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1. Apresente conceito de atos administrativos.

(Valor da questão: 1,50 – apresentar


referência bibliográfica e/ou base legal)
R: Diferentemente dos contratos administrativos, os atos administrativos são unilaterais e
dependem exclusivamente da vontade da administração pública ou de quem exerce
prerrogativas públicas. Além disso, são capazes de produzir efeitos jurídicos sem
contestação. Mas eles estão sob o controle do judiciário. Eles também agem no interesse
público e estão vinculados ao sistema legal de direito público.
REF: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9978/Atos-administrativos
2. Quais são os 05 (cinco) atributos dos atos administrativos? (Valor da questão: 1,50 –
apresentar referência bibliográfica e/ou base legal)
R: Presunção de legitimidade: é a qualidade, que reveste tais atos, de se presumirem
verdadeiros e conformes ao Direito, até prova em contrário. Milita em favor deles uma
presunção juris tantum de legitimidade.
Imperatividade: é a qualidade pela qual os atos administrativos se impõem a terceiros,
independemente de sua concordância - decorre do "poder extroverso" que permite ao
Poder Público editar provimentos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, ou
seja, que interferem na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as unilateralmente
em obrigações.
Exigibilidade: é a qualidade em virtude da qual o Estado, no exercício da função
administrativa, pode exigir de terceiros o cumprimento, a observância, das obrigações que
impôs. Não se confunde com a simples imperatividade, pois, através dela, apenas se
constitui uma dada situação, se impõe uma obrigação.
Executoriedade: é a qualidade pela qual o Poder Público pode compelir materialmente o
administrado, sem precisão de buscar previamente as vias judiciais, ao cumprimento da
obrigação que impôs e exigiu.
3. Para a validade ato administrativo este deve preencher alguns requisitos essenciais.
Explane de forma sucinta sobre cada um destes requisitos. (Valor da questão: 1,50 –
apresentar referência bibliográfica e/ou base legal)
R: Competência é o conjunto de poderes que a lei confere aos agentes públicos para que
possam funcionar de forma eficaz e, assim, assegurar o interesse público. A competência é
um dever de poder, um conjunto de poderes conferidos aos agentes públicos pelo
ordenamento jurídico para que possam desempenhar satisfatoriamente suas funções e
melhor atender ao interesse público. Nenhum ato será eficaz se não for praticado por uma
autoridade competente legítima. O objetivo deve ser sempre o bem público. É a finalidade
que os órgãos administrativos pretendem alcançar na execução das ações administrativas,
não devendo ser substituído por pessoal administrativo. É nulo todo ato praticado
exclusivamente em benefício privado de agente público. Em princípio, toda ação
administrativa é formal. Em sentido amplo, a forma é o procedimento para a execução dos
atos administrativos previstos em lei. Em sentido estrito, refere-se ao conjunto de requisitos
formais que devem estar presentes no ato administrativo. Motivo é a situação de direito ou
de fato que autoriza ou determina a realização do ato administrativo, podendo ser expresso
em lei (atos vinculados) ou vir da vontade do administrador nos limites da lei (ato
discricionário).Diferente da motivação, que é a exposição dos motivos. Objeto ou conteúdo
é o efeito jurídico imediato que o ato deve produzir. Por exemplo, o ato administrativo de
exoneração produz o desligamento do servidor público.
REF: https://sites.google.com/site/zeitoneglobal/regime-juridico-da-administracao/5-03-
requisitos-de-validade-dos-atos-administrativos

4. Exponha a distinção entre nulidade e revogação do ato administrativo. (Valor da


questão: 1,50 – apresentar referência bibliográfica e/ou base legal)
R: Uma vez que, no plano administrativo, um ato inválido ou revogável não cria, em
princípio, um direito ou uma situação digna de proteção, o ato é anulado ou anulado. A
revogação, por outro lado, apenas tira o efeito do ato, sem afetar suas consequências
passadas. No primeiro caso, a ação é desfeita desde sua origem; no segundo, a produção de
novos efeitos é interrompida, mas os efeitos já produzidos não são suprimidos.
REF: https://tecnolegis.com/estudo-dirigido/defensoria-publica-uniao/ato-administrativo-
anulacao-revogacao.html

