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1.
declaração do Estado ou de quem
lhe faça as vezes
Competência
Finalidade
Forma
Motivo
Objeto
Elementos Atos Vinculados Atos Discricionários
(Requisitos)
Competência
Finalidade
Forma
Motivo
Objeto
Delegação Avocação
II - a decisão de recursos
administrativos
defeitos sanáveis
- Reforma Admita que novo ato suprima a parte Ato anterior concedia licença e férias a
inválida do ato anterior, mantendo sua um servidor; se se verifica depois que
parte válida. não tinha direito à licença. Pratica-se
novo ato retirando a parte anterior e se
ratifica a parte relativa às férias.
Conveniência + Oportunidade
Motivo + Objeto
Atributos
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Presunção de Legitimidade
Auto-executoriedade
Tipicidade
Imperatividade
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS
Critério dos destinatários
Competência
Finalidade
Forma
Motivo
Objeto
1. Competência:
“Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração”.
FORMAS DE CONVALIDAÇÃO CONCEITO EXEMPLO
- Ratificação É o ato administrativo pelo qual o Um ato com vício de forma pode ser
órgão competente decide sanar um posteriormente ratificado com a
ato inválido anteriormente praticado, adoção da forma legal. O mesmo se dá
suprindo a ilegalidade que o vicia. com o vício de competência.
- Reforma Admita que novo ato suprima a parte Ato anterior concedia licença e férias a
inválida do ato anterior, mantendo sua um servidor; se se verifica depois que
parte válida. não tinha direito à licença. Pratica-se
novo ato retirando a parte anterior e se
ratifica a parte relativa às férias.
O Poder Judiciário não pode, em regra, imiscuir-se no mérito administrativo, sob pena de
violação ao princípio da separação dos poderes. Nada obstante, o Poder Judiciário pode
analisar os aspectos da legalidade dos atos administrativos discricionários, bem assim os
seus limites, ou seja, a razoabilidade e a proporcionalidade.
MÉRITO ADMINISTRATIVO
Presunção de Legitimidade
Auto-executoriedade
Tipicidade
Imperatividade
Presunção de legitimidade:
O ato, quando editado, presume-se praticado em conformidade com o ordenamento
jurídico. Trata-se de presunção relativa, ou juris tantum, pois admite prova em contrário
por terceiros prejudicados pelo ato. Tal prerrogativa encontra-se presente em todos os
atos administrativos.
Presunção de veracidade:
O ato administrativo é presumidamente verdadeiro, real, dada a fé pública de gozam os
atos da administração pública. Cuida-se, também, de presunção relativa, ou juris tantum,
pois permite prova em contrário por eventuais prejudicados pelo inverídico. A presunção
de veracidade é atributo universal, ou seja, presente em todos os atos
administrativos.
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: PGM - Niterói Prova: FGV - 2023 - PGM - Niterói - Técnico de Procuradoria
João estacionou o seu veículo em uma via pública, no Município de Niterói, acreditando que poderia fazê-lo. Ao retornar de seu compromisso,
verificou que havia sido multado. Consultando a legislação, o indivíduo percebeu que a multa, no caso, daria azo à incidência de sanção pecuniária e
à perda de pontos em sua licença para dirigir veículo automotor, na categoria B, após a observância do contraditório e da ampla defesa, como
consectários do devido processo legal. João, no caso, entende que poderia estacionar no local. Nesse cenário, é correto afirmar que caberá ao:
A particular João demonstrar a existência de algum vício formal no ato administrativo sancionatório, não podendo discutir o conteúdo deste, em
razão da presunção absoluta de veracidade e de legitimidade dos atos administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar
meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor correspondente à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso
não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo, considerando que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à
autoexecutoriedade;
B Município de Niterói comprovar que o particular não poderia estacionar no local, em razão do princípio da legalidade, que rege a Administração
Pública. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor correspondente
à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo, considerando
que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à autoexecutoriedade;
C particular João comprovar que poderia estacionar no local, em razão da presunção relativa de veracidade e de legitimidade dos atos
administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor
correspondente à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo,
considerando que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à autoexecutoriedade;
D Município de Niterói comprovar que o particular não poderia estacionar no local, em razão do princípio da legalidade, que rege a Administração
Pública. O Município, após o exercício do contraditório, poderá, por si só, excutir o valor correspondente à multa do patrimônio de João, por força da
autoexecutoridade dos atos administrativos;
E particular João comprovar que poderia estacionar no local, em razão da presunção relativa de veracidade e de legitimidade dos atos
administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá, por si só, excutir o valor correspondente à multa do patrimônio de João, por
força da autoexecutoridade dos atos administrativos.
