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PENAL II
Vinicius Gustavo Sandes Solha
Franklin Willians Diccini
Presidente do Conselho de Administração Janguiê Diniz
Diretor-presidente Jânyo Diniz
Diretoria Executiva de Ensino Adriano Azevedo
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos Joaldo Diniz
Diretoria de Ensino a Distância Enzo Moreira
Autoria Vinicius Gustavo Sandes Solha
Franklin Willians Diccini
Projeto Gráfico e Capa DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional,
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
o
= Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da
área de conhecimento trabalhada.
Unidade 1 - Prisões e liberdade provisória
Objótivo DA WMA sos ssa gasosos
a dida 14
PIPEDO ag 23
PIISDO CM MAGANO sas TG 24
Prisão preventiva... ertereeeerrerereererearerererereerecerereeceree
nor eararererereasereranenearenenenerses 26
Prisão de pronúncia.......... e eeereeeteresererecerene
serena ceara nerenenererereceneecenenerenenererrass 27
Prisão em decorrência da sentença condenatória recorrível............ss.. 28
CONdUGAOCOBTCINVA assa paras aaa 29
Prisão com e sem mandado expedido... ieeeererereeeeeeenerererareeerererereraraess 29
Uso de algemas na prisão cautelar e regime disciplinar diferenciado ................. 30
ERISAONES [SIGAM aseausasicm ssa cmi an 32
DUAS NCIA a 51
Questão prejudicial X questão preliminar ..............eieereeetererereeeserereneererereereo 52
Questões prejudiciais homogêneas e heterogêneas................ceieees 53
Questões prejudiciais obrigatórias e facultativas... 53
O 19
Referências bibliográficas................. e rereereeeserenearerereneaeeeerereaseraseseseneasermaesrarasens 81
Unidade 3 - Procedimentos
Objetivos da unidade aca asssssmsseiia session 84
PICO NOS ss NC 85
O procedimento comum e o especial... eertereerereerereeearerererenrereanens 86
Aaplicação dos arts. 998/2397 doiCPP usaeasecsenasasaan
areas exmionaseeremeas masa acres 87
Procodinióiito COM sa a a US da 90
Procedimento comum ordinário ......... re rea eee eerarearere era erane aereas 91
Procedimento comum sumário ........ iene erre iasene aaa ena ias enainaaneare era eereneass 99
Procedimento comum sumariSSIMO:aauraranmaaaarsanacaacanaasararasaa 101
ESLLLÇES
CPA: |U [o PA 113
Referências bIDIiOgrálicas assassasasasssasasasaaaaana
unicas serasa 114
Unidade 4 - Dos atos jurisdicionais e do procedimento do Tribunal do Júri
Objotivos da nad sessao
O a 118
Prezado(a) estudante,
Nesta disciplina, você será apresentado basicamente aos institutos dos
princípios constitucionais sobre a liberdade e conhecerá as várias modalidades
de prisão cautelar, como a prisão em flagrante delito, a prisão temporária, a
prisão preventiva, dentre outras.
Você também aprenderá sobre as questões incidentais processuais e os ri-
tos procedimentais (Comum, Ordinário, Sumário, Sumaríssimo, Especiais).
Além disso, falaremos sobre os dispositivos que formam uma sentença (ab-
solutória ou condenatória).
Com esses alicerces, você será capaz de compreender como o processo pe-
nal funciona de forma ampla e irrestrita no Brasil.
Bons estudos!
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1413370985075742.
Dedico esta obra à minha esposa Fátima Gabriela, que faz da nossa casa
um lugar feliz mesmo diante das maiores adversidades. E não poderia
esquecer o meu filho de quatro anos, Pedro Henrique, que é a razão do
nosso existir. Por fim, gostaria de agradecer aos meus pais, que são os
meus alicerces.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/4887747470444802
RAS Sa E as
PROVISÓRIA
ser
educacional
Objetivo da unidade
Tópicos de estudo
Princípios constitucionais Crimes inafiançáveis
sobre a liberdade
Concessão da fiança
E dd REIS € Quebra e ausência de fiança
€ Prisão em flagrante em caso de pobreza
€ Prisão preventiva 6 Fiança no caso de prisão civil e
O Prisão de pronúncia militar
€ Prisão em decorrência da
sentença condenatória recorrível Prisão preventiva
€ Condução coercitiva € Tempo da prisão preventiva
€ Prisão com e sem mandado € Garantia da ordem pública
expedido 6 Garantia da ordem econômica
€ Uso de algemas na prisão Ao] iisipra te Me fi aiia
go o= (0)
cautelar e regime disciplinar criminal, aplicação da lei penal e
diferenciado admissibilidade da prisão
O Prisão especial [OLA aa A=
DICA
O artigo O julgamento de Nuremberg e sua relação com os
direitos fundamentais e com o direito internacional: uma
análise necessária apresenta alguns apontamentos sobre
a contradição inerente de um tribunal de exceção.
