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PRINCÍPIOS RECURSAIS
Significa o direito que todo cidadão (parte em um processo) tem de ter o seu pedido revisto
em instância superior. Nos casos em que a parte não concordar com a decisão ou sentença do
juiz de 1º grau, o duplo grau de jurisdição assegura à parte o direito de revisão da decisão ou
sentença proferida em seu desfavor.
Em razão da falibilidade humana, o juiz de 1º grau pode sim cometer falhas, não observar
determinado princípio durante a fundamentação de sua decisão ou sentença, pode ter deixado
de apreciar parte de pedido, enfim, pode ter cometido algum erro, assim o duplo grau de
jurisdição vem como uma medida cautelar, permitindo a revisão da decisão ou sentença em
instância superior. Outra interpretação para a aplicabilidade do princípio citado, é o da
insatisfação da parte, isso significa que por mais que a decisão ou sentença do juiz foi
fundamentada corretamente, a parte pode ainda sim não concordar, não se dar por satisfeita,
nesses casos a ela poderá se valer do princípio do duplo grau de jurisdição e interpor recurso à
instância superior.
Ainda que seja um princípio fundamental no âmbito processual, o Duplo Grau de Jurisdição
não possui previsão constitucional expressa. O amparo legal do princípio se da pela previsão
constitucional implícita e não expressa. A Constituição Federal ao estabelecer juízos e tribunais
que tem a função de julgar recursos contra as decisões de primeiro grau, cria implicitamente o
duplo grau de jurisdição.
Sim, existe algumas hipóteses em que o duplo grau de jurisdição não poderá ser aplicado.
Vejamos:
Colegiado:
Em regra geral, as decisões interlocutórias e sentenças proferidas pelos tribunais são julgadas
de forma colegiada (Art. 1021 do CPC). A exceção a regra está nas decisões monocráticas
(decisão interlocutória manifestada por apenas 1 (um) magistrado, o relator no processo), e
nestes casos o autor poderá interpor agravo interno com a intenção de solicitar a revisão
colegiada da decisão monocrática.
Reserva de Plenário:
Segundo o Art. 97 da Constituição Federal, “somente pelo voto da maioria ABSOLUTA de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público”.
Taxatividade:
O princípio da taxatividade pode ser entendido como sendo a explícita proibição à criação de
novos recursos pelas partes, considerando-se que tão-somente os recursos previstos no
ordenamento jurídico, e criados em consonância com o procedimento legislativo estabelecido,
podem ser utilizados com o fim de se reformar as decisões judiciais.
Unirecorribilidade: