Você está na página 1de 11

SOCIOLOGIA DO CRIME E DA

VIOLÊNCIA
AULA 5

Prof. Alex Erno Breunig


CONVERSA INICIAL

Os meios de produção capitalistas, a exploração da mão de obra, a


delimitação de condutas criminosas e suas correspondentes penas, as
necessárias análises a respeito do peso dessas penas e os reflexos psicológicos
da criminalidade na sociedade serão alvo de estudo nesta aula.
Estudaremos as relações entre o mercado de trabalho e a exploração da
mão de obra, e se em alguma medida o modelo capitalista de produção leva à
criminalidade e ao encarceramento exagerado dos que têm o trabalho explorado
pelos donos do capital.
Trataremos dos efeitos sociais e psicológicos da violência nas
comunidades economicamente menos favorecidas e da criminalização dos
integrantes dessas comunidades.

TEMA 1 – RELAÇÃO ENTRE O CÁRCERE E A FÁBRICA EM MELOSSI E


PAVARINI

Ao se referirem ao sistema penal, os autores deixam uma pergunta que


norteia, serve de base e permeia todo o estudo: “Por que motivo, em todas as
sociedades industrialmente desenvolvidas, essa instituição cumpre, de modo
predominante, a função punitiva, a ponto de cárcere e pena serem considerados
comumente quase sinônimos?” (Melossi; Pavarini, 2006, p. 19).
O surgimento das penitenciárias teria ocorrido não por razões legais ou
humanitárias, mas pela necessidade de instrumentalizar a submissão do
apenado à economia vigente – à fábrica –, possibilitando tornar o apenado mais
dócil e o introduzindo de forma coativa no modo de produção capitalista.
Nada obstante o sistema penal ser formalmente igualitário, por se aplicar
a todos indistintamente, sendo então justo e garantidor de direitos e dignidade
dos membros de uma sociedade: na realidade, este se afigura como
estigmatizante, seletivo e repressivo, atuando como verdadeiro instrumento de
controle social a serviço do Estado.
O Cárcere, aqui utilizando de sua disciplina, seria instituição auxiliar da
fábrica, por ser uma produtora de outra mercadoria – o homem obediente,
disciplinado e dócil ao regime fabril, a mercadoria “força de trabalho”.

2
A revolução industrial mudou radicalmente a relação de oferta e procura
de mão de obra, alterando com isso a concepção de obrigatoriedade de
trabalhos no cárcere.
Para os idealizadores do sistema penitenciário norte americano, conforme
Melossi e Pavarini (2006, p. 189), o confinamento solitário seria

capaz de resolver qualquer problema penitenciário; impedia a


promiscuidade entre os detidos, que se revelava um fator criminógeno
de efeito desastroso, além de promover, por meio do isolamento e do
silêncio, o processo psicológico de introspecção que era considerado
o veículo mais eficaz para o arrependimento.

TEMA 2 – ESTADO PENAL EM WACQUANT

Nascido na França, em 1960, e radicado nos Estados Unidos da América,


Loïc Wacquant é pesquisador e professor de Sociologia. Seus estudos se
concentram em temas como desigualdade urbana, marginalidade, instituições
carcerárias e políticas penais.
Wacquant conclui que os Estados Unidos da América mudaram do
tratamento social para o penal da pobreza, bem como que a instituição
penitenciária banalizou-se, com toda a sua onipresença, na base da estrutura
social dos Estados Unidos, sendo clara evidência do desmantelamento da
pequena rede de proteção social e o desdobramento concomitante da policial e
penal, com um objetivo: criminalizar a pobreza a fim de apoiar o novo regime do
assalariamento precário e mal pago.
A transição do Estado-Providência para o Estado-Penitência não diz
respeito, porém, a todos os americanos: ela se destina aos miseráveis, aos
inúteis e aos insubordinados à ordem econômica e étnica que se segue ao
abandono do compromisso fordista-keynesiano e à crise do gueto. Volta-se para
aqueles que compõem o subproletariado negro das grandes cidades, as frações
desqualificadas da classe operária, aos que recusam o trabalho mal remunerado
e se voltam para a economia informal da rua, cujo carro-chefe é o tráfico de
drogas.
A ideologia do Estado penal, que tornaria o Estado mínimo no aspecto
social e econômico e máximo no aspecto policial e penal, teria como um de seus
maiores símbolos a política de Nova York que adota a teoria da vidraça quebrada
e da aplicação da tolerância zero, o que permitiria uma limpeza de classe no
espaço público, afastando os pobres das ruas e outros espaços públicos.