CONTEXTUALIZANDO
No caso do triplex de Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-juiz
Sérgio Moro era o juiz competente para julgar e proces-
sar 0 ex-presidente, dando a ele uma pena criminal de
aproximadamente nove anos e seis meses de prisão em 1º
instância. Após amplo debate jurídico na 2º instância e nos
tribunais superiores, o ministro Edson Fachin determinou o
arquivamento de todos os processos contra o ex-presiden-
te devido à parcialidade durante a condução do processo
na 13º Vara Federal de Curitiba.
“e
Prisão
De acordo com Nucci, prisão é “a privação da liberdade, tolhendo-se o direi-
to de ir e vir, através de recolhimento da pessoa humana ao cárcere” (2016, p.
687). Tal descrição pode ser tipicamente caracterizada como prisão penal, ou
seja, aquela que decorre da sentença condenatória transitada em julgado, na
qual não caiba mais recursos.
Sabemos que a prisão é a forma de restrição da liberdade de um indiví-
duo após o cometimento de um crime, de flagrante obrigatório ou flagrante
facultativo (artigo 301 do CPP). Ela acontece somente no caso de haver tam-
bém uma ordem devidamente fundamentada por parte da autoridade judiciá-
ria competente, com a devida ressalva dos crimes definidos, como
transgressão militar ou crimes militares próprios, pois neste caso
existe uma jurisdição própria para o julgamento dos crimes ditos
militares (seja na justiça militar estadual ou na justiça
militar federal).
Podemos classificar a prisão em: 1) prisão em
flagrante; 2) prisão processual; 3) prisão penal;
e 4) prisão de pronúncia. A subdivisão da prisão
processual cautelar pode ser vista no Diagrama 1.
Prisão processual
[or E
4. Prisão em decorrência
2. Prisão preventiva de sentença condenatória
CS dd NA
3. Prisão em decorrência
da decisão de pronúncia
(> — o
Está prevista no artigo 302 do Código de Processo Penal (CPP). A palavra
flagrante advém do latim flagrare, que significa aquilo que está ardendo ou
queimando, ou seja, aquilo que acaba de acontecer.
Podemos dividir o flagrante delito em três tipos: o flagrante próprio ou
perfeito, hipóteses elencadas nos incisos | e Il do artigo 302; o flagrante im-
próprio ou imperfeito, que ocorre no inciso Ill do Código de Processo Penal; e
o flagrante ficto ou presumido, que ocorre no inciso IV do CPP.
O flagrante próprio ou perfeito é aquele que ocorre quando o agente está
em pleno desenvolvimento do iter criminis. É o típico caso de flagrante delito
no qual o criminoso é pego realizando uma das fases do iter criminis, ou seja, é
pego por realizar o crime em si, podendo ser preso por qualquer um
do povo ou por uma autoridade policial, conforme elenca-
do no artigo 301 do CPP. No flagrante ficto ou presumi-
do, presume-se que os instrumentos, armas, objetos
ou papéis encontrados com um indivíduo levam a crer
que ele é autor do delito.
1) Será a oitiva do condutor, ou seja, aquele que prendeu o cidadão em flagrante delito.
2) Oitiva das testemunhas que presenciaram o ato delituoso. Neste caso, a falta de
testemunhas não impede a lavratura do auto de prisão em flagrante.
Além disso, o artigo 306 do CPP diz exatamente quais providências devem
ser tomadas pelo juiz ao receber a cópia da prisão em flagrante. Segundo o
referido artigo, há um prazo de 24 horas para custodiado em flagrante delito
ser apresentado à autoridade judiciária, que deverá decidir sobre a legalidade
ou ilegalidade da prisão. Além disso, dentro do mesmo prazo, será dado ao
preso em flagrante a nota de culpa, que serve para dizer quais são os motivos
da sua prisão, o nome do condutor (este pode ser um policial ou qualquer
um do povo) e também o nome das testemunhas que depuseram no auto de
prisão em flagrante.
