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Nome: Enailton Alves Borges Júnior

Disciplina: Direito Processual Penal


Temas: Princípios Fundamentais do Direito Processual Penal Brasileiro, Inquérito
Policial e Aplicação da Lei Penal no tempo e no espaço.
Data: 28/04/2021

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

Princípios são valores fundamentais que orientam o legislador e o


aplicador do direito, este no estudo da disciplina e aquele na criação da norma. Eles
norteiam a interpretação e a integração do ordenamento jurídico vigente, sendo que
alguns estão expressamente previstos na Constituição Federal ou leis esparsas e outros
estão implicitamente citados.
A doutrina aponta uma gama de princípios norteadores do Direito
Processual Penal Brasileiro, trataremos aqui dos principais.

1. Princípio da Presunção da Inocência / Não Culpabilidade

O princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade está


expresso no art. 5º, LVII da Constituição Federal: “Ninguém será considerado culpado,
se não após o trânsito e julgado de sentença penal condenatória”. O princípio pode ser
entendido como o direito de não ser declarado culpado antes do fim de todo o deslinde
processual.
A regra probatória processual segue os ditames do “in dubio pro réu”,
ou seja, não havendo absoluta certeza sobre determinado fato criminoso é preferível a
absolvição do réu. Assim, o Ministério Público tem o ônus se demonstrar sem máculas a
culpabilidade do acusado.
A presunção de inocência abrange até as regras de tratamento perante
o acusado tanto de forma interna ao processo, quanto externamente, no tocante à
imagem do acusado perante a sociedade (mídia). O Poder Público está impedido de se
comportar em relação ao acusado como se já tivesse sido condenado.
Referente à possibilidade de execução provisória da pena, o
entendimento atual do STF é pela sua impossibilidade, por ser necessário o trânsito em
julgado da ação penal.

2. Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa

Esses princípios não são sinônimos, eles se complementam. Estão


previstos no art. 5º, LV, CF: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes;”. É entendido como a oportunidade de contestar, fornecer
versão própria sobre a lide, sendo assegurado aos acusados todos os meios e recursos
cabíveis para sua defesa.
O princípio do contraditório abrange o direito à informação e à
participação, sendo necessária a informação às partes e possibilidade de reagir aos fatos
alegados.
Já o princípio da ampla defesa é contemplado sobre dois aspectos, da
defesa técnica e da autodefesa. A defesa técnica é indispensável para o deslinde
processual, ou seja, é obrigatório
Referências Bibliográficas

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil - 1988. São Paulo: Saraiva,


2019.
CAPEZ, Fernando, Direito Penal, Parte Geral 6ª edição, 2003. São Paulo;
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal – parte geral. v. , 28ª ed. São Paulo: Saraiva;
DECRETO Lei nº 2.848/41 – Código Penal Brasileiro, poderá ser encontrado em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm (Acessado em
dez de 2020);
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 6. ed. Editora RT: São
Paulo,2010.

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