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CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
AÇÕES POSSESSÓRIAS
CPC Art. 554 a 568; C. CIVIL 1210;
Posse e propriedade são fenômenos jurídicos inconfundíveis e
independentes. A posse está prevista no Art. 1.196 e seguintes
do C.CIVIL e a propriedade no Art. 1.225, I e seguintes do C
CIVIL.
A posse tem a sua proteção nas ações possessórias (Art. 1.210
do C.CIVIL), que são três: o interdito proibitório (Art. 567
CPC); a manutenção na posse (Art. 560 CPC) e a reintegração
na posse (Art. 560 CPC).
A propriedade fundamenta a sua proteção nas ações petitórias
ou reivindicatórias (Art. 1.228 C CIVIL).
A discussão a respeito de a posse ser fato ou direito e a ação
possessória ter natureza real ou pessoal existe há muitos
séculos e vai perdurar muito mais.
As ações possessórias caracterizam-se dentre outras
qualidades pelo principio da fungibilidade, que considera a
utilidade da ação proposta para todos os efeitos da prestação
da tutela jurisdicional, devendo o juízo apreciar o pedido e
outorgar a prestação legal ao caso, conforme a prova
produzida (Art. 554 CPC). Assim, se o possuidor propuser o
interdito proibitório cuja finalidade é evitar que a posse seja
turbada ou esbulhada, e no curso do processo a posse for
esbulhada, o juízo deverá proferir sentença de reintegração na
posse.
Se muitos forem os réus na ação possessória, serão feitas a
citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no
local e a citação por edital dos demais, determinando-se,
ainda, a intimação do Ministério Público e a Defensoria
Pública se envolver pessoas em situação de hiposuficiência
econômica (Art. 554 § 1º CPC). O oficial de justiça procurará
os ocupantes no local por uma vez, procedendo-se a citação
por edital dos que não forem encontrados (Art. 554 § 2º CPC).
O juizo deverá determinar a ampla publicidade da ação
proposta e dos prazos assinados, podendo valer-se de anúncios
em jornal ou rádio locais, publicação de cartazes na região do
conflito e outros meios de divulgação (Art. 554 § 3º CPC).
Ao pedido possessório o autor pode cumular com o pedido
condenatório em perdas e danos e indenização dos frutos, sem
prejuízo de requerer a imposição de medias necessárias e
adequadas para evitar nova turbação ou esbulho, e promover o
cumprimento da tutela provisória ou final (Art. 555 e p.u.
CPC).
As ações possessórias têm natureza dúplice e por esta razão a
tutela possessória será sempre outorgada ao verdadeiro
possuidor não sendo relevante se ele ocupa o polo ativo ou
passivo na ação.
Assim, o réu pode na sua contestação demandar a proteção
possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da
turbação ou esbulho cometido pelo autor (Art. 556 CPC).
A exceção de domínio não pode ser oposta na pendência da
ação possessória, estabelecendo a regra material que não obsta
à manutenção ou reintegração na posse a alegação de
propriedade ou de outro direito sobre a coisa (Art. 557 e p. u.
CPC, c/c Art. 1.210, § 2º do C.CIVIL). Conforme a Súmula
487 do STF, a exceção do domínio somente será aplicada se
os litigantes disputam a posse com fundamento no direito de
propriedade ou houver dúvida da posse de ambos.
O procedimento especial é cabível se a ação for proposta
dentro de um ano e dia contado da turbação ou esbulho e
passado esse prazo deverá ser proposta pelo procedimento
comum (Art. 558 e p.u. CPC).
O CPC cria situação no mínimo embaraçosa quando estipula a
necessidade de caução para o possuidor que foi
provisoriamente mantido ou reintegrado na posse. Diz a lei
que se o réu provar que o beneficiário da tutela provisória não
tiver condições financeiras para responder pela sucumbência e
as perdas e danos, o juiz deverá ordenar que em 05 dias seja
prestada a caução real ou fidejussória, a menos que a parte
seja hiposuficiente (Art. 559 CPC). Resulta dessa disposição
confusa enorme incerteza, pois não evita o dano e nem
assegura a sua reparação se ocorrer a parte final, impondo o
ônus da prova a quem alegar.
Na petição do interdito proibitório, o possuidor direto ou
indireto (Art. 1.197, C.CIVIL) alegando e provando justo
receio de ser molestado em sua posse pode pedir ao juízo que
o segure na sua posse contra eventual turbação ou esbulho
iminentes, mediante a expedição de mandado proibitório, com
a cominação de multa pecuniária e/ou medida coercitiva caso
transgrida a ordem (Art. 567 CPC). Havendo modificação na
situação de fato no curso da ação, o juizo aplicará o princípio
da fungibilidade da tutela possessória.