Falaremos agora sobre a prisão preventiva, que é uma prisão que não pos-
sui prazo para acabar e pode ser decretada em virtude dos seguintes requisi-
tos: garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica ou con-
veniência da instrução criminal, sendo que ela pode ser
decretada durante o inquérito policial ou a instrução
processual, além de ser precedida de fundamentação
idônea por parte do magistrado, conforme o artigo
93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988:
(o dream la nennmiineais
at,
Dio TE DR rd]
Pode acarretar em
5) Emissão ao delegado de polícia, seus agentes ou oficiais de justiça competentes para cumprir
o respectivo mandado de prisão.
O uso das algemas está previsto na Lei de Execução Penal (art. 199), tendo
sido devidamente regulamentado pelo Decreto-Lei n. 8.858 de 2016. Cabe res-
saltar, no entanto, que o uso das algemas
já estava previsto pela Lei n. 7.210/84
(Lei de Execução Penal); além disso, o STF possui uma súmula sobre o uso das
algemas, a Súmula Vinculante n. 11:
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia,
por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade
por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civile penal do
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processu-
al a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado
(BRASIL, 2008).
Regime disciplinar diferenciado (RDD), por sua vez, está previsto no artigo
52 da Lei de Execução Penal (LEP) e modificado pela Lei n. 13.964/19, que diz o
seguinte:
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta
grave e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina inter-
nas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estran-
geiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferen-
ciado, com as seguintes características: | - duração máxima de até
EXPLICANDO
O Livro do Mérito é um livro público de registros de honras que tem por
finalidade inscrever o nome de pessoas que, de alguma forma, fizeram
doações valiosas, prestaram serviços relevantes e que tenham nota-
damente cooperado com o enriquecimento do patrimônio material ou
espiritual da Nação.
No caso dos magistrados, eles têm direito à prisão especial conforme o ar-
tigo 33, incisos Il e III, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Além disso, se
o juiz togado tem direito à prisão especial, o jurado, que é um juiz leigo, bem
como profissionais do Direito (advogados), de acordo com Estatuto da OAB, no
seu artigo 7, inciso V, também possuem este direito.
Regime disciplinar
diferenciado
sendo eles
Nacionais
ou estrangeiros
RuTIGET
provisória
Crimes inafiançáveis
São considerados crimes inafiançáveis os seguintes: racismo; tortura, trá-
fico ilícito de entorpecentes, drogas e afins, terrorismo e crimes hediondos; cri-
mes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitu-
cional e o Estado democrático; quebra de fiança anteriormente concedida sem
justo motivo ou quaisquer obrigações dos artigos 327 e 328 do CPP; prisão civil
ou militar; e quando presentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva.
CET Rue
EXPLICANDO
No caso do Código de Processo Penal Militar não existe a possibilidade de
impetrar habeas corpus para os casos de infração.
RR]
Por pensão alimentícia (art. 528, 83, CPC) Por depositário infiel SV n. 25 STF
Prisão preventiva
Os requisitos mínimos para prisão preventiva prevista, conforme consta no
artigo 312 do CPP e no Pacote Anticrime, são: garantia da ordem pública; garantia
da ordem econômica; conveniência da instrução criminal; e asseguramento da
aplicação da lei penal.
Além disso, tem que estar explícito, conforme a alteração do Pacote Anticri-
me, indício suficiente de autoria e materialidade delitiva, além de evidências do
perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
(> o
A prisão preventiva não possui um prazo para acabar, desde que sejam
mantidos os requisitos mínimos ou a motivação pela qual foi pedida a medida
cautelar.
Além disso, é fundamental que estejam presentes, conforme exarado no
artigo 312 do CPP, a prova da existência do crime e indício suficientes(o
de autoria para decretar a prisão preventiva.
Por fim, tem poder para decretar prisão preventiva
a autoridade judicial, conforme o artigo 5, inciso LXI, da
Constituição de 1988.
“o
ASSISTA
O vídeo JC explica mensalão apresenta um breve resumo
dos principais pontos, denúncias e apresenta brevemente
as principais figuras públicas envolvidas no mensalão.
o!
LOnventencia da Instrução crimina ' duittadtvau
j a 51) dad
Gi Ud
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penal e a nel
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ICC!
»
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e
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Prisão temporária
A prisão temporária, como o próprio nome diz, tem tempo para começar e acabar.
