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EM ESPÉCIE

RECURSOS
RECURSO DE
APELAÇÃO

1
RECURSO DE APELAÇÃO
(CPP, arts. 593 a 603)

CPP, art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:

I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;


II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos
não previstos no Capítulo anterior;
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.

2
das sentenças definitivas de condenação ou de absolvição
proferidas por juiz singular (CPP, art. 593,I)

•CPP, art. 386 – sentenças absolutórias próprias ou impróprias – parágrafo único, III.
*Absolutória imprópria – inimputabilidade por doença mental

•CPP, art. 387 – sentença condenatória.

•CPP, art. 397 e 416– absolvição sumária, procedimento comum e júri.


* Exceção: extinção punibilidade (CPP, art. 397, IV) – cabível RSE (CPP, art. 581, VIII)

•CPP, art. 416 - Impronúncia


CPP, art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá
apelação. (Alteração Lei n. 11.689/2008)

Exceção (sentença): Lei 7.170/83 – crime político – Recurso Ordinário para STF – CF, art.
102, II, b.

3
RECURSO DE APELAÇÃO
(CPP, arts. 593 a 603)
(...) ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
CPP, art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste
Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:

I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (art. 23 CP – e.


necessidade, l. defesa, ecdv e erd )
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade; (arts. 21 e 22 CP – e.inevitável, c.irresistível, o.hierárquica)
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou

CONSTITUEM ELEMENTOS DO TIPO – HAVERÁ UMA SENTENÇA DE MÉRITO – CASOS


DE ABSOLVIÇÃO – CABE APELAÇÃO

IV - extinta a punibilidade do agente. (art. 107 CP e outros) – NÃO HÁ


ENFRENTAMENTO DO MÉRITO – CABE RSE – ROL DO ART. 581
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das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas
por juiz singular
nos casos não previstos no Capítulo anterior (CPP, art. 593, II)

• Não incluídas no art. 581 do CPP (casos de RSE).

• Decisões definitivas (interlocutórias mistas terminativas) – são aquelas em que o juiz


decide o mérito e extingue o processo ou procedimento, sem condenar ou absolver
o acusado.
Ex.: restituição de coisa apreendida; que homologa ou não o laudo pericial de pedido
de busca e apreensão em crimes contra a propriedade imaterial; que indefere pedido
de justificação; que autoriza pedido de sequestro; que reconhece condição objetiva
de punibilidade.

• Decisões com força de definitivas (interlocutória mista não terminativa) – que põem
fim à relação processual ou a uma etapa do procedimento, sem decidir o mérito.
Ex.: que remetem as partes ao juízo civil no pedido de restituição de coisa
apreendida; sentença de pronúncia (RSE);

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das decisões do Tribunal do Júri, quando:
(enumeração taxativa)

a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;

CPP, art. 571, V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o


julgamento e apregoadas as partes (momento para insurgência).

•Nulidade relativa anterior à pronúncia – no RSE contra pronúncia (CPP, art. 581, IV).

 Nulidade absoluta: pode ser arguída na apelação fulcrada no art. 593, III, "a", do
CPP, independentemente da ocorrência anterior ou posterior à pronúncia.
 Nulidade relativa: pode ser arguída na apelação fulcrada no art. 593, III, "a", do
CPP, quando ocorrida depois da pronúncia e desde que não tenha precluído pela
não arguição no tempo oportuno (CPP, art. 571, V).

•Reconhecida a nulidade impõe-se a realização de novo julgamento ou a renovação dos


atos inquinados de nulidade.

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das decisões do tribunal do júri, quando:
(enumeração taxativa)

 b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados


– não há novo julgamento pelo júri, apenas retificação da sentença.
Ex.: condenado o réu por homicídio qualificado, o juiz condena a 12 anos em regime
semiaberto; jurados votam pelo qualificado, juiz condena pelo simples.

CPP, art. 593, § 1º - Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das
respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.

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das decisões do tribunal do júri, quando:
(enumeração taxativa)

 c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de


segurança;

• Erro: equívoco na estipulação da pena ou da medida de segurança.


Ex.: pena abaixo do mínimo legal – circunstância atenuante - STJ, Súmula 231

• Injustiça: inadequação da individualização da pena ou aplicação da medida de


segurança.
Ex.: pena-base sem valoração das circunstâncias favoráveis.

CPP, art. 593, §2º - Interposta a apelação com fundamento no nº III, c, deste artigo, o tribunal ad
quem, se lhe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.

8
das decisões do tribunal do júri, quando:
(enumeração taxativa)

 c) quando houver erro ou injustiça na aplicação da pena ou de medida de segurança


(continua...);

• Exclusão de qualificadora – vedado ao Tribunal, matéria afeta aos jurados.

• CPP, art. 483, IV e V – quesitação de causas de aumento e diminuição de pena e


qualificadoras.

• Exclusão de agravantes e atenuantes – possível ao Tribunal, não são mais quesitadas


(CPP, 483).

• CPP, art. 492, I – competência do juiz singular para considerar as agravantes e


atenuantes.

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das decisões do tribunal do júri, quando:
(enumeração taxativa)

 d) quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária à prova dos autos –
se acolhida, determina-se novo julgamento.

• Somente quando a prova se dissocia de toda e qualquer evidência probatória (STJ,


HC 58.295, MS).

• Cabível quanto à autoria, excludentes de ilicitude, reconhecimento de qualificadora,


causa de aumento ou de diminuição de pena.

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das decisões do tribunal do júri, quando:
(enumeração taxativa)

 d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos – se


acolhida, determina-se novo julgamento.

CPP, art. 593, §3º - Se a apelação se fundar no nº III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se
convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-
lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo
motivo, segunda apelação.

CPP, art. 449. Não poderá servir o jurado que: I - tiver funcionado em julgamento anterior do
mesmo processo, independentemente da causa determinante do julgamento posterior.

• Uma única apelação, não uma apelação para cada parte.

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Apelação das decisões do tribunal do júri
(enumeração taxativa)

•A apelação das decisões do júri é considerada recurso vinculado, pois seu julgamento
condiciona-se aos motivos de sua interposição.
*Júri = plenário (não se refere às anteriores – absolvição sumária e
impronúncia)

STF, Súmula 713 - O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos
fundamentos da sua interposição.

•Se a parte invocar uma das alíneas não pode o Tribunal julgar com base em outra.

•A extensão do apelo mede-se pela interposição.


•STF, RHC 168702, 5/11/2020
•ATENÇÃO: STF, RHC 167018, 22/9/2020 (mais relevante)
•STJ, AgRg no HC 469967, 19/12/2018 -Interposição = recurso todo

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LEGITIMIDADE

•Ministério Público, inclusive em favor do réu;


•Assistente do Ministério Público (sentença absolutória e de absolvição sumária);
•Ofendido e pessoas relacionadas no art. 31 do CPP, mesmo que não habilitadas como
assistentes (CPP, art. 598).
•Querelante;
•Réu;

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Prazos para interposição

• Ministério Público – 5 dias (CPP, art. 593);


•Assistente do Ministério Público – 5 dias, salvo a hipótese do art. 31 do CPP, ainda não
habilitadas – 15 dias (CPP, art. 598, parágrafo único);
•Querelante – 5 dias;
•Réu – 5 dias.

STF, Súmula 428 - Não fica prejudicada a apelação entregue em cartório no prazo legal, embora
despachada tardiamente.

STF, Súmula 320 - A apelação despachada pelo juiz no prazo legal, não fica prejudicada pela demora da
juntada, por culpa do cartório.

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PRAZOS PARA OFERECIMENTO DAS RAZÕES

CPP, art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo
de 8 (oito) dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o
prazo será de 3 (três) dias.
§ 1º - Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de 3 (três) dias, após o Ministério Público.
§ 2º - Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público terá vista dos autos,
no prazo do parágrafo anterior.
§ 3º - Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão comuns.(doutrina
discorda)
§ 4º - Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja arrazoar
na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às
partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.

