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Vitor Calisto

calistovitor@gmail.com
127.912.467-97

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SUMÁRIO

ATOS ADMINISTRATIVOS ..................................................................3


Elementos do ato administrativo ..................................................3
Mérito administrativo ...................................................................... 7
Atributos do ato administrativo ....................................................8
Classificação dos atos administrativos ........................................9
Espécies de atos administrativos ................................................ 13
Extinção dos atos administrativos .............................................. 14
Vitor
Convalidação (sanatória) Calisto
............................................................... 18
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVOS
ATOS ADMINISTRATIVOS

Os atos administrativos são manifestações unilaterais de


vontade da Administração Pública ou de seus delegatários,
editados no exercício da função administrativa, e se submetem
ao regime jurídico público. Assim, os atos administrativos se
diferenciam dos atos privados, dos atos políticos, etc.

Elementos do ato administrativo

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Para que umcalistovitor@gmail.com
ato administrativo se forme, é necessário
que possua os seus elementos, também chamados de requisitos
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do ato administrativo.
A maioria da doutrina estabelece quais são os elementos
do ato administrativo levando em consideração o art. 2º da Lei
4.717/65, que estabelece os defeitos do ato administrativo.
Assim, são considerados elementos do ato administrativo:
competência, finalidade, forma, motivo e objeto (CO-FI-FO-
MO-OB)

A) Competência: é o limite de atribuições de determinada


pessoa jurídica, órgão público ou agente público, previsto em
norma expressa, para o exercício da função administrativa. Os
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agentes públicos só podem agir dentro de sua competência,


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caso contrário, o ato não será válido.


Vale a leitura dos arts. 11 a 17 da Lei 9.784/99 sobre a
competência.
A competência é irrenunciável, ou seja o agente público
não pode abrir mão da sua competência, no entanto a Lei
9.784/99 possibilita duas modificações temporárias: a
delegação e a avocação.
A delegação ocorre quando o órgão ou agente público
competente transfere, temporariamente, a sua competência
para outra pessoa. A Lei 9.784/99, ao tratar da delegação de
competência (art. 12), diz que é possível a delegação ainda que
o agente delegado não seja hierarquicamente subordinado ao
agente delegante.
O art. 13 da Lei 9.784/99
Vitor Calisto veda a delegação de
competência para acalistovitor@gmail.com
edição de atos normativos, a decisão de
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recursos administrativos, e as matérias de competência
exclusiva do órgão ou entidade.
Ainda, quando um agente delegado pratica um ato, em
virtude da delegação, ele deve responder pelo ato, e não a
autoridade delegante. Sendo assim, a Súmula 510 do STF
determina que é contra o agente delegado que caberá mandado
de segurança ou outra medida judicial.
Já a avocação ocorre quando um superior hierárquico
toma para si, temporariamente, a competência de seu
subordinado (art. 15, Lei 9.784/99).

Observação:
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Não existe liberdade para o agente público escolher a


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competência do ato administrativo.


B) Finalidade: é o resultado do ato, que deve sempre estar ligado
ao interesse público, é o que o se busca alcançar com a edição
do ato administrativo, o objetivo mediato do ato administrativo.
Todo ato administrativo possui uma finalidade específica,
que está (implícita ou explicitamente) prevista em lei; além
disso, todo ato administrativo possui uma finalidade genérica
que é buscar o interesse público, o interesse da coletividade.
Se um determinado ato não busca o interesse da
coletividade, o agente público está agindo com desvio de
finalidade, ou desvio de poder, que é uma espécie de abuso de
poder.

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Observação:
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Não existe liberdade para o agente público escolher a finalidade
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do ato administrativo.

C) Forma: é a exteriorização do ato administrativo. Deve-se


respeitar o princípio da solenidade das formas, devendo o
agente público respeitar a forma prevista em lei.
Em regra, o ato deve ser escrito, salvo determinadas
situações, em que vai ser possível o ato editado através de
outras formas, como oralmente, sinais ou sons, desde que
previstas em lei.

Observação:
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Não existe liberdade para o agente público escolher a forma do


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ato administrativo.
D) Motivo: é a situação de fato e de direito que levou à edição
do ato administrativo. É o porquê do ato administrativo.

Observação:
Em determinados atos administrativos, o motivo deve estar
previsto em lei, não tendo liberdade para o agente público
escolher o seu motivo. No entanto, em outros atos, pode ser que
a lei atribua certa liberdade para o agente público para a escolha
do motivo.

D.1) Motivação: não se deve confundir motivo com motivação.


Se o motivo é a situação de fato ou de direito que deu ensejo à
prática do ato, a motivação é a exposição dos motivos, a
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explicitação dos motivos. Todo ato tem motivo, visto que é um
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elemento do ato administrativo, no entanto, apesar de a regra
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ser de que todo ato tem que ter motivação, existem atos
administrativos que, excepcionalmente, podem ser editados
sem a motivação, ou seja, sem que o agente público tenha que
apresentar o motivo, como a exoneração do cargo em comissão.
Sobre a motivação, vale ressaltar o art. 50 da Lei 9.784/99, que
traz diversos atos que dependem de motivação.
D.2) Teoria dos motivos determinantes: por essa teoria, os
motivos do ato administrativo devem ser verdadeiros para que
o ato administrativo seja válido. Ou seja, se o motivo
apresentado (através da motivação, que é a exteriorização dos
motivos) não existe, não tem por que o ato administrativo
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existir.
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E) Objeto: é o conteúdo do ato, é o efeito jurídico imediato e
material que o ato vai produzir. É a alteração causada pelo ato.

Observação:
Assim como no motivo, existem atos administrativos em que o
agente público não tem liberdade para escolher o objeto. No
entanto, em outros atos, a lei pode estabelecer uma liberdade
para o agente público escolher o objeto do ato administrativo.

Mérito administrativo

Como visto, alguns elementos do ato (competência,


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finalidade e forma) sempre estão previstos em lei, ou seja, o
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agente público não tem nenhuma liberdade com relação a esses
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elementos do ato. Já com relação ao motivo e/ou objeto, vai
depender do ato, em alguns atos o agente público tem uma
certa liberdade, em outros não tem liberdade.
Quando todos os elementos do ato administrativo estão
previstos em lei, diz-se que é um ato administrativo vinculado,
em que não existe nenhuma liberdade para o agente público.
Já quando existe uma liberdade com relação ao motivo
e/ou objeto, o ato administrativo será discricionário, pois
existirá uma margem de liberdade com relação a esses
elementos. Essa margem de liberdade existente no ato
discricionário é o chamado mérito administrativo, que
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possibilita a análise, pelo agente público, da conveniência e


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oportunidade do ato.
Atributos do ato administrativo

Os atributos do ato administrativo são as características


do ato, que não se confundem com os elementos ou requisitos
do ato.
A) Presunção de legitimidade e veracidade: quando o ato
administrativo é editado, presume-se que o ato é legítimo (é
legal, foi editado por quem deveria ter editado) e é verdadeiro
(real).
No entanto, trata-se de uma presunção relativa (presunção
iuris tantum), por isso, admite-se prova em contrário, ou seja, é
possível comprovar que o ato não é legítimo ou não é
verdadeiro. Vitor Calisto
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B) Imperatividade: a Administração Públicao impõe os atos
administrativos independentemente da concordância ou não
dos seus destinatários.
Vale ressaltar, no entanto, que este atributo não é
encontrado em todos os atos administrativos, visto que em
alguns atos a Administração Pública não impõe sua vontade
sobre os particulares, mas apenas concorda com um pedido
feito por um particular ou apenas emite uma opinião ou
situação. Exemplo: atos enunciativos, atos negociais.