3
De Nova York propagou-se para o mundo a doutrina da tolerância zero,
instrumento de legitimação da gestão policial e judiciária da pobreza que
incomoda – a que se vê, a que causa incidentes e desordens no espaço público,
alimentando, por conseguinte, uma difusa sensação de insegurança, ou
simplesmente de incômodo tenaz e de inconveniência.
Formado está o “Estado penal”, que incrementa o aparato estatal de
repressão em detrimento do “Estado social”, procurando respostas à desordem
provocada pela desregulamentação da economia, dessocialização do trabalho
assalariado e pelo empobrecimento do proletariado.
Conforme Brisola (2012, p. 30), citando Wacquant, com intensificação nos
anos de 1990, os Estados Unidos da América experimentaram uma retração da
rede de segurança social, com o deslocamento de recursos para a segurança
pública, revelando o viés repressivo e punitivo da política governamental norte-
americana, com a implementação de políticas voltadas para o controle da ordem,
com o apoio do aparato policial e do Judiciário.
Para Wacquant, “no período citado as classes dominantes se ‘convertem’
à ideologia neoliberal, pressionando por transformações no âmbito do Estado às
quais expressam a remoção do Estado econômico, o desmantelamento do
Estado social e o fortalecimento do Estado penal” (citado por Brisola, 2012,
p. 30).
A política de encarceramento massificado dos pobres contribuiria ainda
para fins eleitoreiros. Com a disseminação nos meios de comunicação de que
os resultados para a segurança pública e para o mercado de trabalho estariam
sendo satisfatórios, esses resultados não se sustentariam em longo prazo,
prestando-se apenas para divulgação e uso em pequenos e médios períodos de
tempo.

TEMA 3 – ABOLICIONISMO PENAL EM HULSMAN

Louk Hulsman (1923–2009), nascido na Holanda, foi um reconhecido


criminólogo, professor de direito penal e criminologia, tendo se dedicado à teoria
abolicionista penal. Sua obra principal é Penas perdidas – O sistema penal em
em questão.
Abolicionismo penal é uma teoria criminológica derivada da criminologia
crítica. Refere-se ao movimento tendente à descriminalização e despenalização,
ou seja, à extinção dos tipos penais incriminadores, sendo visto como solução
4
para o caos do sistema penitenciário. Nas lições de Nucci (2012, p. 395), é “uma
nova forma de pensar o Direito Penal, questionando o significado das punições
e instituições, bem como construindo outras formas de liberdade e justiça. O
movimento trata da descriminalização [...] e da despenalização.”
Destaca-se a corrente abolicionista como posição deslegitimadora do
Direito Penal. Os seus autores, com destaque para Louk Hulsman, sustentam
que a atuação penal não possui qualquer legitimidade, sendo também
desnecessária para a sociedade, além de causar diversos efeitos negativos.
A concepção de Hulsman acerca da problemática envolvendo todo o
sistema de Direito Penal se fundamenta na abordagem sobre os elementos
criminológicos fundamentais: crime; pena; criminoso; e vítima.
Hulsman propõe a abolição completa da justiça criminal, deixando como
alternativa a conciliação entre as partes, que deveria ser implementada na órbita
particular, sem a interferência do Estado.
Advoga três razões fundamentais para abolir o sistema penal “1) causa
sofrimentos desnecessários distribuídos socialmente de modo injusto; 2) não
apresenta efeito positivo algum sobre as pessoas envolvidas nos conflitos; e 3)
é extremamente difícil de ser mantido sob controle” (Zaffaroni, 1991, p.107-108).
O sistema penal – composto pelo Código Penal, que descreve e limita as
condutas típicas e puníveis; pelo Código de Processo Penal, que estabelece
garantias para que ninguém seja preso de forma arbitrária; e pelo Poder
Judiciário, independente do Poder Executivo – deveria proteger a sociedade de
qualquer constrangimento arbitrário e ser útil e válido para todos.
Para Hulsman e Celis (1993, p. 59), “na realidade, o sistema penal estatal
dificilmente poderia alcançar tais objetivos. Como todas as grandes burocracias,
sua tendência principal não se dirige para os objetivos externos, mas sim para
os objetivos internos”.
A alternativa correta ao sistema penal seria a conciliação, pela qual os
conflitos seriam resolvidos pela intervenção dos envolvidos nas situações
problemáticas, consistindo na extinção do sistema penal e na instituição de um
sistema civil adaptado para a resolução dos conflitos.

