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DIREITO ADMINISTRATIVO

PROF. GUSTAVO BRÍGIDO


Aula Resumo
Atos administrativos
Atos Jurídicos Atos Ajurídicos
(Fatos Administrativos)

manifestação da vontade humana não têm a finalidade de produzir


que visa à produção de efeitos efeitos jurídicos, embora possam
jurídicos. produzir tais efeitos.

edital de concurso público morte de servidor público, cujo


efeito é a vacância do cargo
Exercício da função política. Ex.:
Atos políticos:
veto presidencial.
Atos da administração pública
regidos pelo direito privado.
P. ex.: contratos de locação
Atos de direito privado:
comercial feitos por sociedades de
economia mista exploradoras de
Atos da atividades econômicas.

Administração Atos por meios dos quais a


Administração pública atua, no
exercício da função administrativa,
sob o regime de direito público e
Atos administrativos:
ensejando manifestação de
vontade do Estado ou de quem lhe
faça as vezes. P. ex. multas de
trânsito.
Conceito de Ato Administrativo

1.
declaração do Estado ou de quem
lhe faça as vezes

sujeita-se a regime jurídico


administrativo

produz efeitos jurídicos imediatos

é sempre passível de controle


judicial
Elementos (Requisitos)

Competência

Finalidade

Forma

Motivo

Objeto
Elementos Atos Vinculados Atos Discricionários
(Requisitos)
Competência

Finalidade

Forma

Motivo

Objeto
Delegação Avocação

Um órgão administrativo e seu Será permitida, em caráter


titular poderão, se não houver excepcional e por motivos
impedimento legal, delegar parte da relevantes devidamente justificados,
sua competência a outros órgãos ou a avocação temporária de
titulares, ainda que estes não lhe competência atribuída a órgão
sejam hierarquicamente hierarquicamente inferior
subordinados, quando for
conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou
territorial
Não podem ser objeto de
delegação

I - a edição de atos de caráter


normativo

II - a decisão de recursos
administrativos

III - as matérias de competência


exclusiva do órgão ou autoridade
Convalidação “Em decisão na qual se evidencie não
O
acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que
apresentarem defeitos sanáveis poderão
ser convalidados pela própria
Administração”.

não acarretarem lesão ao interesse


público
nem prejuízo a terceiros

defeitos sanáveis

pela própria Administração


FORMAS DE CONVALIDAÇÃO CONCEITO EXEMPLO
- Ratificação É o ato administrativo pelo qual o Um ato com vício de forma pode ser
órgão competente decide sanar um posteriormente ratificado com a
ato inválido anteriormente praticado, adoção da forma legal. O mesmo se dá
suprindo a ilegalidade que o vicia. com o vício de competência.

- Reforma Admita que novo ato suprima a parte Ato anterior concedia licença e férias a
inválida do ato anterior, mantendo sua um servidor; se se verifica depois que
parte válida. não tinha direito à licença. Pratica-se
novo ato retirando a parte anterior e se
ratifica a parte relativa às férias.

- Conversão A Administração, depois de retirar a Um ato promoveu A e B por


parte inválida do ato anterior, merecimento e antiguidade,
processa a sua substituição por uma respectivamente, verificando após que
nova parte, de modo que o novo ato não deveria ser B, mas C o promovido
passa a conter a parte válida do ato por antiguidade. Pratica-se novo ato
anterior e uma nova parte, nascida mantendo a promoção de A e insere a
com o aproveitamento. de C, retirando a de B.
Motivo Pressupostos de fato de fato e de
direito que ensejam a prática do
ato administrativo

Motivação Exposição dos motivos

Móvel Intenção com que se pratica o ato

Teoria dos Motivos Determinantes O agente se vincula aos motivos


expostos na prática do ato
Motivação obrigatória para os atos que
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato


administrativo.
Mérito Administrativo

Conveniência + Oportunidade

Motivo + Objeto
Atributos
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Presunção de Legitimidade

Auto-executoriedade

Tipicidade

Imperatividade
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS
Critério dos destinatários

a) Atos gerais atingem uma quantidade


indeterminada de pessoas.
b) Atos individuais atingem uma quantidade
determinada de pessoas.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS
Critério das prerrogativas

a) Atos de império a Administração Pública age em relação


de supremacia sobre o particular. P. ex.:
multa de trânsito.
b) Atos de gestão a Administração Pública atua em situação
de igualdade com o particular. P.ex.:
alienação de bens móveis apreendidos.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS
Critério da liberdade de ação

a) Atos vinculados não há qualquer margem de escolha na


atuação do agente.

b) Atos discricionários o agente tem certa liberdade de escolha


em relação aos critérios de conveniência e
oportunidade para a prática do ato.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS
Critério da liberdade de ação

a) Atos vinculados não há qualquer margem de escolha na


atuação do agente.

b) Atos discricionários o agente tem certa liberdade de escolha


em relação aos critérios de conveniência e
oportunidade para a prática do ato.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS
Critério da composição da vontade

a) Atos simples decorrem de uma única manifestação de


vontade.

b) Atos compostos decorrem de mais de uma manifestação de


vontade, uma principal e outra acessória,
que apenas ratifica a vontade principal.

c) Atos complexos são oriundos da soma de vontades de


órgãos distintos, independentes entre si e
em mesmo patamar hierárquico.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS
Critério dos efeitos

a) Atos constitutivos criam uma nova situação jurídica.

b) Atos declaratórios apenas confirmam uma situação jurídica


´previamente existente.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS
Critério da retratabilidade
a) Atos revogáveis

b) Atos irrevogáveis • Atos consumados;


• Atos irrevogáveis;
• Atos que geram direitos adquiridos;
• Atos vinculados;
• Atos enunciativos;
• Atos de controle;
• Atos complexos.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos normativos compreendem a edição de normas gerais e abstratas e
decorrem do Poder Normativo. P. ex.: decreto, aviso,
regimento, instrução normativa, resolução.