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PRAZOS PARA OFERECIMENTO DAS RAZÕES

Regra – 8 (oito) dias.

•Contravenções – 3 (três) dias no CPP (No JECRIM – 10 dias)

•DISCUSSÃO - Revogado pela Lei n. 9.099/95? Aplicável para contravenções julgadas


pelo juízo comum?
CPP, art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial
criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento,
observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo.

a) autor do fato não encontrado (Lei 9099, art. 66, parágrafo único)
b) o crime ou contravenção de menor potencial ofensivo apresentar alguma
complexidade (Lei 9099, art. 77, §2º)

* Recurso para o TJ e não para a Turma Recursal.


* Lembrar: Justiça Federal não julga Contravenção Penal (CF, art. 109, IV e STJ, Súmula
38)
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Razões do Apelante e do Apelado

•Interposição – petição ou termo nos autos, dirigida ao juiz.

•Razões do apelante e do apelado – dirigidas à instância ad quem.

•Apresentação no Tribunal ad quem – parte deve indicar que assim pretende, quando
da interposição.

CPP, art. 600, §4º - Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que
deseja arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será
aberta vista às partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.

•Possível apresentação de documentos (CPP, arts. 231 e 479).

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PROCESSAMENTO

CPP, art. 610. Nos recursos em sentido estrito, com exceção do de habeas corpus, e nas apelações
interpostas das sentenças em processo de contravenção ou de crime a que a lei comine pena de
detenção, os autos irão imediatamente com vista ao procurador-geral pelo prazo de 5 (cinco) dias, e,
em seguida, passarão, por igual prazo, ao relator, que pedirá designação de dia para o julgamento.
Parágrafo único - Anunciado o julgamento pelo presidente, e apregoadas as partes, com a presença
destas ou à sua revelia, o relator fará a exposição do feito e, em seguida, o presidente concederá,
pelo prazo de 10 (dez) minutos, a palavra aos advogados ou às partes que a solicitarem e ao
procurador-geral, quando o requerer, por igual prazo
– APELAÇÃO SUMÁRIA
CPP, art. 613. As apelações interpostas das sentenças proferidas em processos por crime a que a lei
comine pena de reclusão, deverão ser processadas e julgadas pela forma estabelecida no Art. 610,
com as seguintes modificações:
I - exarado o relatório nos autos, passarão estes ao revisor, que terá igual prazo para o exame do
processo e pedirá designação de dia para o julgamento;
II - os prazos serão ampliados ao dobro;
III - o tempo para os debates será de um quarto de hora.
– APELAÇÃO ORDINÁRIA

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PROCESSAMENTO

STF, Súmula 431 - É nulo o julgamento de recurso criminal, na segunda instância, sem prévia
intimação, ou publicação da pauta, salvo em habeas-corpus.

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PROCESSAMENTO

CPP, art. 615. O tribunal decidirá por maioria de votos.


§ 1º - Havendo empate de votos no julgamento de recursos, se o presidente do tribunal,
câmara ou turma, não tiver tomado parte na votação, proferirá o voto de desempate; no caso
contrário, prevalecerá a decisão mais favorável ao réu.
§ 2º - O acórdão será apresentado à conferência na primeira sessão seguinte à do julgamento,
ou no prazo de duas sessões, pelo juiz incumbido de lavrá-lo.

•Possibilidade de diligências:

CPP, art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder a
novo interrogatório do acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras diligências.

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EFEITOS

•Devolutivo.

•Extensivo.

•Não possui efeito regressivo.

•Suspensivo – depende da espécie de decisão.

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EFEITO DEVOLUTIVO

Consiste na impossibilidade de a decisão impugnada produzir


seus efeitos regulares enquanto não houver a apreciação do
recurso.

Não é o recurso que tem efeito suspensivo. A decisão não tem


aptidão para produzir seus efeitos regulares enquanto não
decorrido o prazo do recurso.

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POSSUEM SUSPENSIVO

* Apelação da sentença condenatória.

* CPP, art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito


suspensivo, salvo o disposto no art. 393 (revogado – PRISÃO
AUTOMÁTICA), a aplicação provisória de interdições de direitos e de
medidas de segurança (arts. 374 e 378 – revogados pela LEP), e o caso
de suspensão condicional de pena.

ATENÇÃO – COISAS DIFERENTES

* CPP, art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: §1º- O juiz


decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a
imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem
prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta.
23
POSSUEM SUSPENSIVO

Pleno, STF, HC 84.078/2009 – Impossibilidade da execução da pena


privativa de liberdade antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória

STF, Pleno, HC 126292/SP, 17/2/2016 - Possibilidade de início da execução da


pena condenatória após a confirmação da sentença em segundo grau
não ofende o princípio constitucional da presunção da inocência.

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POSSUEM SUSPENSIVO

STF, julgamento ADCs 43, 44 e 54, 07/11/2019 - constitucionalidade do art.


283 do Código de Processo Penal - na redação dada pela Lei nº 12.403,
de 4 de maio de 2011 – AINDA NÃO PUBLICADO
Art. 283 (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 4 de maio de 2011). Ninguém
poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de
sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da
investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão
preventiva.
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em
decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal
transitada em julgado. (Redação pela Lei nº 13.964/2019)
25
POSSUEM SUSPENSIVO

STJ, HC 454.611, julgado em 12/11/2019:


HABEAS CORPUS [...] 4. A prisão do paciente foi decretada
exclusivamente em decorrência dos julgados anteriores da
Suprema Corte, que restaram superados com o julgamento do
mérito das ADCs n. 43, 44 e 54, razão pela qual entendo que
deve ser concedida a ordem, de ofício, para assegurar-lhe o
direto de aguardar o trânsito em julgado da condenação em
liberdade, resguardada a possibilidade de decretação da nova
segregação antecipada com base em decisão devidamente
fundamentada e com base nos requisitos ensejadores da
custódia cautelar previstos no art. 312 do Código de Processo
Penal.
26
POSSUEM SUSPENSIVO

* Apelação da sentença condenatória.

* STF, SÚMULA 716 - ADMITE-SE A PROGRESSÃO DE REGIME DE


CUMPRIMENTO DA PENA OU A APLICAÇÃO IMEDIATA DE REGIME MENOS
SEVERO NELA DETERMINADA, ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DA
SENTENÇA CONDENATÓRIA (execução provisória da pena para beneficiar )

27
POSSUEM SUSPENSIVO – HISTÓRICO PARA
COMPREENDER SÚMULA 347, STJ

•Revogados arts. 594 e 595, ambos do CPP.

•Regra – apelação em liberdade.

•Não há mais condição de conhecimento à prisão (CPP, art. 594), ainda que com fuga
posterior (CPP, art. 595).
•ATENÇÃO – STJ, Súmula 9 - A exigência da prisão provisória, para apelar, não ofende a
garantia constitucional da presunção de inocência. EMBORA NÃO REVOGADA – CONTRÁRIA A
NOVA ORDEM CONSTITUCIONAL

•STJ, SÚMULA 347 - O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão.

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POSSUEM EFEITO SUSPENSIVO

• Apelação contra sentença absolutória imprópria – medida de segurança pressupõe


trânsito em julgado (Lei n. 7.210/84, art. 171).

CPP, art. 596, parágrafo único. A apelação não suspenderá a execução da medida de segurança
aplicada provisoriamente.

STJ, HC 226014 – [...] A medida de segurança se insere no gênero sanção penal, do qual figura
como espécie, ao lado da pena. Se assim o é, não é cabível no ordenamento jurídico a execução
provisória da medida de segurança, à semelhança do que ocorre com a pena aplicada aos
imputáveis, conforme definiu o Plenário do Supremo Tribunal Federal, por ocasião do
julgamento do HC n.º 84.078/MG, Rel. Min. EROS GRAU.

