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Sumário
Liberdade provisória .......................................................................................................................................... 3
Quem tem direito a liberdade provisória? .................................................................................................... 3
Qual a finalidade da liberdade provisória?.................................................................................................... 3
Quando a pessoa está em liberdade provisória? .......................................................................................... 3
Fiança ................................................................................................................................................................. 5
Finalidade da fiança ....................................................................................................................................... 5
Resumo das Finalidades da fiança: ............................................................................................................ 5
Delegado pode arbitrar fiança? ................................................................................................................. 5
Valores da fiança ........................................................................................................................................... 5
CONDIÇÕES DA FIANÇA ................................................................................................................................. 6
Vai cair na sua prova.......................................................................................................................................... 8
Questões ............................................................................................................................................................ 9

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PROCESSO PENAL
LIBERDADE PROVISÓRIA
A liberdade provisória consiste em um direito do acusado de um crime, também
previsto no art. 5º, inc. LXVI, da Constituição Federal de 1988, dispondo que
“ninguém será levado à prisão e nela mantido, quando a lei admitir
liberdade provisória, com ou sem fiança”.

A exceção sempre será a prisão, a regra é que o indivíduo cumpra a pena em


liberdade.

QUEM TEM DIREITO A LIBERDADE PROVISÓRIA?


O juiz deverá deferir a liberdade provisória para quem não preencher os requisitos da prisão
preventiva. O fundamento da liberdade provisória está descrito no art. 312 do CPP.
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia
da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

QUAL A FINALIDADE DA LIBERDADE PROVISÓRIA?


A liberdade provisória é um desses termos, ela consiste em um benefício constitucional
garantido ao acusado para que este responda o processo livre de prisão cautelar, isto é,
em liberdade, com ou sem o arbitramento de fiança ou outras medidas cautelares.

QUANDO A PESSOA ESTÁ EM LIBERDADE PROVISÓRIA?


A liberdade provisória pode ser concedida, com ou sem fiança, no caso de prisão em flagrante,
em que o procedimento não tiver nenhuma violação das normas previstas em lei, conforme o
artigo 310, inciso III do Código de Processo Penal.
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo
máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão,
o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública
e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.


Beleza Bruno, já entendi a situação da liberdade provisória mas também sei que há crimes
em que ela não é possível. Quais são?
Iremos apelar novamente para o texto de lei, mas antes fique com resumo dos crimes que
não admitem a fiança.
• RACISMO
• CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS
• AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS CONTRA A ORDEM CONSTITUCIONAL E O ESTADO
DEMOCRÁTICO DE DIREITO

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• CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL APENADOS COM
RECLUSÃO, SE PRESENTES OS MOTIVOS DA PREVENTIVA – LEI 7.492/86
SÚMULA 697, STF
A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não
veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo.

Nosso ordenamento jurídico é uma verdade bagunça, e por vezes (raro mas acontece
sempre) há dispositivos que não batem com o princípio da razoabilidade, presunção de
inocência e devido processo legal.
É aí que surge a ADI – 3112-1 e torna alguns dispositivos legislativos inconstitucionais.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade, também conhecida como Ação


Direta de Inconstitucionalidade Genérica é um instrumento utilizado no
chamado controle direto da constitucionalidade das leis e atos
normativos, exercido perante o Supremo Tribunal Federal brasileiro.

Dispositivos declarados inconstitucionais no que tange a proibição de liberdade


provisória:
• PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO
• DISPARO DE ARMA DE FOGO
Os dispositivos acima não permitiam a liberdade provisória com fiança

• POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO


• COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO
• TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO
Os dispositivos acima não permitiam a liberdade provisória com ou sem
fiança

Art. 323. Não será concedida fiança:


I - nos crimes de racismo;
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:


I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança
anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer
das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código;
II - em caso de prisão civil ou militar;
III - (revogado)
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da
prisão preventiva (art. 312).