Na petição inicial para a ação de manutenção ou reintegração
de posse, o autor deve alegar e provar a sua posse, a turbação
ou o esbulho do réu, a data da turbação ou do esbulho e a
continuação da posse no caso se turbação e a sua perda no
caso de reintegração (Art. 561 CPC). Se, ao examinar a
petição inicial e a provas anexadas o juizo se convencer, sem
ouvir o réu, deferirá a expedição do mandado de manutenção
ou reintegração. Não se convencendo suficientemente,
determinará que o autor justifique previamente o alegado, em
audiência de justificação, citando-se o réu para comparecer. Se
a ação é movida contra pessoas jurídicas de direito público,
não será deferida liminar de manutenção ou reintegração, sem
a prévia audiência dos representantes judiciais (Art. 562 e p.u.
CPC).
Considerada suficiente a justificação, será expedido o
mandado de manutenção ou reintegração (Art. 563 CPC).
Neste caso, o prazo para o réu contestar terá início a partir da
intimação da decisão que deferiu ou indeferiu a medida
liminar (Art. 564 p.u. CPC).
Poderá, ainda, o juizo indeferir de plano a medida liminar se
estiver convencido suficientemente do não cabimento. Neste
caso, o autor, intimado da decisão deverá prover os meios para
a citação do réu nos 05 dias subseqüentes, para que, se quiser
apresente contestação no prazo de 15 dias(Art. 564 caput
CPC).
Se a ação envolver litígio coletivo sobre a posse de imóvel,
quando a turbação ou esbulho houver acontecido há mais de
ano e dia, antes de apreciar o pedido de concessão da medida
liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se
em até 30 dias, intimando-se para comparecer à audiência o
Ministério Público e se houver parte beneficiária de gratuidade
da justiça a Defensoria Pública (Art. 565 e § 2º CPC). Será,
também designada audiência de mediação com a intimação do
Ministério Público e a Defensoria Pública, se o juízo houver
deferido anteriormente a medida liminar e esta não for
executada no prazo de um ano, a contar da distribuição da
ação (Art. 565 § 1º CPC).
O comparecimento do juiz à área objeto do litígio é facultado
pelo CPC (Art. 565 § 3º CPC). Poderá, ainda, o juízo intimar
para a audiência de mediação os órgãos responsáveis pela
política agrária e pela política urbana da União, do Estado ou
Distrito Federal e do Município a fim de se manifestarem
sobre o seu interesse no processo e sobre a existência de
solução para o conflito (Art. 565 § 4º CPC).
AÇÃO DEMARCATÓRIA E DIVISÓRIA
CPC Art 569 a Art. 598; C. CIVIL Art. 1297e Art. 1320
OPOSIÇÃO
Art. 682 a Art. 686 CPC; Art. 1.228 do CCIVIL
A oposição é a ação cabível quando o terceiro pretender, total
ou parcialmente, a coisa ou o direito, que está sub judice em
um processo originário no qual litigam sobre ela autor e réu
(Art. 682 do CPC).
A ação de oposição deve ser proposta tanto contra o autor,
quanto do réu da ação originária, existindo assim
litisconsórcio passivo necessário, devendo ser proposta até a
prolação da sentença( Art. 682 CPC.
O autor na oposição (legitimado ativo) será denominado
opoente, e os sujeitos passivos serão denominados opostos,
que são as partes do processo originário.
A oposição – que preencherá no que couber os requisitos do
Art. 319 do CPC (petição inicial) – será distribuída por
dependência ao processo principal e admitido o processamento
da oposição, esta será apensada aos autos da ação principal e
tramitará simultaneamente a ela, sendo ambas as demandas
julgadas pela mesma sentença (Art. 683 e Art. 685 do CPC)
Se a oposição for proposta após o início da audiência de
instrução, o juiz suspenderá o curso do processo principal ao
fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade
da instrução atende melhor ao Princípio da Duração Razoável
do processo (Art. 685, p. u.).
Os opostos (autor e réu da ação principal) serão citados para
oferecerem contestação, no prazo comum de 15 dias (Art. 683,
p.u.).
Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra
o outro prosseguirá o opoente (Art. 684 CPC).
Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a
oposição, deve julgar em primeiro lugar a oposição (Art. 686
CPC).
HABILITAÇÃO
Art. 110; Art. 687 a Art. 692 CPC
A habilitação é o procedimento pelo qual os herdeiros ou
interessados substituem a parte que faleceu, estando em curso
o processo (Art. 687 CPC). A habilitação pode ser requerida
pela parte em relação aos sucessores do falecido, ou pelos
sucessores do falecido em relação à parte (Art. 688 CPC). A
habilitação será processada nos autos principais, na instancia
em que estiver, suspendendo-se, a partir de então o processo
(Art. 689 CPC). Citados pessoalmente se não tiverem
advogado nos autos. os requeridos deverão pronunciar-se no
prazo de 05 dias (Art. 690 e p.u. CPC). O juiz decidirá de
plano o pedido de habilitação, não havendo a necessidade de
dilação probatória diversa da documental. No caso de
necessidade de audiência de instrução, determinará a autuação
do pedido em apartado e designará dia para a audiência (Art.
