Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2. *Dúvida sobre o valor devido:* Se houver uma disputa sobre o valor exato da dívida, e o
devedor não concordar com a quantia reivindicada pelo credor.
3. *Local incerto do credor:* Quando o devedor não sabe onde encontrar o credor para efetuar
o pagamento, desde que tenha feito esforços razoáveis para localizá-lo.
A consignação em pagamento deve ser feita mediante ação judicial, seguindo procedimentos
específicos estabelecidos pelo direito processual civil do país em questão. Além disso, o
devedor deve estar em dia com suas obrigações, ou seja, não pode estar em mora, e o valor
a ser depositado deve ser equivalente à quantia devida, de acordo com seu entendimento.
a) *Credor Certo:*
- Neste caso, o devedor conhece o credor, mas há algum motivo que o impede de efetuar
o pagamento diretamente a ele. Isso pode ocorrer quando o credor se recusa
injustificadamente a receber o pagamento ou quando há dúvidas sobre o valor da dívida.
- A ação de consignação com credor certo é utilizada quando o devedor sabe quem é o
credor, mas há um impasse quanto ao pagamento.
- O objetivo principal é liberar o devedor de sua obrigação de pagamento, depositando o
valor da dívida em juízo.
b) *Credor Incerto:*
- Aqui, o devedor não tem conhecimento de quem é o verdadeiro credor, mas sabe que
existe uma dívida a ser paga.
- Esse tipo de ação é utilizada quando há incerteza quanto à identificação do credor, como
em casos de herança, em que não se sabe a quem pagar.
- A finalidade é proteger o devedor de eventuais ações de cobrança futuras por parte de
diversos pretendentes ao crédito.
c) *Consignação de Alugueres:*
- A consignação de alugueres é um tipo específico de ação de consignação relacionada ao
pagamento de aluguéis em contratos de locação.
- Pode ser usada quando o locatário quer cumprir sua obrigação de pagamento, mas o
locador não aceita o valor ou as condições de pagamento propostas.
- Essa ação é comum em disputas entre inquilinos e proprietários de imóveis.
As ações de consignação são ferramentas legais que visam permitir que o devedor cumpra
suas obrigações financeiras em situações em que haja incerteza, disputa ou recusa
injustificada do credor. A escolha entre os diferentes tipos de ação de consignação depende
das circunstâncias específicas do caso, como a identificação do credor, a natureza da dívida
e os motivos que levam à necessidade de consignar o pagamento.
A mora do devedor implica que ele está em falta com sua obrigação de pagamento, e nesse
caso, a solução adequada é regularizar a situação de mora, pagando a dívida vencida e
eventuais encargos pelo atraso. A consignação em pagamento não é apropriada para
resolver uma situação em que o devedor simplesmente deixou de pagar a dívida no prazo.
2. *Foro do domicílio do credor:* Em algumas situações, o foro competente pode ser o tribunal
do local onde o credor tem seu domicílio.
5. *Acordo entre as partes:* Em alguns casos, as partes podem estipular em contrato qual
será o foro competente em caso de litígio, desde que essa escolha esteja de acordo com a
legislação local.
Além disso, a sentença também pode incluir determinações sobre como os valores
depositados serão liberados e distribuídos entre as partes, caso haja disputas sobre o
montante devido. Portanto, a sentença na ação de consignação em pagamento serve para
resolver a controvérsia entre as partes e estabelecer os efeitos legais do pagamento efetuado
pelo devedor.
1. *Autotutela:*
- A autotutela se refere à defesa da posse realizada pelo próprio possuidor ou detentor do
bem.
- Nesse caso, a pessoa que está na posse do bem toma medidas para protegê-lo ou
recuperá-lo por conta própria, sem recorrer ao auxílio do sistema legal ou das autoridades.
- A autotutela pode incluir ações como o uso da força física para expulsar invasores, a
instalação de cercas ou dispositivos de segurança, ou qualquer outra ação direta para manter
ou recuperar a posse.
2. *Heterotutela:*
- A heterotutela envolve a defesa da posse por meio das autoridades legais e do sistema
judicial.
- Nesse caso, o possuidor ou detentor que enfrenta uma ameaça ou violação de sua posse
busca a intervenção do sistema legal para proteger seus direitos.
- O indivíduo afetado recorre a medidas judiciais, como ações possessórias, para buscar
uma decisão do tribunal que determine a proteção ou a restituição de sua posse. O tribunal
pode emitir ordens para que terceiros se abstenham de interferir na posse ou para que
autoridades auxiliem na execução da decisão.