Gabarito: C
De fato, o ônus de comprovar a ilegalidade do ato pertenceria ao particular autuado, e não
ao Município. Ademais, a aplicação de multa, em si, é autoexecutória, mas o mesmo não se
pode dizer quanto à sua cobrança. Neste sentido, acaso não seja paga no vencimento, a
Administração somente poderia se valer de meios indiretos de coerção, com fulcro no
atributo da exigibilidade. Não há, realmente, viabilidade jurídica de o ente estatal, por seus
próprios meios, investir contra o patrimônio do particular para obter a satisfação do
crédito decorrente da multa. Portanto, é preciso se valer da via judicial cabível, ou seja,
ajuizamento de execução fiscal, como forma de compelir o particular ao pagamento de sua
dívida.
Autoexecutoriedade:
A autoexecutoriedade dispensa a Administração de ir previamente a juízo para execução
de alguns atos administrativos, mas não afasta a possibilidade de controle judicial a
posteriori.
Nem todos os atos administrativos gozam de autoexecutoriedade. Exemplificativamente,
as multas de trânsito não gozam do referido atributo, pois a sua cobrança demanda ação
judicial.
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2023 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área: Técnico-Administrativa
Assinale a opção em que é apresentado o atributo do ato administrativo que
possibilita à administração pública executar seus próprios atos
independentemente de autorização judicial.
A presunção de legitimidade e veracidade
B exigibilidade
C imperatividade
D autoexecutoriedade
E tipicidade
Gabarito: D
Tipicidade:
Pelo atributo da tipicidade, os atos administrativos devem estar previstos em lei. Segundo
Di Pietro (2019), “a tipicidade só existe com relação aos atos unilaterais; não existe nos
contratos, pois, em relação a eles, não há imposição de vontade da Administração, que
depende sempre da aceitação do particular; nada impede que as partes convencionem um
contrato inominado, desde que atenda melhor ao interesse público e ao do particular”.
Imperatividade:
Pelo atributo da imperatividade, a Administração Pública pode, unilateralmente, impor
restrições e criar obrigações para os administrados.
Ao fazer uso de sua supremacia na relação com os administrados, para impor-lhes
determinada forma de agir, o poder público atua com base na imperatividade dos atos
administrativos.
A imperatividade é o atributo do ato administrativo previsto apenas nos atos que dispõem
acerca de obrigações e deveres aos particulares. Não há que se falar em imperatividade em
atos negociais, a exemplo de autorizações e licenças.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Critério dos destinatários:
a) Atos gerais: atingem uma quantidade indeterminada de pessoas.
b) Atos individuais: atingem uma quantidade determinada de pessoas.
Critério das prerrogativas:
a) Atos de império: a Administração Pública age em relação de supremacia sobre o
particular. P. ex.: multa de trânsito.
b) Atos de gestão: a Administração Pública atua em situação de igualdade com o
particular. P.ex.: alienação de bens móveis apreendidos.
Critério da liberdade de ação:
a) Atos vinculados: não há qualquer margem de escolha na atuação do agente.
b) Atos discricionários: o agente tem certa liberdade de escolha em relação aos critérios
de conveniência e oportunidade para a prática do ato.
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE Prova: CESPE / CEBRASPE -
2023 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - Guarda Municipal
Abadia e Alex pretendiam se casar no dia da festa da padroeira da cidade onde residem. O município o
pedido de autorização, entretanto, negou seu pedido para a interdição de um canto da praia durante o
dia para realização da celebração e festa do casamento, sob a alegação de que a cidade estaria em festa
em comemoração à padroeira.
Nessa situação hipotética, o ato praticado pelo município classifica-se como ato
A de autoridade, decorrente do fato de a administração pública ter como atividade limitar as liberdades
individuais em prol da coletividade e interferir na dimensão dos direitos do indivíduo em particular.
B de expediente, pois a permissão para a utilização do espaço público prejudicaria o andamento da
rotina administrativa da prefeitura em razão da festa da padroeira realizada no mesmo dia.
C vinculado, já que não existia alternativa a não ser negar, porque não existe previsão de lei que permita
festa particular em área pública.
D discricionário, pois a administração pública utilizou o poder para adotar a conduta mais conveniente
ao negar o pedido do casal e priorizar as necessidades coletivas.
