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Os atos administrativos são unilaterais e dependem apenas da vontade da administração pública ou dos
particulares que estejam exercendo prerrogativas públicas. Além disso, eles têm o condão de gerar efeitos
jurídicos, independentemente de qualquer interpelação. Mas estão sujeitos ao controle do Poder Judiciário. Eles
também possuem como finalidade o interesse público e se sujeitam ao regime jurídico de direito público.
Não poderia faltar no resumo de atos administrativos, os elementos encontrados neles. E então vamos ver qual é o papel
de cada um?
Competência
Poder legal conferido ao agente para desempenhar as atribuições. Então, de forma mais informal, seria o sujeito da
realização do ato. Elementos vinculados são aqueles previstos em lei, então, a competência é um elemento vinculado. Se
é a lei que define a competência, será que esta pode ser transferida?
Alex Bruno da Silva Sêna
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A titularidade da competência é intransferível, mas o055.454.953-04
exercício de parte das atribuições pode ser transferido em caráter
temporário. E o meio de realizar essa transferência é por delegação ou por avocação.
A delegação é a atribuição para terceiro, com ou sem hierarquia, do exercício de atribuição do delegante. Pode ser
realizada, exceto se houver vedação legal. Por exemplo, não pode haver delegação de: ato de competência exclusiva,
atos normativos e recursos administrativos.
Já a avocação é atrair para si competência de subordinado. Logo, existe hierarquia. Além disso, em regra, não pode ser
realizado, exceto se for excepcional, por motivos relevantes e justificados e for temporária.
Finalidade
A finalidade geral do ato administrativo é satisfazer ao interesse público. Já a finalidade específica, por sua vez, é aquela
que a lei elegeu para o ato em específico. Como não se concebe que o ato não satisfaça ao interesse público ou da
finalidade prevista em lei, é um elemento vinculado.
Forma
A forma é o modo de exteriorização do ato, a maneira de se manifestar no mundo externo. Por exemplo, o edital é a
forma de se tornar pública a realização do concurso público. Em sentido amplo, também se incluem como forma as
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exigências procedimentais para realização do ato. Já que as formalidades estão previstas em lei e devem ser seguidas,
também se considera a forma como elemento vinculado dos atos administrativos.
Motivo
É a situação de fato e de direito que gera a vontade do agente que pratica o ato. Mas não o confunda com motivação, já
que esta é definida como a exposição desse motivo. Logo, todo ato deve ter um motivo, mas nem todo ato precisa da
exposição dele. Por exemplo, a exoneração de ocupante de cargo de provimento em comissão não precisa de motivação,
mas precisa de motivo.
Vale ressaltar também que a teoria dos motivos determinantes afirma que uma vez motivado o ato, o motivo se vincula a
ele. Então em caso de inexistente ou falho, o ato é nulo, independentemente de a motivação ser obrigatória ou não.
Objeto/conteúdo
Considerando que a finalidade é o resultado mediato desejado para o ato, considera-se que o objeto é o fim imediato do
ato. Assim sendo, representa o resultado prático a que determinado ato administrativo conduz.
A presunção de legitimidade significa que os atos foram realizados em conformidade com a lei. Já a presunção de
veracidade significa que os atos, por serem alegados pela administração, presumem-se verdadeiros. Logo, isso significa
que para gerar celeridade aos processos, os atos produzirão efeitos e são válidos até que se prove o contrário.
Já a tipicidade prevê que o ato administrativo deve estar definido em lei para que se torne apto para produzir
determinados resultados.
A presunção de legitimidade é um atributo previsto em todo ato administrativo, assim como a tipicidade. Já a
imperatividade e a autoexecutoriedade estão previstos em alguns deles.
O vício mais conhecido de competência é o excesso de poder. O sujeito tem a competência legal para prática de alguns
atos, mas excede os limites dessa competência. Ainda assim é possível a convalidação do ato, se a autoridade
competente ratificar o ato da autoridade incompetente. Entretanto não é possível a convalidação no caso de
competência exclusiva.
Já o vício principal da finalidade é o desvio de poder. É quando o ato não atende a finalidade do interesse público, e
muitas vezes atende a necessidades particulares.
Os dois vícios vistos acima, o excesso de poder e o desvio de poder, são espécies do Gênero abuso de poder. Segue
esquema para não haver confusão:
No elemento forma, há o vício quando não é atendida a forma prevista em lei ou o procedimento necessário para o
cumprimento do ato.
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Já no elemento motivo, quando este é falso, inexistente ou juridicamente inadequado, temos o vício.
No elemento objeto, pode-se invalidar um ato quando o mesmo for proibido ou não previsto em lei ou ainda ser imoral,
impossível ou incerto.