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FIANÇA
Fiança Judicial é um direito do acusado e garantido pela Constituição Federal, onde
mediante pagamento de determinado valor e cumprimento de certas obrigações conserva sua
liberdade até a final sentença condenatória.
Conceito doutrinário: “garantia real, consistente no pagamento em dinheiro ou na
entrega de valores ao Estado, para assegurar o direito de permanecer em liberdade, no
transcurso de um processo criminal”
(NUCCI, 2008, p. 619)

FINALIDADE DA FIANÇA
A fiança paga por uma pessoa acusada criminalmente, segundo o Código de Processo
Penal (CPP), é uma caução que serve para eventual pagamento de multa, de despesas
processuais e de indenização no caso de sua condenação judicial transitada em julgado
(definitiva).
É possível perder a fiança?
O instituto da perda da fiança ocorre quando o condenado definitivamente,
após devidamente intimado, não se apresenta para iniciar o cumprimento de pena
imposta em sentença condenatória, seja a pena privativa de liberdade ou restritiva
de direitos. Inteligência do art. 366, do CPP

RESUMO DAS FINALIDADES DA FIANÇA:


1. Assegurar a liberdade provisória do indivíduo acusado de cometer determinado crime.

2. Possibilitar o pagamento das custas processuais, indenização do dano causado pelo crime e
aplicação da multa (prestação pecuniária do crime)

DELEGADO PODE ARBITRAR FIANÇA?


A resposta está no nosso Código
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos
casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja
superior a 4 (quatro) anos.
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz,
que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.

No caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, o crime de descumprimento de


medida protetiva de urgência – art. 24-A da Lei 11.340/06, embora possua pena privativa de
liberdade máxima cominada inferior a 4 anos, o que, em tese, permitiria a concessão de fiança
pela autoridade policial, só é autorizada por parte do juiz – art. 24-A, §2º da Lei 11.340/06.

VALORES DA FIANÇA
Leia o artigo 325 do CPP
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a
conceder nos seguintes limites:

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I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de
infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for
superior a 4 (quatro) anos;
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo
da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro)
anos.

§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança


poderá ser:
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código;
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes.

Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em


consideração a natureza da infração, as condições pessoais de
fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias
indicativas de sua periculosidade, bem como a importância
provável das custas do processo, até final julgamento.
Resumo dos critérios do artigo 326
• NATUREZA DA INFRAÇÃO
• CONDIÇÕES PESSOAIS DE FORTUNA E VIDA PREGRESSA DO ACUSADO
• PERICULOSIDADE
• IMPORTÂNCIA PROVÁVEL DAS CUSTAS DO PROCESSO, ATÉ FINAL
JULGAMENTO

VALORES DA FIANÇA
Quem reduz?
- Juiz
- Autoridade policial

Quem pode aumentar o valor?


- Juiz
Não há nenhuma restrição proibindo a autoridade policial

Pode haver a não aplicação?


- Pode sim, nesse caso será responsabilidade do juiz
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a
situação econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade
provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e
328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o caso.

CONDIÇÕES DA FIANÇA
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a
comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for intimado
para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento.
Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como quebrada.

Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da


fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade
processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua

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residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será
encontrado.

Em caso de descumprimento de qualquer dessas condições, a fiança estará


QUEBRADA.

Já sabe né? Prá,prá, presídio


(só quem é de Pernambuco vai pegar essa referência)

Fonte: Professora Lívia Fernandes

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VAI CAIR NA SUA PROVA
1. Se a prisão for ilegal, o remédio adotado não será a liberdade provisória, mas sim o
relaxamento de prisão.
2. A liberdade provisória poderá ser estabelecida com ou sem fiança
3. a fiança também tem força de medida cautelar
4. A fiança poderá ser concedia a qualquer tempo, desde a prisão em flagrante até o trânsito
em julgado da decisão condenatória
5. Na liberdade provisória com fiança, o MP só será ouvido após a concessão da fiança
6. O valor da fiança será ainda integralmente restituído se o agente for absolvido ou for extinta
a punibilidade (salvo: quando a extinção da punibilidade envolver apenas a pretensão
executória, nesse caso, as custas e as indenizações podem ser retiradas).
7. Súmula 332 do STJ: “A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a
ineficácia total da garantia
8. Caso a fiança seja cassada, é possível a restauração através de Recurso em Sentido Estrito

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QUESTÕES
DA PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA
1. (PJC-MT)
De acordo com a legislação processual penal, se o crime envolver violência doméstica e
familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência,
para garantir a execução das medidas protetivas de urgência, será admitida a decretação
de prisão
a) domiciliar.
b) temporária.
c) preventiva.
d) definitiva.
e) resultante de pronúncia.
2. (PC-SP)
Com relação à prisão preventiva prevista no Código de Processo Penal, assinale a
alternativa correta.
a) Não poderá ser decretada pelo juiz a requerimento do assistente da acusação.
b) Será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de
cumprimento de pena.
c) Poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas
por força de outras medidas cautelares.
d) Não será, em qualquer hipótese, admitida a prisão preventiva quando houver dúvida
sobre a identidade civil da pessoa.