Seu prazo é de cinco dias e ela pode ser decretada pela autoridade judicial, desde que
haja a representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público.
Após cinco dias da prisão temporária, é possível executar seu relaxamento ou
nova prorrogação por mais cinco dias, desde que exista comprovada e extrema ne-
cessidade (artigo 2 da Lei n. 7.960 de 1989), sendo que os presos temporários deverão
permanecer obrigatoriamente separados dos demais presos.
PROCESSOS
INCIDENTAIS
ser
educacional
Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
» Questões prejudiciais € Processos incidentais: do
€ Questão prejudicial X questão incidente de falsidade e do
ojg=iliaaliat- lá incidente de insanidade mental
6 Questões prejudiciais
homogêneas e heterogêneas
€ Questões prejudiciais
obrigatórias e facultativas
Processos incidentais
€ Processos incidentais:
exceções
€ Processos incidentais: conflito
de jurisdição e a restituição de
coisa apreendida
€ Processos incidentais: medidas
Fe istela
Dig dO df o]
EXEMPLIFICANDO
No caso da receptação, o comportamento de quem adquire algo
apenas será típico se ilícita a procedência do bem móvel adquirido;
no caso da bigamia, o segundo casamento apenas será típico caso
o primeiro tenha sido validamente realizado. Desse modo, a prova da
origem ilícita do bem adquirido e a prova da nulidade do casamento
são questões prejudiciais, portanto, condição essencial para que se
possa afirmar que a conduta do agente, de fato, subsume-se à descri-
ção típica dos crimes de receptação, no primeiro caso, e de bigamia,
no segundo.
Suspensão facultativa
do processo
Processos incidentais
Os processos incidentais podem ser opostos durante o andamento do processo
principal e serão decididos pelo próprio juízo criminal, antes da decisão de mérito.
Segundo o CPP, os processos incidentais são processados e julgados em apartado,
evitando, assim, tumultuá-los. Desse modo, caso alguma das partes levante hipóte-
se, por exemplo, de impedimento ou de suspeição de perito técnico que tenha sido
nomeado pelo juiz, tal questão deve ser resolvida antes do julgamento do mérito.
Nos subtópicos a seguir, estudaremos cada um dos processos incidentes previs-
tos no CPP. São eles: exceções de suspeição e impedimentos; exceções de incom-
petência do juízo; exceções de litispendência; exceções de ilegitimidade de partes;
exceções de coisa julgada; conflitos de jurisdição; restituição de coisas apreendidas;
medidas assecuratórias; incidente de falsidade; e incidente de insanidade mental.
ER E AE Ee rs
[AE geo
US Valeo juiz exceto poderá:
procedente a atos praticados por
exceção ele são anulados
Não concordar
e enviar para 0
tribunal
Coisa Julgada
Cofee REDia
dos efeitos substanciais
I
|
por atipicidade do I
I da decisão do mérito.
| fato. Não poderá ser I
Pe dem 0 e 00 om Sm
| apresentada outra |
| denúncia pelo mesmo |, | Produzefeitosem |
|ESSO fatocontraoréu. | | outras relações |
estas Gee a nt a dias
| processuaissobreo |
| mesmofatoeréu. |
ESSES SE = a
DER E ERC]
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0 0——0—0——4 ep Ri E ÇE |
ERERe ELES RIAA
Ex: Sentença absolutória | a impossibilidade de POR MEIO DE EXCEÇÃO
transitada em julgado. [OTRA iq EG Re
Exceto a absolutória
imprópria.
a,
Ex.: Mais de um
juiz declara ser
competente para
julgar o caso
Ex.: Mais de um
juiz declara ser
incompetente para
julgar o caso
e e e mm
pia adianto
Ausentes os requisitos Rr
Presentes os requisitos
Figura 6. Resumo so
Instauração a
pedido da parte ou
pi fe EA
Atuação em
apartado e oitiva
das partes em 48h
Autos [ee tit
para o juiz
ELOS SE E
TRC a fato REPAREa TES
de provas pn
EPT
OCS ED improcedência:
ppa toi po Cofa Tate oito Rs iii
excluído dos autos nos autos
Remessa ao MP para
providências
CURIOSIDADE
Se a doença mental sobrevier durante o cumprimento da pena, duas situ-
ações podem ocorrer: |) sendo a doença transitória, nos termos do art. 41
do Código Penal, o condenado deve ser transferido para o hospital peni-
tenciário, sem a conversão da pena em medida de segurança, pelo tempo
da doença, desde que breve; e Il) se a doença tiver caráter duradouro ou
permanente, a pena será convertida em medida de segurança, nos termos
do art. 183 da Lei 7.210/1984.