* Suspensão condicional da pena (parte final do CPP, art. 597)– doutrina também
entende que revogado, porque há previsão de audiência admonitória para início da
suspensão, após o trânsito em julgado (LEP, art. 160).

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NÃO POSSUEM EFEITO SUSPENSIVO

• Apelação de sentença absolutória.

CPP, art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto
imediatamente em liberdade.

CPP, art. 386, parágrafo único - Na sentença absolutória, o juiz:


I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade.

CPP, art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da
sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou
qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como
assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.

* RECURSO DE APELAÇÃO DO ASSISTENTE – NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO

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NÃO POSSUEM EFEITO SUSPENSIVO

Apelação de sentença condenatória - JÚRI


CPP, Art. 492. I – no caso de condenação: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se
presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena
igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória
das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do
conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; (Redação dada pela Lei nº
13.964, de 2019)
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de autorizar a execução provisória
das penas de que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão
substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa
plausivelmente levar à revisão da condenação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual
ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
31
(NÃO) POSSUEM SUSPENSIVO - DISCUSSÃO

* Execução provisória - Júri


• RE 1235340 - Após os votos dos Ministros Roberto Barroso (Relator) e Dias Toffoli (Presidente),
que conheciam e davam provimento ao recurso extraordinário para negar provimento ao
recurso ordinário em habeas corpus, fixando, para tanto, a seguinte tese de julgamento (tema
1.068 da repercussão geral): "A soberania dos veredictos do Tribunal do Júri autoriza a imediata
execução de condenação imposta pelo corpo de jurados, independentemente do total da pena
aplicada"; e do voto do Ministro Gilmar Mendes, que negava provimento ao recurso
extraordinário de modo a manter a vedação à execução imediata da pena imposta pelo Tribunal
do Júri, assentando a seguinte tese: "A Constituição Federal, levando em conta a presunção de
inocência (art. 5º, inciso LV), e a Convenção Americana de Direitos Humanos, em razão do direito
de recurso do condenado (art. 8.2.h), vedam a execução imediata das condenações proferidas
por Tribunal do Júri, mas a prisão preventiva do condenado pode ser decretada motivadamente,
nos termos do art. 312 do CPP, pelo Juiz Presidente a partir dos fatos e fundamentos assentados
pelos Jurados" e, ao final, declarava a inconstitucionalidade da nova redação determinada pela
Lei 13.964/2019 ao art. 492, I, e, do Código de Processo Penal, pediu vista dos autos o Ministro
Ricardo Lewandowski. (04/05/2020)
• Ainda não julgado

32
EXCEÇÃO – SENTENÇA CONDENATÓRIA JÚRI

Apelação de sentença condenatória - JÚRI


CPP, Art. 492.
§ 5º Excepcionalmente, poderá o tribunal atribuir efeito suspensivo à apelação de que trata o
§ 4º deste artigo, quando verificado cumulativamente que o recurso: (Incluído Lei nº
13.964/2019)
I - não tem propósito meramente protelatório; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - levanta questão substancial e que pode resultar em absolvição, anulação da sentença,
novo julgamento ou redução da pena para patamar inferior a 15 (quinze) anos de reclusão.
§ 6º O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser feito incidentemente na apelação
ou por meio de petição em separado dirigida diretamente ao relator, instruída com cópias
da sentença condenatória, das razões da apelação e de prova da tempestividade, das
contrarrazões e das demais peças necessárias à compreensão da controvérsia. (Incluído
Lei nº 13.964, de 2019)

33
APELAÇÃO NO JECRIM (rito sumaríssimo)

Lei n. 9.099/95, art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá
apelação (CPP, cabe RSE), que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em
exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
§1º A apelação será interposta no prazo de dez dias (CPP, 5 dias), contados da ciência da
sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita (CPP, possível por
termo), da qual constarão as razões (CPP, possível em dois momentos) e o pedido do
recorrente.
§ 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias (CPP, 8 dias).

Lei n. 9.099/95, art. 76, §5º - Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação
referida no art. 82 desta Lei. (homologatória da transação penal)

34
EM ESPÉCIE
RECURSOS
RECURSO EM
SENTIDO ESTRITO

35
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Em regra, para impugnar decisões interlocutórias.

•a) RSE pro at causa (contra) – quando se admite o recurso para ambas as situações.
Exemplo: denega ou concede HC;
•b) RSE secundum eventus litis (só para um lado – regra).
Exemplo: Não recebe denúncia

CPP, art. 589, parágrafo único - Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por
simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao
juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso nos
próprios autos ou em traslado.

36
CABIMENTO

Lei n. 9.503/91, art. 294 - Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo
necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de
ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da
autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da
habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir
o requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito
suspensivo.

OBSERVAR:
QUEM PODE PEDIR MEDIDA CAUTELAR - JUIZ DE OFÍCIO, REPRESENTAÇÃO DELEGADO,
REQUERIMENTO MP;
QUANDO CABE RECURSO – QUANDO DECRETA OU INDEFERIDO REQUERIMENTO MP.

37
CABIMENTO

Lei n. 1.508/51, art. 6º - Quando qualquer do povo provocar a iniciativa do Ministério Público, nos
termos do Art. 27 do Código do Processo Penal, para o processo tratado nesta lei, a
representação, depois do registro pelo distribuidor do juízo, será por este enviada,
incontinenti, ao Promotor Público, para os fins legais.
Parágrafo único. Se a representação for arquivada, poderá o seu autor interpôr recurso no
sentido estrito.

* Regula o Processo das Contravenções definidas nos artigos 58 e 60 do Decreto-lei nº 2.259, de 10


de fevereiro de 1944 (jogo do bicho)

38
CABIMENTO

Decreto 201/1967, art. 2º, III - Do despacho, concessivo ou denegatório, de prisão preventiva, ou
de afastamento do cargo do acusado, caberá recurso, em sentido estrito, para o Tribunal
competente, no prazo de cinco dias, em autos apartados. O recurso do despacho que decreta
a prisão preventiva ou o afastamento do cargo terá efeito suspensivo.

* Para prefeitos que estão fora do cargo (mandato) e Vereadores

39
CABIMENTO

CPP, art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: [...]

•Despacho: ato de movimentação do processo – não é recorrível.

•Equívoco – Ex.: CPP, art. 584, §3° – chama de “despacho” a “decisão” que julga
quebrada a fiança.

•Sentenças são apeláveis (chamava-se equivocada a decisão de pronúncia de sentença


de pronúncia)

•Admite interpretação extensiva.

40
CABIMENTO

CPP, art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: […]
* Alguns dispositivos revogação tácita (XI, XII, XVII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII)

•Em resumo:
a) Se a decisão é anterior à sentença definitiva de condenação ou absolvição, verificar
se está no rol do art. 581 (admite interpretação extensiva); RSE
b) Se a decisão esta inserida no corpo de uma sentença condenatória ou absolutória,
ainda que a decisão esteja no rol do art. 581, Apelação – Princípio da Consunção;
c) Se a decisão é posterior à sentença condenatória ou absolutória, Agravo em
Execução (LEP, art. 197).

41
CABIMENTO

CPP, art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;

• Doutrina e Jurisprudência dominantes: não realizam qualquer distinção entre não


recebimento e rejeição.

• Aditamento – interpretação extensiva.

• Lei n. 9.099/95, art. 82 – Apelação.

42
I – que não receber a denúncia ou a queixa;

• Recebimento da denúncia com capitulação diversa.


