Simone de Beauvoir

Jean-Paul Sartre
 Simone de Beauvoir
Jean-Paul Sartre

“Para que morarmos sob o mesmo teto se o mundo era nossa propriedade comum?
E por que recear distâncias entre nós que nunca poderiam nos separar?”
A Força da Idade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. pp.29-31
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Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir

(Paris, 1908 – 1986) foi uma escritora, filósofa e feminista francesa.
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Era a primogênita de duas irmãs, filha de um casal descendente de
famílias tradicionais, porém decadentes.

Desde a sua infância a sua inclinação literária foi incentivada pelos seus
pais, que também cultivavam a paixão pelos livros.

Sempre frequentou escolas particulares e se graduou em filosofia na

Sorbonne, em 1929, ano em que conheceu Jean-Paul Sartre, com quem
manteve um relacionamento por toda sua vida.

Mesmo determinada a ser escritora, ela passou a lecionar para

sobreviver.

Simone atuou em várias instituições escolares, de 1931 a 1943.

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Simone de Beauvoir escreveu
romances, livros sobre filosofia,
política, sociedade, ensaios e
autobiografias.

As suas obras oferecem uma visão

reveladora de sua vida e de seu
tempo.
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- Em seu primeiro romance, A convidada (1943), explorou os dilemas
existencialistas da liberdade, segundo os quais cada pessoa é responsável
por si própria. Esses temas foram abordados também em romances
posteriores como O sangue dos outros (1944) e Os mandarins (1954),
considerada sua obra-prima.

- Entre as suas obras autobiográficas destacam-se Memórias de uma moça

bem-comportada (1958), A força da idade (1960) e Tudo dito e feito (1972).

- Entre seus ensaios críticos cabe destacar O segundo sexo (1949), uma
profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade, A velhice
(1970), sobre o processo de envelhecimento; e A cerimônia do adeus (1981),
em que narra o fim da existência de Sartre.
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Jean-Paul Charles Aymard Sartre

(Paris 1905 – 1980) foi um filósofo, escritor e crítico francês.
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Sartre, é conhecido como representante do existencialismo

Existencialismo = a existência precede a essência (o homem

primeiro existe, depois se define através das suas ações e
forma de viver a vida).

O existencialismo sartriano procura explicar todos os

aspectos da experiência humana. A maior parte deste projeto
está sistematizada em seus dois grandes livros filosóficos: O
ser e o nada (1943) e Crítica da razão dialética (1960).
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Sartre acreditava que os intelectuais tinham que

desempenhar um papel ativo na sociedade. Em 1964, ano em
que publicou As palavras, Sartre rejeitou o Prêmio Nobel de
literatura, pois segundo ele "nenhum escritor pode ser
transformado em instituição”.

Era um artista militante e apoiou causas políticas de

esquerda com a sua vida e sua obra.
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Jean-Paul Sartre

Simone e Sartre mantiveram um relacionamento aberto, onde compartilhavam

suas experiências, em função de um pacto estabelecido entre ambos.

O filósofo acreditava que os dois, antes mesmo de constituírem um casal

apaixonado, eram escritores; sendo assim, era necessário mergulhar na essência
do Homem, o que só seria possível com a vivência de inúmeras experiências.
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Com a morte de seu companheiro, em 15 de abril de 1980, Simone vê sua saúde

se complicar, com o uso abusivo do álcool e de anfetaminas.
Ela falece no dia 14 de abril de 1986, aos 78 anos de idade e é enterrada junto
com Sartre no cemitério de Montparnasse.