ser
educacional
Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
» Procedimentos € Procedimentos dos crimes
6 O procedimento comum e o funcionais
especial € Procedimentos dos crimes
6 A aplicação dos arts. 395 a 397 contra a propriedade imaterial
do CPP 6 Procedimentos dos crimes de
drogas - Lei nº 11.343/2006
Procedimento comum
€ Procedimento comum ordinário
€ Procedimento comum sumário
€ Procedimento comum
sumaríssimo
Procedimentos especiais
€ Procedimentos dos crimes
falimentares - Lei nº 11.101/2005
6 Procedimentos dos crimes
contra a honra
O: == .
O art. 394, 8 4º, do CPP afirma que as disposições dos arts. 395 a 398 do
mesmo código devem ser aplicadas a todos os procedimentos penais de pri-
meiro grau, mesmo que estejam presentes em legislações especiais. Essa de-
terminação não é absoluta, pois existem casos em que a aplicação desses
institutos não é compatível. Para facilitar a compreensão, vejamos detalhada-
mente o que os arts. 395 a 397 do CPP determinam, lembrando que o art. 398
foi revogado pela Lei nº 11.719/2008 e, por isso, não iremos estudá-lo.
Art. 395 do CPP: rejeição da denúncia e da queixa-crime
Esse artigo elenca as hipóteses em que a denúncia ou queixa-crime pode
ser rejeitada. Vejamos:
|. Denúncia ou queixa manifestamente inepta: a inicial acusatória será
inepta quando lhe faltarem os requisitos essenciais previstos no art.
41 do CPP, quais sejam, a exposição do fato criminoso com todas
suas circunstâncias; a qualificação mínima do acusado
ou elementos pelos quais se possa identificá-lo; e ou-
tros exigidos pela doutrina, como o endereçamen-
to ao juízo competente, a assinatura do membro
do Ministério Público ou do advogado do querelan-
te e a redação em vernáculo.
EXPLICANDO
O STJ, por meio da Súmula 415 firmou o entendimento no sentido de que a
suspensão do prazo de prescrição não pode ocorrer por prazo indetermi-
nado. Assim, passou a utilizar o art. 109 do Código Penal (CP) como parã-
metro para fixação do tempo de suspensão do prazo prescricional. Para
exemplificar, se o crime prescreve em 20 anos, este será o tempo pelo qual
a prescrição permanecerá suspensa aguardando a citação pessoal ou o
comparecimento do acusado em juízo. Após isso, mesmo que o processo
permaneça suspenso, 0 prazo prescricional retomará seu curso.
Procedimento comum
Conforme dispõe o art. 394, 8 1º, do CPP, o procedimento comum é classificado
em ordinário, sumário e sumaríssimo, cujas especificidades veremos nos subtó-
picos seguintes. É importante ressaltar que, se a apuração da infração penal não
estiver sujeita a nenhum procedimento especial, o procedimento a ser adotado será
comum e, dependendo da pena cominada ao delito, esse procedimento comum
será ordinário, sumário ou sumaríssimo.
Algumas infrações penais, mesmo não estando submetidas aos procedimentos
especiais, também não se sujeitam as disposições do art. 394, 8 1º, do CPP, conforme
as seguintes hipóteses:
* Infrações penais praticadas com violência doméstica e familiar contra a
mulher: nessa hipótese, mesmo que a pena máxima em abstrato seja igual ou in-
ferior a dois anos, o réu não será submetido ao procedimento comum sumaríssi-
mo dos Juizados Especiais Criminais, pois a própria Lei Maria da Penha, em seu art.
41, dispõe que “aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a
mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26
de setembro de 1995" (BRASIL, 2006). Assim sendo, qualquer infração cometida no
âmbito da Lei Maria da Penha seguirá o procedimento comum ordinário ou sumário,
seguindo os critérios do art. 394, 8 1º, incisos | e Il, do CPP.