3. (PC-SP)
Com relação à prisão e medidas cautelares diversas da prisão, de acordo com o Código
de Processo Penal, é correto afirmar que
a) a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar deverá sempre ser
acompanhada pela imposição de outras medidas cautelares diversas à prisão.
b) a Autoridade Policial poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa
de liberdade máxima não seja superior a 04 anos e, uma vez verificando a
impossibilidade econômica do preso, poderá sujeitá-lo, em substituição, a outras
medidas cautelares alternativas.
c) a não realização de audiência de custódia no prazo de 48 horas, contado da prisão em
flagrante, ensejará sua ilegalidade e imediato relaxamento, restando vedada a posterior
decretação de prisão preventiva.
d) a medida cautelar de proibição de acesso ou frequência a determinados lugares pode ser
determinada pela Autoridade Policial, sempre que, por circunstâncias relacionadas ao
fato, deva o investigado permanecer distante.
e) o descumprimento de obrigações impostas por força de medidas cautelares diversas da
prisão poderá ensejar a decretação de prisão preventiva.

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4. (PC – RJ)
Em relação às garantias constitucionais do processo penal, é correto afirmar que:
a) após a prisão preventiva, o delegado deve entregar nota de culpa ao preso;
b) a materialização do direito à informação sobre a prisão se dá na realização da audiência
de custódia;
c) deixar de identificar-se por ocasião da prisão dá causa à nulidade, mas não configura
crime;
d) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por seu interrogatório policial;
e) a nota de culpa, entregue após a prisão preventiva, deve conter nome do condutor e
motivo da prisão.

5. (PC – RJ)
Policiais militares estavam em patrulhamento de rotina, quando avistaram indivíduos
que fugiram ao ver a viatura policial, um dos quais entrou em sua residência. Sem que
houvesse denúncia anônima e sem autorização judicial, a guarnição policial ingressou
na residência, momento em que se logrou apreender entorpecentes. Apresentando a
ocorrência na unidade de Polícia Judiciária, a guarnição policial fez constar que um
vizinho teria autorizado o ingresso na residência.

Diante desse cenário, é correto afirmar que a prisão é:


a) ilegal, diante da ausência de prévia autorização judicial para busca na residência;
b) legal, por haver flagrante de crime permanente, o que dispensa a prévia autorização
judicial;
c) legal, diante do consentimento válido do vizinho para ingresso na residência;
d) legal, diante da configuração de justa causa para a ação policial;
e) ilegal, pois a busca e apreensão não poderia ser executada pela Polícia Militar.

6. (PC – RJ)
Sobre as medidas cautelares pessoais, é correto afirmar que:
a) a situação de pandemia criou direito subjetivo ao desencarceramento das pessoas
privadas de liberdade;
b) a oferta de assistência médica no presídio não altera a avaliação sobre a manutenção da
prisão em meio à pandemia;
c) o contexto de disseminação da Covid-19 em cada ambiente carcerário não altera a
avaliação sobre a manutenção da prisão;
d) mesmo durante a pandemia persiste o direito da coletividade em ver preservada a
segurança pública;
e) a especial vulnerabilidade de alguns presos não altera a avaliação sobre a manutenção
da prisão em meio à pandemia.

7. (PC – RJ)
Sobre o uso de algemas, é correto afirmar que:
a) é possível o uso de algema de calcanhar, acompanhada ou não das algemas de pulso,
para evitar o risco de fuga do réu;

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b) não é possível seu uso no réu durante a Sessão Plenária do Júri, em razão do risco de
influência dos jurados;
c) a opinião de policiais responsáveis pela escolta sobre a garantia da segurança dos
presentes é irrelevante;
d) a necessidade de preservar a integridade física dos próprios policiais não pode ser
invocada como fundamento válido;
e) não é possível seu uso no réu durante a realização da oitiva na audiência de custódia.

8. (PC – RN)
Kevin foi preso pela prática do crime de lesão corporal grave (Art. 129, §1º, inciso I, do
CP), com pena de reclusão de 1 a 5 anos.

