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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Atributos do Ato Administrativo����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Presunção de Legitimidade e Veracidade�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Autoexecutoriedade����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Tipicidade���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Imperatividade�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Atributos do Ato Administrativo


Os atributos do ato administrativo são características que asseguram a ele uma posição jurídica
superior aos atos regidos por direito privado, isto é, esses atributos refletem características que de-
monstram a posição de superioridade que a administração pública possui ao praticá-los.
Os atributos dos atos administrativos são:
→→ Presunção de legitimidade;
→→ Autoexecutoriedade;
→→ Tipicidade
→→ Imperatividade;

Presunção de Legitimidade e Veracidade


Esse atributo define que os atos praticados pela administração pública são tidos como presumi-
damente válidos (legítimos no sentido de que foram praticados em conformidade com a lei) e que os
fatos narrados são verdadeiros. Assim, a presunção de legitimidade reflete que o ato está em conso-
nância com a lei e a presunção de veracidade faz crer que os fatos alegados são verdadeiros.
Entretanto, trata-se de uma presunção relativa (juris tantum), pois admite prova em contrário.
Assim, poderá ser feita prova de que os atos não foram praticados em consonância com a lei ou que os
fatos narrados no mesmo não correspondem a verdade. Importante ressaltar o ônus de provar a ilegiti-
midade ou mesmo a inveracidade dos fatos é do administrado. Nesse caso, em face desse atributo, nos
deparamos com a inversão do ônus da prova (o administrado tem que provar o vício no ato).
Em virtude desse atributo, como o ato já nasce presumidamente válido e verdadeiro, ele é apto
para produzir normalmente seus efeitos. Assim, o ato produzirá seus efeitos até ser invalidado
(anulado). Desse modo, o ato possui imediata autoexecutoriedade, ainda que seja impugnado pelo
administrado, somente cessando a produção de seus efeitos quando houver uma decisão reconhe-
cendo o vício ou mesmo sustando os efeitos do ato.

Autoexecutoriedade
Esse atributo define que, uma vez praticado, o ato administrativo pode ser imediatamente execu-
tado pela administração pública, independente de manifestação ou de auxílio do Poder Judiciário.
Esse ato autoexecutório deve estar previsto em lei, não podendo o administrador, por sua simples
discricionariedade, entender por executar diretamente os atos que reputar conveniente, em virtude
do princípio da legalidade, que impede que sejam praticados atos não previstos em lei.
Isso não significa que o atributo afasta a possibilidade de o ato ser apreciado judicialmente, ele
apenas dispensa a necessidade de manifestação judicial prévia para a execução do ato.
Como exemplos de atos que possuem esse atributo, podemos citar a apreensão de mercadorias, a
interdição de estabelecimentos e a cassação de licenças. Entretanto, é importante salientar que nem
todos os atos possuem esse atributo, como, por exemplo, a multa. Caso o particular não pague uma
multa administrativa que lhe foi imposta, a única maneira de executar a mesma é na via judicial,
mediante um processo para execução da dívida ativa da Fazenda Pública.
Da mesma maneira, os atos enunciativos e os negociais, ante a sua natureza, também não são
detentores desse atributo.
Alguns doutrinadores sustentam que para um ato ser considerado autoexecutório, ele deve ser
dotado de exigibilidade e executoriedade.

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Exigibilidade → trata-se da utilização de meios indiretos de coerção, são formas de obrigar o


particular a cumprir a determinação, como por exemplo, a aplicação de uma multa caso não cumpra
a ordem no prazo. Todos os atos administrativos imperativos possuem essa característica.
Executoriedade → trata-se da utilização de meios diretos de coerção (uso da força) para compelir
o administrado a cumprir a determinação dada pela autoridade administrativa. Nem todo ato possui
executoriedade, não podendo ser executado diretamente (como, por exemplo, a multa, que somente
pode ser executada “à força” na via judicial).

Tipicidade
O atributo da tipicidade é mencionado pela doutrinadora Di Pietro, que diz: “Esse atributo repre-
senta uma garantia para o administrado, pois impede que a Administração pratique atos dotados de
imperatividade e executoriedade, vinculando unilateralmente o particular, sem que haja previsão
legal; também fica afastada a possibilidade de ser praticado ato totalmente discricionário, pois a lei,
ao prever o ato, já define os limites em que a discricionariedade poderá ser exercida”.
Assim, podemos conceituar, de forma resumida, como sendo o atributo que define que para
cada efeito pretendido, existe um tipo de ato previsto em lei. O administrador somente poderia
praticar os atos previstos em lei para alcançar os efeitos pretendidos, sendo essa uma decorrência
do princípio da legalidade.