Gabarito: D
Critério da intervenção da vontade administrativa:
a) Atos simples: decorrem de uma única manifestação de vontade.
b) Atos compostos: decorrem de mais de uma manifestação de vontade, uma principal e
outra acessória, que apenas ratifica a vontade principal.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão realizada nesta quarta-feira (19), decidiu que o
prazo para revisão da legalidade do ato da aposentadoria pelos tribunais de contas é de cinco anos,
contados da data de chegada do ato de concessão do direito ao respectivo tribunal de contas. Por
maioria de votos, o Supremo negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 636553, com repercussão
geral reconhecida.
O colegiado definiu a seguinte tese de repercussão geral (Tema 445): “Os Tribunais de Contas estão
sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas, em
atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima”.
Critério dos efeitos:
a) Atos constitutivos: criam uma nova situação jurídica.
b) Atos declaratórios: apenas confirmam uma situação jurídica ´previamente existente.
Critério da retratabilidade:
a) Atos revogáveis:
b) Atos irrevogáveis:
Não podem ser revogados:
• Atos consumados;
• Atos irrevogáveis;
• Atos que geram direitos adquiridos;
• Atos vinculados;
• Atos enunciativos;
• Atos de controle;
• Atos complexos.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos normativos:
Os atos normativos compreendem a edição de normas gerais e abstratas e decorrem do
Poder Normativo. P. ex.: decreto, aviso, regimento, instrução normativa, resolução.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos ordinatórios:
Os atos ordinatórios dizem respeito a organização e ordenação internas da Administração
e são desdobramentos do Poder Hierárquico. P. ex.: Ordem de serviço, despacho, portaria,
ofício.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos enunciativos:
Atos negociais são aqueles por meio dos quais a administração estabelece conclusões e
opiniões estatais. P.ex.: atestado, certidão, apostila, parecer.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos punitivos:
Os atos punitivos compreendem a aplicação de sanções administrativas. Podem decorrer
do Poder Disciplinar ou do Poder de Polícia.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos negociais:
Nos atos negociais a Administração Pública concede direitos e benefícios aos particulares.
P. ex.: autorização, licença e permissão.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Extinção natural:
a) Cumprimento dos efeitos: diz respeito à execução da situação apresentada no ato.
b) Advento do termo: o fim do prazo estabelecido para a execução do ato.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Renúncia:
O beneficiário renuncia a um ato ampliativo dado pela Administração Público.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Cassação:
Ocorre a cassação quando o beneficiário descumpre os requisitos autorizadores do ato. A
cassação consiste em invalidar um ato administrativo que nasceu regular, mas se tornou
irregular no momento de sua execução.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Caducidade:
Dá-se a caducidade quando lei superveniente prejudica a manutenção do ato até então
válido. A ilegalidade é superveniente e decorre de alteração legislativa, sem culpa do
beneficiário.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Anulação
A anulação é a retirada de atos inválidos, ou seja, ilegais, viciados. Trata-se
de controle de legalidade do ato administrativo.
Lei 9784/1999. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito
Substituto
A Administração Pública pode
A anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja a
segurança jurídica.
B anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
C revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
D revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso
possa gerar quaisquer direitos.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito
Substituto
A Administração Pública pode
A anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja a
segurança jurídica.
B anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
C revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.
D revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso
possa gerar quaisquer direitos.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Revogação:
Presunção de Legitimidade
Auto-executoriedade
Tipicidade
Imperatividade
Presunção de legitimidade:
O ato, quando editado, presume-se praticado em conformidade com o ordenamento
jurídico. Trata-se de presunção relativa, ou juris tantum, pois admite prova em contrário
por terceiros prejudicados pelo ato. Tal prerrogativa encontra-se presente em todos os
atos administrativos.
Presunção de veracidade:
O ato administrativo é presumidamente verdadeiro, real, dada a fé pública de gozam os
atos da administração pública. Cuida-se, também, de presunção relativa, ou juris tantum,
pois permite prova em contrário por eventuais prejudicados pelo inverídico. A presunção
de veracidade é atributo universal, ou seja, presente em todos os atos
administrativos.
