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DIREITO PROCESSUAL PENAL

Prisões e liberdades

AMANDA MARINS GOMES DE MATOS - RA: 022156


CAROLINE MENEGUELO DE ARAÚJO - RA: 054531
CARLOS HENRIQUE DE ARAÚJO SANTOS - RA: 061503
MARJORIE DOS SANTOS LAUDINO - RA:062305
MARIA CLARA SILVA VIANA - RA:175473
1- INTRODUÇÃO

Desde os tempos antigos, o uso da prisão como um método de punição e reabilitação tem sido um
componente vital das sociedades humanas.
O conceito de prisão está profundamente enraizado na noção de justiça, servindo como um meio de
responsabilizar as pessoas por suas ações e impedir que outras se envolvam em comportamentos
semelhantes .
O uso de prisões também gerou discussão e controvérsia devido a preocupações sobre sua eficácia,
justiça e efeitos sobre as liberdades individuais, a principal crítica ao encarceramento é seu
potencial de violar as liberdades pessoais, a privação da liberdade de alguém , um direito humano
fundamental , envolvendo a pena de restrição de liberdade.
O uso da prisão também pode levar à perda de autonomia, pois os indivíduos são submetidos a um
ambiente altamente regulamentado e estruturado, além disso, o impacto do encarceramento não se
limita aos próprios encarcerados, mas também afeta suas famílias e comunidades, que podem sofrer
estigma social e dificuldades econômicas.
Apesar dessas preocupações, a prisão continua sendo uma forma amplamente utilizada de punição e
reabilitação em muitos países.
O uso da prisão é frequentemente justificado com base na segurança pública e na necessidade de
proteger a sociedade daqueles que representam uma ameaça para os outros. No entanto, a eficácia
do encarceramento em atingir esses objetivos tem sido questionada, com evidências sugerindo que o
encarceramento pode não necessariamente levar à redução das taxas de criminalidade ou à melhoria
da segurança pública.
Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente em abordagens alternativas de punição e
reabilitação, que priorizam a proteção das liberdades individuais e se concentram em abordar as
causas subjacentes do comportamento criminoso. Essas abordagens incluem a justiça restaurativa,
que enfatiza a reparação do dano causado pelo comportamento criminoso e a promoção da
reconciliação entre vítimas e infratores, e programas baseados na comunidade que fornecem apoio e
recursos a indivíduos que estiveram envolvidos no sistema de justiça criminal.

2- FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

O tema aqui abordado, pode ser encontrado em diferentes fontes legais e normativos,
que estabelecem um conjunto de regras e princípios jurídicos para proteger os direitos fundamentais
dos indivíduos.Em síntese, as questões relacionadas às prisões e liberdades podem ser encontradas
na Constituição Federal, no Código de Processo Penal, na Lei de Execução Penal, em tratados e
convenções internacionais, assim como em outras fontes legais e normativas. Essas fontes visam
garantir os direitos fundamentais e estabelecer um equilíbrio entre a liberdade individual e a
proteção da sociedade.

É fundamental destacar que a interpretação e aplicação desses artigos podem variar conforme o
entendimento dos órgãos judiciais e a legislação complementar vigente.
Constituição Federal -

Artigo 5º: é um dos mais importantes e abrangentes da Constituição brasileira. Ele estabelece
diversos direitos e garantias fundamentais, incluindo aqueles relacionados às prisões e liberdades
individuais. Alguns dos principais dispositivos são:
Inciso III: ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
Inciso LXI: ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei”.
inciso LXIII: o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
lhe assegurada a assistência da família e de advogado.
inciso LXIV: "o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial
Inciso LXV: a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.
Inciso LXVI: "ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança”.
Inciso LXVII: não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.
Inciso LXVIII: "conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”.
Inciso LXXV: "o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença”.

Artigo 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.     

Artigo 144: A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.

Artigo 144, § 4º: Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares.

Artigo 93, inciso IX: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à in-
formação;    

Código de Processo Penal

Artigo 282: As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a:     
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;           
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do
indiciado ou acusado.        
§ 1o  As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por
outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por
outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do
caso concreto, de forma individualizada.     

Artigo 283: Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude
de condenação criminal transitada em julgado.   

Art. 289.  Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante,
será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado.    

Art. 289-A.  O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão em banco
de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade.         
§ 1o  Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado de prisão registrado
no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz que o
expediu.         
§ 2o  Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro no Conselho
Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar a autenticidade do mandado
e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro do
mandado na forma do caput deste artigo.         
§ 3o  A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da medida o qual
providenciará a certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo
que a decretou.         
§ 4o  O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5o da Constituição
Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria
Pública.           
§ 5o  Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do executor ou sobre a
identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2o do art. 290 deste Código.           
§ 6o  O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do mandado de prisão a que se refere
o caput deste artigo.       
  
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro)
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:   
I - relaxar a prisão ilegal; ou           
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art.
312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da
prisão; ou            
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.            

Artigo 311: Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do
assistente, ou por representação da autoridade policial.
Artigo 312: A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo
estado de liberdade do imputado.  

