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3. Princípio da Publicidade
Segundo o art. 5º, LX, da Carta Magna, a lei só poderá restringir a publicidade
dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou interesse social o
exigirem.
Seu fundamento legal consta do art. 156 do Código de Processo Penal. Por
força dele, admite-se que o magistrado produza provas de ofício, porém
apenas na fase processual, devendo sua atuação ser sempre complementar,
subsidiária. Na fase preliminar de investigações, não é dado ao magistrado
produzir provas de ofício, sob pena de evidente violação ao princípio do devido
processo legal e à garantia da imparcialidade do magistrado.
Tal princípio tem como objetivo assegurar que as partes sejam julgadas por um
juiz imparcial e independente. Pois no processo há a necessidade da presença
de um terceiro imparcial, sendo inviável a existência de um processo em que a
decisão ficará a cargo de um terceiro parcial, ou seja, interessado em
beneficiar ou prejudicar alguma das partes.
De acordo com o Art. 5º, inciso LXIII, da Constituição Federal, “o preso será
informado de seus direitos, dentre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado”. Esse princípio, além de
ser uma prerrogativa processual do infrator de uma conduta tipificada no
Código Penal, objetiva, sobretudo, protegê-lo contra excessos cometidos pelo
Estado na persecução penal.
Nossa Carta Magna é incisiva ainda no sentido de que nenhum indivíduo pode
ser forçado a produzir provas contra si mesmo. Outrora, se fizermos um estudo
aprofundado desse princípio veremos que há entendimentos diversos nesse
sentido. A minoria dos estudiosos do direito entende que essa
prerrogativa tutela apenas quem está preso. Entretanto. O entendimento
majoritário é que pouco importa se o cidadão é suspeito, indiciado, acusado ou
condenado, e se está preso ou em liberdade, todos têm direito de não se auto-
incriminar.
8. Princípio da Proporcionalidade
Tal princípio tem como pressuposto formal o princípio da legalidade, que afirma
que todas as medidas de direitos fundamentais serão previstas em lei. Como
pressuposto material, tem-se o princípio da justificação teológica, o qual busca
a legitimação do uso de medida cautelar, a partir das razões pelas quais a
aplicação se tornou necessária ao fim que se deseja almejar.