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A CONCILIAÇÃO COMO ALTERNATIVA PARA A JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE

Larissa Rodrigues1
Janaina Aparecida Domingues da Costa2

Resumo
Este artigo investiga a aplicação da conciliação em casos de conflitos na área da saúde.
Dado o aumento da incidência de conflitos no âmbito da saúde relativos à efetividade das
necessidades básicas individuais e/ ou coletivas, pela prestação de serviços públicos ou
privados, evidencia-se a emergência de buscar soluções mais rápidas aos conflitos nesta
área. A saúde é considerada um direito fundamental dos indivíduos, garantida
constitucionalmente, contudo, requer políticas e instrumentos de proteção a vida humana
e social, condições que lhe imputam complexidade no tratamento jurídico, o objetivo é
apresentar soluções rápidas, práticas e eficazes acerca do instituto da conciliação,
apontando os pontos positivos na resolução de conflitos na esfera extraprocessual em
comparação com uma lide judicial.

Palavras-chave: Conciliação, Conflito, Soluções, Igualdade de Tratamento

Abstract
This article investigates the application of conciliation in cases of conflicts in the health
area. Given the increase in the incidence of conflicts in the health field related to the
effectiveness of individual and/or collective basic needs, through the provision of public or
private services, there is an urgent need to seek faster solutions to conflicts in this area.
Health is considered a fundamental right of individuals, constitutionally guaranteed,
however, it requires policies and instruments to protect human and social life, conditions
that give it complexity in legal treatment, the objective is to present quick, practical and
effective solutions about the institute of health. conciliation, pointing out the positive points
in the resolution of conflicts in the extra-procedural sphere compared to a judicial dispute.

Keywords: Conciliation, Conflict, Solutions, Equal Treatment.

Introdução

1
Magistrado da 2ª Seção de Direito Privado do Superior Tribunal de Justiça.
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A resolução de conflitos no Brasil vem se intensificando cada vez mais, a justificativa


talvez seja de que o Judiciário se encontre abarrotado de processos. “É um problema com
raízes profundas, com múltiplas tentativas de solução. Alguns números falam em aumento
de 600% de ações contra planos de saúde privada. Devemos imaginar soluções, pois
sabemos o tamanho do problema”, disse Luís Felipe Salomão¹, que julga conflitos da
saúde suplementar na 2ª Seção, de Direito Privado, do STJ. Mas claro que devemos
pensar pelo lado positivo, pois quando falamos em resolução consensual de conflitos,
logo se pensa em ausência de litígio e, sobretudo na possibilidade de apartação do
embate e principalmente na reconciliação, assegurando as partes igualdade de
tratamento.
O instituto de conciliar, não só no processo judicial, mas no procedimento extrajudicial
impulsiona o acesso material à justiça e, por conseguinte a pacificação social dos conflitos
dentre diversos aspectos nos mais diversos problemas em que se encontram os
jurisdicionados.
Neste sentido o presente trabalho tem por objetivo elencar os pontos positivos da
resolução consensual de conflitos na esfera administrativa sem mover processo e
principalmente sem todo o desgaste que uma lide judicial submeteria os litigantes, ou
seja, com a conciliação as partes podem decidir entre si e ambos abdicando de parte de
seus direitos acabariam por ganhar restabelecendo o status quo da relação.

1 – Conciliação

Iremos abordar neste capítulo de uma forma breve o conceito e histórico da Conciliação
no âmbito judicial. Abordaremos também alguns tipos de conflitos que podem ter uma
solução por meio de acordo.

1.1 Histórico e Conceito

A história da Conciliação no Brasil é marcada por idas e vindas. Prevista nas


Ordenações Manuelinas (1514) e Filipinas (1603, Livro III, Título XX, § 1º), a Conciliação
continuou presente no art. 161 da primeira Constituição Imperial, ao proclamar que “Sem
se fazer constar que se tem intentado o meio da reconciliação não se começará processo
algum”.
Ressalte-se que na segunda metade do século XIX, porém, a conciliação foi esquecida,
não tendo sido prevista pelo Código de Processo Civil de 1939. Só em 1974 com um novo
Código de Processo Civil se ressuscitou tal instituto.
A Conciliação voltou ao ordenamento jurídico brasileiro devido a inúmeros motivos, dentre
eles a sobrecarga dos tribunais, complexidade da estrutura da Justiça Comum, pouco ou
nenhum acesso do povo à Justiça, despesas altas com os processos, solução rápida para
os litígios, decisões mais bem aceitas e alternativas de pacificação social.

Conceito
A conciliação é uma forma extrajudicial de solução de conflitos, em que uma terceira
pessoa, chamada de conciliador, busca sugerir um resultado para o conflito mediante a
celebração de um acordo.
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1.2 - Tipo de conflitos que podem ter solução por meio de acordo

Pensão alimentícia, guarda dos filhos, divórcio, partilha de bens, acidentes de trânsito,
dívidas em bancos, danos morais, demissão do trabalho; questões que envolvam
comércio ou relação de consumo, questões de vizinhança, entre outras.

2 – Conciliação: Seus princípios e o Código de Processo Civil

Neste capítulo iremos abordar alguns artigos no Código de Processo Civil e da


diferença de conciliação e mediação conforme trata o artigo 165, parágrafos 2 e 3 do
CPC.
O livro de Luiz Antônio Scavone Jr, “Arbitragem - Mediação, Conciliação e Negociação”
trás os princípios da conciliação;
“São princípios comuns à mediação e à conciliação (CPC, art. 166, e Lei 13.140/2015, art.
2º):
a) Independência, ou seja, o mediador e o conciliador devem se manter distantes das
partes, sem se envolver com qualquer dos contendores;
b) Imparcialidade, que impede qualquer interesse ou vínculo dos mediadores ou
conciliadores com as partes. Nos termos do parágrafo único do art. 5º da Lei 13.140/2015,
que trata da mediação e, por extensão, da conciliação, no início dos trabalhos o mediador
– e o conciliador – “tem o dever de revelar às partes, antes da aceitação da função,
qualquer fato ou circunstância que possa suscitar dúvida justificada em relação à sua
imparcialidade para mediar o conflito, oportunidade em que poderá ser recusado por
qualquer delas”;
c) Oralidade, não havendo, inclusive, registro ou gravação dos atos praticados durante o
procedimento de mediação, notadamente em razão da confidencialidade, que, em regra,
a cerca, nos termos dos arts. 30 e 31 da Lei 13.140/2015 e do art. 166 do CPC;
d) Autonomia da vontade das partes. No procedimento de mediação, as partes chegarão,
se quiserem, a um acordo quanto à situação conflituosa e, demais disso, o princípio da
autonomia da vontade implica afirmar que “ninguém será obrigado a permanecer em
procedimento de mediação” (§ 2º do art. 2º da Lei 13.140/2015);
e) Decisão informada. “... o princípio da decisão informada estabelece como condição de
legitimidade para a autocomposição a plena consciência das partes quanto aos seus
direitos e a realidade fática na qual se encontram. Nesse sentido, somente será legítima a
resolução de uma disputa por meio de autocomposição se as partes, ao eventualmente
renunciarem a um direito, tiverem plena consciência quanto à existência desse seu direito
subjetivo”;4
f) Confidencialidade. Os procedimentos de mediação e conciliação são confidenciais e
toda informação coletada durante os trabalhos não poderá ser revelada pelo profissional,
pelos seus prepostos, advogados, assessores técnicos ou outras pessoas que tenham
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participado do procedimento, direta ou indiretamente, e, evidentemente, nessa medida,


não podem testemunhar (§ 2º do art. 166 do CPC e arts. 30 e 31 da Lei 13.140/2015). A
confidencialidade atinge, inclusive, as partes.”

