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Faculdade de Colíder - UNIFAMA/FACIDER

Disciplina: Criminologia Carga Horária: 60 horas

Professor Donadia

Ementa:
Consolidação histórica, epistemológica e política da criminologia. Paradigma etiológico de Criminologia: crime, criminoso e criminalidade
como objeto criminológico. Mudança de paradigmas em Criminologia e paradigma da reação social: controle social e sistema penal como
objeto criminológico. Criminalidade, criminalização, vitimação. Penalogia: penas e sistemas penitenciários. Políticas Criminais.
Bibliografia básica:
1) GLOECKNER, Ricardo Jacobsem; AMARAL, Augusto Jobim do. Criminologia (e)m crítica.Porto Alegre: EDIPUCRS, 2013.
2) MAÍLLO, A. S; PRADO L. R. Curso de criminologia. 3. ed. rev. atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016. 512 p.
3) SUMARIVA, P. H. de G. Criminologia: teoria e prática. 4. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2017.
Bibliografia complementar:
1) ANDREOTTI, Cristiane. Enfrentamento da revitimização: a escuta de crianças vítimas de violência sexual. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2012. 192 p.
2) FIORETI, Julio. Legítima defesa: estudo da criminologia. Trad. Fernando Bragança. Belo Horizonte: Líder, 2008. 96 p.
3) LIMA JR, José César Naves. Manual de criminologia. Salvador: Juspodivm, 2014.
4) RAUTER, Cristina. Criminologia e subjetividade no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2003. 125 p.
5) ZACARIAS, A. E de C. Manual do criminalista. 2. ed. Leme, SP: EDIJUR, 2015. 1504 p.

1ª Aulas preparadas com base em CRIMINOLOGIA, Thais Bandeira e Daniela Portugal, Tecnologia em Segurança Pública, Universidade
Federal da Bahia, (eBook_Criminologia-Tecnologia_em_Seguranca_Publica_UFBA.pdf).

A Criminologia nos convida a investigar as causas do crime, a origem do delito. A partir de diversas perspectivas, esta ciência explica as razões
de o delito fazer parte da própria história da vida em sociedade. Não o “delito” em um sentido dogmático ou legal, mas em um sentido de
“transgressão” aquilo que se espera de um determinado indivíduo.

Criminologia Unifama/Facider, 2023-2

Aula 01, 08/08/2023

Etimologicamente, criminologia deriva do latim crimino ("crime") e do grego logos


("tratado" ou "estudo"), sendo portanto o "estudo do crime". Assim sendo podemos
conceituar a criminologia como a área de estudos dos atos criminosos, investigando as
causas, os autores do delito, as vítimas e as possíveis formas de combate à
criminalidade. 

Origem e fases de evolução:

Com início no século XVIII, (Cesare Beccaria 1738 a 1794), a criminologia surgiu de
forma a buscar a origem da delinquência e a causa do delito, utilizando o método das
ciências naturais, mais especificamente a etiologia, para explicar o crime.

A criminologia é o conjunto de conhecimentos a respeito da criminalidade, do crime e


suas causas, do controle social do ato criminoso, da vítima, bem como da
personalidade do criminoso e da maneira de ressocializá-lo, sendo uma ciência
responsável por estudar os fatos e produzir dados importantes.

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A Criminologia é uma ciência social empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo
do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento
delitivo. O termo “ciência empírica” remete a empirismo, que é a formação do
conhecimento a partir da observação de fatos e de relações sociais.

A Criminologia é uma ciência relativamente recente, não havendo consenso doutrinário


acerca do marco inicial de sua sistematização.
Contudo o termo Criminologia" é atribuída a Paul Topinard, antropólogo Frances (1830
– 1911) e difundida internacionalmente por Raffaele Garofalo, Itália (1851 – 1934) em
sua obra “Criminologia”.

Academicamente a Criminologia começa com a publicação da obra de Cesare


Lombroso  chamada L'Uomo Delinquente ("O Homem Delinquente", em tradução
livre), em 1876. Sua principal tese era a do delinquente nato.

A criminologia não é um ramo do conhecimento cientifico simpático ao poder, o estudo


sobre as raízes e motivação do delito por vezes (via de regra o fará) descortinar fatores
criminógeneros gerado pelo mau exercício do poder, (professor Alexandre Sanches).

A criminologia é uma ciência autônoma ou está ligada a outro ramo do conhecimento?


para Roberto Lira (brasileiro) está ligada a sociologia, mas para doutrina majoritária
trata-se de uma ciência autônoma.

Conceito de criminologia .

Na criminologia não existe um único conceito, mas um bem aceito é o de Jean


Merquiset:

“Criminologia é o estudo do crime como fenômenos social e individual e de suas


causas e prevenção”

Ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa dos estudo do crime, da pessoa do


infrator, da vítima e do controle social de comportamento delitivo.