“[…] Sabe-se que a jurisprudência atual do STJ até já admite em hipóteses
excepcionais a alteração, no momento de recebimento da inicial acusatória,
da capitulação dada pelo Parquet aos fatos narrados na denúncia. Contudo,
isso só ocorre em situações nas quais se evidencia visível excesso de
acusação. Sobre a matéria, os seguintes precedentes: a) HC 101.919/MG, Rel.
Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, julgado em 17.2.2009, DJe 23.3.2009; e
b) REsp 1.069.151/RJ, Rel. Ministro Og Fernandes, Sexta Turma, julgado em
6.8.2013, DJe 2.9.2013.” (STJ, AÇÃO PENAL 2013/0411374-0/2015)

43
I – que não receber a denúncia ou a queixa;

STF, Súmula 709 – Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão que provê o recurso contra
a rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento dela.

•Queixa.

•Não recebimento.

•CP, art. 117, I – Marco interruptivo da prescrição

44
I – que não receber a denúncia ou a queixa;

STF, Súmula 707 – Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões
ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.

45
I – que não receber a denúncia ou a queixa;

• Recebimento da denúncia e da queixa crime – admissível HC ou MS.

STF, Súmula 693 – Não cabe “habeas corpus” contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo
a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

• Pena de multa – Mandado de Segurança, correição parcial, se for o caso.


•Exemplo: crimes eleitorais

46
II – que concluir pela
incompetência do juízo;

• Da decisão do juiz que, ex officio, conclui no sentido da incompetência do juízo.

• Discussão - No processo Penal possível reconhecimento de ofício da incompetência


absoluta e relativa.
• CPP, art. 109 - não faz diferenciação
• STJ, Súmula 33 – discussão - não se aplica ao processo penal

• Desclassificação no tribunal do júri (CPP, art. 419).

47
III – que julgar procedentes as exceções, salvo a
de suspeição;

• Incompetência do juízo, litispendência, coisa julgada, ilegitimidade de parte e


suspeição.

• Improcedente – habeas corpus.

• Suspeição – procedimento diferenciado (CPP, arts. 98 a 102) – julgamento pelo


Tribunal.

48
Exceções (CPP, art. 95)

→ Incompetência, coisa julgada, litispendência e ilegitimidade de parte.

• PROCEDÊNCIA
Interposição de RSE com base no art. 581, III, do CPP.

• IMPROCEDÊNCIA
Impetração de Habeas corpus ou Mandado de Segurança.
Aguardar a sentença no processo e arguir o vício em preliminar de recurso.

49
Exceções (CPP, art. 95)

→ Suspeição do juiz

* Se a exceção de suspeição for acolhida pelo próprio juiz excepto,


será ela irrecorrível.

• PROCEDÊNCIA
Cabendo a decisão a Câmaras ou Turmas, possível a interposição dos recursos especial
ou extraordinário.

• IMPROCEDÊNCIA
Cabendo a decisão a Câmaras ou Turmas, enseja-se recurso especial ou extraordinário.
Possível à parte, em vez dos recursos, especial e extraordinário, optar pelo Habeas
corpus ou pelo Mandado de Segurança.

50
IV – que pronunciar o réu;
(Lei n. 11.689/2008)

• Pronúncia – CPP, art. 413 – O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se


convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de
autoria ou de participação.

• Impronúncia – cabe apelação, CPP, art. 416 (Lei 11.689/2008) – Contra a sentença de
impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.

CPP, art. 584, §2º - O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o julgamento.

CPP, art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz presidente
do Tribunal do Júri.

CPP, art. 585 – O réu não poderá recorrer da pronúncia senão depois de preso, salvo se prestar
fiança, nos casos em que a lei a admitir (implicitamente revogado – STF, HC 101244/2010)

51
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar
inidônea a fiança, [...]

• Decisão Judicial

• Disciplina da fiança – CPP, arts. 323 e 324 (negar), 325 (arbitrar), 338 e 339 (cassar),
340 (julgar inidônea).

• Conceder: decisão judicial que, verificando os pressupostos, concede liberdade


provisória com fiança.

• Negar: quando não preenchidos os requisitos necessários à concessão.

• Arbitrar: guarda relação com o valor fixado.

• Cassar: quando se constata que a fiança anteriormente concedida era incabível.

• Inidônea: quando o afiançado se omite diante da exigência de reforço da fiança.

52
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar
inidônea a fiança, [...]

CPP, art. 323. Não será concedida fiança:


I - nos crimes de racismo;
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos
definidos como crimes hediondos;
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional
e o Estado Democrático;

CPP, art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:


I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou
infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste
Código;
II - em caso de prisão civil ou militar;
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312).

53
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar
inidônea a fiança, [...]

CPP, art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de
liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de
liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos.
§ 1º Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser:
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código;
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes.

54
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar
inidônea a fiança, [...]

CPP, art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será cassada em qualquer
fase do processo.

CPP, art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência de delito
inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito.

55
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar
inidônea a fiança, [...]

CPP, art. 340.  Será exigido o reforço da fiança:


I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;
II - quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados,
ou depreciação dos metais ou pedras preciosas;
III - quando for inovada a classificação do delito.
Parágrafo único.  A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão, quando, na
conformidade deste artigo, não for reforçada.

56
V – [...] indeferir requerimento de prisão preventiva ou
revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a
prisão em flagrante;
•Extensiva para indeferimento de prisão temporária e indeferimento ou revogação de
medidas cautelares (CPP, art. 282, §4º).

•Decisão que decreta prisão preventiva – HC.

•Na decisão de pronúncia – RSE.

•Na sentença condenatória – Apelação.

•Exceção: Decreto n. 201/67, art. 2º, II e III – RSE contra decisão que decretar a prisão
preventiva.

•Sem efeito suspensivo – MS? Tese Institucional

Lei n. 12.016/2009, art. 5º. Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo.
57
VI – que absolver o réu,
nos casos do art. 411;

•Revogado – CPP, art. 416 – hoje cabe Apelação.

58
VII – que julgar quebrada a fiança ou perdido o
seu valor;

CPP, art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a
autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e
para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como quebrada.

CPP, art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de
residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito)
dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.

59
VII – que julgar quebrada a fiança ou perdido o
seu valor;

CPP, art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:


I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo;
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo;
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança;
IV - resistir injustificadamente a ordem judicial;
V - praticar nova infração penal dolosa.

CPP, art. 343 - O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu
valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso,
a decretação da prisão preventiva.

CPP, art. 346 – No caso de quebramento da fiança, feitas as deduções previstas no art. 345 deste
Código, o valor restante será recolhido ao fundo penitenciário na forma da lei.

CPP, art. 584, §3º - O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança
suspenderá unicamente o efeito de perda da metade do seu valor.
60
VII – que julgar quebrada a fiança ou perdido o
seu valor;

CPP, art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado
não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta.

CPP, art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais encargos a que
o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei.

•CPP, art. 584, caput – efeito suspensivo.

61
VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por
outro modo, extinta a punibilidade;

CPP, art. 593, §4º - Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido
estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.

•Cabível recurso do Assistente – CPP, art. 584, §1º.

•Não há interesse de agir do acusado em recurso que pretende absolvição – STJ, Resp.
908.863, 8/2/2011

62
VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por
outro modo, extinta a punibilidade;

CP, art. 107. Extingue-se a punibilidade:


I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - REVOGADO
VIII - REVOGADO
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

Rol não taxativo – exemplo: decurso prazo sursis, da suspensão condicional do processo e do
livramento condicional.

63
VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por
outro modo, extinta a punibilidade;

CPP, art. 61.  Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá
declará-lo de ofício.
Parágrafo único.  No caso de requerimento do Ministério Público, do querelante ou do réu, o juiz
mandará autuá-lo em apartado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar conveniente, concederá o
prazo de cinco dias para a prova, proferindo a decisão dentro de cinco dias ou reservando-se
para apreciar a matéria na sentença final.

