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Nas questões abaixo, assinale a alternativa correta conforme enunciado (valor: 1 ponto cada).
Questão 1) Sobre os atos administrativos, seu conceito e efeitos, disserte sobre: (2 pontos).
b. Tipicidade.
A tipicidade é um dos atributos do ato administrativo, ela está ligada à necessidade de respeitar-
se a finalidade específica definida na lei para cada espécie de ato administrativo, proibindo que a
mesma venha a praticar atos inominados. Por exemplo, a tipicidade proíbe que a regulamentação de
determinada lei seja feita por meio de uma portaria, pois tal situação cabe por força da própria lei a
outra categoria de ato administrativo que é o decreto. A Prof. Maria Silvia Zanella Di Pietro afirma
que a tipicidade não se encontra nos contratos administrativos, pois esses são formados a partir de uma
bilateralidade de vontades.
Questão 2) Sobre a classificação dos atos administrativos, disserte sobre: (2 pontos).
a. Atos Simples.
Classificar um ato administrativo como simples significa dizer que ele resulta da manifestação
de vontade de um único órgão unipessoal ou colegiado. O que importa é a vontade unitária que
expressam. Unitário então seria o despacho de um único chefe de seção e o colegiado seria a decisão
de um conselho ou colegiado, portanto, de um grupo.
b. Atos Compostos.
Ato composto é aquele que resulta da vontade de um único órgão, mas depende da verificação
e ratificação por parte de outro órgão para se tornar possível de ser executado. Por exemplo um ato de
autorização sujeito a outro ato para confirmá-lo.
c. Atos Complexos.
Esse ato se forma pela conjugação da vontade de mais de um órgão. É o concurso de vontades
de órgãos diferentes para a formação de um único ato. Por exemplo a aposentadoria do servidor e
nomeação para os ministros do Supremo Tribunal Federal.
d. Atos de Império.
Questão 3) Sobre os casos de Dispensa e Inexigibilidade de Licitação, disserte sobre sua pertinência,
vantagens e riscos para a Administração Pública (2 pontos).
A Constituição Federal de 1988 diz que quando a Administração Pública quiser contratar
compras, obras, serviços, via de regra, deverá licitar, porém o texto constitucional também diz no início
do artigo 37; inciso XXI a seguinte informação: “ressalvados os casos especificados na legislação”.
Portanto há margem para contratações sem licitação, em alguns casos, que serão tratados a seguir.
Ao fazer uma licitação inexigível o que se deve ter em mente é que ela ocorrerá quando houver
uma inviabilidade de competição. A própria lei que regulamenta as licitações Lei 8.666/93 diz em seu
artigo 25 que é inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição. Essa situação deve
ocorrer especialmente para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser
fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca,
devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado; também é inexigível a licitação
para a contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; e por último é
inexigível para a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
No caso da dispensa de licitação, a lei traz um rol com trinta e cinco hipóteses em que ela pode
ser dispensada, só como exemplo podemos citar: os casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
casos de emergência ou de calamidade pública; quando a União tiver que intervir no domínio
econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento; para a celebração de contratos de
prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de
governo, para atividades contempladas no contrato de gestão entre muitos outros casos.
As vantagens da dispensa e inexigibilidade de licitação certamente serão a rapidez e agilidade
de conclusão do processo de execução ou compra do serviço buscado, no entanto o cuidado com o
com a coisa pública deve ser levado em conta, ainda mais em tempos em que a sociedade exige
transparência e uso racional dos recursos. Nesse caso, a inexigibilidade e dispensa de licitação não
necessariamente atendem aos requisitos do uso racional do dinheiro e da economia, tão necessárias em
um país onde a distribuição dos limitados recursos tem sido tão difícil ultimamente. A administração
ao se valer da dispensa ou não exigir uma licitação corre o risco de desperdício de dinheiro que terá
um custo grande para a sociedade além de poder colocar o trabalho do gestor em xeque podendo, em
casos de mau uso, responsabilizá-lo por improbidade administrativa.
Questão 4) Atos administrativos podem ser absolutamente nulos ou anuláveis. Em alguns casos, é
possível a convalidação. Disserte sobre (2 pontos).