É uma ciência empírica, por basear-se na experiência da observação, nos fatos e na


prática, mais do que em opiniões e argumentos, e também interdisciplinar, por ser

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formada pelo dialogo de uma série de ciências e disciplinas, tais como a biologia, a
psicopatia, a sociologia, politica, a antropologia, filosofia, direito etc. (zetética oposto a
dogmatica).

A criminologia é dividida em escola clássica (Beccaria, século XVIII), escola positiva


(Lombroso, século XIX) e escola sociológica (final do século XIX), criminologia
moderna e escola pôs-modernista.

Etapas pré-científica da criminologia:

período antigo ou fase mitológica (mítica) ou empírica.

Desde a pré-história até o século XIV, período este considerado o e identificada como o
embrião da criminologia como ciência.

Nesta fase o fenômeno delito/crime foi abordado mas de forma secundaria ou seja sem
muito valor.

percursores da antropologia criminal,

Período correspondente entre o século XIV ao XVI, (etapa pré-científica da


criminologia).

Observa que nesta fase a criminologia já havia evoluída em relação a fase anterior mas
bem longe da criminologia moderna.

Utilizavam como exemplo a * astrologia, pela qual buscavam descobrir o destino do ser
humano através dos astros e zodíaco.

* A Oftalmoscopia, para entender o caráter do homem por meio da análise do interior


dos olhos.

* A Metoscopia, a observação do caráter de uma pessoa por meio das rugas em


seu rosto.

* A Quiromancia: buscava o conhecimento do caráter da pessoa por meio das linhas


das mãos.

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* A Fisiognomia : buscavam conhecer o caráter do ser humano pelos traços
fisionômicos.

* A Demonologia: estuda a reação humana tida como socialmente indesejável, por


intermédio dos demônios, (deu origem a psiquiatria).

*A frenologia: busca o caráter do homem por meio de estudo de seus traços


fisionômicos e, configuração de sua cabeça, é uma teoria que reivindica ser capaz de
determinar o caráter, características da personalidade, e grau de criminalidade pela
forma da cabeça (lendo "caroços ou protuberâncias"). Obra de Johan Frans Gall, início
do século XIX, anatomia e patologia.

Cesare Lombroso (Italia 1835 – 1909). Utilizou os estudos realizados por médicos e
psiquiatras deste período para sustentar sua teoria, (teoria do criminoso nato).

Período da antropologia Criminal, (principal expoente Cesare Lombroso 1835 –


1909, considerado o pai da criminologia).

Obs: a Fisiognomia e a frenologia podem ser apontadas como base cientifica do


pensamento lombrosiano.

Etapas científica da criminologia:

Sociologia Criminal: (Ferri, Italiano 1856- 1929 ) Enrico Ferri foi um criminologista e
político socialista italiano. Juntamente com Cesare Lombroso e Raffaele Garofalo, é
considerado um dos fundadores da Escola Italiana de Criminologia Positivista.

A sociologia criminal de Ferri, sobressaiu nos estudos sobre a criminologia através dos
fatores sociológicos.(ao contrário de Lombroso, não acreditava que o delito era produto
exclusivo de patologias individuais.

Obs: Ferri foi discípulo de Lombroso, mas diverge em sua teoria.

FASE JURÍDICA ou PSICOLOGICA DE GAROFALO: (Rafaele Garofalo, jurista


Italiano 1851 – 1934).

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Foi o primeiro autor da escola Positiva, ao utilizar a denominação Criminologia, tal
nome foi dado ao livro “CRIMINOLOGIA, 1885.

O termo criminologia foi criado por Paul Topinard (1830-1911) e difundido por
Garafalo.

FASE ECLETICA:

(Composto de elementos colhidos em diferentes fontes).

São três fases:

a) A TERZA SCUOLA ITALIANA:

Definia o crime como um fenômeno individual e social, (o delinquente não dotado de


livre arbítrio) fez ainda a distinção entre o imputável e o inimputável.
B) DIREÇÕES TÉCNICO JURÍDICA E DOGMÁTICA: subdivide em duas

I) Técnico jurídico (Arturo Rocco).

Inicia na Itália delimitando o estudo do direito penal como positivo (restrito as leis
vigentes)

II) Direção Dogmática alemã (Binding).

Apontado como o primeiro representante do positivismo jurídico – que se caracterizou


pela pretensão de construir uma ciência do direito penal positivo, especificamente
jurídica e liberada de influencias jusnaturalistas e sociológicas.

C) ESCOLA SOCIOLÓGICA ALEMÃ:

A Escola moderna alemã, escola sociológica alemã ou escola política criminal, também


considerada uma Escola Eclética, surgiu na Alemanha por iniciativa de Franz Von Liszt,
que concebia o Direito Penal como uma política criminal, sendo sua finalidade uma
prevenção especial, englobando, dessa forma, outras disciplinas.