Atos ordinatórios Os atos ordinatórios dizem respeito a organização e


ordenação internas da Administração e são
desdobramentos do Poder Hierárquico. P. ex.: Ordem de
serviço, despacho, portaria, ofício.
Atos enunciativos Atos negociais são aqueles por meio dos quais a
administração estabelece conclusões e opiniões estatais.
P.ex.: atestado, certidão, apostila, parecer.
Atos punitivos Os atos punitivos compreendem a aplicação de sanções
administrativas. Podem decorrer do Poder Disciplinar ou
do Poder de Polícia.

Atos negociais Nos atos negociais a Administração Pública concede


direitos e benefícios aos particulares. P. ex.: autorização,
licença e permissão.
EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Extinção natural a) Cumprimento dos efeitos: diz respeito à
execução da situação apresentada no ato.
b) Advento do termo: o fim do prazo estabelecido
para a execução do ato.
Renúncia O beneficiário renuncia a um ato ampliativo dado
pela Administração Público
Cassação o beneficiário descumpre os requisitos
autorizadores do ato.
Caducidade Dá-se a caducidade quando lei superveniente
prejudica a manutenção do ato até então válido. A
ilegalidade é superveniente e decorre de alteração
legislativa, sem culpa do beneficiário.
EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Anulação A anulação é a retirada de atos inválidos, ou seja,
ilegais, viciados. Trata-se de controle de legalidade
do ato administrativo.

Revogação A revogação é a retirada de um ato válido, mas


inoportuno ou inconveniente. Cuida-se de controle
de mérito administrativo.
DIREITO ADMINISTRATIVO
PROF. GUSTAVO BRÍGIDO
Atos administrativos
ATOS JURÍDICOS E ATOS AJURÍDICOS
a) Atos jurídicos: manifestação da vontade humana que visa à produção
de efeitos jurídicos.
P. ex.: contrato de compra e venda, edital de concurso público.
b) Atos ajurídicos (Fatos Administrativos) : são aqueles que, por seu
turno, não têm a finalidade de produzir efeitos jurídicos embora o
produzam.
P.ex.: morte de servidor público, cujo efeito é a vacância do cargo.
Dentre os atos jurídicos, destacam-se os atos da administração, que
indicam todo e qualquer ato que se origine da Administração Pública.

Dos atos da administração, destacam-se os atos políticos, os atos


de direito privado e os atos administrativos.
Exercício da função política. Ex.:
Atos políticos:
ATOS ADMINISTRATIVOS veto presidencial.
a) Atos jurídicos: manifestação da vontade humana que visam à produção de efeitos Atos da P.administração
jurídicos. pública
ex.: contrato de compra
e venda, edital de concurso público. regidos pelo direito privado.
b) Atos ajurídicos: são aqueles que, por seu turno, não têm a finalidade de produzirP.efeitos
ex.:jurídicos embora de
contratos o produzam.
locação
Atos dedo
P.ex.: morte de servidor público, cujo efeito é a vacância direito
cargo.privado:
comercial feitos por sociedades de
Dentre os atos jurídicos, destacam-se os atos da administração, que indicam todo e qualquer ato que se origine da
economia mista exploradoras de
Administração Pública. Dos atos da administração, destacam-se os atos políticos, os atos de direito privado, os fatos
Atos da
administrativos e os atos administrativos. atividades econômicas.

Administração Atos por meios dos quais a


Administração pública atua, no
exercício da função administrativa,
sob o regime de direito público e
Atos administrativos:
ensejando manifestação de
vontade do Estado ou de quem lhe
faça as vezes. P. ex. multas de
trânsito.
ATOS ADMINISTRATIVOS
CONCEITO
“A exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública ou de seus
delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à
produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público”
Para definir o ato administrativo, é necessário considerar os seguintes dados:
1. ele constitui declaração do Estado ou de quem lhe faça as vezes;
2. sujeita-se a regime jurídico administrativo, pois a Administração aparece com todas
as prerrogativas e restrições próprias do poder público; com isto, afastam-se os atos de
direito privado praticados pelo Estado;
3. produz efeitos jurídicos imediatos; com isso, distingue-se o ato administrativo da lei e
afasta-se de seu conceito o regulamento que, quanto ao conteúdo, é ato normativo,
mais semelhante à lei; e afastam-se também os atos não produtores de efeitos jurídicos
diretos, como os atos materiais e os atos enunciativos;
4. é sempre passível de controle judicial.
Ano: 2023 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2023 - UFMG - Assistente em Administração
Os atos administrativos são o meio nos quais a Administração Pública atua, no exercício da função
administrativa, sob o regime de direito público e ensejando manifestação de vontade do Estado ou de
quem lhe faça as vezes. A qualificação como ato administrativo decorre do fato de que sua repercussão
jurídica produz efeitos a uma determinada sociedade, exigindo, dessa forma, a regulação pelo direito
público.
Em relação aos atos administrativos, é INCORRETO afirmar que
A são regidos pelo Direito Público e diferem dos demais atos da Administração Pública, embora seja um
deles.
B devem ser emanados por um agente público, ou seja, por alguém que esteja investido o poder de
atuar em nome da Administração.
C o ato discricionário é aquele ato determinado em lei, no qual o dispositivo legal confere margem de
escolha ao administrador público mediante seu interesse pessoal e intransferível.
D o ato vinculado é aquele praticado no exercício do poder vinculado, em que a atuação administrativa
está adstrita aos ditames previstos na legislação, de forma objetiva.
Ano: 2023 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2023 - UFMG - Assistente em Administração
Os atos administrativos são o meio nos quais a Administração Pública atua, no exercício da função
administrativa, sob o regime de direito público e ensejando manifestação de vontade do Estado ou de
quem lhe faça as vezes. A qualificação como ato administrativo decorre do fato de que sua repercussão
jurídica produz efeitos a uma determinada sociedade, exigindo, dessa forma, a regulação pelo direito
público.
Em relação aos atos administrativos, é INCORRETO afirmar que
A são regidos pelo Direito Público e diferem dos demais atos da Administração Pública, embora seja um
deles.
B devem ser emanados por um agente público, ou seja, por alguém que esteja investido o poder de
atuar em nome da Administração.
C o ato discricionário é aquele ato determinado em lei, no qual o dispositivo legal confere margem
de escolha ao administrador público mediante seu interesse pessoal e intransferível.
D o ato vinculado é aquele praticado no exercício do poder vinculado, em que a atuação administrativa
está adstrita aos ditames previstos na legislação, de forma objetiva.
ELEMENTOS OU REQUISITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
São elementos ou requisitos que integram os atos
administrativos: competência (ou sujeito), finalidade, forma,
motivo e objeto (ou conteúdo).
Elementos (Requisitos)

