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Disciplina: Direito Penal

Prof: Antonio de Padua

2023-1 | 3ª Semestre

Aluna: Janaina Aparecida Domingues da Costa


RA: 8-0014385

Resumo de aprendizagem:

Ao longo do bimestre estudamos sobre os princípios do Direito Penal, o objetivo deste


resumo é elencar os principais aprendizados obtidos durante as aulas.

Os princípios de direito penal, além de limitar o poder de punir do Estado:

1. Orientam o legislador, durante a elaboração das normas;


2. Orientam a forma de aplicação do Direito Penal.
Há princípios explícitos, como princípios implícitos (e.g. princípio da insignificância).

São princípios de Direito Penal:

1. Dignidade da Pessoa Humana;


2. Legalidade;
3. Irretroatividade;
4. Humanidade das Penas;
5. Individualização das Penas
6. Limitação das Penas;
7. Culpabilidade;
8. Insignificância;
9. Princípio do Fato;
10. Alteridade;
11. Ofensividade (ou lesividade);
12. Intervenção Mínima;
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13. Responsabilidade Pessoal;


14. Proporcionalidade.

1. Dignidade da Pessoa Humana;


O princípio da dignidade da pessoa humana é, sem dúvidas, o mais importante do
ordenamento jurídico brasileiro e tem a finalidade de proteger os direitos
fundamentais, qual seja o direito à vida, à liberdade, à dignidade, à
integridade física e moral, bem como à segurança.

2. Legalidade;
Trata-se do princípio da taxatividade em matéria penal. O tipo penal deve ser claro e
preciso, a fim de que seja de fácil entendimento pela população. Assim, é
vedada a criação de tipos penais vagos e imprecisos.

3. Irretroatividade;
O princípio da irretroatividade da lei penal (lei penal não pode retroagir, salvo para
beneficiar o réu) restringe-se às normas de caráter penal, de modo que as
normas de caráter processual penal são regidas pelo princípio do tempus
regit actum (“o tempo rege o ato”).

4. Humanidade das Penas;

É com base no princípio da humanidade que a CF/88, conhecida como Constituição


Cidadã, proíbe que existam penas de caráter perpétuo, de banimentos,
cruéis, de trabalhos forçados e de morte (salvo em caso de guerra
declarada), devendo ser assegurado o respeito e a integridade física e
moral do preso.

5. Individualização das Penas


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Por esse princípio, a pena deve ser individualizada nos planos legislativo, judiciário e
executório, evitando-se a padronização da sanção penal. Para cada crime
tem-se uma pena que varia de acordo com a personalidade do agente, o
meio de execução.

6. Limitação das Penas;

75, caput, do CP reza que «o tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade
não pode ser superior a trinta anos». Significa que não há impe- dimento a
que o sujeito seja condenado a penas cujo total exceda o limite dos trinta
anos. O tempo de cumprimento é que não pode ser superior a esse
período.

7. Culpabilidade;

O princípio da culpabilidade remonta ao brocardo Nullum crimen sine culpa, vale dizer, a
ninguém será imputado crime ou posta pena sem que a conduta criminosa
seja reprovada em um juízo de culpa lato senso.

8. Insignificância;
O princípio decorre do entendimento de que o direito penal não deve se preocupar
com condutas em que o resultado não é suficientemente grave a
ponto de não haver necessidade de punir o agente nem de se recorrer
aos meios judiciais, por exemplo, no caso de um leve beliscão, uma
palmada, ou furto de pequeno valor.

9. Princípio do Fato;
Significa que o direito penal deve punir condutas praticadas pelos indivíduos lesivas a
bens jurídicos de terceiros. Pune-se o fato. A base para esse princípio está
no Estado de Direito.
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10. Alteridade;
O Princípio da Alteridade foi desenvolvido por Claus Roxin, e, em síntese, consiste no
comando segundo o qual ninguém pode ser punido por causar mal apenas
a si mesmo. Ou seja, uma conduta, para ser penalmente relevante, deve
transcender seu autor e atingir bem jurídico de outrem.

11. Ofensividade (ou lesividade);


O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum crimen sine iniuria) exige que do fato
praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. Por
isso, se não há conduta dirigida a atingir o bem jurídico, obsta-se a
punição.

12. Intervenção Mínima;

Também conhecido como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do


Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se
legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado
bem jurídico.

13. Responsabilidade Pessoal;

O princípio da responsabilidade pessoal é também conhecido como princípio da


pessoalidade ou da intranscendência da pena. Segundo este princípio a
pena deve ser imposta ao condenado, ela não pode transcender, ou seja,
não pode passar da pessoa do condenado.

14. Proporcionalidade;
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A exigência de proporcionalidade deve ser determinada no equilíbrio que deve existir na


relação entre crime e pena, ou seja, entre a gravidade do injusto penal e a
pena aplicada.

Referências:

CRISTINA, Flávia; FRANCESCHET, Júlio; PAVIONE, Lucas (org). Exame da OAB


todas as disciplinas. Salvador: Editora JusPODIVM, 2017.

ESTEFAM, André. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal Esquematizado -


Parte Geral. 3ª Edição. São Paulo. Saraiva, 2014

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 10ª Edição. Rio de Janeiro.
Forense. 2014.

Código Penal Comentado. 14ª Edição. Rio de Janeiro. Forense. 2014.

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