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Questionário 1ª parte

1)Qual é, então, a diferença entre a conciliação e a mediação?


A mediação pode ser entendida como uma técnica de resolução de conflitos
em que a tratativa é realizada por um terceiro imparcial que busca a
aproximação das partes, propondo alternativas para resolução dos conflitos,
mas sem conduzir as partes. Esta técnica é um meio termo entre a negociação,
na qual as partes tentam solucionar os conflitos entre elas, e a arbitragem, em
que a decisão final cabe ao terceiro.
A conciliação é quando um terceiro externo à relação ouve as partes
interessadas e coordena as possibilidades de acordo, de modo que se possa
atingir uma solução justa evitando que o conflito se torne um litígio. Athos
Gusmão Carneiro define a conciliação como a autocomposição porque as
próprias partes tutelam seus interesses, fixando livremente o conteúdo do ato
que irá compor o litígio. Mas tal posto de convergência é encontrado por
iniciativa e sob as sugestões de um mediador qualificado, que buscará conduzir
as partes no sentido de uma composição consoante com equidade.
2) Qual é, então a diferença entre o conciliador e o mediador?
O conciliador desempenha suas funções dentro de audiências preliminares de
juizados especiais e podem fazer parte de juizados civis ou criminais. Sua
principal função, é realizar a conciliação entre as partes envolvidas na
audiência.
E o mediador é o cargo que determinado indivíduo executa como intermediário
entre duas partes, que normalmente se opõem. O mediador tem o papel de
intervir na comunicação entre as partes conflitantes, com o objetivo de chegar a
um acordo ou conciliação.

3) Qual o conceito de mediação?


A mediação pode ser definida como uma negociação facilitada ou catalisada
por um terceiro. Alguns autores preferem definições mais completas sugerindo
que a mediação é um processo autocompositivo segundo o qual as partes em
disputa são auxiliadas por uma terceira partes neutra ao conflito ou por um
painel de pessoas sem interesse na causa, para se chegar a uma composição.
4) É correto afirmar que a mediação só se aplica para direitos disponíveis?
Segundo a lei 13.140/2015, no artigo 3 º pode ser objeto de mediação o conflito
que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que
admitam transação.
5) É possível que haja mais de um mediador para atuar em um caso?
A co-mediação é o processo realizado por dois (ou mais mediadores) e que
permite uma reflexão e amplia a visão da controvérsia, propiciando um melhor
controle da qualidade da mediação.
6) Mediação pela internet é admitida?
Sim, os serviços de conciliação e mediação online, por exemplo estão
amparados pela lei 13.140/15, conhecida como lei de mediação.
7) Quais os princípios relacionados a mediação?
A mediação é baseada em: Princípio da busca pelo consenso;
Confidencialidade; competência; decisão informada; imparcialidade; isonomia
entre as partes; independência e autonomia; respeito à ordem pública e as leis
vigentes; empoderamento; validação; informalidade; oralidade; boa-fé e
simplicidade.
8)Explique o princípio da confidencialidade e a quem se aplica.
Trata-se da proteção ao sigilo das informações, propostas, documentos,
declarações, englobam todos os registros produzidos durante o processo só
poderão ser usados nos termos em que forem deliberados e previstos em
conjunto com os envolvidos.
9) Quais as vantagens de utilização de um método consensual de solução
de conflitos?
A mediação é um método de solução de conflito que serve e se resolve
somente no consenso. Não há nenhuma pessoa ou profissional que decida o
resultado. A solução da mediação é um acordo no qual todas as partes
concordam.
10) Quem pode ser conciliador/mediador?
É possível atuar sendo graduado em qualquer área e quem almeja a vaga
precisa ter, pelo menos, 2 anos de formado por uma instituição reconhecida
pelo Ministério da Educação. E ter curso de capacitação por empresa
credenciada e a grade curricular deve estar de acordo com o que foi definido
pelo Conselho Nacional de Justiça e Ministério da Justiça.

Questionário parte 2

1) Como o CPC trata os meios alternativos de solução de conflitos?

A ideia geral da Justiça Multipartes é, portanto, a de que a atividade


jurisdicional estatal não é a única nem a principal opção das partes para
colocarem fim ao litígio, existindo outras possibilidades de pacificação
social. Assim, para cada tipo de litígio existe uma pacificação social. Assim,
para cada tipo de litígio existe uma forma mais adequada de solução. A
jurisdição estatal é apenas mais uma dessas opções. Como o CPC /2015
prevê expressamente a possibilidade da arbitragem ( art. 3 , §1°) e a
obrigatoriedade, como regra geral, de ser designada audiência de mediação
ou conciliação ( art. 334,caput), vários doutrinadores afirmam que o novo
código teria adotado o modelo ou sistema multiportas de solução de litígios
( multi- doors system). Têm atualmente 4 (quatro) formas de composição de
litígios, quais sejam; a jurisdição, a autotutela, a arbitragem e a auto
composição, as quais serão brevemente exploradas no decorrer desta
análise.

2) Explique a teoria geral do conflito.


É a circunstância em que duas ou mais pessoas divergem em razão de
algum assunto incompatível entre as partes.

3. O conciliador / mediador tem direito a remuneração?


O conselho Nacional de Justiça estabeleceu as regras para pagamento dos
conciliadores e mediadores. Em sessão virtual do conselho,foi definido que o
mediador deverá indicar expectativa de remuneração, no momento de sua
inscrição no Cadastro Nacional de Mediadores Judiciais e Conciliadores. De
acordo com o novo CPC e a resolução do CNJ 125 /2010, mediadores e
conciliadores devem ser capacitados cadastrados e avaliados pelo seu
desempenho. A resolução fixou 5 (cinco) faixas de autoatribuição para
remuneração: I- voluntário; II- básico (nível de remuneração);III- intermediário
( nível de remuneração); IV- avançado (nível de remuneração); V –
extraordinário.

4.Qual a importância das técnicas de negociação na mediação


/conciliação?
Elas são utilizadas para que as partes se sintam acolhidas e criem um maior
vínculo com o mediador. São Técnicas de mediação:
a) Escuta ativa: A comunicação entre as partes prestes em um conflito está
seriamente prejudicada.
b) Parafraseamento: Também chamada de recontextualização, essa
técnica é utilizada quando o mediador quer que as partes vejam a
disputa por outro ponto de vista.
c) Rapport: é uma das principais técnicas utilizadas na mediação, pois é
ela que consegue criar empatia entre as partes e também um maior
vínculo com o mediador, fazendo que os participantes confiem nele para
guiar a mediação.
d) Caucus: o mediador se reúne, de forma privada, com cada uma das
partes, com sessões da mesma duração e uma logo após a outra.
e) Brainstorming – É a forma de fazer com que os participantes tenham
ideias sobre como resolver o conflito de forma que todos saiam
ganhando na medida do possível, e o mediador é o responsável por
estimular esse comportamento.

5.Quais os deveres do conciliador/mediador?


Conciliadores e mediadores judiciais devem seguir os princípios éticos e as
regras de conduta constantes do código de Ética de Conciliadores e
Mediadores judiciais instituído no anexo III da Resolução nº 125/2010 do
Conselho Nacional de Justiça, bem como os contidos nos artigos 166 e 170 a
173, do Código de Processo Civil, e nos artigos 2°,5°,6° e 7° da Lei de
Mediação ( lei nº 13.140/2015).
Os princípios previstos nessas normas são: informalidade, oralidade,
confidencialidade, busca do consenso, boa-fé, imparcialidade, independência,
isonomia entre as partes, autonomia de vontade, decisão informada,
empoderamento, validação, respeito à ordem pública e às leis vigentes e
competência. Entre as regras de conduta, destacam-se a necessidade de
preenchimento de termo de compromisso antes do início do exercício das
atividades de mediador judicial ou de conciliador e a assiduidade nas sessões.

6.Como funciona o cadastro de mediadores? O conselho Nacional de Justiça –


CNJ desenvolveu o cadastro Nacional de Mediadores e Conciliadores do CNJ.
Regulamentado pelo novo CPC e também pela Emenda número 2 (dois), que
atualizou a Resolução CNJ nº 125 /2010, o banco de dados conta com
informações e contatos de mediadores, conciliadores e câmaras privadas de
mediação de todo o Brasil.
Os mediadores e conciliadores interessados em atual no TJDFT devem se
registrar no site do CNJ escolhido pelo TJDFT como Tribunal de atuação
anexada no sistema o certificado do curso.
7. Explique o processo de conciliação /mediação no poder judiciário.
A conciliação processual ocorre concomitantemente ao processo e é
desenvolvida no ambiente judicial. Pode ser levada a efeito pelo próprio juiz da
causa ao por um conciliador. A primeira faz parte do procedimento e encontra-
se prevista em diversos dispositivos da legislação processual brasileira, desde
a consolidação das leis do trabalho, de 1943 até o Código de Processo Civil,
constantemente atualizado, que sugere conciliação em todas as fazes do
processo. A conciliação judicial desenvolvida por conciliador assemelha-se a
pré-processual.
Já a mediação é uma forma alternativa de resolução de conflitos entre
particulares para que não seja necessário um “processo judicial”, assim, a lei
de mediação, traz alguns princípios que devem ser seguidos, e respeitados, até
para que passe uma credibilidade e confiança para que as partes resolvam o
litígio de forma amigável, princípios estes, que estão elencados na lei nº 13.140
/2015, e exposto em seu artigo 2° que são.

8.Quais os impedimentos/suspeição relacionados aos conciliadores e


mediadores?
No artigo 148. Aplicam-se os motivos de impedimentos e de suspeição: II- aos
auxiliares de justiça;
A lei de mediação impede o mediador de atuar, assessorar, representar ou
patrocinar qualquer das partes, pelo prazo de 1 (um) ano contado do término
da última audiência em que atuou como mediador artigo 6° e 7° da mesma lei
impede, sem falar em prazo, que o mediador atue como árbitro ou testemunha
em processos judiciais ou arbitrais pertinentes a conflitos em que tenha atuado
como mediador.

9. O que é mediação privada?


A mediação privada, como o seu nome indica, é privada, ou seja ,não se
realiza e nem se inicia perante o Poder Judiciário.

10. Quais os requisitos essenciais da Cláusula de mediação e do convite?


A mediação extrajudicial convite diante do surigimento de um conflito, a parte
que deseja o acordo faz um “convite” à outra para que elas iniciem o
procedimento de mediação extrajudicial.
Esse convite poderá ser feito por qualquer meio de comunicação e deverá
estipular o escopo (objetivo) proposto para a negociação, a data e o local da
primeira reunião. “(Cláusula de Mediação)” é possível que as partes prevejam
no contrato que os litígios envolvendo aquele pacto serão resolvidos por meio
de mediação. Assim, as partes se comprometam a tentar a mediação antes de
buscarem o Poder Judiciário ou a arbitragem para decidir o conflito. A isso se
dá o nome de “Cláusula de Mediação”.
Precisa conter as seguintes informações
I- Prazo mínimo e prazo máximo para a realização da primeira reunião
de mediação, contado a partir da data de recebimento do convite; II-
local da primeira reunião de mediação; III- Critérios de escolha do
mediador ou equipe de mediação; (Já o convite) A parte pode – a)
Aceitar o início da mediação; b) Recusar expressamente a mediação;
c) Não responder, o que significa que recusou o convite.

Peça 05: Questionário parte 1


1) O que é arbitragem?
As partes envolvidas em um conflito podem escolher uma pessoa, física ou
jurídica, para solucionar a lide, deixando de lado a prestação jurisdicional
estatal. A arbitragem só poderá ser instituída para os conflitos que envolvam
direitos disponíveis e partes capazes. A arbitragem é chamada de “Arbitragem
Institucional” quando as partes optam por escolher uma pessoa jurídica de
direito privado constituída para esse fim. Em regra, essa pessoa jurídica é
denominada de “Câmara de arbitragem”.
A Câmara de arbitragem funciona como um pequeno juízo, possuindo
regulamento próprio ao qual as partes estarão submetidas. Possuem, também,
secretária, sistema de intimação, sala de audiências etc. Podem as partes
optarem pela arbitragem ad hoc, ou seja, podem escolher uma pessoa física
como arbitro e acordar sobre todo o procedimento arbitral ao que se
submeterão.
Previsão legal: A arbitragem vem prevista nas lei 9.307/96, que dispõe em seus
dois primeiros artigos:
“Artigos 1º - As pessoas capazes de contratar poderão valir-se da arbitragem
para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. § 2°. A
arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes.
§1°, §2°, § 3°.
A lei que regula o procedimento da arbitragem em nosso país é a Lei
Federal nº 9.306 /1996, que determina que qualquer pessoa capaz de
contratar, poderá valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a
direitos patrimoniais disponíveis.
Por direito patrimonial disponível, entende-se tudo aquilo que a pessoa
(física ou jurídica), tenha como seu e possa negociar, ceder, doar,
empenhar etc. Evidentemente, bens que componham o património público
não podem se sujeitar à arbitragem.

2) Quais as vantagens do procedimento arbitral?

Segurança jurídica: a sentença arbitral tem a mesma validade e segurança


jurídica da sentença judicial, e está sujeita aos mesmos efeitos, podendo
ser executada em caso de descumprimento. A decisão arbitral tem,
portanto, autoridade de coisa julgada e é passível de execução, nos termos
do artigo 475- N, IV, do NCPC.
Rapidez – As partes fixam o prazo para que a Sentença Arbitral seja
proferida. Quando as partes não estipulam o prazo, o artigo 23 da lei
9.307 /96 convenciona o prazo máximo de até 06 (seis) meses para ser
finalizada a arbitragem.
Economia: A maior economia representa o tempo fixado pelas partes para
ser proferida a “Sentença Arbitral”.
Sigilo: A característica principal dos métodos eficientes e adequados de
solução de conflitos é o sigilo, pois somente às partes em litígio interessa se
o processo pode se tornar público ou não.
Especialidade: As partes poderão escolher árbitros experts nas matérias
objeto de conflito (facilitando a possibilidade de uma decisão técnica, mas
justa e menos onerosa. Sem a necessidade de peritos): ao contador,
conhecimentos de contabilidade; ao Engenheiro, conhecimentos de
engenharia; ao Economista, conhecimentos de finanças, e assim por diante.
Autonomia de Vontade: As partes em litígio convencionam com liberdade se
o Juízo Arbitral será de Direito o de Equidade; nos usos e costumes, nas
leis internacionais de comércio, ou ainda conforme regulamentos de uma
entidade institucional ou Órgão Arbitral.
Preservação da imagem da empresa: em face do desenvolvimento verbal
adequado das questões, realizado através, das Técnicas de Resolução de
Conflitos, normalmente estarão estabelecidas condições de melhor
entendimento e resolução de possíveis litígios futuros, além de preservar a
imagem da empresa como comprometida em solucionar de forma
consensual seus conflitos, mantendo, assim seus clientes e
relacionamentos.
Gestão de Conflitos /Benefícios:
Nas disputas, comerciais ou não, o tradicional sistema destrói as
possibilidades de boas relações e diálogos de forma permanente. Com o
uso das técnicas de Resolução de conflitos e profissionais capacitados no
seu emprego, cria-se ambiente favorável ao entendimento e aos acordos
trazendo benefícios a todos os envolvidos e a excelência nos
relacionamentos futuros.
Informalidade e Flexibilidade: os ambientes informais e flexíveis criam uma
atmosfera mais propícia do consenso, de modo que em todos os conflitos o
que se busca é a cooperação, a negociação, trata-se de processo
absolutamente desburocratizado, sem atuações, vistas, carimbos, prazos e
recursos desnecessários.

3) Dê exemplos de tratamento sobre o tema arbitragem no CPC.


Os artigos 485VII e 1012, §1°, IV, do CPC e lei 9.307/96.
4) Existem súmulas dos Tribunais Superiores relacionados à
arbitragem? Desenvolva.
Em decisão da 3ª Turma, ficou estabelecido que o judiciário não pode
intervir em discussões que já aconteçam em corte arbitral, nem mesmo
julgando ações cautelares. O entendimento foi dado no Recurso Especial
número 1.297.974, relatado pela ministra Nancy Andrighi.
5) Quais teorias explicam a natureza jurídica da arbitragem?
São três correntes principais que tentam definir a natureza jurídica da
arbitragem.
A primeira delas é a corrente contratual ou privatista, que a arbitragem teria
natureza contratual privada, pois haveria necessariamente um contrato
estabelecido entre as partes para a sua instituição. Além disso, afirmava o
caráter privado haja vista que o arbitro não é um membro do poder
judiciário, e dessa forma a sua função não poderia ser pública, tal como um
juiz.
A segunda corrente, denominada corrente Jurisdicional ou Publicista,
acreditava que o árbitro, tal, como o juiz de direito, tem a função judicante,
ou seja, ambos têm o poder de aplicar o direito ao caso concreto.
Afirmavam, também, que a jurisdição não se daria somente no âmbito do
Estado, podendo também ser exercida pelo árbitro, mesmo que este não
tire proveito da condição de agente público. Ainda, alegavam que o
exercício da arbitragem se revelaria numa autêntica participação popular na
administração da Justiça, o que não prejudicava o caráter público da
atividade julgadora.
Por fim, a corrente Mista ou Hibrida mistura conceitos de ambas as
correntes anteriormente mencionadas. Assim, acreditavam que a
arbitragem possuiria seu aspecto contratual, pois no momento de sua
adoção haveria a necessidade de uma convenção pelas partes, mas não
negavam que sua função fosse judicante, ou seja, acreditavam que o papel
do árbitro se assemelhava com o de um juiz.