Competência

Finalidade

Forma

Motivo

Objeto
1. Competência:

é o círculo estabelecido em lei dentro do qual os agentes públicos exercem suas


atividades.
A competência administrativa é improrrogável, imprescritível e irrenunciável.
a) Improrrogável: o agente público incompetente não se torna competente para a
prática de um ato administrativo pela não objeção de terceiros.
b) Imprescritível: a competência do agente não se extingue pela sua inércia.
c) Irrenunciável: o agente público não pode abrir mão de sua competência, dada a
indisponibilidade do interesse público. Contudo, a irrenunciabilidade da competência
poderá ser afastada pela delegação e avocação de competências.
I. Delegação (art. 12, Lei 9784/1999):
“Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial”.
II. Avocação (art. 15, Lei 9784/1999):
“Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior”.
III. Inadmissibilidade de delegação (art. 13, Lei 9784/1999):
“Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade”.
Súmula 510 do STF:
“Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência
delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida
judicial”.
Vício de competência e convalidação.
A convalidação consiste em sanar um ato administrativo viciado, ou seja, eivado de irregularidade, desde
que o vício seja sanável, não haja lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.
Pressupostos da convalidação:
• Vício sanável;
• Ausência de lesão ao interesse público;
• Inexistência de prejuízo a terceiros.
O fundamento legal da convalidação dos atos administrativos está no art. 55 da Lei n.
9.784/1999:

“Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração”.
FORMAS DE CONVALIDAÇÃO CONCEITO EXEMPLO
- Ratificação É o ato administrativo pelo qual o Um ato com vício de forma pode ser
órgão competente decide sanar um posteriormente ratificado com a
ato inválido anteriormente praticado, adoção da forma legal. O mesmo se dá
suprindo a ilegalidade que o vicia. com o vício de competência.

- Reforma Admita que novo ato suprima a parte Ato anterior concedia licença e férias a
inválida do ato anterior, mantendo sua um servidor; se se verifica depois que
parte válida. não tinha direito à licença. Pratica-se
novo ato retirando a parte anterior e se
ratifica a parte relativa às férias.

