Relatório Da Comissão Especial de Sindicância

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÍTIO DO QUINTO
ESTADO DA BAHIA
Avenida Antônio Marques, 490 – Centro – Tele fax. (75) 3296 2199
CEP: 48.565-000 – Sítio do Quinto – Ba. – CNPJ 13.452.958/0001-65
RELATÓRIO DA COMISSÃO ESPECIAL DE

SINDICÂNCIA
Investigado: Sr. JOSÉ FÁBIO NASCIMENTO
MUNICÍPIO DE SÍTIO DO QUINTO - BA

ADM: GOVERNO DA RECONTRUÇÃO
Este documento foi assinado digitalmente por AC SERASA SRF ICP-BRASIL.

ESTADO DA BAHIA
RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
(Composição da Comissão de Sindicância)
ANA CRISTINA DE MATOS

(PRESIDENTE)
JOSÉ RICARDO DOS SANTOS

(2º MEMBRO)
SIMONE DANTAS DE MATOS SANTOS

(3º MEMBRO)
ESCOPO DO TRABALHO:
Determinar as causas das Supostas Irregularidades Praticadas pelo investigado.
Fatores contribuintes para a Contratação Irregular de magarefes junto à Prefeitura
municipal de Sítio do Quinto – BA.
Recomendar medidas para eliminação/controle destas causas e fatores.
À COMISSÃO FOI GARANTIDA TOTAL AUTÔNOMA DE SUA AUTORIDADE E SERIEDADE PARA QUE SE
CHEGASSE Á CONCLUSÃO FINAL.
Hipótese mais provável de como os eventos ocorreram

Conclusões e Recomendações


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DA FINALIDADE DA INSTAURAÇÃO DA SINDICÂNCIA
A Instauração desta referida Sindicância, prevista em norma regulamentadora

contida na Legislação Patente do Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Sítio do
Quinto – BA e devidamente instaurada conforme Portaria nº 092/2009, publicada em 24 de
Março do corrente ano, no âmbito de atuação de sua sindicância têm a finalidade da adoção das
medidas administrativas necessárias à apuração de irregularidades cometidas por
administradores, por ação ou omissão no exercício de suas atividades, bem como a aplicação
de penalidades, quando for o caso.
Destarte, denomina-se Processo de Sindicância (PS) o procedimento instaurado

para apuração de indícios de irregularidades.
Denomina-se Processo Administrativo Disciplinar (PAD) o procedimento

decorrente do PS destinado à aplicação de penalidades.
O Processo de Sindicância em epígrafe foi instaurado de maneira devidamente

sigilosa, subsidiário ao PAD, expresso, discricionário e destinado exclusivamente à coleta de
elementos probatórios, sem o condão de aplicar penalidades.
Sendo assim, o Processo Administrativo Disciplinar deverá ocorrer somente

quando tipificada a infração disciplinar do investigado, com a qualificação do administrador
investigado e a especificação dos fatos imputados.
DA APURAÇÃO DOS FATOS:
A autoridade competente tomou conhecimento/ciência de supostas irregularidades

no serviço público praticadas por JOSÉ FÁBIO NASCIMENTO no âmbito de suas atribuições ao
qual exercera, qual seja, Chefe do Departamento de Licitações e Contratações de pessoal junto
aos quadros da Prefeitura Municipal de Sítio do Quinto – BA.


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Dentre as supostas irregularidades que estão sendo apuradas junto a esta

comissão de sindicância, deve ser apurada a Contratação Irregular de Funcionários
denominados MAGAREFES pela Prefeitura Municipal, e em especial, contratados pelo chefe do

setor responsável, ora investigado.
Chegou ao conhecimento desta Comissão de Sindicância que o investigado

supostamente teria contratado os magarefes com pagamentos mensais equivalentes a (1) um
salário mínimo vigente, todavia parte dessa quantia seria devolvida ao investigado para outros
fins.
Pois bem, como se pode perceber dos documentos carreados a esta investigação,
percebe-se que todos os magarefes contratados foram ouvidos junto ao Prédio da Prefeitura
Municipal no último dia 02/04/2009. São eles:
1-) JOSÉ SIRINEU OLIVEIRA DE JESUS

2-) LUZIMÁRIO PEREIRA DE JESUS
3-) JOÃO OLIVEIRA DE JESUS
4-) JOSÉ ANCHIETA DE OLIVEIRA
5-) JOSELITO MOREIRA SANTOS
6-) CIPRIANO DE JESUS
Vale ressaltar que no último dia 31 de Março de 2009 foi notificada esta comissão
de Sindicância pelo Representante Legal da Câmara de Vereadores, Sr. José Virgílio de
Carvalho através dos Ofícios nº 038/2009 e 162/2009 (Em Anexo) para que fosse enviado um
representante (Vereador ou Servidor Estável) da Casa Legislativa para acompanhar os
trabalhos da Comissão de Sindicância, o que foi de pronto deferido, encontrando-se ausente o
referido representante da Câmara durante todos os atos e trabalhos desenvolvidos por esta
Comissão de Sindicância .
Pois Bem, ao serem ouvidos os Magarefes pelo Presidente e junto aos demais
membros da Comissão de Sindicância, constatou-se que todos os oitivados receberam
devidamente seus salários.
Em momento algum das declarações os magarefes fazem menção a uma suposta

devolução de quantias ao investigado. Todos os magarefes são firmes em relatar que o
investigado somente celebrou seus contratos, colhendo cópias de suas documentações para
qualificá-los e os advertiu que para continuar trabalhando teriam que assinar os referidos


