestre.
3 — A Comissão de Estágio, de forma directa ou através do revisor-coordenador do estagiário,
deverá confirmar o conteúdo dos relatórios trimestrais através de reuniões com o estagiário e
ou o patrono ou de visitas aos escritórios onde decorre o estágio.
4 – No caso do EAC a avaliação é feitao num sistema de avaliação contíinua, com testes
periódicos, devidamente avaliados pelo professor/patrono.
Artigo 23.º
Sistema de acompanhamento e avaliação de estágio
Artigo 24.º
Júri
1 — O júri é composto por um presidente, elemento da Comissão de Estágio, e dois vogais,
sendo um deles o patrono e o outro a designar por essa Comissão.
2 — Só podem ser nomeados para o júri das provas de avaliação de estágio, contabilistas com
mais de cinco anos de exercício efectivo da profissão e que não tenham sido punidos
disciplinarmente com pena de advertência ou superior.
3 — O júri atribuirá a classificação de “aprovado” ou “não aprovado”, deliberando por maioria
de votos dos seus membros.
Conceito e Objectivos
Artigo 25.º
Conceito
O estágio para peritos contabilistas contempla o exercício de práticas no âmbito da profissão
de perito contabilista, por parte de um candidato, sob a tutela de um patrono.
Artigo 26.º
Objectivos do estágio
O estágio tem por objectivo ministrar ao candidato a perito contabilista formação e práticas
adequadas ao exercício da actividade profissional, para que a possa desempenhar de forma
competente e responsável, designadamente nas suas vertentes técnica e deontológica.
CAPÍTULO II
Da Comissão de Estágio
Artigo 27.º
Composição e nomeação
CAPÍTULO III
Do estágio
Artigo 29.º
Duração e efectividade do estágio
1 — O estágio para perito contabilista terá a duração de três anos, com um mínimo de 1050
horas anuais em actividades no âmbito de funções de interesse público previstas no Estatuto
da Ordem, contados desde a data de assinatura da convenção de estágio a que se refere o n.º
4 do artigo 30.º deste Regulamento, aprovada pela Comissão de Estágio, sem prejuízo da
eventual prorrogação ou redução daquele prazo nos termos do presente Regulamento.
2 — O estágio deve ser cumprido de forma ininterrupta, com as excepções também previstas
no presente Regulamento.
3 — Cada ano de estágio só se considera decorrido caso tenham sido completadas as horas a
que alude o n.º 1. Quando tal não ocorra, poderá a Comissão de Estágio, a requerimento do
patrono, prolongar o tempo correspondente ao semestre em causa até serem completadas as
horas necessárias, sem prejuízo do período máximo a que se refere o n.º 4.
4 — O estágio deverá ocorrer durante um período de tempo, incluindo prorrogações,
interrupções e mudanças de patrono, que não ultrapasse seis anos, findos os quais caduca a
possibilidade de aprovação no mesmo.
5 — Na circunstância de um Estagiário Perito Contabilista, no quadro das actividades
profissionais do patrono, ser destacado para trabalhar no estrangeiro, a consideração dessa
Artigo 30.º
Requisitos de inscrição
1 — Podem inscrever-se como membros estagiários da Ordem, os candidatos a peritos
contabilistas que reúnam as condições previstas nos artigos 45.º, 76.º e 77.º do Estatuto da
Ordem.
2 — A inscrição será efectuada mediante requerimento dirigido ao Presidente do Conselho de
Inscrição, instruído com os seguintes documentos:
a) Fotocópia do bilhete de identidade e do Número de Identificação Fiscal;
b) Certidão do registo criminal;
c) Documento comprovativo das habilitações académicas;
d) Declaração, sob compromisso de honra, de não estar sujeito a qualquer impedimento ou
incompatibilidade nos termos do Estatuto da Ordem;
e) Convenção de estágio;
d) Fotografia.
3 — Só se poderão denominar membros estagiários as pessoas singulares inscritas como tal
na Ordem.
4 — A convenção de estágio, a celebrar entre o patrono e o Estagiário Perito Contabilista,
deverá ser conforme com o modelo constante do Anexo ao presente Regulamento.
Artigo 31.º
Data da inscrição e antiguidade
1 — A inscrição só se considera efectuada depois de aprovada pelo Conselho de Inscrição.
2 — A antiguidade conta-se a partir da data em que o Conselho de Inscrição deferir o processo
de inscrição, ou outra se referida expressamente na deliberação de deferimento do pedido.
Artigo 33.º
Processo de estágio
Todas as actividades de estágio em que tenha participado o Estagiário Perito Contabilista e
todas as ocorrências significativas verificadas a seu respeito serão anotadas no respectivo
processo de estágio, devendo neste ser integrados todos os documentos escritos, informações
e pareceres que respeitem ao tirocínio e que sejam relevantes para instruir a informação final
de estágio.
Artigo 34.º
Desistência, exclusão e interrupção do estágio
1 — O Estagiário Perito Contabilista poderá requerer, a todo o tempo, a desistência do estágio.