- Conversão A Administração, depois de retirar a Um ato promoveu A e B por


parte inválida do ato anterior, merecimento e antiguidade,
processa a sua substituição por uma respectivamente, verificando após que
nova parte, de modo que o novo ato não deveria ser B, mas C o promovido
passa a conter a parte válida do ato por antiguidade. Pratica-se novo ato
anterior e uma nova parte, nascida mantendo a promoção de A e insere a
com o aproveitamento. de C, retirando a de B.
Segundo o art. 2º, § único, “a”, Lei n. 4.717/1965:
a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas
atribuições legais do agente que o praticou.
Vício de competência e convalidação.
O vício de competência pode ser convalidado, desde que se trate de vício de
competência não exclusiva, pois o vício de competência exclusiva é insanável.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Auxiliar Policial de
Necropsia de 3ª Classe
A auxiliar de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Maria está lotada em Posto
Regional de Polícia Técnica e Científica do interior do Estado. Durante a madrugada, Maria,
única policial de plantão, recepcionou de policiais militares um cadáver feminino para fins de
perícia. Para adiantar o trabalho, mesmo não havendo naquele momento qualquer perito no
órgão, Maria fez o exame pericial, além de ter emitido e assinado sozinha o auto de exame
cadavérico (AEC), agindo em sentido contrário ao que dispõem as normas aplicáveis às
atribuições de seu cargo. Pelos fatos narrados, percebe-se que a perícia feita por Maria é
inválida, por vício no elemento do ato administrativo da:
A finalidade;
B competência;
C motivo;
D objeto;
E motivação.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Auxiliar Policial de
Necropsia de 3ª Classe
A auxiliar de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Maria está lotada em Posto
Regional de Polícia Técnica e Científica do interior do Estado. Durante a madrugada, Maria,
única policial de plantão, recepcionou de policiais militares um cadáver feminino para fins de
perícia. Para adiantar o trabalho, mesmo não havendo naquele momento qualquer perito no
órgão, Maria fez o exame pericial, além de ter emitido e assinado sozinha o auto de exame
cadavérico (AEC), agindo em sentido contrário ao que dispõem as normas aplicáveis às
atribuições de seu cargo. Pelos fatos narrados, percebe-se que a perícia feita por Maria é
inválida, por vício no elemento do ato administrativo da:
A finalidade;
B competência;
C motivo;
D objeto;
E motivação.
Finalidade
Finalidade é tudo aquilo que se busca atingir com o ato, o seu escopo. Todo ato
administrativo deve estar destinado ao interesse público.
Sentidos:
• Finalidade genérica ou em sentido amplo: é a finalidade presente em todos os atos
administrativos, ou seja, o interesse público.
• Finalidade específica ou em sentido restrito: é a finalidade de cada ato
especificamente, ou seja, o seu objeto.
Em uma desapropriação para a construção de uma escola pública, a finalidade genérica é
o interesse público, enquanto a finalidade específica é a própria construção da escola.
Vício de finalidade (desvio de finalidade)
Ocorre desvio de finalidade quando o agente público atua visando fim diverso do interesse
público. Tal vício é insanável, ou seja, não admite convalidação.
Segundo o art. 2º, § único, “e” da Lei n. 4.717/1965: “O desvio de finalidade se verifica
quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou
implicitamente, na regra de competência”.
Forma
A forma é o meio através do qual a Administração Pública exterioriza sua vontade. A forma
dos atos administrativos é essencialmente escrita, em razão do princípio da solenidade
das formas. Todavia, admite-se, excepcionalmente, atos administrativos exteriorizados
através de gestos, sons e palavras. P. ex.: semáforo, apito do agente de trânsito.
Silêncio administrativo:
Em regra, o silêncio administrativo não produz qualquer efeito jurídico, salvo em situações
excepcionais previstas em lei ou quando o silêncio da administração provoca danos ao
administrados, ocasião em que estes poderão recorrer à via judicial em face do silêncio do
poder público às suas pretensões.
Vício de forma e convalidação:
Segundo o art. 2º, § único, “d” da Lei n. 4.717/1965: o vício de forma consiste na omissão
ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à
existência ou seriedade do ato.
O vício de forma pode ser convalidado, desde que se trate de vício de forma não essencial
ao ato, pois o vício de forma essencial é insanável.
Motivo:
Entende-se por motivo os pressupostos de fato de fato e de direito que ensejam a
prática do ato administrativo.
Não confunda motivo com motivação. Esta é a exposição dos motivos, ou seja, a
fundamentação do ato administrativo.
Segundo o art. 50 da Lei n. 9.784/99, a motivação dos atos administrativos quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.
Teoria dos motivos determinantes:
Pela teoria dos motivos determinantes, a motivação apresentada deve corresponder a um
motivo verdadeiro, sob pena de nulidade do ato.
Segundo Di Pietro (2016) “a validade do ato se vincula aos motivos indicados como seu
fundamento, de tal modo que se inexistentes ou falsos, implicam a sua nulidade”.
Carvalho Filho (2019) explica que “mesmo que um ato administrativo seja discricionário,
não exigindo, portanto, expressa motivação, esta, se existir, passa a vincular o agente aos
termos que foi mencionada. Se o interessado comprovar que inexiste a realidade fática
mencionada no ato como determinante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado
de vício de legalidade”
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: DPE-MS Prova: FGV - 2022 - DPE-MS - Defensor Público Substituto
João, observadas as formalidades legais, firmou ato de permissão de uso de bem público com o Estado Alfa, para
instalação e funcionamento de um restaurante em hospital estadual, pelo prazo de 24 meses. Passados seis meses, o
Estado alegou que iria instalar uma nova sala de UTI no local onde o restaurante está localizado, razão pela qual revogou
unilateralmente a permissão de uso. Três meses depois, João logrou obter provas irrefutáveis no sentido de que o Estado
não instalou nem irá instalar a UTI no local. Inconformado, João buscou assistência jurídica na Defensoria Pública,
pretendendo reassumir o restaurante.
Ao elaborar a petição judicial, o defensor público informou a João que pleitear judicialmente a invalidação da revogação
do ato de permissão é:
A inviável, por se tratar de ato precário, mas cabe o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção da permissão
antes do prazo previsto;
B inviável, por se tratar de ato discricionário, mas cabe o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção da
permissão antes do prazo previsto;
C viável, eis que, com base no princípio da continuidade dos serviços públicos, João tem direito de explorar o restaurante
no prazo acordado, ainda que, de fato, o Estado Alfa fosse instalar a UTI no local;
D viável, eis que, apesar de ser um ato discricionário, aplica-se a teoria dos motivos determinantes, de maneira que o
Estado está vinculado à veracidade do motivo fático que utilizou para a revogação.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: DPE-MS Prova: FGV - 2022 - DPE-MS - Defensor Público Substituto
João, observadas as formalidades legais, firmou ato de permissão de uso de bem público com o Estado Alfa, para
instalação e funcionamento de um restaurante em hospital estadual, pelo prazo de 24 meses. Passados seis meses, o
Estado alegou que iria instalar uma nova sala de UTI no local onde o restaurante está localizado, razão pela qual revogou
unilateralmente a permissão de uso. Três meses depois, João logrou obter provas irrefutáveis no sentido de que o Estado
não instalou nem irá instalar a UTI no local. Inconformado, João buscou assistência jurídica na Defensoria Pública,
pretendendo reassumir o restaurante.
Ao elaborar a petição judicial, o defensor público informou a João que pleitear judicialmente a invalidação da revogação
do ato de permissão é:
A inviável, por se tratar de ato precário, mas cabe o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção da permissão
antes do prazo previsto;
B inviável, por se tratar de ato discricionário, mas cabe o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção da
permissão antes do prazo previsto;
C viável, eis que, com base no princípio da continuidade dos serviços públicos, João tem direito de explorar o restaurante
no prazo acordado, ainda que, de fato, o Estado Alfa fosse instalar a UTI no local;
D viável, eis que, apesar de ser um ato discricionário, aplica-se a teoria dos motivos determinantes, de maneira
que o Estado está vinculado à veracidade do motivo fático que utilizou para a revogação.
Vício de motivo:
Tanto a inexistência do fato como a inequação jurídica configuram vício no elemento
motivo. Segundo o art. 2º, parágrafo único, alínea “d” da Lei n. 4.717/65: a inexistência dos
motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é
materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Técnico Policial de
Necropsia
José, técnico policial de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, praticou
o chamado abandono de cargo, na medida em que se ausentou do serviço, sem justa
causa, por trinta dias consecutivos. Após regular processo administrativo disciplinar, lhe
foi aplicada a sanção da demissão.
No caso em tela, as razões de fato e de direito (e não a exposição dessas razões) que
deram ensejo à prática do ato de demissão representam o elemento ou requisito do ato
administrativo denominado:
A motivação;
B fundamentação;
C forma;
D objeto;
E motivo.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Técnico Policial de
Necropsia
José, técnico policial de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, praticou
o chamado abandono de cargo, na medida em que se ausentou do serviço, sem justa
causa, por trinta dias consecutivos. Após regular processo administrativo disciplinar, lhe
foi aplicada a sanção da demissão.
No caso em tela, as razões de fato e de direito (e não a exposição dessas razões) que
deram ensejo à prática do ato de demissão representam o elemento ou requisito do ato
administrativo denominado:
A motivação;
B fundamentação;
C forma;
D objeto;
E motivo.
Objeto
O objeto é o próprio conteúdo material do ato administrativo, é dizer, a alteração no
mundo jurídico que o ato pretende realizar. O objeto para ser válido, deve ser lícito e
possível.
P. ex.: o objeto da demissão de um servidor é a própria demissão.
MÉRITO ADMINISTRATIVO
Mérito administrativo “é o poder conferido pela lei ai agente público para que ele decida
sobre a oportunidade e a conveniência de determinado ato discricionário”.