TEMA 4 – SOCIABILIDADE VIOLENTA EM MACHADO DA SILVA

Luiz Antonio Machado da Silva é sociólogo e professor do Instituto de


Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
5
O termo sociabilidade violenta foi cunhado por Machado da Silva (2004),
que trata da violência urbana brasileira partindo da premissa comum do
monopólio conferido ao Estado para o uso da força, no intuito de manter o
respeito ao estado democrático e dar vigência à Legislação, transitando pela
violência espraiada por praticamente todas as cidades brasileiras, onde se tem
a impressão de que o Estado não tem mais esse monopólio.
O conceito engloba o componente qualitativo que, no entender do autor,
não consta rotineiramente dos estudos acerca de criminalidade urbana, os quais
são calcados especialmente em pesquisas quantitativas, utilizando dados
estatísticos. Esse componente qualitativo corresponde à sensação de segurança
ou de insegurança, percebido pela população, que é fruto da banalização do uso
da força física pelos criminosos. Assim, a percepção de uma criminalidade cada
vez mais violenta, que leva à sensação de insegurança, banaliza o uso da
violência e leva ao aumento dos crimes dessa natureza.
Esse crescimento vertiginoso dos crimes violentos teria por efeito limitar
o exercício de direitos fundamentais da sociedade, que estaria ameaçada em
seu exercício de ir e vir, em suas propriedades e sua vida.
O crime no Brasil está em grande medida ligado ao patriarcalismo, que é
uma forma histórica e estrutural de manutenção do poder que enxerga a mulher
e os filhos como inferiores e que por isso estes precisam se submeter aos
mandos e desmandos do patriarca. Uma das formas possíveis e comuns para
manter esse modelo é o uso da violência. Conforme Catussi (2009, p. 2), “o
patriarcado tem como característica a dominação do sexo feminino pelo
masculino, marcada pelo emprego de violência física ou psíquica”.
É importante perceber que esse modelo patriarcal que se iniciou no Brasil
Colônia ainda é muito presente nas relações familiares e está longe de ser
superado, embora seja preciso reconhecer que presenciamos grandes avanços
no último século, principalmente em função das lutas feministas iniciadas na
década de 1960. Dados estatísticos colocam a família como um local não de
possibilidade para a ocorrência de violências, mas, sim, de grande probabilidade.
Chegou-se então à ideia de que o crescimento dos entes estatais
responsáveis por garantir a segurança pública deveria dar espaço à cidadania
no tratamento dos problemas de segurança pública, melhorando as condições
dos menos favorecidos economicamente e dos recolhidos ao sistema prisional.