ESCOLA SOCIOLÓGICA:

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As teorias sociológicas da criminalidade não buscam identificar as causas do crime no
próprio homem delinquente, mas sim no meio social no qual ele se insere. Veem o
delito como um fato social (nem individual nem patológico).

Escola sociológica: defende que a sociedade tem uma realidade específica bastante
diferente dos seus elementos.

São também escolas sociológicas do crime:

São exemplos de teorias do consenso:


A Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria da anomia e a teoria da
subcultura delinquente.

Ramos da criminologia 

Por ser um campo de estudos multidisciplinar, a criminologia é dividida em diversos


ramos de conhecimentos. 

A Criminologia pode ser dividida.


Geral;
Clínica.
A geral estuda as razões de suas tendências, das violências, bem como os tipos de
criminosos.
A Clínica, estuda os perfis, além do seu tratamento.
Penologia
É um ramo da criminologia que estuda as punições e o tratamento adequado para as
pessoas condenadas por crimes.

A penologia abarca diversas questões e teorias, incluindo aquelas relacionadas às


prisões (reforma penitenciária, abuso de prisioneiros, direitos dos reclusos e
reincidência), bem como as de propósitos de punição (como dissuasão, reabilitação,
retribuição e utilitarismo).

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O princípio da legalidade diz que ninguém poderá ser obrigado a agir, fazer ou não
fazer, sem que seja em virtude da lei. Ele está expresso na Constituição Federal, Art. 5º,
II.

Princípio da reserva legal ou legalidade em sentido estrito: significa que em matéria


penal somente o legislador pode intervir para prever crimes e penas ou medida de
segurança (garantia da lex populi). Medida provisória, por exemplo, não pode criar
crime ou pena.

Correspondência no ordenamento jurídico brasileiro: Art. 5o, XXXIX, CFRB/88.


Princípio da Legalidade, o qual preconiza que “Não há crime, nem pena, sem lei
anterior que os defina”. Do latim, nullum crimen, nulla poena sine lege.
Sociologia do direito
A sociologia do direito é um ramo da criminologia que reflete sobre teorias sociais e
emprega métodos científicos para estudar as instituições legais e o comportamento
jurídico.

Seu objetivo é compreender o desenvolvimento social de instituições legais, as formas


de controle social, a construção social de questões jurídicas e a relação entre direito e
mudança social.
Vitimologia
É o estudo da vitimização, incluindo relações entre vítimas e criminosos, interações
entre vítimas e o sistema de justiça criminal e conexões entre vítimas e instituições
sociais, como a mídia e os movimentos sociais.
Antropologia criminal
É o estudo dos perfis criminais, baseado nos vínculos percebidos entre a natureza de um
crime e a personalidade ou aparência física do agressor.
Psicologia Forense
A psicologia forense é a aplicação da psicologia clínica ao contexto forense.

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Basicamente, essa ciência analisa as capacidades psíquicas dos réus, bem como seus
comportamentos sob o viés da psicologia.

A psicologia forense é aplicada, principalmente, em processos jurídicos e investigativos.


Ciência forense
A ciência forense é ramo que reúne um conjunto de conhecimentos científicos e
técnicos que são utilizados para desvendar crimes e variados assuntos legais, como
acidentes de trânsito ou trabalho, por exemplo. 

Perícia Criminal: é a técnica utilizada por profissionais para chegar a cena de um crime


e conseguir dar um norteamento a polícia sobre o que pode ter acontecido naquele
local. Ciências Forenses: é a formação do perito criminal para que ele chegue ao
local de crime e saiba o que fazer

ciências criminais

São considerados os 3 pilares das ciências criminais. Assim, cada uma com a sua
vertente e retratam sua importância da criminologia:

Direito Penal;
Criminologia;
Polícia criminal.

Já vimos o conceito de Criminologia. Contudo, o Direito, como um todo, estabelece o


comportamento adequado e suas consequências no caso de violação. Então, o Direito
Penal estabelece uma pena através de um processo, em que o estado pune o criminoso.

Essa ciência é independente, em relação ao Direito, porque ela não determina o que
deve ser feito no que se refere à pena. Pelo contrário, ela analisa os fatores que levam à
prática de um crime.

CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA :

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Epistemologia, também conhecida como a Teoria do Conhecimento, é o ramo da
filosofia que estuda como o ser humano ou a própria ciência adquire e justifica seus
conhecimentos.

