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DEMOCRACIA DIGITAL | POLÍTICA


INTERNACIONAL

Como países estão


tentando se proteger dos
efeitos das fake news?
Por Renan Lima

Publicado em: Atualizado em:


21/08/2020 21/08/2020

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O Boticário

A era digital nos trouxe vários avanços em diversos


campos sociais. Seria uma inocência pensarmos o
contrário. Porém, nem tudo que pode ser
encontrado na internet é con>ável. No texto de hoje
vamos trazer alguns exemplos de como surgiram as
Fake News, como identi>ca-las e, ainda, alguns
exemplos de países que estão criando
regulamentações contra notícias falsas.

O que são e como


surgiram?
As noticiais falsas ou popularmente de>nidas pelo
anglicismo, de Fake News, chegaram ao nosso
cotidiano um pouco antes das eleições de 2018 na
Europa. A partir daí, observou-se no mundo todo um
crescente debate acerca da propagação e
publicação de notícias falsas. Aqui no Brasil, as
Fake News também foram debatidas amplamente
tanto no meio político/juridico como nas ruas e
ainda são proferidas por diversos atores políticos
da nossa sociedade.

Segundo o dicionário Cambridge, o conceito Fake


News indica histórias falsas que, ao manterem a
aparência de notícias jornalísticas, são
disseminadas pela internet ou por outras mídias,
estas podem ser criadas apenas como piadas, mas
também para inTuenciar. A>nal, vale sempre
lembrar que a criação e disseminação de noticias
falsas tem capacidade potencial de inTuenciar o
resultado de um pleito eleitoral.

Obviamente, o processo de disseminação de


notícias falsas é tão antigo quanto a própria língua.
O que tornou as Fake News mundialmente
conhecidas foi justamente o advento da internet,
em especial das redes sociais. Surge, então, o
termo “Ciborgues de Mídias Sociais” (Social Media
Cyborgs) que nada mais são que pessoas que
criam diversas contas em redes sociais e se
conectam com terceiros, passando a disseminar
noticias falsas.

Saiba mais sobre fake news aqui!

Processos de
regulamentação no
mundo
Como já mostramos, as Fake News colocam em
risco o processo de escolha de agentes públicos
em todo o mundo. Portanto, combater tal pratica se
tornou imperativo nos últimos anos em diversos
países. Vamos exempli>car alguns casos.

União Europeia
A União Europeia desenvolveu o “Roadmap:
Fakenews and online disinformation” em novembro
de 2017, com o objetivo de regulamentar e
combater o problema, monitorando noticiais falsas
e tirando os sites do ar o mais rápido possível. O
documento entende que o acesso universal a
informação é um dos pilares basilares da
democracia. Além disso, o próprio documento
também traz os impactos das Fake News nas
eleições americanas de 2016 e no processo do
BREXIT no Reino Unido.

Alemanha
Na Alemanha, entrou em vigor – em outubro de
2017 – o Ato para cumprimento da Lei nas Redes
Sociais (Netzwerkdurchsetzungsgesetz). De acordo
com o ato, provedores de redes sociais devem
remover ou bloquear conteúdo manifestamente
ilegal ou falso dentro do prazo de 24h, a contar da
reclamação ou determinação judicial.

Estados Unidos
Seguindo a linha alemã, o estado da
Califórnia detém um projeto de lei denominado “Ato
Político da Califórnia para Redução de Ciberfraudes”
(California Political Cyberfraud abatement Act). O ato
tem como objetivo tornar ilegais os denominados
atos de ciberfraudes, de>nidos como aqueles que
impossibilitem de qualquer maneira o acesso as
informações políticas verdadeiras.

É importante ressaltar que os desenvolvedores de


redes sociais estão realizando fortes investimentos
em suas plataformas para conseguirem alterar o
algoritmo de exibição de postagens, como é o caso
do Facebook e do Twitter. Tal iniciativa pode, a
médio-longo prazo, diminuir o número de notícias
falsas ao redor do mundo.