6) O que é arbitrabilidade? Discorra sobre seus tipos.


A arbitragem é considerada uma técnica que tem por fim a solução de
controvérsias por um ou mais árbitros eleitos mediante acordo de vontade
das partes envolvidas, sem interveniência do Estado:
1º modalidade – Arbitragem Interna e Arbitragem Internacional.
A arbitragem nacional consiste na relação jurídica envolvendo, elementos
vinculados a uma mesma ordem jurídica, residindo as partes litigantes no
mesmo Estado onde o laudo deve ser cumprido.
Enquanto a arbitragem internacional relaciona-se com legislação em
conexão com mais de um ordenamento, jurídico, estando as partes
domiciliadas em local diverso daquele onde a decisão arbitral será
executada, podendo ser inclusive em um terceiro país.
2ª Modalidade
A Arbitragem Ad Hoc e a Arbitragem Institucional.
Dar a devida atenção a diferenciação entre arbitragem institucionalizada, a
qual se caracteriza pela atuação de um órgão especializado de natureza
permanente com organização e regulamentação pré- estabelecidas; e
arbitragem ad hoc, que se caracteriza pela criação de tribunal arbitral com
árbitros e regras estabelecidas pelas partes litigantes.
3ª Modalidade: A Arbitragem Objetiva e Subjetiva.
Como a arbitragem se caracteriza por um processo paraestatal na solução
de controvérsias, deve-se atentar quando sua utilização será cabível. O
estudo da viabilidade, ou não, da submissão de um determinado Estado à
arbitragem, deve enfrentar, necessariamente, a questão da arbitrabilidade.
Nesse passo, a arbitrabilidade deve ser compreendida sob a vertente
subjetiva, que se refere à capacidade daqueles que podem submeter-se a
arbitragem, e sob a vertente objetiva, que diz respeito à matéria passível de
ser objeto de transação, e assim passível de ser arbitrável. Neste último
caso, têm-se os direitos patrimoniais disponíveis. No tocante à
arbitrabilidade subjetiva, é preciso levar em consideração o que dispõe a
especialidade de cada ordenamento jurídico.
4ª Modalidade: A Arbitragem de Investimentos
É um procedimento para resolver disputas entre investidores estrangeiros e
Estados de acolhimento (também chamado de Solução de Controvérsias
Investidor Estado ou ISDS). A possibilidade de um investidor estrangeiro
que terão acesso a árbitros independentes e qualificados que irão resolver o
deferindo e proferir a sentença exequível.
Isso permite que o investidor estrangeiro para contornar jurisdições
nacionais que possam ser percebidos para resolver a disputa de acordo
com diferentes proteções oferecidas por tratados internacionais.
Para um investidor estrangeiro ser capaz de iniciar uma arbitragem de
investimento, um Estado de acolhimento deve ter dado consentimento para
esta.

7) O que são direitos patrimoniais disponíveis?


No tocante ao direito patrimonial disponível, este pode ser definido como
aquele que possui expressão econômica e de que as partes podem
livremente dispor, sem que haja norma de caráter cogente, visando
resguardar os interesses da coletividade. Exige, portanto, o exame da
legislação aplicável a cada caso. É a designação de caráter genérico dada
a toda sorte de direito que assegure o prazo ou fruição de um bem
patrimonial, ou seja, uma riqueza ou qualquer, bem, apreciável
monetariamente. Desse modo, o direito patrimonial, em regra, deve ter por
objeto um bem que esteja em comércio ou que possa ser apropriado ou
alienado.
8) É possível utilizar a arbitragem mesmo quando não exista Cláusula
contratual prévia?
Sim a lei permite que mesmo sem Cláusula Contratual possa ser utilizada.
Para isso, depois de sugerida a controvérsia, as partes precisam estar de
comum acordo e assinarão um documento particular chamado de
Compromisso Arbitral na presença de duas testemunhas.
9) Arbitragem de direito e arbitragem de equidade são sinônimas?
Arbitragem de direito é aquela em que os árbitros decidirão a controvérsia
fundamentando-se nas regras de direito brasileiro ou outro escolhido pelas
partes. Na arbitragem de direito o Árbitro ou Tribunal Arbitral deverá se ater
ao estrito cumprimento ao princípio da legalidade aplicando-se, para
resolver a lide, as normas do direito positivo escolhido pelas partes. Em
outros termos, deverá o conflito ser composto com base nas normas do
direito objetivo, devendo o árbitro se pautar pela estrita observância da
legalidade na solução a ser dada à lide que lhe é submetida.

