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Data: 06/07/2012
O ato administrativo difere do ato da administração que, por sua vez, difere do fato
administrativo. Ato administrativo é espécie do ato da administração (gênero).
Imperatividade
Espécies:
Atos políticos
Contratos administrativos
Atos privados
Atos normativos
Atos enunciativos
Atos materiais
Obeservações importantes
a- O ato político não é ato administrativo, pois o ato político é uma manifestação de
vontade por parte do Estado; todavia seu fundamento de validade é a própria constituição. A
iniciativa de projeto de lei, por parte chefe do executivo, é um exemplo de ato político.
d- Atos enunciativos não são atos administrativos, pois não inovam e sequer regulam
lei infraconstitucional. Certidão, atestado, parecer e apostila (C.A.P.A) são exemplos de ato
administrativo.
O parecer pode ser facultativo, obrigatório não vinculante e obrigatório vinculante. Deste
modo, o STF entende que o parecerista só será responsável civilmente nos pareceres
obrigatórios vinculantes. A lei 8666 art. 38 Pú (licitação) prevê que toda minuta de contrato
deve ser submetida a prévio parecer jurídico, fazendo com que o ato, que outrora fora
opinativo, torne-se vinculante.
Fato administrativo
Bem público deteriorado por conta de um terremoto – fato administrativo de cunho natural.
Não há nenhuma lei que diga isto expressamente, no entanto a Lei 4717/65 Art. 2º faz
alusão a esses elementos que tanto influenciaram a doutrina.
Competência
Competência exclusiva é intransferível, não pode ser delegada nem avocada. O art.
11 da lei 9784/99 diz que a competência é irrenunciável por conta da indisponibilidade do
interesse público. Seré exercida pelos órgãos ou agentes que a lei atribuiu como própria,
ressalvada as exceções.
A delegação só pode ocorrer por questão de ordem técnica, social, econômica, territorial e
jurídica. TSE-TJ
Art. 61 9784/99 - Recursos administrativos, via de regra, só possuem efeito devolutivos, não
possuem efeito suspensivo. Exceção: Art. 109, II Lei 8666/93 – Expressamente a lei diz que
os recursos administrativos, da fase de habilitação e julgamento, têm, em regra, efeitos
suspensivos. A autoridade pode vislumbrar de officio ou a requerimento do interessado dar
efeito suspensivo.
Súmula 429 STF – diz que a existência de recurso administrativo com efeito supensivo não
impede o uso de mandado de segurança contra omissão da autoridade. Ou seja, cabe
mandado de segurança mesmo de ato omissivo.
Art. 14 lei 9784/99 – o ato de delegação de competência é um ato formal que deve
ser divulgado e publicado em diário oficial. Deve-se dizer quem é delegante e o delegado,
deve trazer as razões da delegação, o prazo de delegação e deve, também, trazer o recurso
cabível. O ato de delegação pode ser feito com ressalvas.
R.: A lei diz que o ato considera-se praticado pelo delegado. No entanto, segundo peculiar
legislação do estado do Rio de Janeiro que aborda este mesmo tema, com intuito de corrigir
uma possível ação de mandado de segurança, dispõe que a responsabilidade do ato não
será do delegado e sim do delegante. Lei 5427/09 art. 12.
Aquele que delega continua tendo atribuição para praticar o ato, mas o delegado também
terá concomitante competência delegada. Ambos podem praticar o ato. Ampliação do
espectro.
Elemento Forma
Indica a maneira pela qual o ato administrativo se exterioriza. A forma do ato é sempre
vinculada. Em regra, prescrita e escrita em lei; no entanto, excepcionalmente, o ato pode
adotar forma não escrita desde que prevista em lei. Como exemplo, a lei de trânsito – forma
luminosa, sonora, gestual, placas.
Art. 22 Lei 8784/99 – Os atos do processo administrativo não dependem de forma, a não ser
quando a lei expressamente exigir. Princípio do informalismo.
Elemento Finalidade
É o elemento teleológico do ato adminstrativo. A finalidade de todo e qualquer ato é a
satisfação do interesse público. A finalidade, ´para a doutrina majoritária, é sempre um
elemento vinculado. Já para Celso Antônio Bandeira de Mello, há um viés de
discricionariedade na aplicação da verba, finalidade mediata (satisfação do interesse
público) e finalidade imediata (educação / saúde), construir escola ou posto de saúde?
Elemento Motivo
São as razões que dão ensejo a prática do ato. São os elementos causais do ato.
São razões de fato ou de direito que precedem o ato. Não há ato administrativo sem motivo.
Entretanto, motivo não se confunde com motivação. Motivação é a exteriorização do motivo.
Motivação não é elemento do ato, é um comportamento do agente em exteriorizar. O
princípio da motivação está na lei de processo (art. 2º VII 9784/99 c/c art. 93, X CF/88) –
indicar pressupostos de direitos, de modo que os atos administrativos dos tribunais devam
ser motivados. Alguns sustentam que tal previsão constitucional alberga a regra da
motivação, mas os autores clássicos tratam-na como princípio da motivação.
Art. 50 Lei 9784/99 - Em todo ato necessariamente haverá motivo, mas a motivação é
obrigatória nos casos dispostos neste artigo.
2ª corrente – Celso Antônio Bandeira de Mello - todos os atos necessitam de motivação. Art.
1º , §1º, CF/88 , princípio democrático. Outra justificativa é o art. 93, X, CF/88, pois se o
judiciário tem de motivar e há isonomia, bem como, harmonia entre os poderes, nada mais
justo que legislativo e executivo também motivem seus atos.
4ª corrente Hely Lopes, para ele só os atos vinculados deveriam ser motivados
STF – todo ato administrativo, discricionário ou vinculado, quando restringe o direito, deverá
ser motivado.
Motivação aliundi é a motivação que não está naquele ato. Está em outro ato, em outro
documento. Muita das vezes baseia-se em parecer da AGU como motivação para o ato.
Ato administrativo praticado por agente público absolutamente incapaz – a doutrina diz que:
Se o ato for vinculado, ainda que o agente seja incapaz, não há que se falar em invalidade
se este seguiu a técnica que a lei o exigira. Ao passo que este ato seria inválido se fosse
discricionário, posto que a falta de discernimento não lhe permite ter exata noção da
realidade.
Elemento Objeto
O objeto do ato é sinônimo de conteúdo, o conteúdo deve ser lícito, possível, determinado
ou determinável.
Imperatividade e coercibilidade
1ª corrente – Maria Di Pietro diz que sim , se não possuir imperatividade não é ato
administrativo, seria ato da administração.
Auto executoriedade
Tipicidade