C) Autoexecutoriedade: permite que o ato seja executado pela


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própria Administração, sem precisar do Poder Judiciário. Assim,


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a Administração edita o ato administrativo e ela própria o
executa.
No entanto, existe exceção à autoexecutoriedade, no
caso de multas aplicadas pela Administração, pois a
Administração não pode forçar diretamente o particular a pagar
uma multa, precisando ajuizar uma ação de execução.
Vale ressaltar que a doutrina, ao tratar da possibilidade
de executar os atos, diferencia a executoriedade da
exigibilidade. Na executoriedade, a Administração pode se
utilizar de meios diretos de coação, ao passo que na
exigibilidade, a Administração usa de meios indiretos de coação.

D) Tipicidade: determina Vitorque o ato administrativo deve


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corresponder a uma figura prevista em lei, ou seja, o ato, para
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ser editado, deve ter previsão legal. Não há dúvida de que esse
atributo decorre do próprio princípio da legalidade.

Classificação dos atos administrativos

Os autores de Direito Administrativo costumam


classificar os atos administrativos de diversas formas. A seguir,
algumas formas de classificação:

A) Atos vinculados e discricionários: os atos administrativos


podem ser classificados com relação à existência ou não de
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margem de liberdade de atuação do agente público.


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• Ato vinculado: é o ato em que todos os elementos do ato
estão previstos em lei, ou seja, o agente público não tem
nenhuma margem de liberdade na sua atuação.
• Ato discricionário: é o ato em que a lei atribui uma
margem de liberdade para o agente público, com relação
a alguns elementos em que o agente público tem
liberdade (motivo e/ou objeto). Essa margem de
liberdade é o chamado mérito administrativo, que
possibilita ao agente público uma análise de conveniência
e oportunidade.

B) Atos gerais e individuais: levando em consideração dos


destinatários do ato, podem ser classificados em gerais ou
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individuais. calistovitor@gmail.com
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• Ato geral: é o ato editado de forma geral, que não tem
destinatários específicos, possui destinatários
indeterminados.
• Ato individual: é o ato que é editado para destinatários
determinados, ou seja, não é geral. O ato individual pode
se destinar para uma pessoa ou um grupo de pessoas,
desde que as pessoas sejam determinadas.

C) Atos de império, atos de gestão e atos de expediente: leva


em consideração os poderes exercidos pela Administração
quando edita o ato.
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• Ato de império: é o ato praticado no exercício do poder


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de império da Administração, em que a Administração se


encontra em uma posição acima dos particulares,
impondo suas atuações.
• Ato de gestão: é o ato praticado pela Administração
quando ela atua sem o seu poder de autoridade, quando
ela atua no mesmo nível que os particulares, se
submetendo a um regime jurídico de direito privado.
• Ato de expediente: é o ato de mera execução da
Administração, em que ela atua apenas para dar
andamento à atividade administrativa.

D) Ato simples, complexo e composto: quanto à formação do


ato administrativo, ele pode ser classificado em ato simples, ato
complexo e ato composto. Vitor Calisto
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• Ato simples: é aquele que se forma com a manifestação
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de apenas um órgão público, não dependendo da
manifestação de outro órgão.
• Ato complexo: aquele ato que, para estar perfeito e
acabado, depende da soma da manifestação de vontade
de dois órgãos independentes entre si.
• Ato composto: aquele ato que, para estar perfeito e
acabado, depende de um ato principal e da confirmação
deste por outra pessoa, que apenas verifica a
legitimidade do ato principal.

E) Atos constitutivos, extintivos, modificativos, declaratórios


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e enunciativos: levando em consideração aos efeitos do ato, ele


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pode ser classificado em ato constitutivo, extintivo,
modificativo, declaratório e enunciativo.
• Ato constitutivo: a Administração cria uma nova situação
jurídica para o destinatário.
• Ato extintivo (desconstitutivo): a Administração põe fim
a uma situação jurídica preexistente.
• Ato modificativo: ato em que uma situação jurídica
preexistente é modificada, sem gerar a sua extinção.
• Ato declaratório: Administração apenas reconhece um
direito que já existia antes do ato.
• Ato enunciativo: ato em que a Administração apenas dá
sua opinião, atesta um fato ou certifica algo.
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F) Atos internos ou externos: Com relação aos efeitos do ato,
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eles podem ser classificados em atos internos ou externos.
• Ato interno: é o ato que produz efeitos no interior da
Administração, gera efeitos apenas internamente.
• Ato externo: é o ato que produz efeitos para fora da
Administração, gerando efeitos para terceiros.

