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O Código de Processo Civil Brasileiro (CPC), no art. 125, inciso IV, prevê,
como dever do magistrado, “tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes”. Além
desse dispositivo, também os artigos 277, 331 e 447 do CPC dispõem sobre
procedimentos obrigatórios de tentativa de conciliação no âmbito do processo
civil, o que marca a opção do legislador por meios conciliatórios permanentes
no trâmite o curso do processo judicial. As audiências de conciliação em Varas
Cíveis, por exemplo, parecem atos meramente burocráticos, que acontecem
simplesmente porque assim determina o Código de Processo Civil, sem uma
preocupação efetiva com o entendimento das partes e o consenso, ao contrário
do que sustenta o discurso institucional. (MELLO e BAPTISTA, 2010, P.109)
No ordenamento jurídico brasileiro, a conciliação vem sendo utilizada,
amplamente no processo civil, na área familiar e especialmente, na Justiça do
Trabalho e nos Juizados Especiais. A conciliação poderá oportunizar um
acordo livre e responsável, portanto com maior possibilidade de cumprimento.
(SALES e CHAVES, 2014, P. 261)
Ressalta-se assim a importância da capacitação de conciliadores para que a
sua prática ocorra adequadamente sem que haja prejuízos ao processo e
descrédito do Poder Judiciário. Um acordo consciente tem maior possibilidade
de ser cumprido, e o espaço aberto para a conciliação deve ser aproveitado ao
máximo para que a possibilidade de composição seja efetiva. O conciliador
portanto, tem a função de estar apto para saber que a conciliação se diferencia
da mediação e que é mais adequada quando os conflitos são
objetivos/patrimoniais, em que, preferencialmente não existam vínculos
afetivos/familiares entre as partes, não sendo necessário um aprofundamento
maior na discussão. (SALES e CHAVES, 2014, P. 262)
Referências:
MELLO, Kátia Sento Sé; e BAPTISTA, Bárbara Gomes Lupetti. Mediação e
conciliação no Judiciário: Dilemas e significados.2010. Disponível em:
https://www.redalyc.org/pdf/5638/563865693004.pdf. Acesso em 12/11/2023.
SALES, Lilia Maia de Morais e CHAVES, Emmanuela Carvalho Cipriano.
Mediação e Conciliação Judicial – A Importância da Capacitação e de seus
Desafios. 2014. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/seq/a/99rC4BwcCsr5tyYjjfqcYHR/. Acesso em
12/11/2023.
SOUZA, Luciane Moreira. Mediação de Conflitos. 2015. Disponível em:
https://www.academia.edu/download/43009128/Obra_coletiva_Mediacao_de_c
onflitos_-_2a._edicao_-_versao_impressa.pdf#page=85. Acesso em
12/11/2023.