2 — A Comissão de Estágio poderá propor ao Conselho de Inscrição a exclusão do Estagiário
Perito Contabilista, com base em comportamentos que violem a ética e a deontologia
profissional ou com base na falta de aproveitamento do estágio.
3 — Constituem indícios de falta de aproveitamento do estágio, nomeadamente, os seguintes:
a) Atraso em mais de três meses na entrega do relatório trimestral previsto no n.º 1 do artigo
21.º do presente Regulamento, contados a partir dos trinta dias subsequentes ao final de cada
trimestre de estágio;
b) Falta injustificada à prova de avaliação prevista no artigo 46.º do presente Regulamento;
c) A não realização da prova no prazo de trinta dias contados a partir do momento em que
cessaram os motivos que justificaram o adiamento dessa prova, por facto imputável ao
Estagiário Perito Contabilista ou ao seu patrono;
d) Reiteradas ausências de resposta a comunicações que lhe tenham sido remetidas pela
Comissão de Estágio;
e) Verificação, pela Comissão de Estágio, que o Estagiário Perito Contabilista não está a dedicar
ao estágio o tempo mínimo previsto no n.º 1 do artigo 29.º do presente Regulamento;
f) Falta de patrono por um período de pelo menos três meses;
Artigo 35.º
Prorrogação e redução do estágio
1 — O tempo de estágio poderá ser prorrogado por solicitação do Estagiário Perito
Contabilista, precedendo informação do patrono no sentido daquele não estar a cumprir, ou
não ter cumprido, a plenitude das suas obrigações de estágio, devendo, nesses casos, o tempo
de prorrogação ser aferido pelo tempo necessário ao suprimento das faltas verificadas.
2 — A prorrogação do tempo de estágio não poderá, contudo, provocar o seu prolongamento
por um período superior ao que resultaria caso o Estagiário Perito Contabilista tivesse
requerido o período máximo de interrupção previsto no n.º 4 do artigo anterior.
3 — Por proposta devidamente fundamentada do respectivo patrono, a Comissão de Estágio
poderá propor ao Conselho de Inscrição a redução do estágio em 50%, desde que pelo seu
curriculum o Estagiário Perito Contabilista demonstre ter a experiência necessária que o torna
apto à realização do exame para a qualificação de Perito Contabilista.
4 — O estágio só se considera terminado após a aprovação, pela Comissão de Estágio, do
relatório final enviado pelo patrono, nos termos do n.º 1 do artigo 43.º.
CAPÍTULO IV
Do estagiário e do patrono
Artigo 36.º
Ao Estagiário Perito Contabilista para perito contabilista compete executar todas as tarefas
conducentes à auditoria às contas e serviços relacionados, sob orientação do seu patrono, não
devendo por sua conta praticar actos que por lei estão restringidos ao perito contabilista.
Artigo 37.º
Deveres do Estagiário Perito Contabilista
1. São deveres gerais do Estagiário Perito Contabilista, durante o período de estágio:
a) Respeitar os princípios estatutários e deontológicos gerais definidos no Estatuto da
Artigo 38.º
Indicação da qualidade
O Estagiário Perito Contabilista deve identificar-se nessa qualidade, quando intervenha em
qualquer acto de natureza profissional.
Artigo 39.º
Domicílio
1 — O membro estagiário deverá ter sempre actualizado na Ordem o seu domicílio
profissional.
2 — As transferências de domicílio profissional e quaisquer outros factos que possam influir
na inscrição devem ser comunicados, pelo Estagiário Perito Contabilista, à Comissão de
Estágio, no prazo de 30 dias.
Artigo 40.º
Competência do patrono
1 — O patrono de um Estagiário Perito Contabilista para perito contabilista será um perito
contabilista, com pelo menos cinco anos de exercício efectivo da profissão.
2 — Compete ao patrono orientar, dirigir e acompanhar a actividade profissional do Estagiário
Perito Contabilista, integrando-o no exercício efectivo da actividade, bem como no
cumprimento das regras deontológicas da profissão.
3 — Ao patrono cabe também apreciar a idoneidade moral, ética e deontológica do Estagiário
Perito Contabilista para o exercício da profissão.
Artigo 41.º
Deveres do patrono
Ao aceitar um Estagiário Perito Contabilista e durante o período de estágio, o patrono fica
vinculado perante a Ordem a:
a) Permitir ao Estagiário Perito Contabilista o acesso ao seu escritório e a utilização deste nas
condições e com as limitações que venha a estabelecer;
b) Acompanhar e apoiar o Estagiário Perito Contabilista;
c) Aconselhar, orientar e informar o Estagiário Perito Contabilista;
d) Fazer-se acompanhar do Estagiário Perito Contabilista em actividades profissionais pelo
menos quando este o solicite ou o interesse das questões debatidas o recomende;
e) Permitir a aposição da assinatura do Estagiário Perito Contabilista, por si ou em conjunto
com a do patrono, em todos os trabalhos por aquele realizados, no âmbito da sua
competência.