5 Formas de Extinção
A caducidade acontece quando o ato está baseado em uma legislação e uma lei superveniente revoga a lei anterior. Por
isso, pela nova lei, aquele ato já não faz mais sentido no mundo jurídico.
E a contraposição também ocorre com a mudança no mundo jurídico, mas através de um novo ato que se contrapõe ao
ato anterior. Assim sendo, a diferença entre a caducidade e a contraposição é que a caducidade é com base em nova lei e
a contraposição com base em novo ato.
A cassação é a forma de extinção do ato por culpa do beneficiário, já que ele descumpriu condições que deveria manter.
DICAS DO GR!
QUANTO À FORMAÇÃO DA VONTADE: atos simples, complexo e composto.
Ø Ato complexo: (1-2-2): um ato; duas vontades; dois ou mais órgãos. OBS: A APOSEN- TADORIA É UM
ATO COMPLEXO.
Ø Ato composto: (2-2-1): dois atos, um principal e o outro acessório; duas vontades; um órgão como a
aprovação do outro.
OBSERVAÇÃO:
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· Ato válido: Está de acordo com a legislação.
1) Competência → poder legal conferido ao agente para que exerça sua função/é o sujeito competente
"quem?"
"para quê?"
"como?"
"por quê?"
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5) Objeto → é o conteúdo do ato alexbrunosilvasena@outlook.com
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"o quê?"
O sistema jurídico presume, até prova em contrário, a regularidade do exercício da função estatal. Trata-se de
uma decorrência do princípio da presunção de regularidade das normas jurídicas editadas pelo Estado, as leis são
presumidamente constitucionais e os atos administrativos são presumidamente constitucionais e legais. Decorre de
uma importante característica do discurso normativo: a inversão do ônus da prova.
A presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei; em decorrência desse atributo,
presumem-se, até prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei
Presunção de Legitimidade- o ato foi editado em conformidade com a lei e com o ordenamento jurídico.
produzirão efeitos regularmente, até que haja demonstração de que se configura ato ilícito.
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Presunção de Veracidade- O ato administrativo estampa uma situação DE FATO REAL, ou seja, o ato goza de fé
pública, e os fatos apresentados presumem-se verdadeiros em conformidade com os fatos efetivamente ocorridos. -
por isso causa a inversão do ônus da prova dos fatos alegados no ato administrativo
AUTORIZAÇÃO - a Administração autoriza o exercício de atividade que por, sua utilidade pública, está sujeita ao poder
de polícia do Estado. É realizada por ato administrativo, discricionário e precáro ( ato negocial). É a transferência ao
particular, de serviço público de fácil execução, sendo de regra sem remuneração ou remunerado através de tarifas.
EX: DESPACHANTES; A MANUTENÇÃO DE CANTEIROS E JARDINS EM TROCA DE PLACAS DE PUBLICIDADE.
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Formas de extinção de atos ADM: alexbrunosilvasena@outlook.com
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Anulação: extinção de ato concebido de forma ilegal.
Caducidade: legislação superveniente torna aquele ato ilegal, ou seja, incompatível com o novo ordenamento
jurídico, sem culpa do beneficiário.
Revogação: ato extinto por não ser mais oportuno e conveniente para a AP.
Contraposição: novo ato ADM extingue o ato anteriormente criado, contrapondo-se a este.
Anulação;
Revogação;
Cassação;
Caducidade;
Contraposição ou derrubada;
Renúncia.
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CASSAÇÃO: é o desfazimento de um ato válido em virtude de descumprimento pelo beneficiário das
condições que ele deveria manter para continuar gozando do ato. A cassação tem como
características:
É ato vinculado, pois a cassação somente poderá ocorrer nas hipóteses definidas em lei;
Trata-se de ato sancionatório, pois tem como fundamento as faltas cometidas pelo beneficiário
do ato.
A revogação é o desfazimento de um ato válido, mas que deixou de ser conveniente e oportuno.
Excepcionalmente, é possível revogar um ato que ainda não começou a produzir os efeitos jurídicos (ainda não é
eficaz). Porém, em nenhuma hipótese será possível revogar o ato exaurido (o que já produziu todos os seus
efeitos). Alex Bruno da Silva Sêna
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OBJETO:
Conteúdo
Efeito Jurídico IMEDIATO
Resultado obtido
nomeação, demissão, licença, autorização etc.
FINALIDADE
Objetivo
efeito jurídico MEDIATO
Resultado que se pretende alcançar
sentido amplo: interesse público
sentido estrito: resultado específico.
bizu : OI FM
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OBJETO —> imediato
Caiu em 2023 - Autoriza o Estado a agir proativa e materialmente, a fim de garantir o cumprimento do seu
ato. (certo)
Licença;
aprovação;
admissão;
visto;
homologação;
dispensa;
renúncia;
protocolo administrativo;
permissão;
autorização.