Ou seja, é o estudo que visa encontrar as condições necessárias e suficientes para o resultado de uma afirmação específica.
A palavra epistemologia vem dos termos gregos episteme, que significa conhecimento, e logia, que significa estudo e é também conhecida
como a filosofia da ciência.
A epistemologia está preocupada em responder questões como:
Como sabemos a verdade?
Como separamos as ideias verdadeiras das ideias falsas?
Como adquirimos este conhecimento ou esta afirmação?
Para o filósofo grego Platão, a epistemologia se opõe à crença, isso porque ela é um estudo justificado e a crença apenas um ponto de vista
subjetivo.
Epistemologia, em sentido estrito, refere-se ao ramo da filosofia que se ocupa do conhecimento científico; é o estudo crítico dos princípios, das
hipóteses e dos resultados das diversas ciências, com a finalidade de determinar seus fundamentos lógicos, seu valor e sua importância objetiva.

Epistemologia jurídica
A epistemologia jurídica examina os fatores que condicionam a origem do Direito e tem
como um dos seus objetivos tentar definir o seu objeto de conhecimento e afirmações.

É uma área ligada à reflexão, que leva a um entendimento das várias formas de
compreender o conceito de Direito.

A epistemologia jurídica aborda também o ser humano como um ser único, onde cada
um apresenta formas distintas de pensar e agir, e por esse motivo o Direito pode ter
várias interpretações.

Criminologia como Ciência:

Criminologia Ciência empírica e interdisciplinar, fática do ser, que se ocupa dos estudo
do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social de comportamento
delitivo.

A Criminologia é uma ciência pois apresenta, objeto – método e uma finalidade.

É uma “Ciência” geral ou particular? É ao mesmo tempo os dois


Com relação ao seu OBJETO: a criminalidade - ela é Ciência Geral
Com relação à sua POSIÇÃO (inserida dentro da Sociologia) é Ciência particular

Micro criminologia é voltada para o autor do delito (individualmente).

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Macro criminologia ou criminologia social, se ocupa da análise estrutural da sociedade
que surge o delito. 

MÉTODO: Preponderantemente empírico. Indução através das experiências,


observações e análises sociais. Enquanto o operador do direito parte de premissas
corretas para deduzir delas suas conclusões (método dedutivo), o criminólogo analisa
dados e induz as correspondentes conclusões (método indutivo).
MÉTODO: (o caminho).
Empírico, interdisciplinar e indutivo.
Empírico: Como o próprio termo diz, ele é baseado na experiência analisando os fatos
e evidências.
DIFERENÇA ENTRE O MÉTODO DEDUTIVO E INDUTIVO

Os juristas partem da premissa correta para determinar suas consequências, ou seja,


método dedutivo. Pelo contrário dos criminólogos, que usam os dados e os induzem às
correspondências de conclusão ou método indutivo.

Finalidades
Entender a natureza do crime e porque ele ocorre, ou seja, por que o criminoso agiu
assim e tentar prevenir o crime e quando ele acontece tentar retornar o criminoso para a
sociedade da melhor maneira para que ele não retorne ao crime.
Compreender o criminoso e como é levado a cometer atos criminosos;
A criminologia busca atingir seus objetivos mediante o conhecimento das causas do
delito, bem como suas consequências e, condições e eficácia da punição/pena (auxilia a
formação dos princípios direito penal).

Ainda a criminologia tem por finalidade mostrar para o Direito Penal e para sociedade
os abismos e as armadilhas aparentemente imperceptíveis, na coesão estatal. Segundo
Antônio Garcia-Pablos de Molina e Luiz Flávio Gomes:
(...) A função básica da Criminologia consiste em informar a sociedade e os poderes
públicos sobre o delito, o delinquente, a vítima e o controle social, reunindo um
núcleo de conhecimentos - o mais seguro e contrastado - que permita compreender

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cientificamente o problema criminal, previni-lo e intervir com eficácia e de modo
positivo no homem delinquente (...)

OBJETO:
Delinquente ,DELITO (CRIME), CONTROLE SOCIAL e A VÍTIMA

Estudar os fatores individuais que geram o crime, e o local específico em que ocorrem e
por que ocorrem. Analisa também a vítima e como prevenir esta criminalidade.

Possui dois objetivos básicos:


1) a determinação de causas tanto pessoais como sociais do comportamento criminoso;
2) desenvolvimento de Princípios validos para o controle social do delito.
O objeto de estudo da criminologia é a etiologia do crime (estado de origem do crime)
analisando as causas exógenas (externas: sociológicas) e endógenas (internas:
biológicas, psicológicas e endócrinas)

delinquente,
Cada escola criminológica formulou o seu próprio conceito.
A Escola Clássica vislumbra-o como o indivíduo pecador, sendo esta conduta animada
pelo seu livre arbítrio tendente ao mal. Portanto, tem forte influência religiosa.
O Positivismo antropológico considera delinquente o ser atávico, que por muitas vezes
já nascia criminoso.
A Escola correcionalista, amparada na ressocialização do indivíduo, sem fins
retribucionistas, encara o delinquente como alguém que necessitava de ajuda.

