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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE DIREITO
DISCIPLINA: CRIMINOLOGIA
PROF: JACKSON DNAJA NOBRE FIGUEIREDO

Aluna: Julia Dardanio Carvalho Silva


Matrícula: 540207

ATIVIDADE:
Fichamento acerca do livro “A Questão Criminal” de Eugenio Raúl Zaffaroni.
*O livro é dividido em tópicos, os quais abordam questões importantes e trazem inúmeras implicações
teóricas e práticas. Nesse fichamento irei analisar cada um, ou, pelo menos, os mais relevantes e de
maior repercussão, particularmente.
1º-“A academia, os meios de comunicação e os mortos”: Retrata a extensividade da questão
criminal, sobretudo no período pós globalização, o qual, por meio dos veículos midiáticos, possibilitou
a receptividade, pela população, dos conteúdos criminais de maneira mais abrangente, rápida e
eficiente, concorrendo com temas de grande prestígio e atenção, como o futebol. Contudo, o autor
afirma que o principal desafio desse mundo globalizado e planetário consiste na divulgação de
pensamentos distintos e no reconhecimento da existência de erros e equívocos em temas de qualquer
natureza. Concomitantemente, a questão criminal também enfrenta esse desafio e assim, torna-se
importante o cidadão comum saber que há um mundo acadêmico que também se equivoca e tampouco
é seguro que o que nele se fala seja a realidade.
2º- “Quem sabe disso?”: Aborda o seguinte questionamento: quem se ocupa academicamente da
questão criminal? O autor afirma que não basta ser penalista, ou seja, saber direito penal, para poder
opinar com fundamento científico acerca da questão criminal. Para isso, é necessário distinguir 2
âmbitos do conhecimento: o direito penal e a criminologia. O direito penal se ocupa de trabalhar a
legislação penal, tendo como principal fonte, a dogmática jurídica aplicada à lei penal. Já na
criminologia, convergem dados de diferentes fontes, como a sociologia, a história e a antropologia,
tentando entender questões como a gênese e dinâmica do crime, o criminoso, a vítima e os meios de
controle social.
4º- “A estrutura inquisitorial”: Analisa a natureza estrutural do poder punitivo, destacando suas
característica inquisitorial/demonológico. Essa natureza foi institucionalizada sob a narrativa de
“emergência”, uma ameaça que colocaria em risco toda a humanidade e assim, eliminando qualquer
obstáculo ao poder punitivo que se apresenta como a única solução para neutralizá-lo. Contudo, é
evidente que o poder punitivo não se dedica a eliminar o perigo da emergência, e sim verticalizar mais
ainda o poder social; a emergência é apenas o elemento discursivo legitimador de sua falta contenção.
5º- “Sempre houve rebeldes e transgressores”: Disserta sobre a existência, eminente à sociedade, dos
transgressores. O transgressor sempre foi um enigma, envolvento questionamentos, como o porque de
alguém desafiar o poder ou os valores dominantes, mesmo às custas de graves riscos.
6º- “As corporações e suas lutas”: Fala sobre a estruturação das primeiras corporações e lutas
sociais, sobretudo no contexto do Antigo Regime, quando o poder estatal passou a regular a vida
pública e, consequentemente, do sujeito público. A partir disso, surgiram as primeiras corporações,
centradas no discurso de limitação dessa regulação e dos privilégios estamentais.
7º- “O utilitarismo disciplinador”: Trata da influência do pós antigo regime, sobretudo do
iluminismo, na estruturação de 2 ordens criminológicas e teóricas: o utilitarismo disciplinador e o
contratualismo. O utilitarismo tem como principal representante Jeremy Bentham e tem como base o
lema de que é necessário governar proporcionando a maior felicidade ao maior número de pessoas. Pra
ele, a sociedade representava uma grande escola, na qual devia impor-se a ordem, ou seja, a chave
era a disciplina e assim, o indivíduo deveria abster-se de cometer delitos. Para Bentham, o delito
coloca em evidência um desequilíbrio, produto da desordem pessoal do infrator, que deve ser
corrigido. Essa correção manifestada o disciplinamento, o qual deveria ser levado a cabo na medida do
talião, ou seja, de uma dor equivalente à provocada pelo delito.