Como vimos, nos termos do art. 394, 8 1º, inciso |, do CPP, deve-se aplicar esse
procedimento ao processo nos casos de crime com sanção máxima cominada igual
ou superior a quatro anos. Referido procedimento é formado pelas seguintes etapas:
* Oferecimento da denúncia ou queixa-crime;
* Rejeição liminar ou recebimento;
* Recebimento da denúncia ou queixa pelo juiz;
* Citação do acusado;
* Resposta à acusação;
* Absolvição sumária do acusado;
* Audiência de instrução, interrogatório e julgamento;
* Sentença.
Figura 1. Acareação entre funcionários da prefeitura em uma CPI, Fonte: CAMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSE DO RIO PRETO, 2018
CURIOSIDADE
O art. 15, parágrafo único, inciso |, da Lei nº 13.869/2019
assevera que comete crime a autoridade que constran-
ger a depor pessoa que tenha decidido exercer o direito
ao silêncio. Desse modo, caso o acusado queira exercer
o seu direito ao silêncio, não deverá ser molestado pelo
promotor de justiça, nem pelo juiz, a depor, sob pena de a
autoridade ser acusada de crime de abuso de autoridade.
EUA ie RES
EEE
Oitiva do ofendidoe |
testemunhas Audiência
1
partes requerem ou o
hei deter do Gi à Interrogatório do réu
realização e deligências
Procedimentos especiais
Como vimos no início da unidade, para a apuração do fato criminoso em situa-
ções específicas, os procedimentos especiais são dirigidos por regras processuais
próprias. Isso está prescrito no Código de Processo Penal ou de Leis Especiais.
Como veremos a seguir, os procedimentos especiais utilizam as normas do pro-
cedimento comum de modo supletivo, conforme previsão expressa no art. 394,
8 5º do CPP, que assevera que “aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos es-
pecial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário” (BRASIL,
1941).
Nos subtópicos seguintes veremos alguns procedimentos especiais e as espe-
cificidades de cada um deles. São eles: o procedimento dos crimes falimentares;
dos crimes contra a honra; dos crimes funcionais; dos crimes contra a propriedade
imaterial; e dos crimes da Lei de Drogas.
O art. 519 do CPP também se aplica aos crimes de difamação, embora não
mencione esse procedimento. Estão excluídos desse procedimento os crimes
contra a honra previstos em leis especiais, como é o caso do Código Eleitoral.
Nos termos do art. 520 do CPP, o magistrado deve, antes de receber a
queixa, oferecer às partes a oportunidade para se reconciliarem, fazendo-as
comparecer à sua presença, ouvindo-as separadamente, sem os advogados
presentes, não se lavrando termo. Nos crimes de ação penal privada, a desig-
nação dessa audiência de conciliação é obrigatória, implicando nulidade caso
não ocorra. Contudo, se for designada, mas não se realizar porque uma das
partes faltou, considera-se cumprido o ato. Na doutrina, prevalece o entendi-
mento de que, caso o querelante não compareça, implica-se em perempção
e, não comparecendo o querelado, deve-se decretar sua condução coercitiva.
Conforme dispõe o art. 521 do CPP, se o juiz perceber na conversa infor-
mal do artigo anterior que há possibilidade efetiva de reconciliação, deve pro-
movê-la na presença dos advogados, estando as partes envolvidas frente a
frente. Exitosa a reconciliação, a queixa será arquivada, de acordo com o art.
522 do CPP, e o juiz julgará extinta a punibilidade do querelado.
Nos termos do art. 523 do CPP, é possível ao querelado, no prazo da res-
posta da acusação, apresentar a exceção da verdade ou da notoriedade do
fato imputado. Essa exceção é uma questão prejudicial homogênea, devendo
ser decidida antes do mérito da ação principal, e fazendo com que o anda-
mento do processo principal seja suspenso enquanto se decide a questão
prejudicial.
] Sendo provável a Ê ; ;
| reconciliação, as partes são | Tea e Rad :
1 colotdas Feio irei. 4 E A Segue o procedimento
1 Havendo reconciliação, | verdade Adi
| aqueixaé arquivada |,
Querelante é intimado
para contestar
Figura6. Quadro-resumo
dos atos processuais do procedimento dos crimes contra a hont
(> .
O procedimento de apuração dos
crimes contra a propriedade imaterial ú |
depende da natureza da ação penal l
correspondente a cada figura típica
prevista. Nos crimes de ação penal pri- %&
vada, o processo de apuração do crime o,
deverá seguir os procedimentos pre- ao
vistos nos arts. 524 a 530 do CPP, nos )
termos do que dispõe o art. 530-A do a E
mesmo código. Já na apuração dos cri-
mes de ação penal pública (incondicionada ou condicionada) seguir-se-ão as re-
gras dos arts. 530-B a 530-H, nos termos da determinação do art. 530-I do CPP.