Instrução;
circulares;
ordens de serviço;
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avisos;
memorando;
portaria;
ofícios;
despacho.
Decretos;
resoluções;
instrução normativa;
regimentos;
resoluções.
Certidões;
atestados;
pareceres;
apostilas.
Multa;
interdição; Alex Bruno da Silva Sêna
demolição; alexbrunosilvasena@outlook.com
cassação. 055.454.953-04
Ato simples: É o que resulta da manifestação de vontade de um único órgão, unipessoal ou colegiado, ou de
apenas um agente público.
Ato composto: É o que resulta da vontade única de um órgão ou agente (ato principal), mas depende da
aprovação, ratificação ou confirmação por parte de outro (ato acessório) para produzir seus efeitos.
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Ato complexo: É aquele que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão (dois ou mais órgãos)
ou agentes. Só estará formado quando todas as vontades exigidas forem declaradas. Ato principal + Ato
secundário.
Os atos da Administração podem ser divididos em: a) atos políticos ou de governo (atos que permitem a condução
das políticas, diretrizes e estratégias do governo); b) atos privados; c) atos materiais; d) atos administrativos.
b) os atos materiais da administração, que não contêm manifestação de vontade, mas que envolvem apenas
execução, como a demolição de uma casa, a apreensão de mercadoria, a realização de um serviço;
c) os chamados atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor, que também não expressam uma vontade e
que, portanto, também não podem produzir efeitos jurídicos; é o caso dos atestados, certidões, pareceres, votos;
d) os atos políticos, que estão sujeitos a regime jurídico-constitucional, como o veto ou sanção de um projeto de
lei; Alex Bruno da Silva Sêna
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e) os contratos e os convênios administrativos, que são relações bilaterais.
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f) os atos normativos da administração, abrangendo decretos, portarias, resoluções, regimentos, de efeitos gerais
e abstratos;
CASSAÇÃO X CADUCIDADE
Irrenunciável: o agente público não pode "recusar" a competência que a lei lhe deu;
Improrrogável: um agente que praticou um ato que não era de sua atribuição não se torna competente
pelo decurso do tempo;
Imprescritível: não se perde a competência pelo decurso do tempo;
Inderrogável: a competência não se transfere por acordo ou vontade das partes. Somente a lei pode
delegar.
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INVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Anulação → o ato administrativo é ilegal → ex tunc → não gera direitos adquiridos, salvo boa-fé
Caducidade → nova legislação impede a permanência da situação antes permitida pela Administração.
Ocorre quando a Administração não anula o ato no prazo legal ou quando é possível corrigi-lo.
IMPERATIVIDADE >> Pode, o ato administrativo, se impor a terceiros, independentemente de sua concordância.
EXIGIBILIDADE >>> Uma vez imposta, a obrigação pode ser exigida mediante coação indireta
LEMBRANDO:
ato perfeito, válido e eficaz: Trata-se de ato que completou o seu ciclo de formação,
• ato perfeito, válido e ineficaz: Trata-se do ato que completou o seu ciclo de formação
e que se encontra de acordo com o ordenamento jurídico, mas que ainda não está
• ato perfeito, inválido e eficaz: Trata-se do ato que completou o seu ciclo de formação
e que está produzindo os efeitos para os quais foi editado. No entanto, o ordenamento
jurídico não foi respeitado quando da edição do ato administrativo, dando ensejo à
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sua anulação ou convalidação;
• ato perfeito, inválido e ineficaz: Trata-se do ato que completou o seu ciclo de
formação, mas que não observou o ordenamento jurídico e que não está produzindo
Revogação: extinção de ato válido, mas que deixou de ser conveniente e oportuno.
Na anulação, ocorre o desfazimento do ato administrativo por ser considerado ilegal, ou seja, quando há algum
vício ou irregularidade que torna o ato inválido desde sua origem. A anulação tem efeitos retroativos, ou seja, o ato
é considerado nulo desde o momento de sua edição.
Já a revogação é o ato pelo qual a Administração Pública decide extinguir um ato válido, porém, por razões de
conveniência e oportunidade, ou seja, quando o ato deixa de ser vantajoso ou adequado para o interesse público. A
revogação não se baseia em ilegalidade, mas sim na discricionariedade administrativa. Ela não possui efeitos
retroativos, preservando os efeitos produzidos pelo ato revogado até a sua extinção.
Portanto, a anulação se refere ao desfazimento de um ato ilegal, enquanto a revogação se refere à extinção de um
ato válido, mas que deixou de ser conveniente e oportuno.
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