691 CPC).
Transitada em julgado a sentença de habilitação, o processo
principal retomará o seu curso e cópia da sentença será juntada
aos autos principais (Art. 692 CPC).
AÇÕES DE FAMILIA
Art. 693 a Art. 699 CPC; Art. 1583; Art. 1.632; Art. 1.723
C.CIVIL
As “ações de família”, englobam os processos contenciosos de
divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união
estável, guarda, visitação e filiação. Relativamente à ação de
alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou
adolescente, a aplicação do CPC será subsidiária(Art. 693 e
p.u.).
Para a ação de alimentos aplicam-se as regras previstas na Lei
5.478/1968 (lei de alimentos).
Para as ações que versarem sobre o interesse de criança ou
adolescente as normas aplicáveis são as previstas na Lei
8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). O rol
previsto no Art. 693 é exemplificativo.
O Art. 694 ao prever que nas ações de família todos os
esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, o juiz deverá
dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de
conhecimento para a mediação e conciliação. As partes podem
requerer a suspensão do processo a fim de submeterem-se a
mediação extrajudicial ou atendimento multidisciplinar (Art.
694, p.u.). Neste caso o prazo será o que for necessário à
solução consensual. Se não houver, a requerimento de
qualquer das partes o processo retoma o curso.
Ao receber a petição inicial, o juiz determinará, se for o caso,
as providencias referentes à tutela provisória, ordenando o
comparecimento do réu à audiência de mediação e
conciliação. Essa audiência não pode ser dispensada pelas
partes (Art. 695).
O mandado de citação deverá conter apenas dados necessários
à audiência, sem a copia da petição inicial, ficando facultado
ao réu o direito de examiná-la a qual tempo (Art. 695 § 1º). A
citação deverá ocorrer com antecedência mínima de 15 dias
da data designada para a audiência (Art. 695 § 2º). A citação
deve ser feita na pessoa do réu (Art. 695 § 3º). As partes
deverão estar acompanhadas dos seus advogados ou
defensores públicos na audiência. (Art. 695 § 4º). O Art. 696
permite que a audiência de mediação e conciliação seja
dividida em tantas sessões quantas necessárias para viabilizar
a solução consensual, sem prejuízo de providências
jurisdicionais para evitar o perecimento do direito reforçando
o Código a valoração das formas consensuais de resolução de
conflito.
O Enunciado 187 do Fórum Permanente de Processualistas
Civis (FPPC), estabelece que “no emprego de esforços para a
solução consensual do litígio familiar, são vedadas iniciativas
de constrangimento ou intimidação para que as partes
conciliem, assim como as de aconselhamento sobre o objeto
da causa”. Se o acordo não se realizar, o processo retoma o
seu curso e passarão a incidir as normas do procedimento
comum, observado o Art. 335 (Art. 697).
A intervenção do Ministério Público nas ações de família
limita-se a atuar como fiscal da ordem jurídica se houver
interesse de incapaz, , devendo neste caso ser ouvido
previamente à homologação de acordo (Art. 698).
Se o processo envolver discussão sobre fato relacionado a
abuso ou a alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento
do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista (Art.
699). A Recomendação 33/2010 do CNJ aconselha a
realização de depoimento pessoal especial, que deverá ser
realizado em ambiente separado da sala de audiências, com a
participação de profissional especializado, devendo estar os
participantes do ato capacitados para o emprego de técnica do
depoimento pessoal, usando os princípios básicos da entrevista
cognitiva, também chamada de depoimento sem dano.
AÇÃO MONITÓRIA
Art. 700 a Art. 702 CPC
Na vigência das Ordenações do Reino, a ação monitória era
conhecida por “Assinação de 10 dias”.
Costuma a doutrina afirmar que a característica principal do
procedimento monitório é a oportunidade concedida ao credor
de, munido de uma prova literal representativa de seu crédito
sem força executiva, obter com a sua utilização de um título
executivo. Assim, aquele que possui uma prova documental de
um crédito, desprovida de eficácia executiva, pode ingressar
com a demanda monitória para a obtenção de um título
executivo e o cumprimento forçado da obrigação pelo
devedor.
Trata-se, portanto, de uma espécie de tutela diferenciada, que
por meio da adoção de técnica de cognição sumária (para a
concessão do mandado monitório) e do contraditório diferido
(permitindo decisão antes da oitiva do réu), busca facilitar em
termos procedimentais a obtenção de um título executivo
quando o credor tiver prova suficiente para convencer o juiz
da provável existência de seu direito.
Assim, devem ser consideradas as seguintes situações:
(1ª) havendo título executivo, será adequado o processo de
execução e não a ação monitória;
(2ª) não havendo título executivo, mas existindo uma prova
literal e suficiente para convencer o juiz da probabilidade do
direito, será adequada a ação monitória.