6
A partir da constatação de que as populações urbanas aceitam e
difundem que o crime comum violento e suas vítimas podem ser definidos pela
expressão “violência urbana”, entende-se que esta expressão pode ser objeto
de uma crítica racional. A violência urbana, na visão de Machado da Silva (2004,
p. 57), “seleciona e indica um complexo de práticas que são consideradas
ameaças a duas condições básicas do sentimento de segurança existencial que
costuma acompanhar a vida cotidiana rotineira – integridade física e garantia
patrimonial”. A violência urbana dissemina a sensação de falta de segurança,
não apenas por contrariar a lei, mas especialmente pelo uso da força física.
A violência é experimentada até mesmo dentro das escolas, sendo que o
ambiente escolar nem sempre é positivo, pois pode revelar muita competição e
envolver pouca solidariedade, um dos fatores que mais se relaciona às doenças
por conta do trabalho.
Sennett (2010) chamou atenção para o enfraquecimento dos laços
afetivos, de confiança e de cooperação frente a um novo modelo de trabalho
fundado no capitalismo flexível, no qual as formas rígidas da burocracia e o
excesso de rotina caem por terra.

TEMA 5 – SUJEIÇÃO CRIMINAL EM MISSE

Michel Misse é sociólogo e professor. Com uma vasta produção


acadêmica e literária, é um atuante estudioso da violência urbana no Brasil.
Estudar a sujeição criminal implica na verificação do sujeito que no Brasil
é rotulado de “bandido”, sendo este um tipo de subjetivação que, dentre outras
coisas, não é voltado ao bem comum: o sujeito criminal seria produzido pela
interpelação da polícia, da moralidade pública e das leis penais.
Os autores de crimes atrozes, especialmente os que ganham notoriedade
e ampla divulgação midiática, acabam por ser considerados como não dignos de
respeito a todos os direitos e garantias, quase como se perdessem o status de
humanos, sendo guinados à categoria de “monstros”. O questionamento a sua
humanidade, pode, assim, levar ao desrespeito de algumas garantias, sendo
esses indivíduos qualificados como pessoas sujeitadas criminalmente.
Surge então o conceito de sujeição criminal, que, nas palavras de Misse
(2010, p. 23), “engloba processos de rotulação, estigmatização e tipificação
numa única identidade social, especificamente ligada ao processo de
incriminação e não como um caso particular de desvio”.
7
A crise econômica da década de 1980 resultou na “década perdida”, isto
é, anos de recessão econômica, altas taxas de inflação, desemprego e aumento
significativo da pobreza. Tal quadro resultou no aumento da criminalidade
violenta e, consequentemente, no medo do crime.
Sujeição criminal é o processo social em que a incriminação se dá mesmo
antes da ocorrência de qualquer crime, havendo o deslocamento do foco do
evento para o sujeito e do crime para o potencial criminoso. Esse processo está
articulado ao sentimento de insegurança e a uma concepção de incriminação
baseada no sujeito.
Para o indivíduo criminalmente sujeitado, o crime lhe seria intrínseco,
seria de sua essência, a sujeição criminal promoveria uma subjetivação do
“bandido”, que deixaria de ser sujeito de Direitos Humanos – pois não é um
humano direito –, podendo ser eliminado em prol da ordem democrática e da
segurança pública, como adverte Misse (2010, p. 21):

Também por isso podemos considerar que a sujeição criminal é um


processo de criminação de sujeitos, e não de cursos de ação. Trata-se
de um sujeito que “carrega” o crime em sua própria alma; não é alguém
que comete crimes, mas que sempre cometerá crimes, um bandido,
um sujeito perigoso, um sujeito irrecuperável, alguém que se pode
desejar naturalmente que morra, que pode ser morto, que seja matável.
A grande distância social produziria uma mobilização por efetuar a
denúncia, pois aí inexistem fatores atenuadores dessa mobilização.
A identidade de “bandido” não raras vezes é obtida não apenas pela
prática do crime, mas também pela convivência aproximada, social ou familiar,
com quem efetivamente tenha por hábito a prática de delitos. A instituição dessa
“identidade” é uma forma de sujeição criminal, diferenciando tipos sociais.