Resposta: Esbulho e turbação são dois conceitos importantes no contexto das ações
possessórias e na defesa da posse. Eles se referem a diferentes tipos de interferência na
posse de um bem e têm implicações distintas:
1. *Esbulho:*
- Esbulho ocorre quando alguém é privado da posse de um bem de forma violenta, ilegal
ou clandestina. Em outras palavras, é quando alguém é expulso de sua posse por meio de
força física, fraude ou artifícios ilegais.
- O esbulho é uma interferência mais grave na posse e geralmente é alegado quando a
pessoa que estava na posse de um bem é expulsa de maneira violenta ou ilegal por outra
pessoa que alega ter direitos sobre o mesmo bem.
- Para combater o esbulho, a pessoa que foi desapossada pode recorrer às ações
possessórias para buscar a reintegração de posse, ou seja, a retomada da posse do bem.
2. *Turbação:*
- A turbação ocorre quando alguém sofre uma interferência na posse que não envolve a
expulsão violenta ou ilegal. É uma perturbação na posse, mas não necessariamente uma
privação total dela.
- Exemplos de turbação incluem a ocupação temporária de parte de um terreno, a obstrução
do acesso a um imóvel ou qualquer interferência que prejudique o livre exercício da posse.
- Para lidar com a turbação, a pessoa afetada pode recorrer às ações possessórias para
buscar uma decisão judicial que impeça a continuação da interferência e restaure a posse
plena e tranquila do bem.
10) Tendo em vista o estudo das ações possessórias, explique o que é o princípio da
fungibilidade.
A fungibilidade permite que, em certas situações, se o autor ingressa com a ação possessória
errada, o juiz pode aceitar essa ação e tratá-la como se fosse a ação correta, desde que os
requisitos essenciais para a proteção da posse sejam atendidos. Isso significa que o tribunal
pode adaptar a ação para corresponder à verdadeira natureza da situação, desde que a
intenção do autor seja proteger sua posse.
1. Boa-fé por parte do autor: O autor deve agir de boa-fé, ou seja, não pode ter agido de forma
maliciosa ou intencionalmente escolhido a ação errada para prejudicar o réu.
3. Não prejuízo ao réu: A aplicação do princípio da fungibilidade não deve causar prejuízo
indevido ao réu. O réu não deve ser surpreendido ou prejudicado pela substituição da ação.
A principal diferença entre as ações possessórias de "força nova" e "força velha" está
relacionada ao momento da privação da posse. A "força nova" é usada quando a privação
ocorreu recentemente (até seis meses antes da ação), enquanto a "força velha" se aplica
quando a privação ocorreu há mais tempo. O procedimento e os requisitos de prova são mais
rigorosos na "força velha" devido à necessidade de demonstrar a posse mansa e pacífica
durante o período exigido.
12) Faça uma análise comparada entre a tutela antecipada (liminar) "genérica" e
"própria".
Resposta: A tutela antecipada é uma medida judicial que permite que um tribunal conceda
um provimento judicial antes do julgamento final do processo, com o objetivo de adiantar a
proteção dos direitos da parte autora. Dentro da tutela antecipada, podemos fazer uma
análise comparativa entre a "tutela antecipada genérica" e a "tutela antecipada própria":
A principal diferença entre a tutela antecipada genérica e a tutela antecipada própria está na
especificidade da decisão. A tutela antecipada genérica é mais ampla e concede proteção
sem entrar em detalhes sobre o direito em questão, enquanto a tutela antecipada própria se
concentra em um direito específico e é concedida com base em elementos de prova
apresentados pela parte autora. Ambas são ferramentas importantes para garantir a
efetividade do processo judicial e a proteção dos direitos das partes.
Em termos práticos:
1. *Foro do domicílio do réu:* Se o réu, a parte contra quem a ação possessória é movida,
tiver domicílio conhecido na jurisdição onde o imóvel está localizado, o foro competente será
o do domicílio do réu.
2. *Foro do local do imóvel:* Se o réu não tiver domicílio conhecido na jurisdição onde o
imóvel está localizado, o foro competente será o do local do imóvel.
Essa regra visa facilitar o acesso à justiça e garantir que as disputas possessórias sejam
tratadas no local em que o imóvel está situado, uma vez que os aspectos físicos da posse
são de grande relevância nesse tipo de ação.