(3ª) não havendo título executivo nem prova literal, o credor
deverá propor ação pelo procedimento comum com pedido
condenatório.
A propositura de ação monitória é mera faculdade, porque o
autor pode livremente optar por cobrar sua dívida por meio de
ação de conhecimento pelo rito comum. Optando pela ação
monitória, será observado previsto nos Arts. 700 a 702 do
CPC.
Natureza jurídica
Há entendimentos doutrinários variados a respeito da natureza
jurídica da tutela monitória. O CPC estabelece um
procedimento cognitivo diferenciado, sendo irrelevante para
fins práticos, determinar se tais particularidades
procedimentais são suficientes ou não para a criação de uma
nova espécie de tutela.
A existência de uma prova escrita, sem eficácia de título
executivo e limitada às obrigações de pagamento em soma de
dinheiro, entrega de coisa (fungível ou infungível) ou de bem
(móvel ou imóvel) e adimplemento de obrigação de fazer ou
de não fazer permite a utilização da Ação Monitória.
O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no
sentido de não existir um modelo predefinido dessa prova
escrita, bastando que seja hábil a convencer o juiz da
existência da dívida e editou, ainda, a Súmula 299, segundo a
qual é admissível a ação monitória fundada em cheque
prescrito (AgRg no REsp 399.915-SP).
A prova escrita exigida pelo dispositivo legal é a prova
documental que deverá instruir a petição inicial.
Significa dizer que qualquer espécie de prova, desde que
esteja documentada, pode servir para a instrução da petição
inicial, como ocorre com a prova testemunhal ou pericial
produzida em outro processo também denominada prova
emprestada.
O Art. 700, § 1º, do CPC, expressamente permite que a prova
escrita seja uma prova oral documentada, produzida
antecipadamente nos termos do Art. 381 do CPC.
Além de uma prova documentada por escrito, se exige que a
prova literal indique o quantum debeatur nas obrigações de
pagar quantia, permitindo-se que dois ou mais documentos
apontem com exclusividade o an debeatur e o quantum
debeatur.
Não é possível definir a priori qual é a prova literal exigida
pelo caput do Documentos que não preenchem todos os
requisitos formais para serem considerados títulos executivos,
como o contrato sem a assinatura de duas testemunhas, a
duplicata ou triplicata sem o aceite ou, ainda, o contrato de
abertura de crédito em conta-corrente acompanhado do
demonstrativo de débito são hábeis para o uso da ação
monitória. M Servem também a nota fiscal acompanhada de
prova de recebimento da mercadoria ou da prestação de
serviço .
Na hipótese de ação monitória em face do emitente de cheque
sem força executiva, o prazo prescricional é de cinco anos, a
contar da data de emissão. Também é de cinco anos o prazo
prescricional da ação monitória proposta em face de emitente
de nota promissória, tendo nesse caso como o termo inicial do
prazo o dia seguinte ao vencimento do título.
AÇÃO MONITÓRIA E A FAZENDA PÚBLICA
Art. 700, § 6º; Art. 701§ 4º CPC
A Fazenda Pública é legitimada ativa para a propositura de
ação monitória, para a entrega de coisa móvel e os créditos
pecuniários não fiscais. A Fazenda Pública é também
legitimada passiva para responder à ação monitória.
Se a Fazenda Pública, na qualidade de ré, não apresentar os
embargos à ação monitória (Art. 702 CPC), o juízo proferirá
sentença, sujeita ao duplo grau de jurisdição e uma vez
transitada em julgado será observado o procedimento do
cumprimento da sentença contra a Fazenda Pública (Art. 701,
§4º c/c Art. 496 caput e §3º e Art. 534 e Art. 535 CPC)
Procedimento
A petição inicial segue os termos dos Arts. 319 e 320 do CPC.
Cabe ao autor, na petição inicial, explicitar, conforme o caso:
(I) a importância devida, instruindo-a com memória de
cálculo; (II) o valor atual da coisa reclamada; (III) o conteúdo
patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido
. O valor de causa (Art. 700, §§ 2.º e 3.º CPC ) No tocante à
causa de pedir o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça, defende ser dispensável a alegação fática que
fundamenta o direito alegado pelo autor com base no
contraditório diferido. Em cheque prescrito, por exemplo, para
o Tribunal não há necessidade de descrição da causa debendi.
Havendo dúvida quanto à idoneidade da prova documental
apresentada pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo,
emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento
comum (§ 5º do Art. 700 do CPC).
O juiz poderá indeferir a petição inicial, nos termos do Art.
330 do CPC, ou quando não atender às exigências dos incisos
do § 2° do Art. 700 do CPC. O indeferimento se dá por meio
de sentença recorrível por apelação (Art. 1.009)
Sendo evidente o direito do autor, caberá ao juiz o deferimento
de plano de expedição do mandado monitório (Art. 701 CPC).
