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Disciplina Legal: O tema procedimentos especiais vem descrito no Livro I, titulo III
do CPC, e tutela aqueles procedimentos processuais que possuem particularidades,
necessitando de adequações ao qual o procedimento comum não é capaz de sanar, tais
peculiaridades decorrem principalmente em relação ao Direito Material envolvido.
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO:
Planos de aplicação do principio da Adequação: conforme adverte a doutrina o
princípio da adequação se aplica em 3 (três) planos
Critérios de Adequação:
Os critérios de adequação se subdivide em 3 (três):
b.1) Quanto a natureza do Litígio: a depender da natureza do direito material que gera
o litigio impõe uma modalidade de processo adequado
Exemplo: se o direito em litigio já goza de prova pré constituída (direito liquido e
certo) pode-se usar o procedimento do mandado de segurança que teoricamente é mais
célere.
b.2) Quanto a situação processual de urgência: quando se trata de uma situação
jurídica de urgência o processo deve ser adequado ao procedimento capaz de garantir
essa situação.
Exemplo: pedido de liminar para garantir direito fundamental à saúde. Procedimentos
Cautelares
C) Teleológico: o processo deve ser adequado ao seu fim, por exemplo o processo
de conhecimento visa reconhecer um direito, enquanto que o processo cautelar
busca uma segurança do interesse da lide, bem como, os processos do juizado
especial civil é adequado a duração razoável do processo.
Vamos relembrar....
VÍNCULO JURÍDICO
Ex: Imagine que Mévio possua uma dívida com Ticio decorrente de um empréstimo a
juros, sendo certo que no dia do pagamento o credor se recusa a receber o valor pelo
devedor, alegando que o mesmo está incorreto. Para evitar a incorrência sob o juros
total, poderá o devedor fazer jus da presente demanda, consignando o valor que entende
correto, sendo que, caso incida juros, o mesmo será somente sob o percentual em
discussão.
Código Civil.
Quais bens podem ser consignado o pagamento: A consignação será feita com o
depósito, judicial ou extrajudicial, de dinheiro ou de outro bem qualquer, que seja objeto
da obrigação, podendo ser móvel ou imóvel. É possível que o pagamento seja feito por
consignação, quando a obrigação é de pagamento ou de entrega de coisa certa, móvel ou
imóvel, por exemplo, na consignação das chaves de um imóvel, que o devedor pretende
restituir e o credor se recusa a receber.
Dívida quesível: domicílio do devedor autor. O Código Civil estabelece que o pagamento deve
ser efetuado no domicílio do devedor, ou seja, a dívida é quesível (ou quérable, expressão
utilizada doutrinária e jurisprudencialmente), sendo o credor responsável por procurar o
devedor para haver o seu pagamento.
Terceiro Interessado ou não interessado: O pagamento também pode ser feito por terceiro
interessado, ou por terceiro não interessado, desde que o faça por conta e em nome do
devedor. Tal autorização é dada pelo art. 304 e parágrafo único, do CC.
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da
dívida pode pagá-la, usando, se o credor se
opuser, dos meios conducentes à exoneração
do devedor.
c) Legitimidade Passiva: é aquele que pode receber ou dar quitação, o credor, seus
sucessores na falta dele.
Petição Inicial: por mais que trata-se de procedimento específico é necessário que esteja
presente os requisitos essenciais de uma petição inicial descritos no artigo 319 do CPC.
Planilha de calculo demonstrativa: no que pese não ser elencado pelo CPC, e não gerar a
inépcia da inicial, adverte a doutrina e corrobora a jurisprudência a necessidade de demonstrar
o autor como chegou ao valor depositado, até mesmo para permitir a defesa mais precisa e
específica do Réu.
Prazo para realização do depósito: no termo da lei, Art. 542, I, o autor tem o prazo de 5 dias
contados da decisão judicial para efetivar o depósito da coisa ou dinheiro judicialmente.
Art. 542 –
Pedido na inicial de Consignação de coisa determinável: no que pese o artigo 543 falar em
coisa indeterminada, mas correto seria utilizar-se da terminologia de coisa determinável, uma
vez que não é possível estabelecer uma relação jurídica obrigacional sem que se determine ao
menos o gênero e quantidade do objeto contratual.
Contudo, nesse casos, quando a escolha couber ao credor, não haverá o depósito imediato da
coisa, mas sim a citação para que dentro do prazo de 5 (cinco) dias, se outro prazo não for
determinado em contrato, exercer o direito de escolha da coisa, ou mesmo passar tal
responsabilidade ao devedor, cabendo ao juiz fixar lugar e hora em que se fará a entrega da
coisa.
Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa
indeterminada e a escolha couber ao credor,
será este citado para exercer o direito dentro
de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de
lei ou do contrato, ou para aceitar que o
devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a
petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se
fará a entrega, sob pena de depósito.
C it a ç ã o n a c o n s ig a n ç ã o
inicial a citação segue as regras gerais do CPC, contudo gerando um efeito específico, que é
realizar o levantamento do depósito ou oferecer contestação.
levantar o
depósito
oferecer
contestação
Contestação: não levantando o réu o depósito consignado, deverá apresentar usa resposta,
peça de bloqueio, contestação no prazo de 15 (quinze) dias.
II – Que a recusa foi justa: várias são as hipóteses que podem ensejar esse argumento, tais
como as elencadas abaixo a titulo de exemplificação:
- afirmar que não é o credor, uma vez que inexiste relação jurídica de direito material capaz de
comprovar vinculo jurídico entre as partes;
- pode alegar que já recebeu o valor da dívida, sendo a mesma extinta por novação ou
compensação;
III – Que o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento: Esse tipo de
alegação só servirá como defesa do credor se o objeto da obrigação tiver perdido a utilidade
para ele, ou se este já tiver ajuizado ação para demandar o devedor pela dívida que este
pretende pagar. Não estando presentes essas circunstâncias, o credor não pode recusar o
pagamento do devedor, mesmo em mora, desde que acompanhado de correção monetária,
juros de mora fixados no contrato ou, na omissão, os juros legais, e a multa convencionada.
Ex: tiver o réu já proposto ação de cobrança do valor ou cautelar de sequestro da coisa;
IV – O depósito não é integral: Essa é a causa mais comum de recusa do credor em receber
pagamento. Ao apresentar contestação, é indispensável que ele indique qual o valor que
entende devido, sob pena de sua defesa não ser conhecida pelo juiz. Por isso, é preciso que,
na inicial, o autor indique, de forma discriminada, como chegou ao montante que pretende
depositar, permitindo ao credor conferir os cálculos, e apresentar sua resposta, demonstrando-
lhe a insuficiência. Quando for essa a alegação do credor em sua contestação, o procedimento
da consignação sofrerá uma variação, devendo ser observado o disposto no art. 545 do CPC,
que será examinado em item apartado.