2.1 Diferença entre mediação e conciliação

Spengler e Spengler Neto (2013, p.17) conceituam e distinguem mediação de conciliação:


“A conciliação é o meio pelo qual um terceiro interlocutor apresenta possíveis respostas
ao conflito, fazendo com que os envolvidos os aceitem ou não”. Para os autores, na
conciliação, há existência de um debate, porém a terceira parte intervém de forma a
limitar as propostas e gerar consenso. E em sequência definem mediação como “o meio
pelo qual os envolvidos buscam tratar o problema auxiliados por um terceiro, que não
oferece resposta, e nem proposta de acordo, uma vez que a solução se dá pela iniciativa
das partes”.

Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos,


responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo
desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a
autocomposição.
§ 1º A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo tribunal,
observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça.

§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo
anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização
de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.

§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior
entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em
conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar,
por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.

3 – Conciliação judicial no âmbito da saúde

Neste capítulo veremos a conciliação judicial no âmbito da saúde e, como tem crescido
os casos de processos judiciais. O intuito é trazer uma solução para esses conflitos por
meio da conciliação, de modo a velar pela rápida solução do litígio, e assegurar as partes
a igualdade de tratamento e que fique satisfatório para ambos. Abordaremos também um
caso, e a importância de se rever conceitos, assim como a bioética, mas no Direito com
relação a normatização e evolução cientifica.

3.1 Conciliação judicial no âmbito da saúde

Como caminho de primeira escolha em composição alternativa de conflitos no campo de


direito médico ao redor do mundo, a conciliação proporciona aos contratantes a garantia
que seus eventuais processos sejam solucionados por terceiros (conciliador). No método
da conciliação, as partes buscam um acordo que seja vantajoso para os dois lados. Para
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isso, utilizam a figura de uma terceira pessoa neutra e imparcial ao embate. Para o
ministro do Superior Tribunal de Justiça Luís Felipe Salomão

Tem diversas soluções que estão sendo pensadas no mundo inteiro, de prevenção ao litígio. Alguns países
com forte iniciativa pública na área da saúde, como Uruguai e França, desenvolveram um sistema
de ombudsman médico que funciona com muita eficácia. O próprio setor se autorregula, cria mecanismos
com credibilidade para resolver o problema e evita litígios. (Summit Saúde 2018, Jornal O Estado de S.
Paulo, 18 de agosto de 2018)

A Delicada relação entre direito e medicina já se encontra espalhada pelos tribunais, o


que nos leva a crer que estamos diante de um problema de proporção global. E é dentro
desse contexto que, além de demandas de natureza indenizatórias, podemos incluir
também as demandas contra o SUS, os planos de saúde, e os entes federais (União,
Estado, Municípios).
Toda essa demanda acaba com poder judiciário lotado e ineficaz em dar uma reposta
com urgência, que a área da saúde demanda. O desabastecimento de medicamentos e a
falta de especialistas são alguns dos fatores que têm motivado a judicialização.
Após duas décadas, observa-se, que somente parte das diretrizes do SUS foi implantada
uma vez que o sistema, com raras e isoladas exceções opera com sérios problemas
estruturais marcados por filas de espera na atenção secundaria, emergenciais lotados e
com atendimento ao público no nível primário limitado de autoria. As indiretas também
devem ter a indicação da fonte consultada.