No procedimento monitório há cognição sumária,
consubstanciada no convencimento de que há verossimilhança
nas alegações do autor. Ao receber a petição inicial monitória,
e antes de expedir o mandado monitório, o juízo irá analisar o
conjunto probatório e os argumentos usados pelo autor em sua
inicial decidindo sobre a adequação da prova trazida na inicial
à pretensão monitória (Art. 700 e § 1º, CPC).
Expedido o mandado monitório, o réu será citado para integrar
o processo e tomar conhecimento da existência e teor da
demanda contra ele proposta, bem como intimado para a
interposição de embargos ao mandado monitório no prazo de
15 dias. Todas as formas de citação são admitidas, inclusive as
formas de citação ficta (hora certa e edital nesse sentido a
Súmula 282 do STJ Cabe a citação por edital na ação
monitória (Art.700, § 7º, do CPC).
Atitudes do réu
Realizada a citação, o réu poderá adotar no prazo de 15 dias
uma dentre três possíveis posturas: (a) satisfazer a obrigação;
(b) não reagir;
(c) ingressar com embargos ao mandado monitório.
Se pagar, em cumprimento do mandado no prazo legal, o réu
ficará isento do pagamento das custas processuais (Art. 701, §
1º, do CPC), mas os honorários advocatícios deverão ser
pagos no equivalente a 5% do valor da causa (Art. 701CPC).
A omissão do réu em apresentar tempestivamente os embargos
ao mandado monitório ou a falta de pagamento faz com que o
mandado se converta de pleno direito em título executivo
judicial.( Art. 701, § 2º, CPC).
O procedimento monitório admite a reconvenção, podendo o
réu reconvir mesmo sem embargar (Art. 702, § 6º, c/c Art.
343, § 6º, CPC).
A reconvenção não impedirá a constituição do título, em razão
da ausência de defesa pela via dos embargos.
Os embargos ao mandado monitório deverão ser oferecidos no
prazo de 15 dias, independentemente de garantia do juízo (Art.
702 c/c Art. 701 do CPC). Pode, ainda o réu no seu prazo de
resposta formular o pedido de pagamento parcelado do débito
( Art. 701, § 5º, c/c Art. 916 CPC). Assim, neste caso a
apresentação dos embargos será incompatível com o ato do
parcelamento.
Oferecidos os embargos, se o embargante afirmar que o autor
pleiteia quantia superior à devida, deverá declarar o valor que
entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e
atualizado da dívida (Art. 702, § 2º). Se não cumprir a
determinação legal, os embargos serão liminarmente rejeitados
se for o único fundamento; se houver outros fundamentos os
embargos serão processados, mas a questão do excesso não
será apreciada (Art. 702, § 3º). Os embargos suspendem a
eficácia da decisão mandamental até o julgamento em
primeiro grau (Art. 702, § 4º). O Autor da monitória será
intimado para responder os embargos no prazo de 15 dias (Art.
702, § 5º). A critério do juiz, os embargos serão autuados em
apartado, e se forem parciais, o título executivo judicial ficará
plenamente constituído em relação à parcela incontroversa
(Art. 702, § 7º).
Se os embargos forem rejeitados, o título executivo judicial
ficará plenamente constituído, prosseguindo o feito na forma
do cumprimento de sentença (Art. 702, § 8º). Da sentença
proferida nos embargos cabe o recurso de apelação(Art. 702, §
9º). Se o réu apresentar os embargos de má-fé, será condenado
ao pagamento de multa de até 10% sobre o valor da causa, em
favor do autor(Art. 702, § 11º). Se o autor propuser de má-fé a
ação monitória, será condenado ao pagamento de multa de até
10% sobre o valor da causa, em favor do réu(Art. 702, § 10º).
RESTAURAÇÃO DE AUTOS
Art. 712 a Art. 718 CPC
Denomina-se restauração de autos o procedimento especial de
jurisdição contenciosa destinado a refazer os autos do
processo, eletrônicos ou não, quando extraviados ou
destruídos.
O procedimento será desnecessário se houver autos
suplementares, pois, neles que prosseguirá o processo (Art.
712 p.u. CPC).
Qualquer das partes, o Ministério Público ou até mesmo o
magistrado, de ofício, tem legitimidade para dar início ao
procedimento (Art. 712 CPC).
A reconstrução tem que levar em conta o que ocorreu no
processo até o momento em que se deu o desaparecimento e,
por essa razão,
a petição inicial deve as informações e os documentos
porventura
existentes a seu respeito, tais como certidões e cópias de
petições, além de outros documentos que facilitem ou
viabilizem a restauração (Art. 713 CPC). A parte contrária
será citada para, 05 dias, contestar o pedido e exibir as cópias
e reproduções dos atos processuais que tiver consigo (Art. 713
CPC). Pode acontecer de o réu não se opor ao pedido,
hipótese em que será lavrado auto que, assinado pelas partes e
homologado pelo magistrado, suprirá os autos desaparecidos
(Art. 714, § 1º CPC). Se o réu não contestar ou for parcial sua
concordância com o pedido, deverá ser observado o
procedimento comum (Art. 714, § 2º CPC).