É importante observar que a determinação exata do foro competente pode variar em casos
específicos e depender das leis e regulamentos locais. Portanto, é aconselhável consultar um
advogado ou especialista em direito para obter orientações específicas em relação ao foro
competente em situações concretas de ações possessórias.
14) Quem pode figurar nos polos "ativo" e "passivo" das ações possessórias?
*Polo Ativo:*
- O polo ativo da ação possessória geralmente é ocupado pela parte que busca a proteção
ou a recuperação da posse do bem.
- Pode incluir o possuidor atual do bem que está sendo disputado, bem como outras pessoas
ou entidades que reivindiquem direitos de posse sobre o mesmo bem.
*Polo Passivo:*
- O polo passivo da ação possessória é ocupado pela parte que está sendo acusada de
perturbar ou privar a posse do autor.
- Normalmente, o polo passivo inclui a pessoa ou entidade que está interferindo na posse do
autor, seja por meio de turbação (perturbação) ou esbulho (privação).
15) Um cliente procura um advogado porque uma área da qual ele é possuidor foi
invadida por dezenas de famílias e ele pretende obter uma ordem judicial de
desocupação. No entanto, ele não tem condição de identificar todos os invasores.
Oriente o cliente acerca da propositura da ação.
6. *Assistência policial:* Uma vez que a ordem judicial de desocupação seja concedida, as
autoridades policiais podem ser solicitadas para auxiliar na execução da decisão e garantir
que a área seja desocupada.
Portanto, a diferença fundamental entre essas ações está na sua finalidade e no contexto em
que são aplicadas. A ação de exigir contas é mais ampla e pode ser usada em várias
situações onde há um dever de prestar contas, enquanto a ação de prestação de contas
referente à obrigação alimentícia se concentra especificamente na prestação de contas
relacionada a pagamentos alimentícios e visa proteger os direitos do beneficiário dos
alimentos. Ambas as ações têm seus procedimentos regulamentados por lei e são utilizadas
para garantir a transparência e a justiça em questões financeiras e administrativas.
1. *Inventário:*
- O inventário é um procedimento legal que ocorre após o falecimento de uma pessoa, com
o objetivo de apurar e registrar todos os bens, direitos e obrigações deixados pelo falecido. É
necessário para a transferência de propriedade dos bens aos herdeiros e legatários.
2. *Espólio:*
- O espólio é a massa de bens, direitos e obrigações deixada pela pessoa falecida. Durante
o processo de inventário, esses ativos e passivos são reunidos em uma entidade jurídica
fictícia chamada espólio, que é representada pelo inventariante.
3. *Monte-Mor:*
- O monte-mor é a soma total dos bens, direitos e obrigações do espólio. Durante o
inventário, os valores dos ativos são somados, e as dívidas são subtraídas para chegar ao
monte-mor, que é a base para a partilha entre os herdeiros.
4. *Inventariante:*
- O inventariante é a pessoa nomeada para administrar o inventário e representar o espólio
perante o processo judicial. Pode ser um dos herdeiros, cônjuge sobrevivente ou um terceiro
de confiança da família.
5. *Colação:*
- A colação é o ato de trazer de volta ao monte-mor os bens ou doações feitas em vida pelo
falecido a seus herdeiros, a fim de igualar as quotas dos herdeiros na partilha. A colação é
uma regra importante em sistemas legais que adotam o princípio da igualdade na herança.
6. *Adiantamento de Legítima:*
- O adiantamento de legítima é um ato pelo qual o autor da herança antecipa, em vida, parte
da herança que cada herdeiro teria direito a receber após sua morte. Essa antecipação é feita
com o consentimento do herdeiro e deve ser computada na partilha.
7. *Partilha:*
- A partilha é a etapa do processo de inventário em que os bens e direitos do espólio são
divididos entre os herdeiros de acordo com a lei ou com o testamento do falecido. Cada
herdeiro receberá sua quota-parte na herança nessa fase.
8. *Sobrepartilha:*
- A sobrepartilha ocorre quando, após a partilha dos bens do espólio, novos bens ou direitos
são descobertos ou adquiridos. Esses novos ativos são distribuídos entre os herdeiros em
uma etapa adicional, semelhante à partilha original.
3. *Proteção dos Direitos de Terceiros:* O inventário não se limita à mera divisão de bens
entre herdeiros, mas também envolve a proteção dos direitos de terceiros, como credores do
falecido. O procedimento deve garantir que as dívidas sejam pagas adequadamente e que
os ativos sejam distribuídos de forma justa, respeitando as disposições legais e os interesses
de todos os envolvidos.