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DIREITO
MANACAPURU/AM
2023
RODRIGO DE ANDRADE BRAGANÇA
RODRIGO TALLYS DA SILVA BASTOS
RAYLANE FRANCO PINHEIRO
KEILA FERREIRA BARBOSA
CAIO LEANDRO DA SILVA MONTEIRO
MANACAPURU/AM
2023
INTRODUÇÃO
Os 10 motivos principais que o projeto de lei traz em seu bojo para sua
aceitação:
1. Combate à violência nas escolas;
3. Combate ao cyberbullying;
6. Transparência na internet;
8. Liberdade de expressão;
O PL não afeta a liberdade de expressão, uma vez que não prevê nenhum
tipo de censura ou restrição à imprensa ou às liberdades individuais. Ele apenas
normatiza direitos e combate às Fake News.
9. Debate democrático;
O presente texto tem por objetivo principal analisar, sob olhar dos dois lados,
a grave a situação das fake news na legislação brasileira, sobretudo, no que
compreende à ausência de normas referentes à tipicidade penal.
Todos têm penas semelhantes, e a detenção menor que quatro anos pode ser
convertida em cesta básica e outros serviços.
Por exemplo: Quando o autor usa as redes sociais para espalhar notícias
falsas com o objetivo de prejudicar determinado pessoa, criando uma notícia
fantasiosa, contando um fato criminoso e atribuindo a autoria a um desafeto, pode
caracterizar um crime de calúnia. Se o fato for ofensivo à reputação de uma pessoa,
o crime pode ser difamação, artigo 139 do Código Penal.
Se espalho nas redes sociais que Cristóvão Colombo pisou na Lua com a
Apolo 11 em 1969, estou claramente divulgando uma “fake news”. Sem,
evidentemente, nenhuma repercussão na esfera penal.
Agora, se digo aos meus seguidores nas redes sociais que meu vizinho
Fulano de Tal planeja matar ou causar qualquer tipo de sofrimento ao meu cachorro,
ou que o mesmo teria emitido conscientemente cheque sem suficiente provisão de
fundos na praça, estou sem qualquer sombra de dúvidas cometendo o crime de
Difamação previsto no Art. 139 do Código Penal.
Art. 287-A - Divulgar notícia que sabe ser falsa e que possa distorcer, alterar
ou corromper a verdade sobre informações relacionadas à saúde, à segurança
pública, à economia nacional, ao processo eleitoral ou que afetem interesse público
relevante.
Pena detenção, de seis meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui
crime mais grave.
E por fim, temos também a Lei Carolina Dieckmann (Lei 12.737/2012) tipifica
o crime de invasão de dispositivos informáticos.
A PEC da Fake News em seu artigo 1º e § 3º, define que a referida lei se
aplica, inclusive, ao provedor de aplicação no exterior, desde que oferte serviços ao
público brasileiro ou pelo menos uma integrante do mesmo grupo econômico possua
estabelecimento no Brasil, cita também no seu art. 4º, inciso VI, “rede de disseminação
artificial: conjunto de disseminadores artificiais cuja atividade é coordenada e
articulada por pessoa ou grupo de pessoas, conta individual, governo ou empresa com
fim de impactar de forma artificial a distribuição de conteúdo com o objetivo de obter
ganhos financeiros e ou políticos;”, acrescenta também em seu artigo 23 que “ as
redes sociais devem tornar pública, em plataforma de acesso irrestrito e facilitado,
dados sobre todos os conteúdos patrocinados ativos e inativos relacionados a temas
sociais, eleitorais e políticos.
Esse projeto de lei torna-se ainda mais polêmico por ir, possivelmente, contra
alguns dos princípios dos direitos humanos fundamentais elencados em nossa Carta
Magna, a Constituição Federal Brasileira, e muito se discute sobre sua
constitucionalidade.
CONCLUSÃO
Desde que a internet foi criada uma série de mudanças foram acontecendo e
nos últimos tempos há um esforço de tentar entender o que é nocivo e o que não é
nocivo para as pessoas, ou seja, que notícias devem estar públicas e quais não
devem, quais falas podem ser ditas e quais não podem ou não devem. Eles
categorizam isso como as fake news para as “notícias falsas” e toda essa área voltada
ao discurso de ódio (coisas que podem ofender pessoas, grupos e organizações e
etc.).
Esse moderador sempre vai ter poder demais. E não existe imparcialidade
neste planeta.
Observamos isso quando um juiz do STF, por vontade própria (de ofício),
paralisou as atividades de uma empresa (TELEGRAM), e determinou que prestasse
depoimento à PF em até 5 dias por causa dos anúncios contra a PL da Censura, que
ainda é só um projeto de lei. Imagina então se já fosse uma lei. Outro exemplo, o atual
governo em vigor, por determinação da Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada
ao Ministério da Justiça (Flávio Dino), multou a multinacional Google, em 1 milhão de
reais por críticas a este mesmo projeto de lei. Nem mesmo esse trabalho acadêmico
poderia ser feito com essa conclusão crítica sem ter o seu conteúdo analisado.
Desse modo, a última coisa que eles querem é a dita “liberdade de expressão”
que tanto falam, num país democrático. Onde tais prerrogativas e princípios são
violados.
Esteja ciente que o rumo que o nosso país está tomando, que as ações que
o governo está tentando tomar para poder controlar conteúdo nas mídias, é o rumo
que estamos pavimentado para nós. Isso é preocupante.