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1- RECRIA O MINISTÉRIO DA VERDADE
O “Ministério da Verdade” que alguns dizem que foi retirado neste parecer… Na
verdade mudou de nome: o projeto deixa a cargo do “Comitê Gestor da Internet”
controlar as redes no Brasil. Além disso, tudo que não está na lei pode ser
regulamentado depois por decreto!
Leia: Art. 51. Serão atribuições do Comitê Gestor da Internet no Brasil (…) V –
realizar estudos sobre os procedimentos de moderação de contas e de conteúdos
adotados pelos provedores de redes sociais, bem como sugerir diretrizes para sua
implementação;
Leia: Art. 58. Adiciona ao Código de Processo Penal: ““Art. 319. São medidas
cautelares diversas da prisão: (...) X – retirada ou bloqueio de conteúdo, suspensão de
perfil ou conta ou proibição de acesso à internet.“
Leia: Art. 11. Os provedores devem atuar diligentemente para prevenir e mitigar
práticas ilícitas no âmbito de seus serviços, envidando esforços para aprimorar o
combate à disseminação de conteúdos ilegais gerados por terceiros, que possam
A adição do “princípio” da liberdade religiosa (art. 3º, inciso III). Ué, mas isso é
um problema? Sim! Pois enganou muitos deputados da bancada evangélica e que têm
votos na Câmara. Por causa de uma alteração mentirosa, que não tem peso algum,
avançou a chance de aprovar essa censura generalizada que permite perseguição a
diversas fés. Ainda, essa alteração não traz mudança alguma pois a liberdade religiosa é
cláusula PÉTREA, art. 5º inciso VII da CF.
O texto prevê intervenção federal estatal em redes sociais privadas decidida sem
aprovação legislativa e por critérios subjetivos. Se o comitê do Executivo entender que
exista “iminência de riscos” da plataforma não moderar conteúdo (censurar) o que eles
desejam, este órgão estatal do Executivo federal poderá intervir na plataforma num
chamado “protocolo de segurança” podendo tornar conteúdos indisponíveis
(CENSURAR).
Leia: Art. 12. Quando configurada a iminência de riscos descritos no art. 7o, ou a
negligência ou insuficiência da ação do provedor, poderá ser instaurado, na forma da
regulamentação e por decisão fundamentada, protocolo de segurança pelo prazo de até
30 (trinta) dias, (…) Art. 13 (...) §1º Conteúdos tornados indisponíveis em razão do
protocolo de segurança deverão ser armazenados pelos provedores atingidos, pelo
tempo determinado em regulamentação, para fins de análise posterior.
Pelo texto apresentado, será o estado que vai decidir a remuneração entre o
serviço e os compositores e autores, e não mais a legislação autoral e a negociação
individual! O dispositivo abaixo é uma verdadeira ameaça a quem consome conteúdo
digital, tendo sido incluído após o relator atender ao lobby de artistas e com provável
consequência de aumento drástico nos preços dos serviços. Um projeto que nasce para
combater a mentira agora está querendo explorar ainda mais o brasileiro!
Leia: Art. 31. Os conteúdos protegidos por direitos de autor e direitos conexos
utilizados pelos provedores, incluindo-se aqueles ofertantes de conteúdo sob demanda e
produzidos em quaisquer formatos que inclua texto, vídeo, áudio ou imagem, ensejarão
remuneração a seus titulares pelos provedores, inclusive os provedores de aplicações
ofertantes de conteúdo sob demanda, na forma de regulamentação pelo órgão
GILSON MARQUES
Deputado Federal (NOVO/SC)