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O recurso é o meio de impugnação da decisão judicial prolatada, é instrumento destinado

reformar uma decisão, buscando seu reexame, desde que tenha havido sucumbência,
necessária ao surgimento do interesse recursal.

No processo penal, o tema é abordado nos arts. 574 ao 580 do Código de Processo
Penal.

Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que


deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz:

I - da sentença que conceder habeas corpus;

II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância


que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411.

(ex: legítima defesa).

Obs: os recursos obrigatórios serão interpostos sempre de ofício, pelo juiz.

Art. 575. Não serão prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omissão dos
funcionários, não tiverem seguimento ou não forem apresentados dentro do prazo.

Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.

Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante,
ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor.

Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse
na reforma ou modificação da decisão. (ou seja, réu inocentado não recorre)

Art. 578. O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado pelo
recorrente ou por seu representante.

§1º Não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, o termo será assinado por
alguém, a seu rogo, na presença de duas testemunhas.

§2º A petição de interposição de recurso, com o despacho do juiz, será, até o dia
seguinte ao último do prazo, entregue ao escrivão, que certificará no termo da juntada
a data da entrega.

§3º Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por dez a trinta
dias, fará conclusos os autos ao juiz, até o dia seguinte ao último do prazo.

Assim, a interposição do recurso pode dar-se por petição ou por termo. O recurso em
sentido estrito pode processar-se de duas formas:

 mediante formação de instrumento, ou


 nos próprios autos.
Na segunda opção, a parte assina um termo nos autos logo após a sentença, e o ato de
assinatura significa a interposição do recurso, momento no qual será aberto prazo para
que o recorrente apresente suas razões. Se o réu, por qualquer razão, não tiver
condições de assinar seu nome, o termo será assinado por terceiro, mediante sua
vontade, na presença de duas testemunhas. Diante da hipótese de recurso mediante
assinatura de termo, o escrivão, sob pena de suspensão de 10 a 30 dias, procederá à
conclusão dos autos ao juiz, até o dia seguinte ao último do prazo.

Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de
um recurso por outro.

Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso


interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível.

Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso
interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter
exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.

No art. 580 há a possibilidade de aproveitamento de recurso processual diante da


hipótese do concurso de agentes. Por exemplo, se João e José foram processados e
condenados juntos em 1º grau, mas somente o advogado de João recorreu da decisão,
a decisão de 2º grau valerá para os dois (se fundada em motivos que não sejam de
caráter exclusivamente pessoal).

---------Kevin.

2 PRINCÍPIOS:

Principio duplo grau de jurisdição.

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Conceito: Ele garante que a pessoa acusada, processada e condenada, ao final do


processo criminal, possa levar a decisão que a condenou a uma nova análise, por um
órgão jurisdicional superior.

Segundo Alexandre Morais da Rosa*, “é o meio para se obter, noutra instância, a


reavaliação das informações probatórias e/ou o reconhecimento de nulidades, sempre
em face de uma decisão judicial”.

Kevin --------

Princípio da voluntariedade (art.574)

 Decisão do juiz que concede harbeas corpus (art. 574, I);


 Decisão do juiz que concede a absolvição sumária (art. 574) – a jurisdição
entende que essa hipótese não existe mais.
 Decisão do juiz que concede a reabilitação (art. 746);
 Decisão do relator que indefere liminarmente a revisão criminal (art.625 § 3º)
 Princípio da disponibilidade

A parte pode renunciar ou desistir do recurso ( renuncia é antes do recurso desistência


é durante o recurso)- o MP não pode dispor do recurso (deve levar o recurso até o
final)

OBS: Sumula 705, STF,renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a


assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.

Princípio da fungibilidade recursal (art. 579)

A interposição de um recurso por outro impedirá a interposição do primeiro recurso,


salvo hipótese de má-fe.

a) Princípio da proibição da reformatio in pejus (art.617)

Direta: em recurso exclusivo de defesa não pode o tribunal agravar a situação do réu,
nem mesmo para corrigir o prejuízo material;

Indireta: se , em recurso exclusivo da defesa o tribunal determinar novo julgame e


anular o processo então a nova sentença não poderá agravar a situação do réu.