64
VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por
outro modo, extinta a punibilidade;

CPP, art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV - extinta a punibilidade do agente.

STJ, Súmula 18 - A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da


punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.

Exceção à regra da Apelação – demais hipóteses do art. 397 cabe Apelação

65
Extinção da punibilidade – moment0s

→ Primeira Possibilidade
• Decisão como parte da sentença condenatória;
• Apelação (CPP, art. 593, I, e § 4º).

→ Segunda Possibilidade
• Decisão na Vara de Execução Penal;
• Agravo da Execução (LEP, art. 197).

→ Terceira Possibilidade
• Decisão em qualquer outro momento do inquérito ou processo;
• RSE (CPP, art. 581, VIII) – cabimento residual, vale dizer, quando não ocorrer as situações
anteriores.

66
IX – que indeferir o pedido de
reconhecimento da prescrição ou de outra causa
extintiva da punibilidade;
• Pro at causa
• Também residual em relação à apelação.

CPP, art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:


VII - quando extinta a punibilidade.

STJ, HC 223.629 - […] 3. À luz desse preceito, esta Corte e o Supremo Tribunal Federal têm refinado
o cabimento do habeas corpus, restabelecendo o seu alcance aos casos em que demonstrada a
necessidade de tutela imediata à liberdade de locomoção, de forma a não ficar malferida ou
desvirtuada a lógica do sistema recursal vigente. 4. No caso, constata-se que o acórdão da
apelação transitou em julgado sem que fosse interposto recurso ordinariamente previsto no
ordenamento jurídico, preferindo a defesa a via do habeas corpus para alegar a suposta
nulidade da condenação por deficiência de defesa técnica. 5. Ora, se a defesa não lançou mão
dos meios recursais cabíveis, deixando transitar em julgado o acórdão vergastado, não pode,
agora, valer-se do habeas corpus para suprir a omissão.

67
X – que conceder ou negar a
ordem de habeas corpus;

• Pro at causa

• Concessão – reexame necessário (CPP, art. 574, I).

• Não concessão – forma de coação; possível o ingresso de novo HC ao grau


imediatamente superior.

• Julgar prejudicado equivale à não concessão (CPP, art. 659)

• MP 1º Grau– apesar de não intervir 0brigatoriamente no HC, deve ser intimado da


decisão.

68
XI – que conceder, negar ou revogar
a suspensão condicional da pena;

• Cabível Agravo em Execução.

• Se conceder ou negar na sentença cabe Apelação (CPP, art. 593, I, c/c art. 593, §4º).

• Interpretação extensiva – concede, nega ou revoga suspensão condicional do


processo (Lei n. 9.099/95, art. 89); STJ, 601924.

 STF, Súmula 696 - Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão


condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o
Juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por
analogia o art. 28 do Código de Processo Penal.

69
XII – que conceder, negar ou revogar livramento
condicional;

• Revogado. Cabe Agravo em Execução.

70
XIII – que anular o processo da instrução criminal,
no todo ou em parte;

• Instrução criminal = fase judicial - a partir do recebimento da inicial até momento


anterior à sentença.

• Decisão ex officio ou por requerimento das partes.

• Decisão que indefere pedido de anulação – HC, MS, reclamação ou preliminar de


Apelação.

• Interpretação extensiva – reconhecimento da ilicitude de prova.

CPP, art. 157, §3o - Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta
será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.

71
XIV – que incluir jurado na lista geral
ou desta o excluir;

• Lista geral publicada até o dia 10 de novembro de cada ano (CPP, art. 426, §1º). A cada
reunião (mês do ano em que se tem julgamento), serão sorteados vinte e cinco.
Posteriormente, a cada sessão (julgamento pelo júri), novo sorteio é realizado.

• Prazo 20 dias – CPP, art. 582, parágrafo único, e art. 586, parágrafo único.

• Pode ser interposto tanto pelo MP, advogado, como qualquer pessoa (desde que
representada por advogado) que resida na comarca abrangida pela lista, inclusive o
próprio jurado excluído ou incluído.

CPP, art. 426, §1º - A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante reclamação de qualquer do
povo ao juiz presidente até o dia 10 de novembro, data de sua publicação definitiva.

72
XV – que denegar a apelação
ou a julgar deserta;

• Exceção à regra da Carta Testemunhável.

• Apelação Denegada – falta de pressupostos de admissibilidade.

• Apelação Deserta – falta de preparo ou fuga.

CPP, art. 806. Salvo o caso do art. 32, nas ações intentadas mediante queixa, nenhum ato ou
diligência se realizará, sem que seja depositada em cartório a importância das custas.
§2º A falta do pagamento das custas, nos prazos fixados em lei, ou marcados pelo juiz,
importará renúncia à diligência requerida ou deserção do recurso interposto.

• CPP, art. 595 – fuga – Revogado.

STJ, Súmula 347 - O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão.

* Possível recurso do assistente de acusação – Consequência natural do seu direito de apelar.


73
XVI – que ordenar a suspensão do processo, em
virtude de questão prejudicial;

• Questões prejudicais dos arts. 92 a 94 do CPP.

• Cabível para os casos de suspensão obrigatória ou facultativa.

• Decisão que denega suspensão – não cabe recurso (CPP, art. 93, §2º).

• Interpretação extensiva – contra decisão que determina suspensão do processo


(CPP, art. 366).

74
XVIII – que decidir o incidente de falsidade;

• Procedência ou improcedência.

CPP, art. 145. Argüida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz
observará o seguinte processo:
I - mandará autuar em apartado a impugnação, e em seguida ouvirá a parte contrária, que, no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, oferecerá resposta;
II - assinará o prazo de 3 (três) dias, sucessivamente, a cada uma das partes, para prova de suas
alegações;
III - conclusos os autos, poderá ordenar as diligências que entender necessárias;
IV - se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o documento e
remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público.

75
XXV - que recusar homologação à proposta de
acordo de não persecução penal, previsto no art.
28-A desta Lei
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não
persecução penal, previsto no art. 28-A desta Lei.

* Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019 - ANPP

76
OUTROS INCISOS

XVII - que decidir sobre a unificação de penas; (Agravo em Execução)


XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; (Agravo em
Execução – LEP, art. 183)
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; (Agravo em Execução –
LEP, art. 184)
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774; (tacitamente
revogado)
XXII - que revogar a medida de segurança; (Agravo em Execução – LEP, art. 179)
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
(Agravo em Execução – LEP, arts. 175 a 179)
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. (prejudicado – art. 51, CP,
revogado)

77
TEMPESTIVIDADE

• Prazos:
- 5 dias – interposição – CPP, art. 586;
- 20 dias – interposição – CPP, art. 581, XIV – lista de jurados;
- 15 dias – interposição, da data que findar prazo do MP – Assistente de Acusação
(decisão extinção punibilidade - CPP, art. 581, VII, c/c art. 584, §1º e art. 598);
- 2 dias – razões (CPP, art. 588).

CPP, art. 588, parágrafo único - Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do
defensor.

STF, Súmula 707 – Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contra-
razões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de
defensor dativo.

Razões do recorrente
Resposta do recorrido
78
LEGITIMIDADE

• CPP, art. 577 – Ministério Público, querelante, réu ou defensor.

• Qualquer pessoa do povo (CPP, art. 581, XIV, e Lei n. 1.508/51, art. 6º, parágrafo único
– contravenções relacionadas ao jogo do bicho – Decreto-Lei n. 6.259/1944, arts. 58 e
60).

• CPP, art. 581, XIV – Jurado excluído.

• CPP, art. 584, §1º – Assistente (extinção da punibilidade).