O Poder Judiciário não pode, em regra, imiscuir-se no mérito administrativo, sob pena de
violação ao princípio da separação dos poderes. Nada obstante, o Poder Judiciário pode
analisar os aspectos da legalidade dos atos administrativos discricionários, bem assim os
seus limites, ou seja, a razoabilidade e a proporcionalidade.
MÉRITO ADMINISTRATIVO

Em relação aos elementos do ato administrativo, competência, finalidade e forma são


sempre vinculadas, independentemente da espécie de ato. Já o motivo e o objeto podem
ser vinculados, se o ato assim o for, ou discricionários, em se tratando de atos dessa
espécie. No último caso, tem-se o chamado mérito administrativo.
FORMAÇÃO E EFEITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
a) Perfeição: significa consumação, conclusão.
b) Eficácia: é a idoneidade que o ato administrativo tem para produzir seus efeitos.
c) Exequibilidade: a efetiva disponibilidade que tem a Administração para dar
operatividade ao ato, ou seja, executá-lo em toda a inteireza.
d) Validade: é a situação jurídica que resulta da conformidade do ato com a ei ou com
outro de grau mais elevado.
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Os atributos são as características dos atos administrativos, tratando-se de prerrogativas
de poder público decorrentes do princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado. São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade e de
veracidade, a autoexecutoriedade, a tipicidade e a imperatividade.
Atributos
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Presunção de Legitimidade

Auto-executoriedade

Tipicidade

Imperatividade
Presunção de legitimidade:
O ato, quando editado, presume-se praticado em conformidade com o ordenamento
jurídico. Trata-se de presunção relativa, ou juris tantum, pois admite prova em contrário
por terceiros prejudicados pelo ato. Tal prerrogativa encontra-se presente em todos os
atos administrativos.
Presunção de veracidade:
O ato administrativo é presumidamente verdadeiro, real, dada a fé pública de gozam os
atos da administração pública. Cuida-se, também, de presunção relativa, ou juris tantum,
pois permite prova em contrário por eventuais prejudicados pelo inverídico. A presunção
de veracidade é atributo universal, ou seja, presente em todos os atos
administrativos.
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: PGM - Niterói Prova: FGV - 2023 - PGM - Niterói - Técnico de Procuradoria
João estacionou o seu veículo em uma via pública, no Município de Niterói, acreditando que poderia fazê-lo. Ao retornar de seu compromisso,
verificou que havia sido multado. Consultando a legislação, o indivíduo percebeu que a multa, no caso, daria azo à incidência de sanção pecuniária e
à perda de pontos em sua licença para dirigir veículo automotor, na categoria B, após a observância do contraditório e da ampla defesa, como
consectários do devido processo legal. João, no caso, entende que poderia estacionar no local. Nesse cenário, é correto afirmar que caberá ao:
A particular João demonstrar a existência de algum vício formal no ato administrativo sancionatório, não podendo discutir o conteúdo deste, em
razão da presunção absoluta de veracidade e de legitimidade dos atos administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar
meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor correspondente à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso
não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo, considerando que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à
autoexecutoriedade;
B Município de Niterói comprovar que o particular não poderia estacionar no local, em razão do princípio da legalidade, que rege a Administração
Pública. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor correspondente
à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo, considerando
que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à autoexecutoriedade;
C particular João comprovar que poderia estacionar no local, em razão da presunção relativa de veracidade e de legitimidade dos atos
administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor
correspondente à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo,
considerando que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à autoexecutoriedade;
D Município de Niterói comprovar que o particular não poderia estacionar no local, em razão do princípio da legalidade, que rege a Administração
Pública. O Município, após o exercício do contraditório, poderá, por si só, excutir o valor correspondente à multa do patrimônio de João, por força da
autoexecutoridade dos atos administrativos;
E particular João comprovar que poderia estacionar no local, em razão da presunção relativa de veracidade e de legitimidade dos atos
administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá, por si só, excutir o valor correspondente à multa do patrimônio de João, por
força da autoexecutoridade dos atos administrativos.
Gabarito: C
De fato, o ônus de comprovar a ilegalidade do ato pertenceria ao particular autuado, e não
ao Município. Ademais, a aplicação de multa, em si, é autoexecutória, mas o mesmo não se
pode dizer quanto à sua cobrança. Neste sentido, acaso não seja paga no vencimento, a
Administração somente poderia se valer de meios indiretos de coerção, com fulcro no
atributo da exigibilidade. Não há, realmente, viabilidade jurídica de o ente estatal, por seus
próprios meios, investir contra o patrimônio do particular para obter a satisfação do
crédito decorrente da multa. Portanto, é preciso se valer da via judicial cabível, ou seja,
ajuizamento de execução fiscal, como forma de compelir o particular ao pagamento de sua
dívida.
Autoexecutoriedade:
A autoexecutoriedade dispensa a Administração de ir previamente a juízo para execução
de alguns atos administrativos, mas não afasta a possibilidade de controle judicial a
posteriori.
Nem todos os atos administrativos gozam de autoexecutoriedade. Exemplificativamente,
as multas de trânsito não gozam do referido atributo, pois a sua cobrança demanda ação
judicial.
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2023 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área: Técnico-Administrativa
Assinale a opção em que é apresentado o atributo do ato administrativo que
possibilita à administração pública executar seus próprios atos
independentemente de autorização judicial.
A presunção de legitimidade e veracidade
B exigibilidade
C imperatividade
D autoexecutoriedade
E tipicidade
Gabarito: D
Tipicidade:
Pelo atributo da tipicidade, os atos administrativos devem estar previstos em lei. Segundo
Di Pietro (2019), “a tipicidade só existe com relação aos atos unilaterais; não existe nos
contratos, pois, em relação a eles, não há imposição de vontade da Administração, que
depende sempre da aceitação do particular; nada impede que as partes convencionem um
contrato inominado, desde que atenda melhor ao interesse público e ao do particular”.
Imperatividade:
Pelo atributo da imperatividade, a Administração Pública pode, unilateralmente, impor
restrições e criar obrigações para os administrados.
Ao fazer uso de sua supremacia na relação com os administrados, para impor-lhes
determinada forma de agir, o poder público atua com base na imperatividade dos atos
administrativos.
A imperatividade é o atributo do ato administrativo previsto apenas nos atos que dispõem
acerca de obrigações e deveres aos particulares. Não há que se falar em imperatividade em
atos negociais, a exemplo de autorizações e licenças.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Critério dos destinatários:
a) Atos gerais: atingem uma quantidade indeterminada de pessoas.
b) Atos individuais: atingem uma quantidade determinada de pessoas.
Critério das prerrogativas:
a) Atos de império: a Administração Pública age em relação de supremacia sobre o
particular. P. ex.: multa de trânsito.
b) Atos de gestão: a Administração Pública atua em situação de igualdade com o
particular. P.ex.: alienação de bens móveis apreendidos.
Critério da liberdade de ação:
a) Atos vinculados: não há qualquer margem de escolha na atuação do agente.
b) Atos discricionários: o agente tem certa liberdade de escolha em relação aos critérios
de conveniência e oportunidade para a prática do ato.
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE Prova: CESPE / CEBRASPE -
2023 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - Guarda Municipal
Abadia e Alex pretendiam se casar no dia da festa da padroeira da cidade onde residem. O município o
pedido de autorização, entretanto, negou seu pedido para a interdição de um canto da praia durante o
dia para realização da celebração e festa do casamento, sob a alegação de que a cidade estaria em festa
em comemoração à padroeira.
Nessa situação hipotética, o ato praticado pelo município classifica-se como ato
A de autoridade, decorrente do fato de a administração pública ter como atividade limitar as liberdades
individuais em prol da coletividade e interferir na dimensão dos direitos do indivíduo em particular.
B de expediente, pois a permissão para a utilização do espaço público prejudicaria o andamento da
rotina administrativa da prefeitura em razão da festa da padroeira realizada no mesmo dia.
C vinculado, já que não existia alternativa a não ser negar, porque não existe previsão de lei que permita
festa particular em área pública.
D discricionário, pois a administração pública utilizou o poder para adotar a conduta mais conveniente
ao negar o pedido do casal e priorizar as necessidades coletivas.
Gabarito: D
Critério da intervenção da vontade administrativa:
a) Atos simples: decorrem de uma única manifestação de vontade.
b) Atos compostos: decorrem de mais de uma manifestação de vontade, uma principal e
outra acessória, que apenas ratifica a vontade principal.