10)Quem pode ser arbitro?


De acordo com o artigo 13 da lei Brasileira de Arbitragem, pode ser árbitro
qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.
Observações: Também se procura escolher árbitros que tenham
conhecimento específico sobre a matéria, sendo sempre importante que o
árbitro tenha conhecimentos básicos sobre direito e arbitragem.
Em resumo o Árbitro deve ser competente, diligente, independente, discreto
e imparcial durante todo o procedimento arbitral para evitar medidas
anulatórias posteriores.
O Árbitro pode ser qualquer pessoa que tenha os requisitos acima
apresentados, não sendo necessária a realização de qualquer concurso
específico.
Peça 06
Questionário parte 2
1) Quais são os princípios relacionados à arbitragem?

Art. 166.
A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da
imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da
informalidade e da decisão informada.

§ 1º A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do


procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por
expressa deliberação das partes.
§ 2º Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador,
assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos
ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação.
§ 3º Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o objetivo de proporcionar
ambiente favorável à autocomposição.
§ 4º A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos
interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras procedimentais.

2) Explique as espécies de arbitragem.

TIPOS DE ARBITRAGEM – CLASSIFICAÇÃO


Arbitragem Voluntária - É aquela em que as partes tomam a iniciativa de
resolver suas diferenças pela via Arbitral em detrimento do processo judicial.
Arbitragem Obrigatória - É aquela que é imposta independentemente da
vontade das partes. Embora essa modalidade de arbitragem seja aceita e
praticada em alguns países, no Brasil haveria violação da nossa Constituição.
Arbitragem Informal - É aquela realizada apenas pelo bom senso dos
participantes, não havendo regras definidas. Por isso mesmo, a arbitragem
Informal não é aceita pelo Poder Judiciário quando da execução da sentença.
Arbitragem Formal - É aquela realizada segundo as regras ditadas pela Lei
Federal N0 9.307 de 29/09/1996. É legal, tem amparo da lei e, na execução da
sentença, pode utilizar-se de todo aparato público e até a força policial, se for
necessário.
Arbitragem de Direito - É aquela em que o ÁRBITRO toma a decisão
baseando-se nas normas de direito positivo. São empregados apenas
argumentos objetivos.
Arbitragem de Equidade - É aquela em que o ÁRBITRO pode tomar a decisão
baseando-se no seu sentimento de justiça, considerando as circunstâncias
particulares do caso que está sendo arbitrado.
Arbitragem "ad hoc" - É aquela em que as regras do processo são
determinadas pelos participantes, é claro, em consonância direta com as Leis
da Arbitragem.

Arbitragem Institucional - É aquela em que as regas do processo são


determinadas por uma instituição não-governamental constituída
especificamente para esse fim. Esta instituição é conhecida como Tribunal
Arbitral.
Arbitragem Interna - É aquela em que a sentença é proferida no território
nacional.
Arbitragem Internacional - É aquela em que a sentença é proferida em outro
país mas que deve ser executada no Brasil. A legislação brasileira reconhece a
validade de uma Sentença Arbitral, entretanto faz algumas exigências
adicionais para ser reconhecida pelo Poder Judiciário brasileiro.

3) O que é convenção arbitral?


Convenção de arbitragem é gênero, cujas espécies são Cláusula
Compromissória e o Compromisso Arbitral.
A primeira é definida previamente, antes do surgimento do conflito de
interesses, por meio do contrato.
Já a segunda é definida, também de comum acordo, após o surgimento do
conflito de interesses.
Ambas têm, por objetivo, a instauração de procedimento arbitral, inviabilizando,
portanto, a solução do conflito por meio do juízo estatal.