Se a perda dos autos deu-se após a produção das provas em
audiência, elas serão repetidas, de preferência com a oitiva das
mesmas testemunhas e na impossibilidade poderão ser
substituídas de oficio ou a requerimento, e se não houver
certidão ou cópia do laudo pericial,far-se-á nova perícia sendo
possível pelo mesmo perito; se não houver certidão de
documentos, esses serão reconstruídos mediante cópias ou
outro meio(Art. 715, §§ 1º, 2º e 3º CPC).
Os serventuários e auxiliares da justiça não podem eximir-se
de depor como testemunhas a respeito de atos que tenham
praticado ou assistido (Art. 715, § 4º CPC). Se o juiz houver
proferido sentença d qual ele próprio ou o escrivão possua
cópia, esta será juntada aos autos e terá a mesma autoridade da
original (Art. 715, § 5º CPC).
Realizadas as provas que se fizerem necessárias, o magistrado
julgará a restauração, seguindo-se o processo em seus
ulteriores termos (Art. 716 CPC). Na decisão respectiva, deve
ser responsabilizado quem deu causa ao desaparecimento dos
autos, pelas custas e pelos honorários advocatícios, sem
prejuízo da responsabilidade CIVIL, penal ou profissional que
incorrer (Art. 718 CPC). Se os autos originais aparecerem,
neles passarão a ser praticados os autos processuais, sendo
apensados os da restauração (Art. 716, p. u. CPC).
Se o desaparecimento dos autos tiver ocorrido no tribunal, o
processo será distribuído sempre que possível ao relator do
processo, restaurando-se no juízo de origem os atos nele
realizados e após completar-se-á a restauração no tribunal,
procedendo ao julgamento (Art. 717 §§ 1º e 2º CPC).
NOTIFICAÇÃO E INTERPELAÇÃO
Art. 726 a 729 CPC
A finalidade da notificação é dar ciência (formal) a pessoas
participantes da mesma relação jurídica de assunto
juridicamente relevante e pode ser instrumentalizada pela via
do procedimento de jurisdição voluntária (Art. 726 CPC).
Se a ciência for dirigida ao público em geral, a publicação de
edital somente será deferida se o magistrado entender que ela
seja necessária para resguardo de direito e se a pretensão for
fundada (Art. 726, § 1º CPC).
Mais específica, a interpelação destina-se a dar ciência ao
requerido para que ele faça ou deixe de fazer o que o
requerente entenda ser de seu direito (Art. 727 CPC).
O requerido poderá ser ouvido previamente, antes do
deferimento da notificação ou da publicação do respectivo
edital, se houver suspeita de que o o requerente pretende
finalidade ilícita com a notificação ou o edital ou quando for
requerida a averbação da notificação em registro público (Art.
728 CPC). Realizada a notificação ou a interpelação, os autos
respectivos, quando não se tratar de autos eletrônicos, serão
entregues ao requerente (Art. 729).
As mesmas diretrizes devem ser aplicadas ao protesto judicial
(Art. 726, § 2º).
ALIENAÇÃO JUDICIAL
Art.730 c/c Art. 879 a 903 CPC
A alienação judicial deverá ser feita, nos casos legais, pela via
do procedimento de jurisdição voluntária.
Não havendo acordo entre os interessados como se deve
realizar a alienação , nos casos legais, o juiz, de ofício se em
processos pendentes ou a requerimento dos interessados ou do
depositário mandará proceder à alienação da coisa em leilão,
judicial eletrônico ou presencial( Art. 730 c/c Art.879 a Art.
903 CPC).
TESTAMENTOS E CODICILOS
Art. 735 a Art. 737 CPC; Art. 1.857 a Art. 1885 e Art.
1.980 C.CIVIL
O quarto procedimento especial, que se estende dos Arts. 735
a 737, disciplina a forma pela qual os testamentos (sucessão
definida por alguém em favor de outrem sobre seu próprio
patrimônio nos termos dos Arts. 1.786, 1.788, 1.789 e 1.857
do C.CIVIL) e os codicilos (escrito particular, revogável,
datado e assinado, feito por pessoa capaz de testar com o
objetivo de fazer disposições especiais sobre o seu enterro,
sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas
pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar,
assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de
seu uso pessoal e, ainda, nomear ou substituir testamenteiros,
consoante os Arts. 1.881 a Art.1.885 do C.CIVIL) serão
abertos e confirmados perante a autoridade judiciária que
também determinará, se for o caso, seu cumprimento.
O procedimento varia de acordo com tipo de testamento.