G) Atos válidos, nulos, anuláveis e inexistentes: classificação


que leva em consideração a validade dos atos administrativos.
• Ato válido: é o ato que está totalmente de acordo com a
lei, ou seja, não tem nenhum defeito ou ilegalidade, sendo
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válido.
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• Ato nulo: é o ato que possui um defeito insanável, uma
ilegalidade que não pode ser consertada, não admite
convalidação.
• Ato anulável: é o ato que possui um defeito, uma
ilegalidade, no entanto, esse vício é sanável, ou seja,
admite convalidação, tem como consertar.
• Ato inexistente: é o ato que foi editado por um usurpador
da função pública, que não é agente público. Nesse caso,
o ato não é ato administrativo, é inexistente.

Espécies de atos administrativos

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Os atos administrativos podem ser de diversas espécies,
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conforme se demonstra 127.912.467-97
a seguir. Vale ressaltar, no entanto, que
cada autor estabelece suas espécies de atos administrativos,
analisaremos as mais citadas e cobradas em prova.

• Atos normativos: atos que decorrem do poder


normativo, ou seja, são atos através dos quais a
Administração edita normas gerais e abstratas, em regra,
para dar fiel execução à lei.
Exemplos de atos normativos: regulamento, decreto,
regimento, resolução, deliberação.
• Atos ordinatórios: são atos internos, editados para a
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organização e a ordenação da atividade interna da


Administração, tem como objetivo estruturar a atividade
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administrativa interna.
Exemplos de atos ordinatórios: instrução, circular, aviso,
portaria, ordem de serviço, ofício, memorando, despacho.
• Atos negociais: atos por meio dos quais o Estado concede
ao particular alguma coisa que o particular pediu.
Costuma-se dizer que nos atos negociais a vontade do
Estado coincide com a vontade do particular.
São exemplos: autorização, licença, admissão, permissão.
• Atos enunciativos: são aqueles atos que atestam uma
situação, certificam um fato ou que manifestam opiniões
do poder público.
São exemplos: certidão, atestado, apostila, parecer.

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Extinção dos atos administrativos
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O ato administrativo pode ser extinto, ou seja, deixar de
existir, em diversas situações.

A) Extinção natural: o ato administrativo é extinto


naturalmente com o fim dos seus efeitos ou com o fim do seu
prazo.

B) Extinção subjetiva: ocorre quando o sujeito que se


beneficiaria do ato administrativo não existe mais, fazendo com
que o ato seja extinto.
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C) Extinção objetiva: é a extinção do ato quando o objeto sobre
o qual o ato recai desaparece, não existe mais. Nesse caso, o ato
deve ser extinto.

D) Extinção por vontade do destinatário: o ato administrativo


pode ser extinto, em determinadas situações, por vontade do
seu destinatário, quando ele decide que não quer mais o ato,
pedindo a sua extinção.
A extinção por vontade do destinatário ocorre através da recusa
ou da renúncia:
• Recusa: o destinatário pede a extinção do ato antes
mesmo de se beneficiar, antes mesmo de o ato produzir
seus efeitos. Vitor Calisto
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• Renúncia: o destinatário pede a sua extinção enquanto
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está se beneficiando dele. O ato já está produzindo
efeitos, mas o destinatário decide que não quer mais o
ato.

E) Contraposição ou derrubada: alguns autores, citam a


contraposição, também chamada de derrubada, que é a
extinção do ato em razão da prática de um outro ato
administrativo contrário a ele.

F) Cassação: é a extinção do ato que ocorre pelo fato de o seu


destinatário não ter cumprido com seus deveres, ter cometido
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uma irregularidade. O ato administrativo é editado conforme a


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lei, está tudo certo, mas o particular comete alguma
irregularidade.