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contratos para que fizessem parte das folhas de pagamento, pois quem não tivesse contrato
não iria receber.
Em algumas declarações, ressaltam os magarefes que receberam valores

inferiores ao salário mínimo legal, todavia esclarecem que só trabalharam naquele mês
(Janeiro) uma única vez por semana ainda como diaristas com seus vencimentos proporcionais
às horas laboradas, daí o recebimento a menor não devolvendo qualquer quantia ao investigado,
sendo regularizados seus pagamentos e dias de trabalho no mês seqüente (Fevereiro) onde
firmaram os Contratos.
Todos os Contratados em questão, a todo momento, são firmes em declarar que

firmaram contrato com a Prefeitura Municipal de Sítio do Quinto através do investigado, que até
então era chefe do departamento de contratações, todavia relatam que em momento algum
devolveram qualquer quantia ao investigado e nem mesmo a ninguém pertencente aos quadros
da municipalidade e, ainda, relatam que sempre foram orientados que não deveriam devolver
nada pois os salários eram seus de direito pelo trabalho exercido.
Importante salientar também que todos os magarefes informam que houve um mal
entendido, pois no mês de janeiro receberam seus salários devidamente em mãos, pois
trabalharam uma vez por semana, sendo seus contratos e dias de trabalho firmados em
fevereiro, ONDE SEMPRE RECEBERAM SEUS SALÁRIOS DEVIDAMENTE E SEM QUALQUER DEVOLUÇÃO
DE VALORES ATÉ OS DIAS ATUAIS.
No mais, nada restou comprovado acerca de devoluções de quantias salariais ao

investigado e a qualquer funcionário da municipalidade.
DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS (CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES)
Buscamos, através das provas necessárias, apoio para alicerçarmos nossas

reflexões, as quais acreditamos possam ser de muitos outros servidores públicos que já
passaram ou que ainda possam vir a passar pela experiência.
No caso em comento nos prevalece a tese de que, dada a importância e a relevância

da atribuição e dada ainda à obrigatoriedade do encargo, a escolha dos membros da comissão
de sindicância deve recair sobre aqueles que detêm a formação e o conhecimento necessários
para um desempenho eficaz, o que certamente, em momento algum, trará prejuízos à


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Instituição, o que É O CASO, pois todos os membros aqui participantes preenchem essas
atribuições.
De acordo com as provas e declarações prestadas junto ao presente relatório, a

Comissão considera que as supostas irregularidades constatadas nos procedimentos da
contratação da Administração Pública Municipal e na inobservância do setor competente da
entidade no que concerne a celebração dos contratos o qual somente foram celebrados no mês
de fevereiro de 2009 para que fizessem parte das folhas de pagamento, não restaram tais
eventos infringência legal, tendo em vista no mês de janeiro os magarefes terem trabalhado
uma vez por semana ainda como diaristas com seus vencimentos proporcionais às horas
laboradas. Já no mês de fevereiro passaram a ter seus contratos e dias de trabalho
regularizados devidamente, sem qualquer devolução de quantias a quem quer que seja.
Fechando este ciclo de entendimento, citemos Fernando Araújo Eugênio em sua obra
“Limites do poder discricionário da Administração Pública na aplicação das sanções
disciplinares aos servidores públicos”. Teresina, ano 9, n. 495, nov. 2004, quando nos diz que:
“A adoção de medidas que coloquem o Processo

Administrativo Disciplinar e a Sindicância como fontes
centrais das diretrizes de Governo, permitirá que as ações
atinentes ao assunto reflitam o caráter de modernização,
não só nas ações do Direito Administrativo, como também,
norteador de políticas de formação de recursos
humanos que permitirá a atuação com segurança,
agilidade e propriedade na área dos procedimentos
disciplinares”. (grifo nosso)
Sendo assim, diante de tudo o que foi devidamente apurado, a Comissão entende que
a Administração Pública Municipal por intermédio do Sr. José Fábio Nascimento, ora
investigado, devera reavaliar a maneira como vêm contratando os funcionários tidos como
magarefes para os serviços e funções a que lhe são atribuídos, no sentido de estabelecer
critérios técnicos de admissibilidade no processo de contratação devendo o mesmo ser
realizado desde o 1º dia de trabalho, visando evitar a ocorrência de novos casos
semelhantes.
Isto posto, não restaram evidenciadas infringência aos dispositivos legais, tendo em
vista não ter sido constatado, em momento algum da investigação, quaisquer devoluções de

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quantias ao investigado, tão pouco devoluções de quantias a quaisquer outros funcionários do

município, atrelando-se os indícios somente a forma de como foram contratados os
magarefes, o que ocorreu somente no mês de fevereiro onde foram fixados devidamente os
dias a serem trabalhados e o pagamento de um salário mínimo vigente para o serviço
desempenhado, o que, diga-se novamente, efetivamente ocorreu.
Ex positis, em conformidade com o Art. 206, Inciso I, do Estatuto dos Servidores

Públicos Municipais de Sítio do Quinto – BA, a comissão entende que não restaram
comprovadas irregularidades praticadas pelo investigado, pugnando pelo arquivamento do
referido processo de sindicância, eis que não foi apurada qualquer irregularidade.
PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CUMPRA-SE.
Sítio do Quinto – BA, 20 de Abril de 2009.
ANA CRISTINA DE MATOS

(PRESIDENTE)
JOSÉ RICARDO DOS SANTOS

(2º MEMBRO)
SIMONE DANTAS DE MATOS SANTOS


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(3º MEMBRO)


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