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02 - Por qual motivo, podemos afirmar que o termo “divisão de poderes” uma expressão
equivocada? Fundamente de acordo com a Constituição.
A ideia da divisão de poderes seria para evitar a concentração absoluta do poder nas mãos do
soberano, comum no Estado absoluto, que precede as revoluções burguesas, buscando evitar
o abuso de poder e garantir a liberdade dos indivíduos.
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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG
Curso de Direito – Unidade Contagem
Direito Processual Penal IP Prisões e Medidas Cautelares Prof.
Cristiano Ferreira
Primeiro Exercício 2º/2023
03 - Em que consiste o denominado monopólio da jurisdição penal? Fundamente sua
resposta de acordo com a doutrina.
O "monopólio da jurisdição penal" é um princípio fundamental do sistema jurídico em muitos
países. Ele se refere ao poder exclusivo do Estado de conduzir processos penais, julgar
indivíduos acusados de crimes e impor sanções penais. Esse princípio implica que somente o
sistema de justiça do Estado, geralmente representado por tribunais e juízes, tem a autoridade
legal para lidar com casos criminais e determinar a culpa ou inocência de uma pessoa, bem
como impor penas em conformidade com a lei.
As funções do Ministério Público enquanto titular da ação penal são fundamentadas não
apenas na Constituição Federal, mas também em leis específicas que regulamentam o
funcionamento do Ministério Público e o processo penal. A atuação do MP tem como objetivo
primordial a busca da justiça, a defesa da sociedade e a proteção dos direitos dos cidadãos,
garantindo um processo penal justo e equitativo.
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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG
Curso de Direito – Unidade Contagem
Direito Processual Penal IP Prisões e Medidas Cautelares Prof.
Cristiano Ferreira
Primeiro Exercício 2º/2023
os interesses dos acusados e garantindo que seus direitos e garantias legais sejam protegidos
durante todo o processo penal. Suas funções são fundamentadas em leis e regulamentos
específicos e incluem:
Assistência Jurídica:O advogado fornece assistência jurídica ao acusado desde o início
do processo penal, garantindo que ele compreenda seus direitos e as implicações
legais do caso. Isso inclui explicar o processo, a natureza das acusações e as
possíveis consequências legais.
Defesa do Cliente:O advogado representa ativamente os interesses do acusado,
buscando a melhor estratégia de defesa possível. Isso pode incluir a apresentação de
evidências favoráveis, a contestação de evidências apresentadas pelo Ministério
Público e a argumentação perante o tribunal.
Presença durante Interrogatórios e Audiências: O advogado tem o direito de estar
presente durante interrogatórios policiais e audiências judiciais com o cliente. Além
disso, ele pode fazer perguntas, apresentar objeções e garantir que o acusado não
faça declarações autoincriminatórias.
Preparação e Apresentação de Defesa: O advogado é responsável por preparar e
apresentar a defesa do cliente, o que pode envolver a coleta de evidências, a
contratação de peritos, a elaboração de argumentos legais e a apresentação de
alegações finais.
Garantia do Devido Processo Legal: O advogado desempenha um papel crucial na
garantia do devido processo legal. Ele assegura que todos os procedimentos legais
sejam seguidos, que o acusado tenha o direito a um julgamento justo e que seus
direitos fundamentais sejam respeitados.
Negociação de Acordos: O advogado pode negociar acordos com o Ministério Público,
como acordos de colaboração premiada ou acordos de delação, em nome do cliente.
Isso pode resultar em benefícios, como redução de pena ou benefícios para o cliente.
Recurso de Decisões: Se o acusado for condenado, o advogado pode recorrer da
decisão em instâncias superiores, buscando a revisão da sentença ou da condenação.
Proteção do Sigilo Profissional: O advogado tem o dever ético e legal de proteger o
sigilo profissional e não divulgar informações confidenciais fornecidas pelo cliente,
exceto em circunstâncias limitadas permitidas por lei.
As funções do advogado no sistema de persecução penal são fundamentadas em princípios
legais, como o direito à assistência jurídica, o direito à defesa, o direito a um julgamento justo e
o direito ao devido processo legal. Em muitos países, esses princípios são consagrados em
suas constituições e em leis de processo penal. O advogado desempenha um papel crucial na
proteção dos direitos dos acusados e na busca por justiça no sistema de justiça criminal.