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:

I - que não receber a denúncia ou a queixa;

II - que concluir pela incompetência do juízo;

III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; (IMPORTANTE)

IV – que pronuncia o réu;

V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança,


indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade
provisória ou relaxar a prisão em flagrante;

VI - (Revogado)

VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;

VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
(CUIDADO)
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de
outra causa extintiva da punibilidade;

X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;

XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;

XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;

XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;

XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;

XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;

XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;

XVII - que decidir sobre a unificação de penas;

XVIII - que decidir o incidente de falsidade;

XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;

XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;

XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;

XXII - que revogar a medida de segurança;

XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a
revogação;

XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.

XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal,


previsto no art. 28-A destaLei.

OBS: CUIDADO! Decisão do juiz que rejeita a denuncia ou a queixa no JECRIM cabe
APELÇÃO.

Rejeição da denúncia normalmente cabe RESE, mas no JECRIM, cabe APELAÇÃO.

Principais Casos de RESE

1. Contra decisão que não receber denuncia;


2. Contra decisão que concluir que o juízo é incompetente;
3. Contra decisão que pronunciar o réu (júri);
4. Contra decisão que conceder ou negar habeas corpus;
5. Contra decisão que mantiver, substituir, revogar ou deixar de revogar medida
de segurança.

b) Princípio da proibição da reformatio in pejus (art.617)

Direta: em recurso exclusivo de defesa não pode o tribunal agravar a situação do réu,
nem mesmo para corrigir o prejuízo material;

Indireta: se , em recurso exclusivo da defesa o tribunal determinar novo julgame e


anular o processo então a nova sentença não poderá agravar a situação do réu.

3 CARACTERISTICAS GERAIS DO RECURSO

a) Voluntariedade

as partes não são obrigadas a recorrer, trata-se de uma faculdade.

b) Tempestividade

]é um conceito do Direito processual que qualifica atos processuais realizados


pelas partes da lide, dentro do prazo previsto em lei. Para que o mérito seja
julgado, é necessário primeiro que a tempestividade seja observada.

c) Taxatividade

O princípio da taxatividade determina que os recursos devem estar


expressamente previstos em lei, não sendo possível a adoção da analogia em
matéria recursal

4 EFEITOS DOS RECURSO

a) Suspensivo - a decisão não produz efeitos enquanto não julgado o recurso.

REGRA: Não pode haver cumprimento antecipado da pena.

O STF entende que é incabível o cumprimento antecipado da pena (antes em trânsito


em julgado). Porém, o legislador ordinário, através do pacote anticrime previu a
hipótese de cumprimento antecipado da pena, prevista no art. 492, I, alínea e.

é o que suspende a eficácia da sentença expressa. Isto significa que após proferida a
sentença e intermédio recurso, será concedido a ele tal efeito. A decisão que foi
recorrida não poderá surtir efeitos até que ocorra um novo julgamento.
b) Devolutivo - o recurso devolve ao tribunal a matéria alegada, podendo revê-la;
todos os recursos tem efeito evolutivo.
OBS: os embargos infringentes tem efeito devolutivo estrito.

c) Translativo- o tribunal pode conhecer de matéria não alegada no recurso, desde


que seja matéria de ordem pública e não agrave a situação do réu.

d) Regressivo- o juiz deve reanalizar a decisão a luz do recurso interposto, juízo de


retratação

OBS: recurso com efeito regressivo: rese, agravo em execução e carta testemunhal.

e) Extensivo( art.580)- se o recurso interposto por um dos co-réus for favorável a


ele, e se fundar em questões que não sejam de caráter exclusivamente pessoal,
haverá a extensão de decisão para aquele que não recorreu.

OBS: de oficio ou a pedido.

OBS: aplica-se, também, as ações autônomas impugnativas por foça da


jurisprudência.

5) IMPEDIMENTOS NO PROCESSAMENTO OU NO CONHECIMENTO DOS RECURSOS

a) renúncia

c) desistência
d) deserção – casos do art. 806,§ 2º e art. 601, § 1º

A deserção ocorre quando um recurso não é conhecido por falta de pagamento


de custas processuais ou depósito recursal. O relator do recurso,
desembargador Paulo Pimenta, concedeu ao trabalhador o prazo de cinco dias
úteis para recolher as custas, sob pena de deserção..