8º- “Os Contratualismos”: Nessa corrente, a sociedade não era em nada natural, mas sim produto de
um artifício, de uma criação humana, ou seja, de um contrato que, como tal, podia ser modificado e até
mesmo rescindido, como acontece com qualquer contrato quando a vontade soberana das partes o
decide. Foi nesse período que a questão criminal alcançou um de seus momentos de mais
elevado conteúdo pensante com os discursos dos contratualistas do Iluminismo, por meio, por
exemplo, do sancionamento de códigos. Além disso, procurava-se dar clareza e que todos
soubessem com base na lei prévia, o que era e o que não era proibido, substraindo-o da arbitrariedade
dos juízes. Desse modo, o contratualismo influenciou o cenário jurídico regente, por meio de ações
como:
1) Os julgamentos se tornaram públicos;
2) A redução da pena de morte e a supressão das penas corporais;
3) A privação de liberdade como pena central;
4) Sistema de pesos e medidas (Beccaria).
9º- “Os contratualismos tornam-se problemáticos”: Os contratualistas se ocupavam em imaginar e
programar o Estado e a questão criminal tornava-se central para eles, porque o que planificavam
conforme suas concepções era o próprio poder. Essa íntima e inseparável relação do poder com a
criminologia foi o que se perdeu de vista na última metade do século XIX, quando se quis fazer da
criminologia uma questão científica e asséptica, estranha ao poder e separada da ideia mesma de
Estado. Além disso, houve vários contratualismos, haja vista que a metáfora do contrato permitiu
construir diferentes imagens do Estado, o que possibilitou a estruturação de problemáticas e
divergências acerca de questões centrais do contratualismo.
12º- “O salto do contrato à biologia”: Com o advento da Revolução Industrial, a ciência era a nova
“ideologia” dominante. Com avanços, como a máquina a vapor, a ferrovia e a vacina, o ser humano se
tornava poderoso, podia controlar por completo a natureza e chegar a vencer a própria morte. Contudo,
essa concepção cientificista, insipirada, sobretudo, no Darwinismo Social, instituiu um reducionismo
biológico no tocante à criminologia. Dessa forma, a medida em que o cenário mundial vivenciava
inúmeros avanços, ele retrocedia séculos, por meio da justificativa biológica acerca do exercício do
poder punitivo.
13º- “Começa o apartheid criminológico”: Por meio do determinismo biológico, cujo principal
representante é Cesare Lombroso, a criminologia entra na sua fase antropólogica e passa a analisar a
essência do criminoso e os traços comportamentais, físicos e psicológicos comuns entre os indivíduos
encarcerados, assim, perpetuou-se a crença de que o comportamento criminoso era atávico, algo pré
determinado portado pelo indivíduo. Desse modo, teorias racistas, por exemplo foram amplamente
difundidas, tendo como base esse determinismo biológico.
14º- “A síntese lombrosiana: um bicho diferente”: Aborda a tendência de deduzir caracteres
psicológicos a partir de dados físicos ou orgânicos. “A origem desse suposto saber encontra-se em um
preconceito bastante absurdo, que começa com a classificação e a hierarquização dos animais. Uma vez
estabelecidas essas classificações humanas dos animais, houve quem pensasse que, devido à semelhança de
alguns humanos com certos animais, eles podiam ser caracterizados psicologicamente. Assim, o “criminoso
nato” proposto por Lombroso era explicado por sua semelhança com o selvagem colonizado, aduzindo que as
raças selvagens eram menos evoluídas do que a raça branca europeia. Em seu tempo, afirmava-se que no seio
materno se sintetiza toda a evolução, desde o ente unicelular até o ser humano completo (dizia-se que “a
ontogenia resume a filogenia”). O “criminoso nato” era produto acidental de uma interrupção deste processo,
que fazia com que, em meio da raça superior europeia, nascesse um sujeito diferente e semelhante ao
colonizado. Era, pois, um branco que nascia mal acabado, sem o último golpe de forn e portanto, era um
colonizado. Os caracteres “atávicos” que o assemelhavam ao colonizado lhe atribuíam traços“africanoides”
ou“mongoloides” (parecidos aos africanos ou aos índios).”