(> &
O procedimento de apuração e os crimes relacionados a drogas estão pre-
vistos na Lei nº 11.343/2006. Antes de adentrarmos propriamente ao procedi-
mento desses crimes, vejamos alguns pontos importantes:
* Laudo toxicológico provisório: como prova de materialidade para lavratu-
ra do auto de prisão em flagrante e estabelecimento de materialidade necessária
ao oferecimento e recebimento de denúncia, é suficiente auto de constatação fir-
mado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea (chamado de perito
leigo), nos termos de que dispõe o art. 50, 8 1º, da Lei 11.343/2006. Ressalta-se
que o laudo provisório (auto de constatação) não é meio de prova idôneo para
a condenação do réu, que exige que seja firmado laudo toxicológico definitivo.
ASSISTA
Assista a um trecho da palestra proferida pelo jurista
Salo de Carvalho sobre a atual política de drogas e o
consequente aumento do encarceramento em um evento
promovido pela Fiocruz.
— DOSATOS
RU eo NAS O]
R a O OD jO
NOR O
ser
educacional
Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
Procedimento do Tribunal do Atos jurisdicionais
EL Lao dieta TE (or € Despachos de mero expediente
€ Princípios que regem o Tribunal 6 Decisões interlocutórias
do Júri 6 Sentença ou acórdão
€ Competência
€ O procedimento do Tribunal do
La
(> 9
Sigilo das votações
Conforme previsão do art. 5º, caput, inciso XXXVIIl, alínea b, da Constitui-
ção Federal (CF), o voto dos jurados é sigiloso. Isso significa que os jurados
proferem seu veredicto por meio de votação realizada em sala especial, o
que lhes garante tranquilidade e possibilidade para reflexão. Eles ainda po-
dem consultar o processo e fazer perguntas ao magistrado. Nessa sala, O
réu não estará presente, apenas seu defensor, o membro do Ministério Pú-
blico, o assistente, o querelante e os funcionários da Justiça, sob a presidên-
cia do juiz de direito. Em nome desse sigilo, o art. 483, 88 1º e 2º, do Código
de Processo Penal (CPP), determina não ser necessário que se abra todos os
votos quando a maioria já estiver formada.
Soberania dos veredictos
Nos termos do art. 5º, caput, inciso XXXVIIl, alínea c, da CF, a decisão dos
jurados não poderá ser alterada pelo tribunal togado quanto ao mérito. O má-
ximo que poderá acontecer é a parte apelar ao tribunal em nome do duplo
grau de jurisdição. Provido o recurso, o tribunal determinará novo julgamento
pelo Tribunal do Júri, que manterá a competência de decidir acerca do mérito
da imputação.
(> o
Nos termos da orientação do art. 5º, caput, inciso XXXVIII, alínea d, da CF,
compete ao Tribunal do Júri julgar os delitos dolosos contra a vida. Entretan-
to, sua competência não se limita a esses delitos apenas, pois a disposição
do texto constitucional traz somente uma base mínima para evitar que, fi-
cando à mercê de uma lei ordinária, o instituto desapareça.
O dispositivo mencionado é cláusula pétrea. Portanto, o Tribunal do Júri
não pode ser suprimido nem pelo Poder Constituinte Reformador. Contudo,
é perfeitamente possível que sua competência se amplie sem que haja vio-
lação aos parâmetros da CF, visto que sua função é justamente impedir o
seu esvaziamento.
Originalmente, os seguintes delitos devem ser julgados perante o Júri,
mesmo que tentados:
* Homicídio simples (art. 121, caput, do CP);
* Homicídio privilegiado (art. 121,8 1º, do CP);
* Homicídio qualificado (art. 121,8 2º, do CP);
* Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (art. 122 do CP);
* Infanticídio (art. 123 do CP);
* As várias formas de aborto (arts. 124, 125, 126 e 127 do CP), todos pre-
sentes no Capítulo | (Crimes contra a vida), do Título | (Dos crimes contra a
pessoa), da Parte Especial do Código Penal. Ademais, os delitos a eles cone-
xos, que, por força da atração exercida pelo rito júri (arts. 76, 77 e 78, inciso
|, do CPP), também devem ser julgados pelo Tribunal do Júri.