79
REGULARIDADE FORMAL

CPP, art. 587. Quando o recurso houver de subir por instrumento, a parte indicará, no
respectivo termo, ou em requerimento avulso, as peças dos autos de que pretenda traslado.
Parágrafo único. O traslado será extraído, conferido e concertado no prazo de 5 (cinco) dias, e
dele constarão sempre a decisão recorrida, a certidão de sua intimação, se por outra forma não
for possível verificar-se a oportunidade do recurso, e o termo de interposição.

CPP, art. 589, parágrafo único - Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por
simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao
juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso nos
próprios autos ou em traslado.

80
REGULARIDADE FORMAL

CPP, art. 583. Subirão nos próprios autos os recursos:


I - quando interpostos de oficio;
II - nos casos do art. 581, I, III, IV, VI, VIII e X;
II - quando o recurso não prejudicar o andamento do processo.
Parágrafo único - O recurso da pronúncia subirá em traslado, quando, havendo dois ou mais
réus, qualquer deles se conformar com a decisão ou todos não tiverem sido ainda intimados da
pronúncia.

81
REGULARIDADE FORMAL

a) Interposto de ofício – concessão de habeas corpus (art. 574, I);


b) CPP, art. 581, I – não recebimento da denúncia ou queixa;
c) CPP, art. 581, III – procedência das exceções, salvo suspeição;
d) CPP, art. 581, IV – pronúncia;
• Translado, se dois ou mais réus, não houver trânsito em julgado para todos (585, par. único).
• CPP, art. 420, parágrafo único – intimação pronuncia por edital.

e) CPP, art. 581, VI – revogado;

f) CPP, art. 581, VIII – decretação da extinção da punibilidade;


g) CPP, art. 581, X – julgamento habeas corpus;
h) Não prejudicar o andamento do processo – Exemplo: decisão que indefere apelação
– efeito suspensivo (CPP, art. 584).
82
EFEITOS

 Efeito Devolutivo
 Efeito Suspensivo
 Regressivo, Iterativo ou Diferido (juízo de retratação)

CPP, art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança (VII, segunda
parte), de concessão de livramento condicional (revogado) e dos ns. XV (denega apelação ou
deserção), XVII (revogado) XXIV (revogado) do art. 581.
§1º - Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do nº XVIII do art. 581,
aplicar-se-á o disposto nos arts. 596 e 598. AGORA IMPRONÚNCIA CABE APELAÇÃO
§2º - O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o julgamento.
§3º - O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá unicamente o efeito de
perda da metade do seu valor.

REGRA – SEM EFEITO SUSPENSIVO

83
EFEITOS

• Efeito Suspensivo – recurso em sentido estrito que julgar perdido o valor da fiança e
daquela que denegar a apelação ou julgá-la deserta (art. 584 caput).

• Recurso em sentido estrito contra decisão de pronúncia – suspende apenas o


julgamento, possível execução de prisão preventiva ou medidas cautelares – CPP,
art. 584, §2º.

• Recurso em sentido estrito contra decisão que julgar quebrado o valor da fiança
(CPP, art. 581, VII, primeira parte) – suspende apenas o efeito de perda da metade do
valor – CPP, art. 584, §3º.
• CPP, art. 343 - O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do
seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se
for o caso, a decretação da prisão preventiva

84
EFEITOS

 Efeito Regressivo, Iterativo ou Diferido – Juizo de Retratação

CPP, art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso
ao juiz, que, dentro de 2 (dois) dias, reformará ou sustentará o seu
despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem
necessários.
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária,
por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso,
não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de
novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado.

• O juiz ao sustentar a decisão, pode acrescer novos argumentos, para fortalecê-la no


juízo ad quem.

85
COMPETÊNCIA

CPP, art. 582. Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos dos nºs. V,
X e XIV.
Parágrafo único - O recurso, no caso do nº XIV, será para o presidente do Tribunal de Apelação.

•V e X – não subsiste exceção.

•XIV – ao Presidente do Tribunal.

86
PROCEDIMENTO DO
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

• Interposição por petição (forma escrita) ou termo (forma oral reduzida a escrito).

• Prazo – 5 dias (salvo art. 588, parágrafo único, do CPP, com prazo de 20 dias).

• Necessária indicação de peças, se for o caso de formar instrumento (CPP, art. 587).

• JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

- Intimação do recorrente para razões;


- Intimação do recorrido para contrarrazões (CPP, art. 588).

87
PROCEDIMENTO DO
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

• JUÍZO DE RETRATAÇÃO

→ Juiz mantém a decisão recorrida


Recurso sobe ao Tribunal para julgamento.

→ Juiz retrata-se da decisão recorrida


- Nova decisão comporta RSE. Parte prejudicada não se insurge.
Recurso prejudicado, sendo extinto.
- Parte prejudicada insurge-se por simples petição (CPP, art. 589, parágrafo único).
Recurso sobe ao tribunal para julgamento.
- Nova decisão não comporta RSE.
Recurso prejudicado, sendo extinto.

88
PROCESSAMENTO

NCPC, art. 932 – JULGAMENTO MONOCRÁTICO PELO RELATOR

•Doutrina – Princípio do Colegiado (CPP, art. 609) – impossibilidade.


•Jurisprudência – oscila – STJ, HC 21263, HC 103303, HC 137074 e HC 177248. 

89
EM ESPÉCIE
RECURSOS
EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO

90
Embargos de declaração
(CPP, arts. 382 e 619-620)

•Conceito – é remédio previsto para excluir ambigüidade, obscuridade, contradição ou


omissão tanto da sentença como do acórdão, cujas imperfeições prejudiquem seu
entendimento ou sua essência, ou que, ao prolatá-los, não se tenha examinado a causa
em toda sua extensão.
• NCPC, art. 1022, III – ERRO MATERIAL

•Natureza Jurídica – trata-se de recurso, pois há sucumbência e interesse, dos quais


surgem a possibilidade de modificação da decisão recorrida.

•Há quem sustente não ser recurso, mas simples meio de integração da sentença ou do
acórdão, sem efeito infringente.

91
Embargos de declaração
(CPP, arts. 382 e 619-620)

* Ambiguidade: defeito de construção lógica – o sentido é múltiplo.

* Obscuridade: falta de clareza e precisão, tanto na fundamentação como no


dispositivo, ou é incompreensível.
Ex.: ao julgar apelação interposta pelo réu contra sentença condenatória que lhe
permitiu aguardar em liberdade o trânsito em julgado, o acórdão nega provimento
dizendo que mantém a condenação e a prisão preventiva decretada na
sentença.

* Contradição: dispositivo que contraria seus fundamentos – sentença “suicida” –


esta deve existir no próprio corpo da decisão e não revelar apenas error in
procedendo ou error in decidendo.
Ex.: diz que absolve pela inexistência do fato, mas faz referência ao art. 386, VI, do
CPP (excludentes).

92
Embargos de declaração
(CPP, arts. 382 e 619-620)

* Omissão: decisão que não alcançou toda a matéria, não examinou as


questões suscetíveis de decisão de ofício – Ex: Não estabeleceu o regime.

NCPC, 1022, parágrafo único, II – Considera-se omissa a decisão que


incorrer no art. 489, §1º.

93
Embargos de declaração
(CPP, arts. 382 e 619-620)
CPP, 315, § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo
concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV -
não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em
tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar
seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento
se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento. 94
Embargos de declaração
(CPP, arts. 382 e 619-620)

•Cabimento – cabe diante de sentenças (CPP, art. 382 – 2 dias),


em primeiro grau, e de acórdãos (CPP, arts. 619/620 - 2º grau – 2
dias).

95
Embargos de declaração
(CPP, arts. 382 e 619-620)

•Limites – a nova decisão só pode interpretar ou corrigir o defeito existente na decisão


embargada, e não modificá-la.

•Efeito infringente – possibilidade – erro grave na interpretação dos fatos e provas por
ocasião do julgamento.
•Necessidade de intimar parte contrária para contrarrazões (NCPC, art. 1023, §2º).