Artigo 42.º
Escusa do patrono e dever específico de informação
Artigo 43.º
Artigo 44.º
Remuneração do estágio
CAPÍTULO V
Avaliação do desempenho de estágio
Artigo 45.º
Progressão e avaliação do Estagiário Perito Contabilista
1 — O Estagiário Perito Contabilista deverá elaborar relatórios de progresso de estágio, de
acordo com a estrutura prevista no Anexo IV, os quais terão uma vocação eminentemente
prática visando dar a conhecer em que medida o Estagiário Perito Contabilista executou
efectivamente as suas actividades de estágio.
2 — O patrono emitirá um parecer sobre cada relatório trimestral do seu Estagiário Perito
Contabilista, validando de forma expressa o conteúdo relatado pelo estagiário,
designadamente no que se refere aos tempos dedicados ao estágio, aos clientes onde esteve
envolvido e aos trabalhos realizados no decurso do estágio durante cada trimestre.
3 — A Comissão de Estágio, de forma directa ou através do revisor-coordenador do estagiário,
deverá confirmar o conteúdo dos relatórios trimestrais através de reuniões com o estagiário e
ou o patrono ou de visitas aos escritórios onde decorre o estágio.
Artigo 46.º
Prova de avaliação
1 — No final do estágio, o Estagiário Perito Contabilista efectuará uma prova de avaliação
global a qual consistirá:
a) Na apresentação de um trabalho escrito cujo tema, a escolher pelo Estagiário Perito
Contabilista, deverá abordar, com ilustração prática, situações que tenham ocorrido durante
o estágio;
Artigo 47.º
Sistema de acompanhamento e avaliação de estágio
O Conselho de Inscrição, sob proposta da Comissão de Estágio, aprovará as regras e
procedimentos específicos de acompanhamento do estágio e de avaliação do Estagiário Perito
Contabilista, incluindo os termos e condições a que devem obedecer os membros estagiários
e respectivos patronos no que respeita à elaboração dos relatórios trimestrais e à prova de
avaliação final previstos no presente Regulamento.
Artigo 48.º
Júri
1 — O júri é composto por um presidente, elemento da Comissão de Estágio, e dois vogais,
sendo um deles o patrono e o outro a designar por essa Comissão.
2 — Só podem ser nomeados para o júri das provas de avaliação de estágio, peritos
contabilistas com mais de cinco anos de exercício efectivo da profissão e que não tenham sido
punidos disciplinarmente com pena de advertência ou superior.
3 — O júri atribuirá a classificação de “aprovado” ou “não aprovado”, deliberando por maioria
de votos dos seus membros.
CAPÍTULO VI
Disposições finais
Artigo 49.º
Publicação e entrada em vigor
O presente Regulamento entra em vigor na data da respectiva publicação no Diário da
República e ficará disponível para consulta no sítio oficial da Ordem na internet.
Estagiário Contabilista
Nome, morador em, telefone, portador do bilhete de identidade n.º, emitido pelo Arquivo de
Identificação de, em …/…/…, com o curso de….
…, … de … de ...
O Patrono,
… (assinatura)
O Estagiário Contabilista,
… (assinatura)
Partes
Patrono
Estagiário Contabilista
Nome, morador em, telefone, portador do bilhete de identidade n.º, emitido pelo Arquivo de
Identificação de, em …/…/…, com o curso de….
…, … de … de ...
O Professor/Patrono,
… (assinatura)
O Estagiário Contabilista,
… (assinatura)
Nome, morador em, telefone, portador do bilhete de identidade n.º, emitido pelo Arquivo de
Identificação de, em …/…/…, com o curso de….
…, … de … de ...
O Patrono,
… (assinatura)
O Estagiário Perito Contabilista,
…
(assinatura)
Contabilistas
I. Introdução;
II. Aspectos formais do estágio profissional;
III. Caracterização da empresa onde se realiza o estágio;
IV. Descrição das actividades desenvolvidas;
V. Organização da contabilidade;
VI. Práticas de controlo interno;
VII. Trabalhos realizados;
VIII. Apuramento de contribuições e impostos;
IX. Encerramento de contas;
X. Dossier fiscal;
XI. Relatórios e análise de gestão;
XII. Problemas encontrados e as soluções adoptadas;
XIII. Aspectos deontológicos;
XIV. Formação frequentada;
XV. Bibliografia consultada; e
XVI. (Auto) Avaliação do estágio profissional.
Peritos Contabilistas
I. Introdução;
II. Aspectos formais do estágio profissional;
III. Caracterização da empresa onde se realiza o estágio;
IV. Descrição das actividades desenvolvidas;
V. Práticas de controlo interno;
VI. Trabalhos realizados;
VII. Envolvimento do Estagiário Contabilista nos trabalhos de revisão / auditoria, tendo
em conta as seguintes fases: planeamento, trabalho interino sobre o controlo
interno, trabalho interino de carácter substantivo, trabalho sobre saldos de fim de
exercício e conclusões e relato
VIII. Relatórios e análise de gestão;
IX. Problemas encontrados e as soluções adoptadas;
X. Aspectos deontológicos;
XI. Formação frequentada;
XII. Bibliografia consultada; e
XIII. (Auto) Avaliação do estágio profissional.