5. Conceitue o significado de convalidação do ato administrativo. É cabível em casos de


ato com desvio de finalidade? Fundamente sua resposta. (Valor atribuído a questão: 1,00)

R: A confirmação, também conhecida como ratificação, confirmação ou remédio, é uma


forma de sanar o defeito do ato ilícito previsto no art. Artigo 55 da Lei 9.784/1999,a
existência de deficiências sanáveis na decisão para demonstrar que não haverá prejuízo ao
interesse público ou a terceiros poderá ser constatada pela própria autoridade
competente. O termo "ação administrativa" tem um sentido amplo e um sentido restrito.
Em sentido amplo, é utilizado para se referir a atos praticados no exercício de funções
administrativas e pode ser agrupado sob um ordenamento jurídico comum, pois
compartilham características gerais semelhantes, como contratos, atos unilaterais gerais e
comportamento unilateral específico. O termo ato administrativo em sentido estrito é
utilizado apenas para designar determinados atos unilaterais emitidos no exercício de
funções administrativas. Entre eles, as semelhanças institucionais são mais proeminentes. É
neste sentido que utilizaremos a expressão, razão pela qual a especificaremos utilizando o
conceito de ato administrativo proposto por Celso Antônio Bandeira de Mello, a saber: “O
Estado (ou quem atua em seus atos) onde, por exemplo,concessionárias de serviço público)
exercem prerrogativas públicas, manifestadas por meio de medidas legais complementares
à lei, de modo a cumpri-la e sujeitar-se à legitimidade do poder judiciário”. Aliás, uma das
diferenças primordiais, que aparta os atos produzidos pela administração pública dos
produzidos pelo particular, e que merece aqui ser citada, consiste em que o administrador
público exerce função e, portanto, encontra-se obrigado pela norma a curar interesse
alheio.
6. Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo está
vinculada aos motivos que o determinarem, sendo nulo o ato administrativo praticado
cujo motivo estiver dissociado da situação de direito ou de fato que determinou a prática
do mesmo. Tal afirmativa está certa ou errada? Justifique a sua resposta. (Valor atribuído
a questão: 1,00)
R:Esta correta.
Essa é a teoria defendida por Gaston Jèze com base nas construções jurisprudenciais do
Conselho de Estado francês, que trata do controle do motivo (ilegal ou imoral) do ato
administrativo. Motivo determinístico refere-se às condições reais e legais que obrigam uma
pessoa a agir contra o autor. Segundo Zhez, as atividades dos órgãos da administração
pública só podem servir de base para determinar o bom funcionamento dos serviços
públicos no exercício das suas competências. Essa estrutura teórica tem sido muito influente
nos círculos jurídicos. No Pau-Brasil, a teoria da determinação das razões é aplicada nas
situações em que as razões fáticas do ato administrativo são indicadas pela justificação, nos
casos em que a validade do ato depende da realidade da justificativa. Um exemplo clássico
de seu uso é a absolvição ad nutum. Se a Administração tomar providências sobre a suposta
falta de recursos e, em seguida, contratar um novo funcionário para a mesma vaga, ela será
inválida por falta de motivo, uma vez que o fundamento alegado não foi comprovado. Em
termos de motivação, a Administração está, portanto, ligada ao alegado, ou seja, ao motivo,
que é, em última instância, decisivo. Na área de expropriação, ainda há uma exceção
dedicada à aplicação da teoria, pois os tribunais entendem que mesmo que a finalidade
declarada no decreto de expropriação seja modificada, ainda assim, se for utilizada para
outro fim legal ( ius variandi do interesse público), assumida no regime legal da
expropriação, não será caracterizada a retrocessão (ou seja, desvio de finalidade na
expropriação).O assim chamado a teoria dos motivos determinantes consiste, portanto, na
explicação de que a administração pública está sujeita ao controle administrativo e judicial
quanto à existência e pertinência ou adequação das razões que declarou como causa
determinante do ato. Esta teoria aplica-se a atos obrigatórios e discricionários. Por último,
refira-se que a referida teoria é aplicável ainda que a motivação do acto não tenha sido
obrigatória, mas efetivamente praticada pelo órgão administrativo, como é o caso, por
exemplo, no caso da nomeação e exoneração de servidor público que exerça cargo
contratual(independente de motivação).
REF:https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/informativos/2016/informativo-de-
jurisprudencia-n-327/motivacao-de-ato-discricionario-2013-teoria-dos-motivos-
determinantes