Considerando o crime praticado por Kevin, a fiança:


a) não poderá ser fixada pela autoridade policial, mas tão só pelo magistrado, pois
relevante para tal definição a pena máxima prevista em abstrato e não a mínima;
b) poderá ser fixada pela autoridade policial, em razão da pena mínima cominada ao delito
praticado;
c) não poderá ser concedida em nenhuma espécie, considerando a pena em abstrato do
delito, ainda que não tenha natureza de crime hediondo;
d) não poderá ser substituída, uma vez fixada, por liberdade provisória ou dispensada pelo
magistrado, ainda que se trate de acusado economicamente pobre;
e) não poderá ser concedida na delegacia nem em juízo, por tratar-se de crime equiparado
a hediondo.
9. (PC – PA)
Acerca do instituto da fiança, assinale a alternativa correta.
a) Não será concedida fiança quando presentes os motivos que autorizam a decretação da
prisão preventiva.
b) Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a personalidade,
as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias
indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das custas da
investigação.
c) O réu afiançado livra-se de quaisquer medidas cautelares, incluindo a mudança de
endereço e a ausência de sua residência por tempo indeterminado.
d) O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder em alguns limites, dentre
os quais de um a cem salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade
cominada for superior a quatro anos.
e) A fiança, que será sempre definitiva, consistirá unicamente em depósito de dinheiro ou
em hipoteca inscrita em primeiro lugar.
10. (PC – RN)
No curso de investigação policial, após a colheita dos elementos de informação, foi
apurado que Robson praticou o crime de homicídio contra Marcelo e que o agente
planejava fugir do país para evitar responder pelo crime.

Considerando o fato narrado, Robson poderá ser preso:

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a) em flagrante exclusivamente pela autoridade policial;
b) em flagrante pela autoridade policial ou por qualquer do povo;
c) preventivamente, por ordem da autoridade judiciária competente, que, contudo, não
poderá decidir de ofício;
d) temporariamente, de ofício ou após requerimento do Ministério Público ou
representação da autoridade policial;
e) preventivamente, por ordem da autoridade policial responsável pelo inquérito ou por
decisão judicial, de ofício ou a requerimento do Ministério Público.

11. (PC – PB)


Não será possível a decretação de prisão preventiva
a) do autor de crime doloso.
b) do autor de crimes que se apurem mediante ação penal privada.
c) do autor de crime punido com reclusão, cuja pena mínima seja inferior a quatro anos.
d) quando se apurar que o agente praticou o fato em exercício regular do direito.
e) se o agente se apresentar espontaneamente perante a autoridade policial após a prática
do delito.
12. (PC – PB)
As justificativas para a decretação da prisão preventiva não incluem a
a) garantia da ordem pública.
b) gravidade do delito.
c) conveniência da aplicação da lei penal.
d) existência de prova da existência do crime.
e) existência de indícios suficientes de autoria.
13. (PC – DF)
Considera-se flagrante diferido o(a)
a) ação policial de monitoramento e controle das ações criminosas desenvolvidas,
transferindo-se o flagrante para momento de maior visibilidade das responsabilidades
penais.
b) obtido a partir de uma provocação do agente criminoso para controlar a ação delituosa
e evitar o crime, com base na política criminal hodierna.
c) lavrado quando o agente é perseguido, logo após o crime, pela autoridade policial, pelo
ofendido ou por qualquer pessoa em situação que indique ser ele o autor da infração.
d) modalidade de flagrante proibida pela legislação processual penal brasileira, em que a
autoridade policial, tendo notícia da prática de futura infração, coloca-se
estrategicamente de modo a impedir a consumação do crime.
e) realizado em momento imediatamente após a prática do crime, se o agente for
encontrado com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o
autor da infração.

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14. (PC – BA)
Em relação às prisões, assinale a alternativa correta.
a) As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem
definitivamente condenadas, ressalvada a impossibilidade da separação em despacho
fundamentado da Autoridade Judiciária.
b) Uma vez requerida a prisão temporária pela Autoridade Policial, antes de decidir o Juiz
ouvirá o Ministério Público.
c) O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de
motivo para que subsista, ficando impedido de decretá-la novamente.
d) No caso de prisão em flagrante, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa,
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das
testemunhas, no prazo improrrogável de quarenta e oito horas a contar da lavratura do
auto de prisão em flagrante.
e) Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior
de 70 (setenta) anos.