NA PRÁTICA

Utilizando das lições desta aula, somadas às suas experiências pessoais


e às informações disponíveis na imprensa, reflita sobre as influências do
mercado de trabalho e oportunidades de educação e emprego sobre a
criminalidade e o crescente encarceramento vivenciado atualmente no Brasil.
Procure observar o sistema legislativo brasileiro, com especial atenção
para a questão penal e para o sistema prisional, refletindo sobre a existência ou
não de alguma forma de discriminação na formulação e aplicação dessa
legislação, a ponto de podermos afirmar haver um direcionamento para o
encarceramento das classes economicamente menos favorecidas.

8
FINALIZANDO

Nesta aula trouxemos os pensamentos de sociólogos que refletem acerca


da criminalidade e da violência, com especial atenção à relação desses
fenômenos com a mão de obra e as condições sociais e culturais.
Evidenciamos, assim, as prováveis causas e efeitos da sensação de
insegurança vivida não só no Brasil, mas que guardam semelhança em
praticamente todo o mundo capitalista.

9
REFERÊNCIAS

BRISOLA, E. Estado Penal, criminalização da pobreza e serviço social. Ser


Social, Brasília, v. 14, n. 30, jan./jun. 2012. Disponível em:
<http://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/viewFile/7441/5749>.
Acesso em: 3 out. 2017.

CATUSSI, S. J. A. A violência doméstica decorrente do modelo de sociedade


patriarcal. Intertemas, Presidente Prudente, vol. 14, 2009. Disponível em:
<http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/view/1342/1281>.
Acesso em: 3 out. 2017.

DOUGLAS, M. Pureza e perigo: ensaio sobre as noções de poluição e tabu.


Lisboa: Edições 70, 1966. (Coleção Perspectivas do Homem, n. 39)

HULSMAN, L.; CELIS, J. B. de. Penas perdidas: o sistema penal em questão.


Rio de Janeiro: Luam, 1993.

MANSO, B. P. Crescimento e queda dos homicídios em SP entre 1960 e 2010


– uma análise dos mecanismos da escolha homicida e das carreiras no crime.
304 f. Tese (Doutorado em Ciências Políticas) – Universidade de São Paulo. São
Paulo, 2012. Disponível em:
<www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/.../2012_BrunoPaesManso.pdf>.
Acesso em: 3 out. 2017.

MELOSSI, D.; PAVARINI, M. Cárcere e fábrica – As origens do sistema


penitenciário (séculos XVI-XIX). Tradução de Sérgio Lamarão. Rio de Janeiro:
Revan, 2006.

MISSE, M. Crime, sujeito e sujeição criminal: aspectos de uma contribuição


analítica obre a categoria “bandido”. Lua Nova, São Paulo, v. 79, p. 15-38, 2010.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ln/n79/a03n79.pdf>. Acesso em: 3 out.
2017.

NUCCI, G. de S. Código Penal Comentado. 12. ed. Imprenta: São Paulo, 2012.

PESCAROLO, J. K. A produção do fracasso escolar e da carreira moral do aluno


problema. CSOnline, ano 5, ed. 12, abr./jul. 2011. Disponível em:
<https://csonline.ufjf.emnuvens.com.br/csonline/article/download/1218/978>.
Acesso em: 3 out. 2017.

SENNETT, R. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no


10
novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2010.

SILVA, L. A. M. da. Sociabilidade violenta: por uma interpretação da criminalidade


contemporânea no Brasil urbano. Sociedade e estado, Brasília, v. 19, n. 1, p. 53-
84, jun. 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
69922004000100004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 3 out. 2017.

WACQUANT, L. A criminalização da pobreza. Entrevista traduzida por Suely


Gomes Costa. Mais Humana, dez. 1999. Disponível em:
<http://www.uff.br/maishumana/loic1.htm>. Acesso em: 3 out. 2017.

ZAFFARONI, E. R. Em busca das penas perdidas: a perda de legitimidade do


sistema penal. Tradução de Vânia Romano Pedrosa e Almir Lopes da
Conceição. Rio de Janeiro: Revan, 1991.

11

Você também pode gostar