7. Apresente o conceito de ocupação temporária. (Valor atribuído a questão: 1,00)


R: O direito de propriedade é reconhecido pela Constituição Federal. Entretanto, embora
a Carta Maior garanta o direito à propriedade, tal direito não é absoluto, pois a
propriedade deve atender a sua função social. Assim, se o proprietário não respeitar essa
função, nasce para o Estado o poder jurídico de suprimi-la, se esta providência for
indispensável para ajustá-la aos fins constitucionais assegurados.
Nesse sentido, os direitos de propriedade podem estar sujeitos a muitas restrições por meio
de legislação ativa, todas elas destinadas a permitir que os interesses privados não
prejudiquem o interesse público. A intervenção do Estado no patrimônio é, portanto, toda e
qualquer obra do Estado, auxiliada pela lei, com o objetivo de regulá-lo para o cumprimento
das diversas exigências do dever público aplicável. Uma das formas de intervenção do
Estado na construção é a construção temporária. Esta é uma base típica para uso
imobiliário. Seu objetivo é permitir que as Forças Públicas deixassem máquinas,
equipamentos, armazéns roubados para trabalhadores em áreas desabitadas, por um curto
período de tempo. Assim, as obras temporárias podem ser consideradas como uma forma
de intervenção quando o Estado utiliza edifícios privados, como forma de apoio à execução
de obras e serviços públicos. Existem dois tipos de trabalho a tempo parcial: o trabalho a
tempo parcial para obras públicas relacionadas com o processo de aquisição de terrenos e o
trabalho a tempo parcial para outras obras e serviços públicos em geral. No primeiro caso, o
Estado é obrigado a indemnizar o proprietário pelos danos causados pela utilização do
imóvel. Neste último caso, em regra, não haverá indenização, mas esta será feita se o uso
causar danos comprovados ao proprietário. Institucionalmente, tratando-se de trabalho
relacionado à aquisição de terras, a instituição deve ser realizada por lei específica do chefe
do Executivo. No caso de obras não relacionadas à aquisição de terrenos, a obra é
automática e não requer ação formal, como é o caso da utilização de terrenos baldios para
alocação de máquinas e equipamentos.
REF: https://blog.grancursosonline.com.br/ocupacao-temporaria/

8. Considere a seguinte situação hipotética. Autoridade municipal competente


desapropriou área pertencente a Newton, para a construção de uma escola. Após o
processo de desapropriação, verificou-se ser mais necessário construir, naquela área, um
hospital público, visto que o interesse da população local já estar sendo atendido por
escola construída na cidade. Nessa situação, Newton tem direito de exigir de volta o
imóvel e pleitear indenização por perdas e danos? Justifique a sua resposta. (Valor
atribuído a questão: 1,00)

R: Neste caso não, vejamos que a desapropriação é o ato pelo qual o poder público retira
um bem de seu proprietário a fim de atender a uma necessidade pública ou a um interesse
social. Os delegados do poder público, como as concessionárias de serviço público e os
estabelecimentos de caráter público, também podem promover desapropriação mediante
autorização expressa, constante de lei ou contrato, conforme determina o Art. Para que a
desapropriação ocorra são necessárias duas fases consecutivas e distintas. Ambas as fases
possuem trâmites legais próprios que devem ser seguidos a fim de validar o processo de
desapropriação e torna-lo lícito.
A fase declaratória tem o objetivo de declarar o interesse público, utilidade pública ou
interesse social pelo bem, que o Poder Público deseja desapropriar. Já sobre os danos
morais, há situações em que a desapropriação do bem causa danos ao patrimônio do
proprietário, por exemplos, quando um bem imóvel é desapropriado parcialmente e a
parcela do imóvel que fica com o proprietário sofre desvalorização, ou ainda, quando um
imóvel é utilizado como fonte de renda de seu proprietário e que passa pelo processo de
desapropriação, porém, há desistência por parte do Poder Público da referida
desapropriação. Nesse último caso, o proprietário pode ver-se impedido de investir no
imóvel com intuito do desenvolvimento de sua atividade econômica, perdendo receita
durante o período em que o imóvel foi declarado de interesse público. Assim, havendo dano
moral na desapropriação, pode-se falar em indenização pelo dano sofrido.

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