G) Caducidade: é a extinção do ato administrativo em virtude


de uma nova lei, ocorre quando o ato se torna incompatível com
a nova legislação. O ato, quando é editado, é legal, está de
acordo com a legislação existente na época, e vai produzindo
efeitos. Mas depois surge uma nova lei, que não tolera mais
aquela situação, o ato então vai ser extinto.

Atenção:
Não confundir a caducidade do ato administrativo com a
caducidade do contrato de concessão de serviço público. No
contrato de concessão Vitor Calistopúblico, tratada na Lei
de serviço
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8.987/95, a caducidade é uma forma de extinção do contrato
baseado no inadimplemento127.912.467-97
do concessionário, conforme o art.
38 da Lei 8.987/95.

H) Revogação: é a forma de extinção de um ato administrativo


legal, de acordo com a lei, mas que se tornou inconveniente
e/ou inoportuna, que não atende mais o interesse público.
De acordo com a doutrina, alguns atos não podem ser
revogados, podendo citar como atos que não admitem
convalidação:
• Atos que já exauriram seus efeitos
• Atos que geraram direitos adquiridos
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• Ato que foi objeto de preclusão em processo


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administrativo
• Atos enunciativos
• Atos vinculados

I) Anulação: é a extinção do ato que já nasceu ilegal, já é editado


em desacordo com a lei.
Nesse caso, é dever da Administração extinguir o ato ilegal,
através da anulação.
Com relação à anulação e à revogação, importante
destacar as súmulas 346 e 473 do STF e o art. 53 da Lei 9.784/99.

Observação:
Decadência administrativa: é um
Vitor limite que a lei estabelece para
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o poder que a Administração Pública tem de anular seus próprios
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atos. Nessa situação, a Administração
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anular o ato, ainda que seja um ato ilegal.

O art. 54 da Lei 9.784/99 estabelece três requisitos para


que ocorra a decadência administrativa:
• Ato deve gerar efeitos favoráveis ao destinatário
• O destinatário deve estar de boa-fé
• Transcorrido o prazo de 5 anos de quando o ato foi
editado.
A decadência administrativa só não vai ocorrer que for
um ato manifestamente inconstitucional, pois, nesse caso, a
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Administração deve anulá-lo a qualquer momento.


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Importante destacar que essa limitação de anulação do
ato é dada para a Administração, visto que o Poder Judiciário
pode anular os atos ilegais no exercício da função jurisdicional.

Convalidação (sanatória)

A convalidação do ato administrativo, também chamada


de sanatória, ocorre quando o ato ilegal é consertado, ou seja, o
ato possuía um vício, um defeito, mas esse defeito é sanado,
passando a ser um ato válido. Vale lembrar que os atos que
possuem um defeito sanável são classificados como atos
anuláveis, já os atos nulos não admitem convalidação, ou seja,
não tem como consertá-los.Vitor Calisto
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São formas de convalidação do ato administrativo:
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• Ratificação: ocorre quando defeito no ato administrativo
é na competência ou na forma. Se o ato foi editado por
um agente incompetente, é possível que o ato seja
ratificado pelo agente que tinha competência para atuar,
salvo se for caso de competência exclusiva, em que não
vai ser possível convalidar. Além disso, é possível a
ratificação do ato editado com vício de forma, quando o
ato recebe a forma prevista em lei, salvo se for forma
essencial, em que não será possível a convalidação.
• Reforma: ocorre quando o ato tem dois ou mais objetos
(chamado de ato com objeto plúrimo), e um dos seus
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objetos está com defeito. Para convalidar o ato, basta


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retirar o objeto com defeito, mantendo os demais objetos


válidos.
• Conversão: também ocorrerá quando o ato tem dois ou
mais objetos (objeto plúrimo) e um deles está com vício.
Para convalidar, no caso da conversão, retira-se o objeto
viciado e coloca outro objeto válido em seu lugar.

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