É importante notar que o poder de polícia é uma parte essencial do Estado de direito e da
governança, permitindo ao Estado equilibrar os interesses individuais com o interesse público
e manter a ordem e a segurança na sociedade. No entanto, seu exercício deve ser razoável,
proporcional e estar de acordo com as leis e os princípios democráticos para evitar abusos e
proteger os direitos fundamentais dos cidadãos.
É importante notar que o poder de polícia é uma parte essencial do Estado de direito e da
governança, permitindo ao Estado equilibrar os interesses individuais com o interesse público e
manter a ordem e a segurança na sociedade. No entanto, seu exercício deve ser razoável,
proporcional e estar de acordo com as leis e os princípios democráticos para evitar abusos e
proteger os direitos fundamentais dos cidadãos.
A escolha entre esses sistemas processuais varia de acordo com a tradição jurídica, a cultura e
as leis de cada país. Cada sistema tem suas vantagens e desvantagens, e o objetivo é garantir
um julgamento justo e imparcial enquanto se busca a verdade e a justiça em um processo penal.
Existem conflitos negativos de competência (quando ambas os juízes dizem que não são
competentes para julgar a causa) e conflitos positivos (quando dois juízes se dizem
competentes para a mesma causa).
A tarifação probatória, em crimes materiais, implica que a comprovação desses delitos requer a
produção de provas concretas e específicas que estabeleçam não apenas a prática da conduta
criminosa (materialidade) mas também a autoria do crime. Isso significa que, para que alguém
seja condenado por um crime material, o tribunal deve estar convencido, além de qualquer
dúvida razoável, de que o evento criminoso de fato ocorreu e de que a pessoa acusada foi a
responsável por ele. A necessidade de tarifação probatória em crimes materiais está
fundamentada em princípios fundamentais do direito penal, como a presunção de inocência e o
princípio do in dubio pro reo (em caso de dúvida, a favor do réu). Esses princípios estabelecem
que a condenação penal deve ser baseada em provas robustas e convincentes, de modo a
evitar condenações injustas.
No CPP brasileiro, a tarifação probatória é regida por uma série de dispositivos legais que
estabelecem os requisitos para a prova da materialidade e autoria de crimes. Alguns desses
requisitos incluem:
A ideia de que há um prazo fixo de 24 horas para que um indivíduo fuja do estado de flagrância
não está em conformidade com as disposições legais sobre flagrante no direito penal. A
situação de flagrante é avaliada com base nas circunstâncias específicas de cada caso, levando
em consideração se o crime está ocorrendo, acabou de ocorrer ou se há indícios claros de que
ocorreu. O importante é que as autoridades ajam com celeridade para preservar as evidências e
garantir a aplicação da lei.
A audiência de custódia é uma prática importante em sistemas jurídicos que buscam proteger
os direitos humanos, garantir o devido processo legal e evitar prisões arbitrárias. Ela contribui
para a preservação da dignidade e dos direitos das pessoas presas, ao mesmo tempo em que
busca a justiça e a eficiência no sistema de justiça criminal.
Embora existam elementos de influência inquisitória, como a possibilidade de o juiz sugerir provas
de ofício e o controle do juiz sobre a investigação, esses elementos não são suficientes para
transformar o sistema processual brasileiro em um sistema predominantemente inquisitório. O
sistema continua a ser essencialmente acusatório, com ênfase na separação de funções,
presunção de inocência, contraditório, ampla defesa e atuação judicial imparcial.
Direito Processual:
Direito Material:
A principal diferença entre a contagem de prazo no direito processual e no direito material está
na sua finalidade, início e forma de cálculo. No direito processual, os prazos regulam o
procedimento e começam a correr a partir de eventos processuais, enquanto no direito material,
eles estão relacionados aos direitos e obrigações das partes e começam a correr a partir de
eventos substantivos, como o surgimento de uma obrigação. Cada área possui regras
específicas para a contagem de prazos, e é fundamental seguir essas regras para garantir a
observância do devido processo e o cumprimento das obrigações legais.
É importante notar que a existência do juiz de garantias pode variar de país para país, e nem
todos os sistemas legais o adotam. A ideia por trás desse modelo é reforçar a imparcialidade e
a proteção dos direitos dos acusados no sistema de justiça criminal, garantindo que a
investigação seja conduzida de maneira mais justa e equilibrada. No entanto, sua
implementação pode levantar questões práticas e orçamentárias em alguns sistemas judiciais.
18- Quais são os prazos estabelecidos para o término do inquérito policial? Fundamente
sua resposta.
O prazo estabelecido para o término do inquérito policial consiste no artigo 10 Codigo Penal
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
§ 2 º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
3 º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no
prazo marcado pelo juiz.
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