16º- Os crimes da criminologia racista:campos de extermínio e eugenia”: O domínio mundial


sempre hierarquizou os seres humanos e considerou inferiores os colonizados. Todo o reducionismo
biologista que acarretou o racismo passou a ser utilizado para legitimar e institucionalizar o poder
colonialista e o controle de classes. A título de eventos que utlizaram dessa justificativa determinista,
têm-se as grandes guerras mundiais, as quais manifestaram, infelizmente, a proliferação de discursos
racistas e atrocidades.
17º- “A criminologia no canto da faculdade de direito”: Passa-se a tomar a criminologia como um
conjunto de conhecimentos auxiliares do direito penal, atuando quanto este considerava necessário e
nada mais. Porém, mesmo deixada de canto, a criminologia continua sendo racista.
18º- “A agonia da criminologia do canto”: No período pós-guerra, a criminologia até então
conhecida entra em crise e deixa, quase que automaticamente, de ser racista, pois ninguém queria arcar
com as terríveis e desastrosas consequências da guerra. Com a perda de seu principal objeto de estudo,
a criminologia biologista encontra uma profunda crise. Assim, a criminologia começa a discutir e
investigar a criminalidade sob uma ótica diferente e caberia a ela anunciar a nova direção das novas
colocações mundiais.
19º- “O parto sociológico”:A questão criminal antes utilizada como um método da disputa de poder e
aplicada pela criminologia biologista passa, com os sociólogos, a avançar por um caminho diferente,
observando os fenômenos a partir do plano social. Nesse período, temos a presença de figuras
importantes no tocante a esse estudo sociológico da crimnologia, como Adolph Quetelet e August
Comte. Assim, essa nova “criminologia sociológica” abre, para a sociologia, um amplo espaço de
debate e análise, contrariamente àquela criminologia que permaneceu envolta ao racismo e ao
reducionismo biologista.
22º- “Sistêmicos e conflitivistas”: Das cinco correntes da criminologia sociológica, Zaffaroni passa a
tratar das duas faltantes: a tensão social e o conflito, disputando entre si não só a etiologia social do
delito mas também a própria definição de sociedade. Na tese sistêmica, a delinquência se apresenta
como o resultado das tensões provocadas dentro de um sistema. Esse sistema corresponde à própria
sociedade que abarca todas as suas partes, suas relações internas e externas com o meio. Já de acordo
com a conflitivista, o delito é explicado como o resultado permanente de um conflito entre os grupos
sociais. E assim, a sociedade seria definida como o conjunto de grupos em conflito que estabelecem as
regras do jogo visando resolver tais conflitos. Já para a tese conflitivista, o delito era unicamente
criado por meio do sistema capitalista, que gerava a miséria e o egoísmo em todas as relações, tanto
nas classes menos abastadas como na classe burguesa.
23º- “A prateleira caiu!”: Com o avanço da ciência e da sociologia geral, a sociologia criminal não
poderia mais questionar-se apenas sobre as causas dos delitos sem analisar também o poder punitivo.
Assim, abre-se uma nova etapa da criminologia acadêmica, a criminologia crítica, composta por 2
vertentes principais: a criminologia liberal e a criminologia radical.