A abertura do testamento cerrado observará o disposto no Art.
735 do CPC, devendo o juízo abrir e determinar que o
escrivão faça a leitura do documento na presença do
apresentante, se o testamento não apresentar algum vício
externo que o torne suspeito de nulidade ou falsidade. Do
termo de abertura deverá constar o nome do apresentante e
como ele obteve o testamento, a data e o lugar do falecimento
do testador e qualquer dado importante (Art. 735 §1º CPC).
Depois de ouvido o Ministério Público e não havendo dúvidas
a ser esclarecidas o juízo mandará registrar, arquivar e cumprir
o testamento, determinando a intimação do testamenteiro para
assinar o termo do testamento, ou, se não houver testamenteiro
nomeado, ou estiver ausente ou não aceitar o encargo, o juízo
nomeará testamenteiro dativo (Art. 735 §§2º; 3º e 4º CPC c/c
Art. 1.984 do C.CIVIL).O testamenteiro deverá cumprir as
disposições testamentárias e prestar contas do que recebeu e
despendeu (Art. 735 §5º CPC c/c Art. 1.980 C.CIVIL). O
testamento público segue, no que couber o procedimento do
Art.735 do CPC, conforme determinação contida no Art. 736
do CPC.
A publicação do testamento particular poderá ser requerida,
depois da morte do testador, pelo herdeiro, pelo legatário, pelo
testamenteiro ou pelo terceiro detentor do testamento, se
impossibilitado de entregá-lo a algum dos outros legitimados
para requer ( Art. 737CPC). Deverão ser intimados os
herdeiros que não tiverem requerido a publicação do
testamento, bem como o Ministério Público e se presentes os
requisitos legais o juízo confirmará o testamento, seguindo o
procedimento conforme as regras dos parágrafos Art. 735
(Art. 737 §§ 1º ; 2º e 4º CPC). As regras do testamento
particular aplicam-se também aos codicilos e aos testamentos
marítimo, aeronáutico, militar e nuncupativo (Art. 737, § 3º
CPC).
Herança jacente
Art. 736 a Art. 743 CPC; Art. 1.819 a Art. 1.823 C.CIVIL
A herança jacente, quinto procedimento especial de jurisdição
voluntária, tem como finalidade a arrecadação dos bens do
falecido que não deixa herdeiros conhecidos e a sua colocação
sob a guarda de um curador. Se eventuais herdeiros não
atenderem aos editais publicados especificamente para sua
convocação, a herança será declarada vacante e os bens
passam ao patrimônio dos Municípios ou do Distrito Federal
conforme a sua localização (Art. 1.822, do CCIVILIVIL).
COISAS VAGAS
Art. 746 CPC; Art. 1.233 a Art. 1.237 CCIVILIVIL
O sétimo procedimento especial de jurisdição voluntária é
intitulado coisas vagas, preferindo o Código Civil denominar
“da descoberta” .
Sua finalidade é a de apurar o dono ou legítimo possuidor de
coisas achadas, na forma do Art. 1.233 do CCIVILIVIL.
A coisa deve ser entregue por quem a achou ao juízo
competente (o do local), que determinará a lavratura de auto
do qual constará a descrição do bem e as declarações de quem
o achou (Art. 746 CPC). Se a coisa for entregue à autoridade
policial, esta deverá fazer a remessa ao juízo competente (Art.
746 § 1º CPC).
Depositada a coisa, será determinada pelo juízo a publicação,
na página da internet do próprio Tribunal ao qual estiver
vinculado o juízo e na plataforma de editais do CNJ, para que
o dono ou o legítimo possuidor reclame a coisa achada. Se o
Tribunal não tiver página na internet, a publicação dar-se-á no
órgão oficial e na imprensa da comarca. Tratando-se de coisa
de pequeno valor e não sendo possível a publicação na página
do Tribunal, o edital será apenas afixado no átrio do edifício
do fórum achou (Art. 746, § 2º CPC)..
Em seguida deve ser observado, o disposto no Art. 1.237 do
CCIVIL: Decorridos sessenta dias da divulgação da notícia
pela imprensa, ou do edital, não se apresentando quem
comprove a propriedade sobre a coisa, será esta vendida em
hasta pública e, deduzidas do preço as despesas, mais a
recompensa do descobridor, pertencerá o remanescente ao
Município em cuja circunscrição se deparou o objeto perdido.
Se a coisa for de pequeno valor, o Município poderá
abandoná-la em prol de quem a achou (Art. 1.237, p.u., do
CCIVIL).
Interdição
Art. 747 a 758 CPC; Art. 1767 a 1.778 C.CIVIL; Estatuto
da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146/15.
O oitavo procedimento especial é dedicado à interdição,
matéria regulada basicamente no Código Civil.