c) Atos complexos: são oriundos da soma de vontades de órgãos distintos, independentes


entre si e em mesmo patamar hierárquico.
Prazo para revisão de aposentadoria de servidor é de cinco anos da chegada do ato de concessão à
Corte de Contas 19 02 2020

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão realizada nesta quarta-feira (19), decidiu que o
prazo para revisão da legalidade do ato da aposentadoria pelos tribunais de contas é de cinco anos,
contados da data de chegada do ato de concessão do direito ao respectivo tribunal de contas. Por
maioria de votos, o Supremo negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 636553, com repercussão
geral reconhecida.

O colegiado definiu a seguinte tese de repercussão geral (Tema 445): “Os Tribunais de Contas estão
sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas, em
atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima”.
Critério dos efeitos:
a) Atos constitutivos: criam uma nova situação jurídica.
b) Atos declaratórios: apenas confirmam uma situação jurídica ´previamente existente.
Critério da retratabilidade:
a) Atos revogáveis:
b) Atos irrevogáveis:
Não podem ser revogados:
• Atos consumados;
• Atos irrevogáveis;
• Atos que geram direitos adquiridos;
• Atos vinculados;
• Atos enunciativos;
• Atos de controle;
• Atos complexos.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos normativos:
Os atos normativos compreendem a edição de normas gerais e abstratas e decorrem do
Poder Normativo. P. ex.: decreto, aviso, regimento, instrução normativa, resolução.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos ordinatórios:
Os atos ordinatórios dizem respeito a organização e ordenação internas da Administração
e são desdobramentos do Poder Hierárquico. P. ex.: Ordem de serviço, despacho, portaria,
ofício.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos enunciativos:
Atos negociais são aqueles por meio dos quais a administração estabelece conclusões e
opiniões estatais. P.ex.: atestado, certidão, apostila, parecer.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos punitivos:
Os atos punitivos compreendem a aplicação de sanções administrativas. Podem decorrer
do Poder Disciplinar ou do Poder de Polícia.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos negociais:
Nos atos negociais a Administração Pública concede direitos e benefícios aos particulares.
P. ex.: autorização, licença e permissão.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Extinção natural:
a) Cumprimento dos efeitos: diz respeito à execução da situação apresentada no ato.
b) Advento do termo: o fim do prazo estabelecido para a execução do ato.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Renúncia:
O beneficiário renuncia a um ato ampliativo dado pela Administração Público.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Cassação:
Ocorre a cassação quando o beneficiário descumpre os requisitos autorizadores do ato. A
cassação consiste em invalidar um ato administrativo que nasceu regular, mas se tornou
irregular no momento de sua execução.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Caducidade:
Dá-se a caducidade quando lei superveniente prejudica a manutenção do ato até então
válido. A ilegalidade é superveniente e decorre de alteração legislativa, sem culpa do
beneficiário.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Anulação
A anulação é a retirada de atos inválidos, ou seja, ilegais, viciados. Trata-se
de controle de legalidade do ato administrativo.
Lei 9784/1999. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito
Substituto
A Administração Pública pode
A anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja a
segurança jurídica.
B anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
C revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
D revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso
possa gerar quaisquer direitos.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito
Substituto
A Administração Pública pode
A anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja a
segurança jurídica.
B anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
C revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.
D revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso
possa gerar quaisquer direitos.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Revogação:

A revogação é a retirada de um ato válido, mas inoportuno ou inconveniente. Cuida-se de


controle de mérito administrativo.
DIREITO ADMINISTRATIVO
PROF. GUSTAVO BRÍGIDO
Atos administrativos
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Os atributos são as características dos atos administrativos, tratando-se de prerrogativas
de poder público decorrentes do princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado. São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade e de
veracidade, a autoexecutoriedade, a tipicidade e a imperatividade.
Atributos
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Presunção de Legitimidade

Auto-executoriedade

Tipicidade

Imperatividade
Presunção de legitimidade:
O ato, quando editado, presume-se praticado em conformidade com o ordenamento
jurídico. Trata-se de presunção relativa, ou juris tantum, pois admite prova em contrário
por terceiros prejudicados pelo ato. Tal prerrogativa encontra-se presente em todos os
atos administrativos.
Presunção de veracidade:
O ato administrativo é presumidamente verdadeiro, real, dada a fé pública de gozam os
atos da administração pública. Cuida-se, também, de presunção relativa, ou juris tantum,
pois permite prova em contrário por eventuais prejudicados pelo inverídico. A presunção
de veracidade é atributo universal, ou seja, presente em todos os atos
administrativos.
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: PGM - Niterói Prova: FGV - 2023 - PGM - Niterói - Técnico de Procuradoria
João estacionou o seu veículo em uma via pública, no Município de Niterói, acreditando que poderia fazê-lo. Ao retornar de seu compromisso,
verificou que havia sido multado. Consultando a legislação, o indivíduo percebeu que a multa, no caso, daria azo à incidência de sanção pecuniária e
à perda de pontos em sua licença para dirigir veículo automotor, na categoria B, após a observância do contraditório e da ampla defesa, como
consectários do devido processo legal. João, no caso, entende que poderia estacionar no local. Nesse cenário, é correto afirmar que caberá ao:
A particular João demonstrar a existência de algum vício formal no ato administrativo sancionatório, não podendo discutir o conteúdo deste, em
razão da presunção absoluta de veracidade e de legitimidade dos atos administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar
meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor correspondente à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso
não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo, considerando que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à
autoexecutoriedade;
B Município de Niterói comprovar que o particular não poderia estacionar no local, em razão do princípio da legalidade, que rege a Administração
Pública. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor correspondente
à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo, considerando
que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à autoexecutoriedade;
C particular João comprovar que poderia estacionar no local, em razão da presunção relativa de veracidade e de legitimidade dos atos
administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor
correspondente à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo,
considerando que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à autoexecutoriedade;
D Município de Niterói comprovar que o particular não poderia estacionar no local, em razão do princípio da legalidade, que rege a Administração
Pública. O Município, após o exercício do contraditório, poderá, por si só, excutir o valor correspondente à multa do patrimônio de João, por força da
autoexecutoridade dos atos administrativos;
E particular João comprovar que poderia estacionar no local, em razão da presunção relativa de veracidade e de legitimidade dos atos
administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá, por si só, excutir o valor correspondente à multa do patrimônio de João, por
força da autoexecutoridade dos atos administrativos.
Gabarito: C
De fato, o ônus de comprovar a ilegalidade do ato pertenceria ao particular autuado, e não
ao Município. Ademais, a aplicação de multa, em si, é autoexecutória, mas o mesmo não se
pode dizer quanto à sua cobrança. Neste sentido, acaso não seja paga no vencimento, a
Administração somente poderia se valer de meios indiretos de coerção, com fulcro no
atributo da exigibilidade. Não há, realmente, viabilidade jurídica de o ente estatal, por seus
próprios meios, investir contra o patrimônio do particular para obter a satisfação do
crédito decorrente da multa. Portanto, é preciso se valer da via judicial cabível, ou seja,
ajuizamento de execução fiscal, como forma de compelir o particular ao pagamento de sua
dívida.
Autoexecutoriedade:
A autoexecutoriedade dispensa a Administração de ir previamente a juízo para execução
de alguns atos administrativos, mas não afasta a possibilidade de controle judicial a
posteriori.
Nem todos os atos administrativos gozam de autoexecutoriedade. Exemplificativamente,
as multas de trânsito não gozam do referido atributo, pois a sua cobrança demanda ação
judicial.
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-
CE - Técnico Judiciário - Área: Técnico-Administrativa
Assinale a opção em que é apresentado o atributo do ato administrativo que possibilita à
administração pública executar seus próprios atos independentemente de autorização
judicial.
A presunção de legitimidade e veracidade
B exigibilidade
C imperatividade
D autoexecutoriedade
E tipicidade
Gabarito: D
Tipicidade:
Pelo atributo da tipicidade, os atos administrativos devem estar previstos em lei. Segundo
Di Pietro (2019), “a tipicidade só existe com relação aos atos unilaterais; não existe nos
contratos, pois, em relação a eles, não há imposição de vontade da Administração, que
depende sempre da aceitação do particular; nada impede que as partes convencionem um
contrato inominado, desde que atenda melhor ao interesse público e ao do particular”.
Imperatividade:
Pelo atributo da imperatividade, a Administração Pública pode, unilateralmente, impor
restrições e criar obrigações para os administrados.
Ao fazer uso de sua supremacia na relação com os administrados, para impor-lhes
determinada forma de agir, o poder público atua com base na imperatividade dos atos
administrativos.
A imperatividade é o atributo do ato administrativo previsto apenas nos atos que dispõem
acerca de obrigações e deveres aos particulares. Não há que se falar em imperatividade em
atos negociais, a exemplo de autorizações e licenças.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Critério dos destinatários:
a) Atos gerais: atingem uma quantidade indeterminada de pessoas.
b) Atos individuais: atingem uma quantidade determinada de pessoas.
Critério das prerrogativas:
a) Atos de império: a Administração Pública age em relação de supremacia sobre o
particular. P. ex.: multa de trânsito.
b) Atos de gestão: a Administração Pública atua em situação de igualdade com o
particular. P.ex.: alienação de bens móveis apreendidos.
Critério da liberdade de ação:
a) Atos vinculados: não há qualquer margem de escolha na atuação do agente.
b) Atos discricionários: o agente tem certa liberdade de escolha em relação aos critérios
de conveniência e oportunidade para a prática do ato.
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE Prova: CESPE / CEBRASPE -
2023 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - Guarda Municipal
Abadia e Alex pretendiam se casar no dia da festa da padroeira da cidade onde residem. O município o
pedido de autorização, entretanto, negou seu pedido para a interdição de um canto da praia durante o
dia para realização da celebração e festa do casamento, sob a alegação de que a cidade estaria em festa
em comemoração à padroeira.
Nessa situação hipotética, o ato praticado pelo município classifica-se como ato
A de autoridade, decorrente do fato de a administração pública ter como atividade limitar as liberdades
individuais em prol da coletividade e interferir na dimensão dos direitos do indivíduo em particular.
B de expediente, pois a permissão para a utilização do espaço público prejudicaria o andamento da
rotina administrativa da prefeitura em razão da festa da padroeira realizada no mesmo dia.
C vinculado, já que não existia alternativa a não ser negar, porque não existe previsão de lei que permita
festa particular em área pública.
D discricionário, pois a administração pública utilizou o poder para adotar a conduta mais conveniente
ao negar o pedido do casal e priorizar as necessidades coletivas.
Gabarito: D
Critério da intervenção da vontade administrativa:
a) Atos simples: decorrem de uma única manifestação de vontade.
b) Atos compostos: decorrem de mais de uma manifestação de vontade, uma principal e
outra acessória, que apenas ratifica a vontade principal.