15. (PC – ES)


Sobre as prisões cautelares admitidas no ordenamento jurídico brasileiro, assinale a
alternativa que reproduz corretamente conceito jurídico ou dispositivo legal.
a) Considera-se em flagrante delito quem é perseguido, pela autoridade, pelo ofendido ou
por qualquer pessoa, logo após ocorrer situação que faça suspeitar ser ele o autor da
infração.
b) A falta de testemunhas da infração impedirá o auto de prisão em flagrante ainda que com
o condutor assinem outras duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do
preso à autoridade.
c) Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá, fundamentadamente, relaxar a
prisão ilegal com arbitramento de fiança.
d) Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo
apresentado à do lugar mais próximo, quando, por motivos de saúde, não puder
aguardar o restabelecimento da primeira.
e) Considera-se em flagrante delito quem é encontrado, logo depois, com instrumentos,
armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
16. (PC – ES)
"Flagrante" significa o manifesto, ou evidente, e o ato que se pode observar no exato
momento de sua ocorrência. Sobre a prisão em flagrante e suas eventuais conversões,
assinale a alternativa correta.
a) A prisão em flagrante é uma modalidade de execução provisória da pena.
b) A prisão em flagrante só pode ocorrer mediante a expedição de mandado judicial prévio
que possibilite a identificação e localização do acusado.
c) Sendo modalidade de prisão cautelar, a prisão em flagrante só é cabível em crimes
afiançáveis em que a pena abstrata seja superior a 4 anos de privação de liberdade
máxima.

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d) A prisão em flagrante é a modalidade de prisão cautelar, de natureza administrativa,
realizada no instante em que se desenvolve ou termina de se concluir a infração penal
(crime ou contravenção penal).
e) A prisão em flagrante pode ser convertida em prisão temporária, mas a prisão
preventiva só pode advir de decisão judicial fundamentada enquanto estiver solto o
acusado.
17. (PC – ES)
Acerca dos valores da fiança, assinale a alternativa correta.
a) Será de 1 a 100 salário mínimos quando se tratar de infração cuja pena privativa de
liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 anos.
b) Será de 20 a 200 salários mínimos quando o máximo da pena privativa de liberdade
cominada for superior a 4 anos.
c) A depender da situação econômica do preso, a fiança poderá ser reduzida em até 2/5.
d) A depender da situação econômica do preso, a fiança poderá ser aumentada em até 100
vezes.
e) Em nenhuma hipótese, a fiança será dispensável.
18. (PC – GO)
Impor-se-á prisão em flagrante:
a) a Deputado Federal flagrado na prática de crime de estelionato.
b) à pessoa que for flagrada transportando, para consumo pessoal, drogas, em desacordo
com determinação legal.
c) à pessoa que, flagrada na prática de crime de menor potencial ofensivo, tiver termo
circunstanciado de ocorrência lavrado e assumir compromisso de comparecer ao
juizado especial criminal.
d) à pessoa flagrada na prática de crime de furto simples de coisa avaliada em R$ 50,00
(cinquenta reais).
e) ao condutor de veículo, no caso de homicídio culposo na direção de veículo automotor,
que prestar à vítima pronto e integral socorro.
19. (PC – PI)
Quanto à prisão em flagrante é CORRETO, de acordo com o Código de Processo Penal,
afirmar:
a) é possível a prisão em flagrante àquele que é perseguido pela autoridade, independente
de presunção acerca da autoria da infração.
b) qualquer do povo, as autoridades policiais e seus agentes poderão prender quem quer
que seja encontrado em flagrante delito.
c) a falta de testemunhas da infração impede o auto de prisão em flagrante.
d) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados, em um prazo
de 48h (quarenta e oito horas) ao juiz competente, ao Ministério Público, em um prazo
de até 05 (cinco) dias e à família do preso ou à pessoa por ele indicada, imediatamente.
e) qualquer do povo poderá prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

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20. (PC – GO)
A situação em que um indivíduo é preso em flagrante delito por ser surpreendido logo
após cometer um homicídio caracteriza um
a) flagrante presumido.
b) flagrante impróprio.
c) flagrante assimilado.
d) flagrante próprio.
e) quase-flagrante.

GABARITO
1- C
2- C
3- E
4- D
5- A
6- D
7- A
8- A
9- A
10- C
11- D
12- B
13- A
14- B
15- E
16- D
17- A
18- D
19- E
20- D

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