4 – O benefício da conciliação
O Hospital Santa Lúcia foi condenado a pagar R$ 10 mil de indenização a uma paciente
que deu entrada no serviço emergencial e cujo atendimento foi negligenciado, demorado
e cercado de transtornos e constrangimentos. A condenação do juiz da 12ª Vara Cível de
Brasília foi confirmada em 2ª Instância pela 3ª Turma Cível do TJDFT. 
A autora contou que procurou o atendimento, por volta das 22h, com fortes dores no peito
e suspeita de infarto. Na recepção, foi informada que seu plano de saúde não cobria a
consulta. Por não ter folhas de cheques nem a quantia suficiente para o procedimento,
teve o atendimento emergencial negado. O marido, que a acompanhava, ficou nervoso
com a situação e arremessou um cesto de lixo contra o vidro da recepção, sendo logo
imobilizado por seguranças. Segundo ela, nesse ínterim, os sintomas se agravaram e ela
passou a sentir náuseas e falta de ar, momento em que outra pessoa, que também
aguardava para ser atendida, ofereceu-lhe uma folha de cheque para cobrir o valor
exigido. Porém, depois de superada a questão financeira, a supervisora da ala
condicionou o atendimento à lavratura de um termo de ocorrência dos fatos na delegacia. 
Finalmente, às 11h45, os primeiros exames de emergência foram solicitados e o
diagnóstico demonstrou a necessidade de intervenção cirúrgica. Mas, novamente, foi
informada que o plano não cobria o procedimento e que era necessário um cheque
caução de R$ 50 mil para sua realização. Enquanto aguardavam e providenciavam o
pagamento e, depois de todo o ocorrido, foram informados que o plano era conveniado
sim. Por tudo que passou, a paciente pediu a condenação do hospital ao pagamento de
R$ 200 mil a título de danos morais. 
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Em contestação, o réu relatou dinâmica diferente dos fatos e afirmou que a demora
decorreu da confusão aprontada pelo marido dela. Sustentou que não houve qualquer
recusa do atendimento ou conduta negligente de seus profissionais que disponibilizaram
todos os recursos para a assistência médica necessária. Negou também ter exigido
caução para o atendimento. 
Após ouvir as testemunhas do caso, o juiz de 1ª Instância afirmou na sentença: “A
conduta do hospital mostrou-se negligente ao exigir indevidamente o pagamento da
consulta e o cheque em garantia da internação hospitalar causando os constrangimentos
morais que a autora descreveu em sua petição inicial desde o início do atendimento e a
sua continuidade com a necessária internação em UTI. Mesmo que não se reconheça
aqui a dimensão da reparação no valor proposto pela autora, conquanto a quantia
desejada se mostre desproporcional com a dimensão do dano, é notório que a lesão deva
ser recompensada com valores econômicos de modo a amenizar os sentimentos de
honra e dignidade vulnerados com a ocorrência do incidente”. 
À unanimidade, a sentença foi mantida em grau de recurso pela 2ª Instância do Tribunal.
Não cabe mais recurso.  Com isso vimos que fora o desgaste, ainda uma das partes saiu
lesada, o transtorno do tempo para decisão, conciliação não seria mais viável? Creio que
sim.
Outro exemplo foi em 2019, quando o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo criou
um espaço de conciliação para casos de saúde

“Com o objetivo de enfrentar a alta taxa de litigiosidade e incentivar a solução amigável de


conflitos, o Tribunal de Justiça de São Paulo e entidades do setor de saúde privada (Amil
e Associação Brasileira de Medicina — Abramge) firmaram um convênio para a instalação
do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc) – Setor de Saúde
Privada.

O convênio foi negociado por mais de seis meses. Na prática, haverá um espaço no 2º
andar do Fórum João Mendes Júnior, que vai concentrar todas as sessões de conciliação
e mediação cujo objeto do litígio verse exclusivamente sobre questões de direito à saúde
que se refiram às partes. A Abramge e a Amil se comprometeram a participar das
sessões de mediação e conciliação, com prepostos treinados em práticas de composição
e com efetiva capacidade de negociação para a solução amigável de conflitos.

"A solução amigável de conflitos é tão antiga quanto a história de todos os povos e
compõe, hoje, uma política judiciária nacional. O Código de Processo Civil prevê soluções
consensuais de conflito, que são como um arsenal de medidas necessárias e
indispensáveis à pacificação da sociedade brasileira”, afirmou o presidente do TJ-SP,
desembargador Manoel Pereira Calças.

Com esse convênio, todo cidadão que entrar com uma ação na Justiça envolvendo saúde
complementar poderá passar pela conciliação prévia com as operadoras e com mediação
do próprio TJ-SP. O juiz que receber um processo dessa natureza poderá encaminhá-lo
para o núcleo do tribunal e uma audiência deverá ser marcada em até 30 dias.
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A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) também possui uma parceria semelhante
com o TJ-SP. O local para solução de conflitos entre clientes e instituições financeiras é
conhecido como “posto bancário”. A novidade, agora, é um convênio com o setor de
saúde privada, que vem sofrendo um aumento no número de processos e reclamações
nos últimos anos.