4) O que é Cláusula arbitral e cláusula compromissória?


A cláusula arbitral ou compromissória é a cláusula onde as partes determinam
que as disputas relativas a um contrato serão resolvidas através de arbitragem.
Existem duas modalidades de cláusulas compromissórias:
A vazia e a cheia.
Já cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um
contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a
surgir, relativamente a tal contrato.
A cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito, podendo estar
inserta no próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira.
Reportando-se as partes, na cláusula compromissória, às regras de algum
órgão arbitral institucional ou entidade especializada, a arbitragem será
instituída e processada de acordo com tais regras, podendo, igualmente, as
partes estabelecerem na próxima cláusula, ou em outro documento, a forma
convencionada para a instituição da arbitragem.
Exemplo: Qualquer conflito ou litígio originado do presente contrato, inclusive
no tocante a sua interpretação ou execução, será definitivamente resolvido por
arbitragem de acordo com a lei 9.307 /96, por árbitro e julgamento único na
câmara de mediação e Arbitragem do Paraná – CMA-PR, localizada na Rua
Visconde do Rio Branco, nº 969, 1º andar, Curitiba, Paraná.
Na falta de consenso sobre a indicação do árbitro, as partes aceitam a
indicação da Câmara de Mediação e Arbitragem do Paraná.
Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o
aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar,
expressamente com a sua instituição, desde que por escrito em documento
anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa
cláusula.

5) O que é compromisso arbitral?

É o termo firmado entre as partes, representando sua concordância em


submeter um conflito à arbitragem. Frise-se que o compromisso arbitral poderá
ser estabelecido independentemente da existência de cláusula
compromissória, podendo ser elaborado, inclusive, no curso do próprio
procedimento arbitral, devendo, no entanto, ser firmado antes do início da
audiência de tentativa de conciliação.

6) Discorra sobre a sentença arbitral.


É o comando privado emitido por árbitro ou tribunal arbitral constituído
legitimamente e com jurisdição para prolação da decisão.
A sentença arbitral será proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada tendo
sido convencionado, o prazo para a apresentação da sentença é de 06 seis
meses, contado da instituição da arbitragem ou da substituição do árbitro.
As partes e os árbitros, de comum acordo, poderão prorrogar o prazo
estipulado (artigo 23).
A decisão do árbitro ou dos árbitros será expressa em documento escrito.
Quando forem vários os árbitros, a decisão será tomada por maioria. Se não
houver acordo majoritário, prevalecerá o voto do presidente do tribunal arbitral.
O árbitro que divergir da maioria, se quiser, declarará seu voto em separado.

7) Cabe recurso do procedimento arbitral?


Da sentença arbitral não cabe recurso, mas à parte interessada cabe solicitar a
correção de erro material da sentença ou esclarecimento acerca de
obscuridade, dúvida ou contradição da decisão. Já decisão judicial caberá
recurso na maioria das situações.
8) Quem julga a questão levada a arbitragem? A Câmara ou o Árbitro?
O árbitro é a pessoa escolhida para analisar e julgar o conflito levado a
arbitragem.
O árbitro é a pessoa eleita pelas partes envolvidas no conflito (ou, se elas
assim preferirem, pela câmara de arbitragem) para julgar a controvérsia. Em
resumo, seu papel é o de juiz do processo de arbitragem – com a diferença
de que ser árbitro é uma condição temporária, e não uma profissão, como a
de juiz.
9) O procedimento arbitral necessita de advogado?
Segundo o artigo 21 paragrafo 3° da lei9.307/96 prevê “As partes poderão
postular por intermédio de advogados, respeitando, sempre, a faculdade de
designar quem as represente ou assista no Procedimento Arbitral”.
10)Como termina um procedimento arbitral E como se faz cumprir?
Se o procedimento terminar na fase de conciliação o Árbitro prolata uma
sentença do acordo conforme o artigo 28 da lei. Caso vá para arbitragem,
termina com uma decisão imposta pelo árbitro em forma de Sentença Arbitral,
cuja eficácia é a mesma da Sentença Judicial e sendo condenatória constitui
Título Executivo.
A Sentença Arbitral é um título executivo, se a parte vencida não cumprir
promove-se a execução da Sentença, tal como faria se fosse o caso de uma
Sentença Judicial.

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