Artigo 313: Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão
preventiva:          
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro)
anos;           
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o
disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Código Penal;        
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso,
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência;        

Artigo 316:O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr
da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como
novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

Artigo 324: Não será, igualmente, concedida fiança:         


I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido,
sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código;          II
- em caso de prisão civil ou militar;          
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.           
§ 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:           
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4
(quatro) anos de pena privativa de liberdade;          
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro)
anos de pena privativa de liberdade;        
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.          
§ 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste
Código ou de lei especial.      
§ 3o  Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições
estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.           
§ 4o  As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais
de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código.        
§ 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as
disposições do procedimento ordinário.      

Lei de Execução Penal

Artigo 3º:Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela
sentença ou pela lei.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.

Artigo 5º: Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para
orientar a individualização da execução penal.
Artigo 6º: A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o
programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso
provisório.

Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será


submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada
classificação e com vistas à individualização da execução.

Artigo 15: A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros
para constituir advogado.

Artigo 17:A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do


preso e do internado.

Artigo 22: A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o
retorno à liberdade.

Artigo 24: A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados,
permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a
posse de livros de instrução religiosa.

Artigo 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá
finalidade educativa e produtiva.

Artigo 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas
aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no
interior do estabelecimento.

Artigo 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em
serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades
privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.

Artigo 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se
às normas de execução da pena.

Artigo 39. Constituem deveres do condenado:


I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à
disciplina;
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção,
mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X - conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.

Artigo 41:- Constituem direitos do preso:


I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio;
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que
compatíveis com a execução da pena;
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros
meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade
judiciária competente.      

Artigo 146: O Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, do Ministério Público ou mediante


representação do Conselho Penitenciário, julgará extinta a pena privativa de liberdade, se expirar o
prazo do livramento sem revogação.

Artigo 159: Quando a suspensão condicional da pena for concedida por Tribunal, a este caberá
estabelecer as condições do benefício.

Artigo 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser convertida em
restritiva de direitos, desde que:
I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto;
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena;
III - os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável.

Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas hipóteses e na
forma do artigo 45 e seus incisos do Código Penal.
§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será convertida quando o condenado:
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender a intimação por edital;
b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que deva prestar serviço;
c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi imposto;
d) praticar falta grave;
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não tenha sido
suspensa.

Artigo 187. Concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado ou do Ministério


Público, por proposta da autoridade administrativa ou do Conselho Penitenciário, declarará extinta a
punibilidade.

Artigo 188. O indulto individual poderá ser provocado por petição do condenado, por iniciativa do
Ministério Público, do Conselho Penitenciário, ou da autoridade administrativa.
3- JURISPRUDÊNCIAS

EMENTA - PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO


ORDINÁRIO. TENTATIVA DE HOMICÍDIO QUALIFICADO. CRIME HEDIONDO.
PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. VEDAÇÃO IMPOSTA PELA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ORDEM DENEGADA.

EMENTA - PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.


ART. 33, CAPUT, DA LEI Nº 11.343/06. DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE. RÉU
QUE PERMANECEU CUSTODIADO AO LONGO DO PROCESSO. SENTENÇA
PROFERIDA ANTES DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI Nº 11.719/2008. PRISÃO EM
FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. PROIBIÇÃO DECORRENTE DE TEXTO
LEGAL E DE NORMA CONSTITUCIONAL.

4- BREVES CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS JURISPRUDÊNCIAS

A prisão é uma medida restritiva de liberdade imposta pelo Estado como forma de punição ou para
garantir a eficácia do processo penal. É uma forma de privação da liberdade física do indivíduo,
restringindo seu direito de ir e vir. No entanto, o direito processual penal também valoriza a
presunção de inocência e o direito à liberdade.

Então temos uma ementa que mostra um tipo de crime que não permite a liberdade provisória, por
ser crime hediondo e na outra ementa nos mostra que o direito de apelar em liberdade de sentença
condenatória não se aplicava ao réu já preso, desde o início da instrução criminal, em decorrência
de prisão em flagrante ou de prisão preventiva e Ressalte-se, ainda, que a proibição de concessão do
benefício de liberdade provisória para os autores do crime de tráfico ilícito de entorpecentes.

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Baseando-se nos resultados que as pesquisas trouxeram dentro do direito temos várias analises e
posições tratados pelo tema prisões e liberdades  assim como as jurisprudências   nos apresentaram,
algumas ainda entendem como melhor forma para reabilitação o encarceramento, outras já buscam
outros métodos para reabilitação como por exemplo a prestação de serviços a comunidade, o Direito
sendo uma matéria muito ampla nos traz muitos entendimentos, mas o que podemos nos ater é que
seguindo as jurisprudências, em sua maioria ainda entende   como forma principal de reabilitação o
encarceramento, no entanto temos outras previsões legais como medidas de reabilitação e
reinserção, temos como formas de regime previstos em lei  o regime prisional fechado, semiaberto e
abertos, estes são as três principais aplicações  de penas privativas de liberdade, fora estas temos  as
restritivas de direito sendo elas, Prestação de Serviços à comunidade, Prestação pecuniária  e multa. 
Estes tipos de penas tratados retro, todos a sua maneira são formas de reabilitação e reinserção, mas
sempre serão   analisadas as individualidades dos casos antes de suas aplicações, ressalta-se que
também é previsto por lei que dependendo o caso a pena privativa de liberdade poderá ser
convertida em restritiva de direito quando assim for cabível.

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