•O erro material manifesto pode ser corrigido independentemente dos embargos


declaratórios. NCPC, art. 1022, III – ERRO MATERIAL

•Juízo de Retratação? Discussão

96
REGULARIDADE FORMAL

•Petição escrita, no prazo de 02 dias a contar da publicação da sentença ou do acórdão.

•Aplicação analógica do NCPC, art. 1026 – Os embargos de declaração INTERROMPEM o


prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes.

•Se intempestivos não interrompem prazo do outro recurso.

• No STF, se evidentemente protelatórios não interrompem prazo do outro recurso


(RISTF, art. 339).
•Nas vias ordinárias interrompem mesmo os protelatórios – jurisprudência – VER COMO
FICARÁ APÓS NCPC
•NCPC POSTURA RÍGIDA QUANTO AOS PROTELATÓRIOS – MULTA E SE OS DOIS
PRIMEIROS FOREM PROTELATÓRIOS, O TERCEIRO NÃO SERÁ ADMITIDO (art. 1026, §§3º
e 4º)

97
REGULARIDADE FORMAL

* CPP, Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a


prescrição não corre:

III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos


Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; […] (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019)

98
REGULARIDADE FORMAL

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. RECURSO ESPECIAL PREMATURO.


INTERPOSIÇÃO ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO MANEJADOS PELA
PARTE CONTRÁRIA. NECESSIDADE DE OPORTUNA RATIFICAÇÃO NO PRAZO RECURSAL. AUSÊNCIA
DE MODIFICAÇÃO DO ACÓRDÃO EMBARGADO. IRRELEVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 418/STJ.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. É prematuro, uma vez que ainda não esgotada a jurisdição do Tribunal de origem, o recurso
especial interposto antes do julgamento dos embargos de declaração, mesmo que opostos pela
parte contrária e rejeitados, sem alteração do acórdão embargado, devendo ser ratificado o
recurso especial, dentro do prazo recursal, após a intimação do acórdão dos declaratórios.
Incidência da Súmula 418/STJ.
2. É irrelevante que a interposição do apelo nobre tenha ocorrido antes da edição do enunciado em
questão (Súmula 418 do STJ), porquanto a necessidade de ratificação do recurso especial
interposto antes do julgamento dos embargos de declaração decorre da interpretação do texto
constitucional já vigente, e não da aplicação de nova regra, e, por conseguinte, do princípio
processual tempus regit actum.
[...]

99
REGULARIDADE FORMAL

[...]
3. "Os embargos de declaração, tempestivamente apresentados, ainda que
considerados protelatórios, interrompem o prazo para a interposição de
outros recursos, porquanto a pena pela interposição do recurso protelatório é
a pecuniária e não a sua desconsideração." (AgRg no Ag 876.449/SP, Rel. Min.
Maria Thereza de Assis Moura, 6ª Turma, DJe de 22/6/2009) 4. Agravo interno a
que se nega provimento. (STJ - AgRg no REsp 1099875/MG, Rel. Ministro RAUL
ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 14/06/2011, DJe 01/08/2011)

100
Embargos de declaração
no jecrim

Lei n. 9.099/95, art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou


acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão (ANTES DÚVIDA TAMBÉM
– CPP, ambiguidade).
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente (CPP,
apenas por escrito), no prazo de cinco dias (CPP, 2 dias), contados da ciência da
decisão.
§ 2º Os embargos de declaração interrompem (ANTES SUSPENSÃO) o prazo para a
interposição de recurso.
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.

REDAÇÃO ALTERADA DADA PELA LEI n. 13105/2015

101
PROCEDIMENTO

•Publicação da sentença ou acórdão – petição de interposição no prazo de dois (02)


dias, com as razões do recurso – conclusão ao juiz ou relator, para admissibilidade
(pode haver indeferimento; ex.: intempestividade).

•Podem concluir: não conhecimento; conhecimento e provimento para declarar o


pretendido ou não provimento, prevalecendo a redação anterior.

102
EM ESPÉCIE
RECURSOS
EMBARGOS
INFRINGENTES E DE
NULIDADE

103
EMBARGOS INFRINGENTES - SÍNTESE
• 1 -Cabível apenas em acórdãos de RSE,
Capítulo V – Do Processo e do Apelação e Agravo em Execução – não cabe
contra decisões de HC e Revisão Criminal.
Julgamento dos Recursos em
Sentido Estrito e das Apelações • 2 - Tribunais de Apelação (Tribunais de
(1), nos Tribunais de Apelação (2) Justiça e TRFs) – não cabe contra acórdão
das Turmas Recursais do JECRIM.
CPP, art. 609, parágrafo único - • 3 - Decisão não unânime – que tenha
Quando não for unânime (3) a reformado ou mantido decisão de primeiro
grau.
decisão de segunda instância (4),
desfavorável ao réu (5), admitem- • 4 - Decisão de segunda instância – não cabe
se embargos infringentes (6) e de nos casos de competência originária.
nulidade (7), que poderão ser • 5 - Desfavorável ao réu – exclusivo da
opostos dentro de 10 (dez) dias defesa. Exceção: CPPM, art. 538.
(8), a contar da publicação de • 6 – Embargos Infringentes – matéria de
acórdão, na forma do art. 613. Se o mérito.
desacordo for parcial, os
embargos serão restritos à • 7 - Embargos de nulidade – nulidade
matéria objeto de divergência (9). processual.
• 8 - Prazo de 10 dias – Razões e
Contrarrazões.
• 9 – Restritos à divergência 104
EMBARGOS INFRINGENTES
(CPP, art. 609, parágrafo único)

•Início do prazo para Recurso Especial (STJ) – aplicação analógica do CPC/73, art. 498.
Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de votos e julgamento
unânime, e forem interpostos embargos infringentes, o prazo para recurso extraordinário ou
recurso especial, relativamente ao julgamento unânime, ficará sobrestado até a intimação da
decisão nos embargos. Parágrafo único. Quando não forem interpostos embargos
infringentes, o prazo relativo à parte unânime da decisão terá como dia de início aquele em
que transitar em julgado a decisão por maioria de votos.
• STJ, REsp 785.679 – NÃO HÁ DISPOSITIVO SEMELHANTE NO NPC
* STJ, AgRg no AREsp 1.374.677/RJ, j. 28/03/2019 - em caso de acórdão não unânime, cumpre ao
recorrente interpor o recurso especial após o julgamento dos embargos infringentes,
podendo nessa ocasião suscitar toda a matéria tratada no acórdão que julgou a
apelação de forma unânime e no acórdão que julgou os embargos infringentes.

•STF, Início do prazo para Recurso Extraordinário


STF, Súmula 355 - Em caso de embargos infringentes parciais, é tardio o recurso
extraordinário interposto após o julgamento dos embargos, quanto a parte da decisão
embargada que não fora por eles abrangida. - Não aplica.
105
EM ESPÉCIE
RECURSOS
CARTA
TESTEMUNHÁVEL

106
CARTA TESTEMUNHÁVEL
(CPP, arts. 639 a 646)

CPP, art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:


I - da decisão que denegar o recurso;
II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad
quem.

* Recurso Subsidiário

* Não recebimento da Apelaçã0 – RSE


* Obstar seguimento da Apelação, salvo por deserção – discussão (581, XV, ou
Carta Testemunhável?)

* Decisão que denega (juízo admissibilidade) ou nega seguimento ao Recurso


Especial e Extraordinário – Agravo (Lei 12.322/2010 e STF, Resolução n. 451/2010
– VER NCPC, arts. 1021, 1030 e 1042)

107
PROCEDIMENTO

CPP, art. 645. O processo da carta testemunhável na instância superior seguirá o processo do
recurso denegado.