O DELITO (CRIME): Enquanto no Direito Penal o crime é analisado em sua porção


individualizada, a criminologia faz o estudo do crime enquanto manifestação social ou
de uma comunidade específica.
A criminologia indaga os motivos pelos quais determinada sociedade resolveu, em um
momento histórico, criminalizar uma conduta, ou procura uma forma de controle

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social mais efetivo para um determinado caso. A criminologia busca o porquê
ideológico do apenamento de algumas condutas humanas.
O CONTROLE SOCIAL: São mecanismos de freios e contrapesos que interferem
direta ou indiretamente nas atitudes dos sujeitos no meio social.
Controle formal: aqueles instituídos e exercidos pelo Estado. P. ex. Polícia, Justiça,
Forças Armadas, Administração Penitenciária, etc.
Controle informal: mais implícitos, sutis e informais, p.ex. família, igreja, escola, no
sentido de gradativamente incutir no ser humano as normas sociais tradicionais de
uma comunidade. Quando mais controle informal, menos atividade do controle
informal.

A VÍTIMA: Vítima é o sujeito que sofreu delito, que foi prejudicada direta e


indiretamente, ou seja, sofreu a ação danosa do agente criminoso. Atualmente é
esquecida do sistema de Justiça Criminal, entretanto, no inicio das civilizações (tempo
da vingança privada) era ela quem decidia e aplicava o Direito de Punir. Passou-se
para o Estado tal incumbência.

VITIMOLOGIA:

O termo “vitimologia” foi criado por Benjamin Mendelsohn, em 1945, em seus


primeiros estudos feitos sobre a matéria. Entretanto, na doutrina há profunda
divergência sobre quem realmente tenha sido o pai da Vitimologia (rectius: movimento
vitimológico). Mendelsohn foi o primeiro a cunhar a expressão vitimologia.

É ramo da criminologia que estuda a personalidade das vítimas de crimes ou delitos e


seu estatuto psicossocial, além dos efeitos psicológicos nelas provocados pelo crime de
que foram alvo.

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Vitimologia goza de status de ciência, estuda a vítima no que tange sua personalidade,
biológica, psíquica, e social.

OBJETOS DA VITIMOLOGIA:
O estudo da personalidade da vítima, tanto da vítima quanto do delinquente, ou vítima
de outros fatores, como consequência de suas inclinações subconscientes.
VITIMIZAÇÃO – quais são os efeitos do crime em relação a vítima.

Vitimização Primaria: decorre do delito direto, ou seja é o trauma direto, aquele


sentido direto pela ação ou omissão do agente causado.
Vitimização secundária: Revitimização, decorre do strepitus judicil (processo)é o
trauma sofrido pela vítima causado pelos agentes públicos, ou seja, ao se expor no
momento da lavratura do Boletim de Ocorrência, (trâmite processual) ou mesmo em
atos subsequentes. (Entrevistas, oitivas etc.)

Vitimização terciária: é o trauma psicológico sofrido pela Vítima com relação a


opinião da sociedade, ou seja, fama social da vítima, (estigmatizarão, ou seja no
abandono que certos delitos trazem as suas vítimas).

Risco da vitimização: condiciona determinada vítima a serem mais propensa ao crime, e


pode condicionar determinada pessoa a ser mais vulnerável a pratica do delito.

Vitimização difusa: é quando você não tem uma vítima determinada e, sim toda a
coletividade.
Exemplo: crime de tráfico de drogas, não tem uma vítima determinada, então a vítima é
toda a sociedade.
O crime ambiental pode não ter uma vítima determinada, mas sempre terá como vítima
a sociedade.

ESTATISTICAS E INDICE DA CRIMINALIDADE (CIFRAS CRIMINAIS).

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Cifras Criminais segundo sociólogo Edwin H. Sutherland, seria uma espécie de
nomenclatura seguida de um conceito próprio para cada delito. Observando de cada
um deles suas circunstâncias, vítima ou autoria, foi atribuído um conceito,
classificando-os assim da maneira mais apropriada possível pelos detalhes que
expressam e pela singularidade de cada um deles.

Cifras Negras/Oculta: Esta é definida como todos os crimes que não chegam ao


conhecimento das autoridades, alguns dos fatores que mais contribuem para isso é o
fato da vítima além de ter sofrido o crime, ela não tem o desejo de reviver todo aquele
trauma novamente, como por exemplo, ir ao Departamento de Polícia prestar
depoimento.

Cifras Douradas: Termo criado por Edwin H. Sutherland que relaciona os crimes que


são praticados por pessoas do alto-escalão, estes que por pertencerem as camadas mais
altas da sociedade estariam mais propensos a praticar tais delitos, um exemplo disso
seria os crimes de Corrupção, lavagem de dinheiro, e etc...

