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O DOCENTE:
Dr. Miguel de Carvalho
Divua Dala1
Resumo:
O contrato de depósito bancário é um contrato financeiro por meio da qual efectua-se a
entrega de alguma coisa, às instituições financeira para sua conservação podendo esta
tirar proveito do mesmo.
Todavia, existem operações a realizar por parte do seu com vista a dar início,
continuidade e fim do contrato, devendo-se pra tal observar certas regras e condições
legais.
Palavras-Chave:
Abertura de Conta; Movimentação; Encerramento de Contas; Instituições Financeiras;
Titular de Conta; Depositante; Depositário.
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Estudante finalista do curso de Direito na Universidade Católica de Angola
INTRODUÇÃO
Depósito Irregular
Pela natureza das coisas, o depositário não pode consumir a coisa depositada: nessa
altura a restituição não seria possível.
Desde o início surgiu, pois, um depósito particular: aí, o depositário, em vez de
restituir a própria coisa depositada, teria de devolver O equivalente. A esta figura
vieram os comentadores chamar depósito irregular.
O depósito irregular não é um verdadeiro depósito, Basta ver que não se lhe aplicam
regras existenciais relativas ao dever de custódia. Mas também não é um mero
mútuo, o depósito, mesmo irregular, é celebrado no interesse do depositante que,
assim, quer beneficiar da conservação daquele preciso valor, mantendo, sobre ele, uma
permanente disponibilidade, o mútuo visa o interesse do mutuário, que pretende
gastar a coisa e, eventualmente, o do mutuante, mas através da recepção dos juros.
Temos, que é um contrato misto com elementos do depósito e do mútuo, e que por
estar há muito nominado e autonomizado, podemos apresentar como tipo próprio:
precisamente o do depósito irregular.
O depósito bancário pode ser entendido como o depósito feito, em dinheiro, por um
cliente – depositante – junto de um banqueiro – depositário.
As seguintes modalidades:
a) Depósitos à ordem: são os exigíveis a todo o tempo, pelo cliente;
b) Depósito com pré-aviso: são exigíveis apenas após um pré-aviso escrito, feito
com a antecedência fixada contrato
c) Depósitos a prazo: são exigíveis no fim do para que forem acordados; as
instituições de crédito podem conceder uma mobilização antecipada, nas
condições acordadas;
d) Depósitos a prazo não mobilizáveis: não admitem tal antecipação;
e) Depósitos em regime especial: todos os outros; a sua criação é livre devendo,
contudo, ser dado conhecimento das suas características.
Mantemos, tudo visto, o depósito bancário como figura unitária, típica, autónoma e
próxima, do depósito irregular.
Modalidades
Quanto à titularidade, a conta pode ser individual ou colectiva, consoante seja aberta em
nome de urna única ou de várias pessoas: neste último caso pode falar-se em
contitularidade conta. Na referida hipótese, a conta pode ser, ainda." Solidária conjunta
ou mista.
Formalidades
Por via da legislação destinada a combater o branqueamento de capitais e financiamento
do terrorismo, o banco é obrigado a identificar devidamente o seu cliente, através do
bilhete de identidade ou equivalente, aquando da abertura da conta, bem como é
necessário a apresentação do cartão contendo o número fiscal e o cartão de contribuinte.
Encerramento
Consiste no acto de fechar a conta de forma definitiva a com vista a não revê-la,
extinguindo-se desta forma o contrato inicialmente celebrado para abertura da mesma.
O falecimento do titular da conta dá lugar ao encerramento automático da conta, salvo
se, a pessoa falecida for co-titular de uma conta colectiva ou enquanto o processo
sucessório não estiver concluído.
Para que se encerre a conta a lei determina uma série de requisitos mínimos de
informação para banco em relação a conta à encerrar, nestes moldes:
a) Os bancos têm a missão de verificar anualmente, analisando todas as contas
sobre não se realizou qualquer operação, durante um período superior a 5 anos;
b) Acto continuou, os bancos devem informar ao seu cliente que, a falta de
operação na referida conta, tal como, deve informar ao titular da conta que este
pode ordenar de forma expressa o encerramento.
Em seguida e uma vez cumprida todo procedimento legalmente exigido por lei, o banco
deve informar ao titular da conta bem como, os seus representantes por escrito que a
conta deve ser encerrada no prazo de 30 dias. Também, prevê-se o encerramento
automático de uma conta que não movimentada num período de 15 anos, sem que haja
qualquer procedimento para tal e os depósitos nela existente reverter-se-ão a favor do
estado.
Ora, os bancos devem disponibilizar um formulário para encerramento de conta aos
titulares das contas e seus representantes, e sempre que solicitadas deve autorizar a
renúncia da titularidade de conta colectiva, desde que seja por escrito.
Situações em que os bancos podem encerrar a conta:
a) Sempre que solicitado pelos titulares de contas ou seus representantes, tendo o
prazo de 30 dias para sua concretização;
b) Havendo incumprimento dos titulares de contas ou dos seus representantes,
devendo a conta ser encerrada no prazo de 60 dias depois da denúncia;
c) Sempre que se verificar a inobservância do Aviso 22/12, de 25 de Abril, sobre
a prevenção branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo;
d) Sempre que existir uma ordem judicial ou administrativa competente.
LEGISLAÇÃO CONSULTADA