Imperatividade
Esse atributo é uma decorrência do poder extroverso do Estado (poder de império). Em virtude
desse atributo, ao praticar um ato administrativo, a administração pública impõe unilateralmen-
te sua vontade ao administrado, que deve observar essas determinações, independente de sua
anuência. Por exemplo, ao diminuir a velocidade em determinada via, os motoristas, mesmo que
não concordem com essa alteração, estão obrigados a obedecê-la.
Por outro lado, nem todos os atos administrativos possuem esse atributo, pois em determina-
das situações a administração pública praticou o ato em decorrência de solicitação do administrado,
não tendo imposto o mesmo de forma unilateral. Os atos negociais são praticados quando o parti-
cular precisa da anuência da administração pública para praticar determinada atividade, como, por
exemplo, a licença para dirigir, que não se trata de um ato que a administração “obrigou” o particular
a observar, mas sim é um ato praticado mediante solicitação do mesmo.
Como exceções a esse atributo podemos citar:
→→ ATOS NEGOCIAIS: tratam-se de atos do administrado, que pretende exercer alguma atividade
específica, somente o poderá fazer de forma lícita se obtiver a anuência da administração pública
(autorização, permissão, licença, etc.). Nesses casos inexiste imperatividade, pois o próprio admi-
nistrado que solicitou a prática do ato, não lhe sendo tal ato imposto pela administração pública.
→→ ATOS ENUNCIATIVOS: São aqueles atos em que a administração declara um fato (certidão
ou atestado) ou emite uma opinião ou juízo de valor (parecer), sem que tal manifestação produza
diretamente, por si só, efeitos jurídicos.
Exercícios
01. A imperatividade do ato administrativo prevê que a administração pública, para executar suas
decisões, não necessita submeter sua pretensão ao Poder Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
02. O atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a administração pratique atos sem
previsão legal.
Certo ( ) Errado ( )

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03. A autoexecutoriedade é atributo restrito aos atos administrativos praticados no exercício do


poder de polícia.
Certo ( ) Errado ( )
04. Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato administrativo, devem-se
observar figuras definidas previamente pela lei, o que garante aos administrados maior se-
gurança jurídica.
Certo ( ) Errado ( )
05. A cobrança de multas, em caso de resistência do particular, é um ato administrativo autoe-
xecutório.
Certo ( ) Errado ( )
06. Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, indepen-
dentemente de sua concordância.
Certo ( ) Errado ( )
07. Presunção de legitimidade é atributo universal aplicável a todo ato administrativo.
Certo ( ) Errado ( )
08. A imperatividade é atributo indissociável dos atos administrativos.
Certo ( ) Errado ( )
09. Um ato administrativo editado pela administração pública não requer provas de sua validade,
visto que a presunção de legitimidade é inerente a esse ato.
Certo ( ) Errado ( )
10. A presunção de legitimidade ou de veracidade de determinado ato administrativo produz a
inversão do ônus da prova, ou seja, a atuação da administração é presumidamente fundada em
fatos verdadeiros e em observância à lei, até prova em contrário.
Certo ( ) Errado ( )
11. A presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos é absoluta.
Certo ( ) Errado ( )
12. Imperatividade é o atributo com base no qual o ato administrativo pode ser praticado pela
própria administração sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
13. O atributo da presunção de legitimidade é o que autoriza a ação imediata e direta da adminis-
tração pública nas situações que exijam medida urgente.
Certo ( ) Errado ( )
14. Todos os fatos alegados pela administração pública são considerados verdadeiros, bem como
todos os atos administrativos são considerados emitidos conforme a lei, em decorrência das
presunções de veracidade e de legitimidade, respectivamente.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Errado
02 - Certo
03 - Errado
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04 - Certo
05 - Errado
06 - Certo
07 - Certo
08 - Errado
09 - Certo
10 - Certo
11 - Errado
12 - Errado
13 - Errado
14 - Certo

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