São legitimados a requerer a interdição o cônjuge ou
companheiro; os parentes ou tutores; o representante da
entidade em que se encontra abrigado o interditando; e o
Ministério Público. A legitimidade deverá ser comprovada por
documento que acompanhará a petição inicial a qual também
deverá indicar as causas que justificam a interdição,
demonstrando a incapacidade do interditando de administrar
os seus bens e o momento em que a incapacidade se revelou,
juntando laudo médico (Art. 747 e p.u. c/c.Art. 749 e 750
CPC).
Justificada a urgência, o juízo poderá fazer e a nomeação de
curador provisório (Art. 750, p. u. CPC).
A legitimidade do Ministério Público fica limitada aos casos
de doença mental grave, se a interdição não for promovida
pelos outros legitimados ou se eles não existirem ou forem
incapazes (Art. 748 CPC).
O interditando será citado para, em dia designado, comparecer
perante o juízo que o entrevistará acerca de sua vida, negócios,
bens, vontades preferências devendo ser reduzidas a termo as
perguntas e as respostas; se o interditando não puder deslocar-
se, o juiz o ouvirá no local onde estiver; podendo a entrevista
ser acompanhada por especialista, com emprego de recursos
tecnológicos, podendo o juiz deferir a oitiva de parentes e de
pessoas próximas (Art. 751,§§ 1º; 2º; 3º e 4º CPC).
Após essa audiência o interditado terá 15 dias para impugnar o
pedido, constituindo, se for o caso, advogado. Se não o fizer,
será nomeado curador especial para ele que contratará
advogado ou pleiteará a atuação da Defensoria Pública (Art.
752, § 2º CPC). Se não constituir advogado, cônjuge,
companheiro ou qualquer parente sucessível poderá intervir
como assistente do interditando (Art. 752, § 3º CPC).
O Ministério Público atuará no processo na qualidade de fiscal
da ordem jurídica se, não for ele o requerente da interdição
(Art. 752, § 1º c/cArt. 748 CPC).
Decorrido o prazo da impugnação, o juízo determinará a
produção da prova pericial e, se for o caso por equipe de
expertos multidisciplinar), devendo ser indicados, em suas
conclusões, os atos para os quais a curatela será
necessária(Art. 753, §§ 1º e 2º).
Ouvidos os interessados sobre o laudo e produzidas eventuais
novas provas, o juízo proferirá sentença que, se acolher o
pedido de interdição, deverá nomear curador e fixar os limites
da curatela segundo o estado e o desenvolvimento mental do
interdito; levando em conta as características pessoais do
interdito, com as suas potencialidades, habilidades, vontades e
preferências. (Art. 754 c/c Art. 755 CPC)
A curatela poderá ser atribuída ao requerente da interdição, ou
a quem melhor possa atender aos interesses do curatelado
(Art. 755 § 1º CPC).
Se, ao tempo da interdição, houver pessoa incapaz sob a
guarda e responsabilidade do interdito, o juízo atribuirá a sua
curatela a quem melhor puder atender aos interesses do
interdito e do incapaz (Art. 755 § 2º CPC).
A sentença de interdição será inscrita no registro de pessoas
naturais e sua imediata publicação no site do tribunal do juízo
e na plataforma de editais do CNJ, onde permanecerá por 06
meses. Sem prejuízo, a sentença deverá também ser publicada
na imprensa local 01 vez e no órgão oficial 03 vezes, com os
requisitos lá exigidos: os nomes do interdito e do curador, a
causa da interdição, os limites da curatela e, não sendo total a
interdição, os atos que o interdito poderá praticar
autonomamente (Art. 755 § 3º CPC).
A sentença que decreta a interdição é apelável (Art. 1.009,
CPC).
Se cessar a causa que determinou a curatela, ela poderá ser
levantada.
O levantamento da curatela poderá ser requerido pelo próprio
interdito, pelo curador e pelo Ministério Público e será
apensado aos autos da interdição (Art. 756 e § 1º).
O Juízo nomeará perito ou equipe multidisciplinar para
proceder ao exame do interdito, e após a apresentação do
laudo designará audiência de instrução e julgamento,
proferindo sentença que, se acolher o pedido e decretar o
levantamento da interdição, após o transito em julgado deverá
ser publicada na forma da que foi publicada a sentença de
interdição e se não for possível, na imprensa local e no órgão
oficial por 03 vezes com intervalo de 10 dias, seguindo-se a
averbação no registro de pessoas naturais. A sentença poderá
levantar parcialmente, quando demonstrada a capacidade do
interdito para praticar alguns atos da vida civil (Art. 756, §§ 2º
3º e 4º CPC).
O curador exerce autoridade sobre as pessoas e os bens do
incapaz que se encontrar sob a guarda e responsabilidade do
curador ao tempo da interdição, salvo se o juízo considerar
outra solução como mais conveniente ao interesse do incapaz
(Art. 757 CPC). O curador tem o dever de buscar tratamento e
apoio apropriados à conquista da autonomia pelo interdito
(Art. 758 CPC).