A legislação brasileira
contra as Fake News
No Brasil, a primeira legislação que foca no
combate à veiculação e disseminação de noticias
falsas encontrava-se na lei de imprensa (Lei n.º
5.250, de 09/02/1967).

Em seu décimo sexto artigo, a lei criminalizava a


conduta de

“publicar ou divulgar notícias falsas ou


fatos verdadeiros truncados ou
deturpados, que provoquem: I –
Perturbação da ordem pública ou alarma
social; II – Descon>ança no sistema
bancário ou abalo de crédito de
instituição >nanceira ou de qualquer
empresa, pessoa física ou jurídica; III –
Prejuízo ao crédito da União, do Estado,
do Distrito Federal ou do Município; IV –
Sensível perturbação na cotação das
mercadorias e dos títulos imobiliários no
mercado >nanceiro. Pena: de 1 (um) a 6
(seis) meses de detenção, quando se
tratar de autor do escrito ou transmissão
incriminada, e multa de 5 (cinco) a 10
(dez) salários-mínimos da região. (…)”

Em 2014, entrou em vigor o marco civil da


internet, iniciativa do poder executivo e do
congresso nacional. Com a edição da lei de nº
12.965/14, o marco civil estabelece princípios,
garantias, direitos e deveres para o uso da Internet
no Brasil. No artigo 19 do marco civil, podemos
encontrar importantes normativas que visam
combater a produção, publicação e disseminação
de notícias falsas:

Art. 19. Com o intuito de assegurar a


liberdade de expressão e impedir a
censura, o provedor de aplicações de
Internet somente poderá ser
responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por
terceiros se, após ordem judicial
especí>ca, não tomar as providências
para, no âmbito e nos limites técnicos
do seu serviço e dentro do prazo
assinalado, tornar indisponível o
conteúdo apontado como infringente,
ressalvadas as disposições legais em
contrário.

§ 1o A ordem judicial de que trata o


caput deverá conter, sob pena de
nulidade, identi>cação clara e especí>ca
do conteúdo apontado como infringente,
que permita a localização inequívoca do
material.

§ 2o A aplicação do disposto neste


artigo para infrações a direitos de autor
ou a direitos conexos depende de
previsão legal especí>ca, que deverá
respeitar a liberdade de expressão e
demais garantias previstas no art. 5o da
Constituição Federal.

§ 3o As causas que versem sobre


ressarcimento por danos decorrentes de
conteúdos disponibilizados na internet
relacionados à honra, à reputação ou a
direitos de personalidade, bem como
sobre a indisponibilização desses
conteúdos por provedores de aplicações
de internet, poderão ser apresentadas
perante os juizados especiais.

§ 4o O juiz, inclusive no procedimento


previsto no § 3o, poderá antecipar, total
ou parcialmente, os efeitos da tutela
pretendida no pedido inicial, existindo
prova inequívoca do fato e considerado o
interesse da coletividade na
disponibilização do conteúdo na internet,
desde que presentes os requisitos de
verossimilhança da alegação do autor e
de fundado receio de dano irreparável ou
de difícil reparação.

Leia também: o que é o PL das fake news

Como podemos observar, apesar do debate sobre


as Fake News ser relativamente jovem, a legislação
brasileira apresenta regulamentações concretas
visando o combate e a criminalização de tal prática.

Gostou do conteúdo? Deixe a sua opinião nos


comentários!

REFERÊNCIAS

Cambridge dicionário

BBC: inside the world of Brazil’s social media


cyborgs

Roadmap: Fake news and online disinformation

Lei nas Redes Sociais

Legislature CA

Quem escreveu este conteúdo?

RENAN LIMA
Antes de tudo, Pernambucano. Bacharel em
Relações Internacionais e Pós-Graduado em
Ciências Políticas pelo Centro Universitário
ASCES-UNITA. Atualmente desenvolve
pesquisas sobre acompanhamento político.

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