Cifras Cinzas: São resultados daquelas ocorrências que até são registradas porém não
se chega ao processo ou ação penal por serem solucionadas na própria Delegacia de
Polícia por meio de conciliação das partes.

Cifras Amarelas: São aquelas em que as vítimas são pessoas que sofreram alguma
forma de violência cometida por um funcionário público e deixam de denunciar o fato
aos Órgãos responsáveis por receio e medo de represália.

Cifras Verdes: Consiste nos crimes que não chegam ao conhecimento policial


(Estado) e que a vítima diretamente destes é o meio ambiente, como exemplo: maus
tratos, provocar incêndio em plantio etc.

Cifras rosas: São os crimes de caráter homofóbico que não chegam ao conhecimento


dos Órgãos. (Daniel Alburquerque).

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ESCOLAS DA CRIMINOLOGIA

A doutrina estuda a evolução da criminologia a partir das escolas Clássicas e positivas


(ou positivistas).

Para que exista uma escola, tem que haver uma doutrina unificada, com objetivo fim de
ser escola como tal.

A criminologia é dividida em escola clássica (Beccaria, século XIII), escola positiva


(Lombroso, século XIX) e, escola sociológica (final do século XIX).

ESCOLA CLASSICA – ESCOLA POSITIVA – ESCOLA SOCIOLOGICA e


CRITICA.

Francesco Carrara (Programa de direito criminal, 1859), traçou os primeiros aspectos do


pensamento criminológico. Não se pode perder de vista, no entanto, que o pensamento
da Escola Clássica somente despontou na segunda metade do século XIX e que sofreu
uma forte influência das ideias liberais e humanistas de Cesare Bonesana , o Marquês de
Beccaria, com a edição de sua obra genial, intitulada Dos delitos e das penas, em 1764.
Por derradeiro, releva frisar que, numa perspectiva não biológica, o belga Adolphe
Quetelet , integrante da Escola Cartográfica, ao publicar seu Ensaio de Física Social
(1835), seria um expoente da criminologia inicial, projetando análises estatísticas
relevantes sobre criminalidade, incluindo os primeiros estudos sobre “cifras negras de
criminalidade” (percentual de delitos não comunicados formalmente à Polícia e que não
integram dados estatísticos oficiais). Nessa discussão quase estéril acerca de quem é o
criador da moderna criminologia, uma coisa é imperiosa: houve forte influência do
Iluminismo, tanto nos clássicos quanto nos positivistas.

ESCOLA CLÁSSICA: SÉCULO XVIII. (JUSNATURALISMO)

Principal expoente da escola clássica foi Cesare Bonesana, marquês de Beccaria, fez
surgir o chamado movimento humanitário em relação ao direito de punir do Estado,

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(oriundo da idade média) e, formulou suas teses, inspirado na filosofia de Montesquiel,
Hume, e Rousseau, baseou seu pensamento nos princípios do Contrato social, do direito
natural e do utilitarismo.

A Escola Clássica propriamente dita como um corpo de doutrina comum, relativamente


ao direito de punir e aos problemas fundamentais apresentados pelo crime e pela sanção
penal nunca existiu, a denominação Escola Clássica foi atribuída pelos positivistas, em
especial FERRI, em sentido negativo, pejorativo, os positivistas classificavam a escola
clássica como supersticiosa e liberal.

A Escola Clássica foi desenvolvida no final do século XVIII e início do século XIX por
reformadores que pretendiam criar um sistema de justiça penal mais claro e baseado
numa maior igualdade. O direito de punir deslocou-se da “vingança do soberano para a
defesa da sociedade” (Foucault, 2003 [1975]: 105)

Com a escola clássica, surgiram os primeiros conceitos para tornar o sistema penal mais
justo em relação a época medieval.

A Escola Clássica parte da concepção do homem como um ser livre e racional que é
capaz de refletir, tomar decisões e agir em consequência disso. Nas suas decisões
realiza, basicamente, um cálculo racional das vantagens e inconvenientes que a sua ação
vai proporcionar, e age ou não dependendo da prevalência de umas ou outras.

Cesare Beccaria foi o precursor da escola clássica, ele preconizava que a conduta
criminosa é baseada em uma escolha puramente racional do indivíduo, que analisa de
maneira comparativa os benefícios e os riscos inerentes ao ato criminoso, optando pelo
crime se este lhe for mais vantajoso, assumindo o risco pela escolha.

Utilizou do método dedutivo, e afastava da realidade distanciando da criminologia


moderna, formulando princípios e deduzindo suas teses e princípios a posteriori.

Os doutrinadores Clássicos partiram de duas teorias distintas: o jusnaturalismo (direito


natural, de Grócio), que decorria da natureza eterna e imutável do ser humano, e o
contratualismo (contrato social ou utilitarismo, de Rousseau), em que o Estado surge a

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partir de um grande pacto entre os homens, no qual estes cedem parcela de sua liberdade
e direitos em prol da segurança coletiva.