24º-“A criminologia crítica liberal e a psicologia social”: Essa vertente baseava-se na psicologia
social e pela filosofia. Segundo o interacionismo simbólico todos temos um “mim” que se forma pelas
exigências dos demais, e um “eu” que já é interno. O sociólogo mais importante dessa corrente foi
Erving Goffman. Segundo Goffman, os indivíduos desempenham verdadeiros papéis na sociedade, e
cada um espera que o outro cumpra o papel a qual está determinado. Quando o sociólogo passa a
analisar as instituições com base nesta ótica, percebe que nos manicômios, prisões, asilos, etc, não há
uma separação do pessoal e do interno, o indivíduo perde completamente sua autonomia e passa a ser
controlado até mesmo nos atos mais íntimos.
26º- “A vertente marxista da criminologia radical”:
Segundo Zaffaroni, a criminologia radical representa o ponto de encontro de marcos teóricos que
demandavam por mudanças sociais. Certamente a maior crítica social do século correspondia ao
marxismo. A ideia central seria debater a existência de uma relação entre o mercado de trabalho e a
pena, ou seja, "com a pena uma quantidade de pessoas deixa o mercado de trabalho, num momento em
que há demanda de trabalho no próprio sistema. Essa situação reduz a oferta e impede que os salários
baixem muito; inversamente, aumenta a oferta quando há uma demanda de mão de obra, evitando uma
subida acentuado do salário." Por outro lado, defendiam que o mercado seria o determinante das
penas conforme a exigibilidade, assim, as condições de vida carcerária deveriam ser piores que a pior
situação experimentada na sociedade.
31º- “Os homicídios estatais ou crimes de massa”: Depois do 11 de setembro nos Estados Unidos
considerado um espaço civilizado passa a ser um espaço de terceiro mundo. O então Presidente
George Bush reforça um discurso que confunde a guerra com o crime agitando o nacionalismo e
tomando uma política de Tolerância Zero como uma prevenção. A criminologia, até então, tinha
reservado um enorme silêncio acerca dos massacres estatais. Porém, tempos depois, é reconhecido que
a criminologia é o produto de um setor do planeta cujos Estados foram construídos sobre a violência e
o genocídio. Além disso para o autor há uma cifra criminal oculta que não registra ou repórta tais
genocídios, um verdadeiro Apartheid criminal. A criminologia seria responsável pelo recolhimento de
dados domésticos e condicionados ao poder do Estado, considerando os grandes crimes do passado
como exceções sobre as quais não precisaria se preocupar, justificando a violência estatal como uma
doutrina de segurança nacional.
34º- “Somos todos neuróticos?”: Com a violência e as mortes em massa provocadas pelo poder
estatal Zaffaroni passa a questionar quais seriam as razões para tal agressividade, principalmente
porque por trás da resposta pode se encontrar um bom pretexto que justifique tais calamidades.
37º- “A criminologia midiática”: A criminologia midiática - visão da criminalidade construída pelos
meios de comunicação – surge no final do século XIX. Relembrado Girard, o sistema penal tem a
função de canalizar a vingança e a violência difusa da sociedade, e por este motivo, a mídia atua como
uma vitrine do funcionamento do poder punitivo, amenizando a angústia da população. Assim, a
criminologia midiática apela para a criação de uma realidade criada na informação, subinformação e
desinformação, baseando-se em preconceitos e crenças. Essa criminologia cria uma realidade onde de
um lado encontram-se pessoas decentes e do outro os delinquentes, identificados por estereótipos,
diferentes e maus, devendo ser separados do resto da sociedade. Por este motivo a televisão se
empenha em mostrar os crimes mais perversos, para que essa imagem do lado “ruim”permaneça a
mesma. Não por coincidência, são aos jovens, e principalmente, os jovens negros, que se destinam o
deslocamento para o lado ruim, justificando a letalidade destinada à essa pessoas como uma mera
consequência do sistema penal. Com isso, o discurso midiático transmite, como já dito, essa divisão
em dois polos, bem e mal, no qual não há outras soluções senão a punitiva vingativa.