Obs; A desistência não se refere ao direito litigioso, mas apenas ao


prosseguimento do processo, a decisão que a reconhece não resolve o mérito.
Já a renúncia diz respeito ao próprio direito em que se funda a ação, gera
extinção com resolução do mérito

6) PARTICULARES DOS RECURSOS

a) multiplica legitimidade recursal (art. 577)

Quem demonstrar interesse pode recorrer da decisão ( Ex.: CADI quando o juiz
julgar extinta a punibilidade do réu, impronuncia-lo ou absolvê-lo, respeitados as
regras do cpp)
CADI = cônjuge/companheiro; ascendentes; descendentes e irmãos.

Pressupostos de admissibilidade:

* cabimento – previsão legal (lei)

* adequação - consagra a premissa de que, para cada decisão a ser atacada, há um


único recurso próprio e adequado previsto no ordenamento jurídico

*tempestividade – O recurso deve ser interposto no prazo

II) Subjetivos: *interesse de agir

*legitimidade

Consequentemente da ausência de pressuposto: o juiz pode negar o seguimento, e


juízo ad quem pode não conhecer o recurso.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Art.619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas,


poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois diascontados da sua
publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou
omissão.

(ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão). Atenção ao prazo, de apenas dois


dias.

Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que


constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.

§1º O requerimento será apresentado pelo relator e julgado, independentemente de


revisão, na primeira sessão.

§2º Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator indeferirá


desde logo o requerimento.

 Ambiguidade: a ambiguidade surge de questão ou ponto apresentado na


sentença que, por estar disposto de forma muito ampla, confusa ou pouco
objetiva, gera duas ou mais interpretações. Nesses casos, não se sabe qual foi
realmente a decisão do juiz sobre determinado tópico controvertido pelas
partes e, por esse motivo, interpõe-se o embargo.
 Obscuridade: quando uma questão analisada pelo juiz apresenta tamanha
confusão, que se torna inviável interpretar o direcionamento tomado pelo
julgador. Neste caso o problema é a falta de clareza na decisão a ser
interpretada; enquanto, na ambiguidade, o problema é a existência de
várias interpretações.
 Contradição: é a situação na qual o juiz profere decisão com pontos divergentes
e incompatíveis, tornando inviável, por exemplo, a execução da sentença.
Nesses casos, a execução de uma medida impossibilitaria a outra, por isso
há necessidade de revisão da sentença.
 Omissão: ocorre quando o juiz deixa de analisar determinados
pontos controvertidos pelas partes. Um exemplo é a sentença que deixa de
analisar o mérito de um pedido trazido na petição inicial pelo autor ou deixa de
apontar qual o valor da causa a ser liquidado.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO
art. 637. O recurso extraordinário não tem efeito suspensivo, e uma vez
arrazoados pelo recorrido os autos do traslado, os originais baixarão à primeira
instância, para a execução da sentença.
 Art. 638. O recurso extraordinário e o recurso especial serão processados e
julgados no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça na
forma
 estabelecida por leis especiais, pela lei processual civil e pelos respectivos
regimentos internos.

O recurso extraordinário combate decisões que vão de encontro à Constituição


Federal, sendo julgado e processado no STF (Supremo Tribunal Federal). Esse
recurso, conforme o art. 637, não possui efeito suspensivo, isso quer dizer que a
sentença proferida da qual se recorre começa a ser executada ainda que o
recurso esteja em julgamento. Essa execução da pena é legitimada também
diante da decisão do STF sobre a constitucionalidade da prisão em segunda
instância (ainda que sem repercussão geral).