A escola clássica estipulou premissas básicas que a diferenciavam do antigo


sistema penal:
ESCOLA POSITIVA OU POSITIVISMO CRIMINOLOGICO: SÉCULO XIX.
(ESCOLA ITALIANA)

O positivismo surgiu no final do século XIX, e início do século XX, influenciado pelos
avanços científicos e descobertas arqueológicas surgidas durante o século XIX, teve
como inspiração os trabalhos de DARWIN (naturalista), LAMARCK (naturalista),
SPENCER (filosofo) e, Auguste Comte (considerado pai da sociologia).

A escola positivista buscava entender como o homem se torna um criminoso e quais são
os fatores que o circundam (interna e externamente) que o levam a ser um criminoso.

A Escola positiva enxerga o crime como um fenômeno natural, fruto do causalismo.


Portanto, nega que o crime seja fruto do livre-arbítrio para a prática do mal, como
propunham os clássicos.

A criminologia busca determinar as origens do crime (sua etiologia). Para tanto, busca
métodos científicos destinados a combatê-lo e, com isso, defender o corpo social. São
expoentes da criminologia positiva:

A escola antropológica (positivista) é baseada no determinismo psicológico, rejeitando


o livre arbítrio e expungindo a responsabilidade moral dos indivíduos.

A ESCOLA POSITIVA PODE SER DIVIDIDA EM TRÊS FASES DISTINTAS:

A) FASE ANTROPOLÓGICA (LOMBROSO) EM SUA OBRA “O HOMEN


DELINQUENTE”:

Lombroso responsável por criar a antropologia criminal, isto é, ciência amparada em


pesquisas empíricas para comprovar a influência de fatores biológicos para a prática do

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crime; é considerado o pai da criminologia moderna, adepto da fisiognomia ele
propôs um extenso estudo das características físicas de loucos, criminosos, prostitutas e
“pessoas normais” criou a teoria do criminoso nato.

Além do livro “L’Uomo delinquente” Lombroso escreveu outros tantos sobre esse tema,
entre eles “La Donna delinquente, la prostituta e la donna normale” (1859), “Genio e
degenerazione” (1908) e “Crime: It’s Causes and Remedies” (1913).

A principal tese da teoria de Lombroso foi a do criminoso atávico, que havia sido criada
anteriormente por Charles Robert Darwin (1809 – 1882) e foi por ele desenvolvida e
ampliada. O criminoso atávico (nato), para Lombroso seria um homem menos
civilizado que os demais membros da sociedade em que vive, sendo representado por
um enorme anacronismo, ou seja, esses indivíduos reproduzem física e mentalmente
características primitivas do homem. Essas deduções basearam-se em pressupostos de
que os comportamentos humanos são biologicamente determinados.

B) FASE SOCIOLÓGICA, (FERRI) NA OBRA “SOCIOLOGIA CRIMINAL”:

Ferri (representou a fase sociológica da Escola positiva, negando o livre arbítrio ao


criminoso, sendo merecedor de pena pelo simples fato de ser integrante da
sociedade), que empregaram a necessidade da pena não com o objetivo de retribuição,
mas sim tento como parâmetro a periculosidade do delinquente e neutralizá-lo para a
proteção do meio social.

Ferri se sobressaiu nos estudos sobre criminologia através dos fatores sociológicos, Ao
contrário do que defendia Lombroso, não acreditava que o delito era produto exclusivo
de patologias individuais. Entendia que a criminalidade originava-se de fenômenos
sociais. Assim defendeu as causas do crime como sendo individuais ou antropológicas
(constituição orgânica e psíquica do indivíduo, características pessoais como raça,
idade, sexo, estado civil, etc.) físicas ou naturais (clima, estação, temperatura, etc.) e
sociais (opinião pública, família, moral, religião, educação, alcoolismo, etc.).

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C) FASE JURÍDICA OU PSICOLÓGICA, (GAROFALO) EM SUA OBRA
“CRIMINOLOGIA”:
Garofalo Seguidor dos princípios construídos por Lombroso, influenciado pelo
darwinismo e pelo determinismo das teorias de Darwin e Spencer, estabeleceu certos
princípios ao estudo criminológico de sua época, dentre eles, o sentido de delito
natural, a prevenção especial como finalidade da pena, a periculosidade do agente
delinquente e a punição em prol da teoria da Defesa Social, menosprezando
possibilidades dos propósitos reabilitadores da pena.

Nesses aspectos, afirmava que o crime era um delito normal, existente


independentemente da existência de qualquer tipo de lei, declarando que nascia com o
homem e de acordo com a degeneração de seus valores, torna-se perigoso para o
convívio em sociedade.

Garofalo classificou os criminosos e seus crimes, declarando que aos delinquentes


natos e instintivos, a pena de morte seria a única sanção aceitável. Da mesma forma,
afirmava que aos loucos, celerados, esquizofrênicos e mentecaptos, ou seja, aqueles
considerados inimputáveis, a inutilização de seus atos somente poderia se dar pela
prisão especial, em medida de segurança, por tempo indeterminado.

Por fim, cumpre observar que o método empírico, de observação da realidade, para o


estudo do fenômeno criminológico foi introduzido pela Escola Positiva, ao contrário dos
clássicos que usavam o método dedutivo e abstrato, baseavam-se no método empírico,
ou seja, na análise, observação e indução dos fatos.

http://meucadernodecriminologia.blogspot.com/2017/01/escola-positiva.html

CLASSIFICAÇÕES DOS CRIMINOSOS SEGUNDO OS AUTORES


POSITIVISTA

Começaremos a abortar as definições e características das classificações dos criminosos


pelos três expoentes da Escola Positiva, Lombroso, Ferri e Garofalo.

CLASSIFICAÇÃO DE CESARE LOMBROSO:

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ESCOLAS DA FASE ECLETICA:

A primeira escola ecléticas que surgiu foi a Terza Scuola italiana, também conhecida
como escola crítica, a partir do famoso artigo publicado por Manuel Carnevale, Una
Terza Scuola di Diritto Penale in Italia, em 1891. Integrou também essa nova escola,
que marcou o início do positivismo crítico, Bernardino Alimena (Naturalismo Critico e
Diritto Penale) e João Impallomeni (Istituzioni di Diritto Penale).

A Terza Scuola acolhe o princípio da responsabilidade moral e a consequente distinção


entre imputáveis e inimputáveis, mas não aceita que a responsabilidade moral
fundamente-se no livre-arbítrio, substituindo-o pelo determinismo psicológico: o
homem é determinado pelo motivo mais forte, sendo imputável quem tiver capacidade
de se deixar levar pelos motivos. A quem não tiver tal capacidade deverá ser aplicada
medida de segurança e não pena. Enfim, para Impallomeni, a imputabilidade resulta da
intimidabilidade e, para Bernardino Alimena, resulta da dirigibilidade dos atos do
homem. O crime, para esta escola, é concebido como um fenômeno social e individual,
condicionado, porém, pelos fatores apontados por Ferri. O fim da pena é a defesa social,
embora sem perder seu caráter aflitivo, e é de natureza absolutamente distinta da medida
de segurança.

DIREÇÕES TÉCNICO JURÍDICA E DOGMÁTICA: subdivide em duas

I) Técnico jurídico (Arturo Rocco).

Inicia na Itália delimitando o estudo do direito penal como positivo (restrito as leis
vigentes)

II) Direção Dogmática alemã (Binding).

Apontado como o primeiro representante do positivismo jurídico – que se caracterizou


pela pretensão de construir uma ciência do direito penal positivo, especificamente
jurídica e liberada de influencias jusnaturalistas e sociológicas.

C) ESCOLA SOCIOLÓGICA ALEMÃ:

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Franz Von Liszt contribuiu com anais notável das correntes ecléticas, que ficou
conhecida como Escola Moderna Alemã, a qual representou um movimento semelhante
ao positivismo crítico da Terza Scuola italiana, de conteúdo igualmente eclético. Esse
movimento, também conhecido como escola de política criminal ou escola sociológica
alemã, contou ainda com a contribuição decisiva do belga Adolphe Prins e do holandês
Von Hammel, que, com Von Liszt, criaram, em 1888, a União Internacional de Direito
Penal, que perdurou até a Primeira Guerra Mundial. O trabalho dessa organização foi
retomado em 1924, por sua sucessora, a Associação Internacional de Direito Penal, a
maior entidade internacional de Direito Penal atualmente em atividade, destinada a
promover, por meio de congressos e seminários, estudos científicos sobre temas de
interesse das ciências penais.

Escola Correcionalista

tem como marco de seu surgimento a obra Comentatio na poena malum esse


debeat (1839), de Cárlos Davis Augusto Röder, autor alemão que sofreu influências da
filosofia panteísta de Karl Christian Friedrich Krause e tinha como ideal o
desenvolvimento da piedade e do altruísmo.

 Röder defendeu a aplicação da pena como correção moral. Todavia, sua doutrina


ganhou pouca repercussão em seu país, tendo encontrado o Correcionalismo terreno
fértil em terras espanholas, ao ser traduzido para o espanhol por Francisco Giner de los
Ríos. Este autor, baseando-se naquelas teorias, foi o responsável por elaborar uma
doutrina de tutela penal mais eficaz e humana do que as até então existentes.
(Obs; há outras Escolas que estudaremos a seguir).

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