41º- “Como o pensamento mágico pode triunfar?”: “Por que essa criminologia midiática ganha tanto
destaque num tempo em que a ciência também ganha força?”A verdade é que pouco contribuiu de fato
essa criminologia para as questões criminais. É inquestionável que os índices de violência de uma
sociedade só serão reduzidos com a motivação de condutas menos violentas através de técnicas de
motivação. Mas, sempre que a sociedade demonstra esse desejo de desmotivação violenta, espera que
os resultados aconteçam como mágica. Não há espaço para o pensamento científico verdadeiro, apenas
para a sua cópia. Criam-se programas de debates com “especialistas” acerca da questão criminal, que
realidade mágica transvestida em um discurso científico, criando uma verdadeira retroalimentação da
criminologia - o especialista apenas reproduz o já conhecido discurso, conferindo autoridade à
criminologia midiática.
43º- “Os massacres e as guerras”: Muitos massacres pretenderam ser confundidos com as guerras,
sendo executados em seu decorrer mas sem nenhuma ligação com aquela, passando a envolver a
população e apelando "à sua substanciação como inimigo e como infrator, razão pela qual os mortos
não só eram efeitos colaterais, mas também começaram a ser produtos de represálias sobre a
população civil."
48º- “O que a criminologia pode fazer?”: A criminologia trata de dois tipos de prevenção aos delitos,
a prevenção primária (que vai até a raiz social do problema) e a prevenção secundária (que opera
contra o fato). Frente ao cenário de massacres, a criminologia passou por duas etapas: primeiramente,
a legitimação desses eventos através do reducionismo biológico e as posteriores dissimulações. Já na
segunda fase, passou por uma etapa de negacionismo por omissão, na qual ninguém se preocupou
sobre. Essa segunda fase chega ao fim, já que no mundo contemporâneo ela se mostra insustentável.
Com isso, pode-se definir essa nova criminologia em ascensão como “a criminologia que proporciona
informação necessária e alerta a respeito do transbordamento do poder punitivo, suscetível de produzir
um massacre.”A criminologia cautelar precisará de novo marco teórico que supere o negacionismo de
sua fase anterior e chegue à cautela, reconhecendo que o poder punitivo e o poder massacrador têm a
mesma essência. Sua tarefa será desenvolver instrumentos para a investigação e determinação de
possíveis rupturas com a antiga ordem, proporcionando ao direito penal a informação necessária para a
contenção do poder punitivo.
52º- “ A criminologia cautelar preventiva de massacres”: Em todo sistema penal há um possível
massacre em curso, tornando necessário que a criminologia questione de que forma se deve controlar
esse aparato em busca de equilíbrio. Na atualidade, essa máxima abstração se baseia na ideia midiática
de segurança, colocando uma falsa opção entre liberdade e segurança. Esta realidade, ao contrário do
que acontece nos Estados Unidos, não ganha incentivo de estudo na América Latina. Por temor à
difamação que pode resultar da criminologia midiática, os criminólogos não expõem a realidade. Não
há garantia de fundos para pesquisas, menos ainda aos críticos do poder punitivo. Segundo Zaffaroni,
urge a necessidade que os criminólogos latinos americanos se inspirem na coragem da criminologia
estadunidense, mostrando os efeitos do discurso que se globaliza e se arrisca muito mais letal.
55º- “Não se pode prevenir o que não se conhece”: A criminologia cautelar deve apoiar o temor
nacional frente aos riscos causadores de possíveis massacres. Para isso, torna-se necessário a
investigação dos riscos que formam as diferentes mortes por violência em cada sociedade e a adoção
de medidas preventivas adequadas. No entanto, essa tarefa não se resolve apenas melhorando o
sistema penal, já que ele possui pouca eficácia preventiva e tudo que destina ao combate a violência
demanda um grande investimento por parte dos governos. Para de fato combater a violência e cessar
os massacres seria necessária uma longa e detalhada pesquisa sobre os delitos, quem os comete, como,
quem são as vítimas, haja vista que não se tem como prevenir algo que não se sabe a respeito.

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