•Incabível para recurso que deva ser decidido na própria instância


•Decisão denegatória de Embargos Declaratórios contra sentença de juiz (decidido na
própria instância) – inexiste recurso específico – Apelação alegando nulidade em razão
do vício que motivou os Embargos Declaratórios não conhecidos;
•Cabível, em resumo, para decisão denegatório ou que nega seguimento de RSE e
Agravo em Execução

Juízo de admissibilidade realizado apenas na segunda instância.

CPP, art. 644. O tribunal, câmara ou turma a que competir o julgamento da carta, se desta
tomar conhecimento, mandará processar o recurso, ou, se estiver suficientemente instruída,
decidirá logo, de meritis.
EFEITO DEVOLUTIVO AMPLIADO
108
EM ESPÉCIE
RECURSOS
AGRAVO EM
EXECUÇÃO PENAL

109
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL

• Cabimento – contra as decisões proferidas pelo Juízo das Execuções Penais, com o
procedimento do recurso em sentido estrito (CPP).

• Prazo – 5 dias (do Recurso em Sentido Estrito) – Súmula 700, STF.

LEP, art. 197. Das decisões proferidas pelo juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
Mandado de Segurança para efeito suspensivo – Não – STJ, HC 268427 2014

LEP, art. 179 – Desinternação (periculosidade) – Efeito Suspensivo

110
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL

• Não há disciplina do processamento – segue o Recurso em Sentido Estrito.

• Legitimidade – Ministério Público e interessado


• Pessoas listadas na LEP, art. 195 – cônjuge, parente e descendente, se tiverem
provocado o incidente.

111
QUESTÕES

Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - MPE-MG - Promotor de Justiça


Substituto
Em processo por crime doloso contra a vida, movido contra dois acusados, o
juiz sumariante, ao final da fase, pronunciou um deles e impronunciou o
outro. Inconformado, o primeiro deles manejou recurso próprio,
pretendendo sua despronúncia. Também inconformado, o Ministério
Público manejou o recurso próprio, reclamando a manutenção da
qualificadora que se decotara no caso do réu pronunciado e a pronúncia do
que fora impronunciado. Os recursos manejados foram, respectivamente:
A) Recurso em sentido estrito e apelação.
B) Recurso em sentido estrito e recurso em sentido estrito.
C) Apelação e recurso em sentido estrito.
D) Apelação e apelação.

112
QUESTÕES

Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - MPE-MG - Promotor de Justiça


Substituto
A respeito da carta testemunhável, assinale a assertiva correta:
A) Cabe carta testemunhável, segundo pacífico entendimento, contra a
decisão que denega recurso em sentido estrito e correição parcial.
B) Admite-se seja a carta testemunhável interposta pelo Ministério Público,
pelo defensor e pelo assistente de acusação.
C) Interposta a carta testemunhável, o escrivão, sob pena de suspensão,
encaminhará imediatamente o instrumento à instância superior, já que
inexistente, no caso, efeito regressivo.
D) A carta testemunhável seguirá, na instância superior, o processo previsto
para as apelações.

113
QUESTÕES

Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina


Segundo o Código de Processo Penal, nas apelações interpostas
das sentenças proferidas em processos por crime a que a lei
comine pena de reclusão, o tempo para os debates será de quinze
minutos.
Certo
Errado

114
QUESTÕES

Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça Substituto


Em processo de natureza incidental, foi formulado contra Luiz, investigado por
corrupção e lavagem de dinheiro, pedido de sequestro dos seus bens, nos
moldes do previsto no Código de Processo Penal. O pedido foi deferido.
Para impugnar a referida decisão, a medida processual a ser adotada por Luiz
junto ao tribunal de justiça é

A) o recurso em sentido estrito.


B) o mandado de segurança.
C) o habeas corpus.
D) a apelação.
E) o embargo.

115
QUESTÕES

Prova: MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor Substituto


Sobre o recurso em sentido estrito, carta testemunhável e embargos de declaração,
nos termos do Código de Processo Penal e Súmulas dos Supremo Tribunal Federal e
Superior Tribunal de Justiça, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa
incorreta:
A) Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões
ao recurso interposto do indeferimento do decreto de prisão preventiva, não a
suprindo a nomeação de defensor dativo.
B) Não há previsão legal de efeitos infringentes aos embargos de declaração interposto
pelo réu ou seu defensor.
C) É cabível recurso em sentido estrito contra a decisão que reconhece a competência
ou incompetência do juízo.
D) O juiz não pode modificar a decisão do recurso em sentido estrito interposto por
simples petição contra retratação da decisão em recurso anteriormente interposto
pela parte contrária.
E) O tribunal a que competir o julgamento da carta testemunhável, se desta tomar
conhecimento, mandará processar o recurso, ou, se estiver suficientemente
instruída, decidirá logo, o mérito do recurso não recebido. 116
QUESTÕES

Prova: MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor Substituto


Sobre o recurso de apelação, nos termos da Legislação Processual Penal e
Súmulas dos Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, analise
as assertivas abaixo e assinale a alternativa incorreta:
A) É cabível contra a sentença de impronúncia e absolvição sumária no
procedimento nos processos de competência do Tribunal do Júri.
B) É cabível da decisão de rejeição de denúncia no procedimento sumaríssimo.
C) É cabível ao ofendido, não estando habilitado como assistente, interpô-la
contra a decisão do tribunal do júri, após o transcurso do prazo recursal para
o Ministério Público.
D) É cabível contra decisão do Tribunal do Júri em hipóteses restritas
legalmente previstas e o efeito devolutivo é adstrito aos fundamentos da
sua interposição.
E) É cabível se de parte da sentença definitiva ou com força de definitiva
proferida pelo juiz singular não for previsto recurso em sentido estrito.
117
QUESTÕES

Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público


Os irmãos José e Luís foram denunciados pela prática de contravenção
penal de vias de fato, em situação de violência doméstica, com pena
de prisão simples de quinze dias a três meses ou multa, em concurso
de agentes, por terem puxado os cabelos da irmã Marieta. Após o
recebimento da denúncia e várias tentativas, sem sucesso, de citação
pessoal dos réus, o juiz competente os citou por edital, seguindo,
assim, as regras do Código de Processo Penal.
Diante dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Caso tenha comparecido pessoalmente e posteriormente condenado,
Luís poderá apelar no prazo de cinco dias, devendo apresentar as
razões recursais em oito dias.

Certo
Errado 118
QUESTÕES

Prova: CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto


A interposição de recurso em sentido estrito é cabível
A) contra decisão que receber a denúncia ou a queixa ou afirmar a
incompetência do juízo.
B) contra decisão do tribunal do júri quando ocorrer nulidade posterior à
pronúncia.
C) apenas nas hipóteses taxativamente enunciadas na lei processual penal e,
excepcionalmente, em leis especiais.
D) nas hipóteses de absolvição sumária do réu.
E) contra decisão que julgar procedentes as exceções, salvo a de
litispendência.

119
QUESTÕES

Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal


Acerca de execução penal, de crimes de abuso de autoridade, de crimes contra
a criança e o adolescente e de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional,
julgue o item que se segue.
Caberá recurso de apelação contra decisão do juízo da execução penal que
indeferir pedido de livramento condicional ao apenado.

Certo
Errado

120
QUESTÕES

Prova: MPE-PR - 2016 - MPE-PR - Promotor Substituto


Assinale a alternativa correta:
A) É cabível o recurso em sentido estrito nas hipóteses de
improcedência das exceções de incompetência de juízo,
litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada;
B) É de cinco dias o prazo para apresentação das razões do recurso em
sentido estrito;
C) É cabível a apelação na hipótese de rejeição da denúncia e da queixa
no âmbito dos Juizados Especiais Criminais;
D) É cabível o recurso em sentido estrito em caso de nulidade posterior
à pronúncia;
E) É cabível o recurso em sentido estrito contra a sentença de
impronúncia.

121

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