CARTA TESTEMUNHAVÉL
Espécie de recurso e tem por finalidade o reexame da decisão que denega ou
não dá seguimento a outro recurso interposto, ou seja, será instrumento para
garantir o prosseguimento de outro recurso, conforme expressa o art. 639 do
Código de Processo Penal:

. 639. Dar-se-á carta testemunhável:

I - da decisão que denegar o recurso;

II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o


juízo ad quem

Primeiramente, a carta testemunhável será requerida ao escrivão ou ao secretário do


respectivo Tribunal no prazo de 48 horas a contar da data do despacho que denegar o
recurso. O requerente indicará as peças que serão remetidas.

Uma vez julgada a carta testemunhável pelo tribunal, câmara ou turma, mandar-se-á
que o recurso seja processado, ou, caso a carta esteja suficientemente instruída,
decidir-se-á de logo, de meritis (quanto ao mérito), conforme o entendimento do art.
643 do CPP. Por fim, cabe ressaltar que, conforme o art. 646 do CPP, a carta
testemunhável não terá efeito suspensivo..

HABEAS CORPUS

Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência
de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de
punição disciplinar.

Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:

I - quando não houver justa causa;

II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;

III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a
autoriza;

VI - quando o processo for manifestamente nulo;

VII - quando extinta a punibilidade.

Curiosidade legal: HC não é um recurso, embora o Código de Processo Penal o


enquadre como tal. Isso porque a utilização de recursos pressupõe uma decisão não
transitada em julgado, e o remédio constitucional em questão pode ser impetrado a
qualquer momento, ainda que esgotadas todas as instâncias. Além disso, ele pode ser
impetrado tanto contra decisão judicial, quanto contra ato administrativo, bastando
que haja a ameaça ou a violência ao direito de ir e vir de determinada pessoa

Art. 650, CPP. [...]

§1º A competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier de


autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição.

§2ºNão cabe o habeas corpus contra a prisão administrativa, atual ou iminente,


dos responsáveis por dinheiro ou valor pertencente à Fazenda Pública, alcançados
ou omissos em fazer o seu recolhimento nos prazos legais, salvo se o pedido for
acompanhado de prova de quitação ou de depósito do alcance verificado, ou se a prisão
exceder o prazo legal.

Ou seja, competência do HC será sempre para a o agente hierarquicamente


superior, ou seja, se o delegado decretar a prisão, o HC será direcionado ao juiz. Se
este decretou a prisão, o HC será direcionado ao Tribunal de Justiça, etc.
APELAÇÃO

ART. 593
caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias corridos: I - das sentenças definitivas
de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; II - das decisões
definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos
não previstos no Capítulo anterior; III - das decisões do Tribunal do Júri,
quando: a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; b) for a sentença do juiz-
presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; c) houver erro ou
injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; d) for a
decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.

A Apelação, em regra, é o recurso cabível, no prazo de 5 (cinco) dias, nos


casos em que forem proferidas Sentenças Judiciais que julguem o mérito ou
com caráter definitivo.

Sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular (art.593,


I, CPP)

Será cabível o recurso de Apelação quando o Magistrado proferir sentença condenando


ou absolvendo o réu. Esses tipos de sentença são definitivas, já que resolvem o mérito
da causa.

Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão
o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos
de contravenção, em que o prazo será de três dias.

§1º Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o Ministério
Público.

§2º Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público terá vista dos
autos, no prazo do parágrafo anterior.

§3º Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão comuns.

§4º Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja


arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ‘ad quem’ onde será
aberta vista às partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação
oficial.

apelante terá prazo de 5 (cinco) dias para interpor a apelação, informando ao


juízo que deseja recorrer da decisão. Após esse prazo inicial ele terá mais 3
dias para apresentar as razões de reforma da sentença, totalizando 8 dias
de prazo.

Os §§1º ao 3º são autoexplicativos. Assim, importante explicar o texto do §4º: se,


por exemplo, em processo na cidade de Sertãozinho, interior de São Paulo, for
apresentado o termo de apelação dentro do prazo de 5 dias, na própria
comarca de Sertãozinho pode ser requerido que o juiz remeta os autos ao
Tribunal de Justiça. Somente quando o TJ-SP intimar, iniciar-se-á o prazo de 8
(oito) dias para apresentação das razões de apelação.

Prazos Importantes

Interpor Recurso: 5 dias

Razões do Recurso: 8 dias

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