O professor Guilherme de Souza Nucci defende que o crime de geno-
cídio, nos termos do art. 1º, alíneas a, c e d, da Lei nº 2.889/1956, deveria
ASSISTA
Recomendamos que assista o debate promovido pelo
CNJ, no qual os debatedores discutem os desafios e as
mudanças que o Tribunal do Júri poderá sofrer com o
novo CPP.
A decisão do juiz nessa fase deve ser respaldada pelo princípio do in du-
bio pro societate, isto é, caso exista qualquer dúvida acerca da ocorrência
de hipótese de impronúncia, absolvição sumária ou desclassificação, o juiz
deve pronunciar o réu. Nesse sentido, o ST) determinou que: “eventuais
dúvidas, nessa fase, devem ser solucionadas sempre à luz do princípio in
dubio pro societate”. (ST), AgRg/REsp. [s.p.)).
A decisão de pronúncia é de caráter declaratório. Assim o é, pois, con-
forme o art. 413, caput,8 1º, do CPP, o juiz restringe-se a declarar a razoa-
bilidade da acusação, o que dará abertura para que o acusado seja, então,
julgado pelo júri popular.
Processualmente falando, podemos classificar a decisão da pronúncia
como uma decisão interlocutória mista não-terminativa, pois marca o fim de
uma fase do procedimento do Tribunal do Júri, mas não põe fim ao processo.
Ademais, essa decisão faz apenas coisa julgada formal, pois, não haven-
do mais possibilidade de impugná-la, ela se torna imodificável, salvo caso
de retificação da pronúncia, de acordo com o art. 421,88 1º e 2º, do CPP.
Em contrapartida, referida decisão não faz coisa julgada material, já que
o acusado, pronunciado pela prática de determinado delito, poderá, em
alguns casos, ser condenado por crime diverso pelo Conselho de Sentença,
como é o caso de o réu ser pronunciado por homicídio qualificado, mas o
júri decidir ser caso de homicídio culposo; nesse caso, os autos serão re-
metidos a decisão do magistrado.
Além de submeter o acusado a júri popular, a decisão de pronúncia
limita as teses acusatórias a serem apresentadas aos jurados de modo
que, sendo o réu pronunciado por homicídio simples, a qualificadora não
poderá ser mencionada pelo promotor e nem apresentada em quesitos
aos jurados na sessão de julgamento.
a a aa
Igamento
iz recebi Oitiva da vítimae Decisão do juiz
apta R Juiz determina Pombo Juiz abre vistas à || Juiz designaa || das testemunhas - Pronúncia
ou queixa a citação do réu E acusação para se audiência de Esclarecimento dos - Impronúncia
para responder à Sides Nomeia | manifestar acerca | | — instrução e pet, nereções e - Desclassificação
acusação io para fazê-lo da resposta julgamento coming - Absolvição
Interrogatório sumária
do réu
Alegações finais
Segunda fase
Partes juntam documentos, requerem diligências e arrolam até 5 testemunhas. Juiz determina a realização das diligências e elabora o relatório.
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sentença
(7 jurados) * Esse esquema usa como base os tribunais do Defesa
júri do Fórum Central Criminal de São Paulo/SP
Figura3. Interrogat jo réu, Fonte: Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, 2019
8] , 4 |) É ERRA
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Figura 4. Leitura da sentença. Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, 2017
Atos jurisdicionais
Durante o processo, o magistrado pratica diversos atos, que podem servir para
decidir o mérito, resolver questões-incidentes ou dar impulso ao processo. Tais atos,
que visam a angularização da relação processual, são chamados de jurisdicionais.
Os atos jurisdicionais se dividem em:
* Despachos, cujo objetivo é dar andamento ao processo, como a designação de
uma audiência, por exemplo;
* Decisões interlocutórias, utilizadas para dirimir controvérsias do processo e,
em alguns casos, para pôr fim em alguma fase do processo;
* Sentença ou acórdão, que põe fim ao processo julgando o mérito.
Nos subtópicos seguintes, veremos as características de cada um desses atos
jurisdicionais e de que forma são utilizados pelos magistrados.
i ivarã Dispositivo
E om PAO aÇa - Conclusão (absolve Autenticação
- Exposição sucinta dal convencimento i | as ha ema) | Ps a do
do juiz - Indica o tipo penal | | -Rubrica nas folhas
acusação e defesa
ou nomen iuris