O coordenador do Cejusc Central, juiz Ricardo Pereira Junior, citou a importância do setor
da saúde dentro do sistema judiciário paulista e afirmou que a aproximação entre as
partes é natural. "As iniciativas de solução de conflito têm-se mostrado muito efetivas no
Estado. Hoje, temos cerca de 250 Cejuscs instalados e agora iremos inaugurar esse
centro temático na área da saúde, o que representa um grande avanço", disse.

O diretor-executivo da Abramge Antonio Laskos celebrou o convênio firmado. "A Abramge


representa mais de 150 empresas associadas e estamos muito felizes em dar início a
esse projeto, firmado após meses de trabalho conjunto", declarou. Em seguida, o diretor
jurídico da Amil, Eduardo Sampaio da Silva Oliveira destacou a importância de se “buscar
a solução amigável de conflitos como a primeira solução para a pacificação.”

Considerações Finais

O fenômeno da des (judicialização) da saúde no Brasil ainda é novo se comparado a


outros países, porém percebe-se que a busca de meios não judiciais pode contribuir, a
curto e médio prazos, para garantir maior efetividade e garantia no acesso aos serviços
de saúde e, em longo prazo, reduzir a incidência de conflitos nesta área, destarte na
relação entre pacientes e profissionais da saúde. A discussão sobre a efetividade do
direito à saúde perpassa por uma análise política e doutrinária, contudo, mostra-se ao
longo da pesquisa que há necessidade de adoção de mecanismos que contribuirão para
reformular e reestruturar a saúde no Brasil, tomando como base a ineficiência do
Judiciário frente a tantas demandas individuais e coletivas que se apresentam pela
quantidade de processos judiciais que poderiam ser substituídos por soluções mais
simplificadas, como a conciliação. A conciliação para solução de conflitos na área da
saúde é um meio legal de obter maior equilíbrio nas relações contratuais e nas políticas
públicas, cujo elemento central é o estabelecimento de uma comunicação eficaz para
esclarecimentos e maior inteligibilidade da prestação de serviços de saúde para os
pacientes, reduzindo assim os conflitos e seus desdobramentos. Também, a adoção da
comunicação não violenta estimula a percepção de direitos e deveres de pacientes e
profissionais da saúde, o que resulta em prevenção de conflitos e infere, assim, numa
melhoria de competências que culminará em melhorias na prestação de serviços de
saúde, em sua execução, mas também na perspectiva dos pacientes. Nos documentos
relativos a conciliação enquanto competência desenvolvida e treinada para a execução,
percebe-se que a comunicação é uma das principais ferramentas no processo de solução
de conflitos na área da saúde, uma vez que garantirá o pleno exercício social de
convivência com valores e estilos de vida diferenciados e que poderão estabelecer um
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canal de comunicação efetivo para garantir o consenso e a relação de ganhos mútuos.


Sugere-se a realização de efetiva e ampla publicidade e incentivo a população a cerca da
conciliação, seja por meio de mídias sociais e pelos órgãos públicos, para que seja de
conhecimento de todos, entenderem e serem acolhidos com as suas demandas, antes
mesmo de pensarem em acionar o judiciário, dessa forma os conflitos poderão ser
solucionados de forma célere e eficaz, deixando também o judiciário um pouco menos
sobrecarregado.

Referências
Todo documento utilizado e citado no trabalho deve constar na lista de referências.

SOBRENOME, Nome. Título do livro: subtítulo (se houver). nº ed. (Número da


edição, se houver). Volume (Se houver). Local/Cidade: Editora, Ano.

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Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2020.
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 Lenir Camimura, Agência CNJ de Notícias https://www.cnj.jus.br/dados-processuais-


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2022.

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