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GERAIS
CONCEITO E CARACTERÍSTICAS
Segundo Renato Brasileiro de Lima, recurso é um instrumento
processual voluntário de impugnação de decisões judiciais,
previsto em lei federal, utilizado antes da preclusão e na relação
jurídica processual, objetivando a reforma, a invalidação, a
integração ou o esclarecimento da decisão judicial impugnada.
Fundamentos
falibilidade humana, inconformismo das pessoas
3) Princípio da Fungibilidade
Art. 579 CPP. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela
interposição de um recurso por outro. Reconhecendo o juiz desde logo, a
impropriedade do recurso interposto pela parte, deve mandar processá-lo
de acordo com o rito do recurso cabível.
5) Princípio da Indisponibilidade.
O art. 576 do CPP, de forma expressa, dispõe que o MP não
pode desistir do recurso que tenha interposto.
A defesa pode desistir do recurso que tenha interposto.
6) Princípio da não reformatio in pejus direta e indireta
Súmula 423 do STF: Não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso ex
officio, que se considera interposto ex lege.
(b) Adequação: O recurso deve ser adequado, ou seja, deve se utilizar a via impugnativa
correta. Para cada espécie de decisão cabe um recurso específico. Princípio da
Fungibilidade.
(c) Tempestividade: cada recurso tem um prazo de interposição, sob pena de preclusão
temporal.
a. Legitimidade: Diz o artigo 577 do CPP que os recursos poderão ser interpostos
pelo MP, pelo querelante, pelo réu, seu procurador ou defensor.
A legitimidade decorre da sucumbência; só tem legitimidade a parte sucumbente,
ou seja, aquela que não obteve tudo que pediu.
Súmula 705 STF. A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não
impede o conhecimento da apelação por este interposta.
A análise dos pressupostos recursais constitui o chamado
juízo de admissibilidade ou juízo de prelibação, o qual, se
positivo, permite o exame do mérito do recurso.
JUÍZO DE PRELIBAÇÃO
Os recursos, em regra, são interpostos perante o juízo de 1ª
instância (prolatou a decisão), este deverá verificar apenas a
presença dos pressupostos recursais (juízo de admissibilidade pelo
juiz "a quo"); se entender presentes todos os pressupostos, o juiz
recebe o recurso, manda processá-lo e, ao final, remete-o ao
tribunal; estando ausentes algum dos pressupostos, o juiz não
recebe o recurso;
Devolutivo: é comum a todos os recursos. Consiste em transferir à instância superior o conhecimento de determinada questão.
Reabre a possibilidade de análise da questão combatida no recurso, através de um novo julgamento. Como o recurso é
voluntário cabe a parte delimitar a matéria a ser objeto de reapreciação, pois pode estar satisfeita, por exemplo com parte da
sentença (efeito tantum devolutum quantum appelatum)
Súmula 160 STF. É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da
acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
Suspensivo: o recurso funciona como condição suspensiva da eficácia da decisão, que não pode ser executada até que ocorra o
julgamento final. No silencio da lei, o recurso não tem efeito suspensivo (Norberto Avena, 2018). No caso de sentença
absolutória, a atual redação do art. 596 do CPP, de forma expressa, afasta o efeito suspensivo
Extensivo: é previsto no art. 580 do CPP, no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se
fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos demais.
Regressivo, iterativo ou diferido: é o feito que possibilita o juízo de retratação por parte do órgão recorrido, possibilitando,
assim, ao prolator da decisão, a possibilidade de alterá-la ou revogá-la parcial ou inteiramente. (Ex. Recurso em Sentido Estrito
– Agravo em Execução – Carta Testemunhável)
Translativo. Consiste na devolução pelo órgão ad quem de toda a matéria não atingida pela preclusão. Possui efeito transltivo o
recurso que confere ao Tribunal julgador o poder de decidir qualquer matéria em favor ou contra qualquer das partes. Em sede
processual penal o único recurso dotado de efeito translativo é o recurso ex officio.
ESPÉCIES DE RECURSO
INTERPOSTOS NA PRIMEIRA INSTANCIA
RESE – Recurso em Sentido Estrito (art. 581 a 592 CPP)
Apelação (art. 593 a 603 CPP) (art. 82 JECRIM)
Embargos de Declaração (art. 382 CPP) (art. 82 JECRIM)
Agravo em Execução (art. 197 da Lei 7210/84)
Carta Testemunhável (art. 639 a 646 CPP)
Correição Parcial (art. 6 e 9 da Lei 5.010/66 e Regimento Interno)