c) Atos complexos: são oriundos da soma de vontades de órgãos distintos, independentes


entre si e em mesmo patamar hierárquico.
Prazo para revisão de aposentadoria de servidor é de cinco anos da chegada do ato de concessão à
Corte de Contas 19 02 2020

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão realizada nesta quarta-feira (19), decidiu que o
prazo para revisão da legalidade do ato da aposentadoria pelos tribunais de contas é de cinco anos,
contados da data de chegada do ato de concessão do direito ao respectivo tribunal de contas. Por
maioria de votos, o Supremo negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 636553, com repercussão
geral reconhecida.

O colegiado definiu a seguinte tese de repercussão geral (Tema 445): “Os Tribunais de Contas estão
sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas, em
atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima”.
Critério dos efeitos:
a) Atos constitutivos: criam uma nova situação jurídica.
b) Atos declaratórios: apenas confirmam uma situação jurídica ´previamente existente.
Critério da retratabilidade:
a) Atos revogáveis:
b) Atos irrevogáveis:
Não podem ser revogados:
• Atos consumados;
• Atos irrevogáveis;
• Atos que geram direitos adquiridos;
• Atos vinculados;
• Atos enunciativos;
• Atos de controle;
• Atos complexos.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos normativos:
Os atos normativos compreendem a edição de normas gerais e abstratas e decorrem do
Poder Normativo. P. ex.: decreto, aviso, regimento, instrução normativa, resolução.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos ordinatórios:
Os atos ordinatórios dizem respeito a organização e ordenação internas da Administração
e são desdobramentos do Poder Hierárquico. P. ex.: Ordem de serviço, despacho, portaria,
ofício.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos enunciativos:
Atos negociais são aqueles por meio dos quais a administração estabelece conclusões e
opiniões estatais. P.ex.: atestado, certidão, apostila, parecer.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos punitivos:
Os atos punitivos compreendem a aplicação de sanções administrativas. Podem decorrer
do Poder Disciplinar ou do Poder de Polícia.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos negociais:
Nos atos negociais a Administração Pública concede direitos e benefícios aos particulares.
P. ex.: autorização, licença e permissão.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Extinção natural:
a) Cumprimento dos efeitos: diz respeito à execução da situação apresentada no ato.
b) Advento do termo: o fim do prazo estabelecido para a execução do ato.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Renúncia:
O beneficiário renuncia a um ato ampliativo dado pela Administração Público.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Cassação:
Ocorre a cassação quando o beneficiário descumpre os requisitos autorizadores do ato. A
cassação consiste em invalidar um ato administrativo que nasceu regular, mas se tornou
irregular no momento de sua execução.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Caducidade:
Dá-se a caducidade quando lei superveniente prejudica a manutenção do ato até então
válido. A ilegalidade é superveniente e decorre de alteração legislativa, sem culpa do
beneficiário.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Anulação
A anulação é a retirada de atos inválidos, ou seja, ilegais, viciados. Trata-se
de controle de legalidade do ato administrativo.
Lei 9784/1999. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito
Substituto
A Administração Pública pode
A anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja a
segurança jurídica.
B anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
C revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
D revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso
possa gerar quaisquer direitos.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito
Substituto
A Administração Pública pode
A anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja a
segurança jurídica.
B anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
C revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.
D revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso
possa gerar quaisquer direitos.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Revogação:

A revogação é a retirada de um ato válido, mas inoportuno ou inconveniente. Cuida-se de


controle de mérito administrativo.

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