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: PGM - Niterói Prova: FGV - 2023 - PGM - Niterói - Técnico de Procuradoria
João estacionou o seu veículo em uma via pública, no Município de Niterói, acreditando que poderia fazê-lo. Ao retornar de seu compromisso,
verificou que havia sido multado. Consultando a legislação, o indivíduo percebeu que a multa, no caso, daria azo à incidência de sanção pecuniária e
à perda de pontos em sua licença para dirigir veículo automotor, na categoria B, após a observância do contraditório e da ampla defesa, como
consectários do devido processo legal. João, no caso, entende que poderia estacionar no local. Nesse cenário, é correto afirmar que caberá ao:
A particular João demonstrar a existência de algum vício formal no ato administrativo sancionatório, não podendo discutir o conteúdo deste, em
razão da presunção absoluta de veracidade e de legitimidade dos atos administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar
meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor correspondente à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso
não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo, considerando que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à
autoexecutoriedade;
B Município de Niterói comprovar que o particular não poderia estacionar no local, em razão do princípio da legalidade, que rege a Administração
Pública. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor correspondente
à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo, considerando
que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à autoexecutoriedade;
C particular João comprovar que poderia estacionar no local, em razão da presunção relativa de veracidade e de legitimidade dos atos
administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá usar meios indiretos de coerção para garantir o pagamento do valor
correspondente à multa, em razão da exigibilidade dos atos administrativos. Caso não haja o pagamento, deverá ingressar com uma ação em juízo,
considerando que, no caso narrado, o ato administrativo não faz jus à autoexecutoriedade;
D Município de Niterói comprovar que o particular não poderia estacionar no local, em razão do princípio da legalidade, que rege a Administração
Pública. O Município, após o exercício do contraditório, poderá, por si só, excutir o valor correspondente à multa do patrimônio de João, por força da
autoexecutoridade dos atos administrativos;
E particular João comprovar que poderia estacionar no local, em razão da presunção relativa de veracidade e de legitimidade dos atos
administrativos. O Município, após o exercício do contraditório, poderá, por si só, excutir o valor correspondente à multa do patrimônio de João, por
força da autoexecutoridade dos atos administrativos.
Gabarito: C
De fato, o ônus de comprovar a ilegalidade do ato pertenceria ao particular autuado, e não
ao Município. Ademais, a aplicação de multa, em si, é autoexecutória, mas o mesmo não se
pode dizer quanto à sua cobrança. Neste sentido, acaso não seja paga no vencimento, a
Administração somente poderia se valer de meios indiretos de coerção, com fulcro no
atributo da exigibilidade. Não há, realmente, viabilidade jurídica de o ente estatal, por seus
próprios meios, investir contra o patrimônio do particular para obter a satisfação do
crédito decorrente da multa. Portanto, é preciso se valer da via judicial cabível, ou seja,
ajuizamento de execução fiscal, como forma de compelir o particular ao pagamento de sua
dívida.
Autoexecutoriedade:
A autoexecutoriedade dispensa a Administração de ir previamente a juízo para execução
de alguns atos administrativos, mas não afasta a possibilidade de controle judicial a
posteriori.
Nem todos os atos administrativos gozam de autoexecutoriedade. Exemplificativamente,
as multas de trânsito não gozam do referido atributo, pois a sua cobrança demanda ação
judicial.
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-
CE - Técnico Judiciário - Área: Técnico-Administrativa
Assinale a opção em que é apresentado o atributo do ato administrativo que possibilita à
administração pública executar seus próprios atos independentemente de autorização
judicial.
A presunção de legitimidade e veracidade
B exigibilidade
C imperatividade
D autoexecutoriedade
E tipicidade
Gabarito: D
Tipicidade:
Pelo atributo da tipicidade, os atos administrativos devem estar previstos em lei. Segundo
Di Pietro (2019), “a tipicidade só existe com relação aos atos unilaterais; não existe nos
contratos, pois, em relação a eles, não há imposição de vontade da Administração, que
depende sempre da aceitação do particular; nada impede que as partes convencionem um
contrato inominado, desde que atenda melhor ao interesse público e ao do particular”.
Imperatividade:
Pelo atributo da imperatividade, a Administração Pública pode, unilateralmente, impor
restrições e criar obrigações para os administrados.
Ao fazer uso de sua supremacia na relação com os administrados, para impor-lhes
determinada forma de agir, o poder público atua com base na imperatividade dos atos
administrativos.
A imperatividade é o atributo do ato administrativo previsto apenas nos atos que dispõem
acerca de obrigações e deveres aos particulares. Não há que se falar em imperatividade em
atos negociais, a exemplo de autorizações e licenças.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Critério dos destinatários:
a) Atos gerais: atingem uma quantidade indeterminada de pessoas.
b) Atos individuais: atingem uma quantidade determinada de pessoas.
Critério das prerrogativas:
a) Atos de império: a Administração Pública age em relação de supremacia sobre o
particular. P. ex.: multa de trânsito.
b) Atos de gestão: a Administração Pública atua em situação de igualdade com o
particular. P.ex.: alienação de bens móveis apreendidos.
Critério da liberdade de ação:
a) Atos vinculados: não há qualquer margem de escolha na atuação do agente.
b) Atos discricionários: o agente tem certa liberdade de escolha em relação aos critérios
de conveniência e oportunidade para a prática do ato.
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE Prova: CESPE / CEBRASPE -
2023 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - Guarda Municipal
Abadia e Alex pretendiam se casar no dia da festa da padroeira da cidade onde residem. O município o
pedido de autorização, entretanto, negou seu pedido para a interdição de um canto da praia durante o
dia para realização da celebração e festa do casamento, sob a alegação de que a cidade estaria em festa
em comemoração à padroeira.
Nessa situação hipotética, o ato praticado pelo município classifica-se como ato
A de autoridade, decorrente do fato de a administração pública ter como atividade limitar as liberdades
individuais em prol da coletividade e interferir na dimensão dos direitos do indivíduo em particular.
B de expediente, pois a permissão para a utilização do espaço público prejudicaria o andamento da
rotina administrativa da prefeitura em razão da festa da padroeira realizada no mesmo dia.
C vinculado, já que não existia alternativa a não ser negar, porque não existe previsão de lei que permita
festa particular em área pública.
D discricionário, pois a administração pública utilizou o poder para adotar a conduta mais conveniente
ao negar o pedido do casal e priorizar as necessidades coletivas.
Gabarito: D
Critério da intervenção da vontade administrativa:
a) Atos simples: decorrem de uma única manifestação de vontade.
b) Atos compostos: decorrem de mais de uma manifestação de vontade, uma principal e
outra acessória, que apenas ratifica a vontade principal.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão realizada nesta quarta-feira (19), decidiu que o
prazo para revisão da legalidade do ato da aposentadoria pelos tribunais de contas é de cinco anos,
contados da data de chegada do ato de concessão do direito ao respectivo tribunal de contas. Por
maioria de votos, o Supremo negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 636553, com repercussão
geral reconhecida.
O colegiado definiu a seguinte tese de repercussão geral (Tema 445): “Os Tribunais de Contas estão
sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas, em
atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima”.
Critério dos efeitos:
a) Atos constitutivos: criam uma nova situação jurídica.
b) Atos declaratórios: apenas confirmam uma situação jurídica ´previamente existente.
Critério da retratabilidade:
a) Atos revogáveis:
b) Atos irrevogáveis:
Não podem ser revogados:
• Atos consumados;
• Atos irrevogáveis;
• Atos que geram direitos adquiridos;
• Atos vinculados;
• Atos enunciativos;
• Atos de controle;
• Atos complexos.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos normativos:
Os atos normativos compreendem a edição de normas gerais e abstratas e decorrem do
Poder Normativo. P. ex.: decreto, aviso, regimento, instrução normativa, resolução.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos ordinatórios:
Os atos ordinatórios dizem respeito a organização e ordenação internas da Administração
e são desdobramentos do Poder Hierárquico. P. ex.: Ordem de serviço, despacho, portaria,
ofício.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos enunciativos:
Atos negociais são aqueles por meio dos quais a administração estabelece conclusões e
opiniões estatais. P.ex.: atestado, certidão, apostila, parecer.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos punitivos:
Os atos punitivos compreendem a aplicação de sanções administrativas. Podem decorrer
do Poder Disciplinar ou do Poder de Polícia.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos negociais:
Nos atos negociais a Administração Pública concede direitos e benefícios aos particulares.
P. ex.: autorização, licença e permissão.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Extinção natural:
a) Cumprimento dos efeitos: diz respeito à execução da situação apresentada no ato.
b) Advento do termo: o fim do prazo estabelecido para a execução do ato.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Renúncia:
O beneficiário renuncia a um ato ampliativo dado pela Administração Público.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Cassação:
Ocorre a cassação quando o beneficiário descumpre os requisitos autorizadores do ato. A
cassação consiste em invalidar um ato administrativo que nasceu regular, mas se tornou
irregular no momento de sua execução.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Caducidade:
Dá-se a caducidade quando lei superveniente prejudica a manutenção do ato até então
válido. A ilegalidade é superveniente e decorre de alteração legislativa, sem culpa do
beneficiário.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Anulação
A anulação é a retirada de atos inválidos, ou seja, ilegais, viciados. Trata-se
de controle de legalidade do ato administrativo.
Lei 9784/1999. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito
Substituto
A Administração Pública pode
A anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja a
segurança jurídica.
B anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
C revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
D revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso
possa gerar quaisquer direitos.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-MG Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito
Substituto
A Administração Pública pode
A anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja a
segurança jurídica.
B anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
C revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.
D revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso
possa gerar quaisquer direitos.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Revogação: