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O criminoso:
Escola clássica: pecador (ante a seu livre arbítrio, escolheu fazer o mal);
Escola positiva: atávico (o criminoso já nasce criminoso. Fala-se em
determinismo biológico);
Escola correcionalista: ser inferior (o Estado é responsável pela sua melhora a
partir de práticas pedagógicas);
Marxismo: vítima das estruturas econômicas;
Atualmente: pessoa normal que, por "n" fatores externos e internos a si (são
muitas e complexas as possibilidades, com desdobramentos e variáveis ainda
a se descobrir e compreender), descumpre regras preestabelecidas.
c) Variáveis que intervêm nos processos de vitimização: cor, raça, sexo, condição
social;
d) Situação da vítima em face do autor do delito, bem como do sistema legal e de seus
agentes
b) Controle social informal (sociedade civil: família, escola, igreja, clubes de serviços,
etc.): com a visão claramente preventiva e educacional, isto é, operam educando,
socializando o indivíduo.
2. História da Criminologia
Sua origem remonta ao século XVIII, com o advento do que se convencionou
denominar "Escola Clássica" da criminologia, através da obra de Cesare Beccaria (Dei
Delitti e delle Pene) e de outros filósofos, inspirados pela doutrina de Rousseau,
principalmente, afirmavam que a origem do crime está na sociedade e em seus
valores e desvios.
Essa escola ficou conhecida também por Escola Crítica em função de um artigo
publicado por Manuel Carnevale.
BIZU:
Falou em busca de status, ter prazer de infringir normas sociais, ter delinquentes
como ídolos----> Subcultura delinquente;
Falou em ausência de norma ou não haver estímulo para respeitá-las ---> Anomia.
4. Sociologia criminal
As teorias sociológicas da criminologia dividem-se em dois grupos principais, as
chamadas teorias do consenso e as teorias do conflito.
As teorias do consenso sustentam que os objetivos da sociedade ocorrem quando
há concordância com as regras de convívio. Existindo harmonia entre as instituições,
de modo que a sociedade compartilhe de objetivos comuns e aceitem as normas
vigentes, então a finalidade da sociedade será atingida. No entanto, no momento em
que um sujeito infringe alguma norma, automaticamente, torna-se o único
responsável pelo comportamento delinquente, devendo ser punido pelo mal
causado. São formadas pela Escola de Chicago, Teoria da Associação Diferencial,
Teoria da Anomia, Teoria da Desorganização Social e a Teoria da Subcultura
Delinquente.
Escola de Chicago: para a escola de Chicago a causa do crime é a desorganização
social: é o rompimento dos vínculos de afeto e de cuidado em razão do anonimato da
cidade grande, das barreiras linguísticas e culturais, da mobilidade social e da
degradação urbana, o que gera o declínio do controle social informal e o
consequente aumento da criminalidade. Utilizavam os Inquéritos Sociais(métodos de
pesquisa), ex: bairros e cidades eram investigados por meio de índices de
criminalidade como meio para se enxergar o real grau da delinquência localizada.
Teoria da Anomia: A anomia é uma situação social em que há falta de coesão e
ordem, especialmente, no tocante a normas e valores sociais. Essa escassez
resultaria em uma sociedade levada a um estado de precariedade pela falta de
ordem, de modo que cada um seguiria suas próprias normas individuais.
Segundo Émile Durkheim, um dos grandes precursores desta teoria, em suas
obras Da Divisão do Trabalho Social e em O Suicídio, emprega o termo para mostrar
que algo na sociedade não está funcionando de forma harmônica.
5. Vitimologia.
• Vitimização Primária: é aquela em que o sujeito é atingido pela prática do crime ou
de um fato traumático.
• Vitimização Secundária (sobrevitimização, revitimização): é aquela em que a vítima
primária é objeto da insensibilidade, do desinteresse e da atuação meramente
burocrática dos operadores do sistema criminal estatal.
• Vitimização Terciária: não há consenso.
• Para alguns, ocorre quando a vítima primária do crime é abandonada ou
ridicularizada em seu meio social (Vunesp e FCC).
• Para outros (Shecaira), a vitimização terciária não atinge a vítima primária do crime,
mas sim o seu autor, que recebe um sofrimento excessivo, como tortura,
apedrejamento, linchamento, ou responde a processos que não deveriam ter sido a
ele imputados. (já caiu algo assim em prova, mas é quase nulo de cair essa
significação!)
• Vitimização Quaternária: medo (geralmente irracional) de se tornar vítima de um
delito.
6. Prevenção criminal
É aquela voltada para as causas do cometimento do crime.
• Preocupa-se em neutralizar o problema antes que ele se manifeste.
• Opera a médio e longo prazo.
• Destina-se à coletividade.
• É considerada muito eficaz.
• Ex: Fornecimento de educação, condições dignas de vida, moradia, salários justos,
saneamento básico, saúde, emprego, lazer.
• Atua considerando os potenciais e eventuais criminosos e vítimas, além dos locais e
momentos em que os crimes ocorrem.
• Também chamada de prevenção situacional, pois procura neutralizar situações de
risco.
• Ataca as oportunidades que oferecem maior atrativo para o infrator.
• Opera a curto a médio prazo.
• Ex: policiamento, colocação de grades, campanhas sobre delitos, intervenção
arquitetônica.
• Voltada para o preso e o egresso.
• O objetivo é evitar que voltem a delinquir.
• Busca afastar a reincidência e a estigmatização.
• Opera tardiamente.
• Ex: progressão de regime, laborterapia, remição de pena, livramento condicional,
penas alternativas, etc...
VAMOS FALAR QUAIS SÃO AS PREVENÇÕES:
A primária é para todos e se ocupa das causas
A secundária, de grupos e situações
A terciária, dos presos e egressos, para que não delinquam mais não.
PREVENÇÃO GERAL -> COLETIVIDADE:
• Positiva: A pena reforça a confiança da população no sistema jurídico como um todo,
promovendo integração social.
• Negativa: A pena é uma ameaça dirigida a todos os cidadãos para que se abstenham
de cometer crimes. Baseia-se na intimidação, na utilização do medo.
PREVENÇÃO ESPECIAL -> DELIQUENTE:
• Positiva: a pena deve objetivar a ressocialização do condenado. Aqui, a pena teria
caráter pedagógico.
• Negativa: a pena deve segregar a pessoa que cometeu um delito para defender a
sociedade. Trata-se de isolar, de inocuizar, de neutralizar.
8. Instâncias de controle
Os dispositivos de controle social existem em diferentes formatos. Podem ser formais
ou informais.
Os dispositivos formais de controle social são aqueles dados pelas leis e normas que
são institucionalizadas.
Já os dispositivos informais são aqueles dados por regras que